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Julio Cortázar

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Julio Cortázar

Nome Julio Florencio Cortázar


completo

Nascimento 26 de agosto de 1914


Embaixada argentina
em Ixelles, Bélgica

Morte 12 de
fevereiro de 1984 (69 anos)
Paris, França

Residência Paris

Cônjuge Aurora Bernárdez (1953-


1967)

Carol Dunlop (1970-1982)

Ocupação Romancista
contista
cronista
Influências
Lista[Expandir]

Principais Rayuela (O Jogo da


trabalhos Amarelinha),
1963; Histórias de
Cronópios e de Famas,
1964

Prémios Prémio Médicis


estrangeiro(1974)
Assinatura

Julio Florencio Cortázar (Embaixada da Argentina em Ixelles, 26 de


agosto de 1914 – Paris, 12 de fevereiro de 1984) foi um escritorargentino.

Índice
[esconder]

 1Biografia
 2Características literárias
 3Obras principais
 4Cronópios, famas e esperanças
 5Referências bibliográficas
 6Referências
 7Ligações externas

Biografia[editar | editar código-fonte]


Filho de argentinos, nasceu na embaixada da Argentina em Ixelles, distrito de
Bruxelas, na Bélgica, e voltou a sua terra natal aos três anos de idade. Seus
pais se separaram posteriormente e passou a ser criado pela mãe, uma tia e
uma avó. Passou a maior parte de sua infância em Banfield, na Argentina, e
não era uma criança totalmente feliz, apresentando uma tristeza frequente.
Declararia: "Pasé mi infancia en una bruma de duendes, de elfos, con un
sentido del espacio y del tiempo diferente al de los demás". [1] Cortázar era uma
criança bastante doente e passava muito tempo na cama, lendo livros que sua
mãe selecionava. Muitos de seus contos são autobiográficos,
como Bestiario, Final del juego, Los venenos e La Señorita Cora, entre outros.
Formou-se Professor em Letras em 1935, na "Escuela Normal de Profesores
Mariano Acosta", e naquela época começou a frequentar lutas de boxe. Em
1938, com uma tiragem de 250 exemplares, editou Presencia, livro de poemas,
sob o pseudônimo "Julio Denis". Lecionou em algumas cidades do interior do
país, foi professor de literatura na "Facultad de Filosofía y Letras de la
Universidad Nacional de Cuyo", mas renunciou ao cargo
quando Perón assumiu a presidência da Argentina. Empregou-se na Câmara
do Livro em Buenos Aires e realizou alguns trabalhos de tradução.
Em 1951, aos 37 anos, Cortázar, por não concordar com a ditadura na
Argentina, partiu para Paris (França), pois havia recebido uma bolsa do
governo francês para ali estudar por dez meses, e acabou se instalando
definitivamente. Trabalhou durante muitos anos como tradutor da Unesco e
viveria em Paris até a sua morte. Teve uma relação de amizade com os artistas
argentinos Julio Silva e Luis Tomasello, com os quais realizaria vários projetos
conjuntos. Politicamente, o autor também foi um mistério, devido à fragilidade
dos rótulos da época, pois, para a CIA, tratava-se de um perigoso esquerdista
a soldo da KGB, enquanto esta considerava-o um notório agente do
imperialismo a soldo da CIA e perigoso agitador anti-soviético, já que
denunciava as prisões em Moscou dos chamados dissidentes.
Cortázar casou-se com Aurora Bernárdez en 1953, uma tradutora argentina.
Viviam em Paris, sob condições econômicas difíceis e surgiu a oportunidade de
traduzir a obra completa, em prosa, de Edgar Allan Poe para a Universidad de
Puerto Rico. Esse trabalho foi considerado pelos críticos como a melhor
tradução da obra do escritor.
Em 1963 visitou Cuba enviado pela Casa de las Américas, para ser jurado em
um concurso. Foi a época de intensificação do seu fascínio pela política. No
mesmo ano teve um livro traduzido para o inglês. Em 1962, lança Historias de
Cronopios y Famas, e o ano de 1963 marcou o lançamento de Rayuela, que foi
seu grande sucesso e teve cinco mil cópias vendidas no mesmo ano. Em 1959
saiu o volume Final del Juego. Seu artigo Para Llegar a Lezama Lima foi
publicado na revista "Union", em Havana. Depois desses anos, Cortázar se
comprometeu politicamente na libertação da América Latina sob regimes
ditatoriais.
Em novembro de 1970 viaja ao Chile, onde se solidarizou com o governo
de Salvador Allende. Em 1971, foi "excomungado" por Fidel Castro, assim
como outros escritores, por pedir informações sobre o desaparecimento do
poeta Heberto Padilla. Apesar de sua desilusão com a atitude de Castro,
continuou acompanhando a situação política da América Latina.
Em 1973, recebeu o Prêmio Médicis por seu Libro de Manuel e destinou seus
direitos à ajuda dos presos políticos na Argentina. Em 1974, foi membro
do Tribunal Bertrand Russell II, reunido em Roma para examinar a situação
política na América Latina, en particular as violações dos Direitos Humanos.
Em 1976, viajou para Costa Rica, onde se encontrou com Sergio Ramírez e
Ernesto Cardenal, e fez uma viagem clandestina até Solentiname,
na Nicarágua. Esta viagem o marcaria para sempre e seria o começo de uma
série de visitas a este país.
Em agosto de 1981 sofreu uma hemorragia gástrica. Em 1983, volta a
democracia na Argentina, e Cortázar fez uma última viagem à sua pátria, onde
foi recebido calorosamente por seus admiradores, que o paravam na rua e lhe
pediam autógrafos, em contraste com a indiferença das autoridades nacionais.
Depois de visitar vários amigos, regressou a Paris. Pouco depois lhe foi
outorgada a nacionalidade francesa.
Carol Dunlop, sua última esposa, faleceu em 2 de novembro de 1982, e
Cortázar teve uma profunda depressão. Morreu de leucemia em 1984, sendo
enterrado no Cemitério do Montparnasse, na mesma tumba de Carol. Em sua
tumba se ergue a imagem de um "cronópio", personagem criado pelo escritor. [2]
Em Buenos Aires, a praça situada na interseção das ruas Serrano e Honduras
leva seu nome. Em 2007 foi dado oficialmente o nome de "Plaza Julio
Cortazar" à pequena praça no extremo ocidental da "Île Saint Louis", onde
ocorre o conto Las Babas del Diablo.

Características literárias[editar | editar código-fonte]


É considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo,
mestre do conto curto e da prosa poética, comparável a Jorge Luis
Borges e Edgar Allan Poe. Foi o criador de novelas que inauguraram uma nova
forma de fazer literatura na América Latina, rompendo os moldes clássicos
mediante narrações que escapam da linearidade temporal e onde os
personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inéditas.
Seu livro mais conhecido é Rayuela (O Jogo da Amarelinha), de 1963, que
permite várias leituras orientadas pelo próprio autor.
Cortázar inspirou um grande número de cineastas, entre eles o
italiano Michelangelo Antonioni, cujo longa-metragem Blow-Up foi baseado no
conto As Babas do Diabo (do livro As Armas Secretas).

Obras principais[editar | editar código-fonte]

 Presencia, 1938 (sonetos) (Sob o pseudônimo Julio Denis)


 La otra orilla, 1945.
 Los reyes, 1949 (teatro) (Os Reis)
 Bestiario, 1951 (contos) (Bestiário, 1986, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
 Final del juego, 1956 (contos) (Final de Jogo)
 Las armas secretas, 1959 (contos) (As Armas Secretas, 1994, Rio de
Janeiro: José Olympio). Faz parte desse livro o conto Las babas del
diablo (As Babas do Diabo), que inspirou Antonioni para o filme "Blow-up".
 Los premios, 1960 (novela) (Os Prêmios, 1983, Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira)
 Historias de cronopios y de famas, 1962 (misceláneas) (Histórias de
Cronópios e de Famas, 1964, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Valise
de Cronópio, 1974, São Paulo: Perspectiva)
 Carta a una señorita en París, 1963
 Rayuela, 1963 (novela) (O Jogo da Amarelinha, 1994, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira)
 La autopista del Sur, 1964
 Todos los fuegos el fuego, 1966 (contos) (Todos os Fogos o Fogo, 1994,
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
 La vuelta al día en ochenta mundos, 1967 (contos).
 El perseguidor y otros cuentos, 1967 (contos).
 Buenos Aires, Buenos Aires, 1967
 62/modelo para armar, 1968 (novela) (62/ Modelo para Armar)
 Casa tomada, 1969.
 Último round, 1969.
 Relatos, 1970.
 Viaje alrededor de una mesa, 1970.
 La isla a mediodía y otros relatos, 1971.
 Pameos y meopas, 1971 (poemas).
 Prosa del observatorio, 1972 (Prosa do Observatório, 1974, São Paulo:
Perspectiva)
 Libro de Manuel, 1973 (novela) (O livro de Manuel, 1984, Rio de Janeiro:
Nova Fronteira)
 La casilla de los Morelli, 1973.
 Octaedro, 1974 (contos) (Octaedro, 1986, Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira)
 Fantomas contra los vampiros multinacionales, cómic, 1975.
 Estrictamente no profesional, 1976.
 Alguien que anda por ahí, 1977 (contos) (Alguém que anda por aí, 1981,
Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
 Territorios, 1979 (contos).
 Un tal Lucas, 1979 (contos) (Um tal Lucas, 1982, Rio de Janeiro: Nova
Fronteira)
 Queremos tanto a Glenda, 1980 (contos) (Um dos contos foi publicado no
Brasil, sob o título Orientação dos Gatos, 1981, Rio de Janeiro: Nova
Fronteira)
 Deshoras, 1982 (contos) (Fora de Hora, 1984, Rio de Janeiro: Nova
Fronteira)
 Los autonautas de la cosmopista, 1982 (Os Autonautas da Cosmopista) –
Em colaboração com Carol Dunlop, sua companheira.
 Nicaragua tan violentamente dulce, 1983 (Nicarágua tão Violentamente
Doce, 1987, São Paulo: Brasiliense)
 Silvalandia (baseado em ilustrações de Julio Silva), 1984.
 Salvo el crepúsculo, 1984 (poesía).
 Divertimento, 1986 (obra póstuma) (Divertimento)
 El examen, 1986 (novela, obra póstuma) (O Exame Final, s.d., Rio de
Janeiro: José Olympio)
 Diário de Andrés Fava, 1995 (Diário de Andres Fava, s.d., Rio de Janeiro:
José Olympio)
 Adiós Robinson y otras piezas breves (teatro), 1995 (Adeus, Robinson e
Outras Peças Curtas, 1997, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
 Obra Crítica, editada em 1998, no Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
 Cartas a los Jonquieres 2010

Cronópios, famas e esperanças[editar | editar código-fonte]


O livro Histórias de Cronópios e de Famas foi escrito por Cortázar em Roma e
Paris, no período de 1952 a 1959, mas foi publicado em 1962. Ofereceu uma
espécie de reinvenção do mundo através de seus personagens, os "cronópios",
os "famas" e as "esperanças", que alcançam sensibilidade e fascínio na
medida em que traduzem a psicologia humana.
Os cronópios, segundo Cortázar, são criaturas verdes e úmidas, distraídas, e
sua força é a poesia. Eles cantam como as cigarras, indiferentes ao cotidiano,
esquecem tudo, são atropelados, choram, perdem o que trazem nos bolsos e,
quando saem em viagem, perdem o trem, chove a cântaros, levam coisas que
não lhes servem.
Os famas, pelo contrário, são organizados e práticos, prudentes, fazem
cálculos e embalsamam sua lembranças; quando fazem uma viagem, mandam
alguém na frente para verificar os preços e a cor dos lençóis.
As esperanças "são sedentárias e deixam-se viajar pelas coisas e pelos
homens, e são como as estátuas, que é preciso ir vê-las, porque elas não vêm
até nós[3]".

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

 VÁRIOS (2000). Nova Enciclopédia Barsa. Encyclopædia Britannica do


Brasil. [S.l.: s.n.] ISBN Volume 4. ISBN 85-7026-484-
4 Verifique |isbn= (ajuda)

 CORTÁZAR, Júlio (1998). Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira. [S.l.: s.n.] ISBN 6. ed., trad. Gloria Rodrigues.
ISBN 85-200-0203-XVerifique |isbn= (ajuda)
Cortázar, Julio

BIOGRAFÍA
Julio Florencio Cortázar nace en Bruselas en 1914. El propio Cortázar
relata los primeros años de su vida en una carta enviada desde París
en 1963: “Nací en Bruselas en agosto de 1914. Signo astrológico,
Virgo; por consiguiente, asténico, tendencias intelectuales, mi planeta
es Mercurio y mi color el gris (aunque en realidad me gusta el verde).
Mi nacimiento fue un producto del turismo y la diplomacia; a mi
padre lo incorporaron a una misión comercial cerca de la legación
argentina en Bélgica, y como acababa de casarse se llevo a mi madre
a Bruselas. Me tocó, nacer en los días de la ocupación de Bruselas por
los alemanes, a comienzos de la primera guerra mundial. Tenía casi
cuatro años cuando mi familia pudo volver a la Argentina; hablaba
sobre todo francés, y de el me quedo la manera de pronunciar la «r»,
que nunca pude quitarme. Crecí en Banfield, pueblo suburbano de
Buenos Aires, en una casa con un gran jardín lleno de gatos, perros,
tortugas y cotorras: el paraíso. Pero en ese paraíso yo era Adán, en
el sentido de que no guardo un recuerdo feliz de mi infancia;
demasiadas servidumbres, una sensibilidad excesiva, una tristeza
frecuente, asma, brazos rotos, primeros amores desesperados.”

Cursa estudios en la Escuela Normal de Profesores Mariano Acosta


(cuya atmósfera recreará en el cuento La escuela de noche).En 1932
obtiene el título de Maestro Normal, que lo habilita para ejercer el
magisterio. Ese mismo año intenta sin éxito viajar a Europa en un
buque de carga, con un grupo de amigos (fracaso que podemos
encontrar explicitado en Lugar llamado Kindberg). Ese mismo año, en
una librería de Buenos Aires, descubre el libro Opio, de Jean Cocteau,
cuya lectura cambia "por completo" su visión de la literatura y le
ayuda a descubrir el surrealismo. En 1935 obtiene el título de
Profesor Normal en Letras e ingresa en la Facultad de Filosofía y
letras. Aprueba el primer año, pero como en su casa "había muy poco
dinero y yo quería ayudar a mi madre", abandona los estudios para
iniciarse en el profesorado. Dos años después es designado profesor
en el Colegio Nacional de una pequeña ciudad de la provincia de
Buenos Aires, Bolívar. Lee infatigablemente y escribe cuentos que no
publica.

En 1938 publica su primera colección de poemas, Presencia con el


seudónimo de Julio Denis. En julio de 1939 fue trasladado a la
Escuela Normal de Chivilcoy.

En 1941, con el seudónimo Julio Denis, publica un artículo sobre


Rimbaud en la revista Huella, que junto con la revista Canto fueron
importantes vehículos de expresión para los jóvenes escritores. Se
traslada a Cuyo, Mendoza, y en su Universidad imparte cursos de
Literatura Francesa. Publica su primer cuento, Bruja, en la revista
Correo Literario. Participa en manifestaciones de oposición al
peronismo. Cuando Juan Domingo Perón gana las elecciones
presidenciales presenta su renuncia.

Reúne un primer volumen de cuentos, La otra orilla. Regresa a


Buenos Aires, donde comienza a trabajar en la Cámara Argentina del
Libro.
En 1946 publica el cuento Casa tomada en la revista Los ananes de
Buenos Aires, dirigida por Jorge Luis Borges. Ese mismo año publica
un trabajo sobre el poeta inglés John Keats, La urna griega en la
poesía de John Keats en la Revista de Estudios Clásicos de la
Universidad de Cuyo. Colabora en varias revistas, Realidad, entre
otras. Publica un importante trabajo teórico, Teoría del Túnel.

En 1948 obtiene el título de traductor público de inglés y francés, tras


cursar en apenas nueve meses estudios que normalmente insumen
tres años. El esfuerzo le provoca síntomas neuróticos, uno de los
cuales (la búsqueda de cucarachas en la comida) desaparece con la
escritura de un cuento, Circe, que junto con Casa Tomada y Bestiario
(aparecidos en Los anales de Buenos Aires) será incluído más
adelante en Bestiario.

Publica su primer libro de cuentos Bestiario. Obtiene una beca del


gobierno francés y viaja a París, con la firme intención de
establecerse allí. Comienza a trabajar como escritor en la UNESCO.

En 1953 se casa con Aurora Bernárdez.

En 1959 publica Las armas secretas (Ed, Sudamericana), que incluye


el cuento largo El perseguidor. Este cuento supone un sesgo en la
narrativa de Cortázar. Allí aborda "un problema de tipo existencial, de
tipo humano, que luego se ampliará en Los Premios y sobre todo en
Rayuela (Los nuestros, Luis Harss)

En 1961 realiza su primer visita a Cuba, ese mismo año la editorial


Fayard publica Los Premios, primera traducción de una obra de
Cortázar.

Publica Historias de cronopios y de famas, en la editorial Minotauro,


de Buenos Aires y en 1963 aparece Rayuela (Ed. Sudamericana), de
la que se vendieron 5.000 ejemplares en el primer año. Ese mismo
año participa como jurado en el Premio Casa de las Américas, en La
Habana. .

Viaja a Chile, en 1970, invitado a la asunción del gobierno del


presidente Salvador Allende. La editorial Sudamericana publica el
libro Relatos, en el que se incluye una selección de cuentos de
Bestiario, Final del juego, Las armas secretas y Todos los fuegos el
fuego.

En abril del 74 participa en una reunión del Tribunal Russell II reunido


en Roma para examinar la situación política en América Latina, en
particular las violaciones de los derechos humanos. Realiza una visita
clandestina a la aldea de Solentiname, en Nicaragua.

En 1981 uno de sus primeros decretos, el gobierno socialista de


François Miterrand le otorga la nacionalidad francesa, el 24 de julio.

Entre el 30 de noviembre y el 4 de diciembre de 1983 viaja a Buenos


Aires, para visitar a su madre después de la caída de la dictadura y la
asunción del gobierno por el presidente Raúl Alfonsín. Las autoridades
ignoran su presencia, pero es calurosamente recibido por la gente,
que lo reconoce en las calles.

El 12 de febrero Julio Cortázar muere y es enterrado en el cementerio


de Montparnasse, en la tumba donde yacía Carol Dunlop, su última
esposa.

En 1986 la editorial Alfaguara emprende la publicación de las obras


completas de Julio Cortázar, incluso aquella que habían permanecido
inéditas hasta su muerte. Con ese propósito crea una colección
especial, Biblioteca Cortázar. El diseño de las cubiertas fue confiado a
Julio Silva.

BIBLIOGRAFÍA

Presencia (bajo el seudónimo "Julio Denis") - 1938

Los reyes - 1949

Bestiario – 1951

Final del juego - 1956

Las armas secretas - 1959

Los Premios – 1960

Historias de cronopios y de famas – 1962

Algunos aspectos del cuento - 1962


Rayuela - 1963

Cuentos - 1964

Todos los fuegos el fuego - 1966

La vuelta al día en ochenta mundos - 1967

El perseguidor y otros cuentos - 1967

62/ Modelo para armar - 1968

Buenos Aires, Buenos Aires (con Sara Facio y Alicia D'Amico) - 1968

Ceremonias – 1968

Último Round - 1969

Casa tomada - 1969

Viaje alrededor de una mesa - 1970

Relatos - 1970

Pameos y Meopas - 1971

La isla a mediodía y otros relatos - 1971

La isla a mediodía: un cuento completo - 1971

Prosa del Observatorio - 1972

Libro de Manuel – 1973

La casilla de los Morelli - 1973

Reunión - 1973

Octaedro - 1974

Los relatos - 1974

Fantomas contra los vampiros multinacionales - 1975

Silvalandia (en colaboración con Julio Silva ) - 1975

Antología – 1975
Estrictamente no profesional. Humanario (con Facio y D'Amico)-1976

Alguien que anda por ahí y otros relatos - 1977

Territorios - 1978

Un tal Lucas - 1979

Un gotán para Lautrec (Con Hermenegildo Sabat) - 1980

Un elogio del tres - 1980

La raíz del ombú (en colaboración con Alberto Cedrón) - 1980

El perseguidor y otros relatos - 1980

Queremos tanto a Glenda - 1980

París. Ritmos de una ciudad - 1981

Deshoras - 1983

Los autonautas de la cosmopista (escrito con Carol Dunlop) - 1983

Negro el diez - 1983

Nicaragua tan violentamente dulce - 1983

Salvo el crepúsculo - 1984

Alto el Perú - 1984

Nada a Pehuajó y Adiós, Robinson - 1984

Publicaciones póstumas:

Argentina: años de alambradas culturales - 1984

El examen - 1986

Divertimento - 1986

Cartas desconocidas de Julio Cortázar - 1992

Obra crítica 1 - 1994

Obra crítica 2 (1941-1963) - 1994


Obra crítica 3 (1967-1983) - 1994

Diario de Andrés Fava - 1995

Adiós, Robinson y otras piezas breves - 1995

Imagen de John Keats - 199

La otra orilla - 1995

Veredas de Buenos Aires y otros poemas - 1995

Los venenos y otros textos - 1995

Cuentos completos 1 (1945-1966) - 1996

Cuentos completos 2 (1969-1982) - 1996

El perseguidor y otros textos - 1996

Cartas 1, 2 y 3 (1937-1983) - 2000

PREMIOS

Premio Médicis, 1974, por Libro de Manuel

Premio Orden Rubén Darío de la Independencia Cultural, otorgado


por el gobierno de Nicaragua, 1983.
Julio Cortázar
Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Julio Cortázar
Julio Cortázar em outros projetos:

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Julio Florencio Cortázar (* 26 de agosto de 1914, em Brüssel, Bélgica; † 12 de


fevereiro de 1984, em Paris, França); escritor argentino. De pais argentinos,
Julio Cortázar nasceu em Bruxelas (Bélgica) em 1914 e chegou à Argentina
aos quatro anos de idade. Formou-se professor e lecionou em algumas cidades
do interior do país, inclusive na Universidade de Cuyo, mas renunciou ao cargo
quando Perón assumiu a presidência. Em 1951, Cortázar partiu para Paris
(França), onde trabalhou como tradutor da Unesco e viveu até a sua morte em
1984.

 "Ser valente é muito mais fácil do que ser homem".


"O destino das explicações
Em algum lugar deve haver uma lixeira onde estão amontoadas as
explicações. Uma só coisa inquieta neste justo panorama: que possa
ocorrer o dia em que alguém consiga explicar também a lixeira. "
- Obra "Un tal Lucas", 1979.

 “E chamam a isso uma piscina - queixou-se Pelusa.


- Estique um pouco essa porcaria, parece que é para dar banho em
porcos. Que acha o senhor, Dom Persio?
- Detesto banho ao ar livre - disse Persio -, sobretudo quando há
possibilidade de apanhar a caspa alheia.
- Obra Os Prêmios

 “- Pingue-pongue – disse Paula.


-Pingue-pongue?
-Sim, eu pergunto como você está, você me responde, e depois me
pergunta como estou. Eu respondo: Muito bem, Jamaica John, apesar
de tudo. O pingue-pongue social, sempre deliciosamente idiota como os
bis dos concertos, os cartões de felicitações e mais três milhões de
coisas. A deliciosa vaselina que conserva tão bem lubrificadas as rodas
das máquinas do mundo, como dizia Spinoza.”
- Obra Os Prêmios

“Encontraria a Maga? Tantas vezes bastara-me



chegar, vindo pela rue de Seine, ao arco que dá
pra o Quai de Conti, e mal a luz cinza esverdeada
que flutua sobre o rio deixava-me entrever as
formas, já sua delgada silhueta se inscrevia no
Pont dês Arts, por vezes andando de um lado para
o outro da ponte, outras vezes imóvel, debruçada
sobre o parapeito de ferro, olhando a água.”
- Obra O Jogo da Amarelinha

“Acostumaram-se a comparar as colchas, as



portas, os abajures, as cortinas; os quartos dos
hotéis.”
- Obra O Jogo da Amarelinha

- "No combate entre um texto apaixonante


e seu leitor, o romance ganha sempre por
pontos, enquanto o conto deve ganhar por
nocaute."
- la novela gana siempre por puntos, mientras que el cuento debe ganar
por knockout
- "La casilla de los Morelli" - Página 138; de Julio Cortázar, Julio Ortega -
Publicado por Tusquets, 1981 ISBN 8472230309, 9788472230309 - 153
páginas
Seis livros imperdíveis de Julio Cortázar
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26.08.2016 Estante Virtual 0 Comentário

(2.8 Estrelas - 11 Votos)

Escritor argentino por adoção completaria, em 2016, 102 anos


Considerado um dos mais importantes escritores latino-americanos, Julio Cortázar
nasceu em Bruxelas em 26 de agosto de 1914 e, aos 4 anos, mudou-se para a Argentina,
país de origem de seus pais e cuja nacionalidade acabou por adotar. Quando jovem
estudou Letras e trabalhou como professor em várias cidades do interior da Argentina.
Em 1951, fixou residência definitiva em Paris, onde construiu uma brilhante carreira
literária, iniciada com a publicação de Os reis. Faleceu no dia 12 de fevereiro de 1984
em Paris, França.
Veja algumas de suas principais obras:
 O jogo da amarelinha
Romance lançado em junho de 1963, este é o livro mais emblemático do grande
escritor. Pela primeira vez, um escritor levava às últimas consequências a ideia de
transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem para contá-la. O resultado
é único, aberto a múltiplas leituras, repleto de humor, de riscos e de uma originalidade
sem precedentes.
Clique na imagem e confira na Estante Virtual

 Histórias de cronópios e de famas


Consagrado pelo realismo fantástico e pela experimentação presente em seus contos,
Julio Cortázar inova aqui sua própria linguagem. Nesta coleção de narrativas curtas e
despretensiosas, ele apresenta uma visão poética e bem-humorada sobre acontecimentos
cotidianos, promovendo uma reinvenção do mundo aos olhos do leitor. E ainda nos
convida mais uma vez para um universo fantástico, com criaturas como os cronópios,
seres verdes e úmidos que vivem de poesia, e os famas, que são mais práticos e
organizados.

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 Octaedro
Trabalhando com um mínimo de elementos formais, Cortázar parte de um núcleo
central para levar-nos as situações incomuns dentro de microcosmos humanos,
universos isolados e rodeados por forças ameaçadoras e misteriosas. De repente, no dia-
a-dia da realidade familiar e banal, introduz-se o insólito. Em cada conto, o real passa a
se interpretado como inseparável do imaginário, fazendo supor a existência de outra
ordem que desconhecemos. O objetivo do autor é o de criar leis contra o determinismo e
a alienação impostos pela vida cotidiana. Terminada a narrativa, a incerteza permanece,
deixando o leitor desconcertado.

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 Papéis inesperados
Este livro, publicado 26 anos após a morte do autor, traz textos inéditos, autoentrevistas,
poemas, reflexões sobre escultura, fotografia, pintura e música, além de manuscritos
redigidos entre 1930 e 1980 e descobertos no final de 2006 pela herdeira do autor.
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 Bestiário
Primeira obra em que Julio Cortázar afirma se sentir “seguro do que queria dizer”. As
histórias que compõem este volume falam de objetos e acontecimentos cotidianos,
passam para a dimensão do pesadelo ou da revelação de modo natural e imperceptível.
Em cada conto, surpresa e inquietação são acrescentadas ao indescritível prazer de lê-
los.

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 Divertimento
Esta obra apresenta o escritor quase iniciante, com a liberdade e a ousadia que o
caracterizariam. Fascinado pela capacidade de transformação da língua e dono de um
senso crítico apuradíssimo, Cortázar trabalha com o mínimo de elementos formais. A
idéia parte de um núcleo conhecido que leva o leitor a situações inusitadas, apostando
no humor, no fantástico e no imaginário.

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