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60 - Administracéo Central de Concursos 10. Principios & Sistemas Orcamento Pblico Receita Pablica 6, Divida Ativa 7. SIAFI- Sistema Integrado. 8, Despesa Pitblica 9, Restos a Pagar Sistema de Planejamento de Administrag Os Sistemas de Programacio ¢ Controle Administragio Financeira ¢ Orgamentiria bE ADMINISTRAGAO PUBLICA? ao Piblica de Administragio Financeira 10, Despesas de Exereicios Anteriores 11, Suprimento de Fundos 12, Conta Unica do Tesouro 13, Licitacao Administragio Pablica, em sentido amplo, trata-se de um sistema complexo e 20 mesmo tempo harmo- nioso na relacio entre Grgios c entidades ¢ scus respec: tivos servigos, por meio dos quais o Estado realiza seus fins, gerando e gerindo bens necessérios aos inte- resses da comunidade. Neste contexto, o modelo de administragio pablic chamada de“ aparelho do extensio do poder do soberano, sendo seus servos, servidores, detentores de “stat” dy Nesta forma de administrago nao ha “ente” piblico e privado, Como poder eras sio as possibilidades paraa corrupeio, Aepotismo, clientelismo etc, Hsta é uma das marcas deste modelo. Por outro lado, 0 modelo “Burocritico” advém do modelo cconémico liberal cuja proposta elimina quais _quet participacdes do Estado na economia ao mesmo tempo em que estabelece regras fincadas no pensamentor de Max Weber e seus principios, como por exemplo: profissionalismo, formalismo, hierarquia funcional, impessoalidade, mérito, ou que se convenciona chamar Neste modelo, o objetivo central foio estabelecimento de processos de controle visando a eliminagio dos vici- ¥ Parte dos textos, anilises © formulagéo de concaitos que se ‘seguer foram desenvolvdos a partir do trabalho “Administra ‘go Financeira e Orcamentiria”- jun/02, desenvolido pela As Sodacéo Brasiera de Orgamentos Pblics - ABOP, cuja organi ‘zaglo coube a Paulo Henrique Fei ose cormupgio, nepotismo e clientelismo caracteristicos, do patrimonialismo, Porém, a0 mesmo tempo em que visa proteger o etitio pablico, o modelo burocratico sxcessivo formalismo gerando enormes en- confios ox ineeeses ds cadios Oe istragiio, ¢ em especial a administracio publi- ‘obrigada a um processo permanente de evolu. o em conta uma necessiria adequagio compe- LBs ,exigida por mudangas substanciais da ordem eco- snmica mundial, ocorridas a partir dos iltimos anos do século XX. A evolugio teenolgica vigente a partir dos, anos de 1980, 0 avango dos processos globalizados em. que a informacio cicula em tempo real ¢, 0 erescente nivel de exigéncia da sociedade infere uma necessiria agio modernizante no setor piblico, ou scja,um mode Jodeadministracio com earacteristica gerencial exj foo passa a ser 0 atendimento as necessidades do cidadio com exceléncia de qualidade. Neste periodo, a ordem econdmica mundial impés ao sistema econémieo glo- bal a doutzina da impossibilidade da manutengio de aqvaisquer formas de deficit fiscal eexigiu da administra- io pilblica atitudes para a reduio de custos através da climinagio da partcipagio do Estado na economia co encolhimento do tamanho do aparelho estatal No Brasil, esses ajustes, representados pelo desejo de redugio do tamanho do aparelho do Estado surgi- ram muito antes do ideario voltado 4 administracio gerencial, sendo objeto da Reforma Administrativa de 1967, pelo Decreto-Lei 200/67, artigo 6°. A pro- posta de reforma visava premiar o estabelecimento dos Prinefpios Fundamentais da Administragio Publica Central de Concursos Federal, cuja preocupagio maior voltava-se para are~ dlucio da maquina estatal, simplificagio de procedi- ‘mentos administrativos e ajustes nas despesas originar- as do déficit piblico, Fissas acées deveriam reduzir, de pronto, as despesas do setor piblico incluindo-se nesse horizonte a reorganizacao da presidéncia da Repiiblica € Ministérios. Neste contexto, a administracio piblica, e-em especial, aadministragao publica federal deveria obedecer aos seguintes prineipios: a) Planejamento Planejar é uma acio racional que evolve o estudo ‘o estabelecimento de diretrizes e metas capazes de ori entar a ago governamental no sentido do desenvoh mento de um plano geral de governo coma institui¢ao de programas globais, setoriais ¢ regionais de duracio plurianual, atendendo o cumprimento rigoroso do or gamento-programa anual, o que implica racionalidade nna programacio financeita de desembolsos. b) Coordenacao Coordenar tem a preeipua finalidade de entrosar as ages ¢ atividades administrativas, além de procurar promover ajustes necessérios para reduzir, ¢ se posst vel, evitar duplicidade de atuacio, difusao de recursos, divergéncias de solucdes e demais dificuldades prépt as de qualquer tipo de organizacio, ©) Descentralizacéo A descentralizagio baseia-se na criacio J juridica distinta do Estado e que investida ros poderes de administragio, exerce ca ou asées de utilidade. Tem por finali@ acelerar os trimites administrativos, reduzifos enear- .g08 da administracio publica, jem de 1) Delegacio de competéncias Nesse caso a delegacio de competéncias implica em fazer o gerenciamento administrativo em forma hor zontal ou matricial, ou seja, as autoridades transferem atribuigdes de decisao aos seus subordinados mediante ato priprio que indique com a necesséria clareza e con: veniente precisio a autoridade delegante, a delegada e © objeto da delegacio. e) Controle Esse principio €b: visto tratar-se de mera hierarquia, isto lor controla o inferior, fiscalizando o cumprimento da Lei edas instrugdes, bem como a execugio de suas atribuigdes, além de atos eo rendimento (produtivida: de) de cada servidor. ‘Administracao - 61 O Estado brasileiro, como em varios outros paises, passou por um periodo de discuss2o sobre o seu pa- pele suas formas de atuagio, motivada por razdes eco- snGmicas - fandamentada nas transformacées globais - por razdes politica - devido & emergéncia do conceito de cidadania ¢ 0 surgimento de movimentos sociais, exigindo o atendimento de reivindicagées por melho- res servicos - ¢ também como resposta A crise do Es- tado que se tornou evidente na a década de 80. Desde entio, a administragio piblica passou a ex- perimentar um perfodo de revisio, evidenciada por uma reforma administrativa de seus aparatos estatais, com a intengio de recuperar a poupanga piiblica e suprimira crise fiscal, além de redirecionar formas de interven. alna economia, e implantar um novo modelo n Dlica, chamado gerencial, irecionado para eficiéncia, eficacia e qualidade na pres. tacio de servigos piblicos, Situages de modelos de organizacio estatal,em que prevaleceram, anteriormente, 4 administragio gerencial, rizados pelo controle estatal¢ por serem, em gchal, forgemente centralizados, com predominin- Gige Ganges organizagiies verticalizadas, mercados nente segmentados ¢ auséncia de concorrén- iferentes fases de produgio ena disponibilz servicos. Além disso, confundiam-se, na pratica, as | ,Aingdes de planejamento, regulacio ¢ operacio. Assim, 0 novo modelo de organizacio estatal, por sua vez, propunha nfo apenas uma ampliagio da pre- senga do setor privado, mas também: a) maior deseentralizacdo das decisdes, das funcdes € da implementacio das politicas, ») progressiva introdueio de concorréncia em diferen- tes etapas da cadeia prodativa, 6) flexibilizacio dos mercados, 4) horizontalizagio das estruturas, 6) separagiio, inclusive institucional, da operago, plane- jamento ¢ regulacio dos diferentes mercados. Baseado nos principios da confianga, o modelo exige formas lexiveis de gestio c incentivos criatividade. Além disso, Aavaliacio sistemitica, A ecompensa pelo desem- penho 8 capacitacZo permanente sio acrescentados os, principios da orientacio voltada para cidadio, do con- {role por resultados e da competigio administrada A implantagio de um novo paradigma exige uma mudanca cultural, ¢, é visto como um desafio para as, corganizacdes privadas e, prineipalmente, para as puibli- 62- Administragéo Central de Concursos ‘cas a que requer um primeiro passo na direcao da cria- ‘sao de novos valores, atitudes e crengas. A cultura de pprestar bons servigos esti relacionada ao desenvolvimen- to de mecanismos mais transparentes no atendimento 0 piiblico, assim como a uma circulagio maior de in- formagies ¢ descentralizagio das atividades ¢ decisies. No entanto, uma mudanga de cultura através da in- corporagio de novos valores, nova qualificagio ¢ ma- snutencio de comportamentos s6 se realiza através do ‘tempo, fato esse mal compreendido € aceito tanto no setor piblico como no privado, que agem na crenca de que um proceso de mudanga possa ser realizado ¢ mantido por meio de agdes no curto prazo. Aadministragio gerencial surge na segunda metade do século XX como resposta 4 expansio das fungdes (interrencid) econémicas ¢ sociais do Estado, para tentar tender ao desenvolvimento tecnoligico € 0 erescen- te processo de globalizagio da economia mundial. Sua finalidade tem alicerces na eficiéncia da administragao publica através da teducio de custos ¢ aumento da ‘qualidade dos servicos, tendo como foco principal 0 beneficio do cidadao, premiando eficiéncia, qualidade eo desenvolvimento de uma cultura gerencial A reforma da administeagio publica no Estado bs silciro foi condensada pelo Plano Diretor da Refg ma do Aparelho do Estado, claborado & ww em 1995, destacando-se trés dimens6es: a) A dimensio institucional-legal: teat ce" ay do sistema juridico e das relacdes de propredgeycriando leis e modificando instituigdes com o intuitée garan- tira implantacio e aplicagio de mudangas para maior cficiéncia do aparelho do Estado. b) A dimensio cultural: significa de um lado, sepultar de vez 0 patrimonialismo c, de outro, transitar da cul- tura burocritica paraa gerencial, ©) A dimensio gerencial:aborda a gestdo publica a partir do aperfeigoamento da administracio buroeritica eda introdugio da administracio gerencial,ncluindo os as- pectos de modemizagio da estrutura organizacional e dos métodos de gestio Com relagio a tltima dimensio, sua finalidade fo su- perar o modelo burocritico entio, vigente, bascado na burocracia cidentificado como inadequado cinsuficiente as demandas daquele momento, A necessidade de um ‘modelo de cunho dinimico ¢ com caracteristica gerencial, reflete as insuficiéncias da gestio estatal que passaa convi- ‘ver com um conjunto de novas iniciativas e com um vo- cabulitio diferente que inclui palavras de ordem como cficiéncia,eficécia, produtividade, qualidade total clientes, metas, resultados e parcerias, entre outras, (© modelo gerencial, entio, constitui-se em avancoe representa, até certo ponto, um rompimento com a administragio burocritica. Isso nio significa, porém, que negue todos os seus principios. Na pritica a admi- nistracio gerencial é uma espécie de flexibilizagio do modelo buroctitico, A administracio pablica gerencial apéia-se na burocracia e scus principios fundamentais, como por exemplo: a) admissio utilizando-se rigidos critérios de mérito; }) existéncia de um sistema estatutério ¢ universal de remuneracio; ©) plano de desenvolvimento de carreira; 4) avaliagio e anilise de desempenho; 6) treinamento sistematico etc A administragio pablica chamada getencial é ireciogaga para eficiéncia e qualidade na prestacio de ihjicos, Obviamente, o ritmo dessa reforma ‘oente federado considerado, estado, » Orgio ou ainda, entidades de administracio - O modelo exige uma acio de Estado voltada idado c representa o resgate da esfera piblica como strumento do exercicio da cidadania; de reorientagio |’ dos mecanismos de controle para resultados, o que significa evoluir da légica bascada no controle da lega- lidade eno cumprimento do tito burocritico para abor- dagem centrada no alcance dos objetivos. Nesse con- texto, podem, ainda, ser destacados seus prinefpios norteadores principais: Ain ) agio de Estado voltada ao cidadio: significa o res- gate da esfera piiblica como instrumento do exercicio da cidadania; }) reorientagio dos mecanismos de controle para resulta os: significa evoluir da légica baseada no controle da Jegalidade € no cumprimento do tito butoctitico para ‘uma nova abordagem centrada no aleance dos objetivos; 6) flexibilidade administrativa: mas apenas a essencia- lidade necessatia para o alcance dos resultados ¢ de acordo coma natureza da atividade a ser exercidas ¢) controle social: pressupde desenhar mecanismos de prestacio social de contas e avaliacio de desempenho priximos da aio; ¢

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