You are on page 1of 10

Walter Benjamin: Obras completas. Libro II, vol.

1 (Abada, 2007)
54 PRIMEROS TR ABA JO S DE CR ÍTIC A DE LA EDUCACIÓN Y DE LA C U LTUR A

tivo. E n este se n tid o , hay q u e te n e r la esp eran za d e q u e la en señ a n za


de la m o r a l re p re se n te la tr a n s ic ió n a u n a n u eva en señ a n za de la h is ­
t o r ia e n la q u e ta m b ié n el p r e se n te e n c u e n tr e su lu g a r d e n tr o de la
h isto ria d e la c u ltu ra .

«EX P ER IEN C IA » ' 11

N u estra lu ch a p o r la resp o n sa b ilid a d se d esa rrolla c o n tra u n en m asca ­


r a d o . L a m áscara d e l a d u lto se lla m a « e x p e r ie n c ia » . S ie m p r e ig u a l,
in exp resiva, im p e n e tra b le . E ste a d u lto ya lo h a vivid o to d o : la ju v e n ­
tu d , lo s id eales, las esperan zas, la m u je r . Y to d o era só lo u n a ilu s ió n .
A m e n u d o estam o s in tim id a d o s o a m a rg a d o s. Es p o s ib le q u e te n g a
r a z ó n el a d u lto . ¿ Q u é p o d e m o s n o s o tr o s c o n te s ta r le ? T o d a v ía n o
ten em o s ex p erien cia.
V am os a in te n ta r q u ita rle la m áscara. ¿ Q u é h a e x p e rim e n ta d o este
a d u lto ? ¿ Q u é q u ie re d e m o s tra r n o s ? S o b re to d o , u n a cosa: q u e ta m ­
b ié n él fu e jo v e n , q u e ta m b ié n él q u iso lo q u e n o so tro s q u erem o s, qu e
ta m p o co él creyó a sus padres, p e ro q u e ta m b ié n a él la vid a le h a en se­
ñ ad o q u e sus padres te n ía n razó n . E l a d u lto s o n ríe c o n su p erio rid a d al
d e c irn o s q u e n o s su ced erá lo m ism o a n o so tro s. D e este m o d o desva­
lo r iz a d e a n te m a n o lo s a ñ o s q u e n o so tro s estam os v iv ie n d o , lo s c o n ­
v ie rte e n la ép o ca d e lo s d u lces disparates ju v e n ile s , en la em b ria g u e z
in fa n til antes de la larga so b rie d ad de la vid a seria. A s í h a b la n los b e n é ­
vo lo s, lo s ilu strad o s. C o n o c e m o s a o tro s p e d ag o go s cuya a m argu ra n i
s iq u ie ra n o s c o n c e d e lo s b reves a ñ o s de la « ju v e n t u d » ; ya q u ie r e n
p o n e rn o s, serios y cru eles, al en tero servicio de la vid a. L o s d os desva­
lo r iz a n n u e str o s a ñ o s , h asta lo s d e s tro z a n . Y cada vez n o s in v a d e e n
m ayo r grad o este sen tim ien to : tu ju v e n tu d sólo es u n a b reve n o ch e (e n
co n secu en cia , llén ala de em b riagu ez); lu eg o llegará la gran « e x p e r ie n ­
c ia » , lo s a ñ o s de lo s c o m p r o m is o s , la p o b r e z a de id ea s y la fa lta d e
b r ío . A s í es la vid a. Eso n os d ice n los ad u ltos, así lo h a n exp erim en tad o
ellos.

I P u b lica d o e n o ctu b re de 19*3 k ajo e l p se u d ó n im o la tin o d e «Ardor>> e n la revista


ju v e n il Der Anfang.
«E X P E R IE N C IA » 55


; Sí, eso es lo q u e h a n e x p e r im e n ta d o , eso y n a d a m ás: la fa lta de
se n tid o de la vid a . L a b ru ta lid a d . ¿ N o s h a n a n im a d o a lg u n a vez a lo
gran d e, a lo n u e v o , a lo fu tu r o ? P o r su p u esto q u e n o , p u es eso n o se
pued e e x p erim e n ta r. E l sen tid o , lo ve rd a d ero , lo b u e n o , lo b e llo , está
fu n d a m e n ta d o e n sí m is m o ; ¿ d e q u é n o s sirve a h í la e x p e r ie n c ia ? Y
aqu í está el m iste rio : c o m o el f ilis t e o 1,1 n u n c a alza su m ira d a h a cia lo
grand e, h a cia lo q u e tie n e sen tid o , la ex p erie n cia se h a vu e lto su evan ­
g elio . L a e x p e rie n c ia se c o n v ie rte p ara él e n la fie l n o tic ia de lo h a b i­
tual de la vid a . P ero el filiste o n o c o m p r e n d e q u e existe algo m ás q u e
la e x p e r ie n c ia , q u e h a y v a lo r e s ( in e x p e r im e n ta b le s ) a cu yo s e r v ic io
n osotros estam os.
A sí, ¿ p o r q u é la vid a carece p a ra el filiste o de c o n su e lo y se n tid o ?
P o rq u e e l filis te o c o n o c e só lo la e x p e rie n c ia , n a d a m ás. P o r q u e está
aban d on ad o p o r el co n su elo y carece de esp íritu . Y p o rq u e n o gu ard a
con n ad a u n a r e la c ió n tan in te r io r c o m o c o n lo g ro se ro y lo c o m ú n .
P e ro n o s o tr o s c o n o c e m o s o tr a cosa q u e la e x p e r ie n c ia n i n o s
o to rg a n i n o s q u ita: q u e existe la ve rd a d , a u n q u e to d o lo q u e se haya
pensado hasta ah ora resultara u n e r r o r . O q u e hay q u e ser leal, a u n q u e
n adie lo haya sido a ú n hasta ah ora. L a ex p erie n cia n o p u e d e arreb atar­
n os esa vo lu n ta d . S in em b a rg o , lo s m ayores, c o n sus gestos cansados y
su desesperanza a rro ga n te, ¿ te n d rá n quizás ra z ó n en una cosa? ¿ L o que
n o so tro s experimentamos h a d e ser tristeza , y s ó lo p o d r e m o s b a sa r el
c o ra je y el s e n tid o e n lo in e x p e r im e n ta b le ? E n to n c e s , el e s p ír itu sí
sería lib re , p e ro lo reb ajaría la vid a u n a y o tra vez; p u es la vida, la sum a
de n uestras exp erien cias, n o te n d ría co n su elo .
Estas p r e g u n ta s ya n o las c o m p r e n d e m o s . ¿ V iv ir e m o s acaso a la
m an era d e q u ie n e s n o c o n o c e n el esp íritu , de a q u e llo s cu yo yo in d o ­
len te es lan za d o p o r la vid a co m o p o r las olas al a ca n tila d o ? N o . C a d a
una de nuestras experiencias tien e sin d u d a alguna c o n te n id o . N o so tro s
m ism os le d arem o s c o n te n id o desde n u e stro es p íritu . E l h o m b re q u e
carece de p e n sa m ien to s se tra n q u iliza ju sta m e n te e n el e r r o r . « N u n c a
en con trarás la v e rd a d » , le dice al investigad o r, « y o h e h e c h o esa exp e­
r ie n c ia » . P e ro p a r a e l in v e s tig a d o r el e r r o r es ta n s ó lo u n a n u e v a
ayuda h a cia la verd ad (S p in o z a ). L a ex p e rie n c ia só lo carece d e sen tid o
y sólo está a b a n d o n a d a p o r el esp íritu p a ra el q u e d e h e c h o carece de

2 Sobre la palabra « f i li s t e o >>, c f r . sufra, p . I ? , n o t a 3 del Diálogo sobre la religiosidad del presente.
[N. d e l T -3
56 PRIMEROS TR ABA JO S DE CR ÍTICA DE LA EDUCACIÓN V DE LA CULTURA

esp íritu . T a l vez resu lte d o lo r o sa a quien, se esfu erza, p e r o n o le h a rá


desesperar.
E n to d o caso , q u ie n se e sfu erza n u n c a se re sig n a rá n i se d eja rá
a d o r m e c e r p o r el r itm o d e l filis te o . P u es éste (ya os h a b r é is d a d o
cu en ta) p ro n ta m e n te ensalza cu alq u ier n u evo a b su rd o . E l ten ía razón .
Se c o n firm a : realmente, n o hay esp íritu . P ero n a d ie reclam a u n a m a yo r
su m isión o « re v e re n c ia » al « e s p íritu » q u e él. Pues si criticara, ten d ría
q u e crear. Y eso n o p u e d e h a ce rlo . In clu so la ex p erie n cia d el esp íritu ,
q u e el filisteo h ace de m ala gana, le p arece estar caren te de esp íritu .

S a g e n S ie
I h m , d afi e r fü r d ie T r ä u m e s e in e r J u g e n d
S o ll A c h t u n g tr a g e n , w e n n e r M a n n s e in w i r d .

N ad a o d ia m ás el filisteo q u e los « s u e ñ o s de su ju v e n tu d » . ( Y la se n -
tim en ta lid a d suele ser el cam u flaje q u e ad opta d ich o o d io .) Pues lo que
se le a p arecía e n esos su e ñ o s era la voz d el e sp íritu , q u e u n a vez ta m ­
b ié n le lla m ó a él, c o m o a tod as las d em ás p e rs o n a s . L a ju v e n tu d es
p ara él el re c u e rd o e te rn a m e n te m o n ito r io ju s ta m e n te d e esto. Y p o r
eso m ism o la c o m b a te . E l filis te o le h a b la de esa e x p e rie n c ia g ris,
p o d ero sísim a, y le en señ a al jo v e n a reírse cu an to antes de sí m ism o . Y
esto sob re to d o p o r q u e ex p e rim e n ta r sin e sp íritu es c ó m o d o , a u n q u e
in ú til.
U n a ve z m ás d ire m o s: c o n o c e m o s sin d u d a o tra e x p e r ie n c ia .
P u ed e ser h o stil fre n te al e sp íritu y d estru ir m u ch o s su eños, p e ro es lo
m ás b e llo , y lo m ás in ta n g ib le e in m e d ia to , d a d o q u e n u n c a carecerá
de esp íritu si es q u e nosotros p e rm a n e ce m o s jó v e n e s. U n o so la m en te se
e x p e rim e n ta a sí m ism o , d ic e al f in a l d e su c a m in o Z a r a tu s tr a 11'1. E l
filisteo h ace su « e x p e r ie n c ia » , la e x p erie n cia e te rn a d e la c aren cia de
esp íritu . E l jo v e n q u ie re e n ca m b io ex p erim e n ta r el esp íritu ; y cu an to
m ás le cueste alcanzar lo gra n d e, tan to m ás e n c o n tra rá en su cam in o y
e n lo s seres h u m a n o s al esp íritu . E l jo v e n será u n h o m b re b o n d a d o so .
Q u é in to le ra n te es el filis te o .

3 « D íg a le / que respete los sueños de su ju ve n tu d / cu an d o sea u n h o m b re » . Sch iller,


Don Carlos, acto V , escena 2,I> versos 4,2 8 7-4 28 9*
4- T ercera p a rte , « E l viajero » . [N. d el T .]
2i6 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA

acto de escribir e n los tiem p os rem otos e n q u e su rgió la escritura. A sí, la


escritu ra se h a c o n v e rtid o (ju n to al len g u a je) en u n fie l a rch ivo de las
sem ejanzas n o sensoriales, y de las n o sensoriales corresp on d en cias.
E ste a sp e cto d e l le n g u a je y d e la e s c r itu ra n o carece d e c o n e x ió n
c o n o tr o a sp e cto , a sa b er, el s e m ió tic o . M ás b ie n p u e d e d e c irs e q u e
to d o lo m im é tic o d e l le n g u a je so la m e n te p u e d e m a n ife sta rse e n u n
tip o c o n c re to d e p o r ta d o r (al igu a l q u e la lla m a ) . Y ese p o r ta d o r es lo
se m ió tico . D e m an era q u e el p le x o de sen tid o q u e fo r m a n las palabras
o las frases es ju sta m en te ese p o rta d o r a cuyo través la sem ejan za se n os
m a n ifie s ta d e r e p e n te . P u es su p r o d u c c ió n p o r lo s h o m b r e s , d e l
m ism o m o d o q u e su p e rc e p c ió n , se e n c u e n tra ligad a e n m u c h o s casos
(y e n los más im p orta n tes) a u n chispazo. Pasa c o m o él, a tod a p risa. Y ,
sin d u d a, n o es in v ero sím il q u e la rap id ez d el esc rib ir y d el le e r, p o r su
p a r te , in t e n s ifiq u e la fu s ió n de lo s e m ió tic o y d e lo m im é tic o e n el
ám b ito p r o p io d e l len gu a je.
« L e e r lo n u n c a e s c r ito » . Esa le c tu ra es la m ás an tig u a: le e r antes
d e l le n g u a je , a p a r tir de las visceras, o de las d anzas o de las estrellas.
M ás a d e la n te se u tiliz a r o n lo s in te r m e d ia r io s de u n a n u eva le c tu r a ,
c o m o so n las ru n a s y lo s je r o g lífic o s . Y p a rece fá cil s u p o n e r q u e éstas
f u e r o n las c o n c r e ta s esta c io n es a través d e las cu ales fu e p a s a n d o , al
á m b ito de la escritu ra y el len gu a je, ese talen to m im é tic o q u e en otro s
tiem p o s era el fu n d a m e n to de u n a praxis o cu lta. D e este m o d o , el le n ­
gu aje v e n d ría a ser el n iv el m ás alto d el c o m p o rta m ie n to m im é tic o , así
c o m o el arch ivo m ás p e rfe c to de la sem ejan za n o sen so rial: u n m e d io
al q u e las fu erza s a n te rio re s de p r o d u c c ió n y p e r c e p c ió n m im é tic a se
fu e r o n transvasando p o r c o m p le to hasta liq u id a r las de la m agia.

EXPERIENCIA Y POBREZA11'

E n n u estro s lib r o s escolares fig u ra b a la fá b u la d el a n c ia n o q u e, en su


le c h o d e m u e rte , les exp lica a sus h ijo s q u e e n su v iñ e d o hay u n tesoro
o c u lto . N o tie n e n m ás q u e d e s e n te r r a r lo . L o s h ijo s ex cav aro n , p e r o
n o e n c o n tr a r o n el te so ro . G u a n d o lle g ó el o to ñ o , el v iñ e d o era ya el

I P u b licad o el 7 d iciem b re de 1933 e n la revista Die Wkltim Wort. B en jam ín , al pare­


cer, redactaría este artícu lo e n el v erano de ese m ism o año.
EXPERIENCIA Y POBREZA

m ás p r o d u c tiv o d e to d o el país. Y , en to n ces, lo s h ijo s c o m p r e n d ie r o n


q u e su p a d re les h ab ía leg ad o u n a ex p erien cia: la riq u e z a n o está e n el
o r o , sin o e n el e s f u e r z o 1“5. E n e fe c to , esas e x p e rie n c ia s las h a n id o
e s g r im ie n d o a n te n o s o tr o s , a m e n a z á n d o n o s o tr a n q u iliz á n d o n o s ,
m ie n tra s c re cía m o s: « J o v e n z u e lo , ya te lle g a rá el tu r n o de h a b la r » ,
« Y a lo c o m p r e n d e r á s » 131, se n o s d e c ía . A h í estaba m u y c la ro q u é
rep rese n ta b a la ex p e rie n c ia : lo s m ayores se la d a b a n a lo s jó v e n e s . D e
m a n e ra co n cisa : c o n la a u to r id a d de la ed a d , c o n re fra n e s; de m o d o
m ás p r ó lij o : c o n su lo cu acid ad y c o n h is to ria s; c o n ta n d o a veces c u en -
tos de o tro s países, ju n t o a la ch im en e a , d ela n te d e lo s h ijo s y los n ie ­
tos. ¿ Q u é fu e de to d o e so ? ¿ D ó n d e p o d e m o s e n c o n tra r a a lg u ie n qu e
sepa a ú n re latar b ie n a lg o ? ¿ D ó n d e hay m o r ib u n d o s q u e d ig a n frases
q u e p a se n d e g e n e r a c ió n e n g e n e r a c ió n , al m o d o de u n a n illo ?
¿ Q u ié n se a cu erd a a h o ra d e u n r e fr á n ? ¿ Y q u ié n in te n ta rá d esp ach ar
a la ju v e n tu d ap ela n d o así a su e x p erie n cia ?
P u es n o ; está m u y c la ro q u e la c o tiz a c ió n d e la e x p e rie n c ia se h a
v e n id o abajo, y ello adem ás en u n a g e n e ra c ió n q u e, en tre T9T4, y 1918 ,
h a h e c h o u n a de las ex p erie n cias m ás trem en d as d e la h isto ria . T a l vez
esto n o sea ta n e x tra ñ o c o m o p a re c e a p r im e r a vista. ¿ N o se p u d o
observar ya p o r en to n ces q u e la gente volvía en m u d ecid a d el fre n te ? N o
m ás rica e n e x p e rie n c ia c o m u n ic a b le , sin o m u c h o m ás p o b r e . L o q u e
d iez años después se d erra m ó e n la riad a d e lib ro s q u e tratan d e la g u e ­
rra era cu a lq u ier cosa m en o s ex p erie n cia tran sm itid a co m o siem p re lo
fu e, de b oca e n b oca. P ero eso n o era extrañ o. Pues n in g u n a e x p e rie n ­
cia fu e d esm entid a c o n más ro tu n d id a d q u e las exp eriencias estratégicas
a través d e la g u e rr a de tr in c h e r a s , o las e x p e rie n c ia s e c o n ó m ic a s
m e d ia n te la in fla c ió n ; las e x p e rie n c ia s c o rp o r a le s p o r el h a m b re ; las
exp erien cias m orales p o r los q u e ejercían el g o b ie rn o . U n a ge n e ra ció n
que fu e al c o leg io todavía e n tranvía de caballos se en co n tra b a ah ora a la
in tem p e rie y en u n a re g ió n d o n d e lo ú n ic o q u e n o había cam biad o eran
las n ubes; y ahí, en m e d io d e ella, en u n cam p o de fuerzas d e ex p lo sio ­
nes y torren tes destructivos, el d im in u to y frág il cu erp o h u m a n o .
U n a m ise ria c o m p le ta m e n te n u eva cayó so b re lo s h o m b re s c o n el
d esp liegue fo rm id a b le de la té cn ica . P ero el reverso d e d ich a m iseria es
la so fo ca n te riq u eza de ideas q u e se h a d ifu n d id o en tre la gen te (o que,

2 E sopo , El labradory sus hijos*


3 V éase al p rin c ip io de este m ism o v olu m en , p p . artícu lo « E x p e rien cia ^ ,
de 1913* [Ni. d e l T.J
2i 8 ESTUDIOS M ETAFÍSIC05 Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA

m ás b ie n , se le v in o e n c im a ) c o n la c o n s ig u ie n te r e a n im a c ió n d e la
astro logia y el yoga, de la christian science y la q u iro m a n c ia , d el vegetaria­
n ism o y de la gn osis, de la escolástica y el esp iritism o . P u es, e n efe cto ,
aqu í n o ha te n id o lu gar u n a verd ad era rea n im a c ió n , sin o u n a fo rm a de
g a lv a n iz a c ió n . P e n se m o s al re sp e cto e n a q u e lla s g ra n d e s p in tu r a s de
E n s o r e n las q u e las calles d e las g ra n d e s ciu d a d es a p a re c e n lle n a s de
m o n stru o s: b u rg u eses c o n disfraces d e carnaval, m áscaras desfigu rad as
p o r la h a rin a , c o ro n a s d e o r o p e l so b re la fr e n te . E stos cu ad ro s tal vez
n o sean o tra cosa q u e u n r e fle jo d e l te rrib le y c aó tico re n a c im ie n to en
q u e tan tos h a n p u e sto sus esperan zas. P ero a q u í se m u estra c o n c la r i­
dad q u e n u estra p o b reza en ex p erien cia es tan só lo u n a parte de la gran
p o b r e z a , q u e a h o ra h a v u e lto a r e c ib ir u n r o s tr o , ta n a g u d o y exacto
co m o el de lo s m en d ig o s m ed ievales. P o rq u e , ¿ q u é v a lo r tie n e to d a la
c u ltu ra c u a n d o la ex p e rie n c ia n o n o s co n e cta c o n e lla ? A d o n d e c o n ­
d u ce sim u la r e x p erie n cia n o s lo h a d eja d o d em asiad o c la ro esa h o r r i ­
b le m ezcla de varios estilos y cosm ovision es d el pasado siglo, co m o para
q u e n o c o n s id e r e m o s h o n o r a b le a d m itir n u e s tr a p o b r e z a . P u es sí,
a d m itá m o s lo ; esta p o b r e z a d e e x p e rie n c ia es p o b r e z a , p e r o lo es n o
só lo de e x p e rie n c ia s privad as, sin o de e x p e rie n c ia s d e la h u m a n id a d .
Es, p o r ta n to , u n a esp ecie de n ueva b arb a rie.
¿ B a r b a r ie ? E n e fe c to . P e ro lo d e c im o s p a ra in t r o d u c ir u n c o n ­
ce p to n u e v o de b a r b a r ie , p o s itiv o . ¿ A d o n d e lleva al b á r b a r o esa su
p o b re za d e e x p e rie n c ia ? A c o m e n z a r d e n u evo y desde el p r in c ip io , a
te n e r q u e a rreg lá rselas c o n p o c o , a c o n s tr u ir c o n p o c o y m ir a n d o
siem p re h a cia d ela n te. E n tre lo s gran d es cread ores siem p re h a h a b id o
los im placables q u e h a n h ech o tabla rasa. Q u e r ía n u n a tabla d e d ib u jo ,
p u e s e r a n c o n s tru c to re s . U n c o n s tr u c to r d e este tip o fu e D esca rte s,
q u e p ara co m en zar su filo s o fía n o q u e ría o tra cosa q u e te n e r u n a sola
c ertid u m b re: « P ie n s o , lu e g o e x is to » . E in s te in fu e ta m b ié n u n c o n s ­
tr u c t o r de este tip o , al q u e , d e r e p e n te , n o le in te r e s ó ya de to d a la
física m ás q u e u n a p e q u e ñ a d iscrep an cia en tre las ecu acion es estableci­
das p o r N ew to n y las ex p erie n cias d e la a stro n o m ía . E n esta a c c ió n de
co m en zar desde el p r in c ip io p en sab an los artistas cu an d o se in s p ira ro n
en la m atem ática y c o n stru y e ro n el m u n d o a p a r tir de fo rm as estereo ­
m étricas, tal c o m o lo h ic ie r o n lo s cubistas, o al basarse en lo s in g e n ie ­
ro s, c o m o e n el caso d e K le e . P u es las figu ras de K le e a p a re ce n co m o
d iseñ ad as so b re u n a tabla de d ib u jo , y la ex p re sió n d e sus gestos o b e ­
d ece en to d o al in te r io r , co m o la carro cería de u n b u e n au to m ó v il a las
EXPERIENCIA V POBREZA 219

n ecesid a d e s d e l m o to r . A I in t e r io r m ás q u e a la in te r io r id a d : esto es
sin d u d a lo q u e las h ace b árbaras.
T a n to a q u í co m o allá, las m ejo res cabezas ya lleva n m u c h o tie m p o
sacando c o n c lu sio n e s de estas cosas. Y su rasgo m ás característico es la
to ta l fa lta de ilu s io n e s so b re n u e str a é p o c a y, j u n t o a e llo , su e n te r a
a ce p ta ció n , sin a b rig a r reservas fr e n te a ella. T a n to si el p o e ta B e r to lt
B re c h t a firm a q u e el c o m u n ism o n o es el ju s to re p a rto d e la riq u eza ,
s in o d e la p o b r e z a , c o m o si A d o l f L o o s (el p r e c u r s o r d e la m o d e r n a
a rq u itec tu ra ) d eclara p o r su p a rte: « E s c r ib o so la m en te p ara a q u e llo s
cap aces de s e n tir a la m a n e r a m o d e r n a ... N o p a r a p e rso n a s q u e se
c o n s u m e n e n el a n h e lo d e l R e n a c im ie n to o el r o c o c ó » [iI. U n artista
tan c o m p le jo c o m o el p in to r P aul K le e , y u n o ta n p ro g ra m á tico co m o
L o o s, se apartan de la im a g e n p r o p ia d e l h o m b re tra d ic io n a l, siem p re
so le m n e y n o b le , a d o rn a d o c o n tod as las diversas o fren d as d el pasado,
p ara d irig irs e p o r su p a rte al c o n te m p o rá n e o d e s n u d o q u e, g r ita n d o
c o m o u n r e c ié n n a c id o , se e n c u e n tr a e n lo s su c io s p a ñ a le s de esta
ép o ca. N a d ie lo h a saludado c o n m ayo r alegría q u e P au l S c h e e r b a r t151.
A lg u n a s d e sus n o v e la s, vistas d esd e le jo s , se p a r e c e n a las d e J u le s
V e r n e , p e ro , a d iferen cia de las d e éste (e n las cuales siem p re p e q u e ñ o s
rentistas in gleses o fran ceses via ja n p o r el esp acio e n sus extravagantes
ve h ícu lo s), S c h e e rb a rt se in teresa p o r la c u e s tió n de e n q u é cria tu ra s
c o m p le ta m e n te n uevas, dign as sin d u d a alg u n a d e e s tu d io y d e a m o r,
h a n co n v ertid o n u estros telescop ios, n u estros avion es y n u estro s c o h e ­
tes a lo s seres h u m a n o s a n te rio re s. P o r lo dem ás, ya estas criatu ras tie ­
n e n len g u a je co m p leta m e n te n u evo : lo d ecisivo e n él es la te n d e n c ia a
lo v o lu n ta r ia m e n te c o n s tru c tiv o , e n c o n t r a p o s ic ió n a lo o r g á n ic o .
T e n d e n c ia in c o n fu n d ib le en el len g u a je d e lo s seres h u m a n o s id ead os
p o r S ch eerb a rt (es d ecir, d e sus p erso n a jes, ya q u e éstos rech azan to d a
sem ejan za c o n lo s h o m b re s, el p r in c ip io m ism o de to d o h u m a n ism o ).
In c lu so e n sus n o m b res: S o fa n ti, Peka, L a b u ..., así se lla m a n lo s p e r ­
son ajes e n el lib r o q u e lleva p o r títu lo el n o m b r e de su p ro ta g o n ista :
Lesabéndio. T a m b ié n lo s ru sos d a n h o y a sus h ijo s u n o s n o m b re s « d e s ­
h u m a n iz a d o s » : O c tu b r e , p o r el m es d e la r e v o lu c ió n ; P ia tiletk a , en
referen cia al p la n q u in q u e n a l; A v iajim , p o r u n a co m p a ñ ía d e aviación .
N o se tra ta a q u í d e u n a r e n o v a c ió n té c n ic a d e l le n g u a je , s in o de su

4. A d o lf Loos, Keramika, 190 4, en: SamtHcheSchrifien, vo l. I, V iena/M únich, 1962, pp . 253 ss.
5 P au l S ch eerbart (1 8 6 3 -19 15 ), escrito r alem án de relatos fantásticos. [N. d el T,]
220 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FIL 0 5 0 FÍA DE LA HISTORIA

com pleta m o v iliza ció n al servicio d e la lu ch a o el trab a jo ; en to d o caso,


al servicio d e l cam b io de la realid ad , n o de su d e sc rip c ió n .
P o r eso S ch eerb a rt, p o r vo lver a él, da u n a e n o r m e im p o rta n c ia al
h e c h o de a lo ja r a sus p e rso n a jes (y de a cu e rd o adem ás c o n su m o d e lo
ig u a lm en te a sus c o n c iu d a d a n o s) en vivien das q u e sean adecuadas a la
p o s ic ió n so cia l q u e o cu p a n : e n u n as casas m óviles d e cristal, tal co m o
L o o s y L e G o rb u s ie r ya h a n h e c h o . N o e n van o el cristal es u n m aterial
b ie n d u ro y liso , en el que n ad a p u e d e ser fija d o . T a m b ié n es u n m a te­
r ia l m u y fr ío y so b rio . Las cosas d e cristal n o tie n e n « a u r a » . E l cristal
es el e n e m ig o d e l m iste rio , y es ta m b ié n e n e m ig o d e la p r o p ie d a d . E l
g ra n p o eta A n d r é G id e d ijo u n a vez: cada cosa q u e q u ie ro p o se e r deja
al tiem p o de serm e tran sp aren te. ¿L as p erso n as c o m o S ch eerb a rt su e­
ñ a n c o n casas de cristal p o rq u e so n p artid arias d e u n a n ueva p o b re za ?
T al vez u n a c ie rta c o m p a r a c ió n d ig a m ás a q u í q u e la te o r ía . G u a n d o
en trab as e n la h a b ita c ió n b u rg u e sa d e lo s a ñ os o c h e n ta , la im p r e s ió n
m ás fu e r te , pese a to d o el c o n fo r t q u e tal vez irra d ia ra , era: « a q u í n o
se te h a p e rd id o n a d a » . Y a q u í n o se te ha p e rd id o n ada, p u es a q u í n o
hay r in c ó n alg u n o e n el q u e el h abitan te n o haya d eja d o sus hu ellas: e n
los estantes, m ed ia n te las figu ritas; e n el silló n a co lch a d o , m ed ia n te las
m a n tita s; e n las v e n tan as, m e d ia n te las c o rtin a s ; a n te la c h im e n e a ,
m e d ia n te la p a n ta lla . U n a h e r m o s a fra se d ic h a p o r B e r to lt B r e c h t
v ie n e a q u í en n u estro a u x ilio ; d ic e , « ¡B o rr a las h u e lla s !» . D ic h a frase
es el e strib illo d el p r im e r p o e m a d e Aus dem LesebuchjurStadtebewohnerl6i.
E n la h a b ita c ió n b u rg u e sa , el c o m p o rta m ie n to c o n tr a r io se h a v u e lto
co stu m b re . Y , a la inversa, el intárieur o b lig a a su h a b ita n te a a cep tar el
m áxim o d e costum b res, las cuales h a ce n ju stic ia m ás al intérieur q u e a su
h a b ita n te. E sto lo e n tie n d e c u a lq u ie ra q u e re c u e rd e la absu rd a situ a ­
c ió n a q u e los habitan tes de to d o s esos ap osen tos de fe lp a ib a n a p arar
c u a n d o alg o se r o m p ía e n la casa. In c lu s o su m a n e r a de e n fa d a rse
(p o d ía n in te r p re ta r v irtu o sa m en te este a fecto , q u e va d esa p a recie n d o
p o c o a p o c o ) era a n te to d o la r e a c c ió n d e u n a p e r s o n a a la c u a l le
h u b ie r a n b o r r a d o « la h u e lla de sus días te r r e n a le s » [íl. Y esto es sin
d u d a lo q u e h a n lleva d o a cabo S c h e e rb a rt c o n su cristal y la B au h au s
c o n su acero: h a n cread o espacios e n lo s q u e es m u y d ifíc il d eja r h u e ­
llas. « D e a c u e rd o c o n lo d i c h o » , e x p lic ó S c h e e r b a r t h a ce ya v e in te

6 B e rto lt B rech t, Ven'.uthe H eft 2.


7 G o eth e, Fausto, segunda parte, verso 11,58 3 .
EXPER IEN CIA Y POBREZA 221

a ñ o s, « p o d e m o s h o y h a b la r d e u n a n u eva " c u lt u r a d e c ris ta l” . E ste


n u e v o e n to r n o d e c rista l tr a n sfo r m a r á p o r c o m p le to al ser h u m a n o .
P ero a h ora hay q u e d esear q u e la n ueva c u ltu ra d e cristal n o en c u e n tre
d em asiad os e n e m ig o s » 181.
P o b reza d e e x p e rie n c ia : esto n o hay q u e e n te n d e r lo e n el se n tid o
d e q u e la g e n te d esee u n a e x p e r ie n c ia n u ev a . N o , b ie n al c o n tr a r io :
q u ie r e n lib r a r s e de las e x p e r ie n c ia s , d e se a n u n e n t o r n o e n el q u e
p u e d a n m a n ife sta r sin m ás, p u r a y c la ra m e n te , su p o b re za (e x te rio r e
in t e r io r ) , es d e c ir, q u e su rja alg o d e c e n te . N o so n sie m p re ig n o r a n ­
tes o in e x p e r to s y a m e n u d o se p u e d e d e c ir lo c o n t r a r io : e llo s h a n
« d e v o r a d o » to d o eso, « la c u ltu r a » y, c o n ella , el « s e r h u m a n o » , y
e stá n a h ito s y c a n sa d o s. N a d ie se s ie n te p u e s m ás a fe c ta d o q u e e llo s
p o r las p a la b ra s de S c h e e r b a r t: « E s tá is m u y c a n sa d o s, p o r q u e n o
c o n c e n trá is to d o s vu estro s p e n sa m ie n to s a lr e d e d o r d e u n p la n s e n c i­
llo y g r a n d io s o » . A l c an sa n cio le sig u e siem p re e l s u e ñ o , y n o es n ad a
ra ro q u e el su e ñ o c o m p e n se la tristeza y d esa lien to d el d ía, y m u estre
rea liza d a esa vid a se n c illa y g r a n d io s a p a r a la c u a l, d u ra n te la v ig ilia ,
n o s fa lta n las fu erza s. A l re sp e cto , la vid a d e l r a tó n M ick ey es u n o de
esos su eñ os de lo s seres h u m a n o s d e n u e stro s d ías. Esa vid a está lle n a
d e p r o d ig io s q u e n o só lo su p e ra n a lo s p r o d ig io s té c n ic o s, sin o q u e,
adem ás, se r íe n de ellos. P u es lo m ás llam ativo es q u e ello s su rg e n sin
m a q u in a ria , im p ro visa d a m en te, desde el c u e rp o m ism o d el r a tó n , de
sus a m ig o s y sus p e rse g u id o res; d esd e lo s m ás c o tid ia n o s d e lo s m u e ­
b les, ig u a l q u e de lo s á rb o les, de las n u b e s o el m a r. L a n atu ra le za y la
té c n ic a , el p r im itiv is m o y el c o n fo r t , se h a n u n id o a q u í ya p o r c o m ­
p le to ; y d ado q u e la g e n te se h a cansado de ese sin fin de c o m p lic a c io ­
n es p r o p ia s d e la v id a c o tid ia n a y p e r c ib e la m eta de la v id a c o m o e l
p u n t o d e fu g a le ja n ís im o de u n a p e rs p e c tiv a i n f in it a d e m e d io s , le
p a rece r e d e n to r a u n a ex isten cia q u e se satisface e n cada m o m e n to de
la m a n era m ás sim p le y m ás s e n c illa y, al m ism o tie m p o , la m ás c o n ­
fo r ta b le ; a q u e lla e n la c u a l u n a u to m ó v il n o 'p e s a u n g r a m o m ás q u e
u n s o m b r e r o d e p a ja , y e n la q u e lo s fr u to s d e lo s á rb o le s se r e d o n ­
d ea n c o n tan ta ra p id e z co m o las b a rq u illa s de lo s g lo b o s . P e ro a h o ra
vam os a ap a rta rn o s, a d ar u n p aso atrás.
N o s h e m o s v u e lto p o b re s. H e m o s id o p e r d id o u n o tras o tro p e d a ­
zos d e la h e r e n c ia de la h u m a n id a d ; a m e n u d o h e m o s te n id o q u e

8 Paul Sch eerbart, Glasarchitektur, B e rlín , 1914-7 p- 125 -


222 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILO SO FÍA DE LA HISTORIA

em p eñ arlo s e n la casa d e p réstam o s p o r la cen tésim a pa rte de su valor,


a cam b io de la cald erilla de lo « a c tu a l» . N o s espera a la p u erta la crisis
e co n ó m ica , y tras ella u n a som b ra, la p ró x im a g u erra . A g u a n ta r h o y se
h a c o n v ertid o e n cosa d e u n o s p o co s p o d e ro so s , q u e D io s sabe q u e n o
son más h u m a n o s q u e la m ayoría; su elen ser m ás b árb aros, p e ro n o e n
la b u e n a fo r m a . Y lo s o tro s tie n e n q u e arreglárselas, u n a vez m ás, c o n
p o c o . R e c u rre n a lo s h o m b res q u e h a n h ech o su causa de lo c o m p leta ­
m en te n uevo y q u e, adem ás, lo basan en el c o n o c im ie n to y la ren u n cia .
E n sus e d ific io s , sus c u a d ro s y sus h isto ria s, la h u m a n id a d se p re p a ra
p a ra so b reviv ir a la c u ltu ra , si es q u e esto le fu e ra n e c e sa rio . Y lo m ás
im p o rta n te es q u e lo hace r ie n d o . Y tal vez esa risa p u e d a so n a r bárbara
e n u n o u o tr o sitio . B u e n o . E l in d iv id u o p u e d e c ed er a veces u n p o c o
d e h u m a n id a d a esa m asa q u e , u n d ía , se la d evo lverá c o n in tereses.

JO HANN JAKO B BACH OFENu

H a y p ro fe cía s c ie n tífic a s. S e ría fá c il d istin g u irla s de las p r e d ic c io n e s


cien tífica s, las cuales, p o r e je m p lo , so n p rev isio n es exactas en el o r d e n
n a tu ra l, o ta m b ié n e n el o r d e n e c o n ó m ic o . L as p r o fe c ía s c ie n tífic a s
m erecerían este n o m b re e n tanto q u e u n se n tim ie n to de las cosas fu tu ­
ras m ás o m e n o s p r o n u n c ia d o in s p ir a d e te rm in a d a s in v e s tig a cio n e s
q u e p q r sí m ism a s e n n a d a se se p a ra n de lo s m a rco s g e n e ra le s d e la
c ien cia . D ich as p ro fe cía s, e n e fe cto , d o r m ita n e n estudios esp ecializa­
dos, ocultas al gran p ú b lico , y la m ayo r parte de sus autores n o so n c o n ­
siderados p recu rsores, n i p o r sí m ism os n i ante la p o sterid ad . R ara vez,
y ta rd e , a lca n za n la g lo r ia , tal c o m o le acab a d e su c e d e r a B a c h o fe n ;
E n to d o caso, estos au tores n o le h a n faltad o a n in g ú n m o v im ie n to
in telectu a l, in c lu id o s ta m b ié n lo s m ás recien tes, q u e p r e fie re n p r o c la ­
m a r sus a fin id a d e s artísticas y lite ra ria s antes q u e h a b la r c o n cla rid a d
d e lo s q u e so n sus p recu rso re s c ie n tífic o s. R e co rd e m o s p o r e je m p lo , a
este r e sp e c to , el s u r g im ie n to d e l e x p r e s io n is m o . E ste se a p re su ró a

I B en jam in n u n ca p u b licó este artículo» que escrib ió en francés en tre fin ales de 1934
y p rin cip io s de 1935 » co n la esperanza de p u b lica rlo e n la Nouvelle Revue Française que
d irig ía J ea n PauUian.

You might also like