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b) Parcial — é o contrato celebrado com empresa para realização de parte da obra, com ou
sem fornecimento de material.
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25.1 — Se não houver escrituração contábil, mesmo que por dispensa legal, ou quando
a fiscalização desconsiderar a contabilidade em face de não espelhar a realidade
econômico-financeira da empresa, por omissão de qualquer lançamento contábil ou por
não registrar o movimento real da remuneração dos segurados a seu serviço, do
faturamento e do lucro, o salário-de-contribuição será obtido:
c) por outra forma julgada apropriada com base em contratos, informações prestadas
aos contratantes em licitações, revistas especializadas e outros elementos.
No entanto, nas obras de construção onde seja necessária a emissão de CND para a sua
regularização, a FISCALIZAÇÃO PODERÁ OPTAR POR AFERIR INDIRETAMENTE OS
SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO, como forma de evitar uma ação fiscal na empresa a cada
liberação de CND-OBRA:
"26 — As obras de construção civil que necessitem de prévia verificação fiscal
para obtenção de Certidão Negativa de Débito - CND poderão ser submetidas pela GRAF à
apuração do salário de contribuição prevista no Título VI ( APURAÇÃO DE SALÁRIO-DE-
CONTRIBUIÇÃO COM BASE EM ÁREA CONSTRUÍDA E NO PADRÃO DA OBRA), ressalvado ao INSS o
direito de cobrar qualquer importância que venha a ser considerada devida em futura
fiscalização."
Na prática fiscal, esta forma de fiscalização tem-se tornado rotina. Assim, para evitar a
análise da contabilidade, são utilizados, em resumo, os seguinte critérios:
- Aferição indireta área x CUB (OS 161/97)
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b) 20% do valor total da nota, quando não houver mão de obra discriminada.
7% - Obras Complementares
15% - Obras de arte
17% - Drenagem
12% - Outros
- Formas inequívocas de comprovação de custo de mão de obra (contratos, informações de
licitações, orçamentos com base em publicações ou livros técnicos).
Nota: Em todos os casos, o valor de salários de contribuição obtidos desta forma são
comparados com os salários de contribuição que serviram para os recolhimentos da empresa.
Sendo o valor de recolhimento maior ou igual ao de aferição, a CND será liberada. Em caso
contrário, a ação fiscal deveria centrar-se na contabilidade da empresa, verificando a
regularidade desta. No entanto, a pratica tem-se encaminhado no sentido de considerar a obra
isoladamente e:
33.1— A 1ª via do ARO será entregue ao contribuinte mediante recibo, devendo este
preencher a GRPS e efetuar o recolhimento correspondente dentro do prazo legal de
vencimento da competência.
Esta Ordem de Serviço do INSS estabelece critérios e rotinas para a regularização de obra
de construção civil de responsabilidade de pessoa física. No entanto, como já foi analisado, é
uma extensão da O. S. 165/97, na medida em que, para liberação de CND-Obra de
responsabilidade de pessoa jurídica, pode ser utilizada como referência para análise de
recolhimentos ao INSS.
Isto ocorre por alguns motivos:
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De certa forma, por esta última característica citada, a aferição é utilizada com o critério de
"quitação de obra", muito embora a emissão CND-Obra não dispensa o contribuinte de
eventuais débitos decorrentes da responsabilidade solidária.
AFERIÇÃO INDIRETA "ÁREA X CUB"
Os conceitos utilizados pelo INSS para este tipo de aferição são tomados, EM PRINCÍPIO,
a partir do que dispõe a ABNT na NBR 12.721/92.
Embora a NBR 12.721/92 estabeleça critérios a serem utilizados por "profissional
legalmente habilitado e inscrito no CREA", o INSS apropriou-se destes conceitos, modificando-
os e criando interpretações restritas, para que possam ser utilizados por fiscais leigos na área de
Engenharia/Arquitetura, mediante a aplicação de definições padronizadas.
Em resumo, são estes os critérios:
a) CUSTO UNITÁRIO:
CUB escolhido um entre os 24 valores do CUB RESIDENCIAL, segundo critérios próprios
do INSS:
b) NUMERO DE PAVIMENTOS:
1, 4, 8 OU 12 (OU O PRÓXIMO SUPERIOR, QUANDO NÃO COINCIDIR)
Obs.: Residência unifamiliar=> 1 pavimento
c) NUMERO DE QUARTOS:
COMERCIAL E INDUSTRIAL: 3 QUARTOS
RESIDENCIAL:UNIDADE PREPONDERANTE
Obs.: Residência unifamiliar=> 2 quartos
d) PADRÃO:
Prevalece o enquadramento no caso de incorporações com registro no CRI, ou mediante
apresentação de LAUDO TÉCNICO. Em outras situações:
- COMERCIAL: padrão normal
- INDUSTRIAL: padrão baixo
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Alvenaria:
A NBR 12. 721 estabelece, ao contrário do INSS -que toma este valor como "definitivo e
representativo" das obras- , que este calculo área x custo unitário básico somente deve ser
utilizado no início das incorporações, quando ainda não se dispõe de todos os projetos
construtivos. Ou seja, é um orçamento simplificado que deverá ser corrigido no andamento da
obra.
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Ainda, a área utilizada para aplicação do CUB deverá ser homogeneizada, se na obra em
estudo existirem áreas de padrão diferente daquele escolhido como representativo.
AREA EQUIVALENTE
Área de padrão diferente: áreas do projeto que necessitam de tratamento matemático para
aplicação do custo unitário. São classificadas em dois tipos:
- cobertas: área da superfície dentro da linha que contorna a parte coberta da edificação,
mas que difere do projeto padrão. Ex.: salas comerciais ( CUB padrão residencial), pavimentos
pilotis, pavimentos de estacionamento de veículos, apartamentos especiais com padrão superior
ou inferior ao adotado, varandas e sacadas, reservatórios, etc.;
- descobertas: áreas de padrão diferente e sem cobertura. Ex.: terraços, acessos
descobertos, etc.
Sendo assim, todo o processo de cálculo, se tomado de forma padronizada, pode levar a
resultados absurdos.
VI - INCOERÊNCIAS...
Eis aqui uma das incoerências encontradas nos cálculos adotados pela fiscalização do
INSS, para arbitramento do valor estimado de mão de obra envolvido na construção civil.
(Existem diversas outras situações, mas cuja explicação necessitaria de uma
fundamentação técnica mais extensa, porque mais aprofundada.)
Para os seguintes resultados, foi utilizada página de "cálculo-teste" do INSS.
(http://pistache.dataprev.gov.br:8080/dro/idro.htm)
I - CUSTO GALPÃO X RESIDÊNCIA
Escolha: Qual das seguintes opções envolve um custo maior de mão-de-obra, na
construção:
[1]
Uma residência com 100,00 m2, dois dormitórios, uma cozinha, área de
serviço, uma sala estar e jantar, circulação interna e um banheiro.
[2]
Um galpão 10,0m X 10,0m, com quatro paredes em tijolo sem reboco, piso
polido, portão e janelas metálicos e cobertura em telhas de fibro-cimento
sobre estrutura de madeira.
Se você escolheu a opção [1], o INSS discorda de sua escolha.
Para essas construções, no estado do Rio Grande do Sul (com pequenas variações para os
demais estados da federação), são estes os valores adotados:
Residência 100, 00 m2 = Total do custo de mão obra estimado:
R$ 1.977,08 (Maio de 99)
Galpão 100, 00 m2 = Total do custo de mão obra estimado:
R$ 2.511,42 (Maio de 99)
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NOTE: O valor atribuído ao custo de mão de obra no galpão é maior que o atribuído à
residência.
CONCLUSÃO:
Sobre o texto:
O texto acima corresponde ao resumo de palestra proferida pelo autor, na
Florianópolis, promovida pelo SINDUSCON-SC.
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