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Estratégia Militar #

baseado no MC C 124-1 Estratégia do EB

Introdução

A guerra é a forma de se resolver um conflito pelo uso da força, em


momentos que a política e a diplomacia não podem mais produzir
resultados satisfatórios. De importância vital, a guerra deve ser
tratada com prioridade máxima, pois dela pode depender a
sobrevivência tanto de uma população como do próprio estado. Suas
consequências podem ser muito graves, pois dependendo de sua
intensidade, a acompanham a fome, a doença, a ruína econômica,
podendo chegar, em casos extremos, a destruição de um povo
inteiro. Mais comumente resulta na deposição de governos
indesejáveis e na mudança da ordem política regional, porém os
efeitos nocivos junto a população sempre estão presentes, razão pela
qual deve ser evitada a todo custo. Uma vez envolvida em um
conflito militar, uma nação deve envidar todos os esforços para
decidi-lo a seu favor, no menor intervalo de tempo possível, e com o
menor custo, seja econômico-financeiro ou político e humano.

Uma vez configurada uma condição de guerra, não há tempo


suficiente para se preparar para ela partindo de bases incipientes,
sendo necessário que uma estrutura militar, industrial e de
qualificação humana e tecnológica seja mantida em caráter
permanente em tempos de paz. Planos de mobilização industriais-
militares, adestramento de efetivos e doutrinas estratégico-tático-
operacionais devem ser criteriosamente planejados e praticados
constantemente. Estudos acadêmicos de alto nível devem ser uma
constante nas academias e institutos militares, atualizando a ciência
militar a realidade sempre em mutação na geopolítica mundial. É
importante que uma transição da condição de paz para a de conflito
se dê da forma mais fluída e natural possível.

A Estratégia
Uma guerra sem estratégia é uma forma primitiva de se envolver em
um conflito armado, e só praticada por povos primitivos e sem
cultura de planejamento, onde esforços são duplicados e não
coordenados, resultando em total falta de sinergia e uma receita ao
desastre.

A estratégia envolve a composição e orientação das forças, suas


disposição territorial e suas linhas de comunicação bem como seu
adestramento, o planejamento tecnológico e industrial e os planos de
mobilização, a doutrina de emprego, os meios nacionais e os planos
de toda ordem, as alianças supra-nacionais e demais fatores que
possam influir na condição política dos conflitos, sempre tendo como
pano de fundo a potenciais ameaças que o país poderá vir a enfrentar
e seus objetivos nacionais.

A estratégia deverá considerar todo o espaço geográfico próximo ou


mais distante que possa influir nos conflitos, as relações e alianças
internacionais, as tecnologias próprias ou alheias existentes, como
por exemplo a existência de armas nucleares e outras tecnologias
sensíveis como a espacial, a capacidade de manter um conflito ao
longo da linha do tempo, a disponibilidade de recursos naturais e
outros fatores relevantes.

A estratégia militar moderna depende do poderio e importância de


cada nação, sendo a do conflito direto e conquista do território
inimigo e consequente destruição de suas forças ultrapassada e em
desuso.
As nações mais poderosas buscam sempre a paralisia estratégica do
inimigo, evitando-se o confronto direto sempre que possível. Estas
nações lançam mão da guerra por procuração, armando grupos
políticos antagônicos aos regime que desejam destruir. Se tiverem
que entrar em ação, lançam mão do poder aéreo superior, do
bombardeio estratégico a partir de bombardeiros de alta tecnologia e
submarinos com mísseis de cruzeiro de alta precisão, do bloqueio
ostensivo das áreas de interesse e da interdição em larga escala da
capacidade logística do inimigo, seja por ações em campo ou por
ações político-diplomáticas junto ao resto do mundo.

Algumas possuem ainda a opção nuclear que tem um peso muito


grande tanto nas decisões próprias quanto nas do inimigo, porém o
seu emprego pode trazer sérios desdobramentos, sejam físicos ou
políticos, e deve ser cuidadosamente avaliado.

As nações menos poderosas tendem a buscas a estratégia da


resistência, procurando provocar ao inimigo a possibilidade de
desgastes inaceitáveis estes e desencorajando-os a se envolverem
nos conflitos. Guerra de guerrilha com alto custo humano, conflitos
de alta duração e custos político inaceitáveis fazem parte desta linha
de ação.

A Ação Militar

Qualquer que seja o objetivo da um conflito armado, este limita as


ações a serem tomadas, dependendo do custo político que cada ação
pode acarretar, porém não invalida nenhuma ação que vise debilitar a
capacidade combativa do oponente, mesmo que esta não venha a ser
empregada por este ou aquele motivo.

Os objetivos de um conflito armado podem ser: a rendição


incondicional, A conquista de uma faixa de território, a substituição
de um regime ou governo, a conquista de recursos diversos, a
destruição de determinados objetivos de importância estratégica, a
destruição de ameaças, o apoio a aliados, a implantação de
ideologias, a defesa territorial, a conquista da independência, entre
outros.
A estratégia específica de um determinado conflito deverá buscar o
centro de gravidade do poder do oponente, e em torno dele deverá
ser construída. O centro de gravidade é o objetivo que, se
conquistado, fará o inimigo perder totalmente o controle de suas
ações. Cabe aos planejadores militares a identificação deste.

Ao comandante militar das operações deverá ser dado um objetivo,


deixando-se bem claro a este seus limites, de forma a evitar que
qualquer ônus político, econômico, psicossocial ou militar
excessivamente nocivo se configure e traga consequências
indesejáveis ou inadimissíveis. A política nacional poderá impor
restrições quanto a intensidade e extensão da violência, o ritmo das
operações, a privação do uso de espaços geográficos restritos, o
emprego de armas estratégicas, os bloqueios navais e outros.

Estando claros os objetivos do conflito que se configura e as


restrições impostas pela política nacional, os planejadores militares
passam a delinear a ação militar propriamente dita, através da
concepção de um esboço do plano de operações. A fim de atingir o
objetivo político da operação, estes devem estabelecer:

1. Definição dos objetivos estratégicos essenciais para se


chegar no objetivo político;
2. Consideração dos dificultadores para se chegar a estes
objetivos estratégicos;
3. Definição das ações estratégicas a serem implementadas
4. Definição e disponibilização dos meios militares a serem
utilizados na operação.
Objetivos estratégicos são aqueles sem os quais o objetivo político da
operação não poderá ser atingido. Uma operação se dá buscando um
objetivo principal (objetivo político) e para atingi-lo um pequeno
número de objetivos estratégicos terão de ser cumpridos. Como
exemplo podemos citar a ação israelense contra as bases egípcias na
guerra do seis dias, quando em menos de 2 horas toda a aviação de
combate do país africano foi neutralizada
Para cumprir os objetivos estratégicos os planejadores devem prever
as dificuldades a serem contornadas e tomar as medidas necessárias
a sua implementação. Usando o exemplo anterior a principal
dificuldade era a manutenção do sigilo, sendo portando necessário
determinar o momento em que toda a aviação estava em terra, a
implementação de ações visando a neutralização da rede de alerta
antecipado (radares), o treinamento das equipe de terra a fim de que
fizessem as aeronaves retornar ao combate no menor tempo
possível, e outras.

Definidos os objetivos estratégicos e elencadas os dificultadores para


atingi-los, passa-se para a fase da definição das ações estratégicas.
Cada operação demandará um conjunto de ações estratégicas
diferentes, porém podemos listar algumas mais comumente utilizadas
em todos os conflitos:

 A primeira ação estratégica de qualquer conflito é a busca de


inteligência. Os planejadores devem lançar mão de todos os meios
que tiverem a disposição na busca de informações relevantes.
Satélites e aeronaves de reconhecimento, uso intensivo de sistemas
de ESM, infiltração de forças especiais e uso de tropas de outros
meios já desdobrados no terreno, espiões e informantes, informações
de arquivo e disponíveis em meios ostensivos, desertores e
prisioneiros, analistas e peritos. Toda a informação que possa ser
reunida embasará o plano de ação, e este será mais realista a
medidas que os seus subsídios forem os mais sólidos e concretos
possíveis. Durante a operação deverá ser mantida vigilância
constante de todo teatro de operações, fluxo constante de
informações de campo para os centros de inteligência e
realinhamento de plano frente às novas realidades.
 O isolamento do teatro de operações de todas as formas
possíveis impedirá a chegada de novos recursos ao adversário. O
bloqueio de suas fontes de suprimento através de medidas militares
ou diplomáticas, a interdição do espaço aéreo adjacente às áreas de
interesse, bloqueios navais e terrestres, interferência eletrônica nas
comunicações e meios de vigilância e controle, ocupação militar de
áreas importantes e outros.
 Ações de bombardeio estratégico visando neutralizar:
 Sistemas de alerta antecipado (radares),
 Sistemas de defesa antiaérea,
 Sistemas de ameaça direta como os mísseis balísticos
táticos e seus sistemas de suporte, sistemas de artilharia e MLRS,
bombardeiros estratégicos e mísseis de cruzeiro.
 Grandes fontes de suporte logístico como refinarias e
depósitos de combustível, usinas e subestações de força,
 Entroncamento rodo e ferroviários, portos e aeródromos,
 Centros de poder e decisão, comando e controle,
procurando impedir qualquer tipo de comando e coordenação,
frustrando a coordenação de esforços e semeando a confusão e o
caos entre as forças inimigas,
 Sistemas de comunicações que servem ao comando e
controle de forças, estações civis de rádio e TV, torres e antenas de
retransmissão de todos os tipos,
 Pontes, túneis, viadutos e outros pontos de
estrangulamento de tráfego que se mostrem importantes,
 Bases militares de todos os tipos, aéreas, navais e
submarinas; bases de forças terrestres e de apoio logístico.
 Áreas industriais e de pesquisa militar, usinas
siderurgicas e metalúrgicas, industria eletrônica de defesa, industria
naval e nuclear.
 Outros alvos que se revelem importantes.
 Ocupação militar de áreas de fronteira, áreas de concentração
estratégica, bases militares de todos os tipos em território nacional
ou além-fronteiras, áreas de desdobramento logístico, sitios de
transmissão e retransmissão de comunicações, espaços aéreos e
marítimos importantes, usinas e represas, industrias, canais, pontes,
túneis, viadutos, elevações, fontes de água e combustível, e outras
áreas adjacentes que se façam importantes.

 Desgaste do inimigo através de constante assédio a suas


forças, procurando desorganizá-las, impedi-las de se deslocarem,
cansa-las, impor-lhes a fadiga, baixar o seu moral, impedi-las de
receberem ressuprimento de
comida/combustível/munição/água/pessoal e outros, cortar suas
rotas de fuga, impedi-las de se comunicarem e obterem informações.
 Promover intensa guerra psicológica junto as tropas inimigas
através de transmissões e panfletos disseminados por todos os meios
disponíveis; junto a população local procurando conquistar sua
simpatia através de propaganda e ações de assistência, procurando
sua dissociação do governo local
 Manobrar no sentido de confundir a compreensão do inimigo
em relação as intenções do atacante. Ao realizar manobras
diversionárias o inimigo se obriga a dividir suas forças, desorganizar
seu dispositivo e sobrecarregar seus meios de suporte logístico, pois
não tem como saber a intenção do atacante e não pode negligenciar
uma manobra que pode ser real. Na Operação Overlord (a invasão da
Normandia) o descontrole (involuntário) por motivos diversos nos
lançamentos das divisões aeroterrestres aliadas confundiu
completamente a reação dos alemães e deu tempo aos americanos e
britânicos para realizar as manobras de desembarque.
 Uma vez conseguida a condição de superioridade estratégica
através de ações como as aqui citadas parte-se para o combate
direto procurando a neutralização, destruição ou captura das forças
inimigas, momento em que elas se encontram debilitadas física e
moralmente. A todos estes esforços denominamos de multiplicadores
do poder de combate.

Uma vez esboçado o plano geral de ação, parte-se para a fase de


ajuste, quando se confronta o que se pretende fazer com os meios
disponíveis, condicionantes políticas e situação geográfica,
suprimindo ações de difícil execução e/ou criando outras que venham
o tona durante esta fase. Nesta fase avalia-se a viabilidade da
operação, podendo-se chegar a conclusão que a missão não poderá
ser realizada ou que necessite de ajustes ou outras linhas de ação.

Objetivos Militares

Os objetivos militares devem ser escolhidos de forma coerente e


dentro da realidade da situação. Estes jamais poderão ser maiores
que o objetivo político da guerra. O número de restrições políticas ao
estabelecimentos dos objetivos militares geográficos ou não diminui a
medida que a importância dos objetivos da guerra aumenta.

AS 10 MAIORES MANO BRAS MILITARES DO SÉ CULO


XX
JEAN-LOUIS MANZONCOMPORTAMENTO

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―A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar‖, escreveu o general e


filósofo chinês Sun Tzu, autor do livro A Arte da Guerra. Há momentos, porém,
que botar as armas de lado está fora de cogitação. Especialmente quando você
se encontra sob fogo cruzado. E, tal como numa partida de futebol, a estratégia
é fundamental para sair vitorioso do campo de batalha. Por isso decidimos
fazer uma lista das 10 maiores manobras militares do século XX. Que, para o
bem ou para o mal, definiram o mundo em que vivemos hoje — em que
comemos cheeseburger ao invés de chucrute.

10# Gallieni e os Táxis de Paris

Se você já foi a Paris e pegou um táxi, provavelmente foi maltratado. Mas nada
que se compara com o que os taxistas parisienses fizeram contra o exército
alemão na 1ª Guerra Mundial. Em 1914, os alemães chegaram a 40
quilômetros de Paris. O governo evacuou a cidade e convocou o general
Gallieni para assumir a defesa da capital.

No início de setembro, enquanto as tropas do comandante francês Joffre


sofriam pesadas baixas, o 1º Exército alemão manobrou para o Leste numa
tentativa de flanquear as defesas francesas e tomar Paris. Gallieni viu nisto
uma oportunidade.

Cerca de 600 táxis parisienses foram recrutados para mobilizar a 7º divisão de


infantaria e parar o avanço inimigo. Os motoristas perguntavam: ―Rodamos
pela corrida ou pelo taxímetro?‖ Mesquinharias à parte, cerca de 5 000 homens
a bordo dos carros foram rapidamente reposicionados no front.

O efeito militar da manobra é questionável, mas o primeiro deslocamento


motorizado da história teve um efeito real sobre a moral das tropas e da
população. Um marco da 1ª Guerra Mundial que rendeu 130 francos para os
motoristas.

9# A ofensiva do Tet

―Good morning, Vietnam! I love the smell of napalm in the morning…‖ Este e
todos os outros punch lines de Hollywood não estão em filmes que mostram as
derrotas americanas no campo de batalha do Vietnã. O motivo? Porque nunca
houve uma. Mas ainda sim, os americanos perderam a guerra.
No ano novo lunar vietnamita, o Tet, tradicionalmente havia um cessar fogo. No
dia 30 de janeiro de 1968 não seria diferente. Mas foi. Usando uma tática de
desinformação, os vietcongs comandados pelo General Hoang Van Thai, que
já havia batido os franceses em Dien Bien Phu, mobilizou tropas ao norte,
dando a entender que atacaria ali.

Mas, secretamente, por uma rede de túneis e trilhas na floresta, mobilizou 80


mil soldados e lançou um ataque surpresa simultâneo contra mais de 100
cidades, entre elas a capital do Sul, Saigon. Lá um pequeno grupo conseguiu
abrir um buraco nos muros da embaixada americana e por poucos instantes
dominar o salão principal. Minutos depois, foram mortos ou capturados.

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A ofensiva do Tet foi um fracasso militar retumbante, mas foi decisivo na vitória
sobre os americanos. As imagens da embaixada destruída, soldados sem
comando, o pânico espalhado, mostraram à opinião pública nos Estados
Unidos que o estava acontecendo naquele longínquo país era muito diferente
da versão oficial. Sem o apoio popular, a máquina de guerra americana
emperrou e em 1975 Saigon caiu nas mãos dos comunistas. The end.

8# Patton e Bastogne

George S. Patton é até hoje um dos mais polêmicos generais da história


americana. Implacável, intempestivo, culto, motivador e cruel, Patton conhecia
a estratégia e história militar como poucos. Na 2ª Guerra Mundial, ele avançou
com o 3º Exército americano vencendo mais batalhas e causando mais baixas
aos inimigos do que qualquer outro antes (ou depois) dele. No inverno de 1944,
os alemães haviam lançado uma contra-ofensiva e cercado a cidade de
Bastogne, um entroncamento estratégico de estradas ao norte da França. Lá,
as forças da 101º divisão aerotransportada resistiam como podiam.

O General Eisenhower, comandante-supremo das forças aliadas, pergunta a


Patton em quanto tempo ele poderia virar 180º e avançar com seu 3º Exército,
de mais de 500 000 homens, tanques, aviões e suprimentos 400 km ao norte
até Bastogne, para resgatar a 101º. Patton responde: ―48 horas‖. Eisenhower
duvida.

Prevendo um possível ataque por aquela região, dias antes Patton havia dado
ordens à sua equipe que preparasse 3 planos distintos para contra-atacar. No
momento em que ele recebe as ordens do General Eisenhower para resgatar a
101º divisão, a operação já está em andamento.

Sob um inverno especialmente rigoroso, Patton finalmente chega a Bastogne,


seus aviões lançam bombas sobre as posições inimigas e levam suprimentos
para a 101º divisão cercada. Os tanques alemães são destruídos, milhares de
perdas são causadas aos alemães e Bastogne é liberada.
7# Schwarzkopf e o bombardeio do Iraque

Oriente Médio, 1991. Saddam Hussein à frente de um país empobrecido pelo


conflito contra o vizinho Irã, invade o pequeno reino do Kuwait, tomando seus
campos de petróleo e passando a controlar, em conjunto com as reservas
iraquianas, quase um quarto de toda a produção mundial de óleo cru.

Os Estados Unidos lideraram uma coalização internacional para forçar Saddam


de volta às suas fronteiras. Com um ultimato expedido pela ONU, o mundo
aguardou 3 meses até que o primeiro tiro fosse disparado. Saddam tinha ao
seu dispor o quarto maior exército do mundo e seu plano era levar os EUA a
um novo Vietnã: forçar pesadas baixas e vencer pela opinião pública.

O General Norman Schwarzkopf traçou uma estratégia para evitar ao máximo o


combate corpo a corpo, tanque a tanque. Em 17 de fevereiro de 1991, o ataque
aéreo foi lançado. A primeira onda foi de aviões invisíveis aos radares, até
então secretos, que destruiu o sistema de alerta inimigo. A supremacia aérea
se estabeleceu nos primeiros minutos de guerra. Se seguiram mais 100 mil
voos, despejando 85 mil toneladas de explosivos arrasando as posições
iraquianas.

O ataque foi tão surpreendentemente bem sucedido, que quando a invasão


terrestre teve vez, as forças de Saddam Hussein já sem comando, sem
suprimentos, simplesmente se rendiam e a prometida ―mãe de todas as
batalhas‖ nunca aconteceu.

6# Yamamoto e Pearl Harbour

Em 1941, as tropas do 3º Reich marchavam invencíveis pela Europa e o


Império Japonês se expandia pelo oriente. Os Estados Unidos se mantém fora
do conflito, mas impõem sérios embargos econômicos ao Japão,
principalmente de petróleo. Na época, 80% das importações japonesas de
combustível vinham da América.

Ciente de que uma guerra prolongada seria vencida pela força industrial dos
Estados Unidos, o Almirante Isoroku Yamamoto traçou um plano ousado:
destruir a frota americana do Pacífico antes que ela pudesse entrar em ação. O
problema é que ela estava a dezenas de milhares de quilômetros do Japão.

A frota imperial envia em silêncio seus gigantescos porta aviões ao Hawai. Às


7:30 da manhã de 7 de dezembro, mais de 400 caças e bombardeiros
avançaram indetectados sobre a maior base naval americana da região. Mal
informados, mal treinados e com comunicações precárias, as perdas foram
gigantescas para os EUA. Encouraçados, destróieres, aviões, soldados —
nada do que estava em Pearl Harbour restou. A operação foi um sucesso.

Poderia ter sido o fim, mas não foi. O que os japoneses não sabiam é que os
porta aviões americanos estavam realizando exercícios ao longo da costa, e
esses navios vieram a ter um papel fundamental em Midway, anos depois, na
aniquilação da frota imperial.
5# A Virgem Maria e o Milagre da Marne

Na 1ª Guerra Mundial, as forças alemãs comandadas por Von Kluck, Von


Bülow e Von Moltke haviam contornado as defesas francesas pela Bélgica e
chegado a poucos quilômetros de Paris. O general Von Kluck declara: ―Que a
França desapareça para sempre!‖

A situação era desesperadora. O General Foch, no comando do 9º exército


francês, escreve a seus superiores sobre sua situação próximo ao rio Marne:
―Minha direita está sob forte pressão, o centro está cedendo, impossível de
manobrar. Situação excelente, eu ataco!‖ Descobrindo por sua aviação uma
brecha entre as forças alemãs, essa é justamente a ordem suicida que ele dá.

Os soldados franceses relatam que ao receberem a ordem de deixar as


trincheiras e avançar sobre o inimigo, uma mulher vestida de branco os guiava.
Soldados alemães diziam que uma mão desceu dos céus e os impediu de
prosseguir. No dia 8 de novembro, aniversário da Virgem Maria, começa a
retirada alemã e ocorre o mito do Milagre da Marne.

Por mais uma semana os alemães são perseguidos pelos franceses, ingleses e
aliados até finalmente se reforçarem na retaguarda. Os dois lados se enterram
em trincheiras, de onde não sairiam mais pelos próximos 4 anos.

4# Moshe Dayan e a Guerra dos 6 dias

Junho de 1967, Israel está cercado por inimigos. Tropas hostis se mobilizam
nas fronteiras ao sul com o Egito, ao norte com a Síria e a leste com a
Jordânia. Governos nacionalistas em toda a região se preparam para um
ataque, usando a luta contra o Estado Hebreu como fator de união para a
criação de uma Pan-Arábia.

O General Moshe Dayan, Ministro da Defesa de Israel, com sua marca


registrada, o tapa-olho cobrindo uma ferida de combate, tem um plano. Em 5
de junho a força aérea israelense lança uma ofensiva surpresa contra as
maiores bases aéreas egípcias. Em apenas 3 horas era o fim da força aérea
egípcia, antes mesmo que ela tivesse chance de decolar. Simultaneamente, as
tropas terrestres de Israel avançam pelo Sinai, enquanto em Jerusalém a
Jordânia ataca.

Com total superioridade aérea, Dayan vence a Jordânia em menos de um dia,


os empurrando para além do rio Jordão. Ao Sul, a divisão de tanques
comandada por Ariel Sharon força os egípcios para o Canal de Suez e ao
Norte. E, assim, Israel assume o controle das colinas de Golã, rechaçando os
Sírios.

Em apenas 6 dias Israel destruiu todos os seus inimigos imediatos, anexou


territórios imensos e conquistou novos inimigos para a eternidade.

3# Von Manstein e a Blitzkrieg


Depois do sucesso na invasão da Polônia no início da 2ª Guerra Mundial, as
forças nazistas se viraram contra um desafio para o qual eles mesmo se
julgavam despreparados: vencer a França, Grã-Bretanha e seus aliados
simultaneamente. A solução, segundo Von Manstein, era um ataque
motorizado e rápido, no local em que o inimigo era fraco, por onde eles menos
esperavam e com tudo o que tinham disponível.

Em 10 de maio a máquina alemã se moveu: tanques, paraquedistas, aviões,


blindados avançaram a toda velocidade destruindo o que tinham pela frente.
Em 5 dias caíram a Holanda e a Bélgica. Agora restava a França, naquela
época com o maior exército do planeta e a linha Maginot, uma fortaleza
defensiva de 750km ao longo de toda a fronteira com a Alemanha.

Von Manstein aconselhou Hitler a mover suas divisões de blindados pelas até
agora consideradas intransponíveis (e portanto mal defendidas) florestas da
região de Ardenne, contornando as defesas francesas e cortando o país em
dois enquanto o restante das tropas avançavam pela costa atlântica.

Cerca de 600 mil franceses se renderam e outros 700 mil ficaram aprisionados
nas posições de defesa, enquanto milhões de franceses civis caminhavam e
puxavam carroças em direção ao Sul, tentando escapar da destruição. Em
menos de um mês, a França se rendeu e nasceu a Blitzkrieg.

2# Eisenhower e a invasão da Normandia

Omaha, Utah, Sword, Gold e Juno. Esses eram os nomes de código das praias
por onde se tentaria em 1944 algo não havia dado certo nos últimos 8 séculos:
uma invasão pelo Canal da Mancha.

Uma linha de defesa monumental havia sido erguida pelas forças ocupadoras
do 3º Reich para defender a costa francesa, a ―Muralha do Atlântico‖. Na
retaguarda, os alemães mantinham sólidas posições defensivas. Para furar o
bloqueio, o General Dwight D. Eisenhower sabia que um ataque maciço,
coordenado e executado com perfeição era a única alternativa. Era tudo ou
nada.

Depois de meses de preparação e uma bem sucedida campanha de


desinformação, levando o inimigo a se posicionar ao norte, chegou o 6 de julho
de 1944, o dia mais importante do século XX, o dia D.

De além do horizonte, mais de 1 200 navios abriram fogo contra a costa da


Normandia, enquanto 10 mil aviões lançaram bombas e paraquedistas além
das linhas inimigas. Pelo mar, apenas na primeira leva 155 mil soldados
desembarcaram nas praias sob fogo cerrado. A operação foi um sucesso e ao
todo mais de 3 milhões de soldados cruzaram o canal, dando início à libertação
da França.

1# Zhukov e a Operação Uranus


Depois de vitórias avassaladoras sobre as forças japonesas na Mongólia e as
alemãs em Moscou, o marechal do Exército Vermelho Georgy Zhukov foi
enviado para esmagar as forças do 6º exército alemão, comandado pelo
General Paulus, que haviam tomado a cidade industrial de Stalingrado.

A operação Uranus posicionou 3 exércitos completos redor da cidade. O plano


de Zhukov consistia em um cerco duplo, formando uma linha ofensiva no
interior e uma defensiva contra reforços alemães ao exterior. Com o inverno se
aproximando, a única maneira de abastecer as forças de Paulus era pelo ar.
Hitler teve garantias de seus generais de que seria feito, mas a ponte aérea
nunca foi efetiva.

Já em pleno inverno, com o rio Volga completamente congelado, os soviéticos


se reabasteceram e fecharam o cerco com mais de 1 milhão de soldados
contra o equivalente do lado nazista. Com perdas de 750.000 homens, os
alemães famintos, doentes, sem munição ou combustível e sob artilharia
pesada, finalmente se renderam, contra as ordens do Fürher, em 2 de fevereiro
de 1943.

Georgy Zhukov seguiu comandando o Exército Vermelho até a vitória final em


Berlin.

2ª GUERRA
M U N D I AL A R M AS B AT AL H AS E L H O M B R E G U E R R A G U E R R AS
M AI O R E S M AN O B R AS M I L I T AR E S S É C U L O X X

Lembra dela? Respire fundo antes de ver como ela está agoraHealthy
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7 MELHORES ESTRATÉGIAS DE GUERRA DA HISTÓRIA
POR LUCAS CURADO EM CURIOSIDADES 02/01/18 às 12h34

COMPARTILHAR INSCREVA-SE

A guerra é fundamentada na tática e na estratégia. Como um jogo de xadrez,


todos os movimentos devem ser pensados. Não é só segurar uma espada ou
um fuzil e atacar seu inimigo com força bruta, mas sim inteligência. Saber onde
está pisando e informações do local são essenciais, conhecer suas tropas e a si
mesmo também, conhecer o terreno, o clima e o tempo, conhecer todas as
partes envolvidas e entender como dissuadir e influenciar. A guerra é um jogo
que ganha aquele que sabe jogar com as peças certas, na hora certa e da
forma correta para uma situação específica.

Hoje a Fatos Desconhecidos traz pra você um pouco dos conhecimentos e


histórias milenares da arte da guerra. O conflito e a conquista estão presentes
durante séculos na história da humanidade. Somente os mais aptos e
preparados vão vencer todas as batalhas em nome dos interesses que os
motivam. Hoje você vai descobrir as 7 das melhores estratégias de guerra da
história.

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1 - Movimento de pinça

Aníbal Barca é considerado um dos maiores gênios militares da história. Ele foi
a grande figura por trás da vitoria da batalha de Canas. O cartaginês eliminou
80.000 mil soldados romanos com seu exército de 50.000 mil soldados, tendo
apenar 6.000 perdas. Como ele conseguiu essa proeza lendária? Ele utilizou a
famoso Formação de Pinça.

Basicamente, se trata de uma formação em "V" onde o exército inimigo fica


preso entre no fundo da formação. Essa tática reduz a mobilidade do inimigo e
causa caos e descontrole. Quando o exército romano caiu nessa armadilha, eles
já haviam perdido a batalha...

2 - Ponto de Estrangulamento
Muitos de nós lembramos do famoso filme "300", que conta a história do Rei
Leônidas e seus guerreiros contra a armada persa de Xerxes. A batalha de
Termopilas realmente aconteceu, e como no filme, ela contou com uma
manobra militar genial. Utilizando do terreno, os espartanos limitaram o alcance
e a mobilidade do exército de Xerxes.

Não somente isso, conhecendo o exército inimigo, eles garantiam que suas
habilidades quanto soldados eram superiores, dando abertura para suportarem
horas de batalha e entrarem para a história. Um exército de milhares não cabe
em uma fenda que 300 soldados caberiam, logo tecnicamente espartanos e
persas lutaram naquele momento de igual para igual... A diferença é que eles
eram espartanos e o inimigo... bom eram só soldados comuns.

3 - Simulação
As vezes um movimento pode fazer toda diferença em uma guerra e esse
movimento quer dizer não entrar em conflito. Como fazer isso? Levar a
informação errada para o inimigo e enganá-lo. Utilizando de agentes duplos
infiltrados na Alemanha e de um exército inflável (Sim, um exercito inflável), os
aliados direcionaram as tropas de Hitler para uma direção errada, dessa forma
colocando as forças reais engajadas na Normandia.

Os aliados fizeram não só vários tanques de guerras e jipes infláveis, e usando


seus agentes e informações falsas, convenceram que o exército falso era uma
ameaça real. Quando as forças alemãs chegaram para o combate, o exército
aliado estava a vários quilômetros de distância, invadindo pontos cruciais. Isso
aconteceu no dia-D.

4 - Inteligência e Informação
Conhecer seu inimigo é saber como agir de forma que você possa utilizar as
fraquezas e manobras dele a seu favor. Em 1941, através do avançado sistema
de informação dos aliados, veio a conhecimento que uma armada naval
poderosa iria atacar um comboio britânico.

Quando o dia chegou, o almirante Cunnigham já estava preparado... Os


Italianos não esperavam por isso. Ele colocou força total para destruir as tropas
fascistas. Dessa forma, ele destruiu dois dos cruzadores mais poderosos do
inimigo e dois destroyers. Não é só importante conhecer as intenções do seu
inimigo, mas saber esconder as suas.
5 - Ação de choque
Claro, que em um momento ou outro é importante saber usar a força bruta e é
exatamente isso que a ação de choque é. Saber utilizar no momento certo a
potência do seu poderio bruto para subjugar seu inimigo. Um momento
interessante seria um ataque surprese por exemplo.

6 - Ataque surpresa

Um dos motivos dos vietcongues terem subjugados tropas americanas foram


pelo elemento surpresa, conhecimento do território e saber o momento certo
de atacar mesmo em menor número. O ataque surpresa é uma tática que
requer um alto nível de informação, inteligência e paciência. É uma questão
de timing e de confundir o seu inimigo.

Quando um grupo armado é atacado pelas costas, o caos é instalado. Se


estiverem armados, terão baixo tempo de reação e o pânico afeta o psicológico
dos soldados... Se estiverem realmente despreparados e desarmados, bom, não
há nada que possam fazer a não ser se render ou simplesmente se deixarem
morrer.

7 - Choque e Pavor

Uma das estratégia mais usadas na humanidade é o pânico, o terror e o medo.


Isso afeta fortemente o moral e o psicológico do exército inimigo. Mesmo um
soldado não vai pra guerra querendo morrer. Na história temos inúmeros
exemplos disso... Quando Vlad Tepes empalou diversos inimigos na Romênia,
muitos de seus inimigos desistiram de o atacar, temendo a retalhação do
"demônio"que era Tepes.

Quando os Estados Unidos soltaram a bomba nuclear em Hiroshima e Nagasaki,


a Rússia teve medo. Quando os Estados Unidos usaram Napalm, quando a
Rússia entrou primeiro na corrida espacial, quando decapitaram pessoas na
França, quando a igreja queimava bruxas ou quando no Brasil escravos eram
açoitados na frente de outros escravos. Sempre que existe intimidação indireta,
vai haver alguém desistindo de uma luta, sempre que alguém desiste de uma
luta.

E aí, o que você achou da matéria? Deixe seu comentário e até a próxima.
Parte de uma série sobre a

Guerra

Períodos[Expandir]

Campo de batalha[Expandir]

Armas[Expandir]

Táticas[Expandir]

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Governo e políticas[Expandir]

Regiões conflituosas[Expandir]

Listas[Expandir]

v•e

Estratégia militar é uma designação abrangente para o planejamento de


atuação em uma guerra. Deriva do grego estratego, a estratégia era vista como
a arte do general. A estratégia militar lida com o planejamento e condução de
campanhas, o movimento e divisão de forças, e a burla do inimigo. O pai do
estudo moderno da estratégia, Carl von Clausewitz, define estratégia militar
como o emprego de batalhas para obter o fim da Guerra. Portanto, ele deu a
preeminência de objetivos políticos em relação a conquistas militares,
garantindo controle civil sobre os militares. Estratégias militares se baseiam em
um tripé: a preparação das táticas militares, a aplicação dos planos no campo
de batalha e a logística envolvida na manutenção do exercito.
Índice
[esconder]

 1Fundamentos da estratégia militar


 2Princípios da estratégia militar
 3Desenvolvimentos da estratégia militar
o 3.1Primeiros desenvolvimentos da estratégia militar
o 3.2Genghis Khan e os Mongóis
o 3.3Estratégia Napoleônica
o 3.4Estratégias na era industrial
o 3.5Estratégia na Primeira Guerra Mundial
o 3.6Estratégia desenvolvidas entre as guerras
o 3.7Estratégias na Segunda Guerra Mundial
o 3.8Estratégia da Guerra Fria
o 3.9Estratégias pós Guerra Fria
 4Estrategistas militares
 5Ver também
 6Ligações externas

Fundamentos da estratégia militar[editar | editar código-fonte]

Estratagema Militar da Batalha de Waterloo.

“ Não repita as táticas as quais o levaram a ganhar uma batalha, mas


deixe seus métodos preparados para uma infinita variedade de
circunstâncias. ”

Estratégia e tática militar estão intimamente relacionadas. Ambas lidam com a


distância, tempo e força, mas a estratégia é empregada em larga escala
enquanto a tática atua em pequena escala. Originalmente a estratégia era
entendida como a organização do prelúdio para a batalha enquanto a tática
controlava a sua execução. Contundo, nas guerras mundiais do século XX, a
distinção entre manobra e batalha, estratégia e tática tornaram-se obscuras.
Táticas que se originaram da tropa de cavalaria poderia ser aplicada para
uma divisão panzer.
Em sua forma mais pura, estratégia somente lida com problemas militares. Em
sociedades primitivas, um rei ou líder político eram freqüentemente também o
líder militar. Se ele não era, a distância de comunicação entre o líder político e
militar eram pequenas. Mas com a necessidade de profissionalização do
exercito aumentando, a distância entre os políticos e militares começaram a
aparecer. Em muitos casos, se decidiu que uma separação era necessária.
Como o estadista Francês Georges Clemenceau disse:

“ A guerra é um negocio muito importante para ser deixada para


os soldados. ”

Isto deu origem ao conceito da grande estratégia a qual engloba o


gerenciamento dos recursos de uma nação inteira para a condução de uma
guerra. No ambiente da grande estratégia, o componente militar é grandemente
reduzido para estratégia operacional – o planejamento e controle de grandes
unidades militares tais como tropa e divisões. Com o aumento em tamanho e
número dos exércitos e melhoramento da tecnologia de controle e
comunicação, a diferença entre estratégia militar e a grande
estratégia diminuiu.
Os fundamentos para a grande estratégia é a diplomacia através da qual a
nação deve forjar alianças ou pressionar outras nações a ceder, desta forma
alcançando a vitória sem a necessidade do combate. Outro elemento da
grande estratégia é o gerenciamento da paz no pós-guerra. Como Clausewitz
estabeleceu, uma estratégia militar de sucesso deve ser um meio para um fim,
mas ela não é um fim em si mesmo. Há numerosos exemplos na história onde
a vitória no campo de batalha não se traduziu em uma paz de longa duração
e segurança.
Estratégia (e tática) deve constantemente estar desenvolvendo-se em resposta
a avanços tecnológicos militares (ver: ciência militar). Uma estratégia bem
sucedida de uma era tende a se tornar obsoleta logo após novos
desenvolvimentos em armas e materiais. A Primeira Guerra Mundial viu as
táticas Napoleônicas de ofensiva a todo custo anulada em relação ao poder
defensivo da trincheira, metralhadora e barragem de artilharia. Como uma
reação a sua experiência na Primeira Guerra Mundial, a França entrou
na Segunda Guerra Mundial com uma doutrina puramente defensiva,
encabeçada pela inexpugnável Linha Maginot, mas unicamente para ser
completamente lograda pela a blitzkrieg Alemã.

Princípios da estratégia militar[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Princípios da guerra
Muitos estrategistas militares tentaram resumir uma estratégia de sucesso em
um conjunto de princípios. Sun Tzu definiu 13 princípios em sua A Arte da
Guerra, enquanto Napoleão listou 115 máximas, já general Nathan Bedford
Forrest da Guerra Civil Americana preconizava somente um: "pegue o primeiro
com o maior". Para maioria das listas atuais de princípios, inclusive o exército
português, os conceitos fundamentais são:

1. O objetivo
2. Ofensiva
3. Cooperação
4. Concentração (massa)
5. Economia
6. Manobras
7. Surpresa
8. Segurança
9. Simplicidade
Alguns estrategistas asseguram que a aderência aos princípios fundamentais
garante a vitória enquanto outros argumentam que a guerra é imprevisível e o
general deve ser flexível na formulação de uma estratégia. Helmuth von
Moltke expressa a estratégia como um sistema de expediente ad hoc pelo qual
o general deve atuar enquanto se encontra sob pressão. Os princípios básicos
da estratégia independem das armas e tecnologias utilizadas, pode-se
observar que os mesmos permanecem relativamente inalterados através das
eras.
Descrição mais detalhada de princípios estratégicos:

 O principio da massa – dado que todas as coisas começam iguais, enviar


uma única unidade tática aliada para combater uma única unidade
táticainimiga resultará em uma chance de 50% de derrota, resultando em
uma razão de 1 para 1 deperda em nível estratégico. Contudo, enviar duas
ou mais unidades para combater uma única unidade inimiga ira resultar em
um razão de perda menor que 1 para 1.
 Selecionar objetivos decisivos
 Tomar a iniciativa de seu inimigo.
 Concentrar suas forças em um ponto decisivo.
 Economizar seus recursos pela redução dos gastos
 Coordenar o movimento de seus recursos para alcançar seu objetivo.
 Manter a cadeia de comando.
 Coordenar suas tarefas para alcançar a máxima eficiência.
 Manter segredo até que seja tarde para seu oponente reagir.
 Empregar elementos inesperados tais como burla, velocidade, criatividade
e audácia.
 Manter seus planos tão simples quanto possível para completar sua tarefa.
 Escolher estratégias flexíveis para você poder se adaptar as mudanças de
condições.
 Organize para maximizar a eficiência.
 Mantenha a moral alta mesmo em face dos revezes.
 Saiba a hora certa de atacar.

Desenvolvimentos da estratégia militar[editar | editar código-fonte]


Primeiros desenvolvimentos da estratégia militar[editar | editar código-
fonte]
Os princípios da estratégia militar podem ser retrocedidos até 500 a.C. nas
palavras de Sun Tzu e nos primeiros pensadores em Esparta. As campanhas
de Alexandre o Grande, Aníbal, Júlio César e Qin shi Huang demonstram o
planejamento estratégico e a movimentação. Mahan descreve no prefácio
de The Influence of Sea Power upon History como os Romanos usavam
seu poderio marítimo para efetivamente bloquear as linhas de comunicação
marinha de Aníbal com Cartago; e então via uma estratégia marítima alcançar
expulsão de Hannibal da Itália, a despeito de nunca tê-lo derrotado com
suas legiões.
Em 1520 Dell'arte della guerra (Arte da Guerra) de Niccolò Machiavelli lidava
com a relação entre os assuntos civis e militares e a formação de uma grande
estratégia. Na Guerra dos Trinta Anos, Gustavo Adolfo II da Suécia demonstrou
uma avançada estratégia operacional que o levou a vitórias na área do Sacro
Império Romano.
Foi somente no século XVIII que a estratégia militar foi sujeita a estudos sérios.
Na Guerra dos Seis Anos (1756-1763), Frederico o Grande empreendeu
a estratégia da exaustãopara se livrar de seus oponentes e conservar suas
forças Prussianas. Atacado por todos os lados
pela França, Áustria, Rússia e Suécia, Frederico explorou sua posição central a
qual o possibilitava mover seus exércitos ao longo de linhas interiores e
concentrá-los contra um oponente de cada vez. Incapaz de alcançar a vitória,
ele foi capaz de empreender uma defesa até que uma solução diplomática
fosse alcançada. A vitória de Frederico levou a um grande início da estratégia
geométrica a qual enfatiza linhas de manobra, conhecimento dos terrenos e
obtenção de pontos críticos.
Genghis Khan e os Mongóis[editar | editar código-fonte]
Mais informações: Linha do tempo das invasões mongóis
Ver também: Lista de batalhas dos mongóis
Como um contraponto aos desenvolvimentos Europeus na arte da estratégia, o
Imperador Mongol Genghis Khan fornece um exemplo útil. Os sucessos de
Genghis Khan e de seus sucessores foram baseados na dominação e
no terror. O aspecto da estratégia de assalto de Genghis Khan era nada menos
que a psicologia de contrapor-se a população. Através de uma implementação
meticulosa e cuidadosa de sua estratégia, Genghis Khan e seus descendentes
foram capazes de conquistar a maior parte da Eurásia.
Os blocos de construção do exercito de Genghis Khan e sua estratégia eram
levas tribais de arqueiros montados e (o ponto importante) o vasto rebanho
de cavalos da Mongólia. Cada arqueiro tinha pelo menos um cavalo extra;
(havia uma média de 5 cavalos por homem) portanto o exército inteiro poderia
se mover com inacreditável rapidez. Alem disto desde o leite dos animais e seu
sangue eram os pratos principais da dieta mongol. As tropas de cavalos de
Genghis Khan funcionavam nem somente como seu meio de movimentação,
mas também como seu suporte logístico. Todas as outras necessidades
poderiam ser exploradas ou saqueada.
Comparado aos exércitos de Genghis Khan, todos os outros exércitos eram
passados e comparativamente imóveis. Através de assaltos contínuos, os
exércitos europeus, chineses, persas e árabes puderam ser estressados até
sua queda, e então aniquilados em perseguição. Quando se confrontavam com
cidades fortificadas, os imperativos mongóis de manobrabilidade e velocidade
que possuíam eram facilmente superados. Aqui o medo engendrado pela
terrível reputação dos mongóis ajudava. Também uma primitiva guerra
biológica era utilizada. Uma trebuche ou outros tipos de armas
de balística poderia ser usada para lançar animais mortos e corpos em dentro
de uma cidade sitiada, espalhando doenças e morte entre seus habitantes. Se
uma cidade ou vila em particular desagradasse o Ka Mongoliano, todos na
cidade poderiam ser mortos para servir de exemplo para todas as outras
cidades. Isto pode ser encarado como uma forma de guerra psicológica.
A estratégia mongol era direcionada a um objetivo (no qual o (foco principal)
era inicialmente e nada menos que a psicologia de contrapor-se a população)
alcançado através da ofensiva; a ofensiva era caracterizada pela concentração
de forças, manobras, surpresas e simplicidade. Por isto as hordas mongóis
alcançaram por dois séculos um domínio sem paralelo na Eurásia.
Estratégia Napoleônica[editar | editar código-fonte]
A Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas que se seguiram
revolucionaram a estratégia militar. O impacto deste período foi ainda sentido
na Guerra Civil Americana e nas primeiras fases da Primeira Guerra Mundial.
Com o advento de armas pequenas baratas e o surgimento de tropas de
soldados civis, os exércitos cresceram rapidamente em tamanho tornando-se
formações de massa. Isto trouxe a divisão dos exércitos primeiro em divisões e
mais tarde em batalhões. Juntamente com as divisões veio a divisão
de artilharia; leve, móvel e com grande alcance e poder de fogo. A rígida
formação de lanceiros com piques e mosqueteiros disparando conjuntamente
abriu caminho para infantaria leve combater na linha de frente.
Napoleão I da França obteve vantagem destes desenvolvimentos para
prosseguir em uma brutalmente efetiva estratégia de aniquilação que pouco se
importa com a perfeição matemática da estratégia geométrica. Napoleão
invariavelmente buscava obter o controle na batalha, usualmente alcançando o
sucesso por meio de manobras superiores. Como regra geral, ele lidava com a
grande estratégia como também com a estratégia operacional, fazendo uso de
meios políticos e econômicos. Napoleão só foi finalmente derrotado quando
seus oponentes adotaram a estratégia que ele tinha desenvolvido.
O triunfo da estratégia pratica de Napoleão inspirou um novo campo de estudo
na estratégia militar. Os dois estudos mais significativos de seu trabalho foram
feitos por Carl von Clausewitz, um Prussiano como formação em filosofia,
e Antoine-Henri Jomini, que foi um dos oficiais sob seu comando. On War de
Clausewitz tornou-se uma bíblia da estratégia, dividindo-se entre
a liderança militar tanto quanto política. Um das suas mais famosas afirmações
é:

“ A guerra não é meramente um ato político, mas também um


instrumento político real, uma continuação da política conduzidas por
outros meios. ”

Clausewitz categorizou a geometria como um fator insignificante na estratégia,


acreditando ao invés disto no conceito Napoleônico da vitória através do
confronto e destruição da força de oposição, a qualquer custo. Contudo, ele
também reconheceu que um conflito limitado poderia influenciar politicamente
pela eliminação da oposição através de uma estratégia de atrito.
Em contraste á Clausewitz, Antoine-Henri Jomini lidava principalmente com a
estratégia operacional, inteligência & planejamento, a condução da campanha,
e liderança ao invés da política. Ele propôs que a vitória poderia se obtida
pela ocupação do território do inimigo ao invés da destruição de suas armas.
Tal que, considerações estratégicas foram proeminente em sua teoria da
estratégia. Os dois princípios básicos da estratégia de Jomini era a
concentração contra a fragmentação das forças do inimigo de uma única vez e
atacar o objetivo mais decisivo.
Uma notável exceção da estratégia de aniquilação de Napoleão e uma
precursora da guerra de trincheiras foi a Linha de Torres Vedras usada durante
a campanha Peninsular. O exercito Francês se encontrava fora de seu território
e quando eles foram confrontados por uma linha de fortificações as quais não
poderiam ser flanqueadas, eles foram incapazes de continuar o avanço e foram
forçados a se retirar uma vez que consumiram todas as provisões da região na
linha de frente.
A campanha peninsular foi notável para o desenvolvimento de outros métodos
de Guerra os quais permaneceram intocados com passar do tempo, mas
tornaram-se mais comuns no século XX. Foi a ajuda e encorajamento que os
Britânicos deram para os Portugueses o que forçou os Franceses a
desperdiçar a maioria dos bens da armada Espanhola na proteção das linhas
de comunicação de seus exércitos. Isto foi um custo muito efetivo movido pelos
Britânicos, porque era mais barato para ela ajudar os insurgentes de Portugal
do que equipar e pagar uma unidade exercito Britânico para ocupar o mesmo
número de tropas Francesas. Como o exercito Britânico poderia ser
correspondentemente menor ele seria capaz de abastecer suas tropas por mar
e terra sem ter que abandonar território como era norma naquele tempo. Alem
disto, por eles não terem de procurar por alimento eles não tinham o
antagonismo dos moradores locais e por isto eles não tinham que guarnecer
suas linhas de comunicação da mesma forma que os Franceses. Então a
estratégia de ajudar seus aliados Portugueses na guerrilha beneficiou os
Britânicos de muitas formas, algumas das quais não são imediatamente
obvias...
Estratégias na era industrial[editar | editar código-fonte]
A evolução da estratégia militar prosseguiu com a Guerra Civil
Americana (1861-65). A pratica da estratégia militar foi melhorada por generais
tais como Robert E. Lee, Ulysses S. Grant e William Tecumseh Sherman, todos
estes foram influenciados pelas façanhas de Napoleão. Contudo, a aderência
aos princípios de Napoleão em face aos avanços tecnológicos tais como
o rifle de infantaria de longo alcance geralmente levou a consequências
desastrosas. O tempo e espaço no qual estas guerras foram travadas também
mudaram. Ferrovias possibilitaram movimentos de troca de grandes forças,
mas as manobras estavam restringidas a corredores estreitos e vulneráveis.
A energia a Vapor e encouraçados transformaram o combate no mar.
Havia ainda abertura para triunfos da estratégia de manobra tais como Marcha
ao Mar de Sherman em 1864, mas estas dependiam da falta de vontade do
inimigo cavar trincheiras. Mais próximo ao termino da guerra, especialmente na
defesa de alvos estáticos como nas batalhas de Cold Harbor e na Vicksburg,
as trincheiras de ambos os lados proliferaram em uma escala semelhante a
da Primeira Guerra Mundial. Muitas das lições da Guerra Civil Americana foram
esquecidas quando de guerras tais como Guerra Austro-Prussiana ou das
manobras vencedoras da Guerra Franco-Prussiana.
Nos períodos precedentes a Primeira Guerra Mundial, dois dos mais influente
estrategistas foram os generais Prussianos, Helmuth von Moltke e Alfred von
Schlieffen. Sob o comando de Moltke o exercito Prussiano alcançou a vitória
na guerra Austro-prussiana (1866) e na guerra franco-prussiana (1870-71), a
campanha final é largamente aceita como um exemplo clássico da concepção
e execução da estratégia militar. Em conjunto com a exploração
de rodovias e ferrovias, Moltke utilizou o telegrafo para controle de grandes
exércitos. Ele reconheceu a necessidade de aumentar a delegação de controle
para comandantes subordinados e cunhar diretivas para tratamento de
problemas do que gerar ordens especificas. Moltke é mais lembrado como um
estrategista por sua crença na necessidade de flexibilidade e que nenhum
plano, não importa quão bem preparado seja, pode garantir a sobrevivência
alem do primeiro encontro com o inimigo.
O Marechal de campo Schlieffen, que sucedeu Moltke, dirigiu o planejamento
Germânico na condução para a Primeira Guerra Mundial. Ele defendia
a estratégia de aniquilaçãomas foi forçado a uma guerra em duas frentes
contra inimigos numericamente superiores. A estratégia formulada por ele foi
o Plano Schlieffen, defendendo-se a leste enquanto agrupava-se para uma
decisiva vitória no oeste, depois da qual os Germânicos poderiam ir para a
ofensiva no leste. Influenciado pelos sucessos de Hannibal na Batalha de
Canas, Schlieffen preparou-se para uma única grande batalha de
envolvimento, levando a aniquilação de seu inimigo.
Outro grande estrategista Alemão do período foi Hans Delbrück que expandiu o
conceito de Clausewitz de conflito limitado para produzir uma teoria
da estratégia de exaustão. Sua teoria desafiava o pensamento militar popular
na época, que era amplamente favorável a vitória em batalha. Ainda na
Primeira Guerra Mundial ficaria demonstrado as falhas da
desastrosa estratégia da aniquilação
Quando a industrialização trouxe novos avanços na tecnologia naval, um
estrategista Americano, Alfred Thayer Mahan, trouxe novidades para o campo
da estratégia naval. Influenciado pelos princípios de estratégia de Jomini, ele
visualizou que nas próximas guerras, onde a estratégia econômica poderia ser
mais importante que estratégia militar, o controle dos mares daria o poder para
controlar o comércio e os recursos necessários para travar a guerra. Mahan
lançou o conceito da grande marinha, em uma visão expansionista onde a
defesa era alcançada pelo controle da aproximação marítima do que pela a
fortificação das costas. Suas teorias contribuíram para a corrida
armamentistanaval entre 1898 e 1914.
Estratégia na Primeira Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]
No início da Primeira Guerra Mundial, a estratégia era dominada por um
pensamento ofensivo e caraterizada por rápidos avanços e recuos no terreno
com vista à aniquilação do inimigo (guerra de movimentos) em voga
desde 1870, a despeito de experiências mais recentes da Segunda Guerra da
Boemia (1899-1902) e na Guerra Russo-Japonesa (1904-05), onde
as metralhadoras demonstraram sua capacidade defensiva. Ao fim de 1914,
o Front Oeste estava em um impasse e todas as possibilidades de manobras
estratégicas tinham sido perdidas. Os combatentes lançaram mão de
uma estratégia de desgaste. A batalha Alemã em Verdun, e a Britânica
em Somme e Passchendaele estão entre as primeiras batalhas em grande
escala, dirigidas para exaurir o inimigo. O desgaste consumia tanto tempo que
a duração da batalhas na Primeira Guerra Mundial frequentemente se
estendiam por semanas e meses. O problema com o desgaste era que o uso
de Defesas fortificadas em profundidade geralmente requer uma razão de dez
atacantes para um defensor para ser ter qualquer chance razoável de vitória. A
habilidade dos defensores para mover suas tropas usando linhas interiores
previne a possibilidade de atalhos.
Em outras frentes, havia ainda espaço para o uso de estratégia de manobras.
Os germânicos executaram uma perfeita batalha de aniquilação contra
os Russos na Batalha de Tannenberg (1914). Os Britânicos e Franceses
lançaram a desastrosa Campanha Dardanelles, combinando poder naval e
desembarque de anfíbio, num esforço de ajudar seus aliados Russos e golpear
o Império Otomano para fora da Guerra. A campanha Palestina foi dominada
pela cavalaria e os Britânicos alcançaram duas vitórias de infiltração
na Gaza (1917) e em Megido (1918). O coronel T. E. Lawrence e outros oficiais
britânicos guiaram tropas paramilitares Árabes numa campanha de
guerrilha contra os Otomanos, usando estratégias e tática desenvolvidas na
Guerra da Boêmia.
A Primeira Guerra Mundial presenciou exércitos em uma escala nunca antes
vista. A Inglaterra, que sempre contou com uma marinha forte e um pequeno
exercito regular, experimentou uma rápida expansão que extrapolou o
treinamento de seus generais e a capacidade de seus auxiliares em lidar com
tal força monumental. Os avanços tecnológicos também tiveram uma larga
influência na estratégia: reconhecimento aéreo, técnicas de artilharia, gás
venenoso, o automóvel e o tanque, o telefone e a rádio telegrafia.
Mais do que nas guerras anteriores, a estratégia militar na Primeira Guerra
Mundial foi dirigida pela grande estratégia de uma aliança de nações, a tríplice
Entente de um lado e o Impérios centrais do outro. A sociedade e a economia
estavam mobilizadas para uma guerra total. O ataque à economia do inimigo
incluía o uso pela Inglaterra de um bloqueio naval e o emprego Germano
de submarinos de guerra contra marinha mercante.
A unidade de comando tornou-se uma questão importante quando várias
nações iniciaram assaltos e defesas e coordenados. A Entente foi
eventualmente comanda pelo Marechal de Campo Foch. Os Germânicos
geralmente comandavam o Império central, embora a autoridade Germânica
diminuísse e as linhas de comando tornaram-se confusas ao fim da guerra.
A Primeira Guerra Mundial terminou quando a vontade dos soldados
Germânicos para lutar diminui tanto que os Germânicos buscaram a paz. O
ímpeto dos militares Germânicos foi destruído durante a batalha de Amiens (de
8 a 11 de Agosto de 1918) quando a frente germânica entrou revolta geral
contra a falta de comida e a destruição da economia. A vitória para a Entente
foi, contudo, assegurada por este ponto. Entretanto, era somente uma questão
de tempo antes que o tanque re-introduzisse a manobra como uma estratégia
viável.
Também foi a época da guerra de trincheiras
1º- Guerra de movimentos
2º-Guerra de posições ou de trincheiras
3º-Guerra de movimentos
Estratégia desenvolvidas entre as guerras[editar | editar código-fonte]
Nos anos que se seguiram a Primeira Guerra Mundial, duas das tecnologias
que foram introduzidas durante aquele conflito, o avião de combate e o tanque,
tornaram-se objeto de estudo na estratégia.
A principal teoria de poder aéreo foi a do general Italiano Giulio Douhet. Ela
pregava que no futuro as guerras poderiam ser ganhas ou perdidas no ar.
A força aérea comandaria o ataque e o conjunto das forças terrestres seriam
simplesmente defensivas. A doutrina de Douhet do bombardeio
estratégico implicava acertar a terra natal do inimigo; suas cidades, indústrias e
comunicações. A força área poderia com isto reduzir sua disposição e
capacidade para a luta.
O general britânico J. F. C. Fuller arquitetou a primeira grande batalha de
tanques em Cambrai, e seu contemporâneo B. H. Liddell Hart estava entre um
dos mais proeminentes defensores da motorização e mecanização do exercito
Britânico. Na Alemanha, grupos de estudo estavam sendo preparados por Von
Seekt para as 34 áreas da estratégia e táticas aprendidas na Primeira Guerra
Mundial, de forma a adaptá-las para evitar o impasse e a derrota que eles
haviam sofrido. Todos pareciam ter visto o valor da estratégia de choque de
mobilidade e as novas possibilidades apresentadas pelas forças motorizadas.
Ambos também perceberam que os veículos armados de
combate demonstraram seu poder, mobilidade e proteção. Os Alemães
pareciam ter visto mais claramente a necessidade de tornar todas as
ramificações do exercito tão moveis quanto possível para maximizar o
resultados de sua estratégia. Isto destruiria as defesas estáticas de trincheiras
e metralhadoras e restaurava os princípios da estratégia de manobra e
ofensiva.
As inovações do General Alemão Heinz Guderian tiveram sua estratégia
desenvolvidas, sendo incorporadas as ideias de Fuller e Liddell Hart de forma a
amplificar o revolucionário efeito blitzkrieg que foi usado pela Alemanha contra
a Polônia em 1939 e depois contra a França em 1940, que ainda usava a
estratégia estacionaria da Primeira Guerra Mundial, foi completamente
surpreendida e sobrepujada pela mobilidade alemã combinada a doutrina de
armas e divisões Panzer.
As transformações tecnológicas tiveram um enorme efeito na estratégica, mas
pouco efeito na liderança. O uso do telegrafo e mais tarde do rádio, juntamente
com melhoria nos transportes, possibilitaram a movimentação rápida de grande
número de homens. Um das chaves para possibilitar a mobilidade Alemã na
guerra foi o uso de rádios, ao quais eram colocados em cada tanque. Contudo,
o número de homens que um oficial poderia efetivamente controlar tinha
diminuído. O aumento no tamanho do exercito levou a um aumento no número
dos oficiais. Embora a quadro dos oficiais no exercito Americano tenha
inchado, no exercito germânico a razão de oficiais para o totais de homens
permaneceu a mesma.
Estratégias na Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]
Durante a Segunda Guerra Mundial, levado pela inteligência Britânica, as
forças aliadas desenvolveram e aplicaram sofisticados estratagemas
e estratégias de despistamento, projetadas para enganar os planos do Eixo
resultando em ações mal sucedidas.
Uma das estratégias dos Aliados, era Ao invés de bombardear com a aviação
pontos estratégicos e militares, os bombardeios aconteciam nas casas dos
operários. Mate o operário na casa dele, assim o esforço de guerra fica mais
prejudicado do que com a destruição das fábricas, além do aspecto moral pois
o soldado não ficava feliz quando informavam a ele que sua
família, crianças, idosos e mulheres, tinham sido massacrados por ataques
áreos. Funcionava assim, primeiro um onda de ataque, 1.000, 1200, aviões
despejando bombas incendiárias, duas horas depois mais uma onda, e assim
sucessivamente até acabar com toda chance de socorro que pudesse vir para
as populações civis que eram o alvo preferencial como dissemos pois além de
destruir casas também atingiam hospitais e bombeiros, o espaço de tempo
entre uma onda e outra era para que houvesse tempo de chegar socorro de
cidades vizinhas, já que que o da cidade atingida tinha sido destruido, de forma
que o próximo ataque acabasse de vez com qualquer chance de sobrevivência.
Churchill, Roosevelt, Stalin e outros líderes de estado se encontraram em
diversas conferências para priorizar as estratégias.
Estratégia da Guerra Fria[editar | editar código-fonte]
A Guerra Fria foi o primeiro período dominado pelo temor da total aniquilação
do mundo através do uso de armas nucleares, numa política conhecida
como garantia de aniquilação mutua. Uma outra consequência disto foi uma
guerra na qual os ataques não poderia ser trocados entre os dois principais
rivais, o Estados Unidos e a União Soviética. Ao contrário disto, a guerra se
deu através de procuração. Ao invés de iniciar um conflito principal confinado
na Europa ou no Pacífico, o mundo inteiro era o campo de batalha, com nações
no lugar de exércitos atuando como os jogadores principais. A única regra
constante era que tropas da União Soviética e dos Estados Unidos não
poderiam se confrontar diretamente.
Combatentes Americanos da Guerra fria como Dean Acheson e George C.
Marshall rapidamente reconheceram que a chave para vitória era derrota
econômica da União Soviética. A União Soviética tinha adotado uma postura
defensiva após o fim da Segunda Guerra Mundial, com Estados Unidos e sua
forte marinha rapidamente adotando uma postura agressiva de defesa da maior
parte do mundo contra a União Soviética e a expansão do Comunismo. Isto era
uma das muitas aparentes contradições na lógica desta estratégia.
Estratégias durante a Guerra fria também lidava ataque nucleares e retaliação.
Os Estados Unidos mantinha uma política de ataque inicial limitado durante a
Guerra Fria. Em um eventual ataque dos Soviéticos ao Front Ocidental,
resultando em uma invasão, os Estados Unidos poderia usar armas nucleares
táticas para interromper o ataque. A União Soviética respondeu pela adoção da
política do não usar primeiro, envolvendo o retaliação massiva resultando
em mutua destruição assegurada. Então, se o Pacto de Varsóviaatacar usando
armas convencionais, a OTAN poderá usar armas táticas. A União Soviética
poderia responder com ataque nuclear massivo, resultando em um ataque
similar dos Estados Unidos, com todas as consequências que advenham do
fato. Os Estados Unidos continuam mantendo esta política do primeiro ataque
limitado ate hoje.
Estratégias pós Guerra Fria[editar | editar código-fonte]
As estratégias no pós Guerra Fria estão sendo definidas pela situação
de superpotência dos Estados Unidos.
Estão progredindo os avanços tecnológicos para minimizar as baixas e
melhorar a eficiência.
Os avanços trazidos pela revolução digital tornaram-se essenciais para esta
estratégia.

Estrategistas militares[editar | editar código-fonte]


Ver também: Lista de estrategistas militares

 Erwin Rommel
 Sun Tzu
 Lazare Carnot
 Otto von Bismarck
 Heinz Guderian
 Che Guevara
 T. E. Lawrence
 Mao Zedong
 Napoleão Bonaparte
 Billy Mitchell
 Alexander Suvorov
 Miyamoto Musashi
 Zhuge Liang

Ver também[editar | editar código-fonte]

 Doutrina militar
 Estratégia atômica
 Lista de doutrinas militares
 Lista de escritores militares
 Lista de táticas militares
 Tática militar
 Bombardeio estratégico

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