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12/03/2018 Empreendedorismo e Liderança: Empreendedorismo e Liderança

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Empreendedorismo e Liderança

quinta-feira, 5 de agosto de 2010 Seguidores

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Empreendedorismo e Liderança
1. INTRODUÇÃO Seguir

Nos últimos anos, no ambiente organizacional se tem Arquivo do blog

observado uma relevante mudança no sistema de administração. Um ▼ 2010 (1)

acelerado aumento do número de aquisições de empresas, fusões e ▼ Agosto (1)


Empreendedorismo e
incorporações têm obrigado os empresários a se preocuparem com Liderança

novas formas de liderar e empreender.

As empresas atuantes no Brasil têm procurado se destacar Quem sou eu

de várias formas em relação as suas concorrentes, fatores como,

liderança e empreendedorismo se tornaram determinantes para o


sucesso do negócio. Gleison Muniz
Para que uma empresa ou departamento venha produzir Visualizar meu perfil completo

resultados o administrador tem um papel fundamental nesse processo. A

liderança e o uso adequado de incentivos para obter motivação são


ferramentas que podem auxiliar na elaboração de metas e resultados

que possam satisfazer a todos da empresa.

Empresas que se destacam, têm em comum uma liderança

que se preocupa com os diversos setores da empresa, com o ambiente


organizacional, com o bem estar de seus colaboradores, com motivação

e a união da equipe por alcançar os objetivos.


O ato de empreendedorismo vem sendo difundido no Brasil

nos últimos anos, com a economia estável o empreendedor pode como

nunca antes atuar em várias áreas distintas.

A globalização, o aumento do nível de instrução por parte dos

empresários, tem favorecido o surgimento de novos empreendimentos

bem sucedidos, nas empresas em que o empreendedor é um líder, estas

se destacam em relação às outras.

A liderança com foco no empreendedorismo acarreta ao


empresário uma vantagem competitiva em relação aos seus

concorrentes. Empresa que se destaca no cenário nacional e de caráter

empreendedor é a Itaú S/A, O senhor Olavo Egydio Setubal é conhecido

por muitos como um líder, um verdadeiro empreendedor e visionário.

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2 OBJETIVO GERAL

2.1 Relacionar a liderança e o empreendedorismo como diferencial na


criação negócio.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar, conceituar e discutir a liderança;

2. Conceituar e discutir o empreendedorismo;

3. Estabelecer e discutir relações entre o empreendedorismo e a

liderança no atual mundo globalizado, utilizando como exemplo

Olavo Egydio Setubal.

3. JUSTIFICATIVA

A falta de conhecimento das técnicas de liderança e

empreendedorismo por parte dos que administram não cabe na


administração globalizada.

Este estudo visa esclarecer a administradores, estudantes,


empresários e interessados de um modo geral, uma visão de como o

empreendedorismo aliado a liderança pode trazer um olhar diferenciado


no âmbito empresarial.
A flexibilidade, a criatividade, a tenacidade e a determinação

são aspectos fundamentais para que as empresas se tornem


competitivas no mercado, pois, a liderança e suas técnicas voltadas para

o crescimento da empresa são considerados diferenciais no mercado.


Esse trabalho foi desenvolvido para quem deseja empreender

com um foco na liderança e assim ter um diferencial em uma área


competitiva do mercado no mundo dos negócios.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 LIDERANÇA

Segundo Robbins (2006, p.371), poucos termos no setor


empresarial despertam tanto debate em torno de sua definição como

liderança. Não há dúvida de que ele é importante.

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Ainda, segundo o autor, uma análise sobre as definições de


liderança constatam que são comuns a todas as noções de que os
líderes são indivíduos que, por suas ações, facilitam o movimento de um

grupo de pessoas rumo a uma meta comum ou compartilhada. Esta


definição sugere que a liderança é um processo de influência.

Para Uris (1972, p 62), liderar envolve algo como prover um


significado ao trabalho que faça com que valha a pena o engajamento

dos indivíduos, que esse significado promove a sensação de pertencer,


mas, sobretudo, conceda a chance de participar, com o seu próprio
trabalho e esforço, seu desenvolvimento pessoal.

Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores.


Algumas pessoas são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são

importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem


existir líderes. O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém

cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança.


Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).

Nas últimas décadas, observou-se uma sistematização de


processos após o termino da segunda guerra mundial, nota-se que o
mundo voltou-se para a reconstrução dos países destruídos. Com isso

houve um aprendizado voltado a manejar objetos e condutas, dinheiro e


tempo, equipamentos e máquinas. Porém, em algum lugar no caminho,

perdeu-se a ênfase sobre a liderança. Esqueceram-se que, embora o


comando seja importante, a liderança é que constrói e mantém as

grandes nações e os grandes povos (BETHEL,1995,P.22).


Todos nós queremos ser inspirados, motivados e
estimulados a fazer o melhor possível. Nós nos
sentimos assim quando somos liderados, não apenas
administrados. Por isso é tão importante distinguir entre
comando e liderança.
Administrar: Trabalhar com e por meio das pessoas e
dos grupos para alcançar objetivos organizacionais.
Liderar: influenciar o comportamento humano seja qual
for o objetivo.
Bethel (1995),

Segundo Araújo (2004, p.253), liderança é o ato de chefiar,

comandar e ou orientar qualquer tipo de ação, gerenciar ou linear idéias.


Porém o tempo mostrou que essa definição merece umas pequenas
correções. Hoje, entendemos que chefiar não implica em liderar. Em
outras palavras, liderança é uma forma de orientar, de fazer com que
outros o sigam, de estar em evidência, de assumir responsabilidades.

Segundo Castilho (1999, p.32), liderança é manejar com decisões


que nem sempre agradam às pessoas, é administrar conflitos de
interesses, é imprimir novas realidades que ferem as rotinas, normas,
procedimentos e condicionamentos. Saber lidar com essas resistências

é um forte sinal de liderança.

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Para Bethel (1995, p.22), liderança é influenciar os outros. Para


diferenciar e ser líderes produtivos precisa influenciar os outros a pensar,
além de seguir as idéias propostas. Deve-se dar um exemplo que os

outros optarão por aceitar ou não, é o segredo para conseguir essa


escolha é a própria essência da liderança.
Segundo Bennis e Nanus (1998, p.76), líderes assumem o
controle, fazem com que as coisas aconteçam, sonham e depois

traduzem esses sonhos em realidade. As pessoas que são


(verdadeiramente) líderes atraem o compromisso voluntário dos
seguidores, os influenciam, e transformam e dotam as empresas com
maior potencial de sobrevivência, crescimento e excelência. Líderes são
conhecidos pelas suas habilidades para solucionar problemas, por

serem capazes de projetar e construir instituições e empresas.


Segundo Castilho (1999, p.81), muitas pessoas desejam
desenvolver habilidades de liderança, porém nem sempre é uma tarefa
fácil. A condição de líder não é fruto de eleição, nomeação ou qualquer

outro atributo do gênero. Não importa a posição, classificação, título,


idade, nacionalidade, raça, cor ou credo. Nada disso qualifica ninguém
para liderar outras pessoas. O direito de conduzir não é uma atribuição,
é uma conquista que pode levar muitos anos para ser alcançada. Para
se tornar um líder admirado e respeitado não se deve concentrar-se em

fazer as pessoas seguirem você, mas em tornar-se o tipo de pessoa que


a maioria queira seguir.
Para Lacombe (2006 p. 201), liderança é a forma de conduzir o
grupo em um objetivo comum. Tradicionalmente a liderança superestima
a importância da contribuição do líder, e supõe que a liderança é

originária das qualidades pessoais do líder. Há várias interpretações do


que é liderança, mas cada uma continua a dar explicações incompletas
e inadequadas. São mais de 130 definições de liderança e mais de cinco
mil estudos sobre suas características, o que torna praticamente

impossível escolher apenas uma como sendo a mais correta.

4.1.1 CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA

Lacombe (2005, p.204), afirma que as características que a


liderança defende é a vontade coletiva; do contrário os lideres não são
capazes de mobilizar os liderados à ação. A variedade dos tipos de

liderança torna difícil estabelecer com precisão o que faz um líder. Ainda
assim Lacombe nos apresenta quatro características:

· O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental


de um estado futuro possível e desejável da organização;

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· O líder deve comunicar a nova visão, saber


comunicar de forma simples e precisa;

· O líder precisa criar confiança por meio do


posicionamento, mostrar coerência, energia, honestidade e
coragem. As pessoas confiam em líderes assim;

· Líderes são aprendizes perpétuos, a aprendizagem


é o combustível essencial para o líder.

Chiavenato (1994, p.23), cita que as características de liderança


podem ser eminentemente sociais. Há pessoas capazes de se
comunicar e que estão dispostas a contribuir com a ação conjunta a fim
de alcançar um objetivo comum. A disposição de contribuir com a ação

significa, sobretudo, esforço em sacrificar o controle da própria conduta


em benefício da cooperação.
Para Dias et al (2003, p.172), muitos acreditam que por ser a
liderança uma questão relevante, as organizações deveriam definir qual
o estilo de liderança que julgam mais eficaz para si. Entretanto, não é

uma questão tão simples, já que se trata de definir algo que está
diretamente relacionado à personalidade de cada pessoa que exerce o
papel de líder. Assim não cabe definir um estilo único, mas sim
compreender cada um dos possíveis estilos e, a partir dessa

compreensão, buscar formas de potencializar os resultados efetivos de


suas práticas no âmbito da organização.
Lacombe (2005, p. 211), concorda que as características de
um líder são:
Confiança em si: nenhum líder ou candidato a tal inspira mais

confiança em seus liderados ou seguidores potenciais do que


a ele mesmo deposita em si e o demonstra;

Crença no que faz: os líderes atraem os seguidores por sua fé


na capacidade das pessoas de se adaptar, crescer e

aprender;
Visão clara de onde quer chegar: a criação e a transmissão
da visão para os seguidores são qualidades indispensáveis
ao líder;
Capacidade de comunicação: o bom líder conhece seus

seguidores, seus valores, costumes, necessidades e desejos


e fala uma linguagem que eles entendem;
Expectativas elevadas e reconhecimento do mérito: os líderes
bem-sucedidos têm níveis elevados de expectativas para si e

para seus seguidores.

4.1.2 PODER NA LIDERANÇA

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Segundo Bateman, e Snell (1998 p. 337), um ponto crucial da


liderança é o poder, a habilidade de influenciar outras pessoas. Nas
organizações, isso muitas vezes significa fazer com que as tarefas
sejam realizadas ou atingir as próprias metas apesar da resistência dos
outros.

Ainda o mesmo autor sugere, para uma abordagem mais antiga e


ainda útil, para entender o poder que os líderes têm cinco fontes
potenciais importantes de poder nas organizações. Conforme a figura 1.

FIGURA 1: Fontes de poder


FONTE: Bateman, Snell. 1998, p 338.

Para Dias et al (2003 p. 173), os aspecto relativos ou poder no


âmbito das organizações estiveram ligados à questão da liderança.
Desta forma quando se assume algum cargo de liderança na
organização, automaticamente leva-se junto à fama de ter o poder.
Considerando esse aspecto, a percepção é que quanto maior for o cargo
de liderança dentro da estrutura hierárquica da empresa, maior também
é a fama de que esse líder possui o poder.
Stevem et al ( 2003, p. 88), usa um modelo interessante para
representar o poder nas organizações. Usa deuses gregos para ilustrar

quatro estilos de liderança:

· Zeus, líder forte e carismático. O poder e influência dos


indivíduos no clube ou gangue, pode se dizer, são
totalmente dependentes de seu relacionamento com o
líder. Um exemplo são as organizações empresariais
jovens, grupos políticos e empresas de serviços

profissionais especializados.

· Apolo, líder altamente estruturado e estável: todos os


membros da organização conhecem suas funções e

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posições em relação ao poder na hierarquia. Tornando a


liderança um ato de fácil aceitação.

· Atena, talentoso, enérgico e ambicioso. Os indivíduos são


reconhecidos e recompensados de acordo com a maneira
como realizam suas tarefas.

· Dionísio, serve principalmente como infra-estrutura para a


existência e satisfação dos interesses de seus membros
individuais.[1]

Dias et al (2003 p. 175), relatam que, apesar de o líder ter a


autoridade formal para influenciar o comportamento das pessoas, esse

controle tem suas limitações. Por essa razão, cabe analisar a questão do
poder quando se busca implantar as estratégias organizacionais até
porque os liderados podem não aceitar passivamente as ordens do
ocupante do cargo ou da função do chefe que é exercido pelo líder.
Ainda segundo Dias (2003, p. 175), o líder pode exercer o poder
por meio das seguintes formas:
O líder pode ser um perito: isso confere ao líder
poder, pois é reconhecido pelos liderados como capaz
de resolver os problemas que estão sob sua
responsabilidade, o que o deixa com mais condição de
influenciar as pessoas;
O líder pode ter o controle de informações:
também é uma forma de poder, já que é o líder quem
divulga as informações mais importantes e é ele,
também, quem decide sobre a disponibilidade ou não
dessas informações aos seus liderados;
O líder pode tirar vantagens do liderado: este é
um tipo de poder meio velado já que é aquele exercido
pelo líder quando pede ao liderado que o forneça em
alguma situação como retribuição a algum favor, feito
por ele, para o liderado no passado;
O líder pode ter influência direta sobre
situações que estão relacionadas ao alcance das
metas / objetivos: é o tipo de poder exercido pelo líder
quando modifica a situação em que as pessoas ou
grupos trabalham, a fim de que as estratégias sejam
implementadas mais facilmente como, por exemplo,
alterar a posição hierárquica de uma pessoa ou grupo,
mudar a estrutura física de pessoas ou grupo que o
apóiam na implantação da estratégia, deixando-os mais
próximos de sua vista;
O líder pode ter carisma: é um tipo de poder
exercido pelo líder quando este possui a capacidade e
influenciar os outros por meio de seu magnetismo
pessoal, entusiasmo e convicções fortemente
estabelecidas.

Para Bateman e Snell (1998 p. 338), os poderes que um líder


exerce sobre seus liderados são:

· O poder legítimo: O líder com o poder legítimo tem o

direito, ou a autoridade, de dizer aos subordinados o que


fazer; os subordinados são obrigados a obedecer às
ordens legítimas;

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· Poder sobre recompensas: O líder que tem poder sobre


recompensas influência os outros porque controla
recompensa valorizada; as pessoas obedecem aos desejos
do líder para receber essas recompensas;

· O poder de coerção: o líder tem o poder de coerção e o


controle sobre as punições; as pessoas obedecem para
evitar essas punições;

· O poder de referência: o líder com poder de referência tem


características pessoais que atraem os outros: as pessoas
obedecem devido à admiração, ao desejo de aprovação, à

estima pessoal, ou à vontade de ser apreciadas pelo líder;

· O poder de competência: o líder com poder de


competência possui certas habilidades ou conhecimentos:
as pessoas obedecem porque acreditam nessas
habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela.

4.1.3 TRAÇOS DE LIDERANÇAS

Para Bateman e Snell (1998 p. 339), Há três abordagens


tradicionais no estudo da liderança: a que enfoca traços, a que enfoca
comportamento e a que focaliza situações.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre

traços de liderança. No final desse período, observou-se que não é


necessário nenhum conjunto particular de características para que a
pessoa se torne líder de sucesso. Em meados da década de 70, surgiu
uma visão mais equilibrada, embora nenhum traço garanta o sucesso da
liderança, certas características são potencialmente úteis. Nos anos 90 a
perspectiva é de que algumas características de personalidade, muitas
das quais não precisam ser inatas, podendo as pessoas lutar para
adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes das outras pessoas
(BATEMAN, SNELL 1998 p.339).

Para Lacombe (2005, p.211), confiança em si, crença no que faz,


visão clara de onde quer chegar, capacidade de comunicação,
expectativa elevada e reconhecimento de mérito são traços que um líder
deve se preocupar em adquirir ou melhorá-los em seu dia a dia. Hoje, já
não se fala em liderança como um traço psicológico, intrínseco a um
indivíduo, que alguns têm sorte de ter e outros não. Na maioria dos livros
sobre psicologia industrial encontra-se uma lista, maior ou menor de
traços de liderança que nos falam, por exemplo, que o líder deve ter
inteligência e bom julgamento, discernimento e imaginação, habilidade

em aceitar responsabilidades, senso de humor, personalidade


equilibrada e senso de justiça.

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Ainda segundo Bateman e Snell (1998 p.339), há cinco traços de


liderança que devem ser notados:
Empenho; o empenho refere-se a um conjunto
de características que refletem um alto nível de
esforço. O empenho inclui alta necessidade de
realização, esforço constante no sentido de melhorar,
ambição, alto nível de energia, tenacidade (persistência
em face de obstáculos) e iniciativa.
Motivação de liderança; grandes líderes não
têm somente empenho; eles querem liderar. Têm alta
necessidade de poder, preferindo as posições dos
líderes às dos seguidores.
Integridade; a integridade é a correspondência
entre ações e palavras. Honestidade e credibilidade,
além de serem em si mesmas características
desejáveis, são especialmente importantes para os
líderes, porque esses traços inspiram a confiança dos
outros.
Autoconfiança; a autoconfiança é importante
por várias razões. O papel de líder é desafiador e as
contrariedades são inevitáveis. A autoconfiança permite
que o líder supere obstáculos, tome decisões apesar
das incertezas e inspire confiança nos outros. Todas
essas qualidades são vitais para a realização da visão
do líder.
Conhecimento do negócio; líderes eficazes
têm alto nível de conhecimento sobre seus setores,
empresas e questões técnicas. Os líderes também têm
inteligência para interpretar amplas qualidades de
informação. Diplomas de curso avançados são úteis
numa carreira, mas em última instância, menos
importante que a expertise adquirida em questões
relevante para a organização.

Robbins (2006 p.374), diz que uma visão completa dos dados nos
leva ao conhecido cenário das vantagens e desvantagens. Seis
características parecem ser constantes na diferenciação dos líderes em
relação às outras pessoas. São elas:

· Ambição, energia,

· Desejo de liderar,

· Honestidade e integridade,

· Autoconfiança, inteligência,

· Conhecimento relevante ao cargo,

· Além disso, surgiu recentemente outra característica, a de


automonitoração, ou seja, altamente flexível para adaptar
seu comportamento a situações diferentes.
As desvantagens: (i) é que as características não fornecem
nenhuma garantia. Algumas características parecem estar associadas
com o sucesso como líder, mas nenhuma delas garante o sucesso, (ii) é
que os dados não indicam com clareza a separação de causa e efeito.
Os lideres é que são autoconfiantes.

Para Tejon (2006 p.125) há sete traços que podem ser


observados na liderança:

· Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades,

· Administrar o presente enquanto cria o futuro;

· Transformar ameaças em oportunidades;

· Criar paixão por resultados;

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· Facilitar o aparecimento de novos líderes;

· Formar equipes integradas e comprometidas;

· Evoluir sempre;
Esses traços são observados em vários líderes que assumem
responsabilidades, além de suas obrigações.

4.1.4 ESTILOS DE LIDERANÇA

Segundo Faria (1997 p. 55), à pelo menos três estilos de


liderança: autoritário, liberal e democrático;
Autoritário: apenas o líder fixa as diretrizes,
sem qualquer participação do grupo o líder determina
as providências as técnicas para a execução das
tarefas, cada uma por vez, na medida em que se
tornam necessárias e de modo imprevisível para o
grupo. O líder determina qual tarefa que cada um deve
executar e qual o seu companheiro de trabalho. O líder
é dominador e é pessoal nos elogios a nas críticas ao
trabalhado da cada membro.
Democrático: as diretrizes são debatidas e
decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.
O próprio grupo esboça as providência e as técnicas
para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico
ao líder quando necessário, passando este a sugerir
duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As
tarefas ganham novas perspectivas com os debates. A
divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e
cada membro tem liberdade de escolher os seus
companheiros de trabalho. O líder procura ser um
membro normal do grupo, em espírito, sem se
encarregar muito das tarefas. O líder é objetivo e limita-
se aos fatos em suas críticas e elogios.
Liberal (laissez-faire): há liberdade completa
para as decisões grupais, com participação mínina do
líder. A participação do líder no debate é limitada,
apresentando apenas material variado ao grupo,
esclarecendo que poderia fornecer informações desde
que as pedissem. Tanto as divisões das tarefas como a
escolha dos companheiros ficam totalmente a cargo do
grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder
não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o
curso dos acontecimentos. O líder somente faz
comentários irregulares sobre as atividades dos
membros quando perguntado.

Para Maximiano (2004 p. 313) a autoridade é um tipo específico


de habilidade. A habilidade no uso da autoridade é outro foco importante
no estudo da liderança. Os termos autocracia e democracia, tirados dos

termos políticos para a administração são empregados para definir duas


formas (ou estilos) de usar a autoridade:

· Autocracia: quanto mais concentrado o poder de decisão


no líder, mais autocrático é o seu comportamento ou estilo.
Muitas formas de comportamento abrangem prerrogativas
de gerência, como as decisões que impedem de participar

ou aceitar, este estilo pode degenerar e tornar-se


patológico, transformando-se no autoritarismo.
Arbitrariedade, despotismo e tirania, que representam
violência contra os liderados.

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· Democracia: quanto mais as decisões forem influenciadas


pelos integrantes do grupo, mais democrático é o
comportamento do líder. Os comportamentos democráticos

envolvem alguma espécie de influência ou participação dos


liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade
por parte do dirigente.
Ainda para Maximiano (2004 p.313), esses estilos de liderança
colocam dois comportamentos – autocracia e democracia – como pontos
opostos de uma escala, conforme a figura a baixo:

FIGURA 2: Estilos de liderança.


FONTE: Maximiano 2004 p.315

Dois autores Tannenbaum e Schmidt desenvolveram a idéia de


uma régua dos estilos de liderança, dentro do qual a autoridade do
gerente e a liberdade dos integrantes da equipe combinam-se. Conforme
a autoridade se concentra no líder, a autoridade do liderado diminui, e
vice-versa, como mostrado na figura a baixo.

FIGURA 3: Modelo de liderança.


FONTE: Tannenbam e Schmidt Citado por Maximiano 2004 p.315.

Segundo Faria (1997 p. 55), há uma forma que devemos cogitar,


é a liderança eficaz, qualidade do líder, estilos de liderança, fatores

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situacionais e características do liderado são apresentado no na figura a

baixo.

Figura 4: Liderança eficaz


Fonte Adaptado de Bateman e Snell 1998 p.339.

4.2 EMPREENDEDORISMO

Dornelas (2001, p.37), define o empreendedor como, “aquele que


detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele,
assumindo riscos calculados”
Segundo Drucker (1987, p.36), o empreendedor “é aquele que
sempre está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo

uma oportunidade”.
Dolabela (2003, p. 38), nos traz outra forma essencial ao
empreendedorismo, a capacidade de transformar a idéia em ação,
quando propõe o conceito de que “é empreendedor, em qualquer área,
alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade”.
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas
acontecerem, pois é dotado de forte sensibilidade para os negócios, tino
financeiro e capacidade de identificar oportunidades que passam
despercebidas para os outros. Com todo esse arsenal transforma idéias
em realidade, para benefício próprio e para o benefício da organização
ou da comunidade. (CHIAVENATO E SAPIRO, 2004, P. 346),
Segundo Bacic e Carpintéro (2003 p.263), que evidencia o
empreendedorismo não sendo uma ação isolada. Deve-se enxergar o
empreendedorismo como resultado de um processo de desenvolvimento
econômico, social e cultural, objetivando cooperação entre
empreendedores e não somente ações empreendedoras isoladas.
Para Araujo (2004 p. 216), o ser empreendedor é marcado pelo
espírito de inovação, e está na busca constante de algo essencialmente
novo; não se satisfazendo em manter seu negócio, quer inovar sempre.

Para tanto, porém, é preciso competência, ou seja, não basta querer


inovar, é preciso agir.

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Ainda para Araujo o empresário deseja a manutenção de seu


negócio, seu lema é administrar de forma à sobreviver, e note que poder
abrir um negócio sem inovar, ou seja, não sendo uma pessoa
empreendedora. Logo abrir um negócio não é sinônimo de
empreendedorismo.
Para Megginson et al (1998, p. 595), o trabalho do empreendedor,
envolve conceber, juntar recursos, organizar e presidir negócios. Apesar
de novos empreendedores começarem pequenos, eles podem acabar
ficando grandes e lucrativos, como o exemplo seguinte:
Cliffs Notes, Inc. começou em 1958, quando Clifiton
Hillegass, então com 40 anos, obteve os direitos de
fazer esquemas de 16 peças de Shakespeare. Como
era comprador e vendedor de textos acadêmicos,
Hillegass hesitou. Porém, depois ele tomou emprestado
US$ 4.000 do banco e começou a imprimir cópias. Sua
esposa datilografou cerca de 1.000 cartas para livrarias
de faculdades em máquinas portátil e nunca mais
olharam para traz. Hoje a Cliffes Notes atinge 80% do
mercado, e Hillegass recusou recentemente uma oferta
de US$ 70 Milhões por sua empresa.

É comum, que ao se falar de empreendedor se pense


imediatamente em inovação, quebra de paradigmas, ou até mesmo
numa pessoa alucinada com idéias mirabolantes. Os próprios estudiosos
tratam a pessoa empreendedora como um ser inovador. Todavia, veja
que o empreendedor é o ser humano que realiza coisas novas e não
necessariamente, aquele que inventa, ou seja, não é necessário que se
construa uma nova organização para ser uma pessoa empreendedora,
basta tornar suas atividades inovadoras, ou melhor, executá-las de
forma jamais vista até o momento (ARAUJO, 2004, P.217).
Para Dolabella (1999, p. 156), uma definição bastante
interessante e detalhada fornecida, diz que a pessoa que empreende é:

· O indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;

· Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações,


assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender,
fabricar, distribuir, seja na forma de fazer propaganda dos
seus produtos e/ ou serviços, agregando novos valores;

· Empregado que introduz inovação em uma organização,


provocando o surgimento de valores adicionais.
Para Ducker (1987, p. 27), nos Estados Unidos, por exemplo, o
empreendedor é freqüentemente definido como aquele que começa o
seu próprio negócio. Na verdade, os cursos de entrepreneurship, são
descendente direto dos cursos sobre como começar o seu próprio
negócio, oferecidos há trinta anos atrás, e, em muitos casos, bastante
semelhante.

4.2.1 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS

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O empreendedor tem como características a iniciativa, autonomia,


autoconfiança, necessidade de realização, perseverança e tenacidade
para vencer obstáculos, capacidade de se dedicar ao trabalho e
concentrar esforços para alcançar resultados com comprometimento no
que acha certo. (DOLABELA, 1999, p. 89).
Segundo Falcão (2008), há pelo menos quatro motivos ou
características para o empreendedorismo:

· Há empreendedorismo por necessidade;

· Empreendedorismo por vocação;

· O empreendedorismo inercial;

· O empreendedorismo pelo conhecimento.

Dolabela (2003, p.32), enfatiza o caráter cíclico e de auto-


desenvolvimento presente no empreendedorismo quando escreve que:
“empreender é essencialmente um processo de
aprendizagem proativa, em que o indivíduo constrói e
reconstrói ciclicamente a sua representação do mundo,
modificando a si mesmo e ao seu sonho de auto-
realização em processo permanente de auto-avaliação
e autocriação”.

Segundo Maximiano (2009, p.65), inovação, riscos e criatividade


são características associadas ao empreendedor, pessoa que está
disposta a aplicar seus recursos em um novo negócio, sem ter garantias
de sucesso ou retorno. Esse era o perfil que os novos colaboradores da
3M deveriam ter, essa empresa era um exemplo de ambiente favorável a
esse tipo de profissional.
Para Denger (2005 p.10), certas características podem ser
observadas em empreendedores de sucesso, são elas:

· A necessidade de realizar, ser empreendedor significa ter,


acima de tudo, a necessidade de realizar coisas novas;

· A disposição para assumir riscos, nem todas as pessoas


têm mesma disposição para assumir riscos. Essa

disposição é um fator de diferenciação dos


empreendedores.
Essas características podem ser observadas na maioria dos
empreendedores.
Segundo Araujo (2004, p.219), para entender melhor o que
significa ser empreendedor, segue algumas características marcantes
que são essenciais:

· Arrojado: define metas desafiadoras, visão clara no longo


prazo e objetivos de curto prazo mensuráveis, é calculista
possui metas claramente definidas e sabe exatamente
onde quer chegar, e como;

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· Autoconfiante: a pessoa empreendedora acredita em si,


fato que faz a pessoa se arriscar mais, ousar, oferecer-se
para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-a mais

empreendedora;

· Busca informação: sempre buscar saber mais e mais, é


preciso saber também filtrar os dados de forma a
transformá-los em informações úteis para o sucesso da
organização;

· Busca oportunidades: a pessoa empreendedora está


sempre buscando novas oportunidades e uma forma de
aproveitá-las;

· Capaz de persuadir: como verdadeiro líder, possui alta


capacidade de influenciar ou persuadir os outros com bons
argumentos, de forma a fazer de seus objetivos os
objetivos comuns;

· Comprometido: é a característica da pessoa


empreendedora estar envolvido de corpo e alma em seus
projetos; para tanto não mede esforços e exerce sacrifícios
pessoais para realização dos projetos.

· Exigente: sendo uma pessoa extremamente exigente


consigo mesma, busca fazer sempre o melhor;

· Inovador: busca realizar suas tarefas de maneira nunca


jamais vista, sendo uma característica marcante essa

busca pelo essencialmente novo;

· Negociador: negociar nos limites não é para qualquer um;

· Otimista: é importante que não se confunda o otimista com


um sonhador; pelo contrário, o otimista é alguém que
acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita
na possibilidade de solução, no potencial de
desenvolvimento;

· Persistente: deve ser capaz de persistir até que os


obstáculos sejam superados e tudo comece a funcionar
adequadamente.
Essas são as características que podem ser determinantes para
se tornar um empreendedor de sucesso ou mesmo um empresário com
a mente voltada para o empreendedorismo.
Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características
dos empreendedores são de pessoas populares do mundo dos
negócios. Fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o
crescimento econômico. Não são simplesmente provedores de
mercadorias ou de serviços, mais fontes de energia que assumem riscos

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inerentes em uma economia em mudanças, transformação e


crescimento.
Segundo o Relatório do SEBRAE (2009), as características dos
empreendedores são complementadas aos atributos presentes:
· Saber aproveitar oportunidades: o empreendedor tem que
estar sempre atento e ser capaz de perceber o momento
certo para dinamizar as oportunidades de negócio que o
mercado oferece;
· Conhecer o mercado: quanto maior for o seu
conhecimento sobre o mercado, maiores serão as suas
chances de êxito na atividade. Se o indivíduo não possui
nenhuma experiência no setor é necessário aprender
através de livros, cursos ou conversando com
empresários;
· Ser organizado: o empreendedor deve ter senso de
organização e capacidade de utilizar recursos humanos,
materiais e financeiros de forma lógica e racional. A
organização leva a execução de um trabalho mais
eficiente, economizando tempo e dinheiro;
· Saber tomar decisões: o empreendedor deve tomar
decisões corretas, para isso, precisa estar bem
informado, analisar friamente as situações, avaliá-las e
assim, ter maiores chances de escolher a solução mais
adequada;
· Liderança: saber definir objetivos, orientar a realização,
combinar métodos e procedimentos práticos, incentivar
pessoas e motivá-las, ter relacionamento equilibrado com
empregados, tudo isso é fundamental para que o
empreendedor atinja o sucesso;
· Ter talento: todas as características relacionadas são
importantes, mas esta é fundamental, pois com ela, o
indivíduo transforma simples idéias em negócios
lucrativos;
· Ser otimista: nunca perder as esperanças é uma
característica forte dos empreendedores de sucesso.

Dornelas (2007, p.13), cita que características dos

empreendedores podem ser tanto corporativo quanto de “start-up”:


Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos
do empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e
na implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se
a empresas já constituídas, de médio e grande porte, através de
treinamentos, palestras, seminários, workshops e consultorias.
Empreendedorismo de start-up – procura trabalhar com potenciais
empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de
desenvolvimento, através de treinamentos, palestras e consultorias
relacionadas ao empreendedorismo, plano de negócios, inovação e
capital de risco.

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4.3 LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO

Para Jordão (2010), o empreendedor precisa atentar para o fato


de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de
qualquer negócio. O ideal é que procure desenvolver habilidades de
liderança caso não seja um líder nato. É necessário que tenha alguém
para conduzir o grupo de onde está até onde precisa estar. Para fazer
com que a equipe faça voluntariamente o que precisa ser feito. Para
extrair o melhor de cada colaborador e com isso conseguir obter os
resultados positivos. Os pequenos empresários costumam cometer
alguns erros na administração de seus negócios, muitos por falta de
liderança, entre eles são:
Não se conhecem suficientemente para saber
as competências que lhes falta para buscar
treinamento ou pessoas com tais capacidades;
Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu
negócio e gastam mais do que podem;
Contratam pessoas que não são adequados às
funções. Não é proibido contratar amigo ou parente,
mas é proibido contratar gente incompetente para a
função;
Adiam decisões que precisam ser tomadas
rapidamente;
Não suprem seus colaboradores e a si mesmos
com os treinamentos necessários. Não têm uma
política de treinamentos e;
Assumem compromissos que não têm
capacidade de cumprir;
Esquecem que os clientes são o maior
patrimônio das empresas. Todos os colaboradores na
organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o
patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao
fracasso.

Segundo Pinheiro (2009), a liderança empreendedora, que produz


inovações e incrementa a transformação do mundo, não conhece
fronteiras. Ela globaliza culturas, valores e moldam novos cidadãos,

capazes de gerar seus próprios aprendizados, de serem seus próprios


líderes e empreendedores. A liderança e o empreendedorismo estão um
nível acima, orbitam o universo das capacidades.
Ainda para Pinheiro a pergunta é, liderança e empreendedorismo
são dons ou habilidades que podem ser desenvolvidas? São habilidades
que podem ser desenvolvidas. Como fazer isso? Uma das mais
poderosas ferramentas para o desenvolvimento de habilidades e de
transformação comportamental da atualidade é a Programação
Neurolinguística. A PNL é uma metodologia que atua diretamente no
SNC, (sistema nervoso central) através da estimulação sensorial, com

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isso ela trabalha as habilidades essenciais: abstração, pensamento


sistêmico, experimentação e colaboração. O que leva seu detentor às
capacidades de: identificar problemas, solucionar problemas e de fazer o
gerenciamento estratégico, de si mesmo e do que empreende. A PNL é
uma ferramenta disponível a todos, mas utilizada por pessoas que são
boas e desejam serem ainda melhores, sempre.
Segundo Ferruccio (2009), líder empreendedor assume riscos
calculados, gosta de trabalhar com pessoas e acompanha as mudanças
tecnológicas que aparecem em uma velocidade estonteante, assim
como desenvolve sua competência técnica para formular conhecimentos
necessários e imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas
que ele terá que tomar diariamente.

Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma


visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve
desempenhar, devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu
comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação
pessoal nesta trajetória. A liderança empreendedora deve ser levada em
consideração para a eficácia das organizações, uma vez que pode ser
um fator que influência na motivação e no comportamento do grupo de
trabalho.
Dornelas (2007,p.85), cita que pesquisas feitas com empresários
de sucesso identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e
que foram responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre
uma destas qualidades, está a importância que os empresários dão ao
empreendedorismo e a liderança, o utilizando não apenas como um
empreendimento mais assumindo responsabilidades do negócio e seus
desafios.
Assumir riscos é uma das maiores qualidades do verdadeiro
empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de
enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de
buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter
autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer
atividade e é preciso aprender a lidar com eles. Liderando e
tomando a iniciativa motivando a equipe e todos envolvidos
no empreendimento;
Identificar oportunidades é ficar atento e perceber, no
momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e
reunir as condições propícias para a realização de um bom
negócio é outra marca importante do empresário bem-
sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações,
pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta;
Conhecimento, organização e independência, quanto maior o
domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior
será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da
experiência prática, de informações obtidas em publicações
especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas"
de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes;
Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de
utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e

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tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na


maioria das vezes, a desorganização principalmente no início
do empreendimento compromete seu funcionamento e seu
desempenho;
Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios
caminhos, ser seu próprio patrão, enfim, buscar a
independência é meta importante na busca do sucesso. O
empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que,
mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos
negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer
seus direitos de cidadão-empresário;
Tomar decisões, o sucesso de um empreendimento, muitas
vezes, está relacionado com a capacidade de decidir
corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que
exige o levantamento de informações, análise fria da situação,
avaliação das alternativas e a escolha da solução mais
adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar
decisões corretas, na hora certa;
Liderança, dinamismo e otimismo, liderar é saber definir
objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos
práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e
favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho,
em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o
homem de negócios faz contatos. Seja com clientes,
fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser
uma qualidade sempre presente;
Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não
perder a capacidade de fazer com que simples idéias se
concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre
dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da rotina é um
de seus lemas preferidos;
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam
o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de
enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar
além e acima das dificuldades;
Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar
métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no
rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas
dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento;
Existe uma importante ação que somente o próprio
empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento:
planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de
cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é
sempre admirado pela sua criatividade e persistência;
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não
basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações
concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples,
porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos
em realidade: o planejamento;
Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas
em estágio de maturidade é creditado ao empreendedor que
planejou corretamente o seu negócio e realizou uma análise
de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-
lo em prática;
Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio
para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores,
bancos, clientes e para seus parceiros, sejam eles
fornecedores ou seus colaboradores;
Tino empresarial: O que muita gente acredita ser um "sexto
sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-
sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a
soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o
empreendedor reúne a maior parte dessas características terá
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grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por


conta própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar
vôos mais altos na conquista do mercado externo deve saber
que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só
respeitam os que se mostram à altura do desafio.

Para Wagner (2006), as figuras do líder e do empreendedor se


confundem, pois, normalmente andam juntas. Mas, se perguntarmos se
o empreendedor é sempre um líder ou se o líder precisa ser
empreendedor, a resposta é: não necessariamente. A seguir, estabeleço
uma série de distinções entre liderança e empreendedorismo.
Entretanto, deve-se ter em mente que as duas qualidades não se
opõem. Aliás, muito pelo contrário, se complementam e o ideal é cultivá-
las em conjunto.
Liderança e empreendedorismo têm a ver com poder.
Entretanto, o poder do empreendedor é fazer, enquanto o do
líder é influenciar. Liderança é a capacidade de influenciar os
outros. Requer cooperação, empatia e respeito. O poder do
líder lhe é concedido e deriva da sua autoridade moral
reconhecida e concedida pelos outros.
Já empreendedorismo é a capacidade de agir sobre
as coisas, inclusive sobre os outros (como objetos da ação).
O empreendedor é empático e seu poder é conquistado pela
acumulação de atributos: força, conhecimento e propriedade.
Liderança e empreendedorismo são qualidades
derivadas de virtudes de caráter mais fundamentais. A
principal virtude do líder é a moderação, enquanto a virtude
maior do empreendedor é a coragem. Tanto o líder quanto o
empreendedor precisam ter uma auto-estima profunda, bem
como elevada transcendência – virtual esquecimento do ego
em função de algo maior– uma causa, uma idéia ou o
coletivo.
Entretanto, a liderança requer uma transcendência
maior do que o empreendedorismo. É comum pensar que o
empreendedor é um egoísta enquanto que o verdadeiro líder
é um altruísta. Porém, um ego forte não está em oposição ao
idealismo. Na verdade, o empreendedor também precisa ter
uma elevada capacidade de transcendência.
Ambos têm um temperamento persistente, mantendo
a motivação por longos períodos de tempo, apesar das
adversidades. Entretanto, o líder é mais sensível ao risco e
age mais no sentido de evitá-lo, além de ser meticuloso. O
empreendedor é mais tolerante ao risco e enfrenta melhor as
situações em que não tem muito controle.
O líder avalia, pondera e busca o consenso para a
ação coletiva e, assim tem menos capacidade de reação do
que o empreendedor, e é mais lento. Com isso, pode perder
oportunidades ou tardar a responder a ameaças imediatas.
Em contrapartida, diante de uma oportunidade ou desafio, o
empreendedor age rápido.
Com isso, comete mais erros e é mais propenso à
ansiedade. Como é rápido também para corrigir erros, pode-
se dizer que, ao longo da vida, o empreendedor aprende mais
do que o líder, o que o faz acumular mais conhecimento.

5 MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de pesquisa bibliográfica, com uso de literatura cientifica


existente e com os seguintes descritos: Empreendedorismo e Liderança.
Foram utilizados para referência, dados em manuais, livros, revistas,
pesquisa em sites especializados entre outros. A pesquisa em livros foi
realizada utilizando acervo de bibliotecas das Faculdades da região

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abertas a pesquisas particulares. Os títulos foram publicados no período


de 1972 a 2010.
Para a execução do trabalho foram utilizados computadores e
programa de edição de texto. O trabalho foi realizado no período de
Novembro de 2009 a junho de 2010.

6 DISCUSSÃO

O empreendedorismo como muitos acham, não é só abrir um


negócio ou empreender algo inovador. E um conjunto de fatores e de
estudo. Podendo incluir a liderança como fator de diferencial, é de
grande ajuda para o crescimento tanto da empresa quanto do individuo
que pretende empreender.
Veremos que um modelo de empresário que conquistou grande
destaque uniu tanto o empreendedorismo quanto a liderança para que
os que o cercava pude se ter a confiança em seu sonho, e assim
transformá-lo em realidade.
Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores.
Algumas pessoas são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são

importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem


existir líderes. O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém
cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança.
Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).
As características de um líder devem ser observadas para que se
possa lapidá-las e assim usá-las de modo mais racional.
Lacombe (2005, p.204), afirma que as características que a
liderança defende é a vontade coletiva; do contrário não são capazes de
mobilizar os liderados à ação. A variedade dos tipos de liderança torna
difícil estabelecer com precisão o que faz um líder.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre
traços de liderança. No final desse período, observou-se que não é
necessário nenhum conjunto particular de características para que a
pessoa se torne líder de sucesso. Em meados da década de 70, surgiu
uma visão mais equilibrada, embora nenhum traço garanta o sucesso da
liderança, certas características são potencialmente úteis. Nos anos 90 a
perspectiva é de que algumas características de personalidade, muitas
das quais não precisam ser inatas, podendo as pessoas lutar para

adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes das outras pessoas


(BATEMAN, SNELL 1998 p.339).

Seguindo a linha Bateman, Snell e Tejon (2006 p.125) cita que há


sete traços que podem ser observados na liderança:

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· Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades;

· Administrar o presente enquanto cria o futuro;

· Transformar ameaças em oportunidades;

· Criar paixão por resultados;

· Facilitar o aparecimento de novos líderes;

· Formar equipes integradas e comprometidas;

· Evoluir sempre.
Esses traços são observados em vários líderes que assumem

responsabilidades, além de suas obrigações.


Características ou traços de liderança é que devemos

desenvolver-se juntarmos a esses fatores o empreendedorismo, o risco


de um projeto ou empreendimento falhar será bem menor.

Para Dornelas (2001, p.37), que define o empreendedor como,


“aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar

sobre ele, assumindo riscos calculados”


Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características

dos empreendedores são de pessoas populares do mundo dos


negócios. Fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o

crescimento econômico. Não são simplesmente provedores de


mercadorias ou de serviços, mais fontes de energia que assumem riscos

inerentes em uma economia em mudanças, transformação e


crescimento.

Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma


visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve

desempenhar, devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu

comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação


pessoal nesta trajetória. A liderança empreendedora deve ser levada em

consideração para a eficácia das organizações, uma vez que pode ser
um fator que influência na motivação e no comportamento do grupo de

trabalho.
Como modelo de empreendedor e líder Segundo o ex presidente

Fernando Henrique Cardoso (2008), que relata: Há muitas maneiras


pelas quais os grandes homens deixam suas marcas na história. Olavo

Setubal deixou-a de forma incomum: a do homem discreto e firme que


tinha tudo para ser um grande engenheiro, foi um grande banqueiro e se

notabilizou por seu compromisso com o Brasil como um país sério e


competente. A isso se dedicou com afinco e exemplaridade. Dele se

poderia dizer que, sendo engenheiro, lançou-se à inovação empresarial.


Buscou a qualidade dos produtos e soube, antes de quase todos, que o

futuro estava na informática.


Ainda segundo Fernando Henrique, como banqueiro, distinguiu

pela argúcia e a seriedade. Quando quase ninguém via as

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oportunidades, antecipava-se e expandia o banco. O legado de Setubal

como homem público iguala o do engenheiro e homem de empresa.


Prefeito de São Paulo de 1975 a 1979, sob o governo Paulo Egydio,

época em que era difícil exercer a independência política e manter a


integridade dos valores, marcou a gestão pela eficiência e pelo respeito

aos colaboradores, aos municípios, orientando suas ações pelo bem


público.

Olavo Egydio Setubal. Paulistano, nascido na outrora tradicional


Maternidade São Paulo a 16 de abril de 1923, Filho do escritor e poeta

Paulo de Oliveira Setubal e de Francisca de Souza Aranha Setubal.


Paulo Setubal (humanista que era) queria que Olavo ingressasse na

faculdade de direito, porém Olavo contrariando o pai entrou na Escola


politécnica da faculdade de São Paulo no curso de engenheiro

mecânico-eletricista.
Olavo Setubal casou-se aos 23 anos com Matilde, conhecida por

dona Tide, com quem teve sete filhos - Paulo Setubal Neto (o mais

velho), Maria Alice (única filha), Olavo Junior, Roberto, José Luís, Alfredo
e Ricardo (o caçula). Dona Tide faleceu em 1977 e, há 28 anos, Setubal

estava casado pela segunda vez, com Daisy Salles, de uma família de
fazendeiros em Santa Rita do Passa Quatro.

Olavão, como era chamado entre os jornalistas que


acompanhavam a sua carreira de banqueiro, empresário e político, era

autêntico. Dizia o que pensava. Mas não de forma abrupta. Ele construía
boas frases de efeito. Como a que proferiu, ao tomar posse no cargo de

prefeito, em 1975: "Gerir São Paulo é a mesma coisa que gerir uma
Suíça e uma Biafra ao mesmo tempo".

Dotado de forte espírito empreendedor, construiu o império Itaú


aos poucos, corrigindo erros e consolidando acertos. Mas foi por acaso

que enveredou pelo caminho empresarial. Desde adolescente, ele queria


ser engenheiro e contrariando a vontade do pai, Olavo Setubal formou-

se na profissão em 1945, pela Escola Politécnica da Universidade de


São Paulo (USP). Logo lhe deram um emprego no Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT), onde trabalhava também o colega de turma Renato


Refinetti. Quando conseguiram juntar o equivalente a US$ 10 mil, ambos

decidiram abrir uma pequena empresa, a Artefatos de Metal Deca Ltda.

Quando cuidava da expansão da Deca, Olavo Setubal foi


procurado por Alfredo Egydio de Souza Aranha, irmão da sua mãe, que

o orientou profissionalmente desde a morte prematura do pai. O tio


convidou-o a dirigir o Banco Federal de Crédito e a Companhia Ítalo-

Brasileira de Seguros Gerais, que deram origem ao Grupo Itaú. O nome


Itaú, uma homenagem à cidade mineira, foi uma escolha dos homens de

marketing por ser de fácil comunicação: forte, marcante e de grafia fácil.

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A trajetória do Banco Itaú, sob o comando de Olavo Setubal, foi


meteórica: num curto período de dez anos, de 1965 a 1975, o pequeno

Banco Federal de Crédito, o 150º no ranking de 200 bancos brasileiros,


fundiu-se com o Sulamericano, de Luiz Moraes Barros; com o Banco da

América, da família Herbert Levy; com o Banco Aliança, do Rio de


Janeiro; o Banco Português do Brasil, de José da Silva Gordo; e o

Banco União Comercial (BUC), dirigido pelo ex-ministro do Planejamento


Roberto Campos.

Graças à compra do BUC, o Banco Itaú saltou para o segundo


lugar no ranking. Em depoimento à Universidade de São Paulo, Setubal

lembrou também que, no meio do processo de fusões e aquisições,


encontrou-se, um dia, numa reunião, com Amador Aguiar, fundador do

Bradesco. "Ele virou-se para mim e disse: ‘Olha Olavo, você vai passar
todos eles, mas a mim não’, comentou, como curiosidade para amenizar

o depoimento.

Política
Enquanto a vida empresarial de Olavo Setubal foi marcada por

surpresas preparadas pelo tio Alfredo Egydio, na vida pública, foi o então
governador de São Paulo Paulo Egydio Martins quem o surpreendeu,

convidando-o, em janeiro de 1975, a ser prefeito de São Paulo. Mas a


carreira política ainda não estava encerrada. Seis ou sete meses depois

de deixar a Prefeitura de São Paulo, Olavo Setubal recebeu a visita, em


sua casa, do então senador Tancredo Neves, que o convidou para ser o

organizador do seu partido político, o Partido Popular (PP), em São


Paulo.

Dessa experiência resultou o convite para ser ministro das


Relações Exteriores, no governo do presidente José Sarney. Ocupou o

cargo por 11 meses no Itamaraty e lançou-se candidato ao governo do


Estado de São Paulo, um sonho acalentado por muito tempo. Mas se

desiludiu logo com o partido e com manifestações de sindicalistas que


depredaram agências do Banco Itaú em protesto contra algumas das

aquisições feitas pelo banco.


Desde 1994, Roberto Egydio Setubal, o quarto de seus sete

filhos, atua como presidente-executivo do Itaú. Até ficar doente e ser

internado, ia todos os dias no prédio-sede do banco, no bairro do


Jabaquara, onde aconselhava seu filho e também almoçava

constantemente com diretores do banco. A rotina só não era cumprida


quando viajava ao exterior. Costumava passar dois meses por ano fora

do país, (ANDRADE 2008, P. 5).


Olavo Setubal manteve sempre a visão de homem que conhecia o

mundo e estava comprometido com o bom desempenho do Brasil. Um


homem público, na acepção plena da palavra. Junto a todas essas

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características, havia também a do ser humano que se encantava com a

boa conversa, que não desprezava os gostos refinados da convivência


amigável e cuja companhia, com a da esposa, tanto Ruth como eu

sentíamos imenso prazer em compartilhar, Fernando Henrique Cardoso


ex presidente da república.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Liderança, definições são muitas para essa palavra. O presente


estudo possibilitou uma visão voltada para o empreendedorismo, para a

mudança de atitude em relação aos liderados e a forma de liderar.


Em se tratando de pessoas, muitas vezes os lideres nato ou

aqueles que se formam líderes, têm a sensibilidade em transferir idéias e


pensamentos para que seus liderados correspondam adequadamente.

Técnicas antigas ou modernas de lideranças são colocadas a prova a


todo o momento, exemplos nos são mostrados e exaltados no meio

empresarial e em revistas e literatura especializada. O que se notou com


esse trabalho é que com esforço e estudo das técnicas de liderança

eficaz pode-se adquirir o conhecimento necessário para que essa função


possa ser desempenhada da melhor maneira.

Com empresas surgindo a todo o momento a liderança acaba se


tornando um ponto crucial no desenvolvimento das empresas, líderes

com responsabilidades com seus liderados e com a empresa são cada

vez mais disputados no mercado atual, fazer com que seus liderados
façam algo por você de forma a contribuir com o crescimento da equipe

e por conseqüência a empresa é o sonho de todos os líderes de hoje,


essa busca passam por fazer com que se acredite que a forma de

liderança é firme e justa e é para o bem, tanto da empresa quanto dos


colaboradores.

Vimos que a liderança não se impõe, se conquista muitos autores


citam o quanto é importante a figura do líder na empresa, o líder passa

confiança, essa confiança traz resultados para o líder. Exemplos como


os de Bill Gates, na Microsoft. A capacidade de fazer negócios de Bill

Gates é algo simplesmente sensacional. Mas não somente isto, Bill


Gates demonstra fortes características de liderança e obstinação. É uma

aula de negócios.
Michel Eisner, da Disney, em sua gestão como presidente-

executivo, entre 1984 e 2005, teve um aumento no faturamento de US$


1,7 bilhão para US$ 30 bilhões anuais. Eisner revitalizou, reinventou e

transformou a Disney no maior império de entretenimento do mundo.

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Comandante Rolim, da TAM, que a partir de um sonho construiu


uma empresa de classe mundial. Em 1960, com 18 anos, ele vendeu

uma lambreta para pagar o curso de piloto e tirar o seu primeiro brevê.
Um grande líder, um exímio estrategista, dentre as várias qualidades a

de visionário era a que mais impressionava.


Estes exemplos servem também para o empreendedorismo,

esses homens bem sucedidos acreditaram em um sonho e buscaram


construí-los. Porém se prepararam para tal, buscaram o conhecimento

necessário para se firmarem em seus segmentos.


Hoje no mercado competitivo onde se há quase todo tipo de

negócio, o empreendedorismo se torna muitas vezes complicado,


pesquisas que são mostradas em sites especializados como o SEBRAE,

mostra que o número de empresas que tem seu encerramento precoce é

imenso, e muitas vezes o despreparo é o ponto determinante, isso não


quer dizer que se o empresário for preparado o sucesso será garantido,

Habilidades que podemos adquirir são recomendadas por muitos


autores, avaliação de riscos, busca por conhecimento, capacidade de

decisão, capacidade realizadora, comprometimento, dedicação,


identificação de oportunidade e liderança. Estas habilidades sendo

trabalhada gera mais segurança e firmeza no empreendedor.


Em se tratando de empreendedorismo vimos que o planejamento

é e sempre será fundamental, desta forma cai o mito da sorte, da


intuição ser mais importante que o planejamento, riscos deliberadamente

que ganhar dinheiro é a principal motivação do empreendedor. Hoje em


se tratando de empreendedorismo uma palavra é fundamental o

planejamento, sem ele a chance de se tornar bem sucedida no


empreendimento e quase mínima.

Modelos de empreendedor não faltam, o exemplo de Olavo


Setulbal aqui descrito é oportuno, pois o mesmo teve coragem e

paciência em juntar um determinado valor, e assim, com um sócio

efetuar a compra de sua primeira empresa a Deca. Mostrou ousadia em


aceitar a direção do Banco Federal de Crédito e a Companhia Ítalo-

Brasileira de Seguros Gerais, que deram origem ao Grupo Itaú. Foi


visionário ao criar a Itautec, uma das primeiras empresas voltada a

informática no Brasil.
Mesmo com todo o sucesso de Olavo Setubal sua vida sempre foi

cercada por planejamento.

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resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004.

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devem ser usados. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.

URIS, Auren. Liderança. São Paulo: Ibrasa, 1972.

[1] O tratamento que se está dando de poder no referente texto é o de uma pessoa,
que possui uma autoridade formal no âmbito da organização sendo ele líder ou
gerente.

Postado por Gleison Muniz às 15:43

4 comentários:

Vladimy David 2 de março de 2018 15:28


muito bom
Responder

Demetrius Alexandre 5 de março de 2018 17:13


Excelente conteúdo.
Responder

Alessandro Barros Barros 7 de março de 2018 17:25


Com estilo próprio e arrojado ele soube dominar os meios de produção e
teve a felicidade de entender que a tecnologia, principalmente aquela
voltada à informação, seria o grande diferencial em um mercado tão
competitivo. Conseguiu reunir e desenvolver características essenciais para
um líder.
Muito bom este trabalho.
Grato.
Responder

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12/03/2018 Empreendedorismo e Liderança: Empreendedorismo e Liderança

miltoncesar araujo 10 de março de 2018 10:43


excepcional como a visão de empreendor eleva pessoas ao apice da
satisfação profissional
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