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Estou aqui neste curso, muito motivado, caminhando junto com você,
procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre
à disposição no Fórum de Dúvidas.
Ótimos estudos e fiquem com Deus!
Forte Abraço,
Professor Leandro Signori
“Tudo posso naquele que me fortalece.”
(Filipenses 4:13)
Sumário Página
2. Comércio Internacional 10
3. Blocos Econômicos 11
6. China 24
7. Questões Comentadas 28
8. Lista de Questões 69
9. Gabarito 89
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Atualidades para a Polícia Federal Agente de Polícia
Prof. Leandro Signori
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O Neoliberalismo
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Pode-se afirmar que a atual fase da globalização tem como pilar econômico
o neoliberalismo. Trata-se de um conjunto de ideias políticas e econômicas
capitalistas que defende a não participação do estado na economia. Segundo
seus defensores, a presença do Estado na economia inibe o setor privado e freia
o desenvolvimento.
Entre os princípios formadores da ideologia neoliberal presentes na
globalização econômica, destacam-se:
a) Liberdade de mercado: Consiste na eliminação de todos os
dispositivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e do
comércio, tais como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam as
transações financeiras ou limitem fusões e incorporações de empresas.
b) Mínima participação do Estado na economia: Traduz a crença de
que o Estado é ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados,
administra mal os recursos e, ao não se modernizar no mesmo ritmo das
empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos de
pior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas para
particulares), incentivando a concorrência, barateando preços e melhorando a
qualidade dos serviços e das mercadorias.
c) Redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos:
O Estado desperdiça muito dinheiro com direitos sociais, como saúde, educação,
aposentadorias, amparo aos desempregados, entre outros. Isso provoca
aumento de impostos, que serão pagos pela sociedade a fim de gerar recursos
destinados à assistência aos mais pobres. Na visão neoliberal, a manutenção
desses gastos do Estado significa premiar os fracassados e punir com impostos
os competentes.
d) Livre circulação de capitais: Visa garantir a livre entrada e saída de
capitais em qualquer país e permitir que o mesmo dinheiro seja aplicado e
remunerado em operações financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores,
e não somente na produção ou na geração de empregos.
e) Flexibilização do mercado de trabalho: A doutrina neoliberal
entende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresários
invistam na produção e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilização,
pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispêndio das
empresas com seus funcionários.
f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros:
Significa a eliminação de qualquer protecionismo econômico. Em outras
palavras, nenhum país deve coibir a livre concorrência, e a melhor maneira para
garanti-la é preservar a competição entre as empresas, independentemente de
sua origem nacional ou estrangeira. Quem vai definir qual a melhor mercadoria
a ser adquirida é o próprio consumidor, que ainda será beneficiado com uma
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2. Comércio Internacional
Um elemento central da globalização é o livre-comércio, ou seja, a
criação de um sistema em que bens e serviços são comercializados sem
restrições tarifárias.
O comércio internacional nunca foi tão intenso, mas as exportações dos
países ricos cresceram muito mais do que as dos países pobres nas últimas
décadas. Atualmente, apenas dez países (dos 195 do planeta) monopolizam
mais da metade de todo o comércio internacional.
Um dos instrumentos desse crescimento foi a criação da Organização
Mundial do Comércio (OMC), em 1995, com o objetivo de abrir as economias
nacionais, eliminar o protecionismo (quando um país impõe taxas para
restringir a importação de produtos e proteger a produção interna) e facilitar o
livre trânsito de mercadorias.
A OMC funciona com rodadas de discussão sobre temas, que chegam ao
final quando se fecham os acordos. A Rodada Doha, aberta em 2001 (com prazo
previsto até 2006), entrou num impasse não resolvido até hoje. Os países ricos
querem maior acesso de seus produtos aos países em desenvolvimento. Esses,
por sua vez, buscam restringir as vantagens econômicas, como os subsídios
(auxílio financeiro) que os países ricos dão a seus agricultores, e não se chega
a um acordo.
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3. Blocos Econômicos
Outro pilar importante da globalização e do livre-comércio é a formação
de blocos econômicos. Sob a economia globalizada, esses grupos reforçam a
tendência de abrir as fronteiras das nações ao livre fluxo de capitais, ao reduzir
barreiras alfandegárias e coibir práticas protecionistas e regulamentações
nacionais.
A formação de blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes,
qualquer produto importado chegava ao consumidor com um valor
significativamente mais alto, em função das taxações impostas ao cruzar a
alfândega. Os acordos entre os países reduziram e em alguns casos acabaram
com essas barreiras comerciais.
Existem quatro modelos básicos de bloco econômico:
- Área de livre-comércio – Um grupo de países concorda em eliminar
ou reduzir os impostos, tarifas ou taxas de importação, quotas e preferências
que recaem sobre a maior parte das (ou todas as) mercadorias importadas e
exportadas entre aqueles países.
- União aduaneira – É uma área de livre comércio, na qual, além de abrir
o mercado interno, os países-membros definem regras para o comércio com
nações de fora do bloco. Uma tarifa externa comum é adotada para boa parte
– ou a totalidade – das mercadorias provenientes de outros países, ou seja,
todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de importação de terceiros.
- Mercado comum - É uma união aduaneira na qual, além de
mercadorias, serviços, capitais e trabalhadores também podem circular
livremente.
- União econômica e monetária – É o estágio final de integração
econômica entre países. Além do livre-comércio, da tarifa externa comum e da
livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e trabalhadores, os países-
membros adotam uma moeda comum e a mesma política de desenvolvimento.
A formação de blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes,
qualquer produto importado chegava ao consumidor com valor
significativamente mais alto, em razão das taxações impostas ao cruzar a
alfândega. Os acordos entre os países reduziram, e em alguns casos acabaram,
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I - União Europeia
A União Europeia (UE) representa o estágio mais avançado do processo de
formação de blocos econômicos no contexto da globalização. Constitui-se em
uma união econômica e monetária, com 28 países membros (Estados-
partes).
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O Brexit
O Reino Unido é um dos países onde a permanência no bloco é
fortemente questionada. É um país formado por quatro países: Inglaterra,
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Os britânicos – como são chamados -
não fizeram parte das origens da União Europeia. Foi somente em 1973 que o
Reino Unido ingressou na Comunidade Econômica Europeia (CEE). Dois anos
depois, em 1975, renegociou as condições de participação e realizou um
referendo sobre a permanência na CEE. Na época, os britânicos votaram por
continuar na Comunidade Econômica.
Quatro décadas após o referendo, em junho de 2016, em um plebiscito,
os britânicos decidiram sair da União Europeia, o que está sendo chamado de
“Brexit”. É uma abreviação das palavras “British” (britânico, em inglês) e “exit”
(saída).
Na votação, os eleitores tinham de responder a apenas uma pergunta:
"Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da
União Europeia?” 52% dos eleitores votaram por sair, 48% por permanecer.
Os defensores da saída alegaram que o crescimento da União Europeia
diminuiu a importância e a soberania britânica. O país tem que seguir regulações
nas áreas de economia, política, migrações, entre outras, decididas pelo bloco
econômico.
O Reino Unido também enviaria mais dinheiro para a União Europeia do
que recebe de volta em investimentos. Saindo, sobraria mais dinheiro para ser
investido no país.
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alguns aportes tenham que ser realizados após o país já estar fora do bloco
europeu. Nas negociações, ficou acertado que o Reino Unido vai desembolsar
entre 40 e 45 bilhões de euros, para pagar por compromissos já
assumidos.
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governo de Londres não está disposto a abrir mão de um território habitado por
seus cidadãos.
Já a Espanha reclama o território sobretudo por razões históricas - não
admite ter perdido sua soberania. Cerca de metade da força de trabalho
gibraltina é de espanhóis que, diariamente, atravessam a fronteira. São
aproximadamente 7 mil pessoas.
II - MERCOSUL
Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) completou 25
anos em 2016. Como o nome diz, o bloco econômico almeja ser um Mercado
Comum. No entanto, ainda não atingiu esse estágio. Segundo o Ministério das
Relações Exteriores do Brasil, o bloco pode ser caracterizado como uma união
aduaneira em fase de consolidação, com matizes de mercado comum, com
eliminação dos entraves à circulação dos fatores de produção, bem como pela
adoção de política tarifária comum em relação a terceiros países, por meio de
uma Tarifa Externa Comum (TEC).
Os seus Estados Partes (membros efetivos ou plenos) fundadores são o
Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. A Venezuela (Estado Parte)
ingressou no bloco em 2012. O Paraguai foi suspenso do bloco em junho de
2012, mas retornou ao bloco em fevereiro de 2014. A Bolívia é um Estado Parte
em processo de adesão. Para a conclusão da sua integração definitiva como
Estado Parte, falta, ainda, a ratificação do seu ingresso por alguns parlamentos
nacionais.
Estados Partes são os que participam dos acordos e tratados do Mercosul
e possuem uma maior integração comercial. Possuem direito de voto, são os
países que tem poder de decisão sobre os assuntos do bloco econômico.
O MERCOSUL conta ainda com Estados Associados (membros
associados) e Estados Observadores (membros observadores). Os Estados
Associados são o Chile, Equador, Peru, Colômbia, Guiana e Suriname.
Assim, podemos notar que o MERCOSUL abrange todos os países da América do
Sul. México e Nova Zelândia também são Estados Observadores.
Os membros associados aderem, fazem parte da área de livre comércio,
mas não adotam a Tarifa Externa Comum (TEC). Portanto, não participam
integralmente do bloco, aderem, apenas, a alguns acordos comerciais e não
possuem poder de voto nas decisões do Mercosul. Podem participar na qualidade
de convidado nas reuniões de organismos do bloco e podem assinar acordos
sobre matérias comuns.
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III - NAFTA
O bloco é uma área de livre comércio integrada por Estados Unidos,
Canadá e México. O tratado foi assinado em 1992 e entrou em vigor em 1994.
Na sua campanha eleitoral, o então candidato a presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, prometeu rever os termos do tratado de livre comércio.
O presidente norte-americano considera que o tratado tem termos que
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IV - ALCA
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi proposta pelos
Estados Unidos, em 1994. Seria integrada por todos os países americanos,
exceto Cuba. Não chegou a se constituir como um bloco econômico. Após
sucessivas discussões em torno da formação do bloco econômico, a Cúpula das
Américas de 2005, realizada na Argentina, marca o fracasso do acordo, deixando
as negociações em suspenso. 0
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acordo entrará em vigor quando for aprovado em pelo menos 6 dos 11 países
signatários.
O novo tratado conserva e essência do TPP original, mas cerca de 20
pontos foram suspensos para proteger o equilíbrio entre os países signatários,
principalmente no capítulo de propriedade intelectual.
Brasil
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O questionamento ao livre-comércio
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Nacionalismo
A participação de um país em um bloco econômico e em acordos
comerciais faz com que cada um ceda um pouco em seus interesses nacionais
em prol de acordos coletivos que prometem gerar maior prosperidade para
todos, por meio do livre comércio.
Contudo, parcelas expressivas dos trabalhadores perceberam que com a
globalização a manutenção de um padrão de vida, de aumento da renda e a
perspectiva de ascensão social tornou-se mais difícil. Por outro lado, a crise
econômica de 2008 também levou a um aumento do desemprego em vários
países pelo mundo.
A crise ampliou a disputa por empregos e renda entre os trabalhadores e
muitos passaram a identificar nos estrangeiros que residem e trabalham nos
seus países como competidores que estão roubando os empregos dos nacionais
e contribuindo para uma redução das suas rendas.
Entretanto, as causas da crise não residem nos trabalhadores nacionais,
nem nos estrangeiros, mas na excessiva liberdade que foi concedida ao mercado
financeiro norte-americano, cujas instituições realizaram operações de elevado
risco de calote. Tudo isso em busca de um maior lucro. Como o mundo está cada
vez mais globalizado e interdependente, a crise se espalhou pelo planeta.
Esse cenário de questionamento ao livre comércio e a livre circulação de
pessoas reascendeu sentimentos de identidade nacional, conhecidos como
nacionalismos.
O nacionalismo expressa um sentimento cívico, de lealdade à pátria.
Nesse sentido, etnia, língua, religião e história são vistos como elementos
unificadores de uma nação. Contudo, o nacionalismo também pode expressar
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A xenofobia
Um dos pilares da globalização é a livre circulação de capitais (dinheiro),
bens, serviços e pessoas. Contudo, o livre trânsito de pessoas sempre foi um
aspecto frágil da globalização. O desenvolvimento tecnológico dos últimos anos
proporcionou enormes avanços nos meios de transporte, o que ajudou a
intensificar os movimentos migratórios em diversas partes do mundo. O
desenvolvimento das telecomunicações, por sua vez, facilitou as transferências
bancárias, permitindo a um imigrante africano que mora na Europa enviar parte
de seu salário mensalmente para ajudar os familiares que vivem em sua terra
natal.
Mas, enquanto o fluxo de capitais e mercadorias sempre foi estimulado
pelos defensores do mundo globalizado, a imigração foi e continua sendo um
tema polêmico, principalmente nos países economicamente desenvolvidos. No
pós-guerra, quando havia necessidade de mão de obra nos principais países
europeus, como Reino Unido, Alemanha e França, a entrada de imigrantes de
países pobres até era facilitada, e eles chegaram em peso ao continente.
Contudo, a integração desses contingentes à nova situação nem sempre
foi tranquila. Muitos argelinos que vivem na França, turcos moradores da
Alemanha ou jamaicanos residentes na Inglaterra sentem-se marginalizados,
vivendo nas periferias das grandes cidades e com acesso restrito ao mercado de
trabalho. Esse é um dos fatores que explicam as revoltas de adolescentes em
subúrbios franceses, frequentes nos últimos anos.
Em uma situação de crise, os ânimos nacionalistas tendem a se aforar.
Muitos britânicos, por exemplo, não aceitam que uma pessoa que veio de outro
país possa compartilhar os mesmos direitos de quem nasceu ali. E esse
nacionalismo pode descambar para a xenofobia.
O termo, derivado do grego, significa literalmente “medo do
estrangeiro” e é usado para definir o receio e a hostilidade que muitas
pessoas sentem em relação a cidadãos de outras nacionalidades que
vivem em uma mesma cidade ou país. Além da questão econômica,
principalmente relacionada ao mercado de trabalho, o estranhamento em
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6. China
A civilização chinesa tem mais de quatro mil anos. Após um longo período
imperial e uma breve república, uma revolução liderada pelo Partido Comunista
Chinês (PCCh), de Mao Tsé-Tung, deu origem à República Popular da China, em
1949. O país foi reorganizado nos moldes socialistas.
Com a morte de Mao, em 1976, a China implementou um modelo, ainda
vigente, chamado por seus dirigentes de socialismo de mercado. O país manteve
o controle estatal das fábricas e da terra, mas permitiu a abertura ao mercado
mundial em determinadas regiões, denominadas de Zonas Econômicas
Especiais.
Nessas zonas se instalaram empresas multinacionais, para produzir artigos
para a exportação, atraídas por incentivos fiscais e pela barata e numerosa mão
de obra chinesa. Posteriormente, o governo autorizou a propriedade privada em
algumas situações e fez maciços investimentos em tecnologia para aperfeiçoar
a sua indústria.
Com essas medidas, o país inundou o planeta com seus produtos “made
in China”, tornando-se o maior exportador mundial. Se a princípio os produtos
chineses eram associados à baixa qualidade, hoje eles já possuem maior valor
agregado, como eletroeletrônicos e automóveis. Paralelamente, para suprir sua
demanda por alimentos, energia e matérias-primas, a China tornou-se um
grande importador de commodities, como petróleo e minério de ferro.
Com essas ações, a China atrelou seu crescimento à economia de outras
nações, firmando parcerias com países da África e da América Latina, incluindo
o Brasil. Na crise mundial iniciada em 2008, por exemplo, a queda na demanda
chinesa por commodities foi um dos fatores que afetaram a economia brasileira.
Atualmente, o país é a segunda maior economia do mundo, respondendo
por mais de 10% do PIB mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.
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Por ter uma economia voltada para o comércio exterior, a China passou a
ser um dos grandes defensores da globalização e do livre-comércio. É uma
defesa que tem sido reafirmada diante de críticas do presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, à essa mesma globalização e livre-comércio.
Para além das questões econômicas, a China quer se firmar como uma
liderança global, capaz de não apenas ser uma potência regional, mas de
ameaçar a hegemonia mundial dos EUA. O fato é que se trata de dois aspectos
praticamente indissociáveis: com o poder econômico e a expansão comercial, o
país cria uma relação de interdependência com os mercados globais, o que
aumenta o seu peso nas principais decisões mundiais.
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Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental
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árabe ocupa a área que vai do oceano Atlântico ao golfo Pérsico, abrangendo o
norte da África e boa parte do Oriente Médio (veja no mapa abaixo).
Os contornos dos atuais países existentes no mundo árabe são, até certo
ponto, arbitrários e resultam do domínio das potências estrangeiras sobre a
região no início do século XX. Com fortes interesses no controle das grandes
reservas de petróleo, governos estrangeiros negociaram a independência de
suas colônias ou áreas sob seu controle para que fossem governadas por aliados
ou colaboradores.
O Oriente Médio não deve ser confundido com o mundo árabe. É uma
região que faz parte da Ásia, tem muito petróleo e pouca água. Integra Irã e
Turquia com populações islâmicas não árabes e Israel, país judeu. Os curdos
habitam vários países do Oriente Médio, região onde também vivem várias
minorias como os assírios e caldeus.
Historicamente Irã e Arábia Saudita disputam hegemonia e influência no
Oriente Médio. Possuem diferenças étnicas e religiosas, os iranianos são persas
e muçulmanos xiitas, os árabes são sunitas. Estas diferenças fazem com que
apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientação religiosa de
cada país. Como exemplo temos a Síria, onde o Irã apoia o governo do xiita
Assad e a Arábia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas.
Tunísia
A Revolução de Jasmim, como ficou conhecido o processo que atingiu a
Tunísia, entre 2010 e 2011, levou à queda do presidente Ben Ali, que ocupava
o cargo desde 1987. Ela começou com protestos populares após o suicídio de
um vendedor ambulante, contra o regime autoritário do presidente. As
manifestações foram reprimidas violentamente e resultaram na derrubada do
regime em 14 de janeiro de 2011.
A Tunísia é o único país da Primavera Árabe, que após as revoltas instalou-
se a democracia. O país realizou eleições em 2012 e 2014.
Egito
Segundo país alcançado pela Primavera Árabe, as revoltas populares
levaram à renúncia do ditador Hosni Mubarak, após 35 anos no poder. No
entanto, a promessa de instauração de democracia não prosperou. A conturbada
transição para a democracia levou ao poder a Irmandade Muçulmana
(fundamentalistas islâmicos). Mohammed Mursi foi o primeiro islâmico a
assumir a chefia de um Estado Árabe pelo voto, em 2012. Porém, foi deposto
por um golpe militar um ano após a posse.
O atual presidente, eleito em um pleito esvaziado, é o marechal Abdel
Fattah al-Sissi. Ex-chefe do Exército, Sissi comandou o golpe de estado que
destituiu o presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013. O parlamento
está fechado, Sissi acumula os poderes executivo e legislativo.
Desde a queda de Mursi, o cerco à Irmandade Muçulmana tem sido brutal.
Centenas de membros foram mortos e milhares presos, incluindo Mursi e líderes
políticos do grupo. A irmandade foi declarada uma organização terrorista, o que
torna crime participar de suas atividades. A campanha de repressão não atinge
só islamistas. O governo proibiu manifestações e está perseguindo quem critica
ou se opõe aos militares.
Líbia
A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o país com
mão de ferro por 42 anos, gerou um vácuo de poder, fomentando a disputa
entre milícias armadas, que até então lutavam juntas contra o ditador. Esses
grupos armados combatem por interesses próprios, para abocanhar o poder nas
regiões em que atuam e para obter lucros com a exploração de recursos
naturais, em particular do petróleo. Distinguem-se mais pela origem étnica e
pela vinculação a suas regiões do que pela inspiração religiosa, e formam
coalizões que podem juntar islâmicos ou não.
Síria
Combates encarniçados desenvolvem-se, desde 2011, quando
manifestações pró-democracia, logo após os acontecimentos da Primavera
Árabe, na Tunísia e no Egito, chegaram ao país e foram duramente reprimidas
pelo regime do ditador Bashar al-Assad.
A reação de parte da oposição foi armar-se para tentar derrubar o governo.
Assim surgiu o Exército Livre da Síria (ELS), dirigido pela oposição moderada,
que iniciou combates contra as forças de Assad. De lá para cá, a situação
agravou-se, assumindo o caráter de uma guerra civil e de um conflito mais
amplo do que simplesmente opositores contra o governo.
Países do Oriente Médio se envolveram no conflito, assim como os Estados
Unidos, Rússia e potências ocidentais. As tropas do presidente sírio, Bashar Al-
Assad, lutam contra cerca de mil grupos rebeldes. Alguns com forte tendência
extremista e com vínculos com a Al-Qaeda. Desde o começo de 2014, entrou
em cena o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, enfrentando
tanto o governo como os rebeldes, sejam radicais ou moderados.
É um xadrez geopolítico complicado, que precisamos compreender, pois
tem sido cobrado nas provas de Atualidades.
O governo da Síria é apoiado pela Rússia, Irã e pelo grupo xiita libanês
Hezbollah. Os rebeldes moderados anti-Assad têm o apoio dos Estados Unidos,
de potências ocidentais, da Arábia Saudita, Turquia e de outros países do Oriente
Médio.
A Arábia Saudita e alguns países árabes também apoiam grupos
extremistas sunitas anti-Assad. O Estado Islâmico não é apoiado e não apoia
ninguém. Todos os países envolvidos no conflito e os curdos combatem o grupo.
A principal bandeira dos curdos é a criação do seu país independente, o
Curdistão. Não combatem o regime de Assad. São inimigos do Estado Islâmico
e de outros grupos radicais. São apoiados pelos Estados Unidos e Rússia na sua
luta contra o Estado Islâmico, mas não no pleito de criação do seu país. A Turquia
governo, Baath, obteve a maioria dos 250 deputados eleitos para um mandato
de quatro anos.
A guerra na Síria já causou a morte de 300 mil pessoas, gerou mais de 4
milhões de refugiados e está sendo considerada “a maior crise humanitária de
nossa era” pela ONU. Além dos refugiados, outros 6,5 milhões foram deslocados
pelo interior do país. O total de 9,5 milhões de pessoas forçadas a sair de suas
casas equivale a quase metade da população do país. Os refugiados foram
principalmente para Turquia, Líbano e Jordânia. A destruição pelo país é
generalizada.
Iraque
Curdistão
Nos combates contra o Estado Islâmico, destaca-se a ação dos guerreiros
curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e sírios. O Estado Islâmico
persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religião própria. O
enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela
atuação das forças curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que dão combate
terrestre ao grupo islâmico, apoiando dessa forma os bombardeios aéreos
comandados pelos EUA.
Esse papel de destaque leva analistas a especularem se uma das
consequências dos conflitos atuais não seria a ampliação da autonomia dos
curdos dentro do Iraque ou até mesmo a formação, num prazo ainda indefinido,
de um novo país, o Curdistão, reunindo os curdos que vivem espalhados pela
região.
Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos
habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria,
Irã, Armênia e Azerbaidjão (veja mapa a seguir). O projeto de um Estado curdo
ganhou força no final do século XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, países
nos quais o movimento foi violentamente reprimido.
O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos
Trabalhadores do Curdistão (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado
turco, mas negocia há anos um acordo com o governo central. Em 2013, o
partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da
Turquia começou a atacar redutos do PKK no Curdistão iraquiano, próximo à
fronteira turca. O PKK reagiu e as hostilidades tem se sucedido de lado a lado.
Na Síria, a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio
de ataques aéreos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobre a estratégica
cidade curda de Kobane, na tríplice fronteira síria, turca e iraquiana. Após meses
de conflitos, o Estado Islâmico recuou e desistiu de conquistar a cidade.
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COMENTÁRIOS:
Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos
habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria,
Irã, Armênia e Azerbaijão (veja o mapa). No Iraque, na Síria e na Turquia, os
curdos lutam por um Estado independente.
Gabarito: A
Al Qaeda
O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda, em 1988, no Afeganistão,
quando lutava ao lado dos guerrilheiros islâmicos (mujahedin) contra a ocupação
soviética, com equipamentos e recursos vindos das potências ocidentais. Mas
após a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o
Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente,
Estado Islâmico
Com um vasto território que extrapola fronteiras, abrangendo áreas do
Iraque e da Síria, ativos estimados em 2 bilhões de dólares e um contingente
em torno de 30 mil combatentes, o Estado Islâmico (EI) consolida-se como a
mais poderosa organização extremista islâmica em atividade.
Sua ascensão é surpreendente quando se considera que, até pouco tempo
atrás, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na Ásia e na
África. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o
grupo espalhou o terror contra as forças de ocupação e os xiitas, até ser
praticamente aniquilado após a morte de seu comandante, Abu Musab al-
Zarqawi, em 2006. Rebatizado Estado Islâmico do Iraque (EII), o grupo renasce
a partir de 2010, sob um novo líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
O vácuo de segurança criado pela retirada militar dos EUA, o clima de
revolta dos sunitas com o governo pró-xiita do Iraque e o caos da guerra civil
síria criam condições para que o EI prosperasse. Ao expandir as atividades para
a Síria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar
guerrilheiros e instalar bases, em 2013, o grupo muda o nome para Estado
Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, após dominar territórios no norte da
Síria e do Iraque o grupo anuncia a criação de um Califado, em junho de 2014,
se autodenominando Estado Islâmico (EI).
O Califado é uma referência aos antigos impérios islâmicos surgidos após
a morte de Maomé, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islâmica – dos
quais o mais notório é o Império Árabe. O califa, considerado sucessor do
profeta, é a autoridade política e religiosa máxima. Al-Baghdadi é proclamado
califa do EI.
Boko Haram
O Boko Haram atua na Nigéria e realiza incursões no Chade, Níger e
Camarões. Criado em 2002, na Nigéria, a partir de 2009, iniciou atos de
violência, com o objetivo de impor nesse país uma versão mais radical da sharia
(a lei islâmica), que veta a adoção de vários aspectos da cultura ocidental, como
a educação secular. A maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação. O
Boko Haram, que era aliado da rede terrorista Al Qaeda, vinculou-se em 2015
ao Estado Islâmico.
Segundo o Índice de Terrorismo Global 2015, o Boko Haram é o grupo
terrorista mais violento da atualidade. O índice, baseado em dados de ataques
de grupos extremistas, assinala que o Boko Haram matou 6.444 pessoas em
2014, mais do que o Estado Islâmico.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
Al Shabah
Fundado em 2004, o Al Shabah atua na Somália, sendo filiado à rede Al
Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que
cometeu em um shopping center em Nairóbi, capital do Quênia.
Desde 2007, uma força de paz composta por vários países da União
Africana (UA) atua ao lado de forças do governo somali no combate ao Al
Shabah, o que tem imposto várias derrotas e enfraquecido a milícia.
e deixar mais de 53 feridas. O ataque foi na boate “Pulse”, voltada para o público
LGBT. Entre as armas que o atirador portava, estava um rifle automático.
O atirador nasceu nos Estados Unidos, mas, era filho de pais nascidos no
Afeganistão. O Estado Islâmico diz que é responsável pelo ataque. Mas essa
informação contraria o que disse o pai do atirador, que ele não tinha ligações
com nenhum grupo terrorista. Horas antes de atacar a casa noturna, o atirador
ligou para o telefone de emergência Da Polícia e disse que era membro do EI.
Massacres deste tipo acontecem muito nos Estados Unidos. Antes do
ataque em Orlando, já haviam acontecido outros 172, só em 2016. E esse, de
acordo com a imprensa americana, é o mais violento da história dos EUA.
Nos Estados Unidos, qualquer pessoa tem o direito de ter uma arma. O
atirador de Orlando, por exemplo, tinha licença para as duas armas que usou no
ataque. Muita gente diz que é fácil demais comprar armas nos EUA e que a
legislação deveria ser revista. Mas existem grupos que resistem, dizendo que é
ilegal interferir nesse direito de ter armas, que está na Constituição Americana.
Essa é uma questão controversa nos EUA, e sempre rende debates acalorados.
1.3 O Irã
O Irã ocupa lugar central no xadrez do Oriente Médio. O regime define-se
desde a Revolução de 1979 como uma república islâmica, e segue a vertente
xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e é aliado do regime
sírio de Bashar al-Assad, exercendo também influência sobre partidos xiitas que
estão no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder,
centrado na oposição a Israel e às monarquias sunitas do Golfo Pérsico, como
Arábia Saudita, Barein e Catar.
Desde 2003, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA
e as demais potências ocidentais tentam impedir o avanço do programa nuclear
iraniano. Eles acusam o país de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de
urânio com a intenção de fabricar armas nucleares. O Irã nega.
A ONU exigia que o Irã parasse de enriquecer urânio e autorizasse o acesso
irrestrito da AIEA às suas instalações. Diante da negativa do Irã, foram
aprovadas quatro rodadas de sanções contra o país, entre 2006 e 2010.
Como a China e a Rússia se opuseram a novas sanções na ONU, os EUA e
a União Europeia anunciaram, em 2011, o embargo ao petróleo iraniano e
punições financeiras contra nações que compram petróleo do país. Foram
decretadas também sanções contra o sistema bancário do Irã. O embargo levou
à queda expressiva nas exportações de petróleo iraniano, comprometendo a
obtenção de divisas externas.
Nos últimos 20 anos, essa perspectiva geral dos “dois Estados” é a que
tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços. Do
lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu,
defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a
continuidade e a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Outra divergência é sobre o status da cidade de Jerusalém. Os palestinos
defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses
desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel não aceita essa divisão,
reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital.
Ponto de honra para os árabes nas negociações, é o direito ao retorno dos
palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos
Seis Dias (1967). O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta,
pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel tal
como é hoje.
Em 2012, a ONU concedeu para a Palestina a condição de “Estado
observador não-membro”. Mais de 140 Estados, inclusive o Brasil, já
reconhecem o Estado da Palestina. O último a reconhecer foi o Vaticano, em
junho de 2015.
1.5 Turquia
A Turquia está localizada entre a Europa e o Oriente Médio, posição que
sempre lhe conferiu um papel estratégico e histórico relevante. O país foi o
centro irradiador de poder dos impérios Bizantino (330-1453) e Otomano (1281-
1918). O Islamismo é a religião de 99% da população.
Alçada à condição de grande potência emergente na última década, a
Turquia enfrenta grandes desafios em 2016. O país tem sido alvo de atentados
terroristas do Estado Islâmico e dos separatistas curdos; vive a tensão interna
entre o secularismo e a islamização; a vizinha Síria está em guerra civil, onde
na fronteira atua o Estado Islâmico e abriga milhões de refugiados sírios, que
fugiram da guerra civil.
As bases da Turquia moderna começaram a ser estabelecidas com a
dissolução do Império Otomano, após a derrota na I Guerra Mundial, em 1918.
A crise política e econômica do pós-guerra deu origem a um movimento
nacionalista liderado pelo general Mustafa Kemal, que adotou o codinome de
“Ataturk”, ou “pai dos turcos”.
Ataturk aboliu o califado islâmico e separou a religião islâmica do Estado.
Essa separação é chamada de secularismo. A medida provocou profundas
alterações na estrutura social do país. As forças políticas acompanharam a
polarização na sociedade e se dividiram entre aqueles que defendiam os valores
seculares de Ataturk e os favoráveis a um papel maior da religião islâmica na
vida pública.
Como guardiões do secularismo, os militares derrubaram sucessivos
governantes que tinham um perfil mais religioso, nos anos de 1960, 1971, 1980
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em 2015; o governo turco tem atacado alvos dos curdos na Síria, Iraque e
Turquia.
A Turquia também é uma das principais portas de entrada de imigrantes
e refugiados (especialmente sírios) na Europa. Em março de 2016, a União
Europeia aprovou um acordo com o governo turco para conter o fluxo de
imigrantes ilegais. Pelo acordo, são enviados de volta à Turquia os ilegais que
chegam da costa turca à Grécia. Em contrapartida, por cada sírio que seja
devolvido à Turquia, outro que esteja em campos turcos será admitido na UE.
2. Segurança Internacional
A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela
globalização e a porosidade das relações entre economia internacional
e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do
Estado. Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do
Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o
narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela
ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em
quase todo o mundo.
O Terrorismo
O terrorismo é uso de violência física ou psicológica, através de ataques
localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população
governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos
que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, alargando-se para a
população do território.
O terrorismo de Estado consiste em um regime de violência instaurado
por um governo, em que o grupo político que detém o poder se utiliza do terror
como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da máquina de
repressão do Estado como organização criminosa, restringindo os direitos
humanos e as liberdades individuais.
Na segunda metade do século XX, em muitos países da América Latina,
chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceção
com restrições democráticas aos direitos humanos e às liberdades individuais.
Contra esses regimes, levantaram-se oposições civis e grupos armados. Como
método de dissuasão e combate às oposições, os regimes autoritários muitas
vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam
como exemplo de terrorismo de Estado, a atuação do DOPS durante a ditadura
militar brasileira, cuja tortura e acúmulo sistemático de informações sobre
O crime organizado
Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a
obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas
de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de
azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana.
Em cada país, as facções do crime organizado costumam receber um nome
próprio. Assim, costuma-se chamar de Máfia ao crime organizado italiano e ítalo-
americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e
mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso
são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e
sequestros.
Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este
sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de
atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas,
os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se
dizer que as armas – e os assassinatos – são o sustentáculo do crime organizado.
Interpol
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é uma
organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes
países. Sua sede é em Lyon, na França e tem a participação de 188 países
membros. A Polícia Federal é a representante brasileira da Interpol.
A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam
vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma
central de informações para que as polícias de todo o mundo possam trabalhar
integradas no combate ao crime internacional, o tráfico de drogas e os
contrabandos.
Sumário Página
2. América Latina 4
3. Coreia do Norte 9
5. Os separatismos na Europa 12
7. Temas Diversos 19
8. Questões Comentadas 22
9. Lista de Questões 53
10. Gabarito 72
país populoso e com grande pobreza, atua outro grupo fundamentalista islâmico,
o Boko Haram.
O Afeganistão é outro país instável. Em 2001 foi invadido pelos Estados
Unidos, logo após o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro daquele ano.
Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda, assumiu a autoria dos atentados e se
refugiava no país. Os norte-americanos depuseram do poder o Talibã, grupo
fundamentalista islâmico. Mesmo fora do poder, o grupo continua ativo e
controla regiões do Afeganistão.
Dos refugiados e migrantes que cruzam o Mediterrâneo em direção ao sul
da Itália, boa parte vem da Eritreia. Um dos motivos para cidadãos desse país
decidirem emigrar é o serviço militar obrigatório -- comparável a um regime de
escravidão. Grupos de defesa dos direitos humanos também afirmam que o país
vive forte repressão política.
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em
acolher os refugiados e migrantes, com alguns de seus líderes tendo opiniões
muito críticas. Alguns países chegaram a construir muros/cercas fortificadas ao
longo de parte das suas fronteiras, para bloquear o fluxo de pessoas buscando
asilo no norte da Europa.
O duro tratamento e a brutalidade das forças de segurança de países
europeus para com os refugiados e migrantes motivaram protestos da população
em diversas nações da Europa. Solidários, pediam que os seus governos
acolhessem os estrangeiros.
A Alemanha, antes resistente em receber os refugiados, mudou de posição
e agora está mais receptiva. O país é o destino da maioria dos que buscam uma
vida nova em solo Europeu.
Na tentativa de restringir o fluxo de refugiados e migrantes em direção a
União Europeia, o bloco econômico e a Turquia firmaram um acordo, que entrou
em vigor em março de 2016. Da Turquia, parte a grande maioria dos que
ingressam na União Europeia pela Grécia.
Pelo acordo, a União Europeia vai repassar, até 2018, três bilhões de euros
à Turquia para que o país possa vigiar e controlar a saída de pessoas em direção
ao continente europeu. Os recursos servirão também para melhor estruturar e
atender aos 2,7 milhões de refugiados que estão em acampamentos no país
turco.
O acordo também estabelece que todos os imigrantes irregulares que
chegarem da Turquia até as ilhas gregas a partir de 20 de março de 2016 serão
devolvidos à Turquia. Os imigrantes que chegarem às ilhas gregas deverão ser
registrados e o pedido de asilo deverá ser tratado individualmente pelas
autoridades gregas, de acordo com a direção de procedimentos de asilo e em
cooperação com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
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Os imigrantes que não solicitarem asilo e aqueles cujo pedido não esteja
fundamentado ou seja inadmissível serão devolvidos à Turquia. Além disso,
segundo o acordo, para cada sírio que seja devolvido à Turquia, outro será
admitido na União Europeia, levando em conta os critérios de vulnerabilidade da
ONU.
O Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos criticou a
parte do acordo que estabelece a devolução de imigrantes irregulares à Turquia,
dizendo que são ilegais e que violam o direito internacional e europeu.
2. América Latina
Argentina
Maurício Macri é o novo presidente da Argentina. A sua vitória encerrou
um período de 12 anos de governo do kirchnerismo, como é conhecido o período
em que a Argentina foi governada pelo casal Néstor e Cristina Kirchner. Ambos
são peronistas. O novo presidente derrotou no segundo turno, Daniel Scioli,
candidato do peronismo e de Cristina Kirchner.
Maurício Macri é empresário, ex-prefeito de Buenos Aires, ex-presidente
do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do
governo de Cristina Kirchner. Esta é a primeira vez que um líder da direita liberal
chega ao poder pelas urnas em eleições livres, sem o apoio de uma ditadura,
fraudes ou candidatos proscritos.
Esta é a primeira vitória, desde que se instituiu o voto, em 1916, de um
candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical social-
democrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na
Argentina.
Na área internacional, sob o governo de Macri, a Argentina deve se afastar
politicamente de posições políticas defendidas pelos países do grupo bolivariano:
Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua. Por outro lado, terá uma maior
aproximação com os Estados Unidos e Brasil.
Macri também promete uma relação menos turbulenta com o Reino Unido,
na discussão da reivindicação argentina de soberania sobre as ilhas Malvinas e
negociar a pendência judicial e o pagamento da dívida do país, com fundos
internacionais norte-americanos. Esses fundos foram chamados de abutres pela
ex-presidente Cristina Kirchner.
Tema que gerou grande repercussão no governo de Cristina Kirchner, a
dívida externa com os “fundos abutres” foi paga por Macri, tirando o país da
moratória, em função do calote da dívida em 2001.
Venezuela
A Venezuela realizou eleições legislativas, para a Assembleia Nacional, no
dia 06 de dezembro. A oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade
Democrática (MUD), alcançou uma poderosa maioria qualificada de dois terços
das cadeiras, revertendo quase duas décadas de domínio dos socialistas (desde
1999, com a primeira eleição de Hugo Chávez) representados pelo presidente
Nicolás Maduro.
A oposição é formada por partidos conservadores e de centro. O partido
governista é o PSUV – Partido Socialista Unido da Venezuela. O atual governo
diz que está realizando uma Revolução Bolivariana (alusão a Simón Bolívar).
Hugo Chávez governou a Venezuela por 11 anos, até a sua morte, em 2013.
Com este número de deputados, o bloco opositor havia superado a marca
de dois terços necessária para grandes mudanças, como criar ou suprimir
comissões permanentes, aprovar e modificar leis orgânicas, submeter a
referendo tratados internacionais e projetos de lei, remover magistrados do
Tribunal Supremo de Justiça, designar os integrantes do Conselho Nacional
Eleitoral, aprovar projeto de reforma constitucional e até buscar retirar de
maneira antecipada o presidente do poder.
Contudo, dias depois da eleição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ),
dominado por ministros chavistas, suspendeu a proclamação de três deputados
opositores eleitos. A medida deixou a oposição sem a maioria qualificada na
Assembleia.
Nos termos do que dispõe a Constituição venezuelana, a oposição articula
a realização de um referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás
Maduro. No final de maio, a Organização dos Estados Americanos (OEA) acionou
a chamada Carta Democrática Interamericana contra a Venezuela. Essa é a
primeira vez na história que o instrumento é solicitado, o que implica a abertura
de um processo que pode levar à suspensão do país daquele organismo regional.
A OEA vai decidir se na Venezuela há um processo de grave alteração da ordem
constitucional.
O país enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela alta
inflação, recessão e escassez de alimentos. Uma severa seca atinge a
Venezuela, afetando a produção de energia elétrica e causando grandes
racionamentos e “apagões”. Entre as medidas adotadas para economizar a
energia estão a alteração da hora legal em 30 minutos e a redução dos dias e
horários de trabalho em repartições públicas.
A crise econômica generalizada afetou os voos de companhias aéreas ao
país. A Gol, Latam e Lufthansa suspenderam os voos que operavam com destino
à capital, Caracas.
Peru
Cuba
Cuba é o único país comunista das Américas. Vive uma crise econômica,
com desemprego, queda de renda e racionamento de alimentos. Para enfrentar
a crise, o governo decidiu reduzir o papel do Estado e abrir a economia
parcialmente para o mercado. Passou a permitir a criação de empresas privadas,
a compra e venda de imóveis e automóveis e o arrendamento de terras aos
agricultores, que poderão ter lucro.
Em março de 2016, Barack Obama fez uma visita oficial a Cuba, a primeira
de um presidente dos Estados Unidos em 88 anos. Antes dele, Calvin Coolidge
viajou oficialmente a Cuba, em um navio de guerra, em 1928.
Colômbia
3. Coreia do Norte
A Coreia do Norte, fundada em 1948, é parte da antiga Coreia, nação
asiática dividida em duas zonas de ocupação ao final da II Guerra Mundial. De
1950 a 1953, a Guerra da Coreia opôs os norte-coreanos (governados por
comunistas e apoiados pela China) à Coreia do Sul (apoiada por tropas da ONU
e principalmente pelos EUA). Após a assinatura de uma trégua, a Coreia do Norte
foi reconstruída com a ajuda de URSS e China. Desde o início, o regime
caracterizou-se pelo culto ao ditador Kim Il Sung, que morreu em 1994. Seu
filho, Kim Jong Il, tornou-se então o chefe de Estado, sendo também cultuado.
Em 2011, morreu, e foi substituído pelo filho mais novo, Kim Jong Un.
A autoria da frase é de
a) Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado dos EUA.
b) Jeb Bush, pré-candidato à presidência dos EUA.
c) Donald Trump, pré-candidato à presidência dos EUA.
d) Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos EUA.
e) Barack Obama, atual presidente dos EUA.
COMENTÁRIOS:
O autor da frase é Donald Trump, um dos pré-candidatos do Partido
Republicano à presidência dos Estados Unidos. Na sua campanha, ele tem
prometido expulsar todos os imigrantes ilegais dos Estados Unidos, construir um
muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, proibir a entrada de
imigrantes muçulmanos no país, entre outras propostas conservadoras,
xenófobas e machistas. Gabarito: A
5. Os separatismos na Europa
A Escócia realizou, em setembro de 2015, plebiscito para decidir se
permanecia ou tornava-se independente do Reino Unido. 55% dos eleitores
votaram contra a separação, ou seja, a maioria decidiu que a Escócia deve
continuar fazendo parte do Reino Unido.
Analistas avaliam que o plebiscito escocês reacendeu o debate sobre a
soberania na Europa, dando força a movimentos separatistas até então
sufocados em alguns países.
Vem comigo!
ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz,
defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o
desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à
antiga Liga das Nações.
A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do
Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos
por meio de suas forças internacionais de paz.
A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que
requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco
Mundial e do FMI na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas
das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO),
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde
(OMS).
O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político
mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com
o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga
União Soviética (atualmente a Rússia) e pela China. Esses países desenharam
a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes
do CS.
O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança
mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas
em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país.
Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do
CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos
participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de
veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente
não integra o CS.
OEA
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três
Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente que
não pertence à OEA. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia,
direitos humanos, segurança e desenvolvimento.
Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação
independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação
aos direitos humanos em negociações comerciais entre os países e ajuda
econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2012, por exemplo, a
Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da OEA,
alegando que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a
comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos
humanos.
CELAC
A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi
criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua
composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve
como origem o Grupo do Rio – criado em 1986 para ampliar a cooperação política
e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes – e a Calc
– Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento,
formada em 2008.
UNASUL
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países
da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011,
quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países
sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político.
FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira
criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer
empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os
empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com
metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação,
privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e
investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas
como Consenso de Washington.
Banco Mundial
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência
técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em
1944 e composto de duas instituições – o Banco Internacional para a
Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de
Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros
(incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na
reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial.
OCDE
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)
articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre os países ricos.
Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação
Econômica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall.
Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá,
Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados
Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia,
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia,
Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não
é membro da OCDE.
BRICS
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A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se
refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia
e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo poderá
constituir a maior força econômica mundial, superando a União Europeia.
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que
realiza reuniões anuais com seus chefes de Estado. Em 2011, a África do Sul,
na época, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o grupo.
Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com
indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e
incluindo milhões de novos consumidores. Quatro possuem territórios extensos
e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia.
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o
comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece
petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de
minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos.
China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de
produtos industriais na globalização.
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics
(Novo Banco de Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de emergência,
o Arranjo Contingente de Reservas. A criação do banco não significa que os
países membros do grupo não vão mais participar do Banco Mundial. O banco
dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento
e está aberto a qualquer país do mundo.
O Arranjo Contingente de Reservas é um fundo financeiro de emergência
para ajuda mútua e servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver
crises financeiras globais. Em momentos de especulação internacional, a
tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo servirá para segurar a cotação
do dólar.
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no
poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra
Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até
hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia.
A ordem econômica global atual não é mais a mesma do pós-guerra e do
período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e
Alemanha dominavam o mundo capitalista. A criação do Novo Banco de
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma
resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países
G-20
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira
asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do
comércio global e dois terços da população mundial. Discute medidas para
promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento e
desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira
mundial, de 2008, tornou-se o mais importante fórum internacional de países
para o debate das questões políticas e econômicas globais.
Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá,
França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia,
Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e União
Europeia.
G-8 e G-7
Trata-se de um grupo diplomático, que reúne os sete países mais
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo. Todos são nações
democráticas: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália Japão e Reino
Unido. Com a dissolução da União Soviética e a queda do socialismo real, a
Rússia passou a ser membro do grupo, em 1998. Contudo, devido ao fato de ter
anexado a Crimeia, a Rússia foi excluída do grupo em 2014, que voltou a se
chamar de G-7.
O G7 é muito criticado por um grande número de movimentos sociais,
normalmente integrados no movimento antiglobalização, que o acusam de
decidir uma grande parte das políticas globais, sociais e ecologicamente
destrutivas, sem qualquer legitimidade nem transparência.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
7. Temas Diversos
Papa Francisco
O Papa é Pop! O Papa Francisco se tornou uma personalidade popular e
influente no mundo atual. Desde que assumiu o papado, em 2013, estabeleceu
uma relação mais próxima e informal com os fiéis e vem dando exemplos de
simplicidade – como a dispensa de automóveis de luxo.
A atuação política, diplomática e religiosa do Papa tem sido cobrada nas
provas de Atualidades.
A busca do diálogo com outras religiões (e até com ateus), um olhar mais
voltado para os pobres e os países periféricos, as suas fortes críticas ao
capitalismo e aos organismos financeiros internacionais e a defesa da questão
ambiental são ações quem tem marcado a atuação política do Papa.
Exemplo recente de diálogo com as outras religiões foi a reunião com o
imã Ahmed al-Tayeb da mesquita Al-Azhar do Cairo, a máxima autoridade do
Islã sunita. O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder
muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa
Sé e a Universidade de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita.
Em 2006, as duas instituições romperam relações, depois das polêmicas
declarações do papa Bento XVI em Ratisbona (Alemanha), nas quais relacionou
a violência ao Islã. O imã da época de Al-Azhar foi uma das autoridades
religiosas muçulmanas mais críticas às palavras do Papa alemão, considerando-
as um insulto e uma distorção do Islã.
No campo diplomático, o Papa reivindica para si um papel mais político,
com foco na resolução de conflitos mundiais. Exemplo é o fato de ter reunido os
presidentes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para uma oração
no Vaticano, na tentativa de favorecer o processo de paz no Oriente Médio e a
mediação histórica na retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados
Unidos.
b) indica o fim do governo dos irmãos Castro, em Cuba, que agora será
substituído por governos democraticamente eleitos.
c) constituiu-se como a primeira tentativa das igrejas cristãs de
ajudarem na reconciliação entre o governo cubano e o governo dos EUA.
d) foi o primeiro encontro entre o chefe católico e o ortodoxo russo,
líderes de dois dos principais ramos do cristianismo, desde sua
separação no ano de 1054.
e) representou a retomada do cristianismo em Cuba, depois de muitas
décadas em que o país se declarou oficialmente ateu.
COMENTÁRIOS:
O agravamento da crise
1.1 PIB
Se o real vale pouco, nossas mercadorias são exportadas por valor menor
(o que as torna atraentes). Isso ajuda o setor exportador, mas importar fica
mais caro. Quando o real se valoriza, nossos produtos ficam caros lá fora, mas
é mais barato importar. Facilitar as importações ajuda a derrubar a inflação, pois
amplia a oferta de mercadorias externas a preço baixo.
O preço do dólar disparou em 2015 e segue alto em 2016. No início de
2015, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,69, fechando o ano a R$
3,94. No mês de junho de 2016 está oscilando na faixa dos R$ 3,50.
2. Emprego e desemprego
O desemprego no país atingiu, em média, 11,6 % no trimestre que
corresponde ao período de maio a julho de 2016. No mesmo período, o número
de desempregados no Brasil chegou a 11,8 milhões de pessoas.
Com a atividade da indústria em queda livre, o setor foi o que mais perdeu
vagas no segundo trimestre.
Indiretamente, a indústria também ajudou a derrubar outras atividades,
como o grupo que inclui informação, comunicação e atividades financeiras,
imobiliárias, profissionais e administrativas. É dentro desse grupo que estão os
serviços terceirizados, muito relacionados à indústria.
Com o aumento do desemprego, caiu o rendimento médio dos
trabalhadores, que ficou em R$ 1.985. Em relação ao mesmo trimestre do ano
passado, a renda caiu 3% e sobre o período de fevereiro a abril, registrou
estabilidade. A menor oferta de empregos e o aumento da população
desocupada leva a diminuição do número de pessoas que trabalham com carteira
assinada (emprego formal) e ao aumento de pessoas trabalhando sem carteira
assinada (emprego informal).
No ano passado, o salário médio de admissão ficou em R$ 1.270,74,
contra R$ 1.291,86 em 2014, o que representa uma queda real de 1,64%.
Para o ano de 2016, o salário mínimo é de R$ 880,00.
3. Indústria
A indústria brasileira atravessa um período de retração. Essa retração
generalizada resulta de diferentes fatores. A crise financeira internacional,
iniciada em 2008, desacelerou investimentos e o comércio mundial. As
exportações de nossos produtos industriais caíram.
A desindustrialização
Em 1980, o setor industrial correspondia a 40,9% do PIB. Desde então,
essa participação vem diminuindo, com acentuação maior no período mais
recente. Para termos uma ideia da retração recente, em 2010, a indústria
representava 27,2% do PIB, percentual que caiu para 22,7% do PIB, em 2015.
Diante desse cenário observado nas últimas décadas, alguns analistas
econômicos afirmam que o Brasil vive um processo de desindustrialização.
O termo é dado à situação de perda de relevância da indústria para o
conjunto da economia. Isso não quer dizer, entretanto, que seja algo
necessariamente ruim para as finanças de uma nação – os outros setores da
economia (serviços e agropecuária) poderiam compensar as perdas industriais
e reequilibrar a atividade econômica. No Brasil, porém, há sérios impactos
negativos por se tratar de uma desindustrialização precoce, aquela que ocorre
antes de o setor industrial alcançar o auge.
4. Agropecuária e Agronegócio
Pessoal, agropecuária e agronegócio não são a mesma coisa. Falamos de
conceitos diferentes.
5. Infraestrutura e Logística
Os problemas de infraestrutura do país refletem a falta de planejamento e
de investimentos. A partir de 2007, o governo federal começa a correr atrás do
tempo perdido e deflagra o primeiro Plano de Aceleração do Crescimento (PAC),
que prioriza obras em infraestrutura. Em execução, a segunda etapa do plano –
PAC 2 – tem como um dos focos prioritários a melhoria do sistema de
transportes.
O Brasil enfrenta o chamado “apagão logístico” para exportar seus
produtos, principalmente agrícolas e minérios. A matriz de transportes
alicerçada em rodovias e a concentração histórica nos portos do Sudeste e do
Sul apresentam, há anos, mostras de saturação. Formam-se filas de caminhões
aguardando para desembarcar sua carga, e de navios atracados ao largo do
Porto de Santos (SP) e de Paranaguá (PR) para recebê-las. As condições de
asfalto das estradas são ruins, o que provoca desperdício de grãos; há rodovias
com a construção iniciada, mas a finalização atrasada há décadas e, com a
carência do transporte por ferrovias e hidrovias, faltam inclusive caminhões e
motoristas.
A falta de silos e locais para armazenar grãos, seja nas áreas de produção
seja nas docas dos portos, também afeta a competitividade do país. O “Custo
Brasil”, que envolve gastos com estocagem, transporte e impostos, um dos
maiores do mundo, prejudica as exportações.
Com as contas públicas desequilibradas, o governo federal não tem
dinheiro em caixa para bancar as obras necessárias à ampliação da malha de
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transportes pelo Brasil. Uma das alternativas para desatar esse nó logístico tem
sido a adoção de um modelo conhecido como concessão.
Concessão é um sistema pelo qual o governo transfere à iniciativa privada
serviços de construção, reformas, infraestrutura e administração de rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Nessa transferência, as empresas
fazem um investimento que, naturalmente, terá algum retorno financeiro. Por
exemplo, uma empresa assume as obras de duplicação de uma rodovia. Em
troca, ela recolhe o pedágio cobrado dos motoristas.
Metas a longo prazo - No primeiro gráfico, à esquerda, vê-se como a matriz de transportes de
carga ainda é desequilibrada, com a predominância do modo rodoviário. Isso encarece o frete e
preço dos produtos no mercado interno e para exportar. Os dois gráficos a seguir mostram as
metas do governo para a mudança na matriz de transportes. Fonte: PNLT - 2011
A indústria é quem mais utiliza energia no Brasil, seguida pelo uso nos
transportes, setor energético, residências, serviços e agropecuária.
Energia eólica
Embora no gráfico, a energia eólica esteja incluída nas outras fontes, é o
segmento que mais cresce percentualmente na matriz energética e na matriz
elétrica brasileira. Em 2005, o país gerou 29 MW de energia com os ventos.
Atualmente a geração anual é de 8.400 MV (Aneel/março de 2016), um
crescimento de quase 3.000% em onze anos. Segundo previsão da ABEEólica,
até 2019 a geração eólica mais que duplicará, em relação a 2016, chegando a
18.793 MW.
O Brasil possui um ótimo potencial para geração de energia eólica. Alguns
especialistas afirmam que o país é detentor dos melhores ventos do mundo,
constantes, unidirecionais e sem grandes rajadas.
O potencial avaliado da energia eólica no Brasil é de 143 GW, concentrado
principalmente nas regiões Nordeste (interior da Bahia, litoral de Ceará e Rio
Grande do Norte) e Sul (Rio Grande do Sul) (Atlas Eólico Brasileiro, 2001).
Segundo especialistas do setor energético, com a utilização de tecnologias atuais
o potencial de geração de eletricidade por essa matriz pode chegar a 300 GW, o
triplo da capacidade instalada da matriz elétrica nacional.
Biomassa
A biomassa é a segunda fonte de energia que mais participa de nossa
matriz energética, e sua participação tem sido crescente ao longo dos anos. É
mais representativa na matriz energética devido ao setor de transportes e os
biocombustíveis.
O Brasil apresenta condições muito favoráveis para a produção de
biocombustíveis, pois tem grande extensão de áreas agricultáveis, com solo e
clima favoráveis ao cultivo de oleaginosas e cana.
Os combustíveis de biomassa mais utilizados são o etanol (álcool de cana,
no caso brasileiro) e o biodiesel (feito de oleaginosas), que podem ser usados
puros ou adicionados aos derivados de petróleo, como gasolina e óleo diesel.
Petróleo
O país alcançou a autossuficiência em petróleo em 2006. A descoberta das
gigantescas jazidas de petróleo na camada pré-sal do litoral, no ano seguinte,
acenava com uma autossuficiência duradoura. Mas durou pouco, em 2008 o
Brasil perdeu a autossuficiência. Nesse mesmo ano, a Petrobras iniciou a
extração de petróleo da camada pré-sal.
A discussão no Congresso da lei de redistribuição dos royalties de petróleo
entre os estados e a União, dentro da nova legislação criada para a riqueza do
pré-sal, estendeu-se durante cinco anos. Isso levou o governo a suspender os
leilões para licitar poços do pré-sal. Os leilões permitiriam acelerar a formação
de consórcios entre petroleiras estrangeiras e a Petrobrás, para investir em
plataformas, e na abertura de poços. Durante todos estes anos, a Petrobrás
investiu sozinha na exploração do pré-sal.
Ao mesmo tempo, cresceram as vendas de novos veículos e também o
consumo de gasolina nos postos, do querosene na aviação, da nafta e óleo
combustível na indústria e do gás doméstico. A produção total da empresa
diminuiu nos últimos três anos – 2011 a 2013, mas voltou a crescer em 2014.
A partir de 2011, o preço do barril de petróleo no mercado internacional
começou a subir e mais que duplicou: o preço aumentou 225% em relação a
2010, e manteve-se acima dos 100 dólares o barril até junho de 2014. Essa
elevação ocorreu antes que o Brasil conseguisse ampliar suficientemente a
extração e o refino de petróleo para acompanhar o crescimento da frota de
veículos e do consumo pela indústria em expansão. A Petrobras ampliou a
importação de combustíveis, principalmente de gasolina, pagando bem mais
caro. No mesmo período, por diferentes fatores, os preços do etanol tornaram-
se pouco competitivos frente aos da gasolina. O principal deles é que o governo
federal manteve uma política de controle dos preços da gasolina e do diesel (sem
repassar o aumento internacional integralmente aos preços internos, para conter
a inflação), mas não teve uma política correspondente para o etanol. Sua
produção, então, entrou em crise.
A partir de junho de 2014, o preço do barril começa a cair, estando
atualmente na faixa de 40 dólares. Como no período de alta, a Petrobrás vendeu
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Eletricidade
Nos últimos anos, houve blecautes de eletricidade no Brasil. Alguns
apagões afetaram vários estados simultaneamente. Segundo o Ministério das
Minas e Energia, foram provocados por eventos naturais, como vendavais, por
falhas técnicas e pelo envelhecimento da rede de distribuição.
Um dos pontos mais polêmicos da matriz brasileira, a construção de
represas hidrelétricas de grande porte na Amazônia continua em andamento,
1. A Corrupção
Preste atenção em cada nova fase da Operação Lava Jato, pois poderão
ser cobradas na prova.
Lula
O ex-presidente Lula tornou-se réu na Operação Lava Jato. O juiz Sérgio
Moro responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância,
aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras sete pessoas.
Ele acolheu na íntegra a denúncia do Ministério Público Federal (MPF),
segundo a qual o ex-presidente cometeu crimes de lavagem de dinheiro e
corrupção passiva.
Eduardo Cunha
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3. Operação Zelotes
No mar de corrupção que tem vindo à tona no Brasil, a Polícia Federal, o
Ministério Público Federal (Procuradoria Geral da República) e o Poder Judiciário
têm executado várias outras operações, entre elas, a Operação Zelotes e a
Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória.
A Operação Zelotes investiga um dos maiores esquemas de
sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam
junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao
Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas. A operação também foca
lobbies envolvendo grandes empresas do país.
O CARF é um tribunal administrativo formado por representantes da
Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que
correspondem a R$ 580 bilhões. Em geral, é julgada pelo órgão (Carf) uma
empresa autuada por escolher determinada estratégia tributária que, segundo a
fiscalização, estava em desacordo com a lei. A Polícia já confirmou prejuízo de
R$ 6 bilhões aos cofres públicos.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge ter
zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função dos conselheiros do Carf de
resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.
A Operação Zelotes aponta que as quadrilhas, formadas por conselheiros,
ex-conselheiros e servidores públicos, usavam o acesso privilegiado a
informações para identificar "clientes", contatados por meio de "captadores" que
poderiam ser empresas de lobby, consultorias ou escritórios de advocacia.
Segundo a Polícia Federal, as empresas pagavam propina de até 10% para
que os grupos "manipulassem" vereditos do Carf em processos de casos que
envolvem dívidas tributárias de R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões, anulando ou
atenuando cobranças da Receita.
5. Operação Greenfield
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) deflagraram Operação Greenfield, que investiga fraudes bilionárias contra
quatro dos maiores fundos de pensão de funcionários de empresas estatais:
Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correio).
A força-tarefa da operação analisou dez casos e verificou irregularidades
e ou ilegalidades em pelo menos oito deles, envolvendo Fundos de
Investimentos em Participações (FIPs), os instrumentos usados pelos fundos de
pensão para adquirir participação acionária em empresas.
De acordo com os investigadores, as aquisições de cotas do FIP eram
precedidas de avaliações econômico-financeiras irreais e tecnicamente
irregulares, com o objetivo de superestimar o valor dos ativos da empresa,
aumentando, de forma artificial, a quantia total que o fundo de pensão deveria
pagar para adquirir a participação acionária indireta na empresa.
O resultado é que os fundos pagavam pelas cotas mais do que elas de fato
valiam, sofrendo um prejuízo "de partida", independente do sucesso que a
empresa viesse a ter no futuro.
O possível prejuízo causado pelo esquema é de R$ 8 bilhões. Como
tentativa de reaver esse valor, a justiça determinou o bloqueio de bens e ativos
de 103 pessoas físicas e jurídicas. Também foram apreendidos dinheiro em
espécie, obras de arte, joias e veículos de luxo.
6. Operação Acrônimo
A Operação Acrônimo investiga um suposto esquema de financiamento
ilegal de campanhas eleitorais, por meio da lavagem de dinheiro.
A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em
campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O
Fonte: IBGE
Base menor – Note como a base da pirâmide, na qual se mostram as porcentagens de jovens,
está se estreitando, enquanto a metade superior da figura se alarga aos poucos: há mais idosos
entre os brasileiros.
2. Migrações
3. IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) surgiu em 1990, no
Primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD/ONU. O IDH reúne três
dos requisitos mais importantes para a expansão das liberdades das pessoas: a
oportunidade de se levar uma vida longa e saudável – saúde –, ter acesso ao
conhecimento – educação – e poder desfrutar de um padrão de vida digno –
renda. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais
4. Saúde
são as responsáveis pela transmissão de doenças por meio das picadas em seres
humanos.
O Aedes aegypti tem sido pródigo em trazer infecções para o
brasileiro. Em 2014, o mosquito começou a espalhar outra doença, já em ritmo
de epidemia – a febre chikungunya. Essa febre é também uma doença
infecciosa, com sintomas semelhantes aos da dengue, associados a fortes dores
nas articulações. Daí vem o nome: a palavra chikungunya tem origem numa
língua falada no sudeste da Tanzânia e norte de Moçambique, na África, e
significa “aquele que se dobra” de dor. O vírus do chikungunya (CHIKV) foi
isolado pela primeira vez nos anos 1950, na Tanzânia. A doença também é
transmitida pelo Aedes albopictus.
Hoje se conhecem quatro cepas, cada uma delas batizada conforme sua
região de origem ou maior ocorrência: Sudeste Africano, Oeste Africano, Centro-
Africano e Asiática, essa última é a que circula pelo Brasil.
O Nordeste é a região do Brasil que mais sofre com o vírus, segundo o
Ministério da Saúde. O Rio Grande do Norte é o Estado que tem maior incidência
de chikungunya do país. Pernambuco é o Estado líder em mortes pela doença
no Nordeste.
Não há vacina para a chikungunya.
O mosquito Aedes é também responsável pela febre do Zika vírus.
A febre do Zika ainda é pouco conhecida e seus sintomas também lembram os
da dengue. O vírus foi detectado pela primeira vez em 1947, em macacos na
Floresta Zika, em Uganda, África.
Atualmente não há vacina ou medicamento para o zika.
Por fim, o zika vírus está ligado à microcefalia, uma condição rara em
que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Na maior
parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções adquiridas pela mãe,
especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do
bebê está sendo formado.
Em 90% dos casos a microcefalia vem associada a um atraso no
desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. O tipo e o nível de gravidade
da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não
é afetada. Déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia são alguns problemas
que podem aparecer nas crianças com microcefalia.
Cientistas e organismos de saúde têm afirmado que já é possível
comprovar a relação da microcefalia com o zika vírus. Ou seja, mulheres que
foram picadas pelo mosquito, contraíram o zika vírus e pouco tempo depois
engravidaram, deram à luz a bebês que nasceram com microcefalia.
Por fim, cientistas e organismos de saúde tem afirmado que o zika vírus
pode ser transmitido por relações sexuais. Para alguns já há comprovação
científica; várias pesquisas estão em andamento neste sentido.
Pílula do câncer
Desde o final da década de 1980, Gilberto Orivaldo Chierice, pesquisador
do Instituto de Química da USP São Carlos, pesquisa e desenvolve uma pílula,
que teria uma ação anticancerígena, denominada de fosfoetanolamina
sintética.
Para verificar a sua eficácia e segurança, a pílula deveria ter passado por
vários testes legalmente exigidos. Após os testes, seria necessário obter o
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir daí,
poderia ser utilizada como medicamento no combate ao câncer.
Segundo o pesquisador, a pílula só passou por um dos testes, o da dose
letal, que verifica a quantidade da substância capaz de matar metade de uma
população de animais de teste. Chierice diz que a substância não provocou a
morte de nenhuma cobaia e ele concluiu que seria seguro testá-la em humanos.
Depois disso, ainda segundo o pesquisador, as cápsulas começaram a ser
administradas a pacientes com câncer do Hospital Amaral Carvalho, de Jaú. O
hospital especializado em câncer, porém, afirma que não há nenhum registro
sobre a utilização da cápsula por pacientes da instituição.
Após a polêmica, a “pílula do câncer” entrou em fase de testes clínicos,
conduzidos pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Chierice diz que, apesar da falta de documentação sobre o efeito da
fosfoetanolamina nesses pacientes, “algumas pessoas tiveram melhora” e a
existência de uma “cápsula da USP” para tratar câncer começou a ser divulgada.
Mesmo depois de o hospital deixar de administrar o produto aos pacientes,
alguns familiares continuaram indo até o Instituto de Química da USP São Carlos
para pedir novas doses e o instituto se manteve produzindo para atender a essa
demanda e a de novos pacientes.
O Instituto estava produzindo 50 mil cápsulas por mês, mas interrompeu
a produção em 2013. Vários pacientes, porém, estão conseguindo na Justiça o
direito de receberem a substância, por isso o Instituto continua produzindo e
fornecendo o produto para atender às demandas judiciais.
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dentro da boca. Pintas vermelhas aparecem alguns dias depois na pele, iniciando
na face e no pescoço, espalhando-se para o corpo.
Não há tratamento específico para o sarampo e a maior parte dos
pacientes se recupera em até três semanas. Em crianças desnutridas e pessoas
com imunidade deficiente, a doença pode matar ou causar pneumonia,
encefalite, cegueira e morte.
Em 2015, a OMS anunciou que a cobertura mundial de vacinação de
crianças contra sarampo avançou nos últimos 15 anos, mas está aquém da meta
de chegar aos 90% de cobertura. Entre as áreas onde a cobertura de vacinação
é mais deficiente estão a África subsaariana, o Sudeste asiático e Ásia Central.
O Brasil tinha tido uma redução drástica na incidência de sarampo entre
1985 até 2000 e ficou sem registrar casos autóctones até março de 2013,
quando um novo surto eclodiu em Pernambuco e no Ceará. Houve surtos
também em 2014 e 2015, principalmente nesses dois estados.
No entanto, desde julho de 2015, o Brasil não registra nenhum caso de
sarampo. Após um ano sem a doença, a circulação endêmica do vírus do
sarampo foi considerada interrompida no país, segundo a presidente do Comitê
Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo,
Merceline Dalh-Regis. Para o médico Renato Kfouri, vice-presidente da
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a erradicação do sarampo “é um
avanço e uma prova inequívoca daquilo que as imunizações são capazes de
fazer.”
O gráfico abaixo mostra que, em pouco mais três décadas que o número
total de homicídios e a taxa de homicídios mais que triplicaram no Brasil. Como
dissemos, em 2014 foram de 59.627 assassinatos e 29,1 mortes por 100 mil
habitantes.
Perfil da Criminalidade:
Faixa etária: jovem (15 a 29 anos)
Gênero: masculino
Classe social: pobre
Meio social: periferia das cidades
Cor da pele: preta/parda
Escolaridade: ensino fundamental incompleto
Pessoal, sem separar das causas acima, considero importante citar dois
fatores:
- Juventude em risco social: Situações como deixar a casa antes dos 15
anos de idade, não ir à escola, ou ter um lar desestruturado sem pai ou mãe
afeta diretamente na iniciação do jovem no crime. Segundo o Ministério Público
de São Paulo, dois em cada três jovens da Fundação Casa vieram de lares sem
o pai, e grande parcela deles não têm qualquer contato com o pai.
Apesar da taxa média de superlotação no país ser de 1,6 presos por vaga,
ela é maior que isso em 15 estados. A defasagem de vagas é mais grave nas
regiões mais pobres: Nordeste e Norte, nos Estados de Alagoas, Amazonas,
Pernambuco, Amapá, Rio Grande do Norte e Bahia. O Tocantins, Espírito Santo
e Paraná têm o menor déficit do Brasil.
A superlotação agrava a precariedade das penitenciárias. Celas lotadas,
em que os presos têm de se revezar para dormir, com falta de condições
sanitárias, contribuem para a disseminação de doenças, a violência interna e o
crescimento das facções criminosas, ao facilitar o contato entre presos perigosos
e os detidos por delitos leves. O excedente de detentos cresce também devido
a outros fatores, como a lentidão da Justiça e, consequentemente, o aumento
das prisões provisórias, realizadas antes do julgamento e condenação.
Diante deste contexto, o Ministério da Justiça lançou a Política Nacional
de Alternativas Penais com o objetivo de reduzir o número de presos no país
por meio da aplicação de punições que substituam a privação da liberdade. Pelo
plano, será criado um grupo de trabalho com integrantes do Judiciário, do Poder
Executivo e da sociedade civil para elaborar um modelo de gestão de alternativas
penais a serem aplicadas pelas autoridades estaduais. Serão cinco eixos
principais de trabalho: promoção de desencarceramento e da intervenção
policial mínima; enfrentamento à cultura de encarceramento; ampliação e
qualificação da rede de serviços de acompanhamento das alternativas penais,
fomento ao controle e à participação social nos processos de formulação,
implementação, monitoramento e avaliação da política de alternativas penais, e
qualificação da gestão da informação.
Outra lei protetiva das mulheres, que entrou em vigor, em 2015, é a Lei
do Feminicídio, que classifica o feminicídio como um crime hediondo.
Feminicídio é o assassinato de mulheres motivado apenas pelo fato de a vítima
ser mulher. Um feminicida mata a mulher por ódio e pelo sentimento de posse
sobre ela.
Conforme a lei, condenados por esse tipo de crime merecem a pena
máxima de reclusão (30 anos), não têm direito a indulto (perdão) ou anistia, e
nem a responder a processo em liberdade mediante o pagamento de fiança.
O Mapa da Violência 2015 – Homicídios de Mulheres no Brasil aponta a
impunidade como um dos fatores que explicam a violência de gênero – o
índice de elucidação dos crimes de homicídio seria apenas de 5% a 8%.
Analisando a violência contra as mulheres, o estudo Tolerância Social à
Violência contra as Mulheres (IPEA, 2014), conclui, entre outros fatores, que o
ordenamento patriarcal da sociedade permanece enraizado em nossa
cultura, é reforçado na violência doméstica e leva a sociedade a aceitar
a violência sexual.
O Mapa da Violência vai no mesmo sentido. Segundo Waiselfisz, autor do
estudo, a “normalidade” da violência contra a mulher na lógica patriarcal justifica
e mesmo autoriza que o homem a pratique com a finalidade de punir e corrigir
comportamentos femininos que transgridam o papel esperado de mãe, esposa
e dona de casa. Lógica justificadora que também aparece, conforme Waiselfisz,
nas agressões de desconhecidos contra mulheres que eles consideram
transgressoras do comportamento culturalmente esperado delas. Em ambos os
casos, culpa-se a vítima pela agressão sofrida.
5.6 Drogas
Legal ou ilegal
A ampliação do tráfico e do uso de drogas coloca em discussão a forma de
tratar o assunto. A Lei nº 11.343/2006 isentou os usuários da pena de prisão,
ainda que o porte de drogas seja crime. Ao mesmo tempo, endureceu as
condenações por tráfico. Ao usuário, a lei prevê três tipos de pena: advertência
sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade (de cinco a dez
meses) e medida educativa de comparecimento à programa ou curso. A quem
produz ou trafica entorpecentes, a lei prevê de cinco a 15 anos de prisão e multa
de 500 a 1.500 reais. Cabe ao juiz determinar qual a finalidade da droga
Contra A Favor
6. Olímpiadas de 2016
Olimpíada é o nome dado ao período de quatro anos entre duas edições
dos Jogos Olímpicos. O termo "Olimpíada", também costuma ser utilizado para
designar uma edição dos Jogos Olímpicos, conhecidos coletivamente como
"Olimpíadas".
As Olimpíadas acontecem de 4 em 4 anos, onde atletas de centenas de
países, se reúnem num país para disputarem um conjunto de modalidades
esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças,
pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes
e suas cores (o anel azul corresponde à Europa, o anel amarelo à Ásia, o preto
à África, o verde à Oceania e o vermelho às Américas).
Legado olímpico
Para justificar os investimentos bilionários, que um megaevento como a
Olimpíada exige, os responsáveis costumam citar os benefícios que ficarão por
meio do “legado olímpico”. De acordo com esse raciocínio, as obras para
promover uma Olimpíada podem custar caro, mas deixam para a cidade-sede
uma série de benesses em termos de infraestrutura que compensam qualquer
impacto econômico, social e ambiental.
No projeto olímpico do Rio de Janeiro, estão sendo investidos R$ 39
bilhões, sendo R$ 7,07 bilhões em instalações esportivas e 24,6 bilhões em
obras de infraestrutura, sociais e de melhorias urbanas. Os outros R$ 7,4 bilhões
são para despesas relacionadas à realização do evento.
O setor de infraestrutura que mais recebeu investimentos foi a mobilidade
urbana com as obras da Linha 4 do Metrô, reformas de estações de trem,
corredores exclusivos de ônibus, VLT do Centro (Veículo Leve sobre Trilhos) e
outras obras viárias. O centro histórico da cidade está sendo alvo de uma
revitalização urbana beira-mar em grande escala, por meio do projeto "Porto
Maravilha".
Repare que:
– Os círculos azuis concentram os principais locais de competição dos
Jogos.
– Os pontos laranja representam as comunidades onde houve remoções.
– Os ícones de edifícios representam os conjuntos habitacionais do
programa Minha Casa Minha Vida.
Pelo movimento das linhas brancas no mapa, veja onde os moradores
viviam e para onde eles foram removidos. Observe como eles foram transferidos
para locais mais afastados da região mais central do Rio, onde se concentram a
maioria dos empregos.
Zika virus
O Brasil vive um surto de Zika vírus que atinge o Rio de Janeiro. O surto
levantou temores de países e instituições sobre seu potencial impacto nos atletas
e turistas. Em maio de 2016, um grupo de 150 médicos e cientistas enviou uma
carta aberta à Organização Mundial de Saúde (OMS) convidando-a a ter "uma
discussão aberta e transparente sobre os riscos da realização do Jogos Olímpicos
no Brasil". A OMS, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que "cancelar ou
alterar o local dos Jogos Olímpicos de 2016 não vai alterar significativamente a
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O doping da Rússia
A equipe de atletismo da Rússia foi banida dos Jogos do Rio devido à
participação de seus atletas em um escândalo de doping. De acordo com a
Agência Internacional Antidoping, o Ministério do Esporte da Rússia coordenava
um amplo esquema para evitar que seus atletas fossem pegos nos exames
antidoping. Atletas russos de outras modalidades, também foram banidos dos
Jogos do Rio. O escândalo levou a Agência Antidoping dos Estados Unidos (EUA)
a pedir a exclusão de todos os atletas da Rússia das Olimpíadas no Brasil.
O episódio abriu mais uma crise diplomática entre Estados Unidos e Rússia.
Durante a Guerra Fria (1947-1991), EUA e a então União Soviética travaram
uma acirrada disputa esportiva nos palcos olímpicos, refletindo o antagonismo
ideológico e político do período. Agora, com este escândalo de doping, o governo
russo alega ser vítimas de um complô. O ministro das Relações Exteriores da
Rússia, Serguei Lavrov, chegou a ligar para o Secretário de Estado norte-
americano, John Kerry, queixando-se da postura dos EUA, acirrando ainda mais
as divergências entre os dois países.
Participantes
Competiram nos Jogos mais de 10 mil atletas de 205 nacionalidades. Dois
países fizeram a estreia olímpica no Rio de Janeiro: o Sudão do Sul, que
emancipou-se do Sudão em 2011; e o Kosovo, que declarou a independência
da Sérvia em 2008, mas ainda não obteve ainda reconhecimento da ONU. Além
dos kosovares, outras 13 nações que a ONU não reconhece como países,
participaram dos jogos, como a Palestina e Taiwan.
Pela primeira vez um time de refugiados competiu nas Olimpíadas. O Time
Olímpico de Refugiados (TOR) competiu sob a bandeira do Comitê Olímpico
Internacional (COI). Foram dez atletas nascidos na Síria, Sudão do Sul, Etiópia
e Congo.
Abertura e encerramento
Atletas militares
Chamou a atenção do público a continência de alguns atletas brasileiros
no pódio durante o hasteamento da bandeira. Eles fazem parte do Programa
Atletas de Alto Rendimento do Ministério da Defesa. Cerca de um terço dos
atletas da delegação brasileira eram as Forças Armadas - Exército, Marinha ou
Aeronáutica. Com raras exceções, eles viraram militares depois de já serem
atletas. Das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, 13 foram de atletas militares.
O programa, atualmente, é voltado para atletas de alto nível. Todos são
contratados como 3º sargento, cargo que lhes garante uma renda em torno de
R$ 3 mil. Essa patente foi escolhida porque exige Ensino Médio.
Os atletas-militares não têm que treinar nos quartéis ou mesmo passar
tempo prestando serviços como os de carreira. Suas obrigações são fazer um
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Superatletas
O nadador norte-americano Michael Phelps fechou com chave de ouro a
participação na sua última Olimpíada. Foram cinco ouros e uma prata nesta
edição, totalizando 28 medalhas na carreira: 23 ouros, três pratas e dois
bronzes, além de 37 recordes mundiais.
Entre as nadadoras, Katie Ledecky deu aos EUA na natação feminina
quatro ouros e uma prata – melhor desempenho entre as mulheres que
disputaram os Jogos. Logo depois dela está a ginasta norte-americana Simone
Biles, que leva para casa quatro ouros e um bronze.
O jamaicano Usain Bolt conquistou três ouros, nos 200, 100 metros e no
revezamento 4x100.
Nadadores norte-americanos
Um dos casos mais polêmicos da Olimpíada envolveu os nadadores norte-
americanos Ryan Lochte, Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen. Eles
mentiram que foram roubados na madrugada do dia 14 de julho, no trajeto
entre uma festa na Lagoa, Zona Sul do Rio, e a Vila Olímpica. Na versão de
Lochte e Feigen, os criminosos eram homens armados que apresentaram
distintivos policiais. Depois, descobriu-se que, na verdade, eles se envolveram
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7. Trabalho escravo
No Brasil contemporâneo, trabalho escravo é quando o trabalhador não
consegue se desligar do patrão por fraude ou violência, quando é forçado a
trabalhar contra sua vontade, quando é sujeito a condições desumanas de
trabalho ou é obrigado a trabalhar tão intensamente que seu corpo não aguenta
e sua vida pode ser colocada em risco.
Dispõe o artigo 243 da Constituição Federal que: As propriedades rurais e
urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei
serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. A
matéria precisará ser regulamentada por lei.
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que
caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de
trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação
de direitos fundamentais que coloquem em risco a saúde e a vida do
trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço
excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta danos à sua saúde ou risco de
vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes,
isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão
por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele).
Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
Utiliza-se a expressão "trabalho análogo ao de escravo", porque o
trabalho escravo foi formalmente abolido em 13 de maio de 1888 e o Estado
anual saltou de 25.690 para 55.369, mais do que o dobro na taxa de aumento
(115%).
Se o anonimato da internet cria um terreno fértil para a proliferação de
crimes de incitação ao ódio, a impunidade pavimenta o caminho para que os
agressores saiam ilesos”. No caso de Maju e das atrizes Taís Araújo, Cris Vianna
e Sheron Menezzes houve uma resposta rápida com a identificação e
responsabilização dos acusados. Mas, a despeito das mobilizações recentes do
Ministério Público e da Polícia Civil para não deixar esses casos impunes, o
sistema não tem respondido com a mesma agilidade para todo o conjunto da
sociedade. Muitas vítimas, descrentes na eficácia da Justiça para esse tipo de
crime ou mesmo por desconhecer as vias judiciárias, não se dão ao trabalho de
prestar queixa na delegacia – o que só agrava o problema.
Pela legislação brasileira, o racismo é crime desde 1989, quando entrou
em vigor a chamada Lei Caó – em referência ao deputado e ativista do
movimento negro Carlos Alberto Oliveira.
É inegável que os ataques rascistas contra personalidades midiáticas
deram maior visibilidade para o problema. Mas a questão de forma alguma está
restrita ao campo das celebridades ou mesmo às redes sociais. O racismo,
observado diariamente em situações cotidianas, é parte de um problema muito
mais abrangente: a desigualdade racial.
Os negros (pretos e pardos) são 53,6% da população brasileira (IBGE,
2014). No entanto, a diferença é marcante na desvantagem da população negra
em sua participação na educação, pobreza, salários e nos números da violência.
A representatividade dos negros na Câmara dos Deputados, no Senado Federal
e no Judiciário é bem inferior à dos brancos.
9. Bloqueio do WhatsApp
Em julho de 2016, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio do
WhatsApp em todo o Brasil. Segundo a Justiça, o bloqueio deveu-se ao fato do
Facebook, proprietário do aplicativo, não ter atendido a determinação judicial
para interceptar mensagens que seriam usadas em uma investigação policial em
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ). O bloqueio foi revogado por
decisão do presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
Para o presidente do Supremo, o bloqueio foi uma medida desproporcional
porque o WhatsApp é usado de forma abrangente, inclusive para intimações
judiciais, e fere a segurança jurídica. O ministro destacou que o Marco Civil da
Internet tem como princípio a garantia da liberdade de expressão e
comunicação. E afirmou que a lei tem preocupação com a segurança e com a
funcionalidade da rede. Por fim, destacou que as mensagens instantâneas têm
10. Cultura
Hector Babenco
Guilherme Karan
O ator e comediante Guilherme Karan também faleceu em julho de 2016.
Um dos seus trabalhos de maior sucesso na TV foi no humorístico TV Pirata,
onde ele interpretou dezenas de personagens, como o Zeca Bordoada. Outro
papel de destaque foi como Porfírio, em "Meu bem, meu mal", quando ele criou
o bordão "Divina, Magda", em referência à personagem de Vera Zimmermann.
Karan também participou de várias peças de teatro e filmes. Em "Super
Xuxa contra o baixo astral", Karan interpretou Baixo Astral, um dos seus maiores
sucessos no cinema. Em "O clone" (2001), ele interpretou outro grande sucesso,
como Raposão.
Sumário Página
2. A sociedade de consumo 2
3. O desenvolvimento sustentável 5
5. Questões Comentadas 14
6. Lista de Questões 31
7. Gabarito 40
2. A sociedade de consumo
Vivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do consumo.
Todas as pessoas - jovens, adultos, idosos – sejam elas ricas ou pobres - estão
inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtos apresentados
como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar a felicidade. O ato
de consumir é colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao
indivíduo sentir-se inserido na sociedade.
A economia mundial vive um momento em que um dos seus sustentáculos
é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se um tempo em que
existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado no consumo. A casa,
o carro, as viagens fazem parte desse estilo.
A expansão do consumismo acelerado acarreta alta demanda/necessidade
de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à produção e ao
funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado, não sustentável,
globalizou-se. A expansão desenfreada do consumo trouxe consigo problemas
que antes eram vistos como indiretos, mas que hoje estão cada vez mais ligados
de forma direta aos problemas ambientais.
A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais,
que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Para alguns
cerca de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior –
o índice dos Estados Unidos, por exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa.
Gabarito: A
3. O desenvolvimento sustentável
Apesar de relativamente recente, a ideia de “desenvolvimento
sustentável” era percebida há muitas décadas. A deterioração do ar, da água e
dos solos já preocupava muitos governos europeus, que vivenciavam a
destruição das florestas e dos rios, bem como a péssima qualidade de vida dos
seus habitantes.
No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemas
somente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foi
somente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que os esforços
internacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado.
Gradativamente, a comunidade internacional despertava para a
problemática atual, até que em 1972, o Clube de Roma, uma organização
voltada ao debate do futuro da humanidade, publicou com apoio de especialistas
do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o relatório Limites do
Crescimento. Alvo de muita polêmica, o relatório afirmava que se
continuassem os ritmos de crescimento da população, da utilização de recursos
naturais e da poluição, a humanidade correria sérios riscos de sobrevivência no
final do século XXI.
O relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a
ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª Conferência
Internacional para o Meio Ambiente Humano.
Considerada um marco do movimento ambiental, foi a primeira
conferência organizada pela ONU que debateu os problemas ambientais do
planeta. Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém, a
sensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando a
ONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Após a Conferência de Estocolmo, a comunidade internacional continuou
debatendo e se mobilizando sobre o tema. Mas o conceito de desenvolvimento
sustentável só iria surgir quinze anos depois, em 1987, em um contundente
documento divulgado pelo Pnuma – o Relatório Nosso Futuro Comum
(também chamado de Relatório Brundtland). A coordenação da elaboração
do documento coube a então primeira-ministra da Noruega – Gro Harlem
Brundtland.
O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documento científico
que apresenta com detalhes as causas dos principais problemas ambientais e
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