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13-33
1 - Introdução à Antropologia
- Antropologia: saber científico, data do século XVIII, que coloca o homem como objeto científico na tentativa de defini-lo
Segunda metade do século XIX: define o o objeto da antropologia como sendo o estudo das populações que não pertencem à
civilização ocidental, ou seja, sociedades ditas como "simples" ou primitivas
Século XX: com o desaparecimento das sociedades "primitivas", estabelece-se uma crise quanto ao seu futuro
Três caminhos são colocados:
1) cientistas partem para outros campos científicos
2) buscam-se outros objetos
3) desloca-se o objeto de pesquisa para a abordagem metodológica. Desta forma, a Antropologia deixa de ter um objeto
determinado pelo espaço, cultura e história e passa a ser o estudo do homem por inteiro e sociedades, em qualquer tempo e
localização, inclusive a própria cultura ocidental
Atualmente, a antropologia é segmentada em cinco áreas:
1) Antropologia Biológica - estudo das variações dos caracteres biológicos. A partir de 1950 desenvolveu grande interesse
pelo gramática das populações
2) Antropologia Pré-histórica - estudo do homem pelos vestígios materiais inteirados no solo. Liga-se a arqueologia e visa
reconstruir as sociedades desaparecidas
3) Antropologia Linguística - pela linguagem estuda-se o pensamento, a vida do homem, seus sentimentos, como se
expressam e como interpretam seus prazeres
4) Antropologia Psicológica - estuda os processos e o psiquismo humano via comportamento (consciente ou inconsciente)
5) Antropologia Social ou Cultural (etimologia) - trata-se do campo mais abrangente da antropologia e diz respeito a tudo
que constituir uma sociedade (seus modos de produção econômica, suas técnicas, economias, sua organização política, jurídica,
sua língua, crenças, etc)
Antropologia
- ciência do homem
colonização
- segunda metade do século XIX - estudo das populações primitivas
primitivo, porém, homem
- século XX - crise científica
- três saídas: acabou o ramo de análise; mudar das primitivas para outras (índios -> camponeses); identificação de que
o processo científico é composto por um método, deslocando o olhar do antropólogo do objeto para a metodologia de análise,
onde tudo pode ser analisado
- estudo de todas as sociedades humanas (inclusive a nossa), ou seja, das culturas da humanidade como um todo em suas
diversidades históricas e geográficas
ESTRANHAMENTO: perplexidade provocada pelo encontro das culturas que são, para nós, distantes ou diferentes, ou seja, o
distanciamento em ralação à nossa cultura, alterando a concepção dos valores naturais para culturais. Esta mudança de olhar
modificará (em regra) o nosso olhar sobre nós mesmo.
ir a campo, processo de observação, ver como se desenvolve aquele laço cultural
Alteridade: conhecimento antropológico de nossa cultura que leva, pelo conhecimento de outras culturas, a reconhecer que
somos uma cultura possível, não a única. Ainda, que nossas formas de vida são inatas (não naturais), produtos de escolhas
culturais. Olhar para outro e reconhecê-lo, rompendo com o que adotamos como natural ao invés de cultural. Ruptura com a
abordagem comum que opera sempre a naturalização do social e a ruptura da exclusão pelo diferente (processo difícil ante a
tendência dominante da cultural ocidental).
- diversidade das culturas aparece enquanto fenômeno natural, resultante das relações diretas ou indiretas entre as sociedades;
- a atitude mais antiga e que repousa, sem dúvida, sobre fundamentos psicológicos sólidos, pois que tende a reaparecer em casa
um de nós quando somos colocados numa situação inesperada;
- consiste em repudiar pura e simplesmente às formas culturais, morais, religiosas, sociais e estéticas mais afastadas daquelas
com que nos identificamos;
- a recusa a admitir a própria DIVERSIDADE CULTURAL, preferindo repetir da cultural tudo o que esteja conforme à norma sob a
qual se vive.
* repúdio às formas culturais morais, religiosas, sociais, estéticas, mais afastadas daquelas com as quais nos identificamos ->
estranhamento
RAÇA