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Carte tose a neoleee Le mnier) 190 SP Aare foes Lope (ona fang fe A Chrvrwee fe ree ef. fils # kanewan. Seep 6 Loto Invasio de dabras, rls itidescentes ou drapeados magaiti- cos, 0 neobaroco prolifera nas les latino-ameicanas; a “lepra criadora” leamesca mina ow eoeréi— minora mas eficazmente — recisumente ‘poesia de José Lezama Lima, que em seu pce no romance ‘Paradiso, que desencadeta aessurtegio, primelramentecuba- 1a, do batroco nests praasbibaras ‘Dade como moro eaterado 0 0 séeulo XIX — achatado pela marroguinria neoclissica, «que 0 tomou como um modelo exorcizao de mal dizer —; 0 ‘arraco comess a teemergie i no final do século XIX, quando surge o term “neobarroco"” ent as flovtuas daArf-nowveate ‘que desafiivam em seu redemoinho vegeta 0 uti ‘conibil do burgus Mais tarde, tudo pasariaa ser ldo pati. do barroco: o surrealismo, Artaud... © eubismo, atisca-se, seria um bart? ‘Serio barroco algo rstrto a um momento histrco determi ‘ado, ous convuldes barrocsreaparecem em formas transis Tieas? A questio oboe o¢especiiss. Deleuze ve, com pro- ‘riedade, ages barooos em Mallarmé: "A dobra ésem dividn a gio mais importante de Mallrmé, nfo somente a nogio mas, ns, a operago, oslo opera que fz dle um grate poeta baroco” Estado de sensbilda,estad de esprit coletivo que ‘marca o elma, “caracteria” uma €poca ou um foc, o bantoo ‘consis basizamente em cera operagio de dobragem da maté- B fia eda forma. Os orveinhos da fore, a dbra —esplendoe elav-escuo—da forma. en sty no plan da forma gue o baroeo,e agora 0 neokrroc, aucam, Mas esas formas em torveinio.peoas de voluay ‘volupuosas que preenchem oopiio du vai, lvemente erential, convocam e manifestim, em sua cbscuridade trbu. Jenta de velado enigma, forgas no menos bscums- Obartoc observa Gonailes Echevara 2 naa seal, sent com ultras no oedema Asim se process, na anf so americana do Barton Aureo (culos XVUVID, b em. onto ¢ inisgio com elements (apores, reapropriagier, sos) indigenat eafcanes:hisano-neieochispano ners 4, sinetiza Leama, Fixo mas obras fenomenas Jo Aled ‘ho edo indo Kondo De onde proede eta disposgfo exctatca do barroco tropes e, amb, hispano-american? Tate de uma ver daderadesterrriakizagiofabulosa: Lezama Lima daa gu so peciva sir de seu quarto para “eviver core de Las XIV situarame ao lado do Rei Sol, ouvie missa de domingo "cated deZamorjunios Colombo, ver Catarina, a Grande, fasscando pels marpens do Volga congelado oui até Polo Note assitirao aro de una esquim6 que depois comer a eri placenta Podtica da destertrilizngio, 0 baroco sempre choca ¢ eeore um limite pé-concebdoesjeiane. AD dessela, Aessubjeiva Eo desfzimento ou desprendimente dos mit i sn do eu, masa aniguilagSo does, pee cos. Nio ea aio Gemore Muene) dos vers da susico 40 Wen Tende 4 ninenc ente essa manéncia diving, alcanc, forma integra (constitu) sun propria divindade ou plano de transcendéncia, Osistema potico concebido por Lezama —coordenadss tran. sistricas derivadas do uso radical da poesia com “conhect. “ i ‘eno absolut” — pd suena rego, éuma regio 1p inflaconado, cpichoso e deli cme Ua cape oe dvar a us e elaghe dat as ‘Variados mont ja hist6ria, alucinando-os. Piia-Oiea? Lesa Lime 6 we sat del: guia imine, protic drs dobermetio,toberclarn ‘eo, meron ensures, ere emp ese icles oprein ‘Ado boc Gui dvndade i xem abo maniac sgordomancirtno ascinepe dea deméaca cata, Ades oe cence, apse: peu einen ot poo cavercem ves conkecimewoatoluo stares do ua tenran cheats estos duvide dacelurnseperdacs tlio, poeta postinment tin «eal sspit ‘paz baraP Postado xterm alos ing em sa forscncs cade Pasi 13, nomaio afer. i af agen mas eps gue um boner Fos tear pelos connor des cx, info do gure par © bank, desnd ene ages ciara Far qu vat cont os meister? Peas eave nde os ‘ites amis 6 de pons poe: igo alo € ape ‘agen € pens um movimento ds iagiaso. A Vngua€ teankee recotecerae, api cn a ato Si maturide Gore e Prost eneshomens dein dive side qe nunca vjonm. A inago em sev navn. Eu tn use munca de Hav Ami a ates: coda sali meus Geis porsvan lem dso no cen de tod igen Mato sempre embrana damon de meu Gite dite qu oda ovis € un prego da more, una aeteipgi doin- Eu no vj: pr eess 1s Cert disposiio para disparate, um desejpeloebuscado, fincadoe inflado em sua pera composigo, mas cua insis- pelo extravagante, um gosto pelo emarankamento que soa téncia obsessiva no redobro, no drapejamento, na torsio, em Tisch ou detestive para as pasarelas de modasclissicas, no presta-The, no desperdcio das nugasargntins, uma contorsio, € um erro ou desvio, parecendo antes algo constitutivo, em pulsiona,ertca. Pvdatch sensual dodesperdicio, mas uri, ina, de cera intervengio textual que afeta as texturas fambém, de “lexturs msterais, um “teatro das matérias” -americanas:exturas porque obarooo (Deez): endurecid em seu esiamento ou em sua “histére- texto significane, um: ‘se"(origor da histera) a matéri,elitica em sua forma, “peut devenic apte& exprimeren soi les pis 'une autre mate”. “Matéca pulsional, corporal que o barrco aludee convoca fem sua coxporalidade de corpo pleno, dbrado e saturado de insrigies eteroglnes. barroco do Século de Ouro pratica una drrisoNerui- * ‘mento, umsimulacrodesmesuradoe ao mesmo emporigoros0, tuma decodificacio das metforasclssicaspresentesna poética ‘A sedigdo pela seducdo. A maquinaria do barroco dissolve Antror, de inspira petarlaa. Metifons 20 quarado: apretenst unidireionalidade do setido em uma proliferagio ‘sim, unas serens has num ose wansfomam er “parén- AF alates toques, ajo excess, Ho caregado, psc seu tess ftondosos” a corente das gs. Ao mesmo tempo, odo esplendoraltssonantesoeacanorafaddogue, nese meando tsteabalho de derrsimento de socavamento da lingua —a oncupscente, se naguila ‘Possn taba no plano da lingungem, no plano da expresso "A équinabarroca lana atagu esrdente de suas bij PP noal, em sa rigoorkade de monada fre, um festival cas isatas o plano ds signi, minando 0 nédula do etme cores, Dignmos que obaroco se “mont” sobre os ‘Sento oficial as coisas. Nd peocee apenas a una substi ‘silos anteriores por uma eapéie de “inflago de sgntian- Go de um significant por out, e sim multpis, eomo num tes: um dpositvo de politeragi. Tat-se— diz Surdoy — ‘ogode duplsesplios inverts (0duploespeliode Osvaldo Ae “obliterarosgntiante de um sentido dado mas nio subs {Eborghin), os ios milplos de uma polfonapoiénica tisindovo por outo,e sim por una cadin de signiicants que fque um logos ansctnico imaginasse em sua inp como ‘rogrie metoimicamente e que acaba por cwcunscrever © fussieis de stem reduidos au selio nen, desdobran- Signiicante asent,tragando una Grit 0 seuredor.." Sa- Tvs, em sun ree associative ncn, de um mode rizomiti- turagio, enti, da inguagem eomanicaiva”. A linguager, ce apuentemente desorenado, dssimétic, turbulent. N poder sein dizer, “abandon” (ourele) sa funho decom fim o referent aldo Bn como que Sepulo Sob esa carats ficago, pra esdobrarae como pura supe, espesae de flguragies, no impor ese sentido se pend, aa =| isada, que “ria em a= "iterturas de Linguager, que prolifraqio como uma poteaciaativadeesquecimento: es ema fungio puramente instrumental, uit, da lin pra deleitirse nos meandos dos jogos e sons e sentidos fungi poetica” que percorre einguet,soterrad,subte rea, molecularmente, plano das significagSesinstituidas oe Compondo um artiticio de plenitude cegante ou ofuscante, Eimento ou confusio — o conisional oposto 20 confessional Aetquilo que nessa liso se iui, 16 0

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