Professional Documents
Culture Documents
Lista Corrigida
Lista Corrigida
Aplicando o Lema de Gronwall para µ(t∗ ) =k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k, C =k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k e K > 0
obtemos que:
∗
0 <k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k≤k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k eK(t −t0 ) .
∗
Como k ψ(t∗ ) − ϕ(t∗ ) k> 0 e eK(t −t0 ) > 0 temos que k ψ(t0 ) − ϕ(t0 ) k> 0 e isso implica que
ψ(t0 ) 6= ϕ(t0 ). Contradição! portanto temos que ϕ(t) ≥ ψ(t) ∀t ≥ t0 . 2
2. Considere os seguintes campos ambos em coordenadas polares
−r sin2 (1/r) se r 6= 0
r sin(1/r) se r 6= 0
ṙ = ṙ =
0 se r = 0 (1) 0 se r = 0 (2)
θ̇ = 1 θ̇ = 1
em ambos a origem (x, y) = (0, 0) è Liapunov estável. Prove que (1) não admite função de
Liapunov e exiba uma função de Liapunov para (2).
d
k (x(t), y(t)) k2 = 2x(t)x0 (t) + 2y(t)y 0 (t)
dt p
= 2(x(t)2 + y 2 (t)) sin(1/ x2 (t) + y 2 (t))
= k (x(t), y(t)) k2 sin(1/ k (x(t), y(t)) k)
1
Para k (x(t), y(t)) k= kπ , k ∈ N, temos que dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) = 0 e portando as órbitas
1
periódicas são cı́rculos de raio k (x(t), y(t)) k= kπ os quais tendem a origem conforme k cresce.
Para (2k + 1)π < 1/ k (x(t), y(t)) k< (2k + 2)π, temos que dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) < 0 e
d
dt
(k (x(t), y(t)) k2 ) > 0 para 2kπ < 1/ k (x(t), y(t)) k< (2k + 1)π.
Sejam
Então dtd (k (x(t), y(t)) k2 ) < 0 em A1 , i.e, as trajetórias com condição inicial em A1 espirala
para dentro, e acumula no circulo de raio 1/(2k + 2)π, i.e,tem ω−limite = 1/(2k + 2)π e
d
dt
(k (x(t), y(t)) k2 ) > 0 em A2 , i.e, as trajetórias com condição inicial em A2 espirala para fora
e acumula no circulo de raio 1/2kπ, i.e, tem ω−limite = 1/2kπ
Seja V : U → R uma função de classe C 1 definida numa vizinhança U ⊂ R2 de (0, 0), tal que
V (0, 0) = 0 e V (x, y) > 0 para todo (x, y) ∈ U − {(0, 0)}. Temos que ∇V e ortogonal as cuvas
de nı́veis Cα = {(x, y) ∈ U : V (x, y) = α} e em particular aponta no sentido de crescimento
da função V , i.e, aponta para fora. Dessa forma h∇V (x, y), f (x, y)i < 0 para (x, y) ∈ A1 ∩ U
e h∇V (x, y), f (x, y)i > 0 para (x, y) ∈ A2 ∩ U . Seja A aberto tal que A ∩ A1 ∩ A2 é não
vazio. Então h∇V (x, y), f (x, y)i não tem sinal definido em A ∩ A1 ∩ A2 ∩ U , pois existe pontos
para os quais h∇V (x, y), f (x, y)i < 0 e pontos para os quais h∇V (x, y), f (x, y)i > 0 na mesma
vizinhança arbitrariamente peque de (0, 0). Portanto, concluı́mos que (1) não admite função
de Liapunov na origem.
Vamos exibir uma função de Liapunov para (2). Substituindo (3) em (2) obtemos
0 p
x = −y − x sin2 (1/p x2 + y 2 )
(5)
y 0 = x − y sin2 (1/ x2 + y 2 )
Seja V : R2 → R definida por V = 21 (x2 + y 2 ). Temos que
1) V (0, 0) = 0 eV (0, 0) > 0 para todo (x, y) 6= (0, 0)
2
p 2
p
2 2 2 2
2) se f (x, y) = −y − x sin (1/ x + y ), x − y sin (1/ x + y ) , temos que
D p p E
h∇V (x, y), f (x, y)i = (x, y), (−y − x sin2 (1/ x2 + y 2 ), x − y sin2 (1/ x2 + y 2 )
p p
= −xy − x2 sin2 (1/ x2 + y 2 ) + xy − y 2 sin2 (1/ x2 + y 2 )
p
= − x2 + y 2 sin2 (1/ x2 + y 2 ) ≤ 0.
Dessa forma φ(t∗ , x∗ ) = y ∈ D e pela invariância de D, segue que ω(y) = ω(φ(t∗ , x∗ )) = γ, i.e,
se z ∈ γ, existe tn → +∞ tal que lim φ(tn , φ(t∗ , x∗ )) = z. Segue que tn + t∗ → +∞, e
n→+∞
.
segue que ω(x∗ ) = γ e portanto x∗ ∈ B(γ). Logo Bδ (x0 ) ⊂ B(γ) e portanto B(γ) = {x ∈ R2 :
ω(x) = γ} é aberto.
O caso para x0 ∈ int(γ) é análogo.
.
Caracterização: Destacamos as seguintes propriedades de B(γ) = {x ∈ R2 : ω(x) = γ}:
2. B(γ) é aberto.
3. B(γ) ⊃ γ.
De fato, seja x ∈ B(γ) ⇒ ω(x) = γ seja p ∈ ω(x) = γ, então existe tn → +∞ tal que
lim φ(tn , x) = p. Então, tn + t → +∞ e
n→+∞
Figura 1:
Portanto Z T
γ(α) = 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt (7)
0
Fazemos a seguinte afirmação:
Demonstração da Afirmação.
RT
Seja 0 < x(t) < 1. Daı́ que x2 (t)(1 − x2 (t)) > 0 e portanto γ(α) = 0
2x2 (t)(1 − x2 (t)) dt > 0,
| {z }
>0
e isso prova o item 1.
Para o item 2, fixamos x0 = 1, 2 > 1 e seja Γ(t) = Γ1 (t) ∪ Γ2 (t) ∪ Γ3 (t) onde,
T3 0 x0
2x2 (1 − x2 ) 2x2 (1 − x2 )
Z Z Z
2 2
γ3 (α) = 2x (t)(1 − x (t))dt = dx = − dx (9)
T2 x0 y − G(x) 0 y − G(x)
onde G(x) = x3 − x.
Uma vez que 0 ≤ x ≤ x0 , tanto 2x2 (1 − x2 ) quanto G(x) = x3 − x são limitados; assim preci-
samos alisar o que ocorre com y = y(x) quando α → +∞.
ẋ = y − x3 + x
Da equação de Van der Pol, i.e, de e de 0 ≤ x ≤ x0 e do fato de y(0) = α > 0
ẏ = −x
temos que
Z t Z t
0
α ≥ y(t) = y(0) + y (s)ds = −x(s)ds ≥ α − x0 t
0 0
Logo
α ≥ y(t) ≥ α − x0 t
Fazendo α → +∞ na ultima desigualdade vemos que y(t) vai uniformemente para +∞.
Assim concluı́mos que
x0
2x2 (1 − x2 )
Z
γ1 (α) = dx → 0 quando α → +∞
0 y − G(x)
De forma análoga temos que
x0
2x2 (1 − x2 )
Z
γ3 (α) = − dx → 0 quando α → +∞
0 y − G(x)
Observação: Como γ1 (α) = V (x(T1 ), y(T1 ))−V (x(0), y(0)) = V (x0 , b)−V (0, α) = b2 +x20 −α2
seque que γ1 (α) + α2 = b2 + x20 e portanto b → +∞ quando α → +∞.
Finalmente para
Z
γ2 (α) = 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt
Γ2
temos que Γ2 = (x(t), y(t) com T1 ≤ t ≤ T2 , é o gráfico de uma função y → x(y), pois x ≥ x0 e
portanto y 0 = −x ≤ −x0 < −1. Temos que t → y(t) é uma bijeção, segue que;
dy dt dy
y(t(y)) = y ⇒ = 1 ⇒ dt =
dt dy dy/dt
com y(T1 ) = b, y(T2 ) = c Logo
T2 c c c
2x2 (1 − x2 )
Z Z Z Z
2 2 dy 2 2
γ2 (α) = 2x (t)(1 − x (t))dt = 2x (1 − x ) = =− x(1 − x2 )dy
T1 b dy/dt b −x b
Z c Z b Z b
3 3
= (x − x)dy = − (x − x)dy = − G(x)dy
b c c
Z b Z b
γ2 (α) = − G(x)dy ≤ − G(x0 )dy = −G(x0 )(b − c) ≤ −2G(x0 )(b − G(x0 ))
c c
Segue da observação feita anteriormente que quando α → +∞, b → +∞. Portanto desse fato
e da desigualdade acima, segue que
Vamos usar a afirmação para finalizar a questão. Pela pelo item (1) temos que γ(α) > 0 para
0 < x < 1 e pala pelo item (2) temos que lim = −∞ e portanto ∀k < 0, ∃R > 0 tal
α→+∞
que γ(α) < k < 0 para α > R. Em suma existem α1 , α2 ∈ R+ , α2 suficientemente grande,
RT
tais que γ(α1 ) > 0 e γ(α2 ) < 0 além disso, γ(α) = 0 2x2 (t)(1 − x2 (t))dt é contı́nua. Pelo
Teorema do Valor Intermediário, existe α0 entre α1 e α2 tal que γ(α0 ) = 0. A unicidade segue
da monotonicidade da γ. 2