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terça-feira, 06/02/2018

Processo Civil – Procedimentos especiais

- petição inicial – citação : I – revelia (presunção de veracidade – regra, incapaz


não corre revelia); II – contestação (defesa réu); III – reconvenção (contra-ataque) –
prova documental, oral, pericial

1 - Documental – autor na petição inicial, documentos novos ou justificados


pode juntar depois

Réu – contestação, aplica a mesma coisa dita acima.

2 - Pericial -

3 – audiência e provas orais, pois lembre pode querer ouvir o perito.

Só há audiência se for produzir prova oral, depoimento das partes, oitiva


testemunhas ou ouvir o perito, ou se o juiz entender que quer ouvir alguém. Ou seja,
não é obrigatória a audiência.

 saneamento do processo: juiz entender que não precisa mais nada, ele diz
que está ok, saneia o processo para ele julgar, se ele entender que precisa ouvir
alguém diligência, etc, ele manda fazer aqui.

 Sentença. 1ª instância

Recursos

Solicito algo ao juiz e ele tem que tomar uma decisão é decisão interlocutória,
ex. liminar, aumente o prazo, desentranhar (tirar) um documento, o juiz tem que
pensar e decidir e ela não encerra o processo é dec. Interlocutória – AGRAVO
INSTRUMENTO

Sentença - APELAÇÃO

Tribunal: acórdão 1 – 2 – 3

Decisão unânime – Recurso especial (lei federal) e extraordinário (fere a CF)

Decisão parcial - – EMBARGOS INFRINGENTES

Decisão final: trânsito em julgado

Cumprimento de sentença:

Execução é para título extrajudicial, em regra.

Procedimentos especiais

1 – Consignação em pagamento. 539 a 549/CPC.

Depósito judicial, pagamento em juízo ou depósito em juízo.

1
Quando o credor não quer receber, não pode, ou não sei quem é o credor, ou
tem um litígio.

Casos que cabem estão no art. 335/CC.

2 – ação de exigir contas. 550-553

Ex. Pensão, entra com a ação para que a pessoa preste contas do que fez com
o dinheiro. Ou em condomínio, entro com essa ação contra o síndico.

3 – ações possessórias. Há 3 tipos de ação

Interdito proibitório: suspeita que vão invadir, para o juiz previamente impeça a
invasão

- manutenção de posse: começaram a invadir, mas não tomaram posse, entro


para cessar a invasão

- reintegração de posse: foi invadida, perdi a posse e busco ela novamente.

Prazo de 1 ano e 1 dia. Posse pacífica.

Se foi 1 ano e 2 dias, passando um dia perde o prazo para liminar.

4 – ação de divisão e demarcação de terras particulares.

Para quem quer ganhar dinheiro, as propriedades rurais não tem a delimitação
feita corretamente. Essa ação visa delimitar corretamente.

Divisão de terras particulares: deixou o imóvel para 3 filhos, eles precisam


dividir para saber a porção de cada um, como não se acertam entra com a ação e o
juiz faz a divisão.

5 – ação de dissolução parcial de sociedade.

Quando um sócio está prejudicando a sociedade e a sociedade de comum


acordo não conseguem se acertar, entra com a ação e o juiz determina.

6 – inventário e partilha

E também a extrajudicial feita no cartório.

7 - Embargos de terceiro

Ex. comprou um carro e o oficial de justiça penhora o carro, por uma dívida da
pessoa que te vendeu o carro. Entra com essa ação para liberar o bem que foi
penhorado.

8 – oposição, habilitação

9 – ação monitória 700 -702

Ex. honorário R$ 17500,00 em cheque, dia 02/01/2016, achei o cheque um ano


depois, o prazo para executar é 6 meses.

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Pega o título executivo que perdeu a executividade e consigo executar ele
novamente de forma mais rápida.

10 – (ações que não tem contencioso, discussão) – notificação judicial ou


interpelá-lo para ele me dar uma resposta.

11 – alienação judicial art. 730

Só tinha um carro e deixou para 10 filhos, 5 querem vender, entra com essa
ação para que o juiz determine a venda forçada do bem.

12 – procedimento divórcio consensual etc.

13 – testamento codicilo

14 – pedido interdição

15 – tutela e curatela

Quarta-feira, 21/02/2018

Ação de consignação em pagamento

1 – objetivo:

Exercício de direito de pagar buscando a exoneração da obrigação de


pagamento.

Pagar é obrigação e um direito do devedor

Consignar é uma faculdade não obrigação

2 – ação de consignação é uma modalidade de extinção da obrigação (indireta)

3 – natureza processual da ação de consignação:

a) Regra geral – declaratória: a sentença reconhece que o depósito foi válido.


b) Exceção: executiva – depósito feito não é integral, tem uma dívida e quer
pagar, precisa consignar, no seu entendimento a dívida é de mil reais, o
credor, diz que o valor correto é 1350, nesse caso, faço o depósito, cito o
credor e ele diz que não aceita, corre a ação e se o juiz entender que é
inferior a diferença vira um título executivo (a sentença), na própria ação
executa o cara que entrou com a ação.

Só nesse caso a ação tem também um cunho executório. Em regra, a natureza


jurídica é declaratória.

4 – prestações possíveis de consignação:

- bem móvel ou imóvel (coisa deve ser certa e determinada), para depositar
tem que saber bem o que é. Bem indeterminado não dá pra apurar e depositar.

5 – Cabimento da ação de consignação:

CC/02 – art. 335. A consignação tem lugar:

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I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento,
ou dar quitação na devida forma;

- Ele tem motivação, ou a motivação não é justa, ele não pode por um motivo
passageiro, ex. está em coma no hospital.

CC – pagamento: lugar, data, forma. Chegou na data e ele sofreu acidente, ele
não pode receber.

- recusa a receber, sem causa justa, fui no lugar, na data e na forma combinada
e ele diz que não vai receber. A recusa não pode ser justa, ex. pode ser pagamento
em objeto, contratou par ao aniversário e ele veio entregar em data após o aniversário,
pois ele não cumpriu a data, o não recebimento tem motivo.

- recusa a dar quitação, a dar um comprovante de pagamento.

No item I são todas quesíveis.

II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e


condição devidos;

Só se aplica para obrigações portáveis.

Obrigações quesíveis ou portáveis – a quesível é o devedor vai até o credor; -


portável – o credor vem receber do devedor. A regra geral são as quesíveis.

O credor vai atrás do devedor.

III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente,


ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;

Quesível: se o credor for incapaz, o credor morrer e o único sucessor é filho de


14 anos, ou o credor pirou, ficou louco. Se o incapaz já tiver um representante legal
não cabe consignação.

- Credor for desconhecido: inventário, ele morre e não tem herdeiros


conhecidos, pode ter um herdeiro, mas não sei. Credor declarado ausente. Recide em
Lins. Reside em lugar perigoso ou difícil.

IV e V e outra opção:

IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimadamente receber o objeto do


pagamento;

Tenho dúvida de quem é o credor correto, surgiu 3 ou 4 possíveis credores,


morre o trabalhador que entrou com a ação, aparece 3 mulheres para receber, todas
alegando que tem direito, a empresa precisa pagar, como tem dúvida faz a
consignação.

V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Algum credor, ou vários credores entraram com ação pedindo aquilo que vou
entregar, já tem briga judicial entre eles. Ex. comprou o carro de “A”, recebo o oficial

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de justiça dizendo eu “A” está sendo executado por “C”, estou sendo notificado para
não pagar ao “A”, mas para o “C”, pende litigio faço a consignação.

CTN – Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada


judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I – de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro


tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

Não é bem a recusa, é mais a impossibilidade, por algum motivo não consegue
entrar no site, há um problema no sistema e não consigo efetuar o pagamento, justifico
que o fato se encaixa aqui no não recebimento.

Outra é o ente público exigir o pagamento de outro tributo ou uma penalidade.


ISSQN (imposto municipal), vou pagar e o sistema diz que tem uma pendência e que
para pagar o atual tenho que pagar os anteriores mais a multa, se essa situação
acontecer cabe a consignação.

Outra quando o ente exige o cumprimento de uma obrigação acessória que


você acha que não é devido, a principal é o pagamento em dinheiro, acessório emitir a
guia, tudo que for diferente de pagamento é considera acessório. Se não tiver lógica
posso consignar.

6 – consignação principal e incidental – aplicação art. 327/CPC

Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de


vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

§1º são requisitos de admissibilidade da cumulação que:

I – os pedidos sejam compatíveis entre si;

II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

§2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,


será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo
do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos
especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem
incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.

Quando é ação principal já entro com a consignação. Segue o procedimento


especial.

Na incidental tenho outro processo e preciso fazer o consignado dentro deste


processo. Segue o rito comum.

7 – legitimação:

Ativa:

1) Devedor

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2) Terceiro interessado (sub-rogação) – ex. fiador, faço a consignação em
nome do devedor real. O terceiro aqui se subrroga, assume os direitos para
ele.
3) Terceiro não interessado (não sub-rogação, só reembolso) – não tem uma
relação jurídica. Não há a subrrogação, ele tem só o direito de buscar o
reembolso se ele quiser.

CC/02 – art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la,


usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.

§ único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à


conta do devedor, salvo oposição deste.

CC/02 – Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, mas não se sub-roga nos direitos do
credor.

Passiva:

Credor e seus sucessores

Casos excepcionais (servem para legitimação ativa e passiva)

CPC/15 – art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente.

...

V – a massa falida, pelo administrador judicial;

VI – herança jacente ou vacante, por seu curador;

Inventário em aberto vai pro espólio, se já fechou paga a todos os herdeiros.

VII – o espólio, pelo inventariante;

VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem


ou, não havendo essa designação, por seus diretores;

IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entres organizados sem


personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens.

X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador


de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instala no Brasil.

XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico.

8 – competência para ação de consignação:

- lugar do pagamento (estipulado na obrigação)

CPC/15 – art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento,


cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda
for julgada improcedente.

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Continua aqui no item 9

terça-feira, 27/02/2018

9 – momento da consignação:

- a partir do momento da configuração da MORA DO CREDOR (mora


accipiendi)

- possibilidade enquanto perdurar a mora do credor e enquanto a obrigação for


útil ao Credor.

Teoria antiga dizia que era de 24 horas após a recusa ou tentativa de pagar,
isso não se aplica mais.

O prazo é enquanto o credor ainda estiver em mora , desde que faça de forma
diligente, ou seja, não demorar muito.

É um prazo indefinido, limitamos esse tempo quando pensarmos no objeto da


consignação.

10 – Objeto da Consignação

Valor Original da obrigação ou acrescido de juros, correção, multa, etc.

Regra geral deposito o valor original.

1) Se ocorrer a mora do credor cabe apenas consignação do valor


ORGINALMENTE CONTRATADO (art. 400 CC/02)

Cc/02 – art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à


responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas
empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao
devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua
efetivação.

11 – Objeto de Prestações Periódicas (art. 541 CPC)

- depósito automáticos das que se forem vencendo, não precisa requer


autorização ao juiz, nem mandar citar o réu.

Exigência: que depósito se efetue em até 5 dias da data do vencimento da


obrigação.

CPC/2015 – art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma


delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem amis
formalidade, as que se forem vendendo, desde que o faço em até 5 dias contados da
data do respectivo vencimento.

Perdeu o prazo, regra geral, o prazo é peremptório, não tem mais o direito de
depositar nesse processo, teria que abrir um novo processo e continuar depositando
nele. Na prática nada impede que peticione ao juiz para você continuar depositando.
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12 – Limite “temporal” para depósito de prestações periódicas

a) Por analogia ao art. 67, III, da Lei 8.245/1991 – até ser prolatada sentença
em 1º grau.

Tem duas teorias para o limite, a primeira por analogia ao art. 67, que regula o
depósito de aluguéis, diz que pode depositar até a sentença.

Segunda teoria mais recente decisão do STJ, diz que pode depositar até o
trânsito em julgado.

Justificativa: Instrumentalidade do processo e economia processual. O


processo é um instrumento que serve para depositar, economia se posso depositar
num processo só, para que abrir duas?

b) Segundo posição do STJ até o trânsito em julgado da ação.

13 – Perda do prazo de 5 dias

14 – procedimento da ação consignação:

a) Petição inicial: arts. 542 +319 CPC.

O 542 coloca um requisito que no 319 não tem, que é o pedido para o juiz
autorizar a fazer o depósito judicial.

Há uma situação que não precisa requerer, está no art. 539, a lei permite o
depósito extrajudicial. Para obrigação em dinheiro procuro um banco oficial (BB, CEF)
abro uma conta remunerada para consignação em pagamento em nome do credor
registrando que você está depositando, pega esse comprovante, faz uma cópia e
manda ao credor, para que ele pegue o dinheiro ou no prazo de 10 dias apresente
uma recusa para o banco.

Se o credor ficou quieto o devedor está liberado.

Se o credor não quiser dar quitação ele deve ir no banco no prazo de 10 dias e
dizer que não tem interesse, que se recusa a aceitar o depósito. Feita a recusa o
credor tem 30 dias para entrar com ação de consignação em pagamento e menciono
que foi feita, não precisa pedir.

Se não entra com a ação em 30 dias o devedor pode levantar o dinheiro e pode
entrar com ação depois.

b) Citação:

- só se efetuará após o depósito válido

- regra geral tem dupla finalidade:

Qual o tipo de citação? Deve ser feita por oficial de justiça, não por carta, em
regra.

a) Convocar o credor para receber a prestação devida;

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b) Dar oportunidade ao credor de oferecer contestação, caso não aceite o
depósito na forma que foi feito.

Obs. Obrigações alternativas (mais de uma forma de cumprir obrigação) e


genéricas (definidas pelo gênero e quantidade)

a) Se escolha couber ao devedor, ele mesmo escolhe como cumprir e efetua o


depósito;
b) Se escolha competir ao credor, ele será citado para escolher como quer o
depósito.
c) Valor da causa:

Art. 292/CPC – em regra é o valor do objeto que estou consignando.

Porém se for prestações periódicas: ex limite de 12 prestações, de 1 até 12 o


valor da causa será a soma de todas elas, se for 6 somo 6, se for 8 somo 8, agora se
for mais de 12, ponho simplesmente o valor de 12 prestações, não somo as trinta,
sempre vai ser até 12.

d) Ações do réu após a citação:


a) Aceitação do depósito;
b) Revelia
c) Contestar
d) reconvir

contestação:

art. 544/CPC. Trata dos assuntos que pode utilizar.

IV – possibilidade do credor dizer que o devedor consignou um valor abaixo do


que deveria ter consignado, ex. devedor consigna 1000, o credor diz que era 1500, o
CPC autoriza que o devedor complemente o depósito no prazo de 10 dias.

Sempre que ocorrer essa briga o juiz na sentença vai apurar o valor correto e
se tem débito pendente. Se o juiz entender que falta a sentença se torna título
executivo, na qual o réu vai executar o autor, dentro do mesmo processo

Consequências:

a) aceitação – nessa sentença o juiz declara que o devedor está liberado da


obrigação e que o credor está condenado a pagar as custas + honorários
advocatícios;
b) revelia – juiz analisa se a revelia surte efeitos ou não, libera o credor e
condena o devedor ao pagamento de custas de honorários;
c) contestação – é um processo comum, produz provas e tem audiência, até
que chegue numa sentença que julga o mérito;
d) reconvenção – procedimento comum também.

Ação de consignação em pagamento – dúvida sobre legitimidade do credor


(art. 335 IV e V CC/02)

1 - Cito os herdeiros e ninguém contesta, revelia de todos, o dinheiro vai pro


Estado, vai como coisa vaga.

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2 – só um credor apareceu, o juiz analisa, vê se a documentação do credor é
válida e ele for o credor o juiz faz o pagamento e dá a sentença condenando o credor
a pagar às custas e honorários;

3 – se 2 ou todos aparecem, o juiz dá um despacho liberando o devedor, e a


partir daqui faz uma instrução processual até chegar numa sentença na qual decide
qual é o credor, este recebe e é condenado as custas e honorários.

Art. 550 até 553/CPC – ação de exigir prestação de contas

CPC/2015 só existe no procedimento especial o de exigir, o de dar contas é


procedimento comum, não é especial.

Só o de exigir é pelo rito especial

Dar contas é pelo rito comum,

Essa ação é uma ação dúplice: é uma ação que se entra com a inicial e na
contestação o réu faz pedidos contra o autor, o réu usa a contestação como se fosse
uma reconvenção. Aqui não depende da vontade do réu, ex. entro contra o sindico
para prestar conta dos últimos 2 anos, o síndico apresenta as contas, o juiz pega a
documentação e no final apura que quem pediu a prestação deve 3 mil reais pro
condomínio, e isso virá título executivo.

É dúplice porque na sentença o juiz pode condenar uma das partes a ter o
título executivo.

É dúplice porque a sentença pode condenar qualquer das partes, apurando


crédito ou débito de qualquer das partes.

A prestação de contas tem que apresentar todos créditos e débitos e no final


tem que ter um resultado positivo ou negativo, ou está zerado.

3 legitimidade: ativa, passiva.

Interesse: binômio necessidade e adequação

Deve mostrar pro juiz o porque da ação.

Está ação é divida em duas fases:

1 – o conteúdo o juiz decide se a ação de prestação de contas é cabível, se o


pedido é cabível. Se vai determinar que a pessoa preste contas ou não;

2 – só se as contas forem apresentadas, o juiz apura o valor real.

O juiz analisa e dá uma decisão de mérito se o réu deve ou não apresentar as


contas. Que tipo de decisão é essa?

Hoje está pacificando que é decisão interlocutória – cabendo agravo de


instrumento.

terça-feira, 06/03/2018

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Ações possessórias – anotações de aula

Arts. 554 a 568/CPC e art. 1210 CC

Direito Material

Art. 1210/CC

Teorias sobre a posse:

Aplica-se a teoria objetiva de Ihering posse e propriedade – posse direito é o


proprietário.

Posse nova até 1 ano e 1 dia

Posse velha mais de 1 ano e 1 dia

Natureza jurídica da posse: é um direito real

Tutela possessória:

Tutela jurisdicional: é a resposta que eu quero do juiz para solução do meu


problema.

1 – esbulho: perda total da posse, desapossamento, não tem mais acesso ao


bem – reintegração da posse

2 – turbação: perda parcial da posse – manutenção da posse

3 – ameaça a posse – interdito proibitório

Art. 554/CPC fungibilidade, a tutela provisória é fungível, se entrei com pedido


de interdito e no transcorrer do processo mudou o fato, basta informar o juiz e ele vai
dar aquilo que corresponde ao fato agora, não precisa entrar com uma nova ação.

1 – petição inicial: art. 562 e 319/CPC

- autor deve provar a posse

- autor deve provar o esbulho/turbação/ameaça

- autor deve provar a data da ofensa à posse

- ofensa deve ser provada documentalmente

Art. 555/CPC

O autor pode cumular alguns pedidos: condenação em perda e danos;


indenização dos frutos...

Audiência de justificação prévia: quando o juiz antes de conceder a limitar


determinar e intima as duas partes para comparecer a audiência no prazo de 30 dias
para produzir provas orais para convencer o juiz para conceder a liminar.

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**Só o autor pode trazer testemunhas nessa audiência. Só o autor produz
provas testemunhais.

No art. 562 não se prova o fumus e o periculu como se deve fazer no art. 300.
A única coisa que o juiz precisa é que a petição esteja devidamente instruída isso pelo
562. Provando o juiz dá a antecipação de tutela ou liminar.

§ se o réu for pessoa jurídica de direito público o pedido liminar não será
definido sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.

Possessória é ação dúplice – pedido contraposto

As partes movem ação contrapostos e a posse pode sair para ambos os lados,
é dúplice porque o resultado pode ser inverter, não cabe reconvenção, faz na própria
contestação.

**Enquanto corre a ação possessória as partes não podem demandar entre si


para discutir a propriedade. Deve esperar terminar a ação possessória.

terça-feira, 20/03/2018

Processo de inventário

Aberta a herança faz o inventário para apurar quem morrei, qualifica os


herdeiros, delimitar quais são os bens, apurar valores e por fim fazer a partilha.
Quanto cada herdeiro vai ficar, pode ter que abater valores para credores.

Poe haver bens colacionados, quando há bens que não entraram no inventário.
Pode haver bens doados em vida, chamado de adiantamento de legítima, vai abater
no montante daquele herdeiro.

Prazo para dar entrada: conta a partir da morte (abertura da sucessão), dali
para frente se tem 2 meses, prazo impróprio, processualmente o descumprimento não
causa prejuízo, não deixará de aceita-lo se passar de 2 meses, o prejuízo é o importo,
se não entrar no prazo paga juros.

Competência: domicílio do de cujus.

Citação é por carta quando maiores e por oficial se for menor ou incapaz.

terça-feira, 27/03/2018

Embargos de terceiro

Embargos de terceiro são ação atribuída àquele que não é parte num processo
e teve seu bem INDEVIDAMENTE constrito em processo alheio.

É um processo que fica apenso ao processo que deu origem à constrição do


bem.

Prova dia 17:

- consignação pagamento

12
- prestação contas

- ação possessória

- inventário

- embargos de terceiros

terça-feira, 03/04/2018

B2

Oposição

No cpc antigo a oposição era intervenção de terceiro, no novo cpc ela é ação
autônoma.

Oposição A contra B brigando para saber de quem é o carro, de repente vem C


e diz é meu, essa é a oposição, ele move uma oposição contra os dois (A e B).

Objeto da oposição: mesmo objeto da ação principal, total ou parcial.

O objeto tem que ser litigioso, art. 240/CPC rege que o objeto da ação se torna
litigioso após a citação do réu.

Momento de ajuizamento da oposição: inicia-se com a citação (após a citação)


e até antes de ser prolatada a sentença, não pode ter dado sentença de primeiro grau.

Composição do polo passivo: autor + réu da ação principal. Obrigatoriamente


deverá ter um litisconsórcio passivo, tanto autor como réu é passivo.

O que cobro do autor e réu não é a mesma coisa, ex. A contra B sobre a posse
de uma casa, o opositor C diz que a posse tem que ser dele, quando entra contra B a
pretensão é condenatória, para o B desocupar a casa, passar a posse, contra o A
pede para declarar que ele não tem direito a posse. Tem fundamentos diferentes na
mesma petição.

* Decorar: quando se fala em oposição tem a prejudicialidade, qual o significa


da prejudicialidade?

É impossível que ambas as duas ações sejam amplamente procedências, uma


vai prejudicar a outra, se a oposição ganha o principal perde algo e vice-versa.

- Procedimentos:

O que difere os embargos de terceiro para a oposição?

São semelhantes. Ambas tem uma ação principal. Nos embargos ex. ação de
cobrança dívida de 10 mil, na ação de cobrança saiu uma penhora de um carro de C,
nesse caso cabe embargos de 3º.

Oposição o D se quiser entrar com oposição ele vai pleitear que ele que tem
direito aos 10 mil.

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No embargo não há prejudicialidade. A ação segue mesmo que o embargo seja
vitorioso.

Na oposição tem o mesmo objeto da ação principal, se ele ganha ele mata a
ação principal.

O que diferencia também é o objeto, numa é bem apreendido, na outra é o


mesmo objeto.

A maior diferenciação está no procedimento.

- oposição é ação autônoma, com petição inicial e tudo, normalmente.

- quando fala em citação, na ação de oposição art. 683 rege que se fa a citação
na pessoa dos advogados por mero despacho no diário oficial.

- litisconsórcio passivo.

Art. 683, § único diz que nessa ação não se tem o prazo em dobro, o prazo é
comum de 15 dias para contestar, não dobra o prazo.

Por ser um artigo específico ele se sobrepõe ao art. Geral 229. E só se aplica
somente a contestação, nos demais prazos podem ser dobrados.

- instrução art. 685 – instrução, produção de provas orais, testemunhal e


pericial se for necessária, por ter 2 processos o juiz vai escolher como vai tocar os
processo, tem duas escolhas:

1 – faz instrução única para os dois processos;

2 – ou monta duas audiência, uma para cada processo (processo principal e


oposição).

Essa decisão é tomada de acordo com o momento que se entra com a


oposição. No novo cpc é somente um rito. Se entrar com a oposição antes da
audiência de instrução é normal o juiz utilizar a audiência única, com uma única
sentença julga os dois processos. Agora se a audiência já aconteceu e a oposição
pareceu depois ele vai suspender o processo principal, faz a instrução da oposição até
os dois processos chegar no mesmo ponto aí dando sentença única.

Sempre o resultado das duas sairá numa sentença só. Nessa sentença qual
ele julga primeiro?

Primeiro a oposição, depois a ação principal.

Arts. 682 ao 686.

O litisconsórcio de fato não é necessário, é facultativo, visto que um pode


desistir art. 684/CPC.

Ações de Família

Art. 693.

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Só se aplica a processo contencioso, não consensual.

Nas ações de família mesmo colocando que não quer mediação, vai ter
audiência de mediação art. 694 diz que o juiz é obrigado a tentar conciliação.

O réu vai ser citado com data hora e local, não vai cópia da petição inicial, não
se explica o conteúdo, sobre o que é, e não dá cópia da inicial. A fundamentação é
para fazer com que a parte não se sinta ameaçada pelo autor e chega desarmado na
audiência de mediação.

Se quiser tem que ir no fórum pra pegar a senha.

Aqui diz que pode ser citado com 15 dias antes da audiência, a regra geral é 20
dias.

Na mediação as partes devem estar acompanhadas de advogado, na regra


geral não precisa.

O juiz pode dividir a audiência em quantas sessões achar necessário.

Art. 697 – o MP tem que participar?

Não, só quando tiver interesse de menor (incapaz).

E o MP deve ser ouvido previamente com relação a homologação de acordo, e


só se houver incapaz.

Se a discussão envolver abuso ou alienação parental, se o juiz quiser ouvir o


menor deve este estar acompanhado de especialista, psicólogo ou assistente social.

terça-feira, 24/04/2018

Ação Monitória

Arts. 700 ao 702/CPC

Através dela buscamos:

- pagamento de quantia em dinheiro;

- entrega de coisa fungível ou infungível, ou bem móvel ou imóvel;

- adimplemento de ação de fazer ou não fazer;

Só posso usá-la se tiver como base uma prova escrita sem eficácia de título
executivo.

Tem que ter um título, um documento escrito para usar a ação monitória,
documento sem eficácia de título executivo, ou seja, que não poderia entrar com uma
execução.

Regra geral: precisa do documento escrito sem executividade.

Ex. cheque emitido à um mês, não poderia, visto que ele pode ser executado.

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O maior problema é saber o que se entende por documento escrito que pode
embasar a monitória. O problema começa nas súmulas

Cheque prescrito, emitido a 4 anos, o cheque prescreve em 2 anos, serve para


monitória, ela está de acordo com a súmula 299/STJ

Súmula 503 e 504/STJ – cheque emitido a 7 anos, essas súmulas põem um


limite, podem ser usadas na monitória dentro do prazo de até 5 anos da data de
emissão a data da ação.

Contrato de abertura de crédito, ex. conta de banco, pode usar o contrato na


monitória, mas só o contrato não é hábil, deve juntar o extrato que mostre a situação
da conta. Súmula 247/STJ

Ou seja, não bastam os artigos, deve-se observar as súmulas.

Deve ser um documento escrito que não pode ser executado, o doutrinador diz
que o art. 785/CPC se sobrepõe a isso, ex. tenho um cheque emitido a um mês o
cheque não serve pra monitória, ele pode ser executado, mas se eu não quiser entrar
com a execução eu abro mão da executividade e posso entrar baseado no art. 785 e
entrar com ação monitória. Acaba sendo uma exceção.

Para que se usa a monitória?

Em regra para atingir o título executivo de forma mais rápida. Se ao invés da


monitória entrava com a ação comum cobrando 10 mil, a sequência dessa ação de
cobrança tem a citação – contestação – produção de provas – sentença de 1º grau –
recursos que podem chegar até o supremo – fim trânsito em julgado: forma um título
executivo judicial, a partir daqui segue com o cumprimento de sentença.

A monitória chega amis rápido.

Entro com a monitória – estando certa o juiz dá um despacho, manda citar o


réu para pagar ou entrar com defesa no prazo de 15 dias – se o cara pagar tem
vantagens, não paga custas judiciais e os honorários são restritos a apenas 5%, se
apresentar defesa a monitória vira um processo comum como o exposto acima. Se
não pagar e nem apresenta defesa a monitória virá título executivo judicial, seguindo o
rito de cumprimento de sentença.

É vantajosa se o réu não apresentar a defesa, pois vira título executivo judicial.

Ela serve para tentar chegar no título judicial mais rápido, se o réu apresentar a
defesa fica normal como toda ação.

Pela regra atual não pode ter réu na monitória sendo incapaz, o artigo do
código anterior não tratava assim,

Pode embasar a monitória com prova oral?

Art. 700, §1º - pode usar a prova oral através dos termos do art. 381 que prevê
o processo judicial de produção antecipada de prova, entra com a ação e pede pra

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ouvir a testemunha antecipadamente, esse documento gerado nessa ação serve para
monitória. Pode utilizar porque é uma produção judicial.

Pode entrar com a monitória contra a Fazenda pública? Art. 700,§6º súmula
339/STJ

Sim. Se a fazenda não paga e nem apresenta defesa o juiz utiliza o que está
previsto no art. 701, §4º que manda a remessa necessária, art. 496.

A sua inicial é normal como toda outra ação. O valor da causa é o valor daquilo
que se está pleiteando.

Detalhe: devo explicar a origem da obrigação, mas a jurisprudência entende


que na monitória não preciso explicar a origem dele.

Se o juiz não tiver convencido do documento, ou achar que ele não serve para
embasar, ele manda emendar a inicial, juntando mais documentos, caso não emendar
ou ele não se convencer ele transforma a monitória em um procedimento comum,
numa ação de cobrança seguindo o rito comum.

Se não tiver documento nenhum ele te dá o prazo para juntar, não juntado ele
extingue.

Citação na monitória: de qualquer jeito, admite todos os tipos.

Admitida a inicial –

Juiz cita o réu para (art. 701) pagamento, entrega, execução no prazo de 15
dias e se ele quiser apresente sua defesa, se ele cumprir em 15 dias fica isento das
custas e os honorários ficam restritos a 5%.

Após o réu pode cumprir o que o juiz mandou.

Há uma terceira opção: se quiser pode utilizar o que está no art. 916, pede
para parcelar o valor, manda depositar 30% e o restante parcela em 6 vezes.

Se pedir o parcelamento deposita 30% e pode dividir em até 6 vezes mensais,


+ custas e + 5% de honorários, ou seja, terá as custas.

- se não paga, nem deposita, nem apresenta defesa:

O despacho do juiz mandando pagar se transforma em título executivo e segue


como cumprimento de sentença, será citado para pagar sobre pena de penhorar bens.

- Defesa da monitória:

Não é contestação, ela chama embargos a monitória, não precisa garantir o


juízo neste caso. Em regra para embargar precisa garantir o juízo, ou fazer o depósito
ou dar o bem em garantia no valor do que estou embargando.

Na monitória não precisa prestar a garantia, está como independe de prévia


segurança do juízo.

Na defesa pode alegar qualquer coisa, vício, excesso na cobrança.


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Detalhe: 702§2 – se alegar excesso de cobrança, deve dizer que está acima do
que deve e fazer cálculos e apontar o valor correto que acho que é a cobrança, fazer
memória de cálculo, do contrário os embargos serão indeferidos.

- consequências se não fizer isso:

1 situação – se a única alegação for excesso de valor, ou seja, valor não


correto, se não apresentar os cálculos o juiz indefere os embargos.

2 situação – além de alegar o valor não correto, alego que o documento é falso,
tem mais de uma alegação, o juiz manda seguir o processo só com relação a falsidade
e desconsidera a alegação de valor não correto.

- os embargos possuem efeito suspensivo? Posso penhorar?

A oposição dos embargos suspende, tem efeito suspensivo, não pode


penhorar, fica suspenso até julgar os embargos.

- prazo dos embargos:

15 dias após a citação.

- cabe reconvenção na monitória?

Sim. Mas não cabe reconvenção da reconvenção.

Permite uma só reconvenção que é um processo contra o outro.

- entro com a monitória, cito o réu, os embargos são atuados no mesmo


processo ou vai apartado, apenso?

Regra geral é como a contestação, simples petição no processo, eles não são
apensos, são no mesmo processo.

Exceção: 702§7 – autua em apartado:

Junta um recibo que demonstra que pagou parte do valor, alegando que a
cobrança é excessiva e na memória de cálculo aponta o novo valor, nesse caso o
embargo é parcial, ele não contestou todo o valor, mas sim uma parte. O juiz aqui
pode desmembrar o processo, a parte controvérsia, é a que consta nos embargos, a
parte que falta é a incontroversa e essa se transforma em título executivo judicial e
segue como cumprimento de sentença. A parte embargada, controvérsia segue o
procedimento comum, desmembra a parte discutida da parte não discutida, o juiz pode
ou não fazer isso, fica a critério do juiz.

- recursos na ação monitória

Cabe apelação contra a sentença, mas onde há sentença?

Quando tem os embargos na regra geral.

Se o réu citado discorda da decisão do juiz, dizendo que não serve o


documento como título para ação monitória, essa decisão é interlocutória, cabe
recurso?
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Em regra seria agravo, aqui não cabe agravo de instrumento. Essa decisão
monitória é irrecorrível. A forma de brigar é apresentar os embargos a monitória, aí
discuto que o título não serve, ou seja, não cabe recurso, pois embargo não é recurso.

- condenação:

Multa de 10% do valor da causa por litigância de má-fé, cobra algo que já foi
pago ou já foi entregue ou não era dele.

terça-feira, 08/05/2018

Procedimentos nos Juizados Especiais Cíveis

1 – Fundamentação Legal

- art. 98, I, CF/88 (Cria Juizados Especiais)

- Lei 9099/95 – Juizados especiais estaduais cíveis e criminais

- Lei 10.259/2001 – Juizados especiais Federais cíveis e criminais

- Lei 12.153/2009 – Juizados especiais da fazenda pública estaduais, DF e


Municipais

2 – Microssistema dos Juizados

Devem ser utilizada a analogia entre as três leis para sanar lacuna antes de
utilizar subsidiariamente o CPC

3 – Princípios mais conhecidos

Oralidade

Art. 14, 9099 a petição inicial pode ser oral.

Art. 9,§3º - 9099 mandado pode ser oral.

terça-feira, 15/05/2018

Na audiência de conciliação a presença é obrigatório, se o autor falta extingue


o processo, paga custas e condena a uma multa; já o réu faltando se tem revelia e o
juiz pode sentenciar no ato.

Essa punição somente ocorre quando a ausência é injustificada, justificando se


marca uma nova audiência.

Rito: caso não haja conciliação o juiz marca uma nova audiência, que será a de
instrução e julgamento, nesta apresenta a contestação, seu prazo deve ser até a data
da audiência, deve ser protocolada antes da audiência, neste processo não tem
reconvenção, faço o pedido contraposto na própria contestação, nela se produz todos
os tipos de prova, desde que sejam documentais e orais, e se for o caso oitiva de
perito, o que não pode ter é prova pericial. Situação prática ligada a perícia, caso
requeira perícia o que ocorre?

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Em regra, o juiz não é obrigado, ele geralmente dá um despacho perguntando
se ele insiste na perícia ou não, se a parte dizer que insiste, extingue o processo sem
julgamento de mérito pedindo para montar o processo na justiça comum, o juiz não
remete ele pra justiça comum; caso você diga que não vai insistir ele toca o processo
normalmente no juizado especial, no juizado especial não se realiza a prova pericial.

Nessa própria audiência o juiz pode sentenciar na hora, caso não faça terá o
prazo de 30 dias, essa sentença é mais simples, a sentença normal no rito comum tem
relatório, fundamentação e dispositivo, já no rito especial não, aqui o juiz pode deixar
de lado o relatório, ele resume bem, já a fundamentação é obrigatória, nos termos da
CF e o dispositivo consta o que foi decidido.

- Recursos no juizado especial:

Os recursos previstos são: 1 – recurso contra sentença, chamado de recurso


inominado (funciona como uma apelação) – prazo: 10 dias corridos;

Prazos: no juizado são contínuos, não são contados em dias úteis.

2 – embargos de declaração: se na sentença houver omissão, obscuridade e


contrariedade, tudo que tiver que discutir é em cima da sentença, só cabe contra a
sentença;

3 – agravo de instrumento: cabe somente contra decisão interlocutória, no


juizado especial ele não existe;

Não tem agravo porque toda vez que tiver alguma decisão contrária em
decisão interlocutório o fato de aqui recorrer não preclui o direito de reclamar. Por isso
ele não prejudica, poderá reclamar, mas somente na sentença.

4 – recurso especial (STJ), decisão que contraria lei federal, também não cabe
no juizado especial;

Não tem porque um dos requisitos é que seja uma decisão prolatada por
colegiado de 2º grau, quem julga os recurso é um colegiado formado por 3 juízes de
primeiro grau da própria região, é um colegiado, mas não é de 2º grau.

5 – recurso extraordinário, toda vez que contraria a CF, esse existe.

Nos juizados federais a participação do advogado é facultativa.

No Estadual até 20 sm é facultativa.

Quando entra na parte de recurso 2º grau advogado é sempre obrigatória.

Recurso inominado: enquanto tiver no primeiro grau não tem despesas, não
paga custas, mas toda vez que tiver recurso tem custas, quais são? Paga as custas de
1º grau + preparo do recurso, em SP custas 1% do valor da causa (que deveria ter
pago no início do processo), custas do preparo 2% do que fui condenado.

Toda vez que entra com o recurso inominado há situações que o juiz não
pergunta pra parte, tem a possibilidade de se fazer a sustentação oral do seu recurso,
pode solicitar pro juiz de apresentar oralmente sua sustentação no dia do julgamento

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do colegiado. Em SP o prazo é de 10 minutos (formal), se estender em regra eles não
te interrompem, sua finalidade é que o processo é curto e informal.

??? Pergunta maldosa.

Juizado especial é uma opção do advogado ou da parte ou não?

Posso ir direto pra justiça comum?

A pergunta é maldosa, no juizado estadual: pode optar sim, uso se quiser.

No federal: não tem opção, se o valor da causa ou competência está dentro


daquilo que vai pro juizado especial somos obrigados a usar o juizado especial.

CEJUSC é diferente do juizado especial.

A audiência do CEJUSC é uma regra de ter que tentar a primeira audiência ali,
audiência de mediação.

Prazo: CEJUSC duas audiências no mesmo dia, uma do juizado especial e


uma da 1ª vara civil e sai a sentença das duas, o prazo pra recurso é diferente, no
especial o recurso é inominado – prazo 10 dias corridos, na cível é apelação, prazo 15
dias úteis.

terça-feira, 05/06/2018

matéria prova:

- oposição

- ação monitória

- ações de família

- juizados especiais cíveis

- dissolução parcial de sociedade

Da ação de dissolução parcial de sociedade

Arts. 599 ao 609 CPC

I - Resolução da sociedade é rescindir, excluir a relação da sociedade com o


sócio que está saindo, estou terminando a relação deste sócio com a sociedade. É
tirar o cara formalmente da sociedade.

- morte

- excluído: retirada/recesso

Ambas são a mesma coisa, mas com fundamento diferente, retirada é o sócio
que pede para sair sem motivo justo, sem razão plausível, já o recesso é o que é
minoria e a maioria quer alterar algo na empresa e ele não quer a alteração, então
pede pra sair, sair de forma motivada.

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II – apuração de valores: morte – herdeiro; excluído – recebe sua parte. E fazer
liquidação desses valores. O I e II geralmente se pede junto, ou faz nos termos do III.

III – entro só com um dos pedidos ou I ou II, a empresa não pagou, entra com
ação só pra receber o que tem direito, ou pagou tudo e a empresa não faz a alteração
contratual, ou não tinha nada pra receber.

§2º - que tipos de empresa podem participar dessa ação?

Sociedade empresária contratual ou simples: comandita simples, por ações,


ltda, cooperativa etc.

Como fica a S/A: pode ser autora ou réu?

Aqui são ações, são impessoais normalmente, para ela não cabe essa ação,
há uma situação que temos S/A de pequeno porte, capital fechado, que os acionistas
são sócios administradores, neste caso ela poderá art. 599, §2º, S/A de capital
fechado, não vende ações na bolsa, no mínimo 5% dos acionistas e tem que alegar
que a empresa não consegue mais preencher seu fim social.

Requisitos:

- A/A de capital fechado

- representatividade de 5 % dos sócios no mínimo

- não conseguem cumprir seu fim social

Legitimidade ativa art. 600 – quem pode entrar com a ação:

- espólio, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na sociedade.

- sucessores do falecido após concluída a partilha.

* inventário concluído, deixa uma casa, um carro e as quotas sociais da


empresa, com 3 herdeiros, um ficou com a quota, outro com o carro e outro com a
casa, nessa situação só o que tem as quotas pode mover a ação.

- sociedade se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou


sucessores, o contrato prevê a entrada dos filhos na empresa, mas os sócios não
querem a parceria, a sociedade entra com a ação para impedir que os filhos entrem na
empresa.

- sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, não paga no prazo.

- pela sociedade nos casos que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial, ex.
menor de idade, deve trazer uma solução judicial

- excluído, quando não tiraram ele formalmente, ou até regularizaram, mas não
pagarão, ou não fez nada.

§ único: casamento, o cônjuge ou companheiro quando terminou essa relação


e este requer a apuração de seus haveres na sociedade, é para pleitear sua metade
nas cotas.
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Legitimidade passiva

Não tem previsão, pega-se no art. 601 alguma coisa, os sócios e a sociedade
são citados, quem pode ser autor, pode ser réu.

citação

§ único: citando todos os sócios não precisa citar a sociedade.

 É o que vale na prova de teste, mas no dia a dia manda citar todo mundo.

Reconvenção- pedido de indenização

Art. 602 – sócio excluído, pode ser que a sociedade apresente uma
reconvenção pedindo indenização, ex. atenta contra a imagem da empresa
(queimando a imagem da empresa), entra depois com a ação pedindo os haveres, e a
empresa na reconvenção quer a compensação dos valores dos prejuízos.

Especialidade do rito

Art. 603 –

Inicial, despacho, citação, concordância, contestação,

Réu foi citado, se este manifestar expressamente com a concordância do


pedido, não condena sucumbência e as custas serão ratiadas entre as partes de
acordo com a participação no contrato social.

Tendo contestação, vira processo comum.

Revelia não está previsto, segue o CPC, juiz analisa e julga seguindo para
apuração de valores.

Enunciado 67 jornada CJF: o simples fato de os sócios não se entenderem é


suficiente para entrar com essa ação, não precisa de fato grave.

Código civil

No contrato social, em regra, liquidar-se a sua quota, apurar e pagar pros


herdeiros, a não ser que o contrato disponha de forma diferente.

retirada

art. 1029 – qualquer sócio pode pedir pra sair, independentemente do motivo,
pro prazo determinado tem que esperar ou entrar com ação caso tenha justificativa

recesso

art. 1077 – modificação do contrato (retirada motivada)

Exclusão

Art. 1030 – iniciativa da maioria por falta grave no cumprimento das obrigações
ou por incapacidade superveniente.

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§ único: excluir o declarado falido ou que a quota foi liquidada, devido ao risco
de penhora das cotas que vai prejudicar a empresa.

Art. 1085 – maioria representando metade do capital quando sócio põe em


risco a atividade da empresa.

Art. 1026 – penhora das cotas

Art. 1027 – os herdeiros do cônjuge ou este que se separou não pode no ato
da separação exigir as cotas, deve entrar com essa ação para pleitear sua parte na
cota.

Apuração de haveres

Art. 604 – quanto tem pra receber.

O juiz tem que definir a data da resolução da sociedade e como vai ser o
pagamento desses créditos, a data é a definição quando efetivamente ele se afastou
da sociedade.

Data de resolução da sociedade

Art. 605. – morte

- retirada imotivada, sexagésimo dia seguinte ao do recebimento da notificação

- no recesso, dia do recebimento da notificação

- demais casos com briga judicial quando tiver a decisão transitada em julgada

- exclusão judicial – data da assembleia

Muito importante

Art. 608 – o que cada sócio tem que receber

Em 1995 valiam 500 reais hoje vale 750 mil reais, o que ele vai receber vai ser
dependendo da data, ex. morreu em 2017, vai ser os cálculos dessa data –
participação dos lucros, juros sobre o capital, o que não recebeu até ali se for sócio
administrador. Após a data da resolução o sócio tem direito apenas a correção
monetária dos valores e juros do que fora apurado.

Requisito especial: instruir a petição com o contrato

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