Análise e Mensuração de

Processos -
Exercício

Prof. MSc. Luís Henrique Rodrigues

Um fabricante de batatas fritas produz batatas para distribuição nas
praias do Nordeste, para distribuidores, hotéis e pousadas. O
processo de fabricação é relativamente simples. As batatas, as quais
são entregues uma vez por semana para a fábrica, são inicialmente
lavadas e descascadas. Após uma inspeção visual para garantir que a
casca foi completamente removida, as batatas com cascas são
descartadas e as sem casca são cortadas e imediatamente fritas em
uma grande panela. Após serem fritas, as batatas são inspecionadas
e aquelas que foram queimadas são removidas. As batatas são,
então, salgadas e armazenadas em grandes caixas de papelão. A
fase inicial do processo (Lavar → Salgar) é realizada em dois turnos
de oito horas cada. A etapa de empacotamento é realizada em um
único turno de oito horas, devido à grande capacidade do
equipamento. As batatas fritas são empacotadas nas caixas para
serem entregues. Existem dois tamanhos de caixas, para 24 unidades
de 250 g e 12 unidades de 500 g.
 Cálculo da Capacidade

Etapas Capacidade (kg/h/Recurso) Número de Recursos

Lavar 1.000 1
Descascar 600 2
Inspecionar (1) 800 1
Cortar 1.500 1
Fritar 100 1
Inspecionar (2) 800 1
Salgar 1.500 1
Empacotar (500g) 50 2
Empacotar (250g) 150 1
A demanda semanal é de 7.500 kg de pacotes de 250 g e 2.500 kg de pacotes de
500 g. Considerar produção de 6 dias por semana. Não há perdas no
processo.
 Cálculo da Capacidade

Calcular:
a) Desenhar o fluxograma do processo.
b) A capacidade de produção de cada estágio envolvido na manufatura de
batatas fritas em kg/semana.
c) Identifique o(s) gargalo(s) no processo.
d) Faça recomendação para a eliminação deste(s) gargalo(s).
e) Calcular os estoques intermediários no processo (WIP) considerando-se
o armazenamento como um supermercado de componentes para
montagem (adotar estoque de uma semana de demanda). A logística de
gestão da manufatura é ATO (Assembly To Order), ou seja, a fabricação
da batata frita é push e o empacotamento é pull.
f) Calcular o lead time de todo o processo a partir dos resultados do item e.
 Referências Bibliográficas
[1] DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B. – Fundamentos da
Administração da Produção. Tradução de Eduardo D’Agord Schaan, et al. 3a ed. Porto Alegre:
Editora Bookman, 2001, 598p.
[2] JOHANSSON, Henry J., et al. – Processos de Negócios: Como Criar Sinergia Entre
Estratégia de Mercado e a Excelência Operacional. Tradução de Antônio T. Carneiro. São
Paulo: Editora Pioneira, 1995, 227p.
[3] RODRIGUES, Luís Henrique – Melhores Práticas de Chão de Fábrica – Fluxo de Materiais.
Monografia. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecânica, UNICAMP, 2000.
[4] RODRIGUES, Luís Henrique - Influência da Tecnologia de Grupo e Tempos de Setup na
Flexibilidade do Chão de Fábrica do Sistema de Manufatura. Monografia. Campinas:
Faculdade de Engenharia Mecânica, UNICAMP, 2000.
[5] RODRIGUES, Luís Henrique - Interferência do Índice de Automação no Lead Time e na
Mão-de-Obra Direta em Processos de Fabricação de Fios de Fibras Descontínuas Curtas,
Campinas, Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, 2004,
124 p. Tese de Mestrado.
[6] SLACK, Nigel – Administração da Produção. Tradução de Maria Teresa Corrêa de Oliveira,
2a ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002, 747p.
[7] SLACK, Nigel – Vantagem Competitiva em Manufatura: Atingindo Competitividade nas
Operações Industriais. Tradução de Sônia Maria Corrêa. São Paulo: Editora Atlas, 1993, 198p.