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Universidade de São Paulo-USP

Instituto de Matemática e Estatı́stica - IME


Matemática Aplica
Francisco José-USP:10412141

Equações Diferenciais Ordinárias-E.D.O


Lista de Exercı́cios

1. Seja F : R → R uma função lipschitiziana, e suponha que ϕ, ψ : R → R são funções de


classe C 1 tais que
ϕ0 (t) ≥ F (ϕ(t)), ψ 0 (t) = F (ψ(t)), ∀t ∈ R.
Se ϕ(t0 ) = ψ(t0 ) para algum t0 ∈ R, mostre que ϕ(t) ≥ ψ(t) ∀t ≥ t0 .

Solução: Fixando t0 ∈ R, ∀t ≥ t0 vale as seguintes expressões:


Z t
ϕ(t) ≥ ϕ(t0 ) + F (ϕ(s))ds
t0
Z t
ψ(t) = ψ(t0 ) + F (ψ(s))ds
t0

Suponha que existe t∗ ∈ R, t∗ ≥ t0 tal que ψ(t∗ ) > ϕ(t∗ ). Então


Z t∗  Z t∗ 
∗ ∗
0 < ψ(t ) − ϕ(t ) ≤ ψ(t0 ) + F (ψ(s))ds − ϕ(t0 ) + F (ϕ(s))ds
t0 t0
Z t∗
= (ψ(t0 ) − ϕ(t0 )) + (F (ψ(s) − F (ϕ(s))ds
t0

Passando a norma em ambos os lados da desigualdade e usando a hipótese de que F é Lipschitiz


temos que
Z t∗
∗ ∗
0 <k ψ(t ) − ϕ(t ) k ≤ k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k + k F (ψ(s)) − F (ϕ(s)) k ds
t0 | {z }
≤Kkψ(s)−ϕ(s)k
Z t∗
≤ k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k +K k ψ(s) − ϕ(s) k ds
t0

Aplicando o Lema de Gronwall para µ(t∗ ) =k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k, C =k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k e K > 0
obtemos que:

0 <k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k≤k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k eK(t −t0 ) .

Como k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k> 0 e eK(t −t0 ) > 0 temos que k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k> 0 e isso implica que
ψ(t0 ) 6= ϕ(t0 ). Contradição! portanto temos que ϕ(t) ≥ ψ(t) ∀t ≥ t0 . 2
2. Considere os seguintes campos ambos em coordenadas polares

−r sin2 (1/r) se r 6= 0
   
r sin(1/r) se r 6= 0
ṙ = ṙ =
 
0 se r = 0 (1) 0 se r = 0 (2)
θ̇ = 1 θ̇ = 1
 
em ambos a origem (x, y) = (0, 0) è Liapunov estável. Prove que (1) não admite função de
Liapunov e exiba uma função de Liapunov para (2).

Solução: Fazemos a seguinte mudança de coordenadas x = r cos(θ), y = r sin(θ) com (x, y) 6=


(0, 0). Segue que
 0 0
x = r0 cos(θ) − r sin(θ)θ0 = rr x − yθ0
0 (3)
y 0 = r0 sin(θ) + r cos(θ)θ0 = rr y + xθ0
Substituindo (3) em (1) obtemos
 0 p
x = −y + x sin(1/p x2 + y 2 )
(4)
y 0 = x + y sin(1/ x2 + y 2 )
Seja t → (x(t), y(t)) uma solução de (4). Então

d
k (x(t), y(t)) k2 = 2x(t)x0 (t) + 2y(t)y 0 (t)

dt p
= 2(x(t)2 + y 2 (t)) sin(1/ x2 (t) + y 2 (t))
= k (x(t), y(t)) k2 sin(1/ k (x(t), y(t)) k)
1
Para k (x(t), y(t)) k= kπ , k ∈ N, temos que dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) = 0 e portando as órbitas
1
periódicas são cı́rculos de raio k (x(t), y(t)) k= kπ os quais tendem a origem conforme k cresce.
Para (2k + 1)π < 1/ k (x(t), y(t)) k< (2k + 2)π, temos que dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) < 0 e
d
dt
(k (x(t), y(t)) k2 ) > 0 para 2kπ < 1/ k (x(t), y(t)) k< (2k + 1)π.

Sejam

A1 = {(x, y) ∈ R2 : (2k + 1)π < 1/ k (x, y) k< (2k + 2)π}


A2 = {(x, y) ∈ R2 : 2kπ < 1/ k (x, y) k< (2k + 1)π}

Então dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) < 0 em A1 , i.e, as trajetórias com condição inicial em A1 espirala
para dentro, e acumula no circulo de raio 1/(2k + 2)π, i.e,tem ω−limite = 1/(2k + 2)π e
d
dt
(k (x(t), y(t)) k2 ) > 0 em A2 , i.e, as trajetórias com condição inicial em A2 espirala para fora
e acumula no circulo de raio 1/2kπ, i.e, tem ω−limite = 1/2kπ
Seja V : U → R uma função de classe C 1 definida numa vizinhança U ⊂ R2 de (0, 0), tal que
V (0, 0) = 0 e V (x, y) > 0 para todo (x, y) ∈ U − {(0, 0)}. Temos que ∇V e ortogonal as cuvas
de nı́veis Cα = {(x, y) ∈ U : V (x, y) = α} e em particular aponta no sentido de crescimento
da função V , i.e, aponta para fora. Dessa forma h∇V (x, y), f (x, y)i < 0 para (x, y) ∈ A1 ∩ U
e h∇V (x, y), f (x, y)i > 0 para (x, y) ∈ A2 ∩ U . Seja A aberto tal que A ∩ A1 ∩ A2 é não
vazio. Então h∇V (x, y), f (x, y)i não tem sinal definido em A ∩ A1 ∩ A2 ∩ U , pois existe pontos
para os quais h∇V (x, y), f (x, y)i < 0 e pontos para os quais h∇V (x, y), f (x, y)i > 0 na mesma
vizinhança arbitrariamente peque de (0, 0). Portanto, concluı́mos que (1) não admite função
de Liapunov na origem.

Vamos exibir uma função de Liapunov para (2). Substituindo (3) em (2) obtemos
 0 p
x = −y − x sin2 (1/p x2 + y 2 )
(5)
y 0 = x − y sin2 (1/ x2 + y 2 )
Seja V : R2 → R definida por V = 21 (x2 + y 2 ). Temos que
1) V (0, 0) = 0 eV (0, 0) > 0 para todo (x, y) 6= (0, 0) 
2
p 2
p
2 2 2 2
2) se f (x, y) = −y − x sin (1/ x + y ), x − y sin (1/ x + y ) , temos que

D p p E
h∇V (x, y), f (x, y)i = (x, y), (−y − x sin2 (1/ x2 + y 2 ), x − y sin2 (1/ x2 + y 2 )
p p
= −xy − x2 sin2 (1/ x2 + y 2 ) + xy − y 2 sin2 (1/ x2 + y 2 )
p
= − x2 + y 2 sin2 (1/ x2 + y 2 ) ≤ 0.


Portanto, V é uma função de Liapunov para (5). 2

3. Seja γ uma órbita periódica de ẋ = f (x), x ∈ R2 . Dizemos que γ é um ω−ciclo limite, se


∃x ∈/ γ tal que ω(x) é igual a γ. Se γ é um ω−ciclo limite, mostre que existe um aberto de R2
tal que todo ponto desse aberto tem ω−limite= γ. Caracterize este aberto.

Solução: Seja γ um ω−ciclo limite, i.e, ∃x ∈


/ γ tal que ω(x) = γ. Dessa forma temos duas
possibilidade, ou x ∈ ext(γ) ou x ∈ int(γ).
Seja
.
B(γ) = {x ∈ R2 : ω(x) = γ}
vamos mostrar que B(γ) é aberto.
Seja x0 ∈ B(γ) com x0 ∈ ext(γ), precisamos mostrar que Bδ (x0 ) ⊂ B(γ) para algum δ > 0.
Como x0 ∈ B(γ), temos que ω(x0 ) e portanto se p ∈ γ, existe uma sequência tn → +∞ tal
que lim φ(tn , x0 ) = p. Como p ∈ γ e γ é uma órbita periódica, temos que f (p) 6= 0. Seja Σ
n→+∞
uma seção local de f em p. Passando a uma subsequencia se necessário, podemos supor pelo
que vimos em aula (lemas preparatórios para o Teorema de Poincaré Bendixon), temos que
φ(tn , x0 ) ∈ Σ , lim φ(tn , x0 ) = p e fixamos a seguinte ordem
n→+∞

φ(t1 , x0 ) > φ(t2 , x0 ) > φ(t3 , x0 )...


Existe N ∈ N tal que k φ(tn , x0 )−p k< 2 para todo n ≥ N . Seja t∗ > 0 tal que φ(t∗ , x0 ) = q ∈ Σ
com k q − p k< 2 . Seja [q − , q + ] ⊂ [p − 2, p + 2] ⊂ Σ. Dessa forma construı́mos uma
região D invariante positivamente pelo fluxo(ver desenho abaixo). Assim se y ∈ D ⇒ ω(y) = γ.

Sejam δ = e−kt > 0, e x∗ ∈ Bδ (x0 ), pela dependência de Soluções com respeito as condições
iniciais temos que
∗ −0) ∗ ∗
k φ(t∗ , x∗ ) − φ(t∗ , x0 ) k≤k x∗ − x0 k ek(t < e−kt · ekt = .

Dessa forma φ(t∗ , x∗ ) = y ∈ D e pela invariância de D, segue que ω(y) = ω(φ(t∗ , x∗ )) = γ, i.e,
se z ∈ γ, existe tn → +∞ tal que lim φ(tn , φ(t∗ , x∗ )) = z. Segue que tn + t∗ → +∞, e
n→+∞

lim φ(tn + t∗ , x∗ ) = lim φ(tn , φ(t∗ , x∗ )) = lim φ(tn , y) = z ∈ γ


n→+∞ n→+∞ n→+∞

.
segue que ω(x∗ ) = γ e portanto x∗ ∈ B(γ). Logo Bδ (x0 ) ⊂ B(γ) e portanto B(γ) = {x ∈ R2 :
ω(x) = γ} é aberto.
O caso para x0 ∈ int(γ) é análogo.
.
Caracterização: Destacamos as seguintes propriedades de B(γ) = {x ∈ R2 : ω(x) = γ}:

1. B(γ) é não vazio


De fato, por definição exite x ∈
/ γ tal que ω(x) = γ e portanto, x ∈ G(γ).

2. B(γ) é aberto.

3. B(γ) ⊃ γ.

De fato, se x ∈ γ ⇒ ω(x) = γ ⇒ x ∈ B(γ).

4. B(γ) é invariante pelo fluo, i.e se x ∈ B(γ) então, φ(t, x) ∈ B(γ).

De fato, seja x ∈ B(γ) ⇒ ω(x) = γ seja p ∈ ω(x) = γ, então existe tn → +∞ tal que
lim φ(tn , x) = p. Então, tn + t → +∞ e
n→+∞

lim φ(tn , φ(t, x)) = φ(tn + t, x) = p ∈ γ


n→+∞

Portanto φ(t, x) ∈ B(γ). 2


4. A equação de Van der Pol é dada por

ẋ = y − x3 + x
(6)
ẏ = −x

mostre que (6) possui uma única órbita periódica.


RT
Dica: Mostre que |σ(α)|2 − |α|2 = 0 (x2 (t) − x4 (t))dt possui um único zero.
Solução: Fixamos as seguintes notações:

Figura 1:

R+ = {(x, y) : y > 0, x = 0}, R− = {(x, y) : y < 0, x = 0}, R = {(x, y) : x = 0}

Seja σ : R+ → R− . Como visto em aula, para cada (0, α) ∈ R+ , σ(α) é a coordenada y do


primeiro encontro da trajetória futura de (0, α) com R− . Mais precisamente se t → (x(t), y(t))
é uma solução de (6) com (x(0), y(0) = (0, α) = A então (x(T ), y(T )) = (0, σ(α)) = D, onde
T > 0 é o menor tempo para o qual t → (x(t), y(t)) bate em R− .

Sejam γ : R+ → R a aplicação que a cada α associa γ(α) = σ(α)2 − α2 e V : R2 → R definida


por V (x, y) = x2 + y 2 . Temos que

γ(α) = σ(α)2 − α2 = y(T )2 − y(0)2 = V (x(T ), y(T )) − V (x(0), y(0))


Z T
= V̇ (x(t), y(t))dt ∀ 0 ≤ t ≤ T.
0
Pela Regra da Cadeia temos que

V̇ (x(t), y(t))dt = ∇V (x(t), y(t).(ẋ, ẏ) = 2x(t)ẋ(t)(t) + 2y(t)ẏ(t)


= 2x(t)(y(t) − (x3 (t) − x(t) + 2y(t)(−x(t))
= 2x(t)y(t) − 2x4 (t) − 2x2 (t) − 2x(t)y(t)
= 2x2 (t)(1 − x2 (t)).

Portanto Z T
γ(α) = 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt (7)
0
Fazemos a seguinte afirmação:

Afirmação: A aplicação (7) satisfaz as seguintes propriedades:

1. γ(α) > 0 se 0 < x(t) < 1;

2. lim γ(α) = −∞ monotonicamente se x(t) > 1.


α→+∞

Demonstração da Afirmação.

RT
Seja 0 < x(t) < 1. Daı́ que x2 (t)(1 − x2 (t)) > 0 e portanto γ(α) = 0
2x2 (t)(1 − x2 (t)) dt > 0,
| {z }
>0
e isso prova o item 1.
Para o item 2, fixamos x0 = 1, 2 > 1 e seja Γ(t) = Γ1 (t) ∪ Γ2 (t) ∪ Γ3 (t) onde,

Γ1 (0) = (0, α) = A e Γ1 (T1 ) = (x0 , b) = B com Γ1 (t) = (x(t), y(t)) ∀ 0 ≤ t ≤ T1 .

Γ2 (T1 ) = (x0 , b) = B e Γ2 (T2 ) = (x0 , c) = C com Γ2 (t) = (x(t), y(t)) ∀ T1 ≤ t ≤ T2 .

Γ3 (T2 ) = (x0 , c) = C e Γ1 (T3 ) = (0, σ(α)) = D com Γ3 (t) = (x(t), y(t)) ∀ T2 ≤ t ≤ T3 .

com T = T1 + T2 + T3 . Dessa forma temos que

γ(α) = γ1 (α) + γ2 (α) + γ3 (α)


onde
Z
γi (α) = 2x2 (t)(1 − x2 (t)) i = 1, 2, 3.
Γi
Note que para Γi = (x(t), y(t)), i = 1, 3, temos que 0 ≤ x(t) ≤ x0 . Como x0 (t) > 0 para
0 ≤ t ≤ T1 segue que t → x(t) é uma bijeção, e dessa forma podemos escrever y = y(x).
Fazemos a seguinte mudança de variáveis;
dx dt dx
x(t(x)) = x ⇒ = 1 ⇒ dt =
dt dx dx/dt
com
x(0) = 0, x(T1 ) = x0 , x(T2 ) = x0 , x(T3 ) = 0.
Logo
T1 x0
2x2 (1 − x2 )
Z Z
2 2
γ1 (α) = 2x (t)(1 − x (t))dt = dx (8)
0 0 y − G(x)

T3 0 x0
2x2 (1 − x2 ) 2x2 (1 − x2 )
Z Z Z
2 2
γ3 (α) = 2x (t)(1 − x (t))dt = dx = − dx (9)
T2 x0 y − G(x) 0 y − G(x)
onde G(x) = x3 − x.
Uma vez que 0 ≤ x ≤ x0 , tanto 2x2 (1 − x2 ) quanto G(x) = x3 − x são limitados; assim preci-
samos alisar o que ocorre com y = y(x) quando α → +∞.


ẋ = y − x3 + x
Da equação de Van der Pol, i.e, de e de 0 ≤ x ≤ x0 e do fato de y(0) = α > 0
ẏ = −x
temos que
Z t Z t
0
α ≥ y(t) = y(0) + y (s)ds = −x(s)ds ≥ α − x0 t
0 0
Logo
α ≥ y(t) ≥ α − x0 t
Fazendo α → +∞ na ultima desigualdade vemos que y(t) vai uniformemente para +∞.
Assim concluı́mos que

x0
2x2 (1 − x2 )
Z
γ1 (α) = dx → 0 quando α → +∞
0 y − G(x)
De forma análoga temos que

x0
2x2 (1 − x2 )
Z
γ3 (α) = − dx → 0 quando α → +∞
0 y − G(x)

Observação: Como γ1 (α) = V (x(T1 ), y(T1 ))−V (x(0), y(0)) = V (x0 , b)−V (0, α) = b2 +x20 −α2
seque que γ1 (α) + α2 = b2 + x20 e portanto b → +∞ quando α → +∞.
Finalmente para
Z
γ2 (α) = 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt
Γ2

temos que Γ2 = (x(t), y(t) com T1 ≤ t ≤ T2 , é o gráfico de uma função y → x(y), pois x ≥ x0 e
portanto y 0 = −x ≤ −x0 < −1. Temos que t → y(t) é uma bijeção, segue que;

dy dt dy
y(t(y)) = y ⇒ = 1 ⇒ dt =
dt dy dy/dt
com y(T1 ) = b, y(T2 ) = c Logo

T2 c c c
2x2 (1 − x2 )
Z Z Z Z
2 2 dy 2 2
γ2 (α) = 2x (t)(1 − x (t))dt = 2x (1 − x ) = =− x(1 − x2 )dy
T1 b dy/dt b −x b
Z c Z b Z b
3 3
= (x − x)dy = − (x − x)dy = − G(x)dy
b c c

Lembrando que x0 = 1, 2 e que G(x) = x3 − x. Temos que G(x(y)) ≥ G(x0 ) > 0 e


b − c ≥ b − G(x0 ), pois x(y) ≥ c. Segue que

Z b Z b
γ2 (α) = − G(x)dy ≤ − G(x0 )dy = −G(x0 )(b − c) ≤ −2G(x0 )(b − G(x0 ))
c c

Segue da observação feita anteriormente que quando α → +∞, b → +∞. Portanto desse fato
e da desigualdade acima, segue que

γ2 (α) ≤ −G(x0 )(b − c) ≤ −2G(x0 )(b − G(x0 )) → −∞ quando α → +∞.


Assim concluı́mos que

lim γ(α) = lim (γ1 (α) + γ2 (α) + γ3 (α)) = −∞.


α→+∞ α→+∞

Portanto terminamos a demonstração da afirmação. 2

Vamos usar a afirmação para finalizar a questão. Pela pelo item (1) temos que γ(α) > 0 para
0 < x < 1 e pala pelo item (2) temos que lim = −∞ e portanto ∀k < 0, ∃R > 0 tal
α→+∞
que γ(α) < k < 0 para α > R. Em suma existem α1 , α2 ∈ R+ , α2 suficientemente grande,
RT
tais que γ(α1 ) > 0 e γ(α2 ) < 0 além disso, γ(α) = 0 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt é contı́nua. Pelo
Teorema do Valor Intermediário, existe α0 entre α1 e α2 tal que γ(α0 ) = 0. A unicidade segue
da monotonicidade da γ. 2

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