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ECONOMIA POLÍTICA - CAPÍTULO 1 (resumo, para quarta-feira 09/09)

A Economia Política aborda questões ligadas diretamente a interesses materiais (econômicos e


sociais).

Compromisso social e político da Economia Política clássica

A Economia Política é a ciência das leis que regem a produção e a troca dos meios materiais de
subsistência na sociedade humana.

O objeto da Economia Política não é simplesmente a produção, mas as relações sociais que existem
entre os homens na produção, a estrutura social da produção.

O objeto da Economia política é a atividade econômica, ou seja, a produção e a distribuição dos


bens com os quais os homens satisfazem as suas necessidades individuais ou coletivas; essa
produção e distribuição constituem o processo econômico, e o objetivo da economia política é estudar
as leis sociais que regulam esse processo.

Economia Política -- ciência das leis sociais da atividade econômica.

TRABALHO -- base da atividade econômica; transformação de matérias naturais em produtos que


atendem necessidades humanas; transformação da natureza, transformação prática; esforço de
extrair da natureza os meios de manter e reproduzir a sua vida, voltados para atender necessidades
fundamentais; essa atividade desencadeou transformações substantivas; surgimento de relações e
desdobramentos inexistentes na natureza; fundante do ser social; processo histórico pelo qual surge
o ser social (p.35).

Traços/exigências vinculados(as) ao trabalho:

• Atividade teleologicamente orientada


• Tendência à universalização
• Linguagem articulada

Transformação do sujeito que trabalha; “Foi através do trabalho que, de grupos primatas surgiram os
primeiros grupos humanos – numa espécie de salto que fez emergir um novo tipo de ser, distinto do
ser natural: o ser social”.

Sociedade -- modos de existir do ser social; é na sociedade e nos membros que a compõem que o
ser social existe; a sociedade, e seus membros, constitui o ser social e dele se constitui.

Trabalho -- através dele, uma espécie natural, sem deixar de participar da natureza, transformou-se
em algo diverso da natureza. Tornaram-se seres que, a partir de uma base natural, desenvolveram
características e traços os distinguem da natureza; para além de seres naturais, tornaram-se seres
sociais; este é o processo da história.

HISTÓRIA -- processo pelo qual, sem perder sua base natural, uma espécie da natureza constitui-se
como espécie humana; historia do desenvolvimento do ser social; processo de humanização; o
desenvolvimento histórico é o desenvolvimento do ser social (p.38).

Ser social é capaz de:

• Realizar atividades teleologicamente orientadas;


• Objetivar-se material e idealmente;
• Comunicar-se e expressar-se pela linguagem articulada;
• Tratar suas atividades e a si mesmo de modo reflexivo, consciente e autoconsciente;
• Escolher entre alternativas concretas;
• Universalizar-se;
• Sociabilizar-se.

Trabalho -- uma objetivação, primária e ineliminável, do ser social; existem outras objetivações:
ciência, filosofia, arte etc.

Práxis -- permite apreender a riqueza do ser social desenvolvido; verifica-se como o ser social se
projeta e se realiza nas objetivações materiais e ideais da ciência, da filosofia, da arte etc; revela o
homem como ser criativo e autoprodutivo.

Alienação -- própria de sociedades onde têm vigência a divisão social do trabalho e a propriedade
privada dos meios de produção; sociedades nas quais o produto da atividade do trabalhador não lhe
pertence; expropriação; exploração. As objetivações alienadas deixam de promover a humanização
do homem e passam a estimular regressões do ser social; a possibilidade de incorporar as
objetivações do ser social é posta de maneira desigual.

Trabalho -- Valor

O valor (riqueza social) resulta exclusivamente do trabalho.

Valor é determinado pelo “tempo de trabalho socialmente necessário”

ECONOMIA POLÍTICA - CAPÍTULO 2


. CATEGORIAS BÁSICAS DA ECONOMIA POLÍTICA

COMUNIDADE PRIMITIVA -- coleta de vegetais, caça eventual, nomadismo. As atividades de seus


membros eram comuns, seus resultados eram partilhados por todos e não havia propriedade privada
de nenhum bem.

DISSOLUÇÃO DA COMUNIDADE PRIMITIVA -- elementos principais: domesticação de animais e


surgimento da agricultura; significativas transformações na relação com a natureza: resultado da ação
dos homens sobre a natureza permitiram uma produção de bens que ultrapassava as necessidades
imediatas da sobrevivência de seus membros.

Estava surgindo o EXCEDENTE ECONÔMICO: a comunidade começava a produzir mais do que


carecia para cobrir suas necessidades imediatas; Excedente econômico é diferença entre o que a
sociedade produz e os custos dessa produção; assinala o aumento da produtividade do trabalho.

POSSIBILIDADE DE ACUMULAR OS PRODUTOS DO TRABALHO.

Produzem-se bens que destinam-se à troca com outras comunidades.

Está nascendo a MERCADORIA; as primeiras formas de TROCA.

A possibilidade da acumulação abre a alternativa de EXPLORAR o trabalho humano.

Com a exploração, a comunidade se divide em classes antagônicas: aqueles que produzem o


conjunto dos bens (os produtores diretos) e aqueles que se apropriam dos bens excedentes (os
apropriadores do fruto do trabalho dos produtores diretos).

-- COMUNIDADE PRIMITIVA

-- ESCRAVISMO

-- FEUDALISMO

-- REVOLUÇÃO BURGUESA

Processos de trabalho, que envolve os seguintes elementos:


- Os meios de trabalho- instrumentos, ferramentas, instalações etc
- Os objetos de trabalho- tudo aquilo matérias naturais brutas ou matérias naturais já
modificadas pela ação do trabalho.
- A força de trabalho – trata-se da energia humana...

FORÇAS PRODUTIVAS -- processo de trabalho


DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO -- repartição do trabalho

As forças produtivas operam dentro de relações determinadas entre homens e natureza: de caráter
técnico e de caráter social.

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

RELAÇÕES TÉCNICAS DE PRODUÇÃO -- características técnicas do processo de trabalho; controle


ou domínio que os produtores diretos têm sobre o processo de trabalho e seus meios.

Estas relações se subordinam às RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO, que são determinadas pelo
regime de propriedade dos meios de produção fundamentais.

Se a propriedade dos meios de produção é coletiva, tais relações são de cooperação e ajuda mútua;
se tal propriedade é privada, são de antagonismo, havendo exploração.

A propriedade privada dos meios de produção cria dois grupos: os proprietários e os não-proprietários
dos meios de produção.

Na propriedade privada está a raiz das classes sociais.

A articulação entre forças produtivas e relações de produção dá origem a um determinado MODO DE


PRODUÇÃO:

PRODUÇÃO --- DISTRIBUIÇÃO --- CONSUMO

PRODUTO SOCIAL GLOBAL: conjunto dos valores de uso produzidos numa sociedade determinada,
num lapso de tempo determinado.

A DISTRIBUIÇÃO consiste na forma pela qual o produto social global é dividido entre os diferentes
membros da sociedade;
A repartição do produto social global está conectada ao regime de propriedade dos meios de
produção fundamentais;

As relações de distribuição são determinadas pelas relações de produção.

O CONSUMO é o processo no qual um bem é utilizado para a satisfação de uma necessidade


determinada.

Consumo produtivo x Consumo improdutivo

Consumo individual x Consumo coletivo

A produção de novos valores de uso cria novas necessidades de consumo.

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