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Ergonomia e segurança do

trabalho
Unidade:
Ergonomia e segurança do trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Profa Ms Cristhiane Eliza dos Santos
zzzzzzzzzzzzzzz

ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS

Olá caros alunos,

O conteúdo dessa unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua


participação efetiva nas atividades.

Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no complementar com


artigos, vídeos e filmes.

Essa dinâmica vai coloca-lo no caminho da construção do seu próprio


conhecimento. Esse é o único caminho no sentido de obter não somente
informações “regulamentares”, mais obter sim, a “ampliação do tamanho do seu
mundo” que é verdadeiramente emancipadora.

Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de


vista é de grande valia na construção e consolidação do seu conhecimento além de
ser, incondicionalmente, um exercício de cidadania e democracia!

Como o curso está estruturado:


• Os assuntos abordados nas unidades estão apresentados de forma tão
objetiva quanto possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por
elementos gráficos.
• Todas as lições apresentam:
o Um texto introdutório dando uma ideia geral da matéria que será enfocada;
o Seções expositivas, dividindo didaticamente a matéria em temas ordenados;
o Exercícios de fixação de aprendizagem.

Como você deve estudar:


• Tenha em mente que vários períodos curtos de estudo são mais producentes
que um único período longo.
Reserve quatro períodos por semana para trabalhar com o curso.
Passe de 50 min a uma hora estudando de cada vez, ou se preferir,
apesar da sugestão, estude as 4h/a em um dos dias da semana com uma
pausa de 20 min entre cada 2h/a.

• Cada assunto é cuidadosamente planejado para ordenar as informações


necessárias ao entendimento da matéria – sua capacidade de assimilar um
conteúdo depende de quão bem você aprendeu a precedente.
• O domínio do assunto estudado se dá por meio do estudo repetido. O ideal é
sentir-se a vontade a seu respeito a ponto ser possível reproduzi-lo.
• Responda os exercícios de recapitulação no final de cada unidade.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a produção máxima com


um custo mínimo. Isso vale tanto os países subdesenvolvidos que buscam de
alguma maneira alternativas que possam melhorar os seus custos para
eventualmente alcançar o crescimento, quanto os países desenvolvidos que
buscam o controle econômico, mas, muitas vezes, esse interesse deixa de lado o
bem estar do ser humano e, para isso é necessário que exista algo que possa tratar
da segurança do mesmo.

Fonte: http://segurancasaude.blogspot.com.br/2011/10/acidentes-de-trabalho-consequencias-e.html

Com isso, podemos pensar nos conceitos de segurança e de ergonomia que


podem e devem atuar em conjunto com um fator imprescindível na redução dos
custos: a tecnologia.

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1. CONCEITO DE ERGONOMIA

O conceito de ergonomia está relacionado com a concepção do trabalho e


remonta a história do homem na Terra:

A primeira definição de trabalho conhecida está nas Sagradas Escrituras em


Gênesis 3: 17 b, 19:

Disse, pois, o Senhor Deus ao ser humano: maldita é a terra


por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua
vida. Do suor do rosto comerás teu pão, até que tornes a
terra; pois dela foste tomado; pois és pó, e ao pó tornarás.

É conclusivo que o trabalho está relacionado com a noção geral de


sofrimento e pena. (Bíblia, 1995).

Há muitas definições sobre ergonomia. Vamos apresentar algumas delas.

Segundo Falzon (2009), a International Ergonomics Association (IEA), em


2000 adotou uma definição que é referência internacional. Todavia, vamos
apresentar a definição que antecedeu a definição de 2000 para que o leitor possa
compreender a evolução da conceituação entre os próprios ergonomistas. Assim,
ilustramos a premissa de que além de ser uma disciplina “nova”, em especial no
Brasil, o conceito vêm sendo continuamente revisto causando assim, uma
constante ampliação de escopo da citada disciplina.

Primeira definição de ergonomia proposta pelo IEA:

A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e


seus meios, métodos e ambientes de trabalho. Seu objetivo é
elaborar, com a colaboração de diversas disciplinas científicas que
a compõem, um corpo de conhecimentos que, numa perspectiva
de aplicação, deve ter como finalidade uma melhor adaptação ao
homem dos meios tecnológicos de produção e dos ambientes do
trabalho e da vida.

A segunda definição de ergonomia proposta pelo IEA em 2000:

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A ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que


visa a compreensão fundamental das interações entre os seres
humanos e outros componentes de um sistema, e a profissão que
aplica princípios teóricos, dados e métodos com o objetivo de
otimizar o bem estar das pessoas e o desempenho global dos
sistemas.
Os profissionais que praticam a ergonomia, os ergonomistas,
contribuem para planificação, concepção e avaliação das tarefas,
empregos, produtos, organizações, meios ambientes e sistemas,
tendo em vista torna-los compatíveis com as necessidades,
capacidades e limites das pessoas.

Note que, conforme apontado anteriormente, é evidente a ampliação do


escopo da ergonomia. Se compararmos atentamente as duas definições do IEA
notaremos que há uma evolução significativa na percepção do conceito de
trabalho e de quem o executa vindo ao encontro com a “Escola das relações
humanas” e em oposição á “Escola da Administração Científica de Taylor”,
especificamente, no reconhecimento da força de trabalhador (homem) como ser
humano. Nota-se também uma “preocupação” no sentido de adequar
harmonicamente a interação da força de trabalho humana com os sistemas, de
maneira que a especificação do trabalho laboral não venha prejudicar a saúde do
homem e nem tão pouco venha a comprometer sua força de trabalho futura.

Ainda na segunda definição do IEA, o universo da ergonomia é dividido em


três dimensões:
 Ergonomia física: está relacionada com as características da anatomia
humana, antropometria, fisiologia e biomecânica e sua relação à
atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no
trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de posto de
trabalho, segurança e saúde.
 Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como percepção,
memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre
seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes
incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, interação homem computador, stress e
treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo
seres humanos e sistemas.
 Ergonomia organizacional: refere-se à otimização dos sistemas
sóciotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos.
Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de
tripulações (CRM - domínio aeronáutico), projeto de trabalho,
organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto
participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo,
cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão
da qualidade.
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As “áreas de especialização da ergonomia” proposta pelo IEA, segundo


Falzon (2009), são citadas por autores em todo mundo e, assim, adotada como
referência internacional.

E, segundo Falzon (2009), ainda na segunda definição proposta pelo IEA


em 2000 esclarece-se que:

A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras,


leis]. Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da
atividade humana.

Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas


atividades do trabalho é preciso que os ergonomistas tenham uma abordagem
multidisciplinar de todo o campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos
físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais, etc.

Contudo, pode dizer que ergonomia está apoiada em dois pilares


fundamentais:

De um lado o objetivo centrado nas organizações e sua busca incansável


pela eficiência, produtividade, confiabilidade, qualidade, durabilidade, etc. a fim de
serem mais competitivas reduzindo custos. De outro, o objetivo centrado no ser
humano considerando-se segurança, saúde, conforto, facilidade de uso, motivação,
etc.

Sob o enfoque de projeto do trabalho, a ergonomia é definida por Barnes


(2008) como o meio de encontrar a mais eficiente combinação entre homem e máquinas
equipamentos e materiais no ambiente de trabalho e cita que o objetivo da ergonomia é a
adaptação das tarefas ao ambiente de trabalho às características sensoriais, perceptivas, mentais e
físicas das pessoas, e, como resultado, obtém-se então melhores projetos de equipamentos, sistemas
homem-máquina, de produtos de consumo, métodos e ambiente de trabalho.

No Brasil, contamos com a ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia1


que é uma associação sem fins lucrativos que tem como finalidade o estudo, a
prática e a divulgação das interações das pessoas com a tecnologia, a organização
e o ambiente considerando as suas necessidades, habilidades e limitações.

1
Disponível em:< http://www.abergo.org.br>. Acessado em: jul / 12.

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2. ORIGEM DA ERGONOMIA

A ergonomia surgiu em meados da Segunda Guerra Mundial em virtude da


complexidade de manuseio de armamento e dispositivos de ataque. Todo
planejamento e investimento feito no desenvolvimento de materiais bélicos seria
inútil se o “operador” (soldado) não soubesse como fazê-lo. E ainda, frente aos
horrores da guerra muitos soldados desenvolviam doenças psiquiátricas. Para
amenizar o impacto, tanto de manuseio como da saúde mental dos soldados e
procurar “manter a produtividade”, grupos multidisciplinares foram mobilizados
para entrar como “suporte” no cenário da guerra.

Figura 1.1 – http://www.portalplanetasedna.com.ar/images/guerra2_05.jpg

Mais especificamente, a ergonomia nasceu em 12 de junho de 1949, data


em que se reuniu, pela primeira vez na Inglaterra, um grupo de cientistas e
pesquisadores motivados em discutir essa “nova disciplina” interessada em discutir
e formalizar esse novo campo de pesquisa multidisciplinar da ciência que propunha
uma interação harmônica entre homens e sistemas.

Todavia, já em meados de 1857 um polonês, Wojciech Jastrzebowski já


havia publicado um artigo sob o título “Ensaios de ergonomia ou ciência do
trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. Entretanto, a
ergonomia só veio adquirir status de disciplina mais organizada em na primeira
metade de 1950 com a fundação da Ergonomics Research Society, na Inglaterra.
Os membros dessa organização, muitos deles pesquisadores, disseminavam seus
conhecimentos e propunham a aplicação da ergonomia na indústria e não
somente na área militar como era difundido até então.

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3. OBJETIVOS BÁSICOS DA ERGONOMIA

Conforme citado anteriormente, o objetivo da ergonomia é estudar a


interação entre o homem e os sistemas considerando fatores físicos e psicológicos a
fim de obter ganhos em eficiência para os sistemas (empresas) bem como a
manutenção da saúde por parte dos colaboradores procurando reduzir a fadiga,
estresse, erros e acidentes. Nesse cenário, a eficiência produtiva bem como
motivação é consequência direta da assertividade dessas ações.

Para o “exercício e aplicação da ergonomia” conforme discutido até agora é


preciso deixar claro que não é o empenho de apenas um colaborador, ou ainda, a
contribuição de uma área específica de conhecimento que vai obter resultados
esperados. É preciso contar com grupo multidisciplinar com representantes de
várias áreas da organização, como: médico do trabalho, psicólogos dos recursos
humanos, técnicos da segurança do trabalho, representantes da operação,
engenheiros da produção, engenheiros do desenvolvimento do produto ou serviço
e do processo, profissionais da manutenção e demais áreas que possa se fazer
necessário. E ainda, além do grupo multidisciplinar é preciso ter o conhecimento
de que, se necessário, profissionais de outros campos de conhecimento devem ser
convidados a participar dos projetos de ergonomia tais como: Psicologia,
Anatomia e Fisiologia, Organização do Trabalho, Design e Métodos de
Avaliação, Tecnologia da informação, entre outros.

4. OS PRECURSORES DA ERGONOMIA

Discorrendo sobre a ergonomia é imprescindível citar as definições, a


origem, mas, para um completo entendimento da aplicação da ergonomia nos dias
de hoje, não podemos deixar passar despercebido os precursores da ergonomia.

Vamos a eles!

Já foi mencionado, nessa seção, que identificamos nas escrituras da Bíblia a


noção de trabalho dedicado ao homem para a sua sobrevivência. Vimos também
que a noção de ergonomia acompanha a necessidade de trabalho que homem tem
a partir da mais básica, que é caçar para comer. Ainda na pré-história quando o
homem era nômade precisava caçar para comer e, quando a comida começava
faltar em uma determinada região, migravam pra outra. E, quando saiam para a
caça, procuravam uma pedra que melhor se encaixasse á sua mão a fim de usá-la
como arma e auxiliar na caçada.

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Nota-se que desde a pré-história, ainda que intuitivamente, o homem


procura por dispositivos que o auxiliem no trabalho.

Essa ideia também esteve presente na era da produção artesanal que


antecedeu a revolução industrial onde os artesãos procuravam adaptar as tarefas
às necessidades humanas.

A Inglaterra foi “arrastada” para a Revolução Industrial a partir da formação


de uma classe burguesa ávida por consumir bens, pelo êxodo dos ingleses do
campo para a cidade e, ainda, o domínio da tecnologia da máquina a vapor.

Essa união de fatores promoveu a Revolução Industrial na Inglaterra, evento


esse que mudou a face do mundo. A onda da “produção de bens” em escala
industrial (larga escala) invadiu a Europa rapidamente por uma questão de
proximidade geográfica e subsequentemente, a América. As primeiras fábricas que
surgiram nesse cenário eram sujas, escuras, barulhentas e perigosas; era o
ambiente de trabalho de milhares de pessoas. As fábricas dessa época em nada
parecem com o ambiente industrial nos moldes que conhecemos hoje em dia.
Naquela época o trabalho era realizado por homens, mulheres e crianças que
tinham jornadas de trabalho de até 18 horas por dia e, constantemente,
submetidos à castigos físicos, sem férias, sem indenizações de qualquer espécie e o
pagamento pelo trabalho era feito diariamente.

Figura 1.2 – Máquina a vapor Figura 1.3 – Cena do Filme Tempos Modernos -
Fonte: http://www.viaki.net/wp- “Não sois máquinas; Homens é o que sois” – Charlie
content/uploads/2012/06/maquinas-a-vapor-antiga.jpg - Chaplin
Acessado em julho 2012. Fonte: http://guia.uol.com.br/album/2012/08/09/confira-
filmes-de-charles-chaplin-em-mostra-de-belo-
horizonte.htm#fotoNav=2 –
Acessado em julho 2012.

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No final do século XVIII e início do século XIX, surge nos


Estados Unidos da América um simples operário que revolucionaria
a maneira de se produzir bens industrialmente (em larga escala), seu
nome é Frederick Winslow Taylor. Taylor estudou e tornou-se
Engenheiro Mecânico e, no ambiente que conhecia, foi de simples
operário à gerente industrial promovendo estudos sistêmicos acerca
de como organizar a produção e melhorar a sua eficiência. Esses
estudos transformaram-se em publicações que preconizavam uma
maneira sistêmica, científica de analisar o trabalho buscando redução
de movimentos e aumento de eficiência. A essa “maneira científica”
de “organizar o trabalho” deu-se o nome de Administração Científica
ou Taylorismo.
Figura 1.4 – Frederick
Na Europa, mais especificamente na Alemanha e França e Wisnlow Taylor (1856 –
países escandinavos em meados de 1900, surgiram estudos sobre a 1915)
Fonte:
fisiologia humana voltada ao trabalho (fisiologia do trabalho) e
upload.wikimedia.org/wikipe
gastos energéticos na tentativa de migrar os conhecimentos sobre dia/commons/9/90/Frederick_
fisiologia desenvolvidos em laboratório para ambientes extremos tais Winslow_Taylor_crop.jpg
como: minas de carvão, fundições e outras situações onde a energia
gasta para realizar o trabalho humano era máxima e o ambiente extremante
agressivo à saúde humana.

Ao redor do mundo, muitos esforços foram mobilizados para realização de


estudos relacionados sobre os movimentos do corpo como: fadiga muscular, fadiga
psicológica, aptidão física, postura no trabalho, desenvolvimento de mobiliário,
iluminação, ventilação, temperatura, ruído, umidade, vibração, etc.

Todos esses conhecimentos que foram acerca da combinação harmônica


entre homens e sistemas acumulados em todas as partes do planeta foram de
grande valor na ocasião da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) com a
finalidade de desenvolver projetos e promover a construção de materiais bélicos
sofisticados tais como submarinos, tanques, radares, navios, aviões, sistemas contra
incêndio, etc. Além do alto custo de cada um desses produtos, o operador
(soldado) no manuseio dessas “máquinas” era exposto a condições de extrema
fadiga física e psicológica. Assim, estudos foram promovidos por equipes
multidisciplinares a fim de melhorar a adaptação do homem ao sistema, ou seja,
do soldado às máquinas bélicas no campo de batalha.

A ergonomia do pós-guerra, em tempos de paz, era frequentemente


ridicularizada por sua “falta de credibilidade” que perdurou até o Departamento de
Defesa dos EUA desenvolver pesquisas em Universidades e Centros de Pesquisa
Especializados.

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5. A ergonomia, do Taylorismo até os dias de hoje.

Conforme citado anteriormente, o ícone da Administração Científica é o


Engenheiro americano, Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), todavia, devido à
importância de seus métodos, vamos conhecê-lo melhor.

Retomando, Taylor começou sua vida profissional como simples funcionário


de uma empresa metalúrgica americana e chegou, como engenheiro mecânico ao
nível, do que se conhece de estrutura organizacional nos dias de hoje, diretoria
industrial tendo passado também pelo nível gerencial.

Pelo fato de Taylor iniciar sua vida profissional como simples operário,
nessa função, teve a oportunidade de vivenciar o que a sociologia do trabalho
chama de código de trabalho. Código de trabalho é quando os funcionários de um
determinado setor de uma empresa definem regras próprias quanto ao ritmo de
trabalho e, muitas vezes, regras próprias para o método de trabalho também. Por
isso, mais tarde, Taylor definiu os funcionários de “indolentes”; oportunamente
retornaremos a essa afirmação.

Ao receber sua primeira promoção, Taylor, como qualquer líder, inclusive


nos dias de hoje, passou a ser cobrado por resultados. Como era conhecedor de
como o trabalho era realizado em sua empresa, sabia que era vital para seu
sucesso profissional organizar a parte feia, suja e desorganizada da empresa
chamada de produção.

Como não havia nenhum histórico anterior relacionado a estudos


específicos sobre organização da produção ou eficiência do processo produtivo,
Taylor pode realizar, sem nenhum tipo de cobrança ou expectativa, seus
experimentos acerca do que ele, Taylor, imaginava ser uma empresa organizada e
eficiente. Fez muitos testes tipo tentativa e erro. O resultado desses testes e
observações fez com que Taylor publicasse sua teoria de organização do trabalho
conhecido como “Princípios da Administração Científica” que consistia
primeiramente na divisão do trabalho.

Taylor pregava que para se obter ganhos de eficiência na produção de todo


trabalho a ser realizado, esse “trabalho todo” deveria ser dividido em tarefas
simples e repetitivas e que o funcionário deveria ser treinado nas suas tarefas
seguindo rigorosamente a “prescrição da tarefa”. Naquela época o funcionário
recebia por dia e não havia um vínculo formal de trabalho na forma de “emprego”
como conhecemos hoje. Antes de seu método, não havia nenhuma recomendação
da sequência de atividades que deveriam ser feitas ou como essas atividades
deveriam ser feitas. Cada um fazia, mais ou menos, o que queria da forma que
queria e com a “carga de trabalho” que achava justa pelo seu ganho diário. Ou

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seja, um funcionário que trabalhava muito ganhava o mesmo dinheiro que um


funcionário que trabalhava pouco; logo, a realização do trabalho era nivelada por
baixo. E Taylor sabia disso, sabia que havia uma boa parcela de ineficiência aceita
pelo formato de trabalho da época. Foi nesse cenário que Taylor, ao dividir o
trabalho, impôs uma sequência de trabalho, posto a posto de trabalho. Definiu
que, em cada posto de trabalho as tarefas deveriam ser feitas de maneira simples e
repetitivas. Foi uma maneira inteligente de definir um fluxo contínuo de produção
além de tentar garantir que o trabalho fosse feito, sempre, da mesma maneira e,
como consequência distribuiu a carga de trabalho uniformemente entre os
operários em cada um dos seus postos der trabalho.

Na prescrição da tarefa dos postos de trabalho, Taylor procurava pensar na


tarefa e rever os movimentos de maneira a eliminar os movimentos desnecessários
a fim de economizar tempo e energia. A fim de tornar o trabalho mais eficiente e
menos exaustivo ao operário, começou a medir o trabalho no tempo, o que mais
tarde seria chamado de cronoanálise. Além de dividir o trabalho, passou a definir a
sequência e fazer a prescrição da tarefa, Taylor também imprimiu um ritmo de
trabalho na produção com as esteiras móveis. A esteira móvel a que nos referimos,
nesse momento, não é a esteira móvel de Ford que foi a precursora da produção
em massa. A esteira móvel de Ford veio mais tarde.

Além de todas as preocupações de Taylor relativas à organização da fábrica


bem como sua eficiência, preocupou-se também em organizar o espaço fabril
ordenando os elementos (máquinas) de maneira eficiente no meio (fábrica).

Após as publicações de Taylor “Princípios da Administração Científica”


muitas empresas adotaram seus métodos.

Taylor foi muito criticado em sua obra, pois afirmava-se que ele rebaixava o
homem a condição de animal. Taylor dizia que o estudo do método de trabalho
deveria ser executado por uma parte da empresa composta por pessoas que
deveriam ser estudadas e devidamente preparadas para isso. Não deveria, jamais,
ser dado ao simples funcionário a autonomia de decidir o que, como e quando
fazer. Falava-se, com essa afirmação, que Taylor definia o simples funcionário
como “acéfalo”, ou, pouco dotado de inteligência e incapaz de tomar decisões
racionais. Taylor dizia também que o trabalho deveria ter um método definido com
ritmo a fim de “impedir” que funcionário “burlasse intencionalmente” os índices de
eficiência esperados, hoje em dia poderíamos dizer que Taylor não queria que o
simples funcionário “encostasse o corpo”, e, com essa situação, afirmava-se que
Taylor havia rotulado o simples funcionário de indolente, ou se preferir,
vagabundo.

Taylor, para “motivar” seus funcionários, oferecia prêmios para ganhos em


produtividade; quem produzisse mais, ganhava mais.

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Todavia, nem sempre os princípios de Taylor eram devidamente


empregados. Muitas vezes o tempo definido para execução da tarefa e, muitas
vezes o próprio método eram definidos por quem sequer conhecia a fábrica e,
muitas vezes, impossíveis de ser cumpridos. Os funcionários sentiam-se oprimidos
pela gerência da fábrica e, muitas vezes, reagiam descumprindo as normas
(prescrição da tarefa) e danificando, intencionalmente, os equipamentos além de
não se sentirem minimamente comprometidos com a qualidade.

Por sentirem-se vítimas de um ambiente absolutamente coercitivo,


houveram reclamações generalizadas por todo país (EUA), envolvendo inclusive os
sindicatos. O descontentamento era tão grande que Taylor foi chamado a se
explicar no Congresso Nacional Americano sob o argumento de que, nesse “novo
método de trabalho”, trabalhava-se mais (produzia-se mais) e ganhava-se a mesma
quantidade em dinheiro além de ser coercitivo.

Taylor defendeu-se dizendo que, na Administração Científica, o trabalhador


não trabalhava mais, trabalhava melhor. Como havia uma grande preocupação
com a economia de energia do trabalhador através da racionalização dos
movimentos, ele trabalhava menos, produzia mais e ainda tinha prêmio relativo ao
seu desempenho.

Segundo a física, toda ação requer uma reação, e, como reação à


Administração Científica de Taylor, ou Taylorismo, surge a Escola das Relações
Humanas onde seu ícone é Elton Mayo.

Figura 1.5 – Georges Elton Mayo (1880 – 1949), psiólogo australiano precursor da sociologia
industrial.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
cWf6oh1eyps/T5f_oI8sBZI/AAAAAAAAAOE/WwRSPdRuHeY/s1600/Elton%2BMayo%2B6.jpg
Acessado em: Ago/2012

Até Mayo a noção de trabalho era relacionada à pena bem como na Bíblia.
E a imagem de operário era relacionada a quem não tem vontade, direitos ou,
sequer, dores.

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Meados da década de 1920, Mayo promoveu uma pesquisa que


revolucionou a relação homem x trabalho na empresa Western Electric em
Hawtorne, EUA.

Mayo pretendia estudar os efeitos da iluminação na eficiência da fábrica.


Separou um grupo de trabalhadores da produção e colcou-os num ambiente
isolado da produção. Nesse espaço, não havia a presença do “capataz”,
encarregado ou supervisor de produção nos dias de hoje. Muitas vezes o capataz
era coercitivo a ponto de castigar fisicamente o operário.

Mayo forneceu iluminação adequada e a produção aumentou. Em um


segundo momento Mayo reduziu a iluminação e a produção continuou a subir.
Esse foi chamado o efeito Hawtorne onde Mayo concluiu que a eficiencia na
produção não era explicada ou justificada apenas fatores físicos, havia o
componente humano que deveria ser identificado, reconhecido e valorizado. Os
operários escolhidos para essse estudo receberam atenção especial e, ao saberem
que estavam sendo filmados, sentiram-se valorizados.

Ao contrário da proposta de Taylor onde o operário era analisado


isoladamente, Mayo propôs, a partir do efeito Hawtorne, a humanização da
produção criando incentivos morais e psicológicos. Afinal, posto que o trabalho é
um meio de vida e não de morte, não precisa der “penoso”. A partir do efeito
Hawtorne, surge um novo campo de pesquisa conhecido como sociologia
industrial e, com ela, os grupos autônomos com tarefas mais integradas nos moldes
da organização do trabalho como conhecemos nos dias de hoje.

6. A abrangência da ergonomia.

Conforme já citado anteriormente, a amplitude do conceito de ergonomia


vem sendo ampliado dia após dia. Quanto maior o conhecimento das pessoas em
geral sobre o que vem a ser ergonomia e suas respectivas aplicações, não só o
conceito fundamental se consolida como também se aperfeiçoa de acordo com a
resposta da sociedade.

No Brasil não há cursos de graduação que forme ergonomistas, todavia, há


uma grande variedade de cursos de pós-graduação nessa área para os mais
diversos profissionais que vão desde a engenharia até disciplinas ligadas à saúde e
psicologia e sociologia.

A maioria das empresas que aplica a ergonomia não possui uma àrea
composta de ergonomistas, mas, possui um grupo de profissionais ligados, direta
ou indiretamente, à execução do trabalho e suas derivações.
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Na organização moderna, em um ambiente cada vez mais competitivo, não


é raro as empresas “incorporarem” a preocupação com a ergonomia e segurança
do trabalho até porque existem normas brasileiras que regulamentam a relação
empregador x empregado. Mais adiante, em uma unidade próxima, veremos as
NR’r, normas regulamentadoras brasileiras que regulamentam a aplicação da
ergonomia, NR 17, de trabalhos salubres, NR 15 e de máquinas eletromotrizes, NR
11.

Sempre quando há um acidente de trabalho dentro da empresa ou no


percurso de ida e vinda do trabalho, a empresa responde legalmente por esse
acidente.

Em havendo um acidente, a empresa preenche um formulário chamado de


CAT, comunicação de acidente no trabalho.

A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista


inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas
posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto
nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente
do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela
empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o
completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as
informações nele contidas, não apenas do ponto de vista
previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também
trabalhista e social.
(fragmento de um texto extraído do site do Ministério da
Previdência Social em 10/7/2012) -
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297

Esse formulário é enviado ao Ministério do Trabalho e será revertido no


FAP, fator previdenciário que abordaremos detalhadamente em uma próxima
unidade bem como a abordagem “legal” da ergonomia e suas devidas
regulamentações.

A fim de aplicar a devidamente ergonomia em toda sua amplitude, muitas


empresas criam e mantém o “COMITÊ DE ERGONOMIA”, que é um grupo de
profissionais multidisciplinar a fim de “garantir” que, nessa organização, as
interações entre homens e sistemas acontecem harmonicamente. Esse grupo deve-
se reunir periodicamente e planejar a aplicação de ações imediatas além de
planejar eventos futuros guardando a premissa de “Melhoria Contínua”.

De acordo com IIda (2005), há profissionais ligados à saúdo do trabalhador,


à organização do trabalho, ao projeto de máquinas e equipamentos. Trazem
consigo sua contribuição em conhecimentos úteis que devem ser considerados na
solução de problemas ergonômicos, dentre os quais destacam-se:
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Médicos do trabalho: podem ajudar na identificação dos locais que provocam


acidentes ou doenças ocupacionais a realizar acompanhamentos de saúde e ainda,
criar um dossiê de “histórico de dor” por setor. Essa prática vai servir para orientar
o “Comitê de ergonomia” na revisão de processos de trabalho atuais e no projeto
de novos processos de trabalho.

Engenheiros de projeto: contribuem nos aspectos técnicos procurando adequar


máquinas e ambiente de trabalho.

Engenheiros de produção: procuram distribuir o trabalho sem sobrecarga


estabelecendo um fluxo racional de materiais e postos de trabalho, devem estudar
os métodos de trabalho, tempos e postos de trabalho.

Engenheiros de segurança e manutenção: identificam áreas, máquinas e


processos de trabalho que podem oferecer risco ao trabalhador.

Desenhistas industriais: ajudam na adaptação de máquinas e equipamentos,


projeto do posto de trabalho e sistemas de comunicação.

Psicólogos: são comumente envolvidos na análise dos processos cognitivos,


relacionamentos humanos, seleção e treinamento de pessoal e podem dar sua
contribuição no estabelecimento de novos métodos.

Enfermeiros e fisioterapeutas: devem procurar agir preventivamente no


histórico de dor e lesões ocupacionais. Quando a prevenção não tiver sido possível,
atuam na recuperação desses trabalhadores.

Programadores de produção: podem contribuir definindo, na medida do


possível, um fluxo contínuo de produção e evitando trabalhos noturnos.

Administradores: podem atuar na elaboração de cargos e salários mais justos


melhorando a autoestima do trabalhador.

Compradores: devem ser conhecedores dos princípios de ergonomia a fim de


procurarem adquirir máquinas, equipamentos e materiais mais limpos, seguros,
confortáveis e menos tóxicos.

Quando não existe um grupo multidisciplinar, que aqui chamamos de


“Comitê de ergonomia”, apoiado incondicionalmente pela alta administração, ou,
quando a organização dá os primeiros passos dentro do universo da ergonomia,
muitas vezes a ergonomia é aplicada de acordo com a ocasião que é feita e,
segundo IIda (2005) apud Wisner (1987), essa “ergonomia de ocasião” é
classificada em concepção, correção, conscientização e participação.

Ergonomia de concepção: quando a abordagem ergonômica nasce com a ideia


inicial sobre uma máquina, equipamento, mobiliário e processo de fabricação e/ou
prestação de serviços. O projetista já pensa na aplicação final de seu produto e/ou
serviço dentro dos preceitos da ergonomia.
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Ergonomia de correção: quando o problema já existe, seja histórico de dor física


ou alguma patologia psíquica desenvolvida pela natureza do trabalho feito, é
necessário a mobilização de profissionais capacitados nessas áreas específicas a fim
de corrigir esse histórica já existente.
Ergonomia de conscientização: ainda que a empresa forneça EPI’s
(equipamentos de proteção individual), ainda que haja palestras de integração
quando o trabalhador inicia seu trabalho na empresa, ainda que a empresa
disponibilize equipamentos ergonômicos para os funcionários e os engenheiros e
fisioterapeutas promovam treinamentos sobre os movimentos corretos em novos
processos, o trabalhador PRECISA entender que toda essa mobilização de recursos
é para ele, todavia, depende dele o trabalho correto. É preciso preparar
devidamente o trabalhador por meio de palestras de informação e conscientização
da sua própria responsabilidade para manutenção da sua própria saúde e
motivação no ambiente de trabalho. Altos investimentos são feitos por parte das
organizações e, sem a devida participação do trabalhador, todos esses esforços
bem como os investimentos mobilizados por parte da empresa de NADA valem. A
dor vai existir, o assédio moral vai existir, o afastamento e o aumento nos custos
bem como a perda de eficiência vai persistir. Por mais que seja oneroso “parar” a
operação para palestras, ainda é bem mais barato do que perder os investimentos
de energia, tempo e dinheiro para “aplicar devidamente a ergonomia”.
Ergonomia de participação: é quando o trabalhador ou usuário participam do
processo de desenvolvimento de máquinas, equipamentos, mobiliário e processo
de fabricação e/ou prestação de serviços. A ergonomia de participação é efetiva
quando o trabalhador ou usuário já possui conhecimentos prévios sobre o que vem
a ser ergonomia.
Traçando um paralelo entre o conceito de ergonomia e o conceito de
qualidade, igualmente atuais em constante ampliação de escopo, sabemos que,
quando o conceito de qualidade invade toda organização podemos entender que a
organização ampliou o escopo de tal forma que tomou, invadiu toda organização.
Para essa situação é possível afirmar que a empresa chegou ao estágio de
QUALIDADE TOTAL.
Bem como a empresa que invade toda a organização com os conceitos de
qualidade e chega ao estágio de qualidade total, a organização seja de natureza
manufatureira ou de prestação de serviços, quando “invade” toda empresa com os
conceitos de ergonomia, podemos afirmar que a organização aplicou a
MACROERGONOMIA.
Sempre onde há trabalho humano, em qualquer segmento de mercado,
inclusive em nossa vida quotidiana, deve haver ergonomia. No ato de um
estudante levar uma mochila para escola, deve haver ergonomia de correção na ou
conscientização sobre como carregar a mochila, as duas alças devem ser usadas,
uma em cada ombro. Caso seja possível, as mochilas com rodinhas devem ser
escolhidas.
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MATERIAL COMPLEMENTAR

Com o objetivo de consolidar as informações obtidas nesse ambiente, sugiro


que façam uso do seguinte material:

Vídeo sobre Revolução Industrial - I


http://www.youtube.com/watch?v=meSQG6bNvOM

Administração Científica de Taylor


http://www.youtube.com/watch?v=JZq9a_r4C3M

Fábrica da Ford e o Modelo – T


http://www.youtube.com/watch?v=8caU8gvD6Dc

Toyota – Produção enxuta parte I e II


http://www.youtube.com/watch?v=hj-FvgCf0VQ
http://www.youtube.com/watch?v=nGS0av1MC7I

Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas


http://www.youtube.com/watch?v=KOGrcLx5W-g

Filme: Tempos Modernos – Charles Chaplin


http://www.youtube.com/watch?v=XolZOPk533w

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ANOTAÇÕES

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REFERÊNCIAS

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19
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Campus Liberdade

Rua Galvão Bueno, 868

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São Paulo SP Brasil

Tel: (55 11) 3385-3000

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