No mito de Eros e Psiqué, a deusa Afrodite representa a sensualidade e desejo enquanto Psiqué simboliza a submissão e ingenuidade. Quando Psiqué desafia a ordem imposta por Eros ao ver seu rosto, ele a abandona causando grande sofrimento. Para reencontrá-lo, Psiqué recorre até mesmo a sua rival Afrodite.
No mito de Eros e Psiqué, a deusa Afrodite representa a sensualidade e desejo enquanto Psiqué simboliza a submissão e ingenuidade. Quando Psiqué desafia a ordem imposta por Eros ao ver seu rosto, ele a abandona causando grande sofrimento. Para reencontrá-lo, Psiqué recorre até mesmo a sua rival Afrodite.
No mito de Eros e Psiqué, a deusa Afrodite representa a sensualidade e desejo enquanto Psiqué simboliza a submissão e ingenuidade. Quando Psiqué desafia a ordem imposta por Eros ao ver seu rosto, ele a abandona causando grande sofrimento. Para reencontrá-lo, Psiqué recorre até mesmo a sua rival Afrodite.
Aspecto: A dualidade (ou conflito) do amor na mulher
No mito de Eros e Psiqué, vemos retratada a dualidade do amor na mulher. De
um lado, temos a deusa Afrodite, que representa a sensualidade, a luxúria e a tirania na relação com o outro. Do outro, a mortal Psiqué, que simboliza a ingenuidade, a docilidade, a submissão. Essas duas mulheres vão entrar em choque. A ira da deusa Afrodite surge ao perceber que Psiqué estava lhe roubando a adoração e a contemplação. Aqui reside o conflito inicial, que aponta para o confronto que existe entre os aspectos distintos da mulher. A realização da sexualidade, por influência de diversas culturas, como a grega e a hebraica, é vista como impureza para a alma. Dominar os próprios prazeres e desejos era visto pela moral grega como uma virtude. Além disso, a mulher era considerada um ser inferior, devendo submissão ao homem. Destoando dessa moral dominante, Afrodite, a deusa do amor, é dotada de plena liberdade de ação e de pensamento, realizando todos os seus desejos sexuais. A atitude inicial de Psiqué, ao aceitar passivamente a “escuridão” imposta por Eros, representa o aspecto dócil e submisso da mulher. Esse estado de coisas só é quebrado quando Psiqué se deixa influenciar por suas irmãs. Sendo convencida do perigo que corria, resolve desvendar o rosto de seu esposo. Sentindo-se traído, Eros cumpre a promessa que fizera e deixa Psiqué. Até esse acontecimento, o amor para o deus Eros possuía apenas bases libidinosas e reprodutivas, afinal seus encontros com Psiqué visavam somente à relação sexual. Contudo, revela-se, nesse momento, um aspecto mais humano do amor, o qual Psiqué simboliza, nas palavras de Brandão: Do ponto de vista da Grande Mãe do amor, a união do feminino com o masculino, como fato natural, não é essencialmente diverso no homem e nos animais; a amante de Eros, porém, transcendeu esse estágio, transformando-o numa psicologia do encontro. Pela vez primeira, o amor individual de Psiqué rebela-se contra o preceito coletivo da embriaguez sensual, encarnado em Afrodite.
Tendo sido abandonada, Psiqué tenta suicidar-se, mas é impedida e passa a
procurar desesperadamente por Eros. A jovem mortal não concebe mais sua vida sem o deus, por isso vai ao encontro de sua rival, Afrodite, como única forma de encontrá-lo. Nesse momento do mito, tem-se o encontro entre a poderosa deusa e a jovem e frágil mortal, e o confronto central entre as duas forças do amor pode se realizar.