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Módulo  I

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE


ESGOTOS SANITÁRIOS

Ricardo Franci Gonçalves


Eng. Civil e sanitarista, D.Ing.
UFES e Fluxo Ambiental Ltda. EPP.
Quantidade de Esgotos

Concepção   do  Sistema:

n Sistema  Combinado;;

n Águas  pluviais;;
n Águas  residuárias.
n Sistema  Separador  
n (Brasil);;
n Águas  residuárias
Quantidade de Esgotos

n Esgoto  doméstico

n Despejos  industriais

n Infiltrações
Quantidade de Esgotos

ØDomicílios
n Esgoto  doméstico
ØComércio
ØInstituições
n Vazão  de  esgoto:
n População  da  área  a tendida;;

n Quota  per  capita  (QPC);;

n Coeficiente  de  retorno  (C);;

n Vazão  máx.  e  mín.:

n Coef.  de  variação  de  vazão  (K).


Quantidade de Esgotos

n Previsão  da  População  da  área  de  projeto

n Qualidade  das  informações;;


n Tamanho  da  área  (Á.  peq.  >  Erros);;
n Período  de  tempo  (T.  longo  >  Erros);;
n Uso  de  Metodologias.
Ø Censos;;
Ø Mapeamento  da  região;;
Ø Ligações  de  água  e  luz;;
Ø Padrão  econômico;;
Ø Plano  e  projetos  de  industriais,  habitacionais,  etc;;
Quantidade de Esgotos

Quota  per  capita  (QPC);;

n Para  Sistemas  de  Abastecimento  de  Água


n Projeto  via  satisfazer:

n Consumo  doméstico;;

n Consumo  comercial;;

n Consumo  de  Indústrias  (processos  sem  água)

n Para  Sistemas  de  Esgotos


n Consumo  efetivo;;

n Não  incluindo   as  perdas.


Quantidade de Esgotos

n Quota  per  capita  (QPC);;

n Hábitos  higiênicos   e  culturais;;


n Sistema  de  medição  do  abastecimento  de  água;;
n Instalações  e  equipamentos  hidráulico-­sanitários;;
n Valor  da  tarifa;;
n Temperatura  média  da  região;;
n Renda  familiar;;
n Índice  de  Industrialização  da  região;;
n Tipo  de  atividade  comercial.
Quota per capita (QPC);

Porte da Faixa população Consumo per capita


comunidade (hab.) (QPC) (l/hab.d)
Povoado rural < 5.000 90 - 140
Vila 5.000 – 10.000 100 – 160
Pequena comunidade 10.000 – 50.000 110 – 180
Cidade média 50.000 – 250.000 120 – 220
Cidade grande > 250.000 150 - 300
Quantidade de Esgotos

Coeficiente  de  retorno  (C);;

n Volume  de  esgotos  recebido  na  rede  coletora  /


Volume  água  efetivo  fornecido  à  população.

n Lavagem  de  carros,  quintais,  calçadas  e  ruas;;

n Rega  de  hortas  e  jardins  públicos  ou  


particulares;;
Quantidade de Esgotos

Coeficiente  de  retorno  (C);;

n Fatores  Locais;;

n Localização  da  residência;;


n Tipo  da  residência  (baixo  ou  alto  padrão)
n Condições  dos  arruamentos  
(pavimentados  ou  não);;
n Tipo  de  Clima;;
Quantidade de Esgotos

Coeficiente  de  retorno  (C);;

n Faixa  de  0,5  a  0,9;;


n NBR  9649  da  ABNT  – 0,8

Autor Local Ano C


A.  Netto SP 1977 0,7  a  0,9
Metcalf  &   EUA 1981 0,7
Eddy
SABESP SP 1990 0.85
Fonte:  P.  Além  Sobrinho  -­ 2000
Quantidade de Esgotos

Coeficiente  de  variação  de  vazão  (K).

n Variação  da  Vazão  de  esgoto  ao  longo  dos  dias


n Horas  do  dia;;

n Meses;;

n Estações  do  ano;;

n Temperatura;;

n Precipitação  atmosférica.
Quantidade de Esgotos

Coeficiente  de  variação  de  vazão  (K).

n K1:  coeficiente  de  máxima  vazão  diária;;


n K2:  coeficiente  de  máxima  vazão  horária;;
n K3:  coeficiente  de  mínima  vazão  horária;;
n NBR  9649:

nK1  =1,2
nK2  =1,5

nK3  =  0,5
Quantidade de Esgotos

Vazão  doméstica:

Qdméd = Pop x QPC x R (l/s)


86400
Qdméd   =  vazão  doméstica  média  de  esgotos  (l/s)
QPC  =  quota  per  capita  (l/hab.d)
R  =  coeficiente  de  retorno  esgoto/água

Vazão  máxima: Qdmáx = K1 x K2 x Qdméd = 1,8 Qdméd

Vazão  mínima: Qdmin = K3 x Qdméd = 0,5 Qdméd


Quantidade de Esgotos

Fonte:  NBR  7229,  ABNT,  REF.  2.2


Quantidade de Esgotos

n Despejos  industriais
n Porte  das  indústrias;;

n Processos;;

n Reciclagem;;

n Pré-­tratamento.

n Estação  de  Tratamento


Quantidade de Esgotos

Despejos  industriais

n Avaliação  das  vazões;;

n Consumo  de  água;;

n Geração  de  despejos.


Quantidade de Esgotos

Despejos  industriais

Avaliação  das  vazões;;


n Consumo  de  água;;

§ Origem  da  Água;;


§ Sist.  de  tratamento  interno;;
§ Vol.  Consumido  (por  intervalo  de  tempo);;
§ Vol.  consumido  em  cada  processo;;
§ Recirculações;;
Quantidade de Esgotos

Despejos  industriais

Avaliação  das  vazões;;


n Geração  de  despejos;;

§ Vazão  Total;;
§ Pontos  e  Regime
§ de  Lançamento;;
Quantidade de Esgotos

Ex: Calcular a vazão p/ o


Ramo Tipo Unidade Consumo
(m³/unid)
processamento de 5.000 l leite
Frutas e legumes
1 ton 4 - 50
por dia. Adotando-­se vazão
em conserva conserva máx= 1,5 vazão méd, e a
Alimentícia Doces 1 ton prod. 5 -25 mínima de 0,5.
Matadouros 1 boi ou 2,5 0,5 – 10 -­ consumo: 7 m³/1.000 l leite
porcos
Laticínios (leite) 1.000 l leite 1 – 10 Qméd = 5,0 m³ leite x 7
Têxtil Lavanderia de lã 1 ton lã 20 – 70
Qméd = 35 m³/d ou 0,4 l/s
Tinturaria 1 ton prod. 20 – 60
Papel Fabricação papel 1 ton prod. 30 –250
Tinta 1 empregado 110 l/d
Indústrias Borracha 1 ton prod. 100 – 150
Qmáx = 1,5 Qméd = 0,6 l/s
Químicas Refinaria petróleo 1 barril 117l 0,2 – 0,4
Laminação 1 ton prod. 8 – 50
Metalúrgicas Ind. Chapa, ferro 1 empregad. 60 l/d Qmín = 0,5 Qméd = 0,2 l/s
e aço

Fonte:  von  Sperling,  Marcos  – Princípio  d o  trat.  b iológico  d e  águas  resid.;;  v.1)
Quantidade de Esgotos

Estabelecimento Unidade Vazão (l/unid.dia)


Aeroporto passageiro 8 – 15
Alojamento residente 80 – 100
Banheiro público usuário 10 – 25
Bar freguês 5 – 15
Cinema/teatro assento 2 – 10
Escritório empregado 30 – 70
Hotel hóspede 100 – 200
Indústria (esg. empregado 50 – 80
Sanitário)
Lanchonete freguês 4 – 20
Restaurante refeição 15 -30

Estabelecimento Unidade Vazão


(l/unid.dia)
Clínica de repouso residente 200 – 450
Escola
- lanchonete, ginásio, chuveiros 50 – 100
- lanchonete, s/ ginásio, chuv. residente 40 – 80
- s/ lanchonete, ginásio, chuv. 20 - 60
Hospital Leito 300 – 1000
usuário 20 - 60
Fonte: von Sperling, Marcos – Princípio do trat. biológico de águas resid.; v.1)
Quantidade de Esgotos

n Infiltrações

n Originadas  do  subsolo;;


n Nível  máx.  do  lençol  frático

n Caminhamento  acidental  ou  clandestino  das  


águas  pluviais;;
n Juntas  das  tubulações;;

n Paredes  das  tubulações;;

n Estrut.  dos  PV,  TIL,  TL,  CP  e  EEE.


Quantidade de Esgotos

Infiltrações
n Quantidade  infiltrada;;
æ Materiais  empregados;;
æ Estado  de  conservação  da  rede;;
æ Correto  Assentamento  das  tubulações;;
n Características  do  solo;;
æ Tipo  de  solo;;
æ Permeabilidade  do  solo;;
æ Nível  do  lençol  freático
Quantidade de Esgotos

Infiltrações

Quantidade  infiltrada;;
n Extensão  da  rede  coletora;;

æ Unidade  (l/s.km);;
æ Depende  das  condições  locais;;
æ NBR  9649  – T.I.=  0,05  a  1,0  l/s.km  
(deve  ser  justificado)
Quantidade de Esgotos

Infiltrações

Autor Local   Ano TI  (l/s.km)


S.  de  Brito Santos  e  Recife 1911 0,1  a  0,6
A.  Netto SP 1943 0,4  a  0,9
SABESP SP 1984 0,05  a  0,5
NBR-­9649 Brasil 1986 0,05  a  1,0
Metcalf  &  Eddy EUA 1981 0,15  a  0,6
Von  Sperling BH 1996 0,3  a  0,5
Fontes:Sobrinho  -­  2000,  Von  Sperling  -­  1995,  vol1
Quantidade de Esgotos

Infiltrações

Qinfil =  L  x  txinfil (l/s)

txinfil  =  variável    (l/s.Km)


L  =  extensão  da  rede  coletora  (Km)
Quantidade de Esgotos

Vazão  de  esgotos:  

Q  méd  = Qdméd + Qinfilt + Qpontual (l/s)

Pop  x  QPC  x  R
86400
L  x  txinfil

-­ Vazão  industrial   (l/s)


-­ Vazão  estabelecimentos  (l/s)
Características  dos  Esgotos

Esgoto Água

99,9%  água  +  0,1%  sólidos esgotos

Sólidos Poluição

Fração  de  sólidos  0,1%  é  composta  de:


Tratamento
-­ sólidos  orgânicos  e  inorgânicos
-­ sólidos  suspensos  e  dissolvidos
-­ microrganismos
Características  dos  Esgotos

Características  dos  esgotos  é  função  dos  usos  à  qual  foi  


submetida,  e  que  variam  com  o  clima,  situação  social  e  
econômica  e  hábitos  da  população.

Físicos
Parâmetros  
de  qualidade: Químicos

Biológicos

Definem  a  qualidade
do  esgoto
UNIDADES  DE  MEDIDAS

Turbidez                                                                              NTU
Cor                                                                                              mgPt/L
pH                                                                                                  0-­14
Sólidos  Sedimentáveis                                  mL/L
Outros  Parâmetros                                              g/L  ou  mg/L
UNIDADES  DE  MEDIDAS

1  kg/m³    =    1  g/L          =    1  mg/mL


1  g/m³        =    1  mg/L    
1  kg                =    1000g  ou  10³g
1  g                    =    1000  mg  ou  103   mg
1  L                    =    1000  mL  ou  103   mL  
CONCENTRAÇÕES  DE  SOLUÇÕES

-­ É  dada  usualmente  em  termos  de  massa  por  volume.

M  
C  =  
V

Pode  ser  expressa  em  g/L,  mg/L  ou  kg/m3

Exemplo:  Qual  a  concentração  da  solução  em  que  se  


dissolvem  20  mg  de  sulfato  de  alumínio  em  1  L  de  água?
Características  dos  Esgotos

1)  Características  físicas dos  esgotos  domésticos:


Parâmetro Descrição
- influência na atividade microbiana
Temperatura - influência na solubilidade dos gases
- influência na viscosidade do líquido
Cor - esgoto fresco: ligeiramente cinza
- esgoto séptico: cinza escuro ou preto
- esgoto fresco: odor oleoso
Odor - esgoto séptico: odor fétido
- despejos industriais: odores característ.
- grande variedade de sólidos em suspensão
Turbidez - esgotos frescos ou concentrados: maior
turbidez
Fonte:  von  Sperling,  Marcos  – Princípio  d o  trat.  b iológico  d e  águas  resid.;;  v.1)
Características  dos  Esgotos

2)  Características  químicas dos  esgotos  domésticos:

Parâmetro Descrição
Sólidos Totais - orgânicos e inorgânicos; suspensos e
- suspensão dissolvidos; sedimentáveis
- dissolvidos

Matéria orgânica - principais componentes: proteínas,


* Determinação indireta carboidratos e lipídios
- DBO
- DQO
- DBO último

* Determinação direta - carbono orgânico total


- COT - Medida direta da M.O

Parâmetro Descrição
Fonte:  von  Sperling,  Marcos  – Princípio  d o  trat.  b iológico  d e  águas  resid.;;  v.1)
Nitrogênio total - nutriente indispensável para o
* Determinação indireta carboidratos e lipídios
- DBO
- DQO
Características  dos  Esgotos
- DBO último

* Determinação direta - carbono orgânico total


- COT - Medida direta da M.O
2)  Características  químicas dos  esgotos  domésticos:
Parâmetro Descrição
Nitrogênio total - nutriente indispensável para o
- nitrogênio orgânico desenvolvimento dos microrganismos no
- amônia tratamento biológico
- nitrito
- nitrato
Fósforo - nutriente indispensável para o tratamento
- fósforo orgânico biológico
- fósforo inorgânico - Fósf. Orgânico: combinado à matéria
orgânica
pH - Indicador características ácidas ou
básicas
Alcalinidade - Indicador da capacidade tampão no meio
Cloretos Fonte: von Sperling, Marcos
- – Água
Princípioabastecimento e dejetos
do trat. biológico de águas resid.; v.1)humanos
Óleos e graxas - Fração M.O solúvel em hexanos
Fonte:  von  Sperling,  Marcos  – Princípio  d o  trat.  b iológico  d e  águas  resid.;;  v.1)
Características  dos  Esgotos
3)  Características  biológicas dos  esgotos  domésticos:
-­ protistas  unicelulares
Bactérias -­ estabilização  matéria  orgânica
-­ algumas  são  patogênicas,  causando  doenças

-­ aeróbios,  multicelulares,  não  fotossintéticos,  heterotr.

Fungos -­ decomposição  matéria  orgânica


-­ podem  crescer  em  condições  de  baixo  pH

-­ unicelulares  s/  parede  celular


-­ aeróbia  ou  facultativa
Protozoários
-­ manutenção  de  equilíbrio  no  tratamento  biológico
-­ alguns  são  patogênicos
Características  dos  Esgotos
3)  Características  biológicas dos  esgotos  domésticos:
-­ parasitas:  material  genético  +  carapaça  de  proteína
vírus -­ causam  doenças
-­ difícil  remoção  no  tratamento  de  água  ou  de  esgoto

-­ animais  superiores
helmintos
-­ ovos  de  helmintos,  podem  causar  doenças

Ovo  helminto
E-­coli Protozoa
Principais parâmetros

ST,  SV,  SF  e  Ssed.


Sólidos
SST,  SSV,  SSF Nitrogênio  
total
Nitrogênio
DBO amônia
Matéria  
orgânica
DQO

Fósforo ortofosfatos
Coliformes  
Contaminação termotolerantes  e  totais
fecal
Ovos  de  helminto
Características  dos  Esgotos

Sólidos
a) Classificação  por  tamanho  e  estado:
-­ sólidos  dissolvidos
-­ sólidos  suspensão

b)  Classificação  pelas  características  químicas:

Sólidos  voláteis  (matéria  orgânica)


Sólidos  totais
Sólidos  fixos  (matéria  inorgânica)
Características  dos  Esgotos

Sólidos

c)  Classificação  pela  decantabilidade


-­ Sólidos  sedimentáveis:  aqueles  que  decantam  no  
período  de  1  hora.  (cone  Imhoff)
-­ Sólidos  não-­sedimentáveis
Características  dos  Esgotos

n Distribuição  dos  sólidos  no  esgoto  bruto:


Fixos
50mg/L
Suspensão
350mg/L Voláteis
300mg/L
Totais
1000mg/L
Fixos
Dissolvidos
400mg/L
650mg/L
Voláteis
250mg/L
Características  dos  Esgotos

Matéria Orgânica
n Substâncias:
-­ compostos  de  proteínas  (  ~  40%);;
-­ carboidratos  (  ~  25  a  50%);;
-­ gorduras  e  óleos  (  ~  10%);;
-­ uréia,  surfactantes,  fenóis,  pesticidas  e  outros.

n Classificação:
-­ forma  e  tamanho;;
-­ biodegradabilidade.
Características  dos  Esgotos
Matéria Orgânica

n Importância  e  problemas  que  causam:

-­ a M.O é responsável pelo consumo, através dos microorganismos


decompositores, do oxigênio dissolvido na água;;

-­ a DBO retrata o teor de M.O nos esgotos ou no corpo d´água


(indicação do potencial do consumo do oxigênio dissolvido);;

-­ a DBO é um parâmetro de fundamental importância na


caracterização do grau de poluição de um corpo d´água.
Características  dos  Esgotos
Matéria Orgânica

n Métodos:  Indiretos
-­ Demanda  Bioquímica  de  Oxigênio  (DBO)
>  5  dias
>  20  ºC  
OD  =  7mg/L OD  =  3mg/L

DBO520C =  4  mg/L
Dia  =  0 Dia  =  5

>  DBO  =  300mg/L DBO  média  de  esgoto  bruto

DBOu/DBO5 =  1,46  
Características  dos  Esgotos
Matéria Orgânica
n Métodos:  Indiretos
-­ Demanda  Química  de  Oxigênio  (DQO)

*  Vantagens:
-­ resultado  rápido;;
-­ indicação  do  oxigênio  requerido;;
-­ não  é  afetado  pela  nitrificação.

*  Limitações:
-­ oxidação  total;;
-­ taxa  de  consumo  de  M.O.    X      tempo;;
-­ constituintes  inorgânicos    =>  interferentes.
Características  dos  Esgotos
Matéria Orgânica

Relação    -­ DQO/DBO5 ~  1,7  a  2,4

n relação    DQO/DBO5 baixa:

-­ fração  biodegradável  elevada;;


-­ provável  indicação  para  tratamento  biológico.

n relação    DQO/DBO5 elevada:

-­ fração  inerte  elevada;;


-­ provável  indicação  para  tratamento  biológico,  
dependendo  da  fração  não  biodegradável.
Características  dos  Esgotos

Relação  entre  os  parâmetros  de  consumo  de  O2

200

150

100

DBO 5 DBOu DQO


Características  dos  Esgotos

n Método:  Diretos
-­ Carbono  Orgânico  Total  (COT)

-­ reduzidas  quantidades   de  M.O.;;


-­ CO2   .
Características  dos  Esgotos
Nitrogênio

n Nitrogênio  molecular  (  N2)


n Nitrogênio  orgânico  
n Amônia  (  livre  -­ NH3 e  ionizada  -­ NH4+)
n Nitrito  (  NO2-­)
n Nitrato  (  NO3-­)
Características  dos  Esgotos
Nitrogênio
n Importância  e  problemas  que  causam:
-­ nitrato está associado a doenças como a metahemoglobinemia (síndrome
do bebê azul);;

-­ crescimento de algas e quando em excesso, pode conduzir a


EUTROFIZAÇÂO;;

-­ nitrogênio na forma de amônia livre é diretamente tóxico aos peixes;;

-­ conversão da amônia a nitrito e deste a nitrato, implica no consumo de


oxigênio dissolvido do meio;;

-­ nitrogênio é indispensável p/ o crescimento dos microrganismos


responsáveis pelo tratamento de esgotos.
Características  dos  Esgotos
Nitrogênio
Condição Forma predominante do nitrogênio
Esgoto bruto - Nitrogênio orgânico
- Amônia  
Poluição recente em curso d'água - Nitrogênio orgânico
- Amônia  
Estágio intermediário da poluição em um curso - Nitrogênio orgânico
d'água - Amônia
- Nitrito (em menores conc.)
- Nitrato  
Poluição remota em curso d'água - Nitrato
Efluente de tratamento sem nitrificação - Amônia
Efluente de tratamento com nitrificação - Nitrato
Efluente de tratamento com - Concentrações reduzidas
nitrificação/desnitrificação de todas as formas
 Fonte: von Sperling, Marcos – Princípio do trat. biológico de águas resid.; v.1)
Características  dos  Esgotos
Nitrogênio

NTK = Amônia + Norg

NT = NTK + NO2- + NO3-

NH4+ NH3

pH
0 8 9,5 11 14
Fonte: von Sperling, Marcos – Princípio do trat. biológico de águas resid.; v.1)
Características  dos  Esgotos
Fósforo

n Ortofosfatos
-­ pH
-­ PO43-­,  HPO42-­,  H2PO4-­,  H3PO4.

n Polifosfatos
-­ hidrólise

n Fósforo  orgânico
Características  dos  Esgotos
Fósforo

n Importância  e  problemas  que  causam:

-­ indispensável para o crescimento de algas e, quando


em elevadas concentrações pode conduzir a
EUTROFIZAÇÂO;;

-­ nutriente essencial para o crescimento dos


microrganismos responsáveis pela estabilização da M.O;;

-­ não apresenta problemas de ordem sanitária nas


águas de abastecimento.
Características  dos  Esgotos
Contaminação
fecal

Estudo  feito  com  organismos   Bactérias  do  grupo  


indicadores  de  contaminação   coliformes.
fecal

Bactérias

Bactérias Intestinais CT
Patogênica Grupo CTermot
coliformes
EF
Contaminação
fecal
Características do grupo Coliformes
n Apresentam-­se  em  grande  quantidade  apenas  
nas  fezes  humanas  e  de  animais  de  sangue  
quente.
n Apresentam  resistência  similar  à  maioria  das  
bactérias  patogênicas  intestinais.  
n As  técnicas  são  rápidas  e  econômicas.
Características  dos  Esgotos

Relações  entre  concentração,  vazão  e  carga  diária  

Carga  (kg/d)  =  população  (hab)  x carga  per  capita  (g/hab.d)   x 10-­3 (g/kg)

Carga  (kg/d)  =  vazão  (m3/d)  x  concentração  (g/m3)  x  10-­3 (g/kg)

Concentração  (g/m3)  =  Carga  (kg/d)  x  10-­3 (g/kg)  :  vazão  (m3/d)  


NORMA ABNT 12.209/2011

Parâmetro Carga  per  capta  (g/hab.d)

DBO5 45  a  60

DQO 90  a  120

SS 45  a  70

N_total 8  a  12

P_total 1,0  a  1,6


Características Microbiológicas

Diretos Indiretos
• Protozoários, • Coliformes  totais,  
• Helmintos, • Coliformes  fecais,
• Bactérias  patogênicas, • E.  coli  ,
• Vírus, • Estreptococos  fecais,
• Outros,
Características Microbiológicas

Esgoto bruto:
Microorganismo Contribuição  per   Concentração  
capta  (org/hab.d) (org/100ml)
Bactérias  totais 1012 – 1013 109 – 1010
Coliformes  totais 109 – 1012 106 – 109
Coliformes  fecais 108  – 1011 105  – 108
Estreptococos  fecais 108 – 109 105 – 106
Cistos  de  protozoários <  106 <  103
Ovos  de  helmintos <  106 <  103
Vírus 105  – 107 102 – 104

Fonte: Adaptado de Von Sperling (1996)


Cryptosporidium  parvum

enterovirus
e-­coli33kb

Entamoeba
Variações Qualititativas
Aspecto Sócio Econômico
Correlação  DBO5  x  Nº  Salários  (RMBH  -­  MG)  

800
DBO5  (mg/l)

600
400

200

0
0 5 10 15 20
Nº  salarios  mínimos

Fonte: Von Sperling (1996)


Variações  horárias

Fonte: Metcalf e Eddy (1991)


Variações Qualititativas
Fonte: Metcalf e Eddy
(1991)
QUALIDADE  DAS  ÁGUAS  E  NORMAS  DE  
LANÇAMENTO  DE  EFLUENTES

Ricardo Franci Gonçalves


Eng. Civil e sanitarista, D.Ing.
UFES e Fluxo Ambiental Ltda. EPP.
Fontes
Fontespoluidoras
poluidoras da água

ü Esgotos domésticos.
ü Esgotos industriais.
ü Resíduos sólidos.
ü Pesticidas, fertilizantes e detergentes.
ü Carreamento de partículas do solo.
ü Percolação do chorume dos depósitos de lixo.
Fontes poluidoras da água
Poluição pontual

Poluição difusa
Técnicas de controle da poluição das águas

æ Implantação de sistemas de coleta e


tratamento de esgotos.
æ Controle de focos de erosão.
æ Recuperação e revitalização de cursos d’água.
æ Controle da retirada de água dos cursos d’água.
æ Controle dos usos e ocupação do solo.
æ Remoção de sedimentos e macrófitas (lagos e
represas).
Foco  das  normas  de  controle

Impactos  gerados  pelo


lançamento  
de  esgoto  
nos  cursos  d´água

Estabelecimento  de  legislações  


adequadas  p/  proteção  
do  meio  ambiente  e  cursos  d´água
Pontos de interesse

Pontos de interesse dos países em desenvolvimento na


implementação de padrões de lançamento de efluentes:

-­ problemas típicos ao estabelecer e implementar os padrões;;

-­ construção do tratamento em etapas e

-­ necessidade do desenvolvimento institucional

Fonte: Von Sperling, M; Chernicharo, C.A L, Urban Water 4 (2002) 105 -114
Qualidade  dos  efluentes  x  Padrões  de  Lançamento

Concentração  
Observada
Concentração  

Concentração
Efluente
Período  de  
efluente

Períodos  de não  conformidade


não  atendimento   Objetivo:  satisfazer
aos  padrões o  padrão
Efluente  final
Padrão Padrão

Tempo Tempo

Países  Desenvolvidos Países  em  Desenvolvimento

Fonte: Von Sperling, M; Chernicharo, C.A L, Urban Water 4 (2002) 105 -114
Concepção  da  implantação  do  tratamento  de  efluentes

Concentração  do
Poluente
Sem  Tratamento
(situação  atual) Grandes  
Violação  aos  padrões investimentos  
concentrado  e  tardio

Padrão

Tratamento  Completo
(Situação  Futura)

Anos

Construção  do  tratamento  em  uma  única  etapa

Fonte: Von Sperling, M; Chernicharo, C.A L, Urban Water 4 (2002) 105 -114
Concepção  da  implantação  do  tratamento  de  efluentes

Tratamento  Intermitente
Concentração  do (situação  temporária)
Poluente Pequena  violação  dos  padrões

Distribuição  com  
menor  esforço

Tratamento  Completo
(Situação  Futura)
Padrão

Anos

Construção  do  tratamento  em  etapas  c/  melhoria  


gradual  da  qualidade  do  efluente

Fonte: Von Sperling, M; Chernicharo, C.A L, Urban Water 4 (2002) 105 -114
Vantagens  da  implantação  gradual

_ Construção em estágios leva a um valor presente menor do que


em um único estágio

_ As medidas de controle de poluentes são mais apropriadas ao


investimento gradual

_  Custo-­benefício  do  1º  estágio  é  mais  favorável  do  que  em  estágios  
subseqüentes

_  Melhoria  da  operação  sem  fazer  necessariamente  expansão  física

_Conhecimento  da  operação  do  sistema  implantado  no  1º  estágio,  


conduzirão  ao  estabelecimento  de  padrões  mais  apropriados.
Parâmetros  físicos-­químicos  e  biológicos  
mais  relevantes  dos  efluentes

Ovos  
DBO DQO
de  Helmintos

Coliforme  
SST
Fecal
ETE

Amônia Nitrogênio   Fósforo


Total Total
Algumas  definições

Corpo d’água: massa de água, subterrânea ou de


superfície existente em lugar determinado, podendo sua
quantidade variar ao longo do tempo;;

Corpo receptor: local de recebimento dos efluentes


tratados de uma fonte poluidora;;

Bacia  hidrográfica:
território  drenado  por  um  curso  d’água  
e  seus  tributários;;
Algumas  definições

Classificação: qualificação das águas doces, salobras e


salinas, com base nos usos preponderantes;;

Enquadramento: estabelecimento do nível de


qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em
um segmento de corpo d’água ao longo do tempo;;
Algumas  definições

Efluentes: toda espécie de


resíduos líquidos gerados por
fonte poluidoras e lançadas
direta ou indiretamente na rede
coletora de esgoto ou corpos
receptores através de
canalizações públicas ou
privadas, bem como por outro
dispositivo de transporte
próprio ou de terceiros;;
Algumas  definições

Padrões de lançamentos de efluentes:


os limites e/ou condições de indicadores específicos e
teores máximos de elementos ou substâncias
potencialmente prejudiciais, exigidos para atender aos
níveis de qualidade;;

Poluição natural:
tipo de poluição não associada à
atividade humana, causada por chuvas
e escoamento superficial, salinização,
decomposição de vegetais e animais
mortos;;
Algumas  definições

Fonte Poluidora: Pessoa Física ou Jurídica,


de direito público ou privado, responsável
direta ou indiretamente por atividade
causadora de degradação da qualidade
ambiental.

Sistema público de esgoto: a coleta, o


tratamento e a disposição final do esgoto
sanitário.
Padrões  de  Qualidade  das  águas  e  normas  de  
lançamento
-­ embasados  por  um  suporte  legal

-­ devem  ser  cumpridos,  por  força  


de  legislação

-­são  função  do  uso  previsto  


p/  a  água

Padrões  de  interesse  da  Engª  Ambiental:


-­ padrões  de  lançamento  no  corpo  receptor;;
-­ padrões  de  qualidade  do  corpo  receptor;;
-­ padrões  de  potabilidade  e Conforme o uso a que
-­ padrões  de  balneabilidade se destina a água
Padrões  de  Qualidade  das  águas  e  normas  de  
lançamento
Padrões de Legislação Federal Outras Legislações
Qualidade
Lançamento de • CONAMA 357/05 - Legislação estadual:
efluentes no corpo Ex: COMDEMA, Sabesp,
receptor Feema, etc.

- Legislação internacional:
Ex: Directiva 91/271/CEE
Qualidade das • CONAMA 357/05 -
águas do corpo
receptor
• Portaria 1469/00 – - Legislação estadual:
Padrões de Ministério da Saúde Ex: Resolução SS 293/96 -
Potabilidade Sabesp
- Legislação internacional:
Ex: Directiva 98/83/CE
Padrões de • CONAMA 274/00 - Legislação internacional:
Balneabilidade Ex: Directiva 76/160/CEE
Lodo de ETE´s • NBR 10.004 – - Legislação internacional:
ETA´s Classificação dos Ex: Directiva 86/278/CEE
Resíduos Sólidos
• Decreto-lei 446/91, 22/11
LEGISLAÇÃO    FEDERAL

CONAMA  n° 357  de  17.03.05.


Capítulo  I -­ definições,   II -­ Classificação  dos  corpos  de  água
(doces,  salinas  e  salobras),  III – Condições  e  padrões  de  qualidade   das
águas  (doces,  salinas  e  salobras),   IV – Condições  e  padrão  de
lançamento  de  efluentes,   V – Diretrizes  ambientais  para
enquadramento  e   VI – Disposições   gerais  e  transitórias  da  Resolução
CONAMA  n° 357  de  17.03.05.
Parâmetro Unidade Padrão  para  Corpo  d`'Agua                     Padrão  de  
Classe Lançamento
1 2 3 4
Cor   uH 30 75 75 -­ -­
Turbidez uT 40 100 100 -­ -­
Sabor  e  odor -­ VA VA VA -­ -­
Temperatura o -­ -­ -­ -­ 40
C
Material  flutuante -­ VA VA VA VA ausentes
Óleos  e  graxas -­ VA VA VA * *
Corantes  artificiais -­ VA VA VA -­ -­
pH -­ 6,0  A  9,0 6,0  A  9,0 6,0  A  9,0 6,0  A  9,0 5,0  A  9,0
DBO5 mg/l 3 5 10 -­ *
DQO mg/l -­ -­ -­ -­ 8
OD mg/l >=6 >=5 >=4 >=2 -­
Sólidos  em  suspensão mg/l -­ -­ -­ -­ *
Coliformes  totais org/100ml 1000 50000 200000 -­ -­
Coliformes  fecais org/100ml 200 1000 4000 -­ -­
Alumínio mgA/l 0,1 0,1 0,1 -­ -­
Amônia  livre mgNH3/l 0,02 0,02 -­ -­ -­
Amônia  total mgN/l -­ -­ 1 -­ 5
Arsênio mgAs/l 0,05 0,05 0,05 -­ 0,5
Bário mgBa/l 1 1 1 -­ 5
Cianetos mgCN/l 0,01 0,01 0,2 -­ 0,2
Chumbo mgPb/l 0,03 0,03 0,05 -­ 0,5
Cloretos mgCl/l 250 250 250 -­ -­
Cloro  residual mgCl/l 0,01 0,01 -­ -­ -­
Cobalto mgCo/l 0,2 0,2 0,2 -­ -­
Estanho mgSn/l 2 2 2 -­ 4
Ferro  solúvel mgFe/l 0,3 0,3 5 -­ 15
Fluoretos mgF/l 1,4 1,4 1,4 -­ 10
Fosfato  total mgP/l 0,025 0,025 0,025 -­ -­
Mercúrio mgHg/l 0,0002 0,0002 0,002 -­ 0,01
Níquel mgNi/l 0,025 0,025 0,025 -­ 2
Nitrato mgN/l 10 10 10 -­ -­
Nitrito mgN/l 1 1 1 -­ -­
Prata mgAg/l 0,01 0,01 0,05 -­ 0,1
Sólidos  dissolvidos   mg/l 500 500 500 -­ -­
totais
Sulfatos mgSo4/l 250 250 250 -­ -­
Resolução CONAMA n 430 – 2011 à Seção III - das Condições e Padrões
para Efluentes de Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários

Art. 21. Para o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de


tratamento de esgotos sanitários deverão ser obedecidas as
seguintes condições e padrões específicos:
I - Condições de lançamento de efluentes:
a) pH entre 5 e 9;
b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura
do corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de
mistura;
c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone
Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de
circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis
deverão estar virtualmente ausentes;
Resolução CONAMA n 430 – 2011 à Seção III - das Condições
e Padrões para Efluentes de Sistemas de Tratamento de
Esgotos Sanitários

d) Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C:


máximo de 120 mg/L, sendo que este limite somente
poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de
tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de
DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo
hídrico que comprove atendimento às metas do
enquadramento do corpo receptor.
e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100
mg/L; e
f) ausência de materiais flutuantes.
Resolução CONAMA n 430 – 2011 à Seção III - das Condições
e Padrões para Efluentes de Sistemas de Tratamento de
Esgotos Sanitários

d) Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C:


máximo de 120 mg/L, sendo que este limite somente
poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de
tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de
DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo
hídrico que comprove atendimentoIMPORTANTE
às metas do
enquadramento do corpo receptor.
e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100
mg/L; e
f) ausência de materiais flutuantes.
Normas  de  lançamento
Resumo  das  principais  legislações

Brasil   Vitória   Rio  Grande   Rio  de   São   Minas  


Parâmetro Unidade
Conama COMDEMA do  Sul Janeiro Paulo Gerais
Cor mgPt/l -­ Ausente Ausente Ausente -­ -­
Odor -­ -­ -­ Livre -­ -­ -­
Óleos  e  
Graxas mg/l 50 20 10 20 100 20
PH -­ 5  a  9 6  a  9 6  a  8 5  a  9 5  a  9 6,5  a  8,5
Efic.  >  90%   Variável  (1)   E  >  90%  
DBO5
mg/l -­ (*) 120  a  20 (*) 60 60
Variável(1)  
DQO mg/l -­ 200 360  a  100 -­ -­ 90

Sólidos  em   Variável(1)   Méd  =60    


suspensão mg/l -­ 100 120  a  40 -­ -­ Máx=  100

Fonte:  CONAMA  357,  COMDEMA  02(1991),  Giordano  (2001)


(*)  ETEs  de  capacidade  maior  que  1000  EH.              (1) Função  do  porte  da  ETE.
Legislações Estaduais / Padrões de lançamento

Legislação DBO5 DQO SS N  total P  total CF


Conc Efic (mg/l) (mg/l) (mg/l) (mg/l) (NMP/
(mg/l) mín 100
(%) ml)
CONAMA  20/86 -­ -­ -­ -­ -­ -­ -­

AL  (1985) 60 -­ 150 -­ -­ -­ -­
GO  (1978) 60 80 -­ -­ -­ -­ -­
MS  (1997) 60 -­ -­ -­ -­ -­ -­
MG  (1986) 60 85 90 60 -­ -­ -­
PB  (1988) 60 80 -­ -­ 10(*) 1(*) -­
RS  (1989) Variáv -­ Variáv Variáv 10 1 3.000
SC  (1981) 60 80 -­ -­ 10(*) 1(*) -­
SP  (1976) 60 80 -­ -­ -­ -­ -­
(*) Para lançamentos em trechos de corpos d’água contribuintes de lagos, lagoas e represas
Normas  de  lançamento
Padrões  microbiológicos  de  balneabilidade  e  corpos  d´água

Categoria    ou  
Local Norma Critério  (*)
Uso  designado
Coliformes  fecais:  250  NMP/100ml
Excelente E.  coli:  200  NMP/100ml
Enterococos:  25  NMP/100ml
Resolução     Coliformes  fecais:  500  NMP/100ml
Brasil CONAMA   Muito  boa E.  coli:  400  NMP/100ml
274  -­  2000 Enterococos:  50  NMP/100ml
Coliformes  fecais:  1000  NMP/100ml
Satisfatória E.  coli:  800  NMP/100ml
Enterococos:  100  NMP/100ml
Recreação   Coliformes  fecais:  200  UFC/100ml
Primária  e   E.  coli:  126  UFC/100ml
Secundária Enterococos:  33  a  35  UFC/100ml
Várias  
Pesca   Coliformes  totais:  70  UFC/100ml
EUA (USEPA,  
(mariscos) Coliformes  fecais:  14  UFC/100ml
2001)
Coliformes  totais:  100  UFC/100ml
Manancial  de  
Coliformes  fecais:  20  UFC/100ml
água  potável
E.  coli:  10  a  50  UFC/100ml
(*) geralmente média geométrica de 80% da amostras
Normas  de  lançamento
Padrões  de  qualidade  microbiológica  de  águas  residuárias
recomendadas  pela  OMS  p/  reúso na  agricultura

Nematelmintos  
Coliformes  fecais  –  
intestinais1  –  
Categoria Condições  de  Reúso média  geométrica  
média  aritmética  
do  NMP/100ml
do  nº  de  ovos
Irrigação  de  culturas  
ingeridas  cruas,  
A <  1  ovo/litro <    1000NMP/100ml
campos  de  esporte  e  
parques  públicos

Irrigação  de  cereais,  


culturas  industriais,   Nenhum  padrão  
B <  1  ovo/litro
forrageiras,  pastagens  e   recomendado
árvores

Irrigação  localizada  de  


cultura  na  categoria  B,  
C quando  agricultor  e   Não  aplicável Não  aplicável
público  em  geral  não  
são  expostos  a  riscos

(1) Espécies Ascaris, Trichuris, Ancilostoma e Necator / Fonte: (Adaptado Felizatto, 2001)
Autodepuração  de  corpos  d´água

Autodepuração  : restabelecimento  do  equilíbrio  no  meio  aquático,  por  


mecanismos  essencialmente  naturais,  após  as  alterações  induzidas.

Objetivos:

-­ utilizar  capacidade  de  assimilação  dos  rios;;

-­ impedir  o  lançamento  de  despejos  acima  do  que  possa  suportar  o  


corpo  d’água.

Determinação: modelagem  matemática    

Perfil obtido para OD no corpo receptor Córrego


Água Fria a partir de Modelo de Streeter-Phelps.
(Efluente Secundário – ETE Água Fria – São
Carlos/SR – 25.000 hab.)
Impactos do lançamento de esgotos
nos corpos d’água
Mistura de poluentes

Cmistura = concentração do poluente no


ponto de mistura (mg/L ou g/m3).
Crio = concentração do poluente no
corpo receptor, imediatamente a
montante do ponto de lançamento do
despejo (mg/L ou g/m3).
Cesgoto = concentração do poluente no
esgoto (mg/L ou g/m3).
Qrio = vazão do corpo receptor (L/s ou
m3/s).
Qesgoto = vazão do esgoto (L/s ou m3/s).
Impactos do lançamento de
esgotos nos corpos d’água

Qual a concentração de DBO no ponto de mistura?


Impactos do lançamento de esgotos nos
corpos d’água
Curva  de  depressão  de  oxigênio  em  
diversas  condições  de  autodepuração
Curva  de  depressão  de  oxigênio  em  
diversas  condições  de  autodepuração
Curva  de  depressão  de  oxigênio  em  
diversas  condições  de  autodepuração
Sistemas DBO (mg/l) DQO (mg/l) SS (mg/l)
100 80 60 40 20 200 150 100 90 60 30
Lagoa facultativa
Lagoa anaeróbia + lagoa facultativa
Lagoa aerada facultativa
Lagoa estabilização + lagoa alta taxa
Lagoa estabilização + remoção alga
Infiltração baixa taxa
Infiltração rápida
Tanque séptico + filtro anaeróbio
Tanque séptico + infiltração
Reator UASB
Reator UASB + lodo ativado
Reator UASB + B.F
Reator UASB + filtro anaeróbio
Reator UASB + filtro biológico percolador
Reator UASB + lagoa maturação
Lodo ativado convencional
Lodo ativado c/ remoção biológica de N
Lodo ativado c/ remoção biológica N/P
Lodo ativado + filtração terciária
Filtro biológico percolador baixa taxa
Filtro biológico percolador alta taxa
Biofiltro aerado submerso
B. F c/ remoção biológica de N
Biodisco

Fonte: von Sperling, M; Chernicharo, C.A L, Urban Water 4 (2002) 105 -114

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