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Abraham Shapiro
Dia desses, um empresário contou-me que o RH de sua empresa abre espaço para colegas e
amigos desempregados ou fracassados na carreira para promoverem treinamentos eventuais.
E concluiu dizendo: “E como esses fulanos são todos incompetentes, a atividade fica sem
nenhum sentido para os funcionários porque os leva do nada para lugar nenhum.”
Treinamento sério tem necessariamente que ser planejado após rigoroso Levantamento de
Necessidades – técnicas, profissionais ou comportamentais – de todas as áreas da organização.
Isto, contudo, requer que o responsável pelo RH conheça e entenda a estratégia da empresa e
saiba discernir o que atende ou não seus principais pontos. Ele deve saber falar a linguagem
dos negócios de sua organização. E aqui cabe perguntar: Quantos dos que aí estão realmente
sabem? O da sua empresa, por exemplo.
Permita-me um conselho: corte relações com consultorias, coachings e outros serviços cujas
propostas não atendam ao que a sua empresa realmente carece para fazer negócios. E mesmo
em caso de aparente sintonia deste profissional com as suas atividades, averigue sua real
qualificação e resultados já alcançados antes de decidir abrir-lhe espaço.
Hoje em dia, o RH que não for estratégico não merece nem o adjetivo de romântico. Anti-
negócios talvez lhe caia perfeitamente.