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ELETIVA
APRENDER A APRENDER:
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
MÓDULO 1
2013
INTRODUÇÃO
No século II, Ptolomeu propôs o chamado modelo geocêntrico do universo, a Terra como o centro,
tendo em volta os planetas em perfeitas órbitas circulares. Esta crença prevaleceu até o século XVI
(14 séculos!), quando Copérnico propôs um modelo em que a Terra girava em torno do Sol.
Em 1922, Niehls Bohr ganhou o prêmio Nobel de Física por seu modelo de átomo. Posteriormente
cientista que afirma que o HIV não provoca a AIDS, e outra, sobre outro cientista que questiona as
Há pessoas hoje em dia que talvez não achem que é possível expandir sua inteligência. Isto também é
uma crença, não uma verdade. Neste trabalho mostramos como é efetivamente possível e viável, para
O que é mostrado aqui é uma espécie de tecnologia. Estamos acostumados a vários tipos de tecnologia,
mas em geral não precisamos saber como a tecnologia funciona para obtermos o que queremos através
dela. Usamos videocassetes, celulares, computadores e inúmeras outras engenhocas tecnológicas, mas
são poucos os que conhecem seus detalhes de funcionamento com profundidade. No entanto, isso não
Da mesma forma, a tecnologia que apresentamos aqui pode ser usada tornar nossa vida melhor sem que
se conheça os detalhes de porquê funcionam. E para que serve essa tecnologia? Sendo a inteligência
um conjunto de capacidades que permitem a uma pessoa atingir objetivos, o material fornecido aqui
serve para que alguém atinja mais e melhores objetivos. Quais serão esses objetivos depende de você
II. Proporcionar experiências e práticas para que você comprove as possibilidades apresentadas.
III. Oferecer possibilidades e alternativas práticas para que você expanda o seu repertório de ações
inteligentes.
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HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA
A história da inteligência veio atravessando séculos disseminando seus conceitos e sendo vivenciados
na prática com alguns casos verídicos que foram relatados em toda a história da humanidade.
Existe uma origem mitológica da Inteligência segundo a qual Argus, príncipe de Argólida, por volta de
690 a.C, que suplantou a hegemonia de Micenas, protegeu de diversas maneiras suas mensagens
enquanto vivo e criou uma rede eficaz de espiões, tornou-se o pai da Inteligência. Após seu
falecimento, tornou-se um semideus, e há diversas versões para sua “pós-morte”. Alguns vocábulos
vindos de Argus são comuns à Inteligência: arguto, argúcia, argumento, arguir, etc. (BRAGA, 2005)
Sabe-se que em tempos passados, não havia computadores, máquinas e nenhuma tecnologia para
facilitar a vida do homem, então tudo que sabemos que aconteceu em épocas passadas, foram através
de manuscritos. Os primeiros relatos que encontramos na história sobre inteligência são através do
General Sun Tzu a mais de 500 a.C, onde o mesmo pregava métodos e estratégias para vencer as
guerras. Nas escrituras de Sun Tzu, em seu livro A Arte da Guerra, existe desde esses tempos vários
dizeres sobre a Inteligência no campo de batalha. Sun Tzu foi nomeado general de Guerra pelo rei de
Registros encontrados sobre os Hititas, povos indo europeus, localizados onde hoje se encontram a
Turquia, há 3000 anos, escritos em argila também fica claro a praticavam da inteligência naquela
época.
Alexandre, O Grande, tinha como prática interrogar os viajantes de locais estratégicos par obterem
informações e desenvolver suas estratégias de invasão, como aconteceu no Império Persa, onde o
Em 1300 a.C e 1200 a.C, a Guerra de Tróia foi uma prova de inteligência e de estratégia dos gregos
que foram atacados e invadidos pelos troianos. Os gregos fingindo ter perdido a batalha, embarcaram
em seus navios deixando para trás um enorme cavalo de madeira, que por vez foi colhido pelos troianos
e trazido para o interior de sua cidade. À noite, quando todos estavam dormindo, a estrutura do cavalo
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No século XX, mais precisamente durante a Segunda Guerra Mundial, uma prova de inteligência foi
quando os EUA decifraram os códigos de inteligência enviados pelo governo do Japão, foi um trunfo na
história da humanidade. Também foram erguidos dois pilares como superpotências mundiais, os EUA e
a União Soviética. Os dois países tiveram que criar setores de inteligência para saber o que o outro
estava planejando e desenvolvendo. Pois depois das duas grandes guerras mundiais, todo cuidado que
Então, daí por diante surgiram frequentes práticas de inteligência no mundo corporativo, advindas no
ramo militar, os empresários viram que tinham que desenvolver estratégias e setores de inteligência
pois sua sobrevivência no mercado começou a ficar ameaçada. Pois o mercado havia virado, onde que
não mais os clientes tinham que se adaptar aos produtos no mercado, mas, sim os produtos teria que
se adaptarem aos desejos e necessidades dos clientes. Por isso estratégias de marketing devem ser
dos preços dos produtos. E assim, as empresas mais inteligentes sobrevivem nessa disputa.
Howard Earl Gardner nasceu no dia 11 de julho de 1943. Em 1971, concluiu seu doutorado (Ph.D.) em
Psicologia Social (Psicologia do Desenvolvimento), no qual elaborou sua tese sobre o desenvolvimento
É autor de mais de vinte livros, traduzidos em vinte e quatro línguas diferentes, além de outras
centenas de artigos publicados. Recebeu títulos honorários em vinte universidades, de diversos países.
Em 2005, foi eleito pelas revistas Foreign Policy e Prospect como sendo um dos 100 intelectuais
Graduação em Educação de Harvard, desde 1998; Professor Adjunto de Psicologia, pela Universidade
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de Harvard, desde 1991; Diretor Sênior do Projeto Zero, pela Universidade de Harvard, desde 2000.
Em seu livro as Estruturas da Mente “A Teoria das Inteligências Múltiplas" (1983), trabalho que o
tornou mundialmente conhecido, Gardner apresenta ao público uma nova concepção para o
Segundo ele, a cognição humana é composta por um conjunto de competências muito mais amplo e
universal do que comumente se considerou até então. A noção habitual que se tem da Inteligência e,
nova concepção.
Este trabalho, segundo o autor, tem uma origem incomum. Em 1979, uma fundação que estuda o
desenvolvimento infantil precoce e os direitos das crianças, situada nos Países Baixos “ Bernard van
Leer Fundation“ concebeu um projeto para a investigação o potencial humano. Nesta ocasião, solicitou
Ao longo de suas atividades e experiências no projeto, o autor capacitou-se para explorar mais
amplamente e refletir profundamente sobre uma série de questões relacionadas a duas linhas de
pesquisa, nas quais trabalhara nos últimos doze anos. Uma delas era sobre o desenvolvimento, em
outra era sobre o colapso de capacidades cognitivas em indivíduos portadores de dano cerebral.
Baseado nestes estudos, o autor apresenta uma nova definição para o que chama de Inteligência,
estabelecendo uma ruptura com a concepção de Inteligência até então aceita e valorizada pela
sociedade. Segundo ele, uma inteligência é a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos
critérios distintos que devem ser preenchidos para que se considere uma inteligência como tal e
propõe oito competências que preenchem estes critérios: Linguística, Musical, Lógico-Matemática,
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A ORIGEM DA INTELIGÊNCIA
O que faz uma pessoa se mais inteligente que outra? Quais são os limites do cérebro? Dá para
aumentar o poder da sua mente? Você vai ver as respostas para essas e outras questões nas próximas
Ganhar uma partida de xadrez, escrever um romance, compor uma sinfonia, convencer uma multidão,
contar a piada perfeita. São coisas que vêm tão rápido à mente quando se fala de inteligência quanto a
imagem de um relógio se movendo ao pensarmos no tempo. Mas experimente gastar um ou dois minutos
refletindo sobre o que há de comum entre essas habilidades. De uma hora para outra, a ideia clara que
se tem da inteligência começa a se dissipar. Quanto mais se pensa, mais parece não haver ligação
direta entre raciocínio matemático, criação de personagens e melodias ou talento para persuasão e
comédia. Refletir sobre a inteligência desse ponto de vista gera uma sensação semelhante à que temos
ao ouvir a pergunta “O que é o tempo?” Antes da pergunta, sabemos exatamente o que é. Depois dela,
não sabemos mais. Se quisermos entender o que é a inteligência, é preciso contornar esse tipo
dificuldade. E uma boa estratégia para isso é ir direto à fonte: entender o cérebro.
Agora mesmo uma tempestade elétrica se alastra pelo 1,4 quilo de massa gelatinosa aí atrás da sua
testa. É esse movimento caótico de sinais por uma rede de 100 bilhões de neurônios que produz seus
pensamentos. Das profundezas desse órgão, surge o que chamamos de inteligência. Mas, se você pensa
que o processador de informações mais avançado do Universo foi projetado de um jeito elegante, está
Uma obra que começou em vermes microscópicos, quando um punhado de células especializadas em
enxergar se juntou numa das extremidades do bicho. Foi assim que surgiu o ancestral daquilo a que
chamamos cabeça: um mero receptáculo de células nervosas responsáveis por captar luz e mover o
animal. Com o tempo, essa massa de neurônios, e a complexidade com a qual eles se conectam, cresceu.
estímulo, começaram a repetir apenas os movimentos mais eficazes na luta pela sobrevivência – por
exemplo: em vez de caçar qualquer coisa que se mexesse, passaram a selecionar suas presas entre as
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mais nutritivas e fáceis de abater. Esse talento para identificar acertos é a origem daquilo que
chamamos aprendizagem.
As vantagens que ela trouxe lançaram os seres vivos numa corrida em busca do maior e mais versátil
cérebro. Mas os organismos que entraram na disputa enfrentaram um sério problema. Na evolução
biológica, é impossível traçar um plano novo de construção de órgão do zero, pois herdamos as
instruções básicas para a obra que estão nos genes dos nossos pais. O resultado disso é que o cérebro
foi crescendo meio no improviso, com “puxadinhos” se amontoando a partir de uma estrutura básica.
Essa é a verdadeira história do cérebro: uma sucessão de gambiarras bem-feitas. E nem precisamos ir
longe para entender isso. Quem tenta se concentrar em fazer uma prova, mas ao mesmo tempo não
consegue tirar os olhos da(o) mocinha(o) ao lado experimenta sentimentos e pensamentos tão pouco
relacionados que aparentam ter sido juntados aleatoriamente uns com os outros. Foram mesmo.
“Existe uma série imperfeita de conexões entre os sistemas cognitivos e emocionais”, afirma o
neurocientista Joseph Le Doux. “Essa situação é parte do preço que pagamos por termos capacidades
Quantas são essas capacidades e como elas se relacionam são questões centrais para definir o que é a
inteligência, mas ninguém ainda tem uma resposta exata para elas. Se você está em busca de um meio
objetivo de medir a inteligência, será obrigado a deixar o cérebro de lado e estudar uma área com
Paris, começo do século 20. O psicólogo Alfred Binet recebe uma tarefa do ministro da Educação da
França: encontrar um meio de prever quais crianças vindas do interior do país teriam mais
elas. Em 1905, ele publica um teste de raciocínio verbal e matemático, com questões que testam a
memória e o potencial de resolver problemas de lógica. O objetivo de Binet era medir a capacidade de
compreensão pura e simples, não o conhecimento prévio, colocando em pé de igualdade crianças que só
sabiam capinar mato com as que recitavam Shakespeare. Pouco depois, o alemão Wilhelm Stern criou
método mais-bem sucedido da história para medir a inteligência: o famoso teste de QI. E ele
revolucionaria o que entendemos como inteligência. Até então a maior parte dos estudiosos entendia o
nosso intelecto a partir do conceito da tabula rasa, – a idéia do filósofo John Locke de que a mente
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humana é uma folha em branco que vai sendo preenchida durante a vida. Com a adoção dos testes de
QI, esse ponto de vista perdeu terreno – afinal, se uma criança semi-analfabeta podia apresentar um
QI maior que uma instruída, essa história de folha em branco era uma furada. E a inteligência passou a
ser considerada cada vez mais como algo inato, como um mero produto do que está escrito nos genes.
“O fato de que a maior questão atual sobre inteligência é se o QI depende 50% ou 80% dos genes
Mas, afinal, como uma característica que parece depender tanto do aprendizado pode estar definida
ainda antes do nascimento? Na verdade, logo ao nascer a relação entre o QI e nossos genes não é
assim tão evidente. Apenas 20% da inteligência dos bebês pode ser prevista a partir de fatores
genéticos (é o que mostra estudos com pais e filhos). Só que, quanto mais passa o tempo, mais aumenta
o poder de previsão deles. Na infância, ele sobe para 40%. Na fase adulta, decola para 60%. E após a
meia-idade pode chegar a 80%. Esses dados mostram que os genes responsáveis pela inteligência
podem ser vistos como uma espécie de balde, e o aprendizado durante a vida como a água que enche o
balde. Ter mais educação vai levar você mais rápido a encher o balde de água. Mas, caso ele seja muito
raso, não vai adiantar jogar muita água lá. Ou seja: nem toda a educação do mundo poderá tornar
realmente brilhante alguém que nasceu com a inteligência apagada. Só que esse efeito tem um lado
positivo: se você tiver vocação genética para ser um físico quântico ou coisa que o valha, tem como
conseguir isso mesmo sem ter tido uma instrução boa na infância. Mas até que ponto o QI pode mesmo
Alguns psicólogos acham que não, os testes de QI não dizem grande coisa. Uma importante ruptura
veio com o livro Inteligência Emocional, do psicólogo Daniel Goleman. Ele ressaltou que habilidades
como regular os próprios sentimentos, compreender emoções alheias, ser capaz de trabalhar em grupo
e sentir empatia pelos outros eram completamente ignoradas nos testes de QI. O que não fazia
sentido, já que essas habilidades deveriam fazer parte daquilo que chamamos de inteligência. Outra
ofensiva veio do psicólogo Howard Gardner, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas. Ele inspirou-
“puxadinhos”, que evoluíram separadamente e hoje funcionam como processadores para funções
específicas. Com isso em mente, Gardner concluiu que a inteligência não é um conceito único,
indivisível, mas uma soma de várias habilidades – como raciocínio lógico-matemático, linguístico,
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espacial, musical, intrapessoal, interpessoal, motor e naturalista (veja nas páginas anteriores o que é o
quê).
Assim, a ideia de colocar um Stephen Hawking, um Ronaldinho Gaúcho e uma Hebe Camargo em pé de
igualdade no quesito inteligência deixou de soar estranha. Pela teoria de Gardner, cada um deles pode
motora e a interpessoal). E por isso não daria para considerar qualquer um deles menos genial que o
outro.
Talvez por parecer mais democrática que os testes de QI, a idéia de Gardner se tornou
extremamente popular desde que foi publicada, em 1983. Tanto que hoje é senso comum achar que ela
está certa, e que o quociente de inteligência tradicional ficou ultrapassado. Mas no meio acadêmico é
diferente: a Teoria das Inteligências Múltiplas ainda é vista como um patinho feio e enfrenta muitas
críticas. Principalmente porque nem Gardner nem ninguém sabe ao certo como medir cada uma dessas
habilidades que formariam a inteligência. “Não fica claro se o conceito de inteligência de Gardner
mede mais traços de personalidade e habilidades motoras que faculdades mentais de fato”, afirma
Ela é um dos muitos entusiastas do fator “g” (de “inteligência geral”). Segundo essa teoria, baseada
em estatísticas, a ideia de que várias habilidades cognitivas estejam disseminadas uniformemente pela
população é falsa. Ou seja, não existem muitas pessoas excelentes em cálculo e ao mesmo tempo
péssimas em redigir textos, ou com bom ouvido musical e pouca inteligência interpessoal. Se uma
pessoa for boa em qualquer dessas habilidades, tende a ser boa também nas outras.
Essa essência da teoria do fator g, porém, não é nova. Ela está por trás da própria idéia do QI . Tudo
bem que os testes não medem coisas como coordenação motora, mas é verdade que eles avaliam tipos
diferentes de raciocínio (para entender melhor, faça um teste parecido a partir da página 76). E a
pontuação final vai levar em conta o seu desempenho em todos eles. Além disso, dá para comparar
milhares de resultados de épocas e lugares diferentes, o que dá uma bela base estatística se o ponto é
saber qual é o tamanho da sua inteligência em relação à dos outros. Então, mesmo com suas limitações,
os testes tradicionais continuam sendo quase unanimidade no meio científico. “Ninguém duvida de que
eles não avaliam todos os aspectos importantes das funções mentais – não medem a criatividade ou a
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sabedoria, por exemplo. Mas o ponto é que isso não é o mesmo que afirmar que eles não servem para
Mesmo assim, a necessidade de expandir o conceito de inteligência para além das fronteiras dos
testes de QI continua. Afinal, pouca gente duvida de que a criatividade, algo muito difícil de medir
objetivamente, é um inegável sinal de inteligência. Diante dessa espécie de tilt dos testes mentais, o
que dá para fazer? Com a palavra Howard Gardner: “Nós, psicólogos, não somos mais os donos da
inteligência, se é que algum dia já fomos. O que significa ser inteligente é uma questão filosófica
profunda, que exige base em biologia, física e matemática”. Ou seja, exige que voltemos ao lugar onde
Para muitos neurologistas, a inteligência é só um sinal de que você tem um cérebro com a “fiação” bem
conectada. Quanto mais saudável ele for, mais coisas extraordinárias vai fazer. Mas espere aí. Às
vezes o que acontece é justamente o contrário. É o que mostra um experimento sem paralelo que
desligar partes do cérebro e observar o que acontece com as capacidades cognitivas. E o resultado é
espantoso: as cobaias humanas começam a desenhar melhor, ter memória mais rápida, mais habilidade
musical ou um raciocínio numérico mais apurado. A questão é: se partes do cérebro estão sendo
desligadas, por que a mente parece funcionar melhor, e não pior? Se estiver interessado em saber a
resposta, basta virar esta página. Vai conhecer os cérebros mais fascinantes do planeta, verdadeiros
O quociente de inteligência é relativo: se você tira 100 num teste, significa que o seu está na média de
todas as pessoas que fizeram a mesma prova. Mas cada teste usa uma escala diferente, então um QI
de 142 em um pode significar 132 pontos em outro. A Mensa, uma “sociedade de gênios” em que só
pode entrar quem tiver QI superior ao de 98% da população, costuma estipular 150 como QI de corte.
Se você quiser entrar para um grupo desses e tiver bala na agulha, tem uma solução: viajar no tempo.
A média nos testes aumenta 25 pontos a cada geração – o psicólogo americano James R. Flynn, que
detectou o fenômeno, credita isso a melhorias na alimentação e na infra-estrutura básica nos últimos
100 anos. Isso significa que um sujeito normal de hoje teria QI de gênio nos anos 50. Tire o DeLorean
da garagem!
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A Teoria das Inteligências Múltiplas é um desafio à idéia de que o QI representa uma medida direta
processadores mentais diferentes dentro do cérebro, cada um deles responsável por uma habilidade:
Linguística: Sensibilidade para língua falada e escrita, capacidade para aprender línguas e de usar a
Espacial: Habilidade de reconhecer e manipular padrões no espaço. É útil para quem trabalha com a
e atores.
objetivos e emoções. Necessária para encontrar erros no próprio raciocínio. Presente em psicólogos,
filósofos e cientistas.
diferença entre plantas quase idênticas. Costuma ser encontrada em biólogos e membros de tribos
indígenas.
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SOMOS OS ÚNICOS SERES INTELIGENTES?
Na floresta Kibale, em Uganda, uma família de chimpanzés se alimenta no alto de uma figueira. Ao
terminar a refeição, mãe e dois filhos pulam para outra árvore. Mas falta coragem à filhote caçula,
que fica onde está. Paralisada, ela começa a gritar. Para ajudá-la, a mãe se aproxima da cria e balança
a figueira para os lados, até aproximá-la da árvore vizinha. Ela então agarra um ramo e com o corpo
A cena foi presenciada em 1987 pelo psicólogo Marc Hauser, da Universidade Harvard, que ficou
maravilhado. Teria sido intencional? Será que a mãe visualizou a imagem de seu corpo formando a
ponte? Ou será que só estava tentando ensinar a filhote a saltar, e ela espertamente aproveitou a
chance?
Para quase todos nós, o encantamento com bichinhos fofos que parecem agir de caso pensado torna
fácil trocar as interrogações acima por pontos finais. Pesquisadores como Hauser, no entanto, têm se
dedicado a encontrar respostas científicas para decifrar a inteligência animal. Eles querem entender o
que realmente se passa na mente dos bichos. E como esses processos acontecem. Uma baleia pode ter
cultura? Macacos são capazes de traçar estratégias de caça ou construir ferramentas? Insetos têm
memória?
Consenso existe apenas para o ponto de partida. De acordo com César Ades, um dos maiores
pode ter surgido independentemente em vários animais, e não somente nos mais próximos dos humanos
na cadeia evolutiva. Até aí, tudo bem. Mas quais tipos de comportamentos podem ser apontados como
frutos dessa habilidade? “A melhor definição para inteligência é a habilidade de resolver problemas”,
Em seu livro Wild Minds (“Mentes Selvagens”, sem tradução para o português), Marc Hauser propõe
que vários aspectos da nossa cognição são encontrados nos outros animais. É o que ele chama de “kit
quantidade e de direção. A partir daí, os animais evoluíram de acordo com suas necessidades. “Cada
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espécie é ‘esperta’ à sua maneira, porque evoluiu respondendo a pressões diferentes. Não podemos
compará-las”, diz o pesquisador Eduardo Ottoni, da USP. A maioria é, de modo geral, equipada com
mecanismos de aprendizado que podem ocorrer por dedução ou tentativa e erro e se espalhar por
imitação ou pelo ensinamento entre indivíduos. Mas para alguns animais foi mais vantajoso manter-se
baseado apenas no instinto. Outros tiveram de aprimorar o kit diante de dificuldades, modificar seu
comportamento e transmiti-lo para as próximas gerações. Foi o que aconteceu com os humanos. Mas,
se olharmos de perto, macacos, cachorros e corvos têm em seus kits ferramentas muito parecidas
com as dos humanos. As nossas até podem ser mais sofisticadas, mais complexas. Mas as deles
funcionam perfeitamente para o que eles precisam. É o que você verá abaixo.
Memória
Quando o estúdio Pixar colocou no filme Procurando Nemo uma peixinha que esquecia tudo em poucos
segundos, estava brincando com uma idéia que por muito tempo existiu na comunidade científica:
peixes teriam memória de apenas três segundos. Estudos recentes mostram que isso é balela. Esses
animais são capazes de lembrar e ainda guardam as informações a longo prazo. Foi o que comprovou o
pesquisador Culum Brown. Ele prendeu um grupo de peixes arco-íris australianos num tanque e os
treinou para encontrar uma saída. Após cinco tentativas, todos conseguiam achá-la. Onze meses
depois, o pesquisador refez o teste. Dessa vez, os peixes localizaram a saída na primeira tentativa.
Graças à memória, peixes também reconhecem outros indivíduos. Ao presenciar uma luta, o animal não
apenas retém informações, como cria um ranking de lutadores. No futuro, ele evitará brigas com os
fortões. Cardumes também são capazes de aprender e memorizar a se desvencilhar de redes ou então
Traços de memória também foram detectados numa das últimas espécies em que se esperaria
encontrar essas características: as aranhas. Antes vistas como um daqueles animais para quem
manter-se atrelado ao instinto teria sido mais útil, elas têm surpreendido os cientistas. Um estudo a
apontar nesse sentido foi feito por César Ades, que analisou a reação da aranha-dos-jardins (Argiope
argentata). De um modo geral, quando um inseto cai na teia, a aranha libera um veneno paralisante e
envolve a presa com fios de seda para levá-la ao centro da teia, onde vai devorá-lo. Se nesse tempo
outro animal for capturado, a aranha deixa a primeira presa amarrada e corre até a nova para repetir
o procedimento. César descobriu que, para reencontrar a primeira presa, a aranha depende da
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memória. Para chegar a essa conclusão, ele retirou uma mosca amarrada na periferia. E percebeu que a
aranha, sem contar com a ajuda de um marcador, como o feromônio utilizado pelas formigas, retornava
Comunicação
Quem tem cachorro costuma ter uma frase na ponta da língua para se gabar da destreza do seu
animal: “É tão inteligente que só falta falar”. É verdade que os cães continuam nos devendo um bate-
papo, mas comunicar o que querem e entender o que as pessoas estão lhes dizendo já parecem fazer
Recentemente dois animais ficaram famosos: o border collie alemão Rico, de 10 anos, que consegue
entender cerca de 200 palavras, e Sofia, uma legítima vira-lata “puro-sangue” brasileira de 3 anos,
que demonstra o que deseja por meio de um painel com diversos símbolos.
Pesquisadores descobriram que Rico não só decorou os nomes de seus brinquedos como também é
capaz de pegar, em meio a objetos familiares, um outro que não conhecia, após ouvir seu nome. A
conclusão é que ele conseguiu associar a palavra nova ao objeto diferente. Os cientistas agora querem
desenvolver uma mini-sintaxe com o cachorro e testar se ele entende frases mais complexas, como
Essa também é a meta do grupo de pesquisadores brasileiros que está trabalhando com Sofia. A
cadelinha manuseia um painel de símbolos. Para receber carinho, comer, passear, brincar, beber água,
fazer xixi ou ir para a casinha ela aperta a tecla correspondente, que emite um som com a ação. É uma
capacidade que seres humanos geralmente adquirem por volta dos 3 anos de idade.
Em outras ocasiões, Sofia foi capaz de combinar símbolos para se comunicar, como quando o
zootecnista Alexandre Rossi, seu dono e treinador, escondeu um osso dentro da casinha. Inicialmente,
a cadela apertou a tecla brinquedo. Ao perceber que o osso havia sido escondido, Sofia apertou a tecla
Sofia domina um vocabulário razoavelmente menor que o de Rico. Mas seus treinadores acreditam que
ela esteja um passo à frente. Os pesquisadores conseguiram juntar um verbo e um objeto em suas
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ações. Ela entende, por exemplo, as diferenças entre “apontar casa” e “buscar a bola”. Agora eles
testam se ela sabe distinguir marcações de espaço nessas ações, como “em cima”, “embaixo”, “direita”
e “esquerda”.
Cultura
Imo é uma macaquinha especial. Sozinha, ela criou comportamentos que mudaram o estilo de vida de
uma espécie japonesa (Macaca fuscata) da ilha de Koshima. No começo da década de 50,
pesquisadores perceberam que ela, por alguma razão, passou a lavar a batata-doce antes de levá-la à
boca. Até então, os animais simplesmente enfiavam o alimento na boca com terra e tudo. Gradualmente
o comportamento se espalhou na comunidade. Após algum tempo, vários dos filhotes já repetiam a
Imo, que em japonês quer dizer batata-doce, não parou por aí. Alguns anos depois ela arrumou um jeito
de peneirar o trigo que era espalhado na areia pelos pesquisadores que observavam o grupo.
Inicialmente os macacos pegavam os grãos um a um, e demoravam um tempão. Mas um dia Imo teve a
brilhante idéia de pegar um punhado de trigo e areia e levar até a água. A vantagem da técnica foi
clara: a água facilmente separava os grãos da areia, e ela pôde comer tranquilamente. Assim como as
Lavar batatas não é como escrever livros ou cantar ópera. Mas o que Imo fez – desenvolver um novo
comportamento e depois repassá-lo aos seus semelhantes – é algo que pesquisadores nem cogitavam
Outro exemplo bacana é um caso curioso observado entre baleias-jubartes da costa australiana,
espécie em que os machos emitem um som musical provavelmente para atrair as fêmeas. Uma
verdadeira revolução cultural teve lugar por lá quando, em 1987, um grupo de cantores do Pacífico Sul
abandonou totalmente sua melodia para adotar a de colegas do oceano Índico. A mudança ocorreu após
um perído de convivência entre os dois bandos. Aparentemente, alguns “menestréis” que viviam na
região do Pacífico se deram conta de que os colegas do Índico faziam mais sucesso com as meninas. E
tudo isso graças ao canto deles. A solução foi mudar a música para não ficar no atraso com a baleiada.
Planejar estratégias
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Chimpanzés que habitam a floresta Taï, na Costa do Marfim, usam um sistema de caça que se
assemelha à tática de um time de futebol quando querem capturar sua refeição favorita, o macaco-
colobo-vermelho. Como a presa é menor, mais rápida e pode se refugiar em locais inacessíveis aos
Para isso, dividem-se em pelo menos quatro funções: o condutor, que persegue a vítima, direcionando
seu caminho; o bloqueador, que sobe nas árvores para fechar as opções de fuga; o perseguidor, que
seleciona o alvo e tenta a captura em movimentos rápidos; é o responsável pela emboscada, cuja
missão é prever o trajeto do colobo e bloquear suas rotas. Esse último é uma espécie de centroavante
O “centroavante” é sempre um animal com mais experiência – o domínio da arte da caça leva cerca de
20 anos. Quanto mais velho, mais o chimpanzé é capaz de fazer antecipações e de menos movimentos
ele precisa para atingir seu objetivo. Futebolisticamente falando, ele é uma espécie de Romário. Toca
pouco na bola, mas quando o faz, quase sempre está bem colocado e marca o gol.
Também as guerras entre esses animais possuem táticas avançadas. Chimpanzés são capazes de variar
estratégias de acordo com o adversário e o time à disposição para a partida. Quanto menor o exército,
mais defensiva será a tática. Mas, se o bando for numeroso, a opção é fazer um ataque frontal e
impactante. Também há operações em que fêmeas, jovens e idosos ficam na retaguarda, batucando e
gritando, para criar a impressão de que a tropa de machos é mais numerosa. E, se as forças são iguais,
geralmente um lado faz o movimento e aguarda a resposta do rival. Nesse caso, grupos de chimpanzés
invadem o território inimigo para espalhar o terror e assustar rivais que perambulam
desacompanhados. Em algumas ocasiões esse tipo de comando foi visto aprisionando e torturando
fêmeas isoladas.
Uso de ferramentas
Pesquisadores que observam grandes primatas em florestas da África já flagraram esses animais
usando todo tipo de ferramenta. Para coletar frutos em árvores espinhosas, calçam ramos lisos sob os
pés, como se fossem sandálias. Outros aproveitam folhas largas como almofadas para sentar no chão
úmido sem molhar o traseiro. Enfiar galhos em cupinzeiros para pegar os insetos também é frequente.
Em um nível mais avançado, alguns animais usam pedras como bigorna e martelo para abrir nozes ou
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coquinhos – uma pedra maior relativamente plana serve de base, onde é posicionado o fruto, que é
A surpresa veio quando cientistas observaram que não eram apenas os grandes primatas que
dominavam esse tipo de técnica. Pequenos macacos-prego também eram capazes de usar rochas para
quebrar cascas e transmitir esse conhecimento para o grupo. A descoberta gerou uma dúvida. Ao
observar a habilidade em chimpanzés, imagina que ela tenha surgido em algum momento da evolução
dos macacos que deram origem aos hominídeos. Mas o macaco-prego subverte essa ideia. Como poderia
um animalzinho separado da nossa linhagem na evolução há mais de 40 milhões de anos aprender a usar
ferramentas? Para o pesquisador da USP Eduardo Ottoni, que descobriu a proeza dos macacos-prego
no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, não deveríamos considerar o fato com estranheza, mas
sim pensar em quais pressões no processo seletivo promoveram tal desempenho. Mais uma vez, é a
Se os pregos surpreenderam os cientistas, que dizer então de corvos da Nova Caledônia, na Oceania,
que se mostraram capazes de manipular pequenos ramos para pegar insetos em buracos estreitos? O
desempenho desses animais na natureza já era considerado incrível por conta da utilização de
ferramentas naturais para se alimentar. Mas o que fez a fama deles foi um teste de laboratório na
Universidade de Oxford em 2002. Enquanto estudava alguns corvos, o pesquisador Alex Kacelnik
flagrou a fêmea Betty criando uma ferramenta. Com o intuito de comer um pedaço de alimento
colocado no fundo de um tubo de ensaio, ela transformou em gancho um arame que estava por perto. O
feito ganhou destaque porque levantou a suspeita de que talvez Betty compreendesse a consequência
do ato. “Convivemos nesse planeta com animais pensantes”, diz Marc Hauser. “Cada espécie, com sua
mente única, favorecida pela natureza e moldada pela evolução, é capaz de enfrentar os mais
fundamentais desafios que o mundo apresenta. Apesar de a mente humana deixar uma marca
característica no planeta, nós certamente não estamos sozinhos nesse processo”, afirma ele. A
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SISTEMA NERVOSO
Um sistema é um conjunto de órgãos e estruturas que têm uma função em comum. Visto assim, o
sistema nervoso é o conjunto de órgãos que têm em comum a função de integrar e regular rapidamente
o funcionamento do corpo, permitindo não só que o indivíduo atue como um conjunto, mas também de
maneira ajustada ao ambiente, à sua história de vida e às suas projeções para o futuro.
O sistema nervoso é capaz de fazer isso devido à estrutura de seus órgãos e tecidos, compostos por
transmiti-los rapidamente a outras partes do próprio sistema nervoso e do corpo. Por sua rapidez e
flexibilidade o sistema nervoso difere de outro sistema integrador do organismo: o sistema endócrino,
de ação também global, porém lenta (da ordem de minutos, horas ou dias).
Uma das funções do sistema nervoso de fato é permitir aos animais a detecção de estímulos e a
sistema nervoso complexo o suficiente faz muito mais do que apenas isso (detectar estímulos e
produzir respostas a eles, afinal, é coisa que até uma bactéria faz): um ser que fizesse apenas isso
Ao contrário, o sistema nervoso complexo o suficiente (como o nosso, mas também de animais como
ratos e camundongos, e até de insetos) dota o indivíduo de passado e futuro, ao torná-lo capaz de
aprender novas associações; de lembrar dessas associações, e também de seus efeitos sobre o corpo;
e de usar essas informações para fazer projeções para o futuro. Desse modo, mesmo as respostas ao
presente levam em consideração as experências passadas e o que se antecipa para o futuro - racional
e emocionalmente.
Os mais variados sistemas nervosos têm algumas características em comum, sinal de que compartilham
- Todos são compostos de células excitáveis (os neurônios) e de um segundo tipo celular associado (as
células da glia);
como intermediários para trocar informações e assim afetar a atividade uns dos outros;
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- Todos possuem células capazes de detectar e sinalizar mudanças de energia no ambiente e/ou no
- Todos possuem células (os neurônios efetores) capazes de efetuar mudanças no corpo, como
- Em todos eles, os neurônios se organizam em estruturas que fazem a interface sensorial com o
corpo; que integram essa informação; e que fazem a interface efetora com o corpo; e
- Todos permitem, assim, o funcionamento integrado do corpo como um todo e de maneira coerente
Nos vertebrados, a distinção entre as duas divisões do sistema nervoso adulto é simples: o sistema
nervoso central (SNC) compreende todo o tecido nervoso encontrado dentro de caixas ósseas (o
crânio e a coluna vertebral), enquanto o sistema nervoso periférico (SNP) compreende todo o tecido
nervoso restante, situado fora do crânio e da coluna vertebral - portanto, todos os nervos e gânglios
do corpo.
O sistema nervoso central é dividido em duas grandes porções: encéfalo e medula espinhal.
Encéfalo
O encéfalo, conjunto de tecidos nervosos dentro da caixa craniana, pode ser dividido em três grandes
estruturas: o cérebro (formado pelo telencéfalo e pelo diencéfalo), o cerebelo (na parte posterior no
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Essas divisões correspondem às porções do tubo neural de onde elas se originam no desenvolvimento
do sistema nervoso. A aparência complexa do encéfalo adulto esconde o fato de ser todo ele
organizado, na verdade, como um grande tubo. O telencéfalo é a porção mais anterior, seguida de
diencéfalo, mesencéfalo, ponte e bulbo; o cerebelo se forma por trás, da junção de parte das
Telencéfalo
A porção mais anterior, o telencéfalo, é a que ocupa o maior espaço no cérebro humano, devido ao
grande tamanho do córtex cerebral. A ele chegam todos os sinais que vêm do corpo pelo tronco
encefálico e diencéfalo. O córtex cerebral processa todos esses sinais ao mesmo tempo, além de seus
próprios sinais internos relacionados a memórias, valores e projeções para o futuro, agregando
O telencéfalo é composto pelo córtex cerebral, pela amígdala (que, como você vê, não é a da
garganta, que para evitar confusões agora se chama tonsila) e pelo estriado. Estas últimas duas
estruturas são internas (ou "subcorticais), ocultas sob o córtex cerebral. Este, por sua vez, pode ser
- o lobo parietal fica imediatamente posterior ao sulco central, a dobra mais profunda do córtex, e
processa todos os sinais relacionados ao espaço corporal, inclusive a qual parte desse espaço
- o lobo temporal se destaca na lateral do cérebro, abaixo de outra grande dobra (o sulco lateral), e
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- o lobo frontal corresponde a toda a porção do córtex anterior ao sulco central. Aqui estão as áreas
do córtex que organizam o comportamento, desde a elaboração de metas e estratégias, passando pela
representação de valores e tomada de decisões, incluindo julgamentos morais, até o comando dos
- o lobo da ínsula, não mostrado na figura, é uma dobra interna do córtex (donde o nome, que significa
ilha), responsável por monitorar em permanência o estado funcional do corpo, e portanto as emoções,
gerando informações que são então usadas pelo lobo frontal para ajustar o comportamento ao nosso
estado interno.
Diencéfalo
A segunda divisão do encéfalo na ordem rostro-caudal é o diencéfalo, formado por vários núcleos. Os
maiores são os que, em conjunto, formam o tálamo, passagem obrigatória para quase toda a
informação que é encaminhada ao córtex cerebral. Abaixo dele fica o hipotálamo, estrutura vital que
recebe o tempo todo informações sobre o estado funcional do corpo e regula todos os sistemas que
tálamo fica a glândula pineal, ou epitálamo, que também ajuda a integrar o funcionamento de corpo e
cérebro. Outras estruturas do diencéfalo são os globos pálidos, parte dos núcleos da base juntamente
Mesencéfalo
O mesencéfalo é a porção seguinte no eixo encefálico, composto de vários pequenos núcleos, vários
dos quais integram funções sensoriais e motoras; de outros com função moduladora; e de grandes
feixes de fibras que interligam o córtex cerebral ao cerebelo e à medula espinhal. Aqui ficam por
exemplo os colículos, que usam informação visual e auditiva para comandar movimentos elementares de
orientação, como o reposicionamento dos olhos e orelhas (para os animais que conseguem movê-las!); o
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núcleo de Edinger-Westphal, que comanda a acomodação dos olhos, e o núcleo do nervo oculo-motor,
que comanda os movimentos laterais dos olhos; e a substância negra e a área tegmentar ventral
Ponte e bulbo
A ponte e o bulbo são as porções mais caudais do eixo do encéfalo, contíguas à medula espinhal, e com
antes de encaminhá-las ao cérebro e o controle dos músculos da cabeça. Além disso, e à diferença da
medula, na ponte e no bulbo estão pequenos núcleos com uma função fundamental: modificar o
funcionamento de todo o sistema nervoso central, fazendo-o entrar no estado de vigília (acordado),
Cerebelo
Ele responde sozinho por apenas 10% do volume encefálico, mas 80% de todos os neurônios que temos
dentro do crânio. Tantos neurônios parecem estar relacionados à função do cerebelo: monitorar e
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AS SETE INTELIGÊNCIAS E LOCALIZAÇÃO NO CÉREBRO HUMANO
1. Inteligência linguística: é o tipo de capacidade exibida em sua forma mais completa, talvez pelos
3. Inteligência espacial: é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial e ser capaz
4. Inteligência musical: é a capacidade voltada para a música. Exemplo: Leonardo Bernstein, Mozart.
utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo. Exemplo: dançarinos, atletas, cirurgiões e artistas. A
6. Inteligência interpessoal: capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como elas
trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Exemplo: vendedores, políticos, professores,
formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente
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PROCESSAMENTO DAS EMOÇÕES
As emoções são responsáveis por desencadear tensões no nosso organismo que, por mais que tentemos escondê-
las, se traduzem em tremores, “frio no estômago”, dor de barriga, choro, rir sem parar, arquear as sobrancelhas,
perder a voz, bem como outros movimentos que muitos de nós já terão experimentado.
Etimologicamente, a palavra emoção provém de duas palavras latinas – “ex movere” – que significam “em
movimento”. Faz sentido, dado que uma emoção é um “conjunto de reações corporais (algumas muito complexas)
face a certos estímulos”, como expressa António Damásio, um dos neurocientistas mais famosos do mundo.
No período da Grécia Antiga, até meados do século XIX, acreditava-se que as emoções eram instintos básicos
que deveriam ser controlados sob pena de o homem ter a sua capacidade de pensar seriamente afetada. O
primado da racionalidade, que dominava as diversas ciências sociais e humanas, pretendia que as emoções fossem
No entanto, a partir do século XX, as investigações produzidas sobre a emoção levaram-nos a um outro
entendimento: a emoção passou a ser considerada uma qualidade, desde que o indivíduo que a esteja a sentir
compreenda e tenha consciência do seu estado. A emoção permite, assim, desenvolver a capacidade de
relacionamento do indivíduo no e com o mundo. Aliás, as emoções apareceram na História da Humanidade como
Dada a grande multiplicidade de teorias que refletem a dificuldade em sintetizar numa definição a complexidade
das emoções, podemos, de uma forma geral, definir emoção da seguinte forma:
৹ Estado mental e fisiológico, breve e espontâneo, associado a uma ampla variedade de sentimentos,
pensamentos e comportamentos.
vividas vão definindo o que somos, dado que todas as experiências emocionais quotidianas que compõem
fisicamente o cérebro criam ou fortalecem as conexões existentes entre os neurónios. Cada momento de medo,
Um dos fatores que torna distinguíveis as emoções dos sentimentos é a privacidade destes últimos e a
exterioridade das emoções. A emoção é pública, observável, tendo uma dimensão comunicacional, enquanto o
Os sentimentos surgem após tomarmos consciência das nossas reações corporais, quando estes movimentos
são transmitidos a determinadas zonas do cérebro através da atividade neuronal. Nas emoções, conseguimos
reconhecer o elemento que as desencadeou, contrariamente aos sentimentos que não se associam a nenhuma
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causa imediata. Os sentimentos são emoções filtradas através dos centros cognitivos do cérebro, mais
Emoção e razão
Atualmente, já se reconhece a ideia de que a razão e emoção não se encontram nos antípodas. O divórcio entre a
razão e a emoção é um mito, visto não ter qualquer sustentação científica. É impossível privilegiar a razão sobre
a emoção ou vice-versa. Há todo um funcionamento combinado e inseparável entre a razão (cérebro racional) e as
emoções (cérebro emocional), uma vez que são as emoções que provocam um determinado pensamento e é este
Segundo António Damásio, um dos mais famosos neurocientistas do mundo, as emoções não constituem um
obstáculo ao funcionamento da razão. Estas estão envolvidas nos processos de decisão: por mais simples que seja
o processo, existe sempre uma emoção associada à escolha feita, dado que o córtex cerebral se apoia nas
- Emoções primárias/ iniciais/ universais: surgem durante a infância, sendo úteis para uma reação rápida quando
emergem determinados estímulos do meio. Envolvem um elevado fluxo de energia e podem existir sem termos
consciência delas, caso sejam inatas. Além disso, refletem diretamente as mudanças dos estados de espírito. É
neste tipo de emoções que se enquadra o medo, a alegria, a tristeza, a raiva, a surpresa e a aversão.
- Emoções secundárias/ sociais/ adultas: experimentadas mais tarde, dependem de uma aprendizagem e,
portanto, de interações sociais. Implicam uma avaliação cognitiva das situações, envolvendo, por isso, as áreas do
- Emoções de fundo: causadas, por exemplo, por um esforço físico intenso, pelo remoer de uma decisão
complicada de tomar ou pela ansiedade em relação a um acontecimento agradável/desagradável que nos espera.
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O Cérebro e a formação das Emoções
No cérebro, o sistema límbico regula as emoções, sendo tão poderoso que pode anular, tanto os
pensamentos racionais, como as respostas vitais. A amígdala, centro do sistema límbico, é responsável
Na última década, com o rápido desenvolvimento da área das Neurociências, foi definitivamente
reconhecida a relevância do papel que as emoções desempenham na vida diária. O cérebro vive num
estado de desequilíbrio dinâmico: por um lado, é impulsionado por energias excitatórias; por outro, por
forças inibidoras. Ao longo do dia, esta instabilidade sofre alterações que se refletem no humor, no
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PLASTICIDADE DO CÉREBRO
experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do
meio ambiente.
Há alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e que o
cérebro era definido geneticamente, ou seja, possuía um programa genético fixo. No entanto, não era
possível explicar o facto de pacientes com lesões severas obterem, com técnicas de terapia, a
recuperação da função.
Porém, o aumento do conhecimento sobre o cérebro mostrou que este é muito mais maleável do
que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da experiência, das percepções, das ações e
dos comportamentos.
Deste modo, podemos referir que a relação que o ser humano estabelece com o meio produz grandes
modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a
vida. Assim, o processo da plasticidade cerebral torna o ser humano mais eficaz.
funções afetadas por lesões cerebrais. Como tal, uma função perdida devido a uma lesão cerebral
pode ser recuperada por uma área vizinha da zona lesionada. Contudo, a recuperação de certas
funções depende de alguns fatores, como a idade do indivíduo, a área da lesão, o tempo de exposição
Porém, a plasticidade cerebral não é apenas relevante em caso de lesões cerebrais, uma vez que
ela está continuamente ativa, modificando o cérebro a cada momento. Os mecanismos através dos
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AUTO-AVALIAÇÃO DE MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
"É de suma importância que reconheçamos e nutramos todas as várias inteligências humanas, e todas as
combinações de inteligências também. Todos nós somos muito diferentes, especialmente porque temos
diferentes combinações de Inteligências. Eu acho que, se reconhecermos esse fato, provavelmente teremos uma
chance maior de lidar adequadamente com os muitos problemas com que nos deparamos no mundo."
Howard Gardner
Avalie seu potencial intelectual, levando em consideração a relação abaixo. Simplesmente leia as
afirmações que se aplicam a cada categoria de inteligência e responda SIM ou NÃO para a sua
situação. Pense neste teste como um passo inicial para você iniciar seu processo de autoconhecimento
de suas diferentes inteligências. No final, ele lhe mostrará seu verdadeiro QI. Para um melhor
1. As inteligências em que você pontuou mais alto indicam "como você pensa, o que aprende com mais
2. O importante é o Cenário Completo de suas inteligências. Você pode ser um gênio matemático, um
atleta razoável, um bom leitor, um bom visualizador, um bicho-do-mato nas relações pessoais e um
surdo-mudo musical. Tudo isso junto, num "pacote" magnífico e único, que é você. Por isso é importante
você saber mais sobre cada uma delas, para não ter uma visão míope e rotulada de si mesmo que
3. Celebre seus pontos fortes. Por razões culturais, históricas, a sociedade atual valoriza os aspectos
verbais e lógicos da nossa inteligência. Você poderá reconhecer outros pontos fortes e se apoiar neles
4. Preste atenção as suas inteligências ocultas. Você poderá, ao responder aos testes, redescobrir
habilidades de que se esquecera, na infância e na adolescência, que ficaram negligenciadas. Seja por
falta de demanda no trabalho, de estímulo na escola, seja por falta de valorização em geral.
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5. Seja otimista em relação a suas vulnerabilidades. Todos temos nossas vulnerabilidades, nossas
inteligências mais fracas. Picasso nunca conseguiu se lembrar de todo o alfabeto. Beethoven era
extremamente desajeitado. Moisés (das Escrituras) gaguejava. Planeje para se preparar com as suas
fraquezas de modo que elas não o prejudiquem. Há modos para desenvolver suas inteligências mais
fracas
1. VERBAL-LINGUÍSTICA
Faça leituras com temas diversificados e tenha como exercício produzir informações em formatos
Participe de discussões e tenha o hábito de escrever suas impressões sobre diversos assuntos.
Faça planos por escrito para sua vida para os próximos cinco meses, cinco anos, dez anos.
2. LÓGICO-MATEMÁTICA
Treine sua capacidade lógica com seus problemas: esquematize possíveis saídas e converse com
3. CINESTÉSICA-CORPORAL
Experimente seu corpo: pratique esportes, faça aulas de dança, matricule-se em um tipo de luta.
Brinque com o corpo: faça dramatizações, brincadeiras, mímica, tente demonstrar determinadas
4. MUSICAL
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5. VISUAL-ESPACIAL
Habitue-se a utilizar mapas e procure fazer desenhos, esquemas, maquetes ou mesmo a planta de
sua casa.
6. INTRAPESSOAL
7. INTERPESSOAL
Exercite sua habilidade de identificar o estado de espírito delas, de influenciá-las com suas ideias.
Exercite a diplomacia.
8. NATURALISTA
Faça uma horta, cultive plantas em casa, plante árvores e tenha um bicho de estimação.
9. EXISTENCIAL-ESPIRITUAL
Busque informações sobre os grandes dramas humanos, a visão da filosofia e das diversas religiões
Rubens Alves.
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TESTE DE INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
1º-Você lembra-se facilmente das frases, citações ou pensamentos de pessoas famosas e aplica-as
em suas conversas.
2º-Você percebe rapidamente quando alguém que está com você, está preocupado com algo.
3º-Você é fascinado por questões filosóficas ou científicas do tipo:- "Quando o Tempo começou?"
5º-As pessoas acham que você tem movimentos corporais elegantes, ou tem um bom ritmo ao dançar.
6º-Você consegue cantar com facilidade, lembrando-se das musicas e das letras.
7º-Você lê com regularidade nos jornais ou revistas artigos sobre ciência e tecnologia.
8º-Você percebe rapidamente erros gramaticais ou de palavras das pessoas que falam com você.
9º-Você geralmente consegue descobrir como as coisas funcionam ou como consertar rapidamente o
10º-Você consegue imaginar rapidamente como outras pessoas agem com seu filtro profissional ou
11º-Você consegue lembrar-se com detalhes, das paisagens e das características dos lugares que
15º-Você organiza bem as coisas do seu escritório, cozinha, banheiro, de acordo com padrões e
categorias.
16º-Você tem confiança de interpretar o que as outras pessoas fazem em função do que elas sentem.
19º-Quando você conhece pessoas novas, você geralmente estabelece associações entre suas
20º-Você tem consciência do que você consegue e do que não consegue fazer
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RESPOSTAS DAS PEERGUNTAS:
1, 8 e 17 = Intel. Linguística
6, 12 e 18 = Intel. Musical
3, 7 e 15 = Intel. Lógica-Matemática
4, 11 e 13 = Intel. Espacial
5, 9 e 14 = Intel. Cinestésico-Corporal
2, 10 e 19 = Intel. Interpessoal
Linguística: habilidade para lidar com as palavras, para expressar ideias, memorizar o que se fala,
gostar e saber como falar, usar a linguagem para representar o mundo - é a inteligência responsável
escritores. Grandes autores, como Jorge Amado, têm grande potencial linguístico.
matemáticos, perceber a relação entre as coisas, saber, por exemplo, como um computador funciona.
Envolve todas as ciências exatas. Exemplos de profissões: engenheiros, físicos, químicos, técnicos em
Cinestésica Corporal: capacidade de usar o corpo de maneiras diferentes e hábeis, saber como se
movimentar, gostar de exercícios físicos, pessoas que desenvolvem essa inteligência costumam usar
muitos gestos quando falam. Exemplos de profissões: atletas, dançarinos e atores. Essa aptidão pode
Espacial: habilidade para memorizar cenas, noção de espaço e direção, saber onde está e quais são as
Musical: pessoas com o chamado "ouvido absoluto", capacidade de organizar sons de maneira criativa,
ouvir uma melodia e não esquecer mais, tocar uma música que nunca tocou antes, reconhecer notas e
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Mozart possuíam inteligência musical.
Interpessoal: habilidade de compreender os outros, se dar bem com as pessoas, saber se comunicar,
ter empatia (saber o que o outro está sentindo), gostar de estar entre outras pessoas - indivíduos com
inteligência interpessoal em evidência costumam ser bons líderes. Exemplos de profissões: psicólogos,
profissões: psicólogos e filósofos. Os filósofos clássicos, como Platão, podem ser exemplos de
inteligência interpessoal.
publicitários. Pintores como Leonardo da Vinci e Pablo Picasso são bons exemplos.
identificar como as coisas acontecem, compreender, por exemplo, como as plantas crescem e se
que desenvolveu uma teoria sobre a evolução dos seres vivos, é um exemplo de quem tem aptidão
naturalista.
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MITOS SOBRE O CÉREBRO
Um mito corrente é que existem alunos que aprendem mais por algum sentido (visão, audição ou tato),
A frase deve ter vindo de Einstein, que disse só usar uma pequena fração da sua incrível cabeça. Como
tudo é ligado no cérebro e nunca fazemos uma atividade isolada, sempre usamos perto de 100% dele.
O lado direito do cérebro coordena a linguagem; já o direito coordena a percepção de emoções. Mas
todas passam pelos dois hemisférios, que trabalham em conjunto. Não há base científica para
desenvolver um lado específico nem indícios de que tal prática seja benéfica.
Já ouviu aquela história de que algumas coisas só se aprendem até os 12 anos? Na verdade, o cérebro
está sempre se modificando. É verdade que a infância é favorável para a aprendizagem da gramática
Há espaço no cérebro para o aprendizado de dois idiomas simultaneamente – e isso só faz bem. Na
Alemanha, um estudo com crianças turcas aprendendo o alemão mostrou que elas melhoravam na
Videogames que garantem melhorar a memória ou exercícios físicos que prometem maior atenção dos
alunos ao massagearem regiões específicas do corpo são a extrapolação de algumas pesquisas, mas
nada muito confiável. Sabe-se apenas que a atividade física melhora o metabolismo do corpo, inclusive
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PERFIL DAS INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS
INTELIGÊNCIAS CARACTERÍSITICAS APLICAÇÕES INDIVIDUAIS
Contar histórias
Ler e escrever histórias, piadas
Fazer malabarismo com vocabulário
Sensível a regras
Entrevistar
Organizado e Sistemático
Discutir e Debater
Habilidade de raciocinar
Fazer quebra-cabeças, jogos de soletração
Gosta de ler, ouvir e escrever
Jogar jogos de memória com nomes, locais
Soletra com facilidade
LINGUÍSTICA Colocar-se em situações que exijam redigir
Gosta de jogos de palavras
textos
Tem boa memória para trivialidades
Integrar redação e leitura com outras áreas e
Pode ser bom orador público e debatedor,
assuntos
embora alguns especialistas lingüísticos possam
Produzir, editar e supervisionar a revista da
preferir escrita ou comunicação oral
escola
Utilizar processador de texto como introdução
ao computador
Estimular a resolução de problemas
Analisar e interpretar dados
Utilizar raciocínio com frequência
Gosta de ser preciso
Estimular as próprias potencialidades
Aprecia cálculos
Utilizar previsão
Gosta de ser organizado
Ter um lugar para tudo
Utiliza estrutura lógica
Usar raciocínio dedutivo
LÓGICO- Aprecia computadores
Fazer jogos matemáticos de computação
MATEMÁTICA Aprecia resolução de problemas
Estimular experimentos práticos
Gosta de raciocínio abstrato
Integrar organização e matemática em outras
Aprecia experimentação de maneira lógica
áreas curriculares
Prefere anotações de forma ordenada
Possibilitar a realização das coisas passo a
passo
Usar computadores para folhas de trabalho,
cálculos etc.
Utilizar gráficos informatizados
Integrar arte com outros assuntos
Assistir/criar vídeos
Pensa em figuras Usar estímulos periféricos nas paredes
Utiliza metáforas Mudar de lugares na sala a fim de obter uma
Cria imagens mentais perspectiva diferente
Tem sentido de gestalt Utilizar fluxogramas, cartograma ou gráficos de
Lembra-se com figuras estabelecimento de metas
VISUAL-ESPACIAL
Tem bom senso de cores Utilizar mímica
Gosta de arte: desenho, pintura e escultura Salientar com cor
Utiliza todos os sentidos para formar imagens Utilizar agrupamentos
Lê com facilidade mapas, gráficos e diagramas Fazer atividades visuais
Criar rabiscos, símbolos
Usar Mapeamento Mental
Usar figuras para aprender
Desenhar diagramas, mapas
Integrar música com assuntos outras áreas
Ligar-se a um coral ou a um grupo musical
Usar concertos ativos e passivos para a
aprendizagem
Aprender através de raps, poemas com rima
Sensível à entonação, ao ritmo, ao timbre completa, jogral
Sensível ao poder emocional da música Escrever música
MUSICAL Sensível à organização complexa da música Trabalhar com música
Pode ser profundamente espiritual Usar música para relaxar
Aprender através de canções
Estudar com música barroca
Tocar um instrumento musical
Mudar de humor com música
Compor música no computador
Fazer imagens/figuras com música
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Controle excepcional do próprio corpo Fazer trabalhos de campo
Gosta de se envolver em esportes físicos Usar caratê para se concentrar
Gosta de utilizar métodos manipulativos Fazer várias “mudanças de estado” e intervalos
Brinca com os objetos enquanto escuta tudo Integrar o movimento em todas áreas do
Aprende participando do processo de currículo
aprendizagem Usar modelos, máquinas, Technic Lego,
Inquietação e aborrecimento se houver pouco artesanato
intervalos Usar a dança, o drama e o movimento para
Lembra do que foi feito em vez daquilo que foi aprender
CINESTÉSICA- dito ou observado Usar técnicas manipulativas em ciências,
CORPORAL Controle de objetos matemática
Boa sincronização Estalar os dedos, bater palmas, sapatear, saltar,
Mente mecânica subir
Gosta de tocar ou representar Representar a aprendizagem, usar jogos em
Habilidoso em artes manuais sala de aula
Bons reflexos , respostas treinadas Analisar mentalmente enquanto estiver
Aprende melhor se movimentando nadando, correndo e etc
Muito sensível ao ambiente físico Utilizar exercícios de codificação física em que
você se torna objeto da aprendizagem
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A ciência diz que...
A. Os adolescentes acordam mais tarde que as crianças. Estar desperto ajuda muito no aprendizado.
C. A atenção da criança dificilmente se mantém por mais que os primeiros 10 minutos da aula.
D. Muitas avaliações sobre muito conteúdo num curto espaço do tempo dificultam a memorização.
Experimente, sem medo de errar. Você deve estar em constante mutação, em busca do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, L., S. Teorias da Inteligência. Porto: Jornal de Psicologia. (1988).
BAR-ON, R & PARKER, J.D.A. Manual de inteligência emocional. Porto Alegre, Artes Médicas (2002)
GARDNER, H. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre, Artes Médicas. 1994.
GARDNER, H.; KORNHABER, M. L. E WAKE, W. K. Inteligência: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Artes
Médicas. (1998)
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, Rio de
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