You are on page 1of 3

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS PATO BRANCO


ENGENHARIA ELÉTRICA

ALEX NATAL
BRUNO MELO DE SOUZA
JEFERSON GUSTAVO DE ANDRADE
LUCAS EMANOEL BATISTUS FERREIRA
LUCAS RICKLI
PEDRO HENRIQUE MOURA ROSOLEN

FORDISMO

PATO BRANCO, 2017


Fordismo, características e impactos

No começo do século XX, tanto a indústria quanto a sociedade civil passavam


por uma fase de modernização constante. Seguindo o rumo de modernização Frederick
Taylor, surgiu com um modelo de administração científica conhecida como taylorismo.
Como todo método cientifico, Taylor seguiu os estágios básicos: observação,
formulação da hipótese, experimentação, interpretação de resultados e conclusão. Em
termos industriais, isso significava analisar o trabalho de cada fase do desenvolvimento
do produto final, diminuir tanto os gastos quanto o tempo dos processos e assim como
resultado, aumentava tanto a eficiência quanto a produtividade final.
Devido à crise na oferta de mão de obra causada pelo início da Primeira Guerra
Mundial, necessitava-se economizar ao máximo durante a produção industrial. Durante
essa época, Henry Ford desenvolveu um novo conceito de produção industrial com base
no método de administração científica de Taylor, chamado de fordismo. As principais
inovações do sistema foram: a montagem em série ou linha de produção (linha de
montagem), baixo investimento na capacitação do funcionário e profunda divisão do
trabalho. Foi um método que obteve sucesso por focar justamente na velocidade de
produção, de forma que o único requerimento era planejar a forma mais eficaz de
montagem, o fordismo pôde ser aplicado em diversas áreas da indústria, desde o têxtil
até montadoras de veículos.
Dessa forma em 16 de junho de 1903, Henry Ford fundou a sua terceira
empresa, Ford Motor Company, uma indústria automobilística com métodos de
fabricação em grande escala que mantinha uma força de trabalho industrial que usa
linhas de montagem em movimento, basicamente um sistema fordista.
Uma das medidas mais criticadas de Ford foi em 1914 quando a Ford Motor
rompeu com as práticas trabalhistas convencionais da época e anunciou que pagaria
seus funcionários com 5 dólares por jornada diária, mais que o dobro, dos $2,34
tradicionais. Além de diminuir a carga horária diária de 9 para 8 horas diárias e a carga
horária semanal de 6 para 5 dias. Edsel Ford, filho de Ford comentou para o The New
Work Times: “todo homem necessita mais de um dia por semana para descanso e
recreação... A companhia Ford sempre buscou promover uma vida doméstica ideal para
os seus empregados. Acreditamos que para viver apropriadamente todo homem deveria
dispor de mais tempo para passar com sua família”. Apesar do apelo social, dando
melhores condições a seus próprios funcionários, os mesmos podiam ser possíveis
consumidores de seus produtos.
Em 1908 o Ford T iniciou sua produção, “um carro simples de conduzir e barato
para reparar”. O grande sucesso do modelo Ford T pode ser atribuído a sua produção em
linha, o que levou o carro a ter baixo custo. O Ford T em 1915 passou a ser produzido
exclusivamente na cor preta, o que perdurou até 1926. Uma citação de Henry Ford
retirada de sua autobiografia, “My life and Work” diz: "o carro é disponível em qualquer
cor, contanto que seja preto”. Por não haver espaço no departamento de secagem da
montadora a cor preta foi adotada, pois secava mais facilmente que as demais.
Os principais problemas do fordismo como organização industrial são:
interdependência de tarefas, mecanização do processo produtivo, geração de grandes
estoques e falta de flexibilidade. Além dos clássicos impactos físicos e psicológicos nos
funcionários causados pela realização atividades repetitivas.
Por volta de 1950-1960, o fordismo chega ao seu auge, período historicamente
conhecido como “Os Anos Dourados”, porém a mesma rigidez que levou o sistema ao
sucesso acaba sendo seu algoz. Um exemplo clássico disso é a famosa fase de Henry
Ford: “-O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto,” já que o
preto secava mais rápido, fato que facilitava o processo de produção.
Em 1970, após a entrada de competidores japoneses no mercado
automobilístico, o fordismo entre em uma crise gradativa. Por outro lado, a General
Motors flexibilizava sua produção e seu modelo de gestão, facilitando o lançamento de
modelos personalizados e com várias cores.
Aos poucos, outras empresas começam a substituir a produção em massa por
uma produção mais enxuta (baseado no sistema Toyota de produção) e assim, em 2007,
a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo, o que decreta o fim do
fordismo.
No Brasil, o impacto do fordismo foi menor, já que a maior parte da economia
brasileira era baseada na agricultura. Apenas depois da crise do café (1929), o contexto
social se fecha para os grandes fazendeiros e se abre para as indústrias. Mesmo assim,
conceitos como Toyotismo e Fordismo, eram mais “ideais” do que efetivamente
implementados nas indústrias, uma vez que as condições de trabalho eram precárias e as
regras rígidas de supervisão não eram bem vista pelos funcionários locais.
Hoje, os conceitos de fordismo são amplamente aplicados em diversas áreas do
comercio e indústria, como por exemplo: as redes de Fast-food, que apresentam um
trabalho totalmente padronizado, funcionários como baixa instrução e alta
produtividade.
Os preceitos de Ford eram não perder tempo, produzir e ganhar mais. O mundo
seguiu seus passos, ainda mais depois do advento da tecnologia pós-guerras. Ele
revolucionou a produção em sua época e seus princípios são usados até hoje.

You might also like