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Jan diz que, se Zunega tivesse conhecido esta história, não teria
morrido. Hyde diz que não que esteja defendendo o Zunega, mas pelo
menos antes de falar sobre algo, Jan deveria saber do que está falando.
Agora que ele sente e escute. Hyde conta a história do Garoto e do Líder.
Romeu fala mais alguma coisa sobre como ele teria feito melhor.
Hyde diz que acha que ele tem mais garras que neurônios. Jô perde a
paciência e diz: ‘ô muleki, cê tá se achando, né? Cai pra dentro!’ E eles vão
para a arena.
Jó aproxima-se de Romeu, encara seus olhos. As provocação de
Romeu parecem ter surtido efeito no ego de Jó, os dois parecem medir a
força de seus olhares e por intermináveis segundos nenhum dos dois se
move. Romeu parece satisfeito e suas garras crescendo demonstra que uma
disputa de olhares não será suficiente para ele. Romeu salta em direção a
Jó, que em uma velocidade impressionante esquiva-se do golpe e
desaparece na frente de todos (Gusmão, Hyde e Jan continuam vendo
através da ofuscação de Jó). Jó aparece de surpresa na costas de Romeu e
aplica-lhe duas mordidas seguidas, mas Romeu não está disposto a ceder
tão facilmente, sua garras encontram as costas do negro antes que ele
possa sumir novamente (dessa vez Arthur e Jan varam a ofuscação). Jó
dessa vez demora um pouco mais para aparecer, enquanto Romeu o
procura por todos os lados, preocupado de onde possa vir o proximo
ataque. E ele vem, repentino, forte, avassalador. Jó dessa vez utiliza
apenas suas mãos nuas, sem garras. Parece tranqüilo e confiante de sua
superioridade aplicando um potente soco no rosto de Romeu que responde
com suas garras. Romeu não parece páreo para Jó, que facilmente esquiva-
se das garras aplicando um novo soco em seu oponente e o vê tombar,
inerte, ainda "vivo", mas sem condições de combater. Ártemis pede á
Cutter que leve Romeu para tomar um ‘refresco’. Cutter carrega o Gangrel
caído em direção às árvores.
Depois do término da arena, Hyde comenta que agora o Romeu é um
problema ‘morto’. E vira-se para Ártemis, e pede desculpas por contar uma
história própria, mas diz que é um homem de palavra, e havia prometido
esta história à Ártemis. Esta faz uma cara de surpresa, e depois diz: ah ta...
tinha me esquecido. Hyde continua, e conta a história "O Nosferatu
matemático, a Malkaviana Mímica e o Brujah Padre". Ao final da
história ele diz “Eu sei que não é uma história como a que todos gostariam
de ouvir, mas havia prometido à Ártemis que contaria essa história. E não
sou homem de meias palavras”.
Ártemis agradece e diz em tom jocoso que dessa vez passa contar
uma história própria. Abre um sorriso e agradece. Hyde continua e diz “Para
saciar o apetite daqueles que querem histórias com sangue e violência,
contarei a história que já havia contado em nossa lista, mas não custa
repetí-la”. E conta a história ‘A queda da rosa pútrida’.
Pequeno silêncio, e Ártemis, como se lembrasse de algo diz para Jô
tomar cuidado com suas costas, por que os nosfie tão atrás dele. Jô diz que
depois eles conversam mais, e ela responde que não sabe muito mais do
que isso.
Priscilla diz que gostaria de dar algumas notícias de Jeff, seu sire. Diz
que atualmente ele tem garras e presas expostas, pelos por todo o corpo e
mais parecendo um Lupino (ela parece pesarosa com o fato). Diz também
que a noticia ruim é que ele ficou cego, mas diz também que isso em nada
tem atrapalhado a vida dele a não ser em meio a cidade, coisa que ele não
vai mais desde o acontecido, agora vive entre os lupinos da região.
Priscilla recebe alguns olhares de descrédito, de Pedro, Ártemis, Hyde
e Arthur. Pedro Leão olha para Ártemis e diz rispidamente que ela diga o
que está pensando. Ela diz para Priscilla que não acredita nisso, que a besta
de Jeff era tão forte que até ela a sentia, e que os lupinos o teriam matado
se ele tivesse chegado perto de onde eles vivem. Gusmão olha para
Priscilla, como que a apoiando, e ela diz, em tom ligeiramente ofendido, que
diz a verdade. Ártemis diz, conciliadora, que Priscilla é sua convidada, e que
não tem intenção de insultá-la, e pede desculpas. Priscilla acede.
Ártemis pergunta se mais alguém contará alguma historia agora, e
Gusmão se adianta, e diz que agora é sua vez. Pedro se adianta uma fração
de segundo depois de Gusmão, se contém, e novamente os dois trocam
olhares hostis. Gusmão conta uma história da Ártemis, que agradece, não
muito à vontade. Fica no ar um clima de que a história foi contada como
provocação ao Pedro. Quebrando um pouco o clima, Ártemis ri e pergunta
Gusmão se ela chegar aos cem anos, ele ainda a chamará de menina.
Gusmão diz que, comparada à ele, ela sempre será menina.
Pedro conta em seguida sua história, sobre Adriano Andreotti. Faz-se
silêncio de novo. Jan comenta: “Caraca, o temido dele foi dado por
lobisomens??”. E é corrigido por Pedro Leão: “Não foi ‘dado’ por lobos, mas
você não teme quem sobrevive sozinho a tanto deles, jovem?”
Arthur Andrade, aparentemente distraído, se vira e diz: “alguém está
a fim de jogar bola?”. Todos o olham com cara de surpresa, ele ri, e fala
que sua mente divagou um pouco. Alguns risos.
Romeu volta. Ainda que bastante machucado, ele tira onda. ‘Foi só
um dia ruim, mas pelo menos eu tive coragem de ir pra briga’. Hyde diz, é,
e isso serviu para que? Você realmente tem vocação para saco de
pancadas, hein? Juan Pablo desta vez que perde a paciência, olha pra Hyde
e diz: “Terminou o seu sermão? Agora é o meu.” E se encaminha para a
arena.
Ainda debilitado, Romeu mal consegue reagir ao inesperado ataque
de Juan Pablo. O enorme e encurvado Gangrel bate com as costas de suas
mãos, utilizando uma força que faz Romeu recuar atordoado. Antes que
Romeu possa se recuperar, Juan o acerta novamente e gira seu corpo,
fazendo sua calda encontra novamente o rosto do escoriado Gangrel que
tomba mais uma vez, dessa vez para não mais levantar antes do fim da
reunião. Juan nem mesmo olha-o novamente. Após acertá-lo com sua calda
já sai caminhando novamente para seu canto resmungando: "Agora ele
para de me torrar a paciência, que cresça de uma vez".
Pedro pergunta à Ártemis se há algo mais, e ela retorna a pergunta
aos presentes, dizendo que sua história será a última.
Jô desafia Cutter para uma arena. Pedro autoriza, e pergunta se eles
têm controle o suficiente para combaterem até que um dos dois caia, em
um espaço pequeno. Eles se entreolham, e concordam. Pedro pega duas
das pedras que marcam a arena e as põem mais ao centro, delimitando um
espaço pequeno, suficiente apenas para os dois entrarem e terem um
mínimo de movimentação. Ártemis, ao observar isso, tira o casaco que está
vestindo, expondo as fiandeiras, e um ferimento, aparentemente uma
garrada de Gangrel. Cutter cerra os punhos, demonstrando que não deseja
usar garras, e machucando a si mesmo, já que suas garras não são
retráteis. Os dois vão para o espaço delimitado para a Arena, em suas
formas de combate, Cutter um lobo; Jô uma pantera. Se rodeiam por algum
tempo, estudando o oponente. O combate começa, ambos os oponentes são
muito rápidos. Jô atinge Cutter uma vez, e tenta prendê-lo, sendo que ele
se liberta rapidamente. Jô atinge Cutter novamente, e Cutter retribui o
favor. Jô consegue morder Cutter, que sucumbe ao beijo, e começa a
sugar. Pedro ordena a Jó, quase à sucumbir à Besta, que pare. Jó eriça o
pelo, mas se controla, com esforço visível. Quando este solta Cutter,
Ártemis joga uma teia sobre o Gangrel em frenesi, e o leva para fora do
platô. Jô também vai, e os dois jogam Cutter em cima de uma das vacas
(os ‘refrescos’) que estão lá e esperam a teia se romper. Cutter sacia a
sede, e cumprimenta Jô pela luta. Quando voltam, Arthur zoa dizendo que
eles se agarraram lindamente, e Jô responde, “Qual é, ficou com inveja,
meu irmão?”. Arthur diz: “sai pra lá”.
Não havendo mais nada, Ártemis conta a sua história, com os olhos
em Pedro. Que ouve a história impassível. Ela termina de contar a história,
ainda fitando Pedro, que não muda de expressão. Após alguns segundos,
Ártemis declara o gather terminado, e agradece muito a presença dos que
ali estão.
É cerca de 04:00 am, e Ártemis sugere que durmam por ali mesmo.
Juan Pablo já desapareceu. Ocorrem algumas conversas, entre os que se
conhecem e não se vêem há muito tempo. Ártemis pergunta a Priscilla se
ela já aprendeu a dormir na terra, e ela diz que já. Ártemis conduz Nádia,
que após sua provação apenas observou com grande interesse tudo o que
acontecia, a uma pequena gruta no sopé do penhasco. Em tom irônico, faz
o mesmo convite para Romeu gato Preto. Jô convida os presentes a jogar
uma sinuca amanhã em Cocalzinho, pequena cidade próxima, e alguns
aceitam.
Na noite seguinte, se dispersam. Jô, Arthur e Jan vão para
Cocalzinho. Priscilla e Romeu vão embora, de carro. Hyde e Ártemis vão
sós em outro carro, alegando que precisam conversar. Arthur diz "cuidado
ai vocês dois, vampiro não faz mais sexo ou esqueceram?”. Hyde ignora, e
Ártemis, meio sem graça, diz “Tchau, Arthur...”.
Descrições
(De quem mandou)
Jô Kintê: Negro, alto e forte. Tem a boca muito grande, cheia de dentes
pontiagudos. Uma das orelhas não existe, sendo um buraco semelhante ao
dos pássaros. A outra é pontuda. Parte da cabeça é careca, tendo pele e
penas entremeadas. Tem uma língua muito longa e bifurcada, negra, e ao
redor do pescoço uma daquelas cristas de lagarto.A pele é ao longo do
corpo é desigual e ostenta algumas ventosas. Idade aparente
indeterminada debaixo disso tudo.
Pedro Leão: Estatura mediana, pele claro, cabelos escuros. Tem um rabo
de escorpião, cara de cachorro e é muito, muito peludo.
Histórias contadas:
(Na ordem em que foram contadas no gather)
Nunca toltréis
Las debilidades.
Mantened a vuestros chiquillos
Leales com vosotros
Caminad com la cabeza alta
Dejad que la Bestia os Guie
Si estais confundidos
Alguna vez, id y comed
De los animales
Durante toda uma luna,
Dormid em la tierra
Y bebed agua dulce.
Em vuestros oídos
Oiréis mi voz como si fuera
El lejano lamento de um ave,
Como el rugido de um leon.
Y entonces sabréis hacer.
Decendientes de la Bestia,
Descendientes de la Oscuridad,
Vosotros, sois los mejores
De entre los Vástagos.
Obrigado, e espero que tenham essas histórias em mente, e que elas lhes
ajudem como me ajudaram.
Outro de seus feitos, uma lição que esse jovem deu numa Brujah de minhas
terras, que zombou de nosso clã, rindo de nossas bênçãos.
Foi então feito um combate, e eu pessoalmente pedi esse Gangrel nos
representasse, vi medo em seus olhos, mas o sangue Gangrel falou mais
alto e ele aceitou. Foi um combate onde todos os dons poderiam ser
usados. A Brujah, Biatriz de Castillas, era muito mais veloz, e forte, como
os Brujah são. Nosso jovem era mais resistente, e suas garras causavam
ferimentos mais profundos, como os Gangrel são.
Combate equilibrado, a não ser por uma postura e noção tamanha do
combate de nosso jovem, que Biatriz, mas veloz, não conseguia atingi-lo.
Mas nosso jovem acertava. E Biatriz enfraquecia. E para terminar o
combate, como um golpe de misericórdia nessa Brujah que havia desonrado
nosso clã, um grande touro adentrou a arena com tamanha ira nos olhos
que mais parecia a besta encarnada ele se dirigia para Biatriz e a atingiu,
terminando assim o combate.
Essa não foi uma historia de feitos surpreendentes, mas uma história de um
único gangrel, um jovem Gangrel.
Era noite alta já, em uma floresta européia ele corria, em plena
penísula ibérica ele fugia dos lobos que o atacaram enquanto caminhava. O
jovem invadiu os territórios que os lobos reclamavam para si, mas mesmo
ante a fúria dos lobos, ele gravemente ferido escapou dos inimigos. Eles
eram de cores variadas, de pelugem negra, dois cinzentos e até mesmo um
prateado e agiam com fúria. Não foi fácil escapar, mas a natureza protegia
e ainda protege esse jovem, ele corria sem pegadas e as árvores fechavam-
se após sua passagem. Mesmo assim, foram dias e dias de fuga, o jovem
que se considerava forte e invencível, que achava que para sempre seria o
predador, agora era a presa. Ele não tinha força para um combate frente a
frente, ele não tinha tempo para caçar, ele apenar pensa em sair da floresta
e escapar dos temíveis lobos que ele sabia que ainda o caçavam.
O tempo corre. Deixa suas marcas até mesmo nos imortais. As mãos
que sabiam escolher entre garras de aço e o cumprimento entre pares
esqueceram sua própria lição. As mãos que trouxeram a paz sobre este
território trouxeram desavenças e lutas, para dentro de seu próprio Sangue.
Trouxeram o ódio, que se alimenta da violência desnecessário. Ele ainda
queima. E o exílio. Uma sentença. Não poderiam mais ser chamadas de
Sábias.
O tempo é contínuo. Tempo é nossa maior dádiva. É uma dádiva
dúbia, e não tão certa por vezes. E, tempo e reflexão teceram um retorno.
Sabedoria não é apenas um título, mas reflete-se nas ações. Mais uma vez
foram mostradas em ações, como na cidade ao sul dessas terras, Camboriú.
Eu conto uma história já antiga. Conto uma história como um símbolo
de esperança, talvez estúpido. Conto uma história pelo o que pode vir a ser.
‘Eu luto as batalhas que me tocam, que são importantes para mim, sigo as
trilhas que escolho e arco com minhas decisões’. Eu, que conto esta
história, sou Ártemis Hilarion, da Casa das Feras, criança de Wolfgang,
criança de João Pedro Cavalcanti Vaz de Castela e Leão, a quem esta
história se refere.