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Exemplo
Resolução
a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de
possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas
entre si.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que
pertencem a C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
Exemplo Exemplos
Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
Exercícios resolvidos
3. No diagrama seguinte temos:
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t n(A) = 20
), determinar os seguintes conjuntos: n(B) = 30
a) A ∪ B f) B ∩ C n(A ∩ B) = 5
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C) Determine n(A ∪ B).
e) B ∪ C Resolução
Resolução
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
d) A ∩ C = {y }
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t} Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30
f) B ∩ C= ∅ elementos de B, estaremos considerando os 5
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t} elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente,
h) A ∩ B ∩ C= ∅ é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y} uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então:
4 Conjunto complementar
Note que este conjunto não possui início nem fim São representados pela letra Z:
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
possui fim).
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
Assim como no conjunto dos naturais, podemos re- eles são:
presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma
notação usada para os NATURAIS. - Inteiros não negativos
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} São todos os números inteiros que não são negati-
vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
Em algumas situações, teremos a necessidade de conjunto dos números naturais.
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO
SÃO NEGATIVOS. É representado por Z+:
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo
do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia - Inteiros não positivos
representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os São todos os números inteiros que não são positi-
números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o vos. É representado por Z-:
exemplo abaixo: Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...}
- Inteiros não negativos e não-nulos
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se es-
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é se subconjunto por Z*+:
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
NULO. Z*+ = N*
Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia - Inteiros não positivos e não nulos
do sinalzinho positivo representa todos os números São todos os números do conjunto Z- excluindo o
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto. zero. Representa-se por Z*-.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Se quisermos representar somente os positivos (ou
seja, os não negativos sem o zero), escrevemos: Conjunto dos Números Racionais
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...} Os números racionais é um conjunto que engloba
os números inteiros (Z), números decimais finitos (por
Pois assim teremos apenas os positivos, já que o exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos
zero não é positivo. periódicos (que repete uma sequência de algarismos
da parte decimal infinitamente), como "12,050505...",
Ou também podemos representar somente os intei- são também conhecidas como dízimas periódicas.
ros NÃO POSITIVOS com:
Os racionais são representados pela letra Q.
Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
Conjunto dos Números Irracionais
Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui i- É formado pelos números decimais infinitos não-
nício. periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o
número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
E também os inteiros negativos (ou seja, os não po- circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265
sitivos sem o zero): .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1} calcular bilhões de casas decimais para o PI.
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme- Quando pretendemos determinar um número natu-
ro 5, resultado da operação, é chamado soma. ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-
2 → parcela guinte modo:
+ 3 → parcela - chamamos o número (desconhecido) de x ou
qualquer outra incógnita ( letra )
5 → soma - escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-
da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois Exemplos:
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros 1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
e assim por diante.
3+2+6 = Solução:
5 + 6 = 11 Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-
respondente será:
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4 x + 15 = 31
Por convenção, dizemos que a multiplicação de Essa divisão é exata e é considerada a operação
qualquer número por 1 é igual ao próprio número. inversa da multiplicação.
SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30
A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0.
observe agora esta outra divisão:
A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efe-
tuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto 32 6
dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos 2 5
três primeiros; e assim por diante. 32 = dividendo
3 x 4 x 2 x 5 = 6 = divisor
5 = quociente
12 x 2 x 5
2 = resto
24 x 5 = 120
Essa divisão não é exata e é chamada divisão apro-
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ximada.
7) Adicionando 1 ao dobro de certo número ob- 14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.
temos 7. Qual é esse numero? Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro.
2 . x +1 = 7 Quantas bolinhas tem cada um?
2x = 7 – 1 Pedro: x
2x = 6 Marcelo: x + 6
x =6:2 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
x =3 2 x + 6 = 30
O número procurado é 3. 2 x = 30 – 6
Prova: 2. 3 +1 = 7 2 x = 24
x = 24 : 2
8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obte- x = 12 (Pedro)
mos 18. Determinar esse número. Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
3 . x -12 = 18
3 x = 18 + 12 EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS
3 x = 30 QUATRO OPERAÇÕES
x = 30 : 3
x = 10 Sinais de associação:
O valor das expressões numéricas envolvendo as
9) Dividindo 1736 por um número natural, encon- quatro operações é obtido do seguinte modo:
tramos 56. Qual o valor deste numero natural? - efetuamos as multiplicações e as divisões, na
Matemática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ordem em que aparecem; 37 : 33 = 3 7 – 3 = 34
- efetuamos as adições e as subtrações, na ordem 510 : 58 = 5 10 – 8 = 52
em que aparecem; 3ª) para elevar uma potência a um outro expoente,
conserva-se base e multiplicam-se os expoen-
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 = tes.
= 45 + 4 2 4
Exemplo: (3 ) = 3
2.4
= 38
= 49 4ª) para elevar um produto a um expoente, eleva-
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = se cada fator a esse expoente.
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = (a. b)m = am . bm
= 12 + 8 – 3 =
= 20 – 3 3 3 3
Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ; (3. 5)2 = 32 . 52
= 17
RADICIAÇÃO
POTENCIAÇÃO
Suponha que desejemos determinar um número
Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os três que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse
2
fatores são todos iguais a 2. número, escrevemos: X = 9
Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou
3 2
2 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 seja: 3 = 9
é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade
desses fatores. A operação que se realiza para determinar esse
3
número 3 é chamada radiciação, que é a operação
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores) inversa da potenciação.
Observando a figura anterior, vemos que cada pon- Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
to é a representação geométrica de um número inteiro.
5ª) COMUTATIVA
Exemplos: Se a e b são números inteiros, então:
ponto C é a representação geométrica do núme- a+b=b+a
ro +3
ponto B' é a representação geométrica do núme- Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
ro -2 -2 = -2
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli-
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada minando os parênteses
adicionando-se todos os números positivos e todos os - (+4 ) = -4
negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do nú- - ( -4 ) = +4
mero negativo.
Observação:
Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) = Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais
(+17) + (-11) = +6 podem ser resumidos do seguinte modo:
(+)=+ +(-)=-
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
temos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-
(+1) . (-8) = -8 plicação.
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA
Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN- e (-4 ) . (+2 ) = - 8
TEIROS NEGATIVOS Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
isto é: (-3) . (-6) = +18 Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro-
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, duto.
temos: ( - ) . ( - ) = +
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser Observe os exemplos:
resumidas na seguinte: (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(+).(+)=+ (+).(-)=- (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
Conclusão:
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i- Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
gual a 0: (+5) . 0 = 0 temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN- A igualdade acima é conhecida como proprieda-
TEIROS de distributiva da multiplicação em relação à adi-
Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = ção.
(-20) . (-2 ) . (+3 ) = b) a . [b – c] = a . b - a . c
(+40) . (+3 ) = +120 A igualdade acima é conhecida como proprieda-
2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) = de distributiva da multiplicação em relação à sub-
Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tração. Observacões :
1 1
(+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2
1 1
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS ( -3 ) significa -3, isto é, ( -3 ) = -3
CONCEITO CÁLCULOS
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli-
cado por 2, dê 16. O EXPOENTE É PAR
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16 Calcular as potências
4
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é,
4
O número procurado é 8. Analogamente, temos: (+2) = +16
4
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é,
4
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12 (-2 ) = +16
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12
4 4
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12 Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
A divisão de números inteiros só pode ser realizada Então, de modo geral, temos a regra:
quando o quociente é um número inteiro, ou seja,
quando o dividendo é múltiplo do divisor. Quando o expoente é par, a potência é sempre um
número positivo.
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro.
6 2
Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9
Exemplos:
( -8 ) : (+2 ) = -4 O EXPOENTE É ÍMPAR
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Calcular as potências:
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é isto é, (+2) = + 8
3
a mesma que vimos para a multiplicação: 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
(+):(+)=+ (+):( -)=- ou seja, (-2) = -8
(- ):( -)=+ ( -):(+)=-
3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
Exemplos:
( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Daí, a regra:
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
mesmo sinal da base.
PROPRIEDADE
3 4
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Um número natural é primo quando é divisível apenas Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
por dois números distintos: ele próprio e o 1. os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
Exemplos: cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
números diferentes: ele próprio e o 1. = = = = = ==
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
números distintos: ele próprio e o 1. divisores do número 12, temos:
• O número natural que é divisível por mais de dois D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
números diferentes é chamado composto.
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4. Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divi- 1º) Decompomos em fatores primos o número consi-
sível apenas por um número (ele mesmo). derado.
• O número 2 é o único número par primo. 12 2
6 2
3 3
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA-
1
ÇÃO)
Um número composto pode ser escrito sob a forma de 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
um produto de fatores primos. primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nume-
ro 1 que é divisor de todos os números.
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 1
2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fato- 12 2
rada. 6 2
3 3
Para escrever um número na forma fatorada, devemos 1
decompor esse número em fatores primos, procedendo
do seguinte modo: 3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es-
crevemos o produto obtido na linha correspondente.
Dividimos o número considerado pelo menor número x1
primo possível de modo que a divisão seja exata. 12 2 2
Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri- 6 2
mo possível. 3 3
1
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
menor número primo possível, até que se obtenha o quo- 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
ciente 1. divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
linhas correspondentes, sem repeti-los.
Exemplo: x1
60 2 12 2 2
6 2 4
0 30 2 3 3
1
0 15 3
5 0 5 x1
12 2 2
1 6 2 4
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 3 3 3, 6, 12
1
Os números obtidos à direita dos fatores primos são Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
os divisores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12} Decompondo em fatores primos esses números, te-
mos:
Exemplos: 12 2 18 2
1) 6 2 9 3
1 3 3 3 3
18 2 2 1 1
9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
2 2
3 3 9, 18 12 = 2 . 3 18 = 2 . 3
2 2
1 Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36
5ª)
m n
a = m⋅n a 6
3 = 12 3 CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN- Os números racionais são representados por um
TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES a
numeral em forma de fração ou razão, , sendo a e b
Para calcular o valor de uma expressão numérica com b
números inteiros, procedemos por etapas. números naturais, com a condição de b ser diferente de
zero.
1ª ETAPA: 1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado
a) efetuamos o que está entre parênteses ( ) (a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
b) eliminamos os parênteses
a
um número fracionário .O termo a chama-se nume-
2ª ETAPA: b
a) efetuamos o que está entre colchetes [ ] rador e o termo b denominador.
b) eliminamos os colchetes
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen-
3º ETAPA: tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí-
a) efetuamos o que está entre chaves { } vel reunir tanto os números naturais como os fracioná-
b) eliminamos as chaves rios num único conjunto, denominado conjunto dos
números racionais absolutos, ou simplesmente conjun-
Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na to dos números racionais Q.
seguinte ordem:
1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa- Qual seria a definição de um número racional abso-
recem. luto ou simplesmente racional? A definição depende
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que apare- das seguintes considerações:
3 1 2 3
2)5 − − − 1 + =
2 3 3 4
9 2 5 3
= 5 − − − + =
6 6 3 4
7 20 9
= 5 − − + =
6 12 12
30 7 29
= − − =
6 6 12
23 29 1 2 3
= − = Dizemos que: = =
6 12 2 4 6
46 29
= − = - Para obter frações equivalentes, devemos multi-
12 12 plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-
17 rente de zero.
=
12 1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
2 2 4 2 3 6
NÚMEROS RACIONAIS
Para simplificar frações devemos dividir o numera-
dor e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.
1 3
Exemplo: e
3 4
Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-
ções:
1 2
1) 2)
4 3
2 3 4 4 6 8
Respostas: 1) , , 2) , ,
Quando o numerador é maior que o denominador 8 12 16 6 9 12
temos uma fração imprópria.
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
FRAÇÕES EQUIVALENTES
a) Frações de denominadores iguais.
Duas ou mais frações são equivalentes, quando re- Se duas frações tem denominadores iguais a maior
presentam a mesma quantidade. será aquela: que tiver maior numerador.
Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3 1 4 1
1) 2) 3) −
4 2 3 2
9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72
RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES
1 4 10 + 0,453 + 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1
3 5 10,000
+ 0,453
2,832
NÚMEROS DECIMAIS _______
13,285
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
chama-se fração decimal. Exemplo 2:
3 4 7 47,3 - 9,35
Ex: , , , etc
10 100 100 47,30
9,35
Escrevendo estas frações na forma decimal temos: ______
3 37,95
= três décimos,
10
Exercícios. Efetuar as operações:
4 1) 0,357 + 4,321 + 31,45
= quatro centésimos
100 2) 114,37 - 93,4
7 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
= sete milésimos
1000
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
3 4 7
=0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000 Multiplicam-se dois números decimais como se fos-
sem inteiros e separam-se os resultados a partir da
Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
3) 23,4936 285
DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o ♦ 2 : 4 0,5
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente. Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-
gula no quociente e zero no dividendo
Ex.: ♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 =
a) 3:4 0,05
3 |_4_
30 0,75 Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vír-
20 gula no quociente e um zero no dividendo. Como 350
0 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao
b) 4,6:2 quociente e outro ao dividendo
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3 Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4
respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.
20 0,4
Exemplos:
Exercícios
25,6 : 10 = 2,56
1) Transformar as frações em números decimais.
04 : 10 = 0,4
1 4 1 315,2 : 100 = 3,152
1) 2) 3)
5 5 4 018 : 100 = 0,18
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015
2) Efetuar as operações:
1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 milhar centena dezena Unidade décimo centésimo milésimo
simples
3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001
2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
e setenta e cinco indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
centésimos".
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e N.
trezentos e nove
milésimos''. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
indicar que os números negativos foram excluídos de
Observações: um conjunto.
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte de-
cimal é lida. Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
Exemplos: excluídos de Z.
a) 0,5 - Lê-se: "cinco Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
décimos". indicar que os números positivos foram excluídos de
um conjunto.
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito
centésimos".
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos excluídos de Z.
e vinte e um
milésimos". Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
2) Um número decimal não muda o seu valor se a-
crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do Exemplos
último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " ....... a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os positivos foram
excluídos de Z.
3) Todo número natural pode ser escrito na forma b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os negativos
de número decimal, colocando-se a vírgula após
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. foram excluídos de Z.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
a) 5 Z g) 3 Q*
b) 5 *
Z−
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E h) 4 Q
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO *
c) 3,2 Z+
Há números que não admitem representação i) ( − 2)2 Q-
decimal finita nem representação decimal infinita e 1
periódico, como, por exemplo: d) Z j) 2 R
4
π = 3,14159265...
4 k) 4 R-
2 = 1,4142135... e) Z
1
3 = 1,7320508... f) 2 Q
5 = 2,2360679... Resolução
a) ∈ , pois 5 é positivo.
b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2
*
excluídos de Z −
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
chamados de irracionais. c) ∉ 3,2 não é inteiro.
1
Podemos então definir os irracionais como sendo d) ∉ , poisnão é inteiro.
4
aqueles números que possuem uma representação
decimal infinita e não periódico.
4
e) ∈ , pois = 4 é inteiro.
1
Chamamos então de conjunto dos números reais, e f) ∉ , pois 2 não é racional.
indicamos com R, o seguinte conjunto:
g) ∉ , pois 3 não é racional
R= { x | x é racional ou x é irracional} h) ∈ , pois 4 = 2 é racional
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto i) ∉ , pois ( − 2)2 = 4 = 2 é positivo, e os
dos números racionais com o conjunto dos números
2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
a) N Z* d) Q Z
* * Reta numérica
b) N Z+ e) Q + R+ Uma maneira prática de representar os números re-
c) N Q ais é através da reta real. Para construí-la, desenha-
mos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto,
Resolução: um ponto origem que representará o número zero; a
seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à
a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * . direita da origem, um ponto para representar a unidade,
b) ⊂, pois N = Z + ou seja, o número um. Então, a distância entre os pon-
c) ⊂ , pois todo número natural é também tos mencionados será a unidade de medida e, com
racional. base nela, marcamos, ordenadamente, os números
d) ⊄ , pois há números racionais que não são positivos à direita da origem e os números negativos à
2 sua esquerda.
inteiros como por exemplo, .
3
e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
2. Completar com ∈ ou ∉
a) 3 Q d) π Q 2) Se 5 é irracional, então:
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q m
a) 5 escreve-se na forma , com n ≠0 e m, n ∈ N.
c) 3,14 Q n
b) 5 pode ser racional
3. Completar com ⊂ ou ⊄ :
m
*
a) Z + N* *
d) Z − R c) 5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e
n
b) Z − N e) Z − R+ m, n ∈ N.
c) R+ Q d) 2 5 é racional
A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
C) Áreas Planas
é a soma do comprimento de seus lados.
D) Unidades de Volume e de Capacidade
E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
Medidas de comprimento:
Podemos medir a página deste livro utilizando um Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado (0).
como medida padrão) caberá nesta página.
1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm
Regras Práticas:
Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2 2
are (a) —é o dam (100 m )
2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
C) ÁREAS PLANAS
Área de polígono regular: a área do polígono regular é
Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
apotema (a) sobre 2.
da base pela medida da altura.
Perímetro: a + a + b + b
Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m de suas três arestas que são iguais.
3 3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm V = a. a . a = a cubo
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3 3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
dado pelo produto da área da base pela medida da altura.
Múltiplos Submúltiplos
hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)
Como se vê:
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl produto da área da base pela altura.
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml
3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS Duas grandezas São diretamente proporcionais
ANTECEDENTES E CONSEQUENTES quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos an- numa determinada razão, a outra diminui (ou
tecedentes está para a soma (ou diferença) dos conse- aumenta) nessa mesma razão.
quentes assim como cada antecedente está para seu
consequente. Ou seja: 3. PROPORÇÃO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e número de
a c a + c a c operários para a mesma tarefa são, em geral, inver-
Se = , entao = = ,
b d b + d b d samente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10
a - c a c operários executam em 20 dias, devemos esperar que
ou = =
b - d b d 5 operários a realizem em 40 dias.
4. 1 Diretamente proporcional x y
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de
Teremos: =
1 1
um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e
B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir 3 5
com justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda?
Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser Resolvendo o sistema, temos:
diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção x + y x x + y x
= ⇒ =
Dividir um número em partes diretamente 1 1 1 8 1
proporcionais a outros números dados é +
3 5 3 15 3
encontrar partes desse número que sejam
Mas, como x + y = 160, então
diretamente proporcionais aos números dados e
cuja soma reproduza o próprio número. 160 x 160 1
= ⇒ x = ⋅ ⇒
do objeto. 8 1 8 3
No nosso problema, temos de dividir 660 em partes
15 3 15
diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas
que A e B trabalharam.
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A 15 1
tem a receber, e de y o que B tem a receber.
⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100
8 3
Teremos então:
X + Y = 660 Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A
deve receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.
X Y
= 4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA
6 5 Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreitei-
ra foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o
Esse sistema pode ser resolvido, usando as
trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las propor-
propriedades de proporção. Assim:
cionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira:
X + Y na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5
= Substituindo X + Y por 660,
dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam duran-
6 + 5
660 X 6 ⋅ 660 te 4 dias. Estamos considerando que os homens ti-
vem = ⇒ X = = 360 nham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira
11 6 11 tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre as
Como X + Y = 660, então Y = 300 duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,
R$ 300,00. Essa divisão não é de mesma natureza das anterio-
res. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes
4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL proporcionais, já que os números obtidos deverão ser
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em proporcionais a dois números e também a dois outros.
partes diretamente proporcionais, mas sim inversamen-
te? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias,
trabalharam durante um mesmo período para fabricar e produzindo o mesmo resultado de 50 homens, traba-
vender por R$ 160,00 um certo artigo. Se A chegou lhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda tur-
atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar ma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equiva-
com justiça a divisão? O problema agora é dividir R$ lente a 48 homens trabalhando um dia.
160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5,
pois deve ser levado em consideração que aquele que Para a empreiteira, o problema passaria a ser,
se atrasa mais deve receber menos. portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que
é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4).
Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3: Mesmo supondo que essas expressões não sejam
número de máquinas dias número de peças completamente desconhecidas para uma pessoa, é
importante fazermos um estudo organizado do assunto
porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é fer-
10 20 2000 ramenta indispensável para a maioria dos problemas
relativos à Matemática Comercial.
x 6 1680
2. PORCENTAGEM
Natureza da proporção: para estabelecer o sentido O estudo da porcentagem é ainda um modo de
das setas é necessário fixar uma das grandezas e comparar números usando a proporção direta. Só que
relacioná-la com as outras. uma das razões da proporção é um fração de denomi-
nador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situa-
Supondo fixo o número de dias, responda à ques- ção em que você tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o
tão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o seu trabalho será determinar um valor que represente,
número de peças fabricadas?" A resposta a essa ques- em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resu-
tão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são direta- mido na proporção:
mente proporcionais.
40 x
=
Agora, supondo fixo o número de peças, responda à 100 300
questão: "Aumentando o número de máquinas, aumen-
tará o número de dias necessários para o trabalho?" Então, o valor de x será de R$ 120,00.
Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas Sabendo que em cálculos de porcentagem será
1 e 2 são inversamente proporcionais. necessário utilizar sempre proporções diretas, fica
claro, então, que qualquer problema dessa natureza
Para se escrever corretamente a proporção, deve- poderá ser resolvido com regra de três simples.
mos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido,
invertendo os termos das colunas convenientes. Natu- 3. TAXA PORCENTUAL
ralmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a O uso de regra de três simples no cálculo de por-
coluna da grandeza 2. centagens é um recurso que torna fácil o entendimento
do assunto, mas não é o único caminho possível e nem
10 6 2000 sequer o mais prático.
Temos, portanto:
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
maior grau, logo o grau do polinômio é 7. que exprime uma relação de igualdade.
Respostas: 1) 2x +3a
2
2) 9x – 3x + 3 Resolução por adição.
x+ y=7 -I
Exemplo 1:
MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS x − y = 1 - II
Note que temos apenas a operação +, portanto de- Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco- que 4 + 2x ≤ 5x + 13
lhendo a II, temos: 4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11 2x – 5x ≤ 13 – 4
→ –3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
−9
soma-se membro a membro 3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
3
2x + y = 11
+
- x- y =-8 Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:
5x + 2y = 18 -Ι 1.º Caso: Quadrado da Soma
2 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
3x - y = 2 - ΙΙ
↓ ↓
2 2
1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
2 (para “desaparecer” a variável y). Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18 drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
⇒
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 quadrado do 2.º.
soma-se membro a membro:
5x + 2y = 18 Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2 2 2 2
6x – 2y = 4 1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a)
22
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2 Respostas: 1.º caso
11 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a
2
Substituindo x = 2 na equação I: 4 2
3) x + 6x a + 9a
2
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18 2.º Caso : Quadrado da diferença
10 + 2y = 18 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
2
2y = 18 – 10 ↓ ↓
2y = 8 1.º 2.º
2
⇒ a – 2ab + b
2
8
y=
2 Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
y =4 quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
então V = {(2,4)} quadrado do 2.º.
Exemplo 2: Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
a2
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
porque MDC (3, 6) = 3. 2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2). 1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3
20 = Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
2,714417616595... são irracionais.
Simplificação de Radicais
Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o n n
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
índice e o radicando forem iguais.
com expoente do radicando.
Exemplos: Exemplos:
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2 1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 12 2
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes 6 2
2
12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
3 3
Operações: Adição e Subtração 1
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
tes. 2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica:
32 2
Exemplos: 16 2
8 2
1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
4 2
2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6 2 2
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
Multiplicação e Divisão de Radicais
Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
128 2
64 2
Exemplos
32 2
1) 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2 16 2
2) 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12 8 2
3
4 2
3) 3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3 2 2
3
4) 5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20 1
fica
5) 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90 3 3 3
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
Exercícios
Exercícios
Efetuar as multiplicações Simplificar os radicais:
1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5 1) 20 2) 50 3) 3 40
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120 Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5
ou 2
b) x +25 = 0
2
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3 2
x = –25
2
∆ = b – 4.a. c
2 x = ± − 25 , − 25 não representa número real,
∆ =7 – 4 . 2 . 3
∆ = 49 – 24 isto é − 25 ∉ R
∆ = 25 a equação dada não tem raízes em IR.
− (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5 S=φ ou S = { }
x= ⇒x =
4 4 2
c) 9x – 81= 0
−7 + 5 -2 -1 2
9x = 81
⇒ ‘x'= = = e
4 4 2 2 81
−7 − 5 -12 x =
x"= = =-3 9
4 4 2
x = 9
−1 x= ± 9
S = , - 3
2 x=±3
S = { ±3}
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA
DA FORMULA. Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
A equação incompleta ax = 0 admite uma única
EXERCÍCIOS solução x = 0. Exemplo:
2
Resolva as equações do 2.º grau completa: 3x = 0
2
1) x – 9x +20 = 0 2 0
2
2) 2x + x – 3 = 0 x =
2 3
3) 2x – 7x – 15 = 0 2
2 x =0
4) x +3x + 2 = 0 2
2
5) x – 4x +4 = 0 x = + 0
Respostas S={0}
1) V = { 4 , 5) Exercícios Respostas:
2
−3 1) 4x – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}
2) V = { 1, } 2
2) 5x – 125 = 0 2) V = { –5, +5}
2 2
3) 3x + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
−3
3) V = { 5 , }
2 Relações entre coeficiente e raízes
4) V = { –1 , –2 }
5) V = {2} 2
Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos
Estudaremos a resolução das equações incompletas coeficientes a, b, c.
2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx = −b+ ∆ −b− ∆
x'= e x"=
0 onde c = 0 2a 2a
( )
− b2 − ∆ 2 Exemplo:
x'⋅x "= ⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒
2
x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
2
4a
S=x'+x"= − =-
b (- 7)
=7
b2 − b2 − 4ac a 1
x '⋅ x " = ⇒ c 2
2 P = x'⋅x " = = = 2
4a a 1
b2 − b2 + 4ac EXERCÍCIOS
x'⋅x "= ⇒ Calcule a Soma e Produto
4a2 2
1) 2x – 12x + 6 = 0
2
4ac c 2) x – (a + b)x + ab = 0
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " = 2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
4a2 a 2
4) x + 3x – 2 = 0
c Respostas:
Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a 1) S = 6 e P = 3
c 2) S = (a + b) e P = ab
x '⋅ x " = ( Relação de produto) −1
a 3) S = –3 e P =
a
Sua Representação: 4) S = –3 e P = –2
• Representamos a Soma por S
b APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
2
S=x'+x"= − Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x
a + bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
c temos:
• Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
a x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”)
Exemplos: x’ . x” = c c = x’ . x”
2
1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45. 2
b (-72) = 72 = 8 Daí temos: x + bx + c = 0
S=x'+x"= − =-
a 9 9
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
a 9
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
S=x'+x"= − =-
b (21) = - 21 = −7
a 3 3
c + (- 24 ) − 24 REPRESENTAÇÃO
P = x '⋅x " = = = = −8
a 3 3 Representando a soma x’ + x” = S
a = 4, Representando o produto x’ . x” = P
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0
2
3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
c = –16 Exemplos:
b 0 a) raízes 3 e – 4
S = x ' + x "= − = = 0 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
a 4 P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
c + (- 16 ) − 16 x – Sx + P = 0
P = x '⋅ x " = = = = −4 2
a 4 4 x + x – 12 = 0
a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1) b) 0,2 e 0,3
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15 Pela primeira equação, que vamos chamar de I:
Resolução:
2
x + 2x –15 = 0
2 2
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
∆ = 64
− 2 ± 64 −2 ± 8 Substituindo na segunda:
x= x=
2 ⋅1 2
Logo:
Aplicando na segunda:
Usando a fórmula:
De Produtos notáveis:
Logo
Dividindo por 2:
Substituindo em I:
Logo:
Outro exemplo
Substituindo em II:
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.
Substituindo em II:
Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.
Para y = 2, temos:
x=6–y
x=6–2
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: x=4
x+y=6
x=6–y Par ordenado (4; 2)
x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20 Exemplo 2
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equaç-
ão por 2) Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
y² – 6y + 8 = 0 x=y–3
y² – 2y – 3 = 0
∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
∆ = 4 + 12
∆ = 16
a = 1, b = –2 e c = –3
Solução:
Escolher um trajeto de A a C significa escolher um
caminho de A a B e depois outro, de B a C.
Blusa saia
Exercícios
1) Uma indústria automobilística oferece um determi-
nado veículo em três padrões quanto ao luxo, três
tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quan-
tas são as opções para um comprador desse car-
ro?
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas
diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e
6) Quantos números de 3 algarismos distintos po- que cada apartamento possui uma única porta de
demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, entrada, de quantos modos diferentes um morador
7, 8 e 9? pode chegar à rua?
3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de ma-
Solução: neiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo
Existem 9 possibilidades para o primeiro algarismo, por uma porta diferente da que se utilizou para en-
apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro. trar?
Assim, o número total de possibilidades é: 9 . 8 . 7 = 4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à
504 cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma
pessoa deseja viajar de A a C, passando por B.
Esquema: Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar
na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a
mesma linha?
5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a
identificação de um veículo se forem utilizados du-
as letras e quatro algarismos? (Observação: dis-
pomos de 26 letras e supomos que não haverá ne-
7) Quantos são os números de 3 algarismos distin- nhuma restrição)
tos?
6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser
confeccionadas se forem utilizados 4 letras e 2 al-
Solução:
garismos?
Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. 7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar
Temos 9 possibilidades para a escolha do primeiro com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o 8) Quantos números de três algarismos podemos
segundo algarismo, temos também 9 possibilidades,
formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5?
pois um deles foi usado anteriormente.
9) Quantos números de 4 algarismos distintos pode-
mos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibi- 10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos
lidades, pois dois deles já foram usados. O numero podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6
total de possibilidades é: 9 . 9 . 8 = 648 e 7?
11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
Esquema:
demos formar com os algarismos ímpares?
12) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
demos formar com o nosso sistema de numera-
ção?
13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distin-
tos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5
8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos e 6?
formar com os algarismos pares, sem os 14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algaris-
repetir? mos podemos formar com os algarismos 1, 2, 4, 5
e 7, sem os repetir?
Solução: 15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos,
Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6
e 7? E quantos ímpares?
Matemática 53 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distin-
tos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1,
2, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9. Aplicações
17) Quantos números compreendidos entre 2000 e 1) Calcular:
7000 podemos escrever com os algarismos ímpa- a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
res, sem os repetir? Solução:
18) Quantos números de 3 algarismos distintos possu- a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
em o zero como algarismo de dezena? b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
19) Quantos números de 5 algarismos distintos possu-
em o zero como algarismo das dezenas e come- 2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2.
çam por um algarismo ímpar?
20) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem Solução:
o algarismo da unidade de milhar igual a 2? x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒
21) Quantos números se podem escrever com os alga- ⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
rismos ímpares, sem os repetir, que estejam com- ∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0
preendidos entre 700 e 1 500?
22) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pes- x = 0 (não convém)
soas tomam o ônibus. De quantas maneiras dife- ou
rentes elas podem ocupar os lugares? x = 1 ( não convém)
23) Dez times participam de um campeonato de fute- ou
bol. De quantas formas se podem obter os três x = 5 (convém)
primeiros colocados? S = {5}
24) A placa de um automóvel é formada por duas letras
seguidas e um número de quatro algarismos. Com 3) Quantos números de 3 algarismos distintos
as letras A e R e os algarismos pares, quantas pla- podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4,
cas diferentes podem ser confeccionadas, de modo 5, 6, 7, 8 e 9?
que o número não tenha nenhum algarismo repeti-
do? Solução:
25) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o prin-
algarismos distintos podem ser formados com 2, 3, cipio fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmu-
4, 6 e 9. la, o número de arranjos simples é:
26) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números
quatro algarismos distintos que podem ser forma-
dos com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Observação: Podemos resolver os problemas sobre
arranjos simples usando apenas o principio fundamen-
ARRANJOS SIMPLES tal da contagem.
Introdução: Exercícios
Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2 1) Calcule:
algarismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4
Os números são :
12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43 2) Efetue:
A 8,2 + A 7,4
Observe que os números em questão diferem ou a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 – A 10,2 b)
A 5,2 − A10,1
pela ordem dentro do agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos
elementos componentes (13 ≠ 24). Cada número se
comporta como uma sequência, isto é : 3) Resolva as equações:
(1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4) a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x – 1)
Solução:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições
disponíveis. Exercícios
Assim: 1) Considere a palavra CAPITULO:
a) quantos anagramas podemos formar?
b) quantos anagramas começam por C?
c) quantos anagramas começam pelas letras C, A
e P juntas e nesta ordem?
d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
Ou então, P8 = 8 ! = 40.320 anagramas juntas e nesta ordem?
e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A; juntas?
assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7 f) quantos anagramas começam por vogal e ter-
posições, Então: minam em consoante?
2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA
começam e terminam por vogal?
3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA
possuem as vogais e consoantes alternadas?
4) De quantos modos diferentes podemos dispor
c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas as letras da palavra ESPANTO, de modo que as
pela sílaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restan- vogais e consoantes apareçam juntas, em
tes em 5 posições. Então: qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com
as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as
vogais se mantenham nas respectivas posições.
{
{
1 temos:
2 1 1 componentes, e são chamados combinações simples
Assim,
dos 4 elementos tomados 2 a 2.
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 !
p5(2,1,1) = = 60 anagramas
2! O número de combinações simples dos n elementos
n
Exercícios tomados p a p é indicado por Cn,p ou .
1) O número de anagramas que podemos formar p
com as letras da palavra ARARA é:
a) 120 c) 20 e) 30 OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.
b) 60 d) 10
Fórmula:
2) O número de permutações distintas possíveis
com as oito letras da palavra PARALELA, n!
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN
p! ( n - p )!
n!
pn (α1, α 2 , . . . αr ) =
α1 ! α ! . . . αr !
Aplicações
1) calcular:
começando todas com a letra P, será de ; a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4
a) 120 c) 420 e) 360
b) 720 d) 24 Solução:
7! 7 ⋅ 6!
3) Quantos números de 5 algarismos podemos a) C7,1 = = =7
formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que 1! 6 ! 6!
o 3 apareça três vezes em todos os números? 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 !
b) C7,2 = = = 21
a) 10 c) 120 e) 6 2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 !
b) 20 d) 24
4) Obter n, tal que Cn,2 = 28. b) C10,3 – C6,3 – C4,3 = 96 triângulos onde
n = -7 (não convém)
8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas.
5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2 De quantos modos é possível tirar 7 bolas das
distintos. Obter o número de triângulos que po- quais pelo menos 4 sejam pretas?
demos formar com vértice nos pontos indicados:
Solução:
As retiradas podem ser efetuadas da seguinte
forma:
4 pretas e 3 brancas ⇒ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou
5 pretas e 2 brancas ⇒ C6,5 . C10,2 = 270 ou
6 pretas e1 branca ⇒ C6,6 . C10,1 = 10
Solução: Exercícios
Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3 1) Calcule:
desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú- a) C8,1 + C9,2 – C7,7 + C10,0
mero de triângulos é dado por: b) C5,2 +P2 – C5,3
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5! c) An,p . Pp
C 8,3 = = = 56
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5! 2) Obtenha n, tal que :
a) Cn,2 = 21
6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5 b) Cn-1,2 = 36
moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra- c) 5 . Cn,n - 1 + Cn,n -3 = An,3
pazes e 2 moças, podem ser formadas?
3) Resolva a equação Cx,2 = x.
Solução:
Na escolha de elementos para formar uma 4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui
Matemática 58 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
um conjunto de 8 elementos? c) pelo menos três sejam azuis
9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos 21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não
distintos. Obtenha: alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre
a) o número de retas distintas que esses uma reta. O número de retas determinadas por
pontos determinam; estes pontos é:
b) o número de triângulos com vértices nesses a) 180
pontos; b) 1140
c) o número de quadriláteros com vértices c) 380
nesses pontos; d) 190
d) o número de hexágonos com vértices e) 181
nesses pontos.
22) Quantos paralelogramos são determinados por
10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 dire- um conjunto de sete retas paralelas,
tores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comis- interceptando um outro conjunto de quatro retas
sões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser paralelas?
formadas? a) 162
b) 126
11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas c) 106
pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bo- d) 84
las, das quais duas sejam brancas e 3 sejam e) 33
pretas?
23) Uma lanchonete que vende cachorro quente o-
12) Em uma prova existem 10 questões para que os ferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e
alunos escolham 5 delas. De quantos modos is- molho de tomate, como tempero adicional.
to pode ser feito? Quantos tipos de cachorros quentes diferentes
(Pela adição ou não de algum tempero) podem
13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10 ser vendidos?
pessoas pode ser dividido em 3 grupos conten- a) 12
do, respectivamente, 5, 3 e duas pessoas? b) 24
c) 16
14) Quantas diagonais possui um polígono de n la- d) 4
dos? e) 10
15) São dadas duas retas distintas e paralelas. So- 24) O número de triângulos que podem ser traçados
bre a primeira marcam-se 8 pontos e sobre a utilizando-se 12 pontos de um plano, não ha-
segunda marcam-se 4 pontos. Obter: vendo 3 pontos em linha reta, é:
a) o número de triângulos com vértices nos a) 4368
pontos marcados; b) 220
b) o número de quadriláteros convexos com c) 48
vértices nos pontos marcados. d) 144
e) 180
16) São dados 12 pontos em um plano, dos quais 5, 25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 de-
e somente 5, estão alinhados. Quantos triângu- fensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 a-
los distintos podem ser formados com vértices tacantes. Um técnico dispõe de 21 jogadores,
em três quaisquer dos 12 pontos? sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de
meio campo e 5 atacantes. De quantas manei-
17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pre- ras poderá escalar sua equipe?
tas e 4 azuis. De quantos modos podemos tirar a) 630
6 bolas das quais: b) 7 000
a) nenhuma seja azul c) 2,26 . 10
9
EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face Aplicações
voltada para cima: 1) Considerar o experimento "registrar as faces
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} voltadas para cima", em três lançamentos de
uma moeda.
Lançamento de uma moeda e observação da face a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
voltada para cima : b) Escreva o espaço amostral.
E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
Solução:
Lançamento de duas moedas diferentes e a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para
observação das faces voltadas para cima: cada lançamento temos duas possibilidades e,
E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) } assim: 2 . 2 . 2 = 8.
b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R,
Evento: R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) }
Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço
amostral. Tomemos, por exemplo, o lançamento de um 2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara
dado : no lançamento de duas moedas".
• ocorrência do resultado 3: {3}
• ocorrência do resultado par: {2, 4, 6} Solução:
• ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo) Cada elemento do evento será representado por um
• ocorrência de resultado maior que 6 : φ (evento par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A
impossível) = {(C,R), (R,C), (C,C)}
3) Obter o número de elementos do evento "soma
Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as de pontos maior que 9 no lançamento de dois
operações entre conjuntos apresentadas a seguir. dados".
• União de dois eventos - Dados os eventos A e B,
chama-se união de A e B ao evento formado pe- Solução:
los resultados de A ou de B, indica-se por A ∪ B. O evento pode ser tomado por pares ordenados com
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒
⇒ n(S) = 6 elementos
2
P( A ) =
3
Aplicações
4) No lançamento de duas moedas, qual a
probabilidade de obtermos cara em ambas? 8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade
de obtermos na face voltada para cima um
Solução: número primo?
Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4 Solução:
Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ n(E) = 6
Evento A : A = {(C, C)} ⇒ n(A) =1 Evento A : A = {2, 3, 5} ⇒ n(A) = 3
Solução:
A ∩ B= φ , então, P(A ∪ B) = P(A) + P(B).
Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos
pontos: Aplicações
A 1) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4
B 1 2 3 4 5 6 azuis. Retirando-se uma bola da urna, qual a
probabilidade de que ela seja branca ou verde?
1 2 3 4 5 6 7
2 3 4 5 6 7 8
Solução:
3 4 5 6 7 8 9
Número de bolas brancas : n(B) = 2
4 5 6 7 8 9 10 Número de bolas verdes: n(V) = 3
5 6 7 8 9 10 11 Número de bolas azuis: n(A) = 4
6 7 8 9 10 11 12
A probabilidade de obtermos uma bola branca ou
Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3 uma bola verde é dada por:
n( A ) 3 1 P( B ∪ V) = P(B) + P(V) - P(B ∩ V)
Assim: P ( A ) = = =
n ( E ) 36 12
Porém, P(B ∩ V) = 0, pois o evento bola branca e o
Exercícios evento bola verde são mutuamente exclusivos.
1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos
pontos iguais nos dois é: Logo: P(B ∪ V) = P(B) + P(V), ou seja:
1 1 7 2 3 5
a) c) e) P(B ∪ V) = + ⇒ P(B ∪ V ) =
3 6 36 9 9 9
5 1
b) d) 2) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se
36 36 obter o número 4 ou um número par?
2) A probabilidade de se obter pelo menos duas Solução:
caras num lançamento de três moedas é; O número de elementos do evento número 4 é n(A) =
3 1 1 1.
a) c) e)
8 4 5
1 1 O número de elementos do evento número par é n(B)
b) d) = 3.
2 3
Observando que n(A ∩ B) = 1, temos:
ADIÇÃO DE PROBABILIDADES
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E,
tem-se que:
1 3 1 3 1
⇒ P(A ∪ B) = + − = ∴ P( A ∪ B) =
P(A ∪ B) = P (A) + P(B) – P(A ∩ B) 6 6 6 6 2
Solução:
Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%.
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-
reta.
Solução:
Evento A : cartão com as duas cores
Evento B: face para o juiz vermelha e face para o
jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores
Temos:
1 1 5. ANGULO RASO
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A ∩ B) = ⋅
3 2 É formado por semi-retas opostas.
1
P(A ∩ B) = (alternativa e)
6
Respostas:
GEOMETRIA
7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
1.POSTULADOS O conceito de congruência é primitivo. Não há
a) A reta é ilimitada; não tem origem nem definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois
extremidades. ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
b) Na reta existem infinitos pontos. possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal
c) Dois pontos distintos determinam uma única reta de congruência: ≅ ).
Matemática 65 A Opção Certa Para a Sua Realização
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8. ÂNGULO RETO
Considerando ângulos suplementares e con-
gruentes entre si, diremos que se trata de ângulos
retos.
14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS
PARALELAS
Se uma reta transversal forma com duas retas de
um plano ângulos correspondentes congruentes, então
as retas são paralelas.
9. MEDIDAS
1 reto ↔ 90° (noventa graus)
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
Consequências:
a) ângulos alternos congruentes:
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos
90o = 89o 59’ 60” ) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos)
10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES
São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto. b) ângulos colaterais suplementares:
) )
a + q = 180 o
) ) (colaterais externos)
b + p = 180 o
) )
d + m = 180 o
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o
x = 30°
∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
Resp. : os ângulos medem 80º ) ) )
A; B; C são ângulos internos
3) As medidas de dois ângulos complementares ) ) )
estão entre si como 2 está para 7. Calcule-as. A ex ; B ex ; C ex são angulos externos
Resolução: Sejam x e y as medidas de 2
ângulos complementares. Então:
x + y = 90 o x + y = 90 o
x 2 ⇔ x 2 ⇔
= +1 = +1
y 7 y 7
x + y = 90o x + y = 90 o
x + y 9 ⇔ 90o 9
y =7 =
y 7 LEI ANGULAR DE THALES:
⇒ x = 20° e y = 70° ) ) )
Resp.: As medidas são 20° e 70°.
A + B + C = 180°
Consequências:
) )
A + A ex = 180° ) ) )
) ) ) ⇒ Aex = B + C
A + B + C = 180°
Resolução:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo Analogamente:
enunciado: ) ) )
B ex = A + C
â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔ â = 160° ) ) )
C ex = B + A
Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
) ) ) ) Soma dos ângulos externos:
a + b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20° ) ) )
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os A ex + B ex + Cex = 360°
agudos 20°.
16.2 – Classificação
5) Na figura, determine x.
16. TRIÂNGULOS
16.1 – Ângulos
G é o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP
16.6 – Desigualdades
) )
A ≅ A' AB ≅ A' B' Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe
) ) o maior ângulo e vice-Versa.
B ≅ B' e BC ≅ B' C' Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a
) ) soma dos outros dois.
C ≅ C' AC ≅ A' C'
⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C' 16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de
16.4 - Critérios de congruência um triângulo, determine o maior número inteiro
possível para ser medida do terceiro lado em
LAL: Dois triângulos serão congruentes se pos- cm.
suírem dois lados e o ângulo entre eles
congruentes. Resolução:
LLL: Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem os três lados respectivamente con-
gruentes.
ALA : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado entre eles
congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado oposto a um
deles congruentes.
x < 6 + 8 ⇒ x < 14
16.5 - Pontos notáveis do triângulo 6 < x + 8 ⇒ x > –2 ⇒ 2 < x < 14
a) O segmento que une o vértice ao ponto médio 8 < x + 6 ⇒ x > 2
do lado oposto é denominado MEDIANA.
O encontro das medianas é denominado Assim, o maior numero inteiro possível para medir o
BARICENTRO. terceiro lado é 13.
Resolução:
Resolução:
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°
5) Determine x no triângulo:
a + b + c = 13
Resolução:
a = 2b 3b = 9
a + b = 9
b =3 a = 6
e
Portanto: c = 4
17. POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de
lados possível (n = 3),
b) Si = 180° ( n – 2 )
17.4 – Quadriláteros
a) Trapézio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC
SEMELHANÇAS
b) Paralelogramo: 1. TEOREMA DE THALES
“Lados opostos paralelos dois a dois”. Um feixe de retas paralelas determina sobre um
AB // DC e AD // BC feixe de retas concorrentes segmentos cor-
respondentes proporcionais.
Propriedades: AB EF MN
1) Lados opostos congruentes. = = = ...
CD GH PQ
2) Ângulos apostos congruentes.
3) Diagonais se encontram no ponto médio AC EG MP
= = = ...
BC FG NP
c) Retângulo:
"Paralelogramo com um ângulo reto". etc...
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dada a correspondência entre dois triângulos,
dizemos que são semelhantes quando os ângulos
correspondentes forem congruentes e os lados
correspondentes proporcionais.
⇔ c DE
4.2 - TEOREMA + bPITÁGORAS
=a2 2 2
2 2 2
Resolução : a +b =c
∆ABC ~ ∆MNC ⇔
Exemplo:
AB AC x 9
= ⇒ = ∴x = 6 Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°
MN MC 4 6
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.
RETÂNGULO
Na figura:
Resolução:
a) Teorema de Pitágoras:
BC 2 = AB2 + AC2 ⇒ BC2 = 52 + 2 2 ⇒
⇒ BC = 29 ≅ 5,38 e 29
A é vértice do ângulo reto (Â = 90° ) MB =
) ) 2
B + C = 90°
AB BC
m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou
n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a MB BI
H é o pé da altura AH = h.
4.1 – Relações 5 29 29
AB HB = ⇔ BI = = 2,9
∆AHB ~ ∆CAB ⇔ ⇔ ⇔ 29 BI 10
a) CB AB AI = 2,1
2
⇔ AB 2 = CB ⋅ HB
ou (I) Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:
2
c =a.m
AC HC AI = 5 - 2,9 ⇒
∆AHC ~ ∆BAC ⇔ = ⇔
BC AC
5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC
2
ou b =a.n (II)
AH HB
∆AHB ~ ∆CHA ⇔ = ⇔
b) CH HA
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB
ou h2 = m . n (III)
Nas figuras valem as seguintes relações:
A altura é média proporcional entre os seg- δ 2 =PA . PB=PM . PN
mentos que determina sobre a hipotenusa
l3 = R 3
o número δ2 é denominado Potência do ponto • (lado em função do raio)
P em relação à circunferência. l 23 3
• Área: S=
δ 2
= d −R2 2
4
6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado: (área do triângulo equilátero em função do lado)
AB = l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema)
AC = l 3 (lado do triângulo) 2 2 2
a) Pitágoras: a = b + c ⇒
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo) ⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm
Relações: 2
b) C = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒ m = 5,4
2 2 2 cm
• AC = AH + HC ⇒ l3 3
h= 2
2 c) b = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒ n = 9,6
cm
(altura em função do lado)
2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m.
Calcule o seu perímetro:
Exemplo:
l 2 = 4 2 + 32 ⇒ l = 5m
Exercícios:
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm
e 6 cm; a hipotenusa mede:
a) 5 cm
Resolução: b) 14 cm
PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10 c) 100 cm
d) 10 cm
⇔
4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
⇔ x=18
2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm
4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja e 12 cm. A hipotenusa mede:
2
a) 13cm b) 17 cm c) 169 cm d) 7 cm
área é 9 3 m : 3) O valor de x na figura abaixo é:
Resolução:
l2 3 l2 3
S= ⇒9 3= ∴ l = 6m
4 4
l 3 6 3
h= ⇒h= ∴ h=3 3 m
2 2
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2 Respostas: 1) d 2) a 3) x = 3
A T = 2 ⋅ πR + 4πR = 6πR
2 2 2
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGU-
V = πR ⋅ 2R = 2πR
2 3 LO RETÂNGULO
Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em
A).
TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo
que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)
Razões trigonométricas
Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ân-
gulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):
hipotenusa. h1
sen C = ⇒ h1 = b ⋅ sen C
b
Comparando 1 e 2. temos:
c b
c . sen B = b . sen C ⇒ =
sen C sen B
Substituindo 2 em 1, temos:
2 2 2
b = a + c + 2 . a .( –c . cos B )
2 2 2
b = a + c – 2 a c . cos B
8 3 x 2 8 3 2 2 2 2
a = b + c – 2 b . c . cos A
⇒ = ⇒x= . 2 2 2
2 2 2 2 b = a + c – 2 a . c . cos B
2 2 2
c = a + b – 2 a . b . cos C
8 6
⇒ `x = ⇒ x=4 6
2 Exemplo:
No triângulo abaixo calcular a medida de b
LEI DOS COSENOS
2 2
1. No triângulo acutângulo ABC, temos b = a +
2
c - 2am
º
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180 – B)
m 4) Calcule x na figura:
=
c
º
Como cos (180 – B) = – cos B, por uma propriedade
não provada aqui, temos que:
m
– cos B = ⇒ m = – c . cos B
c
A = l ⋅ l = l2
Respostas
1) b = 2 2 cm, c = 6 + 2 cm
º º
2) Â = 30 ; Ĉ = 45
Exemplo 2
3) ( 2 3 + 6 – 2 ) cm Qual a área do quadrado de 5 cm de lado?
4) x = 100 2 cm Solução: A = l2
º º
5) Ĉ = 45 ; Â = 120 l = 5 cm
2
6) a = 7 cm A=5
2
7) d1 = 26 ; d2 = 50 A = 25 cm
2
8) 2,5 cm
PARALELOGRAMO
9) 108 cm
A = área do paralelogramo:
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS
A=B.H
RETÂNGULO
A=b.h
Perímetro: 2b + 2h Exemplo 3
Exemplo 1 A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
h = 4cm
TRIÂNGULO
D= diagonal maior
d = diagonal menor
Perímetro = é a soma dos quatro lados.
Área do losango:
Área do triângulo:
D ⋅ d
b ⋅ h A =
A = 2
2
Exemplo 4: Exemplo 6:
A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a Calcular a área do losango de diagonais 6 cm
metade da altura. Calcular sua área. e 5 cm.
b ⋅ h D ⋅ d
Solução: A = Solução: A =
2 2
h = 8cm 6 ⋅ 5
A =
h 8 2
b = = = 4 cm 2
2 2 A = 15 cm
8⋅4
A= CIRCULO
2
2
A = 16 m Área do círculo:
TRAPÉZIO
A = π R2
Perímetro: B + b + a soma dos dois lados.
A = área do círculo
Área do trapézio: R = raio
B = base maior π = 3,14
b = base menor
h = altura Exemplo 7
O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua
Exemplo 5: área.
Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm, A = π R2
base menor de 4 cm. e altura de 3 cm. 2
Solução: A = 3,14 . 3
(B + b ) ⋅ h A = 3,14 . 9
A= 2
A = 28,26 cm
2
B = 6 cm
b = 4 cm Geometria no Espaço
h = 3 cm
1. PRISMAS
A =
( 6 + 4) ⋅ 3
2 São sólidos que possuem duas faces apostas
2 paralelas e congruentes denominadas bases.
A = 15 cm
a l = arestas laterais
h = altura (distância entre as bases)
(diagonal)
D = a2 + b2 + c 2
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora
do plano dessa base.
Cálculos:
A b = área do polígono da base.
A l = soma das áreas laterais.
1.1 – Cubo
(área total)
AT = Al + Ab
O cubo é um prisma onde todas as faces são
quadradas.
1 (volume)
2
AT = 6 . a (área total) V= Ab ⋅ h
3
3
V=a (volume)
2.1 - Tetraedro regular
a = aresta
É a pirâmide onde todas as faces são triângulos
equiláteros.
(diagonal do cubo) a 6
D=a 3
h= ( altura )
3
1.2 - Paralelepípedo reto retângulo
AT = a2 3 (área total)
a3 2 ( volume )
V=
12
A b = πR 2 ( área da base)
2 2 2
g =h +R
A l = πRg (área lateral)
A l = 2πR ⋅ h A b = πR 2 (área da base)
( área lateral )
AT = Al + Ab (área total)
A T = 2A b + A l ( área total )
1
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
V = Ab ⋅h 3
( volume )
Logo:
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
h=R 3 (altura)
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
A b = πR 2 (base)
5. ESFERA
O repórter já tem explícitas na proposta de trabalho que Uma tabela associa a cada observação do fenômeno es-
recebeu algumas respostas para seu planejamento: tudado o número de vezes que ele ocorre. Este número cha-
ma-se freqüência.
os dados a coletar são os votos apurados;
Na tabela do exemplo dado, a freqüência de votos do
a população envolvida é o conjunto de todos os eleitores candidato A é 9, a do candidato B é 11, a do C é 14 e a do D
(não será utilizada amostragem, pois os eleitores se- é 16. Estas freqüências, representadas na segunda coluna,
rão consultados, através da votação); são as freqüências absolutas (F). Sua soma é igual a 50 que
é o número total de observações. Na coluna “% de votos”,
a coleta será direta, no local da apuração. obtida a partir do cálculo de porcentagem de votos de cada
candidato, estão representadas as freqüências relativas (Fr).
Falta resolver o último item do planejamento: como orga-
nizar os dados? 9
Candidato A = 0,18 = 18%
Os dados obtidos constituem os dados brutos. O repórter 50
poderá recorrer a uma organização numérica simples, regis-
trada através de símbolos de fácil visualização: 11
Candidato B = 0,22 = 22%
50
14
Candidato C = 0,28 = 28%
50
16
Candidato D = 0,32 = 32%
50
Agora, ele poderá fazer o rol desses dados, organizando-
os em ordem crescente (ou decrescente): A freqüência relativa (Fr) ou freqüência porcentual (F%) é
a relação entre a freqüência absoluta e o número total de
Candidatos Votos observações. Sua soma é 1 ou 100%:
D 9
B 11 0.18 + 0,22 + 0,28 + 0,32 = 1,00
A 14
C 16 18% + 22% + 28% + 32% = 100%
Exemplo 2: Dada a tabela abaixo, observe qual a variável
Deste modo, ele terá iniciado o trabalho de tabulação dos e qual a freqüência absoluta e calcule as freqüências relati-
dados. vas.
Apesar de as anotações do repórter trazerem todas as in- DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971
formações sobre os cinqüenta votos, provavelmente o jornal Faixa de renda Habitações
não irá publicá-los dessa forma. Ë mais provável que seja Até 1 salário mínimo 224 740
publicada uma tabela, com o número de votos de cada can- De 1 a 3 salários mínimos 363 860
didato e a respectiva porcentagem de votos: De 4 a 8 salários mínimos 155 700
Mais de 8 salários mínimos 47 500
Candidatos Numero % de votos Total 791 800
de Votos Fonte: Brasil em dados. Apud: COUTINHO, M. 1. C. e CU-
D 9 18 NHA,
B 11 22 S. E. Iniciação à Estatística. Belo Horizonte, Lê,
A 14 28 1979, p. 40.
C 16 32
Total 50 100 Solução: A variável é a renda, em salários mínimos por
habitação. As freqüências absolutas são os dados da tabela:
Este é um exemplo de distribuição por freqüência.
em 224 740 moradias a renda é de até 1 salário mínimo;
VARIÁVEIS E FREQÜÊNCIAS em 363 860 é de 1 a 3 salários;
em 155 700 está entre 4 e 8 salários;
No caso que estamos estudando, cada voto apurado pode em 47 800 é maior que 8 salários mínimos.
ser do candidato A, do B, do C ou do D. Como são cinqüenta
os votantes, o número de votos de cada um pode assumir
valores de 1 a 50. O número de votos varia. Ë uma variável.
Matemática 82 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para obter as freqüências relativas, devemos calcular as Li + Ls
porcentagens de cada faixa salarial, em relação ao total de Pm =
dados: 2
224740
até 1 salário mínimo = 0,28 = 28% O ponto médio da classe entre 4 e 8 salários é 6 salários
791800 mínimos.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971 Exemplo 3: A partir das idades dos alunos de uma escola,
Faixa de renda F Fr(F%) fazer uma distribuição por freqüência, agrupando os dados
Até 1 salário mínimo 224 740 28 em classes.
De 1 a 3 salários mínimos 363 860 46
De 4 a 8 salários mínimos 155 700 20 Idades (dados brutos):
Mais de 8 salários mínimos 47 500 6
Total 791 800 100 8 8 7 6 9 9 7 8 10 10 12 15 13 12
Estados
Rio Grande do Sul
Vendas da Companhia Delta
Santa Catarina
500
(Cr$1.000,00)
450
400 380 400 0 5.000 10.00 15.00
350
Vendas
300 300
200 230 260 0
toneladas 0
100
0
1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 3. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS MÚLTIPLAS
Anos
ESTE TIPO DE GRÁFICO É GERALMENTE EMPREGA-
DO QUANDO QUEREMOS REPRESENTAR, SIMULTÂNEA
2. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS MENTE, DOIS OU MAIS FENÔMENOS ESTUDADOS COM
O PROPÓSITO DE COMPARAÇÃO.
São representados por retângulos de base comum e
altura proporcional à magnitude dos dados. Quando dispos-
tos em posição vertical, dizemos colunas; quando colocados BALANÇA COMERCIAL
na posição horizontal, são denominados barras. Embora BRASIL – 1984 - 1988
possam representar qualquer série estatística, geralmente ESPECIFI- VALOR (US$ 1.000.000)
são empregados para representar as séries específicas ( os CAÇÃO 1984 1985 1986 1987 1988
dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência).
27.0 25.6 26.2 22.3 33.789
05 39 24 48 14.605
A) Gráfico em Colunas
13.9 13.1 14.0 15.0
16 53 44 52
População Brasileira ( 1940 – 1970)
Fonte: Ministério das Economia
Ano População
1940 41.236.315
BALANÇA COMERCIAL
1950 51.944.398 BRASIL - 1984-88
1960 70.119.071
1970 93.139.037
Fonte: Anuário Estatístico - 1974 40.000
30.000
MILHÃO
US$
20.000
População do Brasil 10.000
0
exportação
1984
1985
100000000
1986
1987
1988
80000000
População
60000000 ANOS
40000000
20000000
4. GRÁFICO EM SETORES
0
1940 1950 1960 1970 É a representação gráfica de uma série estatística, em
um círculo, por meio de setores circulares. É emprega-
ANOS
do sempre que se pretende comparar cada valor da série
com o total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em
tantos setores quantas são as partes. Para construí-lo,
B) Gráfico em Barras divide-se o círculo em setores, cujas áreas serão proporcio-
nais aos valores da série. Essa divisão poderá ser obtida por
Produção de Alho – Brasil (1988) meio de uma regra de três simples e direta.
32 ----------- y Janeiro
600
Dezembro Fevereiro
y = 56,7º y = 57º 400
Novembro Março
200
Para Ovinos:
203 -----------360º Outubro 0 Abril
É a representação de uma série por meio de um polígono. O cartograma é a representação sobre uma carta geo-
É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, gráfica.
isto é, séries temporais que apresentam em seu desenvolvi- Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar
mento determinada periodicidade, como, por exemplo, a os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas
variação da precipitação pluviométrica ao longo do ano ou geográficas ou políticas.
da temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona
Azul durante a semana, o consumo de energia elétrica du- Distinguimos duas aplicações:
rante o mês ou o ano, o número de passageiros de uma
linha de ônibus ao longo da semana, etc. Representar dados absolutos (população) – neste caso,
lançamos mão, em geral, dos pontos, em número
O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas proporcional aos dados.
polares. Representar dados relativos (densidade) – neste caso,
lançamos mão, em geral, de Hachuras.
2. POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS
A PRODU-
NO ÇÃO
1972 9.974 OBSERVAÇÕES:
1973 19.814
1974 22.117 a) O HISTOGRAMA e o POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS, em
1975 24.786 termos de fi , fr e f% têm exatamente o mesmo aspecto, mu-
dando apenas a escala vertical;
ANOS
b) Observe que, como o primeiro valor da tabela é bem maior
que zero, adotamos aproxima-lo do zero através da conven-
1975 ção:
1974
•
30
c) Md = Li + (P - ' fa ) . h = 6 + (13 - 8) . 2 = 6 + 1
fi 10
Md = 7
Li = 6 , ∆1 = 10 – 5 = 5 ,
∆2 = 10 – 6 = 4 , h=8–6=2
∆1
Mo = Li + .h =
∆1 + ∆ 2
5
6 + . 2 = 6 + 1,11... ≅ 7,11
Para obtermos a mediana, a partir da OGIVA DE GALTON, 5+4
tomamos em fa = 26 a freqüência percentual que irá corres-
ponder à 100% ou seja, f%a = 100. Mo ≅ 7,11
Como a mediana corresponde ao termo central, localizamos
o valor da fa que corresponde à 50% da f%a, que neste caso, IV) Cálculo da moda pela fórmula de PEARSON:
é fa = 13. A mediana será o valor da variável associada a
esse valor no eixo das abscissas ou seja, Md = 7 M o ≅ 3.Md – 2. x
M o = 3 . 7 – 2 . 6,92 = 21 – 13,84 = 7,16
CÁLCULO DA MODA PELA FÓRMULA DE PEARSON
Mo ≅ 7,16
M o ≅ 3 . Md – 2. x MEDIDAS DE UMA DISTRIBUIÇÃO
Segundo PEARSON, a moda é aproximadamente igual à Há certas medidas que são típicas numa distribuição: as
diferença entre o triplo da mediana e o dobro da média. Esta de tendência central (médias), as separatrizes e as de dis-
fórmula dá uma boa aproximação quando a distribuição persão.
apresenta razoável simetria em relação à média.
MÉDIAS
Exemplo: Seja a distribuição:
Consideremos, em ordem crescente, um rol de notas ob-
Classes PM fi fa PM . fi tidas por alunos de duas turmas (A e B):
02 |---- 04 3 3 3 9
04 |---- 06 5 5 8 25 Turma A: 2 3 4 4 5 6 7 7 7 7 8
06 |---- 08 7 10 18 70 Turma B: 2 3 4 4 4 5 6 7 7 8 9
08 |---- 10 9 6 24 54
10 |---- 12 11 2 26 22 Observemos para cada turma:
∑ 26 180
valor que ocupa a posição central:
A quantidade de dados é:
n = 20
O valor que aparece com maior freqüência:
A soma dos dados é:
∑ x = 18 + 17 + 17 + 16 + 16 + 15 + 15 + 15 + 14 +
+ 14 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 12 + 12 +12 +
+ 11 + 11 = 280
O quociente da somatória ( ∑ ) dos dados (x) pela
A média aritmética é:
Solução:
Este é o cálculo da média aritmética pelo chamado pro-
cesso longo.
(8,0.1) + (5,0.1) + (7,0.2) 27
média é: = = 6,75
1+ 1+ 2 4 Podemos, no entanto, calcular a Ma, sem cálculos demo-
rados, utilizando o processo breve. Para isso, devemos com-
Temos então um exemplo de média aritmética ponderada preender o conceito de desvio (d), que é a diferença entre
(Mp). cada dado e a Ma. O desvio também pode ser chamado de
afastamento.
No exemplo 2, os fatores de ponderação são as freqüên-
cias dos dados. No exemplo 3, são os pesos atribuídos às No exemplo que acabamos de ver, os dados estão agru-
provas. pados em classes; são, portanto, considerados coincidentes
com os pontos médios das classes às quais pertencem. Os
A média ponderada é usada quando já temos os dados desvios são:
dispostos em tabelas de freqüência ou quando a ponderação
dos dados já é determinada. d = α. F, onde α = Pm — Ma.
Ms = 162,5
152,5- 162,5= -10 = -2.5 = -2. h ⇒ c = -2 Todos os histogramas de distribuições normais são mais
157,5- 162,5= -5 = -1.5 = -1. h ⇒ c = -1 ou menos simétricos em relação à Ma. Os dados de maior
162,5- 162,5= 0= 0.5= 0.h⇒c=0 freqüência se aproximam da Ma.
167,5- 162,5= 5= 1.5= 1.h⇒c=1
Você deve ter notado que a média aritmética é um valor
172,5- 162,5= 10= 2.5= 2.h⇒c=2
que engloba todos os dados. Se houver dados discrepantes,
177,5- 162,5= 15= 3.5= 3.h⇒c=3 eles influirão no valor da Ma.
n +1
P=
2
A mediana está entre o nono e o décimo dado (operários). Se Fa = P, a mediana é o limite superior da classe com
Observemos que a Fa imediatamente superior a 9,5 é 13, e essa freqüência acumulada.
corresponde à diária de R$250,00. A mediana está entre os
oito operários que recebem essa diária. A diária mediana é: Se P ≠ Fa, calculamos d P — Fa (Fa imediatamente supe-
rior à P).
Md = R$250,00
Armamos então a proporção:
De fato, se colocássemos os operários em fila, por ordem
de diária, teríamos: x h
=
5 operários com diárias de R$200,00 d F
8, com diárias de R$250,00
F é a freqüência da classe à qual pertence a mediana;
h é a amplitude da classe;
x é o número que somado ao limite inferior da classe em
questão nos dará a mediana.
A amplitude da classe é h = 5
d⋅h
Md = 160 +
F
Podemos observar que o peso dos meninos é em média Solução: Devemos encontrar um intervalo de amplitude
maior que o das meninas. 2s, em torno da Ma:
Solução:
Raciocínio lógico é a ligação de proposições, ou seja, é o Inferência: É o ato de extrair conclusões com base nas
processo pelo qual o pensamento de duas ou mais relações premissas que compõe o argumento.
conhecidas infere uma outra relação, decorrente lógica das
anteriores. O raciocínio lógico serve para analisar, argumen- Métodos de raciocínio lógico
tar, justificar ou provar hipóteses. É exato, baseia-se em
dados que se podem confirmar. É um tipo de pensamento Existem três métodos de raciocínio lógico através de infe-
que segue regras, divide os objetos de análise em partes e é rência:
linear para chegar à conclusão.
Dedução: A conclusão é totalmente derivada das pre-
Nosso aprendizado sobre raciocínio lógico é baseado na missas.
lógica clássica ou lógica aristotélica, a mesma usada por Exemplo: Roger é engenheiro. Todo engenheiro é bom em
filósofos e matemáticos. A metodologia adotada é adaptada cálculo. Logo, Roger é bom em cálculo.
de forma diferente para cada área de conhecimento que se
utiliza do raciocínio lógico.
Indução: A conclusão tem abrangência maior que as
premissas.
Princípios do raciocínio lógico Exemplo: Roger é engenheiro. Roger é bom em cálculo.
Logo, todo engenheiro é bom em cálculo.
Princípio da Identidade: Todo objeto é idêntico a si
mesmo. Abdução: A conclusão e a regra são usadas para de-
terminar as premissas.
Princípio da não-contradição: Uma proposição não
poderá ser ao mesmo tempo falsa e verdadeira. Exemplo: Roger é bom em cálculo. Todo engenheiro é
bom em cálculo. Logo, Roger é engenheiro.
Princípio do Terceiro excluído: Dadas duas proposi-
ções contraditórias, uma delas é verdadeira. Conectivos lógicos
Conceitos do raciocínio lógico Conectivos são palavras usadas para ligar proposições
simples, criando novas proposições. Vamos aprender três
Proposição formas pelas quais os conectivos podem ser expressos: a
forma como aparece nas proposições (ou a ideia implícita),
Proposição é o conjunto de palavras ou símbolos que re- seu nome e a forma como é simbolizado.
presentam um pensamento completo. Quando palavras,
devem ser sentenças declarativas fechadas. Não são interro- E = conjunção (^). Uma conjunção só será verdadeira se
gações, exclamações ou frases no imperativo. As proposi- todas as proposições componentes forem verdadeiras, ou
ções transmitem pensamentos que poderão ser considerados seja, se uma proposição for falsa, todas são falsas.
verdadeiros ou falsos. Das proposições com palavras, po-
dem-se extrair símbolos. OU = disjunção (v). Uma disjunção será falsa quando as
duas partes que a compõe forem falsas, nos demais casos a
As proposições podem ser simples ou compostas: disjunção é verdadeira, ou seja, basta que uma das proposi-
ções componentes seja verdadeira para que toda a proposi-
Proposição simples: menor parcela que pode ser es- ção seja verdadeira.
tudada dentro da lógica. Não tem nenhuma outra proposi-
ção como parte integrante. Geralmente é representada por OU…OU = disjunção exclusiva (v). Uma disjunção ex-
uma letra minúscula. clusiva só será verdadeira se houver a mútua exclusão das
sentenças, ou seja, só será verdadeira se uma das sentenças
Proposição composta: combinação de duas ou mais for verdadeira e outra falsa. Nos demais casos, a disjunção
proposições interligadas por meio de conectivos. exclusiva será falsa.
Regra (ou condicional): É a constante lógica que conec- SE…ENTÃO = condicional (->). Uma proposição condi-
ta duas proposições. cional somente terá valor falso se a primeira proposição for
verdadeira e a segunda for falsa. Nos outros casos, será
Valor lógico: Um dos dois possíveis juízos a ser atribuído verdadeira. Há várias formas de representação da condicio-
às proposições: ou são verdadeiras, ou são falsas. nal: Se A, B; B, se A; Quando A, B; A implica B; A é condição
suficiente para B; B é condição necessária para A; A somente
Premissa: Cada uma das duas proposições de um silo- se B; Todo A é B.
gismo. Uma proposição só é premissa quando faz parte de
um argumento.
Ana e inteligente. “Se todo homem inteligente é uma flor, então flores racio-
nais são homens solitários”.
São Paulo e uma cidade da região sudeste.
No cálculo proposicional o que dever ser considerado é a
Existe vida humana em Marte. forma do enunciado e não o significado que esta alcança no
A lua é um satélite da Terra mundo real.
Recife é capital de Pernambuco Portanto os exemplos acima permitem afirmar que o nú-
mero de nomes e/ou predicados que constituem as senten-
ças declarativas, afirmativas de sentido completo dão origem
Exemplos de não proposições: às denominadas proposições simples ou proposições com-
Como vai você? postas.
Como isso pode acontecer! 2.3 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DAS
PROPOSIÇÕES SIMPLES:
1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
Uma proposição simples ou um átomo ou ainda uma pro-
A Lógica Matemática constitui um sistema científico regido posição atômica, constituem a unidade mínima de análise do
por três leis principais, consideradas princípios fundamentais: cálculo sentencial e corresponde a uma estrutura tal em que
Princípio da não-contradição: uma proposição não não existe nenhuma outra proposição como parte integrante
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. de si próprio. Tais estruturas serão designadas pelas letras
latinas minúsculas tais como:
Princípio do terceiro excluído: toda preposição ou é
verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes p, q, r, s, u, v, w, p1, p2. . . ¸pn...
casos e nunca um terceiro. As quais são denominadas letras proposicionais ou variá-
veis enunciativas. Desta forma, pra se indicar que a letra
proposicional p designa a sentença: “A Matemática é atributo
Neste sistema de raciocínio tem-se estabelecido tão so-
da lógica”, adota-se a seguinte notação:
mente dois “estados de verdade”, isto é, a “verdade” e a “não
verdade”. Portanto a Lógica Matemática é um sistema biva- p: A matemática é atributo da lógica.
lente ou dicotômico, onde os dois estados de verdade servem Observe que a estrutura: “A matemática não é atributo da
para caracterizar todas as situações possíveis sendo mutua- lógica” não corresponde a uma proposição simples, pois
mente excludentes (isto é, a ocorrência da primeira exclui a possui como parte integrante de si outra proposição.
existência da segunda).
2.4 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE
Portanto de uma forma geral pode-se dizer que qualquer PROPOSIÇÒES COMPOSTAS:
entidade (proposição ou enunciado) em Lógica Matemática
apresenta apenas dois “estados de verdade” ou será corres- Uma proposição composta, ou uma fórmula proposicional
pondente a “verdade” ou correspondente a “falsidade” não ou uma molécula ou ainda uma proposição molecular é uma
admitindo quaisquer outras hipóteses e nem tão pouco a sentença declarativa, afirmativa, de sentido completo consti-
ocorrência dos dois estados de verdade simultaneamente. tuída de pelo menos um nome ou pelo menos um predicado
ou ainda negativa, isto é, são todas as sentenças que possu-
2. PROPOSIÇÕES OU ENUNCIADOS - FUNDAMENTA- em como parte integrante de si própria pelo menos uma outra
ÇÃO DO CÁLCULO PROPOSICIONAL proposição.
2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DICOTÔ- As proposições compostas serão designadas pelas letras
MICO OU BIVALENTE: latinas maiúsculas tais como:
A Lógica Matemática constitui em termos gerais um sis- P, Q, R, S, U, V, W, P1, P2. . . Pn...
tema científico de raciocínio, que se baseia em estados biva-
lentes, ou seja, é um sistema dicotômico onde a quaisquer de Considere as proposições simples:
suas entidades pode-se predicar a “verdade” ou a “falsidade”, p: A filosofia é arte
sendo estados mutuamente excludentes. Desta forma a partir q: A dialética é ciência.
de seus axiomas fundamentais e do sistema bivalente esta-
belecido desenvolver-se-á um método analítico de raciocínio Seja, portanto, a proposição composta “A filosofia é arte
que objetiva analisar a validade do processo informal a partir embora a dialética é a ciência”.
das denominadas primeiras verdades, “primícias”. Para se indicar que a dada sentença é designada pela le-
2.2 DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES NO tra proposicional P, sendo constituída de p e q componentes
CÁLCULO PROPOSICIONAL: adota-se a notação P (p, q): A filosofia é arte embora a dialé-
tica é a ciência.
Na linguagem falada ou escrita quatro são os tipos fun-
damentais de sentenças; quais sejam as imperativas, as Observe que uma fórmula proposicional pode ser constitu-
exclamativas, interrogativas e as declarativas (afirmativas ou ída de outras fórmulas proposicionais. Além do mais uma
negativas); tendo em vista que em lógica matemática tem-se letra proposicional pode designar uma única proposição, quer
apenas dois estados de verdade, esta tem por objeto de seja simples ou composta, contudo uma dada proposição
S (P, Q): Se a lógica condiciona a Matemática mas a dia- “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a ma-
lética fundamente o pensamento ambíguo, então a Lógica turidade da matemática e não ambos”
condiciona a matemática e/ou a dialética fundamente o pen- “Se a matemática é a juventude da lógica, então a lógica
samento ambíguo. é a maturidade da matemática”.
De forma simbólica tem-se que; “A matemática é a juventude da lógica se, e somente se,
P (p, q): p mas q a lógica é a maturidade da matemática”.
Condicional se...então, implica, logo, somente se Neste caso, não temos um argumento, porque não há ne-
Bi- ...se, e somente se...; ...é condição nhuma pretensão de justificar uma proposição com base nas
condicional necessária que ... outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um con-
junto de proposições com alguma relação entre si. Há apenas
uma sequência de afirmações. E um argumento é, como já
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA vimos, um conjunto de proposições em que se pretende que
uma delas seja sustentada ou justificada pelas outras — o
António Aníbal Padrão que não acontece no exemplo anterior.
Introdução
Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto
pode ter uma conclusão.
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina es-
tuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade Exemplos de argumentos com uma só premissa:
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos, Exemplo 1
inferências e raciocínios são termos equivalentes.
Premissa: Todos os portugueses são europeus.
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in- Conclusão: Logo, alguns europeus são portugueses.
teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a Exemplo 2
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus-
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro, Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
também temos de aceitar discutir os nossos argumentos. Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen- Exemplos de argumentos com duas premissas:
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori-
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu- Exemplo 1
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em
argumentos.
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
tuda filosofia.
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im- Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor- Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns
Exemplo 2
são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc-
tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte,
O que é um argumento? então a vida não faria sentido.
Premissa 2: Mas a vida faz sentido.
Um argumento é um conjunto de proposições que utiliza-
Conclusão: Logo, há vida para além da morte.
mos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A pro-
posição que queremos justificar tem o nome de conclusão; as
proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a justifi- Exemplo 3:
cam têm o nome de premissas.
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses.
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da Premissa 2: Todos os portugueses são europeus.
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a ra- Conclusão: Todos os minhotos são europeus.
zões, não é? Dirás qualquer coisa como:
É claro que a maior parte das vezes os argumentos
Os preços no bar da escola subiram; não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no
como eu lancho no bar da escola, o lanche argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida-
fica me mais caro. Portanto, preciso de um de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al.
aumento da "mesada". (2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar:
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento: mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
nham mais de 100000 euros por mês. o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
premissas não têm nenhum indicador. branca" e "Snow is white".
Ambiguidade e vagueza
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-
sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se- Para além de podermos ter a mesma proposição expres-
jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo, sa por diferentes frases, também pode acontecer que a
se eu disser: mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez
Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é
mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto. ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto
Admitindo que não morreu, onde estará? pode querer dizer que existe um homem português (sempre o
mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de ne- colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
nhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por sua).
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos
de forma automática. com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira
Proposições e frases indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" é
Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi- cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. Qui-
ções. Mas o que é uma proposição? nhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o se-
guinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filosofia".
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referirei Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento dedu- verdadeira;
tivo é válido quando é impossível que as suas premissas
sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para um
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
argumento ser válido, não basta que as premissas e a con-
clusão verdadeira;
clusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível que
sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa.
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
clusão falsa;
Considera o seguinte argumento:
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais
falsa; e
de 100000 euros por mês.
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000 Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
euros por mês. verdadeira.
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é Mas não podemos ter:
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo, são falsa.
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mourinho lido? Podes seguir esta regra:
ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exemplo, o
Mourinho como treinador de um clube do campeonato regio- Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
nal de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste caso, deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas serem alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado: Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Argumentos sólidos e argumentos bons
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
Este argumento é válido, pois é impossível que a pre- pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con-
missa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrário do clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa).
argumento que envolve o Mourinho, neste não podemos Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
imaginar nenhuma circunstância em que a premissa seja Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o caso em
que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto significa Um argumento sólido é um argumento válido
que a conclusão é falsa, mas a premissa também é falsa. com premissas verdadeiras.
Repara, agora, no seguinte argumento: Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
Premissa 1: Todos os números primos são pares. validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
Premissa 2: Nove é um número primo. ras e conclusão falsa.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a noção Todos os minhotos são alentejanos.
de validade dedutiva anteriormente apresentada: é impossí- Todos os bracarenses são minhotos.
vel que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Logo, todos os bracarenses são alenteja-
A validade de um argumento dedutivo depende da conexão nos.
lógica entre as premissas e a conclusão do argumento e não
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo: Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e
de trabalho dos alunos no ensino básico.
Sócrates era grego.
Logo, Sócrates era grego. Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
chegarem ao ensino secundário.
(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretário Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a conclu- porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
são são verdadeiras.) do que a conclusão.
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu- mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a fazer
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por- um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura,
que a conclusão se limita a repetir a premissa. noutras.
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per- Proposições simples e compostas
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
argumento não é persuasivo. racterizadas por apresentarem mais de uma proposição co-
nectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas letras
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen- maiúsculas: P, Q, R, S, T...
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que
esta: a proposição composta Q é formada pelas proposições sim-
ples r, s e t.
— Pai, preciso de um aumento da "mesa-
da". Exemplo:
— Porquê? Proposições simples:
— Porque sim. p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
r: 8 + 1 = 3 . 3
O que temos aqui? O seguinte argumento:
s: O número 7 é ímpar
t: O número 17 é primo
Preciso de um aumento da "mesada". Proposições compostas
Logo, preciso de um aumento da "mesada". P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu- R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja, Noções de Lógica
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um Sérgio Biagi Gregório
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse- 1. CONCEITO DE LÓGICA
gues persuadir ninguém.
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu- de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é mau
(ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um
a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumento: sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios
universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica
Se a vida não faz sentido, então Deus não se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
existe. to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
Mas Deus existe. as normas do pensamento correto.
Logo, a vida faz sentido.
Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com Não são proposições:
duplo sentido; tomar a figura pela realidade. 1) frases interrogativas: “Qual é o seu nome?”
2) frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!”
3) frases imperativas: “Estude mais.”
4) frases optativas: “Deus te acompanhe.”
Exemplos
1) Só há movimento no carro se houver combustível.
O carro está em movimento.
Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos,
Logo, há combustível no carro.
por isso, alguns gregos são chatos. Este argumento é
inválido porque todos os chatos lógicos poderiam ser
2) Tudo que respira é um ser vivo.
romanos!
A planta respira.
Logo, a planta é um ser vivo.
Ou estamos todos condenados ou todos nós somos
3) O som não se propaga no vácuo. salvos, não somos todos salvos por isso estamos todos
Na lua tem vácuo. condenados. Argumento válido,pois as premissas implicam a
Logo, não há som na lua. conclusão. (Lembre-se que não significa que a conclusão tem
de ser verdadeira, apenas se as premissas são verdadeiras
4) Só há fogo se houver oxigênio e, talvez, eles não são, talvez algumas pessoas são salvas e
Na lua não há oxigênio. algumas pessoas são condenadas, e talvez alguns nem
Logo, na lua não pode haver fogo. salvos nem condenados!)
Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um Um argumento sólido é um argumento válido com as
argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a premissas verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa. conclusão verdadeira.
A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as Indução matemática não deve ser incorretamente
formas que fazer argumentos válidos. Uma Forma de interpretada como uma forma de raciocínio indutivo, que é
Argumento é válida se e somente se todos os seus considerado não-rigoroso em matemática. Apesar do nome, a
argumentos são válidos. Uma vez que a validade de um indução matemática é uma forma de raciocínio dedutivo e é
argumento depende da sua forma, um argumento pode ser totalmente rigorosa.
demonstrado como inválido, mostrando que a sua forma é
inválida, e isso pode ser feito, dando um outro argumento da
Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma
mesma forma que tenha premissas verdadeiras mas uma
evidência para a conclusão. Um bom argumento indutivo terá
falsa conclusão. Na lógica informal este argumento é
uma conclusão altamente provável. Neste caso, é bem
chamado de contador.
provável que a conclusão realizar-se-á ou será válida. Diz-se
então que as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e
A forma de argumento pode ser demonstrada através da as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
utilização de símbolos. Para cada forma de argumento, existe John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos
um forma de declaração correspondente, chamado argumentos indutivos, que são: O método da concordância, o
de Correspondente Condicional. Uma forma de argumento é método da diferença, e o método das variações
válida Se e somente se o seu correspondente condicional é concomitantes.
uma verdade lógica. A declaração é uma forma lógica de
verdade, se é verdade sob todas as interpretações. Uma Argumentação convincente
forma de declaração pode ser mostrada como sendo uma
lógica de verdade por um ou outro argumento, que mostra se
tratar de uma tautologia por meio de uma prova. Um argumento é convincente se e somente se a
veracidade das premissas tornar verdade a provável
conclusão (isto é, o argumento é forte), e as premissas do
O correspondente condicional de um argumento válido é
argumento são, de fato, verdadeiras. Exemplo:
necessariamente uma verdade (verdadeiro em todos os
mundos possíveis) e, por isso, se poderia dizer que a
conclusão decorre necessariamente das premissas, ou
resulta de uma necessidade lógica. A conclusão de um Nada Saberei se nada tentar.
argumento válido não precisa ser verdadeira, pois depende
Uma falácia é um argumento inválido que parece válido, A base de verdade matemática tem sido objeto de um
ou um argumento válido com premissas "disfarçadas". Em longo debate. Frege procurou demonstrar, em particular, que
primeiro Lugar, as conclusões devem ser declarações, as verdades aritméticas podem ser obtidas a partir de lógicas
capazes de serem verdadeiras ou falsas. Em segundo lugar puramente axiomáticas e, por conseguinte, são, no final,
não é necessário afirmar que a conclusão resulta das lógicas de verdades. Se um argumento pode ser expresso
premissas. As palavras, “por isso”, “porque”, “normalmente” e sob a forma de frases em Lógica Simbólica, então ele pode
“consequentemente” separam as premissas a partir da ser testado através da aplicação de provas. Este tem sido
conclusão de um argumento, mas isto não é realizado usando Axioma de Peano. Seja como for, um
necessariamente assim. Exemplo: “Sócrates é um homem e argumento em Matemática, como em qualquer outra
todos os homens são mortais, logo, Sócrates é mortal”. Isso é disciplina, pode ser considerado válido apenas no caso de
claramente um argumento, já que é evidente que a afirmação poder ser demonstrado que é de uma forma tal que não
de que Sócrates é mortal decorre das declarações anteriores. possa ter verdadeiras premissas e uma falsa conclusão.
No entanto: “eu estava com sede e, por isso, eu bebi” não é
um argumento, apesar de sua aparência. Ele não está Argumentos políticos
reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu poderia ter
bebido por algum outro motivo. Um argumento político é um exemplo de uma
argumentação lógica aplicada a política. Argumentos
Argumentos elípticos Políticos são utilizados por acadêmicos, meios de
comunicação social, candidatos a cargos políticos e
Muitas vezes um argumento não é válido, porque existe funcionários públicos. Argumentos políticos também são
uma premissa que necessita de algo mais para torná-lo utilizados por cidadãos comuns em interações de comentar e
válido. Alguns escritores, muitas vezes, deixam de fora uma compreender sobre os acontecimentos políticos.
premissa estritamente necessária no seu conjunto de
premissas se ela é amplamente aceita e o escritor não FORMA DE UM ARGUMENTO
pretende indicar o óbvio. Exemplo: Ferro é um metal, por
isso, ele irá expandir quando aquecido. (premissa Os argumentos lógicos, em geral, possuem uma
descartada: todos os metais se expandem quando certa forma (estrutura). Uma estrutura pode ser criada a
aquecidos). Por outro lado, um argumento aparentemente partir da substituição de palavras diferentes ou sentenças,
válido pode ser encontrado pela falta de uma premissa - um que geram uma substituição de letras (variáveis lógicas) ao
"pressuposto oculto" - o que se descartou pode mostrar uma logo das linhas da álgebra.
falha no raciocínio. Exemplo: Uma testemunha fundamentada
diz “Ninguém saiu pela porta da frente, exceto o pastor, por
Um exemplo de um argumento:
isso, o assassino deve ter saído pela porta dos fundos”.
(hipótese que o pastor não era o assassino).
(1) Todos os humanos são mentirosos. João é humano.
Logo, João é mentiroso.
Retórica, dialética e diálogos argumentativos
Podemos reescrever o argumento separando cada
Considerando que os argumentos são formais (como se
sentença em sua determinada linha:
encontram em um livro ou em um artigo de investigação), os
diálogos argumentativos são dinâmicos. Servem como um
registro publicado de justificação para uma afirmação. (2) Todo humano é mentiroso.
Argumentos podem também ser interativos tendo como
interlocutor a relação simétrica. As premissas são discutidas, (3) João é humano.
bem como a validade das inferências intermediárias.
(4) Logo, João é mentiroso.
A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através
da oratória, ou outros meios de comunicação. Classicamente, Substituimos os termos similares de (2-4) por letras, para
o discurso no qual se aplica a retórica é verbal, mas há mostrar a importância da noção de forma de argumento a
também — e com muita relevância — o discurso escrito e o seguir:
discurso visual.
(5) Todo H é M.
Dialética significa controvérsia, ou seja, a troca de
argumentos e contra-argumentos defendendo proposições. O (6) J é H.
resultado do exercício poderá não ser pura e simplesmente
a refutação de um dos tópicos relevantes do ponto de vista, (7) Logo, J é M.
mas uma síntese ou combinação das afirmações opostas ou,
pelo menos, uma transformação qualitativa na direção do O que fizemos em C foi substituir "humano" por "H",
diálogo.
"João" por "J" e "mentiroso" por "M", como resultado dessas
alterações temos que (5-7) é uma forma do argumento
Argumentos em várias disciplinas original (1), ou seja (5-7) é a forma de argumento de (1).
Além disso, cada sentença individual de (5-7) é a forma de
As declarações são apresentadas como argumentos em sentença de uma respectiva sentença em (1).
todas as disciplinas e em todas as esferas da vida. A Lógica
está preocupada com o que consititui um argumento e quais Vale enfatizar que quando dois ou mais argumentos têm a
são as formas de argumentos válidos em todas as mesma forma, se um deles é válido, todos os outros também
interpretações e, portanto, em todas as disciplinas. Não são, e se um deles é inválido, todos os outros também são.
existem diferentes formas válidas de argumento, em
disciplinas diferentes.
Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o Para introduzir um quantificador "todos", você assume
desenvolvimento do método matemático, este considerado uma variável arbitrária, prova algo que deva ser verdadeira, e
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de então prova que não importa que variável você escolha, que
dados empíricos. aquilo deve ser sempre verdade. Um quantificador "todos"
pode ser removido aplicando-se a sentença para um objeto
em particular. Um quantificador "algum" (existe) pode ser
Através da aplicação do raciocínio, as ciências como um
adicionado a uma sentença verdadeira de qualquer objeto;
todo evoluíram para uma crescente capacidade do intelecto
pode ser removida em favor de um temo sobre o qual você
em alavancar o conhecimento. Este é utilizado para isolar
ainda não esteja pressupondo qualquer informação.
questões e desenvolver métodos e resoluções nas mais
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
diversas questões relacionadas à existência e sobrevivência
humana.
Lógica De Primeira Ordem
O raciocínio, um mecanismo da inteligência, gerou a
A linguagem da lógica proposicional não é adequada para
convicção nos humanos de que a razão unida
representar relações entre objetos. Por exemplo, se fôsse-
à imaginação constituem os instrumentos fundamentais para
mos usar uma linguagem proposicional para representar
a compreensão do universo, cuja ordem interna, aliás, tem
"João é pai de Maria e José é pai de João" usaríamos duas
um caráter racional, portanto, segundo alguns, este processo
letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhan-
é a base do racionalismo.
tes (por exemplo, P para simbolizar "João é pai de Maria "e Q
Logo, resumidamente, o raciocínio pode ser considerado para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos cap-
também um dos integrantes dos mecanismos dos tando com esta representação o fato de que as duas frases
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e falam sobre a mesma relação de parentesco entre João e
da solução de problemas, sendo parte do pensamento. Maria e entre José e João. Outro exemplo do limite do poder
de expressão da linguagem proposicional, é sua incapacida-
Lógica De Predicados de de representar instâncias de um propriedade geral. Por
exemplo, se quiséssemos representar em linguagem proposi-
Gottlob Frege, em sua Conceitografia (Begriffsschrift), cional "Qualquer objeto é igual a si mesmo " e "3 é igual a 3",
descobriu uma maneira de reordenar várias sentenças para usaríamos letras sentenciais distintas para representar cada
tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar uma das frases, sem captar que a segunda frase é uma ins-
como as sentenças se relacionam em certos aspectos. Antes tância particular da primeira. Da mesma forma, se por algum
de Frege, a lógica formal não obteve sucesso além do nível processo de dedução chegássemos à conclusão que um
da lógica de sentenças: ela podia representar a estrutura de indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa proprieda-
sentenças compostas de outras sentenças, usando palavras de, seria razoável querermos concluir que esta propriedade
como "e", "ou" e "não", mas não podia quebrar sentenças em vale para qualquer indivíduo do universo. Porém, usando
partes menores. Não era possível mostrar como "Vacas são uma linguagem proposicional para expressar "um indivíduo
animais" leva a concluir que "Partes de vacas são partes de arbitrário de um universo tem uma certa propriedade " e "esta
animais". propriedade vale para qualquer indivíduo do universo" usarí-
amos dois símbolos proposicionais distintos e não teríamos
A lógica sentencial explica como funcionam palavras como concluir o segundo do primeiro.
como "e", "mas", "ou", "não", "se-então", "se e somente se", e
"nem-ou". Frege expandiu a lógica para incluir palavras como A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre
"todos", "alguns", e "nenhum". Ele mostrou como podemos indivíduos de um mesmo universo de discurso e a lógica de
introduzir variáveis e quantificadores para reorganizar primeira ordem vai permitir concluir particularizações de uma
sentenças. propriedade geral dos indivíduos de um universo de discurso,
"Todos os humanos são mortais" se torna "Para todo assim como derivar generalizações a partir de fatos que va-
x, se x é humano, então x é mortal.". lem para um indivíduo arbitrário do universo de discurso.
Para ter tal poder de expressão, a linguagem de primeira
ordem vai usar um arsenal de símbolos mais sofisticado do
que o da linguagem proposicional.
"Alguns humanos são vegetarianos" se torna "Existe
algum (ao menos um) x tal que x é humano e x é Considere a sentença "Todo objeto é igual a si mesmo".
vegetariano".
Esta sentença fala de uma propriedade (a de ser igual a si
mesmo) que vale para todos os indivíduos de um universo de
discurso, sem identificar os objetos deste universo.
Frege trata sentenças simples sem substantivos como
predicados e aplica a eles to "dummy objects" (x). A estrutura Considere agora a sentença "Existem números naturais
lógica na discussão sobre objetos pode ser operada de que são pares".
acordo com as regras da lógica sentencial, com alguns
detalhes adicionais para adicionar e remover quantificadores. Esta sentença fala de um propriedade (a de ser par) que
O trabalho de Frege foi um dos que deu início à lógica formal vale para alguns (pelo menos um dos) indivíduos do universo
contemporânea. dos números naturais, sem, no entanto, falar no número" 0"
ou "2" ou "4",etc em particular.
Para expressar propriedades gerais (que valem para to- Lógicas como a lógica difusa foram então desenvolvidas
dos os indivíduos) ou existenciais (que valem para alguns com um número infinito de "graus de verdade",
indivíduos) de um universo são utilizados os quantificadores representados, por exemplo, por um número real entre 0 e 1.
∀ (universal) e ∃ (existencial), respectivamente. Estes quanti- Probabilidade bayesiana pode ser interpretada como um
ficadores virão sempre seguidos de um símbolo de variável, sistema de lógica onde probabilidade é o valor verdade
captando, desta forma, a idéia de estarem simbolizando as subjetivo.
palavras "para qualquer" e "para algum".
O principal objetivo será a investigação da validade de
Considere as sentenças: ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a
"Sócrates é homem" CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos
"Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estão tradicionalmente divididos em DEDUTIVOS e INDUTI-
estuda lógica" VOS.
A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de ARGUMENTO DEDUTIVO: é válido quando suas premis-
um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um domínio de dis- sas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira.
curso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "depar- Premissa : "Todo homem é mortal."
tamento de Ciência da Computação" e "lógica". Tais objetos Premissa : "João é homem."
poderão ser representados usando os símbolos , soc para Conclusão : "João é mortal."
"Sócrates", cc para "departamento de Ciência da Computa-
ção", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbo- ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não
los de constantes. basta para assegurar a verdade da conclusão.
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam ob- Premissa : "Está chovendo."
jetos do universo de discurso considerado, isto é, "ser aluno Conclusão: "Ficará nublado."
de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os
seus departamentos, "estuda" relaciona os indivíduos de As premissas e a conclusão de um argumento, formula-
uma universidade com as matérias. Para representar tais das em uma linguagem estruturada, permitem que o argu-
relações serão usados símbolos de predicados (ou relações). mento possa ter uma análise lógica apropriada para a verifi-
Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que cação de sua validade. Tais técnicas de análise serão trata-
são símbolos de relação binária. As relações unárias expres- das no decorrer deste roteiro.
sam propriedades dos indivíduos do universo (por exemplo
"ser par","ser homem"). A relação "ser igual a" é tratata de OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PRO-
forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualda- POSICIONAL
de ≈. • VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minús-
culas p,q,r,s,.... para indicar as proposições (fórmulas
Desta forma podemos simbolizar as sentenças considera- atômicas) .
das nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por ∀x x≈x; Exemplos: A lua é quadrada: p
- "Existem números naturais que são pares" por A neve é branca : q
∃xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc); • CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas po-
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Computa- dem ser combinadas entre si e, para representar tais
ção estuda lógica" por∀x(Aluno(x,cc) →Estuda (x,lg)). combinações usaremos os conectivos lógicos:
∧: e , ∨: ou , → : se...então , ↔ : se e somente se , ∼: não
Já vimos como representar objetos do domínio através de
constantes.Uma outra maneira de representá-los é atravez do Exemplos:
uso de símbolos de função. • A lua é quadrada e a neve é branca. : p ∧ q (p e q são cha-
mados conjuntos)
Por exemplo podemos representar os números naturais • A lua é quadrada ou a neve é branca. : p ∨ q ( p e q são
"1", "2", "3", etc através do uso de símbolo de função, diga- chamados disjuntos)
mos, suc, que vai gerar nomes para os números naturais "1", • Se a lua é quadrada então a neve é branca. : p → q (p é o
"2", "3", etc. a partir da constante 0, e. g., "1" vai ser denotado antecedente e q o conseqüente)
por suc(0), "3" vai ser denotado por suc(suc(suc(0))), etc. • A lua é quadrada se e somente se a neve é branca. : p ↔ q
Seqüências de símbolos tais como suc(0) e suc(suc(suc(0))) • A lua não é quadrada. : ∼p
são chamadas termos.
• SÍMBOLOS AUXILIARES: ( ), parênteses que servem
Assim, a frase "Todo número natural diferente de zero é para denotar o "alcance" dos conectivos;
sucessor de um número natural" pode ser simbolizada por
∀x(¬x≈0 →∃ysuc(y)≈x). Fonte: UFRJ Exemplos:
• Se a lua é quadrada e a neve é branca então a lua
Lógica De Vários Valores não é quadrada.: ((p ∧ q) → ∼ p)
• A lua não é quadrada se e somente se a neve é
Sistemas que vão além dessas duas distinções branca.: ((∼
∼ p) ↔q))
(verdadeiro e falso) são conhecidos como lógicas não-
aristotélicas, ou lógica de vários valores (ou então lógicas • DEFINIÇÃO DE FÓRMULA :
polivaluadas, ou ainda polivalentes). 1. Toda fórmula atômica é uma fórmula.
2. Se A e B são fórmulas então (A ∨ B), (A ∧ B), (A → B),
No início do século 20, Jan Łukasiewicz investigou a (A ↔ B) e (∼
∼ A) também são fórmulas.
extensão dos tradicionais valores verdadeiro/falso para incluir 3. São fórmulas apenas as obtidas por 1. e 2. .
um terceiro valor, "possível".
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é
uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou considerada de menor idade caso tenha menos que 18 anos,
matemática) modela de forma acurada a realidade que o que faz com que a proposição B seja F, na interpretação da
descreve. Em física quântica, muitos comportamentos proposição A ser V. Vamos a alguns exemplos:
paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza "Maria não tem 23 anos" (nãoA)
de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos "Maria não é menor"(não(B))
ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos "Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B)
modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da "Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B)
Semântica Geral, resume o conceito simplesmente "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo "Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ou
comum das limitações da linguagem são algumas formas do B)
verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de "Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou
estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um não(B))
significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" "Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e não(B))
com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => B)
paradoxos. Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor"
(não(A) => B)
Tipos de paradoxos "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
Temas comuns em paradoxos incluem auto-referências "Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é menor"
diretas e indiretas, infinitudes, definições circulares e (C <=> não(B))
confusão nos níveis de raciocínio.
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos
W. V. Quine (1962) distingüe três classes de paradoxos: não (negação), e (conjunção), ou (disjunção), => (implica-
Os paradoxos verídicos produzem um resultado que ção) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados
parece absurdo embora seja demonstravelmente conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo
verdadeiro. Assim, o paradoxo do aniversário de para representar uma proposição: C representa a proposição
Frederic na opereta The Pirates of Penzance Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa Maria não é
Composta ou Molecular - é a proposição formada pela Exemplo 2 - (CVM 2000 ESAF) - Cinco colegas foram a um
combinação de duas ou mais proposições. São habitualmen- parque de diversões e um deles entrou sem pagar. Apanha-
te designadas por letras maiúsculas P, Q, R, S ..., também dos por um funcionário do parque, que queria saber qual
denominadas letras proposicionais. deles entrou sem pagar, ao serem interpelados:
26) A negação da sentença “Todas as mulheres são elegan- Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
tes” está na alternativa: tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
a) Nenhuma mulher é elegante. ças. Por exemplo:
b) Todas as mulheres são deselegantes. (2)
c) Algumas mulheres são deselegantes. Todos os cariocas são brasileiros.
d) Nenhuma mulher é deselegante. Alguns cariocas são flamenguistas.
Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
27) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Pedro e Paulo A forma lógica de (2) é a seguinte:
estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em uma (2a)
fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e Pau- Todo A é B.
lo podem escolher seus lugares para sentar, de modo que Algum A é C.
fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a: Logo, algum B é A.
a) 80
b) 72 A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto
c) 90 dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos
d) 18 brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cario-
cas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil con-
28) MMMNVVNM está para 936 assim como MMNNVMNV cluir então que existem alguns brasileiros que são flamen-
está para: guistas, pois esses flamenguistas que são cariocas serão
a) 369 também brasileiros. Essa conclusão se segue das premissas.
b) 693
c) 963 Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são
d) 639 brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma
estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade
29) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Uma colher de eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas
sopa corresponde a três colheres de chá. Uma pessoa que outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí-
está doente tem que tomar três colheres de sopa de um re- vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para
médio por dia. No final de uma semana, a quantidade de analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura
colheres de chá desse remédio que ela terá tomado é de: interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
a) 63; tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a
b) 56; lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum
c) 28; e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argumen-
d) 21; to como o (2) depende da estrutura interna das sentenças. A
diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predicados
30) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada pes- ficará mais clara no decorrer desta e da próxima unidade.
soa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse respei-
to, assinale a afirmativa FALSA. Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
a) f[f(x)] = avô paterno de x tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade
b) g[g(x)] = avó materna de x vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na
c) f[g(x)] = avô materno de x próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
d) f[g(x)] = g[f(x)] cados.
Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque 9a. Negação da disjunção
tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e Comecemos pelos caso mais simples, a disjunção (inclu-
causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, entre- siva). Como vimos, uma disjunção A ou B é falsa no caso em
tanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o seu que tanto A quanto B são falsas. Logo, para negar uma dis-
mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse caso, junção, nós precisamos dizer que A é falsa e também que B é
em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso, falsa, isto é, não A e não B. Fica como exercício para o leitor
(30) é falsa. a construção das tabelas de verdade de A ou B e não A e
não B para constatar que são idênticas.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar, (1) João comprou um carro ou uma moto.
na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
equivalentes. A negação de (1) é:
Se A, B (2) João não comprou um carro e não comprou uma moto,
B, se A ou
Caso A, B (3) João nem comprou um carro, nem comprou uma moto.
B, caso A
Na linguagem natural, freqüentemente formulamos a ne-
As expressões abaixo também são equivalentes a se A, gação de uma disjunção com a expressão nem...nem. Nem
então B: A, nem B significa o mesmo que não A e não B.
A, somente se B (4) O PMDB receberá o ministério da saúde ou o PP re-
Somente se B, A ceberá o ministério da cultura.
A é condição suficiente para B A negação de (4) é:
B é condição necessária para A,mas elas serão vistas (5) Nem o PMDB receberá o ministério da saúde, nem o
com mais atenção na seção sobre condições necessárias e PP receberá o ministério da cultura.
suficientes.
Exercício: complete a coluna da direita da tabela abaixo
8. Variantes da condicional material com a negação das sentenças do lado esquerdo.
Partindo de uma condicional DISJUNÇÃO NEGAÇÃO
(31) Se A, então B A ou B não A e não B
podemos construir sua conversa, A ou não B
(32) Se B, então A não A ou B
sua inversa não A ou não B
(33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
não B, então não A. 9b. Negação da conjunção
Por um raciocínio análogo ao utilizado na negação da dis-
Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima junção, para negar uma conjunção precisamos afirmar os
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A, casos em que a conjunção é falsa. Esses casos são a se-
assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se gunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto
A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!! é, A e B é falsa quando:
(i) A é falsa,
Isso pode ser constatado facilmente pela construção das (ii) B é falsa ou
respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para (iii) A e B são ambas falsas.
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido. Con-
sidere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é brasileiro É fácil perceber que basta uma das sentenças ligadas pe-
e lo e ser falsa para a conjunção ser falsa. A negação de A e B,
(36) Se João é brasileiro, João é carioca. portanto, é não A ou não B. Fica como exercício para o leitor
a construção das tabelas de verdade de A e B e não A ou
Exemplos de negações de conjunções: 09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 5". Pode-se concluir que:
da cultura. a) se A 2 antão B 5
A negação de (6) é b) se A = 5 então B = 2
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou c) se B 5 então A 2
não receberá o ministério da cultura. d) se A = 2 então B = 2
(7) Beba e dirija. e) se A = 5 então B 2
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. 10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
QUESTÕES I a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
01. Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição b) pelo menos duas delas são do sexo feminino;
Ronaldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês;
seguintes proposições: d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
a) ~q e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
b) p ^ q
c) p v q Resolução:
d) p " q
e) p " (~q) 01. a) Paulo não é paulista.
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca.
02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi- c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca.
ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca.
as seguintes proposições: e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca.
a) Roberto fala inglês e Ricardo fala italiano. 02. a) p ^ q
b) Ou Roberto não fala inglês ou Ricardo fala italiano. b) (~p) v p
c) Se Ricardo fala italiano então Roberto fala inglês.
c) q " p
d) Roberto não fala inglês e Ricardo não fala italiano.
d) (~p) ^ (~q)
03. (UFB) Se p é uma proposição verdadeira, então: 03. B 04. C 05. A 06. C
a) p ^ q é verdadeira, qualquer que seja q;
b) p v q é verdadeira, qualquer que seja q; 07. C 08. C 09. C 10. C
c) p ^ q é verdadeira só se q for falsa; http://www.coladaweb.com/matematica/logica
d) p =>q é falsa, qualquer que seja q
e) n.d.a. JULGUE SE É PROPOSIÇÃO E JUSTIFIQUE:
1. Paulo é alto.
04. (MACK) Duas grandezas x e y são tais que "se x = 3 2. Ele foi o melhor jogador da copa.
então y = 7". Pode-se concluir que: 3. x > y
a) se x 3 antão y 7 4. Rossana é mais velha que Marcela?
b) se y = 7 então x = 3 5. Mário é pintor
c) se y 7 então x 3 6. x + 2 = 5
d) se x = 5 então y = 5 7. 3 + 4 = 9
e) se x = 7 então y = 3 8. É um péssimo livro de geografia
9. Se x é um número primo então x é um número real
05. (ABC) Assinale a proposição composta logicamente ver- 10. x é um número primo.
dadeira:
a) (2 = 3) => (2 . 3 = 5) GABARITO
b) (2 = 2) => (2 . 3 = 5) 1.proposição
c) (2 = 3) e (2 . 3 = 5) 2. vaga ou sentença aberta
d) (2 = 3) ou (2 . 3 = 5) 3.sentença aberta
e) (2 = 3) e (~ ( 2= 2)) 4. interrogativa
06. (UGF) A negação de x > -2 é: 5. proposição
a) x > 2 6. sentença aberta
b) x #-2 7. proposição
c) x < -2 8. proposição
d) x < 2 9. proposição ( variável não livre )
e) x #2 10. sentença aberta ou imperativa
4. Das cinco frases abaixo, quatro delas têm Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
uma mesma característica lógica em comum, os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam a
enquanto uma delas não tem essa veracidade das informações e unem as proposições uma a
característica. outra ou as transformam numa terceira proposição.
I – Que belo dia!
Veja abaixo:
II – Um excelente livro de raciocínio lógico.
(~) “não”: negação
III – O jogo terminou empatado?
(Λ) “e”: conjunção
IV – Existe vida em outros planetas do universo.
(V) “ou”: disjunção
V – Escreva uma poesia.
(→) “se...então”: condicional
A frase que não possui essa característica
(↔) “se e somente se”: bicondicional
comum é a
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conecti-
a) I
vos:
b) II
Temos as seguintes proposições:
c) III
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
d) IV
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
e) V
segunda. Assim, temos:
P: O Pão é barato.
5. CESPE (Adaptado) – JULGUE COM CERTO
Q: O Queijo não é bom.
OU ERRADO:
NEGAÇÃO (símbolo ~):
Das cinco (5) afirmações abaixo, três delas
são proposições. Quando usamos a negação de uma proposição inverte-
I – Mariana mora em Piúma. mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos:
II – Em Vila Velha, visite o Convento da Penha.
III – A expressão algébrica x + y é positiva. Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
IV – Se Joana é economista, então ela não ca de P)
entende de políticas públicas.
V – A SEGER oferece 220 vagas em concurso ~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
público.
A ~A
O resultado dessas proposições será verdadeiro se e so-
mente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
V F
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
“Q” F V
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
não é bom.) ↔ = “se e somente se” maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
versa.
Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
Conjunção (E)
P Q P↔Q
V V V A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos
são verdadeiros
V F F
A B A→B
A B AvB V V V
V V V V F F
V F V F V V
F V V F F V
F F F
Modus tollens
Condicional (Se... Então) [Implicação]
c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal- Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda- de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado,
terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida. é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
Matemática 128 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa-
de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros,
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come- tal como os operários suíços, também recebe um salário
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer- mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha bem, como os suíços.
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
A força de uma analogia depende, basicamente, de três isto caso cumpram-se as exigências acima.
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
importantes; do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa- que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
ção e outra deve ser significativo; sariamente válida.
c) não devem existir divergências marcantes na compara-
ção. O esquema básico do raciocínio analógico é:
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por 2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
c) Não devem existir divergências marcantes na compa- base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
comparação.." conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por na maioria dos casos, também da verificação experimental.
ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha não Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
está tendo sucesso porque troveja muito. acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução em cada uma delas foi constatada uma característica própria
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
caso particular discorde da generalização obtida das premis- se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida- cabeça é um dos sintomas da dengue.
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso, xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
há casos em que uma simples análise das premissas é sufi-
ciente para detectar a sua fraqueza. Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de fica.
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mento de alguns de seus componentes: O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
1. Adriana é mulher e dirige mal; nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
Ana Maria é mulher e dirige mal; pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou
Mônica é mulher e dirige mal; ordenada. Observem-se os exemplos:
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal. - Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
2. Antônio Carlos é político e é corrupto; corrupção do cenário político brasileiro.
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto; Depois da série de protestos realizados pela população,
Estevão é político e é corrupto; depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
logo, todos os políticos são corruptos. me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta- e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe- moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução. apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um nação.
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra. respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de sua
inocência.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas
A lógica não teria conseguido avançar além dos seus pri- Se tomarmos o termo "ciência" numa acepção ampla, a-
meiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utilização firma Aristóteles, é possível distinguir três tipos de ciências:
é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi Aristóteles as produtivas, as práticas e as teóricas. As ciências produti-
quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua invenção foi tão vas incluem a engenharia e a arquitectura, e disciplinas como
importante para a lógica quanto a invenção da álgebra para a a retórica e a dramaturgia, cujos produtos são menos concre-
matemática. tos. As ciências práticas são aquelas que guiam os compor-
tamentos, destacando-se entre elas a política e a ética. As
Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina ciências teóricas são aquelas que não possuem um objectivo
que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles produtivo nem prático, mas que procuram a verdade pela
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e verdade.
estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi- Por sua vez, a ciência teórica é tripartida. Aristóteles no-
dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas meia as suas três divisões: "física, matemática, teologia"; mas
que começam pela palavra "todos" são proposições univer- nesta classificação só a matemática é aquilo que parece ser.
sais; aquelas que começam com "alguns" são proposições O termo "física" designa a filosofia natural ou o estudo da
particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são propo- natureza (physis); inclui, além das disciplinas que hoje inte-
sições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles ser- graríamos no campo da física, a química, a biologia e a psico-
viu-se então destas classificações para estabelecer regras logia humana e animal. A "teologia" é, para Aristóteles, o
para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silo- estudo de entidades superiores e acima do ser humano, ou
gismo seja válido é necessário que pelo menos uma premis- seja, os céus estrelados, bem como todas as divindades que
sa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se poderão habitá-los. Aristóteles não se refere à "metafísica";
ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de ser de facto, a palavra significa apenas "depois da física" e foi
negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles bastam utilizada para referenciar as obras de Aristóteles catalogadas
para validar os silogismos válidos e para eliminar os inváli- a seguir à sua Física. Mas muito daquilo que Aristóteles es-
dos. São suficientes, por exemplo, para que aceitemos a creveu seria hoje naturalmente descrito como "metafísica"; e
inferência 1) e rejeitemos a inferência 2). ele tinha de facto a sua própria designação para essa disci-
plina, como veremos mais à frente. Anthony Kenny
Aristóteles pensava que a sua silogística era suficiente
para lidar com todas as inferências válidas possíveis. Estava ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS
enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
mesmo, corresponde apenas a uma fracção da lógica. E
Desidério Murcho
apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, só lida com
as inferências que dependem de palavras como "todos" e
"alguns", que se ligam a substantivos, mas não com as infe- É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos
rências que dependem de palavras como "se…, então ", que indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de
interligam as frases. Só alguns séculos mais tarde se pôde aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso
formalizar padrões de inferência como este: "Se não é de dia, contrário será tudo muito confuso.
é de noite; mas não é de dia; portanto é de noite". Em segun-
do lugar, mesmo no seu próprio campo de acção, a lógica de Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in-
Aristóteles não é capaz de lidar com inferências nas quais dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos
palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "nenhum") muito diferentes de argumentos: as generalizações e as pre-
surjam não na posição do sujeito, mas algures no predicado visões. Uma generalização é um argumento como
gramatical. As regras de Aristóteles não nos permitem deter-
minar, por exemplo, a validade de inferências que contenham Todos os corvos observados até hoje são pretos.
premissas como "Todos os estudantes conhecem algumas Logo, todos os corvos são pretos.
datas" ou "Algumas pessoas detestam os polícias todos". Só
22 séculos após a morte de Aristóteles esta lacuna seria Numa generalização parte-se de algumas verdades
colmatada. acerca de alguns membros de um dado domínio e genera-
liza-se essas verdades para todos os membros desse
A lógica é utilizada em todas as diversas ciências que A- domínio, ou pelo menos para mais.
ristóteles estudou; talvez não seja tanto uma ciência em si
mesma, mas mais um instrumento ou ferramenta das ciên- Uma previsão é um argumento como
cias. Foi essa a ideia que os sucessores de Aristóteles retira-
ram das suas obras de lógica, denominadas "Organon" a Todos os corvos observados até hoje são pretos.
partir da palavra grega para instrumento. Logo, o próximo corvo que observarmos será preto.
A obra Analíticos Anteriores mostra-nos de que modo a Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir
lógica funciona nas ciências. Quem estudou geometria eucli- coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que-
diana na escola recorda-se certamente das muitas verdades rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali-
geométricas, ou teoremas, alcançadas por raciocínio dedutivo zações via dedução: a conclusão da previsão acima se-
a partir de um pequeno conjunto de outras verdades chama- gue-se dedutivamente da conclusão da generalização an-
O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função
modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali-
dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica-
inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor- se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi-
mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para
outro problema: o segundo. distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o
mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a
O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar- sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da
gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se sua forma lógica.
quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução),
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução" Deste modo, podemos manter a tradição de falar de ar-
factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resulta- gumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que há
do bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O argumentos dedutivos inválidos; e não somos forçados a
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "dedu- aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja, é
ção" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as pesso- sempre um argumento dedutivo inválido. Isto não acontece
as não usam mesmo o termo deste modo, nunca; passamos porque os argumentos dedutivos nunca são indutivos, ainda
a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o sentido que sejam inválidos. Porque o que conta é o tipo de explica-
que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento factivo ção adequada para a sua validade ou invalidade.
do termo um "argumento" inválido não é de todo em todo um
argumento: é apenas um conjunto de proposições. Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in-
validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a dedu-
tiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou indutivos
Matemática 134 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou indu-
tiva. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
É agora tempo de esclarecer que nem todos os argumen-
tos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lógica;
há argumentos dedutivos de carácter conceptual, como "O
João é casado; logo, não é solteiro". Não é difícil acomodar
estas variedades de dedução não formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicação disponível para
a validade ou invalidade em causa.
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente A colocação dos valores começará pela intersecção dos três
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que último às regiões que representam cada conjunto individual-
representam os motoristas de motos e motoristas de carros. mente.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec- Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
ção e depois completaremos os outros espaços. que indicará o conjunto universo da pesquisa.
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas 7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-
lêem apenas o jornal A. que de diversões chamado Sonho. Desses alunos:
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES 16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a montanha russa.
soma 205 + 30 + 115 + 150. 6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido
Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é ao parque Sonho.
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + Ao todo, 20 já andaram de montanha russa.
150. Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho.
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho:
a) 60 alunos
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS b) 48 alunos
Diagramas Lógicos c) 42 alunos
d) 366alunos
1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que: e) 32 alunos
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro 8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que
corresponde a: praticam vôlei é 15.
a) 2 Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú-
b) 4 mero de alunos da classe é:
c) 6 a) 30
d) 8 b) 35
c) 37
d) 42
Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de
primeiro é: bolas, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a afirmação
19. Se p, q "Alguma Bola não é Vermelha" formam uma contradição,
20. p visto que:
21. Logo, q se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Alguma Bola
A forma do segundo é: não é Vermelha" tem que ser falsa
22. Se p, q se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Alguma Bola não é
23. não-p Vermelha" tem que ser verdadeira
24. Logo, não-q se "Alguma Bola não é Vermelha" for verdadeira, "Toda
Bola é Vermelha" tem que ser falsa
O primeiro argumento é válido porque se as duas premis- e
sas forem verdadeiras a conclusão tem que, necessariamen- se "Alguma Bola não é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é
te, ser verdadeira. Se eu argumentar com 13 e 14, e concluir Vermelha" tem que ser verdadeira
que não fiquei milionário, estou me contradizendo.
Por outro lado, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a
O segundo argumento é inválido porque mesmo que as afirmação "Nenhuma Bola é Vermelha", não formam uma
duas premissas sejam verdadeiras a conclusão pode ser contradição, visto que
falsa (na hipótese, por exemplo, de eu herdar uma fortuna se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Nenhuma Bola
enorme de uma tia rica). é Vermelha" tem que ser falsa
mas
Falácias e Argumentos Sólidos ou Cogentes se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Nenhuma Bola é
Argumentos da forma representada pelos enunciados 22- Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa
24 são todos inválidos. Dá-se o nome de falácia a um argu- e
mento inválido, mas não, geralmente, a um argumento válido se "Nenhuma Bola é Vermelha" for verdadeira, "Toda Bola
que possua premissas falsas. é Vermelha" tem que ser falsa
mas
A um argumento válido cujas premissas são todas verda- se "Nenhuma Bola é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é
deiras (e, portanto, cuja conclusão também é verdadeira) dá- Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa
se o nome de um argumento cogente ou sólido.
E sendo uma negação total (ao nível da quantidade e da
Argumentos, Convicção e Persuasão qualidade) a contraditória da afirmação "As contraditórias das
Um argumento cogente ou sólido deveria convencer a to- grandes verdades são grandes verdades" seria: Algumas
dos, pois é válido e suas premissas são verdadeiras. Sua contraditórias das grandes verdades não são grandes
conclusão, portanto, segue das premissas. Contudo, nem verdades.
sempre isso acontece.
A noção de contradição é, geralmente estudada sob a
Em primeiro lugar, muitas pessoas podem não admitir que forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin-
o argumento é cogente ou sólido. Podem admitir a verdade cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é
de suas premissas e negar sua validade. Ou podem admitir considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enunci-
sua validade e negar a verdade de uma ou mais de suas a-se do seguinte modo:
premissas. «É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como
Em segundo lugar, algumas pessoas podem estar certas um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte:
da validade de um argumento e estar absolutamente convic- «não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun-
tas de que a conclusão é inaceitável, ou falsa. Neste caso, ciado declarativo.
podem usar o mesmo argumento para mostrar que pelo me-
nos uma de suas premissas tem que ser falsa. O primeiro pensador que apresentou este princípio de
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
Um argumento inválido (falácia), ou um argumento válido sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o
Nenhum asiático é europeu. (Nenhum M é P.) Existe uma particularidade importante em relação às di-
Todos os coreanos são asiáti- versas figuras. Através de diversos procedimentos, dos quais
(Todo o S é M.)
cos. o mais importante é a conversão, é possível reduzir silogis-
Portanto nenhum coreano é (Portanto nenhum S é mos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exem-
europeu. P.) plo, num silogismo na segunda figura e transformá-lo num
Ý silogismo na primeira figura.
Nenhum ladrão é sábio. (Nenhum P é M.)
Alguns políticos são sábios. (Algum S é M.) Nenhum ladrão é sábio.
Portanto alguns políticos não são (Portanto algum S não Alguns políticos são sábios.
Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada Formas muito vulgarizadas, mas não válidas, de si-
como a mais importante, aquela em que a evidência da de- logismo hipotético, são aquelas que quebram as regras atrás
dução é mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras expostas. Por exemplo, afirmar o consequente para afirmar o
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma manei- antecedente, como em: "Se chovesse, o chão estaria molha-
ra de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de do; ora o chão está molhado, logo choveu." Evidentemente, é
decorar os diversos modos válidos é relativa, uma vez que a provável que o chão esteja molhado por causa da chuva, mas
aplicação das regras do silogismo permitem perfeitamente também o pode estar outros motivos, como o facto de alguém
definir se um qualquer silogismo é ou não válido. o ter regado, etc. Outro exemplo: "Se Roberto tomasse vene-
no ficaria doente; ora Roberto não tomou veneno, portanto
O silogismo hipotético não ficou doente". Quem nos garante isso? Podia ter apa-
No silogismo categórico, estão em causa dois termos, o nhado uma gripe.
maior e o menor, que são comparados com um terceiro ter-
mo, o médio, daí se chegando a uma conclusão acerca da PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
relação existente entre os dois primeiros: "Se todos os lagar-
tos são répteis e alguns animais não são lagartos, então
Por meio do princípio fundamental da contagem, podemos
alguns animais não são répteis." No silogismo hipotético
determinar quantas vezes, de modo diferente, um
lidaremos, não com os termos, mas com as proposições em
acontecimento pode ocorrer.
si. Vejamos um exemplo:
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas e
Se João estuda então passa no exame;
independentes, de maneira que o número de possibilidades:
João estuda,
Na 1a etapa é k1,
Portanto passa no exame.
Na 2a etapa é k2,
Na 33 etapa é k3,
Neste caso, a primeira premissa, ou premissa maior, é
..........................
constituída por uma proposição composta por duas outras
proposições: "João estuda" e "João passa no exame", ligadas
Na enésima etapa é kn, então o número total de
entre si pelas partículas "se... então...", ou outras equivalen-
possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1, k2,
tes; poder-se-ia dizer também, com o mesmo sentido: "Estu-
k3 ... kn.
dar implica, para João, passar no exame", ou "João passa no
exame desde que estude". O importante é notarmos que uma
O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
das proposições surge como consequência da outra, constitu-
devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
indo aquilo que designamos por juízo hipotético ou condicio-
que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
nal: daí designarmos uma delas como antecedente – neste
dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
caso, "João estuda" – e a outra como consequente – "João
dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
passa no exame." A premissa menor limita-se a repetir, a
numero de diferentes possibilidades de computadores que
afirmar, uma das proposições que compõem a primeira pre-
podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
missa – neste caso, o antecedente –, mas é precisamente
mos as opções:
dessa afirmação que decorre logicamente a conclusão – que
3 x 4 x 2 x 3 = 72
não é outra coisa senão o consequente.
Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
Se simbolizássemos a primeira proposição por "p" e a se-
tes.
gunda por "q", poderíamos reduzir o silogismo anterior a este
esquema:
Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
Se p, então q;
"ou", como na questão:
ora p;
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
logo q.
cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
Numa formulação mais intuitiva, o que isto quer dizer é
rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
que, face a uma condição como a que é estabelecida na
rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
premissa maior, afirmar a verdade do antecedente é afirmar
escolher uma opção de cada alimento?
simultaneamente a verdade do consequente. Poderíamos
substituir as letras "p" e "q" por outras proposições verdadei-
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
ras que o raciocínio continuaria válido.
mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
O silogismo hipotético possui duas figuras válidas ou mo-
pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é apenas
dos:
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo, Sem fixar o zero, temos:
para que o numero formado seja par, teremos de limitar o 3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar. 1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras excluindo a escolha feita para o último algarismo;
10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note que 2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) , porém
na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois queremos excluindo as escolhas feitas para o primeiro e último
um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8). algarismos.
Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 = Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um
87.835.000 número de três algarismos distintos sem zero no último
algarismo.
Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
de a parte dos algarismos formem um número par. Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o
número.
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases. A Exercícios
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2 Princípio Fundamental da Contagem
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser Professores: Jorge e Lauro
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em 1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto es-
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk curo há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
maneiras de ser realizado. camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores, para
Exemplo que:
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a a) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
de cores diferentes.
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis. b) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de mesma
cor.
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO c) Se tenha certeza de ter retirado pelo menos uma camiseta
Suponhamos um procedimento executado em k fases, de cada cor.
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser 2) (Enem/2004)No Nordeste brasileiro, é comum encontrar-
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a mos peças de artesanato constituídas por garrafas preenchi-
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser das com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são artesão deseja fazer peças com areia de cores cinza, azul,
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando
executar o procedimento. as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a
figura.
Exemplo
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A até
a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a C há
3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.
PROVA SIMULADA I
EXERCÍCIOS
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
Prof. Weber Campos
01. (TCE/PB 2006 FCC) Sabe-se que sentenças são orações
com sujeito (o termo a respeito do qual se declara algo) e
predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação se-
guinte há expressões e sentenças:
1. Três mais nove é igual a doze.
O valor de N é 2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
a) 27 b) 216 c) 512 d) 729 e) 1.331 4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.
4) (UFC/2002) A quantidade de números inteiros, positivos e
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças ape-
ímpares, formados por três algarismos distintos, escolhidos
nas os itens de números
dentre os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, é igual a:
(A) 1, 2 e 6. (D) 1, 2, 5 e 6.
(B) 2, 3 e 4. (E) 2, 3, 4 e 5.
a) 320 b) 332 c) 348 d) 360 e) 384 (C) 3, 4 e 5.
5)(UFAL/200) Quantos números pares de quatro algarismos 02. (TRF 2ª Região 2007 FCC) Sabe-se que sentenças são
distintos podem ser formados com os elementos do conjunto orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara
A={0,1,2,3,4}? algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na rela-
ção seguinte há expressões e sentenças:
a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18 1. A terça parte de um número.
2. Jasão é elegante.
6)(UFPI/2000) Escrevendo-se em ordem decrescente todos 3. Mente sã em corpo são.
os números de cinco algarismos distintos formados pelos 4. Dois mais dois são 5.
algarismos 3, 5, 7, 8 e 9, a ordem do número 75389 é: 5. Evite o fumo.
6. Trinta e dois centésimos.
a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56 É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças APE-
NAS os itens de números
(A) 1, 4 e 6. (D) 3 e 5.
7)(UFAL/99) Com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6,
(B) 2, 4 e 5. (E) 2 e 4.
7} formam-se números de 4 algarismos distintos. Quantos
(C) 2, 3 e 5.
dos números formados NÃO são divisíveis por 5?
03. (PM-Bahia 2009 FCC) Define-se sentença como qualquer
a) 15 b) 120 c) 343 d) 720 e) 840 oração que tem sujeito (o termo a respeito do qual se declara
alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito).
8)(ITA/2001) Considere os números de 2 a 6 algarismos Na relação que segue há expressões e sentenças :
distintos formados utilizando-se apenas 1, 2, 4, 5, 7 e 8. 1. Tomara que chova.
Quantos destes números são ímpares e começam com um 2. Que horas são?
dígito par? 3. Três vezes dois são cinco.
4. Quarenta e dois detentos.
a) 375 b) 465 c) 545 d) 585 e) 625 5. Policiais são confiáveis.
6. Exercícios físicos são saudáveis.
9)(UNESP/2000) Um turista, em viagem de férias pela Euro- De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos
pa, observou pelo mapa que, para ir da cidade A à cidade B, itens da relação acima, são sentenças APENAS os de núme-
havia três rodovias e duas ferrovias e que, para ir de B até ros
uma outra cidade, C, havia duas rodovias e duas ferrovias. O A) 1, 3 e 5. D) 4 e 6.
número de percursos diferentes que o turista pode fazer para B) 2, 3 e 5. E) 5 e 6.
C) 3, 5 e 6.
15. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) Considere as seguintes 20. (ICMS/SP 2006 FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e q
premissas: são proposições
"Se todos os homens são sábios, então não há justiça para
todos."
"Se não há justiça para todos, então todos os homens são
sábios."
Para que se tenha um argumento válido, é correto concluir
que:
(A) Todos os homens são sábios se, e somente se, há justiça
para todos.
(B) Todos os homens são sábios se, e somente se, não há
justiça para todos.
(C) Todos os homens são sábios e há justiça para todos.
(D) Todos os homens são sábios e não há justiça para todos. A proposição composta que substitui corretamente o ponto de
(E) Todos os homens são sábios se há justiça para todos. interrogação é
25. (Analista BACEN 2005 FCC) Aldo, Benê e Caio recebe- 30. (Prominp 2009 Cesgranrio) A negação de “Todos os filhos
ram uma proposta para executar um projeto. A seguir são de Maria gostam de quiabo” é
registradas as declarações dadas pelos três, após a conclu- (A) nenhum dos filhos de Maria gosta de quiabo.
são do projeto: (B) nenhum dos filhos de Maria desgosta de quiabo.
- Aldo: Não é verdade que Benê e Caio executaram o projeto. (C) pelo menos um dos filhos de Maria gosta de quiabo.
- Benê: Se Aldo não executou o projeto, então Caio o execu- (D) pelo menos um dos filhos de Maria desgosta de quiabo.
tou. (E) alguns filhos de Maria não gostam de quiabo.
- Caio: Eu não executei o projeto, mas Aldo ou Benê o execu-
taram. 31. (Metrô-SP 2010 FCC) A negação da proposição “Existem
Se somente a afirmação de Benê é falsa, então o projeto foi Linhas do Metrô de São Paulo que são ociosas.” é:
executado APENAS por (A) Nenhuma Linha do Metrô de São Paulo é ociosa.
(A) Aldo. (C) Caio. (E) Aldo e Caio. (B) Nenhuma Linha ociosa é do Metrô de São Paulo.
(B) Benê. (D) Aldo e Benê. (C) Nem toda Linha do Metrô de São Paulo é ociosa.
(D) Algumas Linhas do Metrô de São Paulo não são ociosas.
26. (Câmara dos deputados 2007 FCC) Relativamente a uma (E) Toda Linha do Metrô de São Paulo é não ociosa.
mesma prova de um concurso a que se submeteram, três
amigos fizeram as seguintes declarações: 32. (Oficial de Justiça TJ-PE 2006 FCC) Considere a afirma-
Ariovaldo: Benício foi reprovado no concurso e Corifeu foi ção abaixo.
aprovado. Existem funcionários públicos que não são eficientes.
Benício: Se Ariovaldo foi reprovado no concurso, então Cori- Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que:
feu também o foi. (A) nenhum funcionário público é eficiente.
Corifeu: Eu fui aprovado no concurso, mas pelo menos um (B) nenhuma pessoa eficiente é funcionário público.
dos outros dois não o foi. (C) todo funcionário público é eficiente.
Admitindo-se que as três declarações são verdadeiras, então (D) nem todos os funcionários públicos são eficientes.
(A) Ariovaldo foi o único dos três que foi aprovado no concur- (E) todas as pessoas eficientes são funcionários públicos.
so.
(B) Benício foi o único dos três que foi aprovado no concurso. 33. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Em uma declaração ao tribu-
(C) Corifeu foi o único dos três que foi aprovado no concurso. nal, o acusado de um crime diz:
(D) Benício foi o único dos três que foi reprovado no concur- "No dia do crime, não fui a lugar nenhum. Quando ouvi a
so. campainha e percebi que era o vendedor, eu disse a ele:
(E) Ariovaldo foi o único dos três que foi reprovado no con- - hoje não compro nada. Isso posto, não tenho nada a decla-
curso. rar sobre o crime.”
Embora a dupla negação seja utilizada com certa freqüência
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES na língua portuguesa como um reforço da negação, do ponto
27. Dê a negação de cada uma das proposições abaixo. de vista puramente lógico, ela equivale a uma afirmação.
a) Todos os corvos não são negros. Algum corvo é negro. Então, do ponto de vista lógico, o acusado afirmou, em rela-
b) Nenhum gato não sabe pular. Algum gato não sabe pular. ção ao dia do crime, que
c) Algum sapo é príncipe. Nenhum sapo é príncipe. (A) não foi a lugar algum, não comprou coisa alguma do ven-
d) Alguma planta não é venenosa. Toda planta é venenosa. dedor e não tem coisas a declarar sobre o crime.
(B) não foi a lugar algum, comprou alguma coisa do vendedor
28. (TRT 9ª Região 2004 FCC) A correta negação da propo- e tem coisas a declarar sobre o crime.
sição "todos os cargos deste concurso são de analista judiciá- (C) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e
rio” é: tem coisas a declarar sobre o crime.
(A) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário. (D) foi a algum lugar, não comprou coisa alguma do vendedor
(B) existem cargos deste concurso que não são de analista e não tem coisas a declarar sobre o crime.
judiciário. (E) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e
(C) existem cargos deste concurso que são de analista judici- não tem coisas a declarar sobre o crime.
ário.
(D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista 34. (Fiscal Recife 2003 ESAF) Pedro, após visitar uma aldeia
judiciário. distante, afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões da-
(E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judi- quela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e
ciário. suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é
que seja verdadeira a seguinte proposição:
29. (Escriturário Banco do Brasil 2011 FCC) Um jornal publi- a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
cou a seguinte manchete: b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 2: ESAF/2012 - Concurso Auditor Fiscal da Receita Questão 7: FCC/2012 - Concurso TCE- AP Técnico de Con-
Federal trole Externo
Pergunta: Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Pergunta: O responsável por um ambulatório médico afirmou:
Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, “Todo paciente é atendido com certeza, a menos que tenha
não vou morar em Pasárgada. Assim, chegado atrasado.” De acordo com essa afirmação, conclui-
a) não viajo e caso. se que, necessariamente,
b) viajo e caso. a) nenhum paciente terá chegado atrasado se todos tiverem
c) não vou morar em Pasárgada e não viajo. sido atendidos.
d) compro uma bicicleta e não viajo. b) nenhum paciente será atendido se todos tiverem chegado
e) compro uma bicicleta e viajo. atrasados.
c) se um paciente não for atendido, então ele terá chegado
Questão 3: Vunesp 2012 - Concurso TJM-SP Analista de atrasado.
Sistemas d) se um paciente chegar atrasado, então ele não será aten-
Pergunta: Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. dido.
Se o instrumento soa bem, então toco muito bem. Ou não e) se um paciente for atendido, então ele não terá chegado
toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo ser verdadeira a atrasado.
frase: não sonho acordado. Dessa forma, conclui-se que
a) sonho dormindo. Respostas
b) o instrumento afinado não soa bem. Questão 1
c) as cordas não foram afinadas. O enunciado informa que todas as informações dadas são
d) mesmo afinado o instrumento não soa bem. verdadeiras, portanto:
e) toco bem acordado e dormindo. Basílio pagou;
Carlos pagou;
Questão 4: Cesgranrio/2012 - Concurso Petrobrás – Técnico Antônio pagou com R$ 100,00 reais e retirou da mesa o troco
de Exploração de Petróleo Júnior – Informática de R$ 60,00 reais. Incluíndo a nota de R$ 50,00 que havia
Pergunta: O turista perdeu o voo ou a agência de viagens se sido dada por Eduardo.
enganou. Se o turista perdeu o voo, então a agência de via- Eduardo pagou, portanto sobra danton.
gens não se enganou. Se a agência de viagens não se enga-
nou, então o turista não foi para o hotel. Se o turista não foi Questão 2
para o hotel, então o avião atrasou. Se o turista não perdeu o Afirmação: Não vou morar em Parságada. Para ser verdadei-
voo, então foi para o hotel. O avião não atrasou. Logo, ro deve ter pelo menos uma proposição verdadeira.
a) o turista foi para o hotel e a agência de viagens se enga- Caso (V) v Compro a Bicicleta (F)
nou. Viajo (V) v Não caso (F)
b) o turista perdeu o voo e a agência de viagens se enganou. Morar em Parságada (F) v Não compro bicicleta (V)
c) o turista perdeu o voo e a agência de viagens não se en- Conclusão:
ganou. -Viajo, Caso e Não compro a bicicleta.
d) o turista não foi para o hotel e não perdeu o voo.
e) o turista não foi para o hotel e perdeu o voo. Questão 3
Afirmação: Não sonho acordado. Isso nos leva a pensar na
Questão 5: FCC/2012 - Concurso TJ/RJ para Analista Judici- frase: "Ou não toco muito bem ou sonho acordado". Porque
ário/Análise de Sistemas se ele não sonha acordado também não toca muito bem.
Pergunta: Considere a seguinte análise, feita por um comen- Se o instrumento soa bem, então toco muito bem.
tarista esportivo durante um torneio de futebol. Se o Brasil Se afino as cordas, então o instrumento soa bem.
vencer ou empatar o jogo contra o Equador, então estará Ou seja, como já se sabe que ele não toca bem, consequen-
classificado para a semifinal, independentemente de outros temente o instrumento não soa bem e as cordas não estão
resultados. Classificando-se para a semifinal, a equipe brasi- afinadas.
leira vai enfrentar o Uruguai. De acordo com essa análise,
conclui-se que se o Brasil Questão 4
a) não enfrentar o Uruguai, necessariamente terá perdido o A: o turista perdeu o voo
jogo para o Equador. B: a agência de viagens se enganou
b) não se classificar para a semifinal, terá necessariamente C: o turista foi para o hotel
empatado o jogo com o Equador. D: o avião atrasou
c) enfrentar o Uruguai, necessariamente terá vencido ou Afirmação: O avião não atrasou.
empatado seu jogo contra o Equador. Proposições:
d) perder seu jogo contra o Equador, necessariamente não se A (Falsa) v B (Verdadeira)
classificará para a semifinal. A (Falsa) -->> ~B (Falsa)
e) se classificar para a semifinal, então necessariamente não ~B (Falsa) -->> ~C (Falsa)
terá sido derrotado pelo Equador. ~C (Falsa) -->> D (Falsa)
~A (Verdadeira) -->> C (Verdadeira)
Questão 6: FCC/2012 - TCE – SP Agente de Fiscalização ~D (Verdadeira)
Financeira – Administração O avião não se atrasou, portanto o turista foi para o hotel.
Pergunta: Se a tinta é de boa qualidade então a pintura me- A agência de viagens se enganou, ou seja o turista foi para o
lhora a aparência do ambiente. Se o pintor é um bom pintor hotel.
até usando tinta ruim a aparência do ambiente melhora. O Resposta certa: O turista foi para o hotel e a agência de via-
ambiente foi pintado. A aparência do ambiente melhorou. gens se enganou.
Então, a partir dessas afirmações, é verdade que:
a) O pintor era um bom pintor ou a tinta era de boa qualidade. Questão 5
b) O pintor era um bom pintor e a tinta era ruim. A: Vencer o jogo contra o Equador
c) A tinta não era de boa qualidade. B: Empatar o jogo
d) A tinta era de boa qualidade e o pintor não era bom pintor. C: Ir para a semifinal
e) Bons pintores não usam tinta ruim. D: Enfrentar o Uruguai
(A) todos os que conhecem Maria a admiram. (A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(A) Vera é mais gorda do que Bruna. 25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um
(B) Cátia é menos gorda do que Bruna. cientista deduz uma predição sobre a ocorrência
(C) Bruna é mais gorda do que Cátia. de um certo eclipse solar. Todavia, sua predição
(D) Vera é menos gorda do que Cátia. mostra-se falsa. O cientista deve logicamente
(E) Bruna é menos gorda do que Vera. concluir que
21. Todo cavalo é um animal. Logo, (A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas.
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa.
(A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. (C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa.
(B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. (D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver-
(C) todo animal é cavalo. dadeira.
(D) nem todo cavalo é animal. (E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verda-
(E) nenhum animal é cavalo. deira.
22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol 26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as-
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati- sistencial, então ele cometeu um grave delito. Mas
cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos Francisco não desviou dinheiro da campanha as-
que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alu- sistencial. Logo,
nos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é (A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
(A) 30. (B) Francisco não cometeu um grave delito.
(B) 35. (C) Francisco cometeu um grave delito.
(C) 37. (D) alguém desviou dinheiro da campanha assistenci-
(D) 42. al.
(E) 44. (E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
às questões de nº 23 e 24. 27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo,
“Os homens atribuem autoridade a comunicações de (A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu.
posições superiores, com a condição de que estas comuni- (B) Rodrigo é culpado.
cações sejam razoavelmente consistentes com as vantagens (C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado.
de escopo e perspectiva que são creditadas a estas posi- (D) Rodrigo mentiu.
ções. Esta autoridade é, até um grau considerável, indepen- (E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu.
dente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a posição.
E muitas vezes reconhecido que, embora este sujeito possa 28. Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H . .
ter habilidade pessoal limitada, sua recomendação deve ser ..., ..., temos, respectivamente,
superior pela simples razão da vantagem de posição. Esta é
a autoridade de posição”. (A) O, P.
(B) I, O.
Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe- (C) E, P.
rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, independen- (D) L, I.
temente da posição, geram respeito. Os homens atribuem (E) D, L.
autoridade ao que eles dizem, em uma organização, apenas
por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' (Chester 29. Continuando a seqüência 4, 10, 28, 82, ..., temos
Barnard, The Functions of the Executive).
(A) 236.
2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os 1 Assinale a figura que não tem relação com as de-
números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6). mais.
23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e 6 Assinale a figura que não tem relação com as de-
8). mais.
24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
30 Escolha, dentre as figuras numeradas, a que corres- 16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de
ponde à incógnita. 90° cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram
suas posições. Em todas as demais figuras o + está na
mesma fileira que o círculo preto).
2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).
3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).
4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa 25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
para o outro lado). rem).
5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5.
rem). Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos rente).
ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros). 27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).
7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). 28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).
8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos 29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti- rem).
do dos mencionados ponteiros).
30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relógio;
9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- a seta, no sentido contrario).
rem no plano do papel).