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EXPRESSÃO GRÁFICA RIGOROSA

Definições e Conceitos
Convenções ou Normalizações

Podemos ter a necessidade de interpretar um desenho técnico (a


planta de uma casa, o desenho de um móvel, etc.) e para isso
conhecer o significado de cada tipo de linha e símbolo utilizados.
Foram, para esse efeito, criadas normas e convenções para que a
comunicação fosse clara e simples entre todos.

Vamos conhecer algumas dessas normas e convenções.

Linguagem Gráfica Convencional


Formatos de Papel
Os formatos de papel que se vendem são normalizados, isto é, têm
medidas específicas e fixas.
Uma das normas mais utilizadas na Europa é o sistema DIN, de
origem alemã.
Os formatos de papel regem-se pelas normas DIN 823, sendo a
série A a mais conhecida.
É dessa norma que provêm as referências A0, A1, A2, A3, A4, etc.
A relação entre as dimensões do papel é proporcional ou seja o
formato do A4 é metade do A3, que por sua vez é metade do A2.
O formato inicial é o A0, cuja superfície equivale aproximadamente
a 1m2.

Linguagem Gráfica Convencional


Formatos de Papel

Medidas dos formatos em mm

A0 - 841 x 1189

A1 - 594 x 841

A2 - 420 x 594

A3 - 297 x 420

A4 - 210 x 297

A5 - 148 x 210

Linguagem Gráfica Convencional


Traçados
Quando se pretende representar diferentes planos, faces, arestas e
vértices de uma figura (indicando se estão à vista ou escondidos,
etc), é muito importante conhecer as normas da espessura e da
natureza dos vários traços utilizados no desenho.

Linguagem Gráfica Convencional


Tipos de Traços

Traço contínuo grosso Traço interrompido


Arestas e contornos visíveis Arestas e contornos não visíveis
Resultados das construções
geométricas

Traço contínuo fino Traço misto fino


Linhas auxiliares e linhas de cota Eixos e traços de planos de simetria
Linhas de centros
Planos de corte

Linguagem Gráfica Convencional


Cotagem
Chama-se cotagem ao conjunto de medidas, signos e linhas que aparecem
nos desenhos e que configuram as dimensões de uma peça.
As medidas são apresentadas em milimetros quando se trata de segmentos
e em graus quando se trata de ângulos.

Na cotagem, faz-se
uso de:
- linhas de referência
ou de chamada;
- linhas de cota;
-números que
representam as
medidas reais (ou
cotas) dos objectos.

Linguagem Gráfica Convencional


Cotagem
 As linhas de referência das cotas e as linhas de cota, são auxiliares e portanto
devem ser muito mais finas;
 As linhas de cota podem ser limitadas por setas, pontos ou pequenos traços
oblíquos;
 A cota é indicada por algarismos que se colocam acima e a meio da linha de cota,
podendo também ser colocada a meio, interrompendo as linhas;
 Deve-se evitar o cruzamento de linhas de cota. Para isso basta colocar as linhas
relativas às maiores dimensões mais afastadas do desenho.

Linguagem Gráfica Convencional


Escalas
As escalas são cálculos de redução ou de ampliação das dimensões
naturais dos volumes ou objectos para que possam ser
representados numa folha de papel sem alterar as suas
proporções.

Linguagem Gráfica Convencional


Tamanho real: escala 1:1,
todas as dimensões do objecto
aparecem com valores reais no
desenho.

Escala de redução: escala 1:3


(por exemplo), todas as
dimensões reais do objecto
aparecem com valores 3 vezes
menores no desenho.

Escala de ampliação: escala


2:1 (por exemplo), todas as
dimensões reais do objecto
aparecem com valores 2 vezes
maiores no desenho.

Convenções ou Normalizações
Cortes
Os cortes permitem-nos ver pormenores do interior do volume ou do
objecto.

O plano de corte representa-se por um traço fino misto e a parte cortada


preenche-se com traços finos contínuos, oblíquos e paralelos

Linguagem Gráfica Convencional


GEOMETRIA

 Chama-se CORPO a qualquer


espaço de matéria.
 VOLUME é o espaço ocupado por
um CORPO.
 O VOLUME tem 3 dimensões:
comprimento, largura e altura.

 Às FACES chamamos
SUPERFÍCIES;
 A superfície tem apenas duas
dimensões – comprimento e
largura.

INTRODUÇÃO
 Às FACES de um corpo
chamamos SUPERFÍCIES;
 A superfície tem apenas
duas dimensões –
comprimento e largura.

A superfície da mesa onde


escrevemos é plana.

Mas as superfícies podem ser


curvas.
 A intersecção ou separação de duas superfícies é uma LINHA.
 A linha resulta de um ponto em movimento.
 A linha tem apenas uma dimensão: o comprimento.
 A intersecção de duas linhas é um ponto.

 Um ponto não tem qualquer dimensão.


GEOMETRIA NO PLANO
LINHA RECTA
 Podemos ver uma linha recta quando esticamos um fio;
 Uma recta é formada por uma sucessão infinita de pontos com a
mesma direcção sem princípio nem fim.. A direcção é definida por
quaisquer dos pontos da recta.
 As rectas designam-se por letras minúsculas (a, b,...r, s, t,...) ou por
duas letras maiúsculas correspondentes aos pontos que definem a sua
direcção.

Linhas
SEGMENTO DE RECTA
 É uma porção de recta compreendida entre dois pontos, o que
permite medir o seu comprimento;
 Designa-se por duas letras maiúsculas (A, B, C, ...) dentro de
um parêntesis recto, cuja notação é [AB];
 Para representar o comprimento do segmento de recta [AB]
utiliza-se a notação AB=……cm.

Linhas
SEMI-RECTA
 É uma recta limitada num sentido e ilimitada no outro ou seja,
com princípio e sem fim;
 Os seus pontos têm sempre a mesma direcção;
 Representa-se por duas letras maiúsculas com a seguinte
notação AB (semi-recta com origem em A e que passa pelo
ponto B – o significa a origem).

Linhas
LINHA QUEBRADA ou POLIGONAL
 É uma linha formada por segmentos
de recta em diferentes sentidos e
no mesmo plano.

LINHA CURVA
 É uma linha que não tem qualquer
porção de recta.

LINHA MISTA
 É uma linha que combina porções
de linhas rectas e curvas.

Linhas
As rectas podem ter, em relação à Terra, várias posições:

1. Linha vertical – é a segue a


direcção de um fio de
prumo.

2. Linha horizontal – é a pode


assentar completamente
sobre água em repouso.

3. Linha oblíqua – é a que não


segue a direcção vertical
nem horizontal.

Linhas
Quanto às posições das linhas rectas entre si podem ser:

1. Linhas paralelas– são


aquelas que conservam
entre si sempre a mesma
distância e nunca se
intersectando por mais que
se prolonguem.

2. Linhas concorrentes–
quando intersectam num
ponto.

Linhas
As linhas concorrentes podem ser:

2a. Linhas perpendiculares–


quando formam entre si
ângulos rectos (90o).

2b. Linhas oblíquas não


perpendiculares– quando
os ângulos por elas formado
são diferentes de 90o.

Linhas
Mediatriz de uma recta ou de um segmento de recta, é uma
recta que passa no ponto médio de um segmento e é
perpendicular a este.

Linhas
ÂNGULOS
É a superfície compreendida entre duas semi-rectas com a
mesma origem.

Amplitude de um ângulo
 Não depende do
comprimento dos seus lados,
mas da maior ou menor
abertura entre eles. Quanto
maior é a abertura maior é o
ângulo;
 Existem várias unidades de
medida, sendo a mais
utilizada o grau.

Ângulos
Ângulo recto
 É o ângulo cuja amplitude é
de 90º (formado por duas
semi-rectas perpendiculares).

Ângulo agudo
 É o ângulo de amplitude
menor que 90o.

Classificação dos ângulos


Ângulo obtuso
 É o ângulo de amplitude
compreendida entre 90o e
180 0.

Ângulo raso
 É o ângulo cuja amplitude é
de 180o.

Ângulo giro
 É o ângulo cuja amplitude é
de 360o.

Classificação dos ângulos


 Dois ângulos são geometricamente iguais se, quando
sobrepostos coincidem ponto por ponto, ou seja, têm a mesma
amplitude.

 Dois ângulos são adjacentes quando têm o mesmo vértice e um


lado comum.

Classificação dos ângulos


Bissectriz de um ângulo
 É a semi-recta, que partindo do vértice, divide o ângulo em 2
partes iguais.

Classificação dos ângulos


Polígonos
 É uma porção de superfície plana limitada por segmentos de recta.
 Os segmentos de recta que limitam um polígono são os seus lados.
 Os pontos onde os lados se encontram são os vértices do polígono.
 Os polígonos têm tantos ângulos e vértices quanto os seus lados.
 A palavra "polígono" advém do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos
(gon).

Classificação dos Polígonos


Perímetro de um polígono
 O perímetro de um polígono é a soma dos comprimentos dos seus
lados

P=AB+BC+CD+DA

Polígonos
Diagonais de um polígono
 Diagonais de um polígono são os segmentos de recta tirados de um
vértice para outro vértice não contíguo.

Polígonos
Os polígonos podem ser:
• Regulares
• Irregulares

Os polígonos
irregulares são
os que não têm
os lados nem os
ângulos iguais.

Os polígonos
regulares são os
que têm os
lados e os
ângulos iguais.

Polígonos
C – centro (ponto que fica equidistante dos vértices e lados).
BC – raio (segmento de recta que une o centro com qualquer vértice).
CA – apótema (perpendicular baixada do centro de um polígono regular
sobre um dos lados).

Polígonos
Os polígonos são designados por nomes especiais, conforme o
número de lados.

Nome do polígono Nº de lados


triângulo 3
quadrilátero 4
pentágono 5
hexágono 6
heptágono 7
octógono 8
eneágono 9
decágono 10

Polígonos
Alguns exemplos encontrados na Natureza.

Polígonos
TRIÂNGULOS
 São polígonos de três ângulos e três lados.
 É o único polígono que não possui diagonais.

Classificação dos Triângulos


Segundo os ângulos os triângulos são:

ACUTÂNGULO
Quando têm
ângulos agudos

OBTUSÂNGULO
Quando têm um
ângulo obtuso

RECTÂNGULO
Quando têm 1
ângulo recto

Classificação dos Triângulos


Segundo os lados os triângulos são:

EQUILÁTEROS
Quando têm os
lados todos
iguais

ISÓSCELES
Quando têm só 2
lados iguais

ESCALENOS
Quando têm os 3
lados desiguais

Classificação dos Triângulos


No triângulo rectângulo chamamos:
• Catetos – aos lados que formam o ângulo recto
• Hipotenusa – ao lado oposto a esse ângulo

Triângulos
• A soma dos três ângulos de um triângulo é sempre igual a 1800

• A área de um triângulo é igual a base x altura


2

Triângulos
Quadriláteros
 São polígonos de quatro lados;
 A soma dos seus ângulos internos é de 360º.

Classificação dos Quadriláteros


Quando os polígonos têm os lados opostos paralelos e iguais
chamam-se paralelogramos tendo consequentemente ângulos
opostos iguais.

Quadriláteros
• Neste paralelogramo os lados opostos são do mesmo
comprimento e nenhum dos ângulos é recto.
• É o paralelogramo propriamente dito.

Quadriláteros
Indica quais dos seguintes polígonos são paralelogramos

Quadriláteros
QUADRADO
• Um quadrado é um quadrilátero (polígono de 4 lados) regular.
• O quadrado é um paralelogramo, pois os seus lados são paralelos dois
a dois.
• O quadrado é um losango, pois os seus lados possuem as mesmas
medidas e as diagonais são perpendiculares.
• O quadrado é um rectângulo, pois seus vértices formam ângulos de
90o e as diagonais possuem as mesmas medidas.

Quadriláteros
RECTÂNGULO
• Um rectângulo é um paralelogramo cujos lados formam ângulos
rectos entre si.
• O comprimento dos seus lados é igual dois a dois.
• Pode-se considerar o quadrado como um caso concreto de um
rectângulo em que todos os seus lados têm o mesmo comprimento.

Quadriláteros
LOSANGO
• Um losango é um quadrilátero cujos lados são de igual comprimento.
• Traçando-se as suas diagonais é possível dividi-lo em quatro
triângulos rectângulos simétricos.
• O losango possui 2 ângulos agudos ( menores que 90º) e 2 ângulos
obtusos ( maiores que 90º) . Os ângulos agudos têm o mesmo valor ,
analogamente os obtusos também.

Quadriláteros
TRAPÉZIO
• O trapézio é um quadrilátero com dois lados paralelos

Quadriláteros
DECOMPOSIÇÃO DE POLÍGONOS
• Qualquer polígono pode ser dividido em triângulos
(triângulação) que são, de todos os polígonos, os mais
simples.
• Traçam-se segmentos de recta a partir de um vértice para os
outros vértices.
Um hexágono pode
dividir-se em 6
triângulos equiláteros.

Quadriláteros
CIRCUNFERÊNCIA
 A circunferência é uma linha curva, plana e fechada, com todos os
seus pontos equidistantes de outro ponto interior denominado
centro.
 Na geometria euclidiana, uma circunferência é o lugar geométrico
de todos os pontos de um plano que estão a uma certa distância,
chamada raio, de um certo ponto, chamado centro.

Circunferência
Na circunferência podemos considerar:

Raio – é o segmento Diâmetro – é o


de recta que une o segmento de recta que
centro com qualquer passa pelo centro e
ponto da une pontos opostos da
circunferência. circunferência.

Circunferência
Arco – é uma Corda – é o
porção qualquer segmento de
da circunferência recta que une
pontos da
circunferência.

Circunferência
Tangente – é a recta que Secante – é a recta que
toca na circunferência corta a circunferência
apenas num ponto de em dois pontos
tangência. chamados pontos de
secância.

Circunferência
Circunferências concêntricas Circunferências excêntricas
são as que têm o mesmo são as que têm centros
centro mas raios diferentes. diferentes.

Circunferência
Circunferências tangentes são as que se tocam num ponto.
Podem ser:

Exteriores Interiores

Circunferência
Circunferências secantes são as que se intersectam em dois
pontos.

Circunferência
CÍRCULO
 É a superfície limitada pela circunferência.

Circunferência Círculo

Círculo
Coroa circular é a porção de Segmento circular é a
um círculo compreendida porção de um círculo
entre 2 circunferências. compreendida entre uma
corda e o arco respectivo.

Círculo
Sector circular é a porção de Zona circular é a porção de
um círculo compreendida um círculo compreendida
entre 2 raios e o arco entre entre 2 cordas paralelas.
eles.

Círculo
POLIEDROS
 São sólidos cujas faces são superfícies planas.
Cubo Pirâmide
é um poliedro regular é um poliedro de faces
limitado por 6 faces que são planas triângulares. A base
quadrados. pode ser um triângulo um
quadrado, etc….dizendo-se
então pirâmide triângular,
quadrangular, etc.
Prisma Paralelipípedo
é um poliedro que tem por é um poliedro limitado por 6
base dois polígonos iguais e paralelogramos paralelos,
cujos lados são iguais e opostos 2 a 2.
paralelogramos.
Diz-se prisma triangular,
quadrangular, etc.
SOLIDOS DE REVOLUÇÃO (não poliedros)

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