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de feridas
orientações aos profissionais de saúde
APRESENTAÇÃO 5
1. Introdução 7
4. Avaliação da ferida 13
5. Tratamento da ferida 15
5.1. Avaliação das condições clínicas 16
5.2. Controle da dor e uso de analgésicos 18
5.3. Cuidados na realização do curativo 21
5.4. Manutenção do meio úmido 24
5.5. Desbridamento 26
5.6. Produtos/coberturas padronizados 27
6. Registros da evolução das feridas 38
7. Considerações finais 40
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 41
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O manual aborda também o tratamento das
feridas, destacando aspectos como a avaliação
das condições clínicas, o uso de analgésicos, os
cuidados com a realização do curativo, a manu-
tenção das lesões do paciente em meio úmido,
o desbridamento e o uso de coberturas/produ-
tos padronizados e, finalmente, os registros da
evolução da ferida, que devem ser criteriosos
e individualizados, destacando a evolução da
ferida e as reações do paciente à terapêutica.
Boa leitura!
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1. Introdução
A pele tem várias funções, como por exemplo:
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Esta avaliação deve ser continuada: é fundamental acompanhar a evo-
lução do processo cicatricial, a cobertura da ferida e os produtos utili-
zados, devendo o profissional de saúde estar apto a realizar esta avalia-
ção e seu acompanhamento.
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• Contaminadas, feridas ocorridas com tempo maior que 6 ho-
ras entre o trauma e o atendimento, sem sinal de infecção;
• Infectadas, feridas com presença de agente infeccioso no local
e com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de
tecidos, podendo conter pus.
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3. Fisiologia do processo cicatricial
A pele, quando lesada, inicia imediatamente uma série de fases sobre-
postas, denominada cicatrização. A cicatrização ocorre por meio de um
processo dinâmico, interdependente, contínuo e complexo, cuja fina-
lidade é restaurar os tecidos lesados. Este processo é composto pelas
seguintes fases: inflamatória, proliferativa e de maturação.
Fase inflamatória
Fase de maturação
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nizada. A contratura da ferida, resultado do processo de contração da
ferida, em contraste, é uma constrição física ou limitação da função. As
contraturas ocorrem quando a excessiva cicatriz excede a contração da
ferida normal, o que resulta em uma incapacidade funcional.
4. Avaliação da ferida
Para a escolha de um curativo adequado, é essencial uma avaliação
criteriosa da ferida e o estabelecimento de um diagnóstico de enfer-
magem acurado. Para tanto, é necessário levar em consideração as
evidências clínicas observadas quanto à localização anatômica, forma,
tamanho, profundidade, bordos, presença de tecido de granulação e
quantidade de tecido necrótico, sua drenagem e as condições da pele
perilesional.
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Estes diagnósticos de enfermagem podem ser identificados de acordo
com as características de cada situação clínica e seus fatores relaciona-
dos ou de risco.
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gem bacteriana ou inflamação prolongada, com número elevado de
citocinas inflamatórias. Atividade das proteases e baixa atividade dos
fatores de crescimento são prejudiciais para a cicatrização. Nessa situ-
ação, é necessário realizar a limpeza da ferida e avaliar as condições
tópicas sistêmicas e o uso de anti-inflamatórios e antimicrobianos.
5. Tratamento da ferida
No tratamento das feridas, além dos fatores locais, existem fatores sis-
têmicos que podem afetar o processo de reparação da pele e dos te-
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cidos, como a idade, a imobilidade, o estado nutricional, as doenças
associadas e o uso de medicamentos contínuos, principalmente dro-
gas imunossupressoras. Entre os fatores locais que afetam o processo,
destacam-se a localização anatômica da ferida e a presença de infec-
ção e de tecido desvitalizado.
Todo paciente deve ser avaliado de forma ampla, uma vez que um pa-
ciente descompensado clinicamente terá um processo de cicatrização
mais difícil. Apresentam-se a seguir os fatores a serem considerados
nesta avaliação.
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• Condições sistêmicas: uma das mais importantes é o diabetes
mellitus, que reduz a resposta inflamatória e aumenta o risco de
infecção. Já a neuropatia diminui a percepção sensorial, aumen-
tando o risco para o desenvolvimento de feridas.
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O inadequado alívio da dor na presença de feridas e na troca da cober-
tura dificulta a realização adequada do curativo, com prejuízo à cicatri-
zação e desconforto ou dor ao paciente. Portanto, a analgesia prévia ao
curativo, conforme prescrição médica, é necessária para que se possam
remover do leito da ferida o curativo, os agentes inflamatórios, os cor-
pos estranhos e os tecidos desvitalizados com o mínimo de descon-
forto para o paciente. Nesse processo, o uso de soro morno também
auxilia a minimizar a dor.
A dor pode ser classificada como: a dor local, a dor ocasional, a dor
produzida durante o curativo e a dor relacionada aos procedimentos
cirúrgicos.
A dor ocasional, por sua vez, está relacionada com as atividades coti-
dianas, como a deambulação, a tosse ou o deslizamento da cobertura
sobre a ferida.
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A avaliação sistematizada da dor faz parte do Processo de Enferma-
gem. A dor é atualmente considerada o 5° sinal vital e, na sua presença,
é preciso tratá-la e reavaliar a eficácia do tratamento instituído, medi-
camentoso ou não. Para saber se o paciente tem dor na troca de cober-
turas, deve-se questioná-lo, aceitar e respeitar sua alegação, porque é
ele quem melhor pode definir sua dor. É necessário, ainda, intervir de
maneira eficaz para seu conforto antes, durante e após a troca de co-
berturas.
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operacional padrão (POP), o material a ser preparado para o procedi-
mento inclui os seguintes itens: pacote de curativo, gazes estéreis, gaze
não aderente e não impregnada, frasco de soro fisiológico morno, o
produto ou cobertura prescrita, adesivo microporoso hipoalergênico,
saco de lixo branco, luvas de procedimento, agulha 40x12 e álcool 70%.
• Higienizar as mãos;
• Reunir o material necessário na bandeja;
• Identificar o paciente, conferindo pulseira de identificação;
• Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado, cha-
mando-o pelo nome;
• Proporcionar privacidade ao paciente;
• Higienizar novamente as mãos;
• Manter precaução padrão ou calçar as luvas de procedimento na
presença de exsudado no leito da ferida;
• Fixar o saco plástico com fita adesiva em plano inferior ao mate-
rial limpo;
• Abrir o pacote de curativo, usando técnica asséptica, tocando
apenas na face externa do campo;
• Expor o cabo de uma das pinças, pegando-a pela ponta com o
auxílio do campo, tocando-o somente na face externa. Com uso
desta pinça, dispor as demais com os cabos voltados para a borda
do campo;
• Colocar gazes suficientes para o procedimento sobre o campo;
• Realizar a desinfecção do frasco de soro fisiológico morno com
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álcool 70% no local em que será inserida a agulha 40x12;
• Remover o curativo com o auxílio da pinça anatômica com den-
te e colocá-lo no saco, desprezando a seguir a pinça na borda do
campo, afastada das demais pinças;
• Umedecer com soro fisiológico as gazes que estão em contato
direto com a ferida antes de removê-las, porque a umidade mini-
miza a dor e o traumatismo da pele e ou o tecido de granulação
em feridas abertas;
• Observar o aspecto e as condições da ferida.
Orientações para feridas fechadas
• Limpar a ferida com jatos de soro fisiológico morno.
• Secar os bordos da ferida montando torundas com gaze, uti-
lizando a pinça de pressão.
• Colocar no leito da ferida gaze não aderente como cober-
tura primária, umedecida com soro fisiológico, ou o produto
indicado conforme prescrição, e, sobre ele, gaze de algodão.
• Após, como cobertura secundária, utilizar gazes secas ou
compressas, dependendo da quantidade de drenagem, e fi-
xar com adesivo microporoso hipoalergênico, com dobra em
uma das pontas para facilitar a retirada. Ou, dependendo do
local, fixar com faixa crepe, ou usar roupas íntimas para não
danificar a pele com a fixação do curativo. Ainda em relação
ao adesivo, deve-se evitar tração centrípeta do adesivo sobre
a pele.
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enfermeira para desbridamento. Colocar no leito da ferida
(cobertura primária) gaze não aderente (atadura de rayon) ou
gaze, ambas umedecidas com soro fisiológico. Após, utilizar,
como cobertura secundária, gazes secas e fixá-las com adesi-
vo microporoso hipoalergênico.
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Nos Estados Unidos e Europa, registrou-se uma avalanche de novos
recursos a partir de 1970, o que gerou confusão entre os profissionais
quanto a sua adequada indicação e utilização. Com essa preocupação,
diversos órgãos (NPAUP, EPUAP) passaram a coordenar estudos para
estabelecer critérios para a avaliação adequada das feridas e, concomi-
tantemente, indicar parâmetros que direcionassem para a adequada
seleção desses recursos.
• Evitar traumas;
• Reduzir a dor;
• Manter a temperatura;
• Remover tecido necrótico;
• Impedir a formação de esfacelos;
• Estimular a formação de tecido viável;
• Promover maior vascularização.
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5.5. Desbridamento
Tipos de desbridamento:
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Hidrogel
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Alginato de cálcio
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Filme transparente (em rolo não estéril)
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Hidrocoloide extrafino
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Papaína
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Gaze não aderente impregnada de petrolato
33
Gaze não aderente impregnada de parafina
34
Gaze não aderente e não impregnada
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Apósito absorvente
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Curativo absorvente com prata
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6. Registro da evolução das feridas
É responsabilidade da equipe de saúde proporcionar e manter um am-
biente terapêutico para o paciente durante as 24 horas do dia, o que
inclui garantir a qualidade e continuidade dos registros, devido a suas
implicações assistenciais e legais.
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• Previsão de troca do curativo - registrar a periodicidade da
próxima troca e incluir na prescrição de enfermagem.
• Dor ou queixas do paciente em relação ao procedimento
- registrar se a analgesia prescrita está adequada, se está sendo
possível realizar a limpeza da ferida com desconforto tolerável
para o paciente, e demais queixas do paciente.
7. Considerações finais
Este manual procurou abordar alguns cuidados e ações da equipe mul-
tidisciplinar que podem auxiliar na realização de uma assistência eficaz
aos pacientes em tratamento de feridas. O cuidado destes pacientes
deve ser discutido pelas equipes responsáveis, buscando transformar
o ambiente do trabalho em um espaço de aprendizagem e discussão
das melhores práticas.
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Referências consultadas
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41
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arttext Acesso em: 15 abril 2011.
Winter GD. Formation of the scab and rate of epithelization of superficial wounds in the
skin of the young domestic pig. Nature, 1962;193;293-4.
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Melhorando estas orientações
4. A quantidade de informações:
( ) está adequada ( ) está pouco adequada ( ) não está adequada
O que pode ser modificado?
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8. As informações são facilmente localizadas no manual?
( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Raramente
Este espaço está reservado para suas sugestões, que nos auxiliarão a melhorar
este livreto:
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