You are on page 1of 51

Curso de Iniciação

à Astrologia
Tradicional

Parte 5
O Sistema de Já vimos como os planetas expressam as
suas naturezas e como essa expressão é
Dignidades e "colorida" pelas características do signo
em que se encontram. Vamos agora
Debilidades desenvolver esse conceito.
Essenciais
Quando colocados num mesmo signo, os
planetas apresentam uma tonalidade
comum, que lhes é conferida pelo próprio
signo. Contudo, no mesmo signo, alguns
planetas têm maior facilidade em
expressar-se que outros. Tudo depende do
nível de "conforto" que o planeta desfruta
naquele posicionamento zodiacal.
O Sistema de Assim, existem áreas do Zodíaco em que a
expressão de um planeta é naturalmente
Dignidades e forte e estável, enquanto noutras o
mesmo planeta apresenta dificuldades.
Debilidades Estas áreas são definidas pela própria
Essenciais (2) ordem natural do Zodíaco e das esferas
celestes.
Quando um planeta se encontra num
segmento do Zodíaco no qual a sua
natureza é reforçada diz-se que está
dignificado; quando se encontra numa
área em que a sua expressão é dificultada
diz-se debilitado.
O Sistema de Estes estados de dignidade e debilidade
são denominados essenciais, pois
Dignidades e reforçam ou dificultam a manifestação da
essência dos planetas.
Debilidades
Quando dignificado o planeta adquire mais
Essenciais (3) status no horóscopo e torna-se, em maior
ou menor medida, senhor das suas ações.
Quando debilitado o planeta perde poder
e fica condicionado pelos restantes
planetas.
No sistema de dignidades essenciais
existem cinco estados de dignidade e dois
de debilidade, que estudaremos em
seguida.
As principais dignidades são o trono (ou
As regência) e a exaltação.
Dignidades Quando um planeta tem estes níveis de
dignidade adquire poder e a sua expressão
Maiores torna-se mais marcante.
Em oposição a estas dignidades, existem
as debilidades de exílio e queda.
Se um planeta tiver este nível de
debilidade a sua expressão torna-se fraca e
irregular.
Pela sua importância e pelo poder que
conferem ao planeta, estas dignidades (e
as correspondentes debilidades) são
designadas maiores, fundamentais ou
completas.
A dignidade mais importante é de trono ou
O trono ou regência.
regência Cada signo tem um planeta regente, que
atua como rei e senhor daquele "território".
O regente é a chave através da qual as
características do signo se expressam.
Assim, para além das qualidades primitivas,
dos elementos, dos modos e gêneros, os
signos são também caracterizados pelo seu
planeta regente.
• os signos regidos por Saturno têm uma
O trono ou expressão estruturada e austera, devido à
regência (2) natureza do seu regente;
• os signos regidos por Júpiter partilham
uma atitude entusiasta e fluida;
• os de Marte têm uma ação bélica e
assertiva;
• o signo regido pelo Sol é irradiante;
• os de Vênus expressam-se de forma
harmoniosa e suave;
• os de Mercúrio são multifacetados, e
• o signo da Lua tem uma expressão variável
e flutuante.
O trono ou Quando o planeta regente está no próprio
signo que rege, diz-se que está dignificado.
regência (3) Tal como um rei no seu trono, expressa a
sua natureza no seu melhor, de forma
estável e produtiva.

Por exemplo, se Vênus estiver posicionada


num dos seus signos de regência, Touro ou
Libra, a sua expressão será suave e
agradável, seja no aspecto sensorial e
prático da Terra (Touro) ou no aspecto
social e comunicativo do Ar (Balança).
O trono ou A atribuição de regências baseia-se na
combinação de dois fatores distintos:
regência (4)
• as características sazonais de cada signo
e
Como se • a ordem dos planetas nas esferas
atribuem as celestes (ordem caldaica).
regências Vejamos, então, como estes dois fatores
interagem.
Como já referimos, o Zodíaco tem como
base as quatro estações do ano.
Os signos de Câncer e Leão marcam o auge do
O trono ou Verão.
Como correspondem às épocas mais
regência (5) luminosas, têm como regentes os luminares: o
Sol e a Lua.
• O Sol — o luminar masculino e senhor do dia
Como se — rege Leão, um signo masculino e diurno,
enquanto
atribuem as • a Lua — o luminar feminino e senhora da
noite — rege Câncer, um signo feminino e
regências noturno.
Saturno — o planeta mais distante e escuro —
rege os dois signos de Inverno, Capricórnio e
Aquário.
É-lhe atribuída a regência dos signos
correspondentes à época do ano em que há
menos luz e em que as condições de vida são
mais difíceis. Por ser um símbolo de escassez,
Saturno fica no esquema de regência oposto
aos luminares, símbolos de abundância e vida.
O trono ou Os restantes planetas são distribuídos
pelos signos de acordo com a sua posição
regência (6) nas esferas celestes, ou seja, segundo a
ordem caldaica.
• Júpiter — planeta que se segue a Saturno
Como se na ordem das esferas — rege os dois
atribuem as signos adjacentes, Sagitário e Peixes.
regências • Marte rege os dois signos seguintes,
Áries e Escorpião.
• Vênus rege Touro e Libra, e
• Mercúrio rege Gêmeos e Virgem.
O trono ou Ao contrário do que geralmente se afirma,
as regências não são atribuídas com base
regência (7) em afinidades entre planetas e signos.

Note-se que neste esquema Vênus e


Como se Mercúrio mantêm em relação aos
atribuem as luminares a mesma amplitude de
afastamento que têm em relação ao Sol.
regências
Como Mercúrio não se afasta do Sol mais
que um signo, é-lhe atribuída a regência
dos signos adjacentes aos dos luminares.
Vênus rege os signos seguintes, pois o seu
afastamento máximo do Sol não ultrapassa
dois signos.
O trono ou
regência (8)

Como se
atribuem as
regências

Tronos ou regências planetárias


O trono ou Podemos então observar que o esquema
de regências transporta para o Zodíaco a
regência (9) perfeição das esferas celestes.
A perfeita distribuição dos regentes
planetários gera várias ordens de simetria
Como se e relação entre os planetas, que são
atribuem as essenciais para a compreensão das
regências próprias fundações da Astrologia.
Divide o Zodíaco em signos lunares (de
Aquário a Câncer) e signos solares (de
Leão a Capricórnio).
O trono ou
regência (10)

Como se
atribuem as
regências

Signos solares e signos lunares


O trono ou Também atribui a cada planeta uma
regência diurna, num signo masculino, e
regência (11) uma regência noturna, num signo
feminino. Assim, cada planeta tem uma
expressão extrovertida (diurna, masculina)
Como se e uma expressão introvertida (noturna,
atribuem as feminina). Por exemplo, Vénus tem a sua
regência noturna em Touro, signo feminino
regências e noturno, e a sua regência diurna em
Balança, um signo masculino e diurno.

Os luminares não apresentam esta


duplicidade, pois são eles que definem o
próprio conceito de dia e noite; além disso
podem ser considerados um par.
O trono ou regência (12)
Como se atribuem as regências

Regentes diurnos e noturnos


Júbilo por Em algumas regências a natureza do
planeta é temperada pela natureza do
Signos próprio signo; quando isto acontece, diz-se
que o planeta está em júbilo.
• Júpiter, em planeta masculino e diurno,
tem o seu júbilo em Sagitário, signo
igualmente masculino e diurno.
• Vênus, feminino e noturno, tem júbilo
em Touro, que partilha a mesma
natureza.
• Mercúrio, que é essencialmente Seco,
tem júbilo no signo Frio e Seco de
Virgem.
Júbilo por Esta ação moderadora tanto se manifesta
por reforço (casos anteriores), como por
Signos (2) contraposição (caso dos planetas
maléficos).
• Marte, que é noturno, torna-se mais
construtivo em Escorpião, também
noturno, mas cujas qualidades de Frio e
Úmido temperam a natureza
excessivamente Quente e Seca do
planeta.
• Saturno, sendo diurno, fica mais
equilibrado no signo diurno de Aquário,
onde a sua natureza excessivamente Fria
e Seca é temperada pelas qualidades
Quente e Úmido do signo
Júbilo por
Signos (3)

Signos de júbilo dos planetas


Exílio ou Quando o planeta está no signo oposto ao
da sua regência diz-se que está em exílio
Detrimento ou detrimento.
Este é o estado oposto ao trono.
Nesta situação a expressão do planeta
encontra-se debilitada. A sua atuação
torna-se insegura e pouco direta.
Como tem dificuldade em expressar-se, a
sua natureza é enfraquecida e distorcida.
Quando em exílio, as qualidades naturais
dos planetas transformam-se nos defeitos
correspondentes (que nada mais são afinal
que uma deturpação das qualidades).
Assim:
• a seriedade e cautela de Saturno
transformam-se em melancolia e
Exílio ou avareza;
Detrimento • a generosidade e otimismo de Júpiter
(2) tornam-se esbanjamento e descuido;
• a ousadia e assertividade de Marte
manifestam-se como covardia e
agressividade;
• a natural autoridade do Sol torna-se
arrogante;
• a sensualidade e sociabilidade de Vênus
pendem para a luxúria e a leviandade;
• a curiosidade e engenho de Mercúrio
expressam-se como intriga e trapaça;
• a adaptabilidade da Lua resvala para a
inércia e preguiça.
Exílio ou
Detrimento
(3)

Exílios dos planetas


Exaltação Os regentes de cada signo podem ter em
alguns casos um planeta segundo-em-
comando, que com eles partilha as
funções de governação do "reino".
A este segundo estado de dignidade é
dado o nome de exaltação.
O termo exaltação vem do latim exalto e
significa pôr ao alto, elevar, honrar.
Podemos comparar a exaltação ao cargo
de primeiro-ministro: é um dignitário com
muitas honras e poder, mas cuja atuação
continua a depender da aprovação do rei.
Exaltação (2) Um planeta exaltado encontra-se num
estado de grande força.
Podemos até considerar que expressa a
sua natureza com uma intensidade maior
do que no estado de trono.
No entanto, a expressão de um planeta
exaltado é mais inconstante, passando por
altos e baixos.
Cada planeta tem a sua exaltação apenas
num signo.
Exaltação (3)

Exaltações dos planetas


Exaltação (4) Numa interpretação astrológica considera-
se que um planeta exaltado indica
simultaneamente valor e exuberância.
Se o planeta representar um indivíduo,
sugere alguém respeitado e bem-
intencionado mas com tendência ao
exagero e até à arrogância.
Um objeto representado por um planeta
exaltado estará em bom estado, mas
poderá parecer mais valioso do que na
realidade é.
Alguns autores utilizam para esta
dignidade a designação de honra.
Queda À exaltação corresponde uma debilidade
denominada queda, que ocorre no signo
oposto.
Tal como na situação de exílio, um planeta
em queda tem dificuldade em expressar a
sua natureza.
Na queda essa dificuldade é caracterizada
por instabilidade na expressão. O planeta
torna-se "trapalhão", a sua ação é
desadequada, fora de contexto.
Alguns autores utilizam para esta
debilidade as designações de depressão ou
vergonha.
Queda (2)

Quedas dos planetas


Como se Mais uma vez, a explicação das posições
de exaltação tem como base um
atribuem as pensamento "agrícola", baseado na
dinâmica da natureza.
exaltações e
A exaltação está ligada ao nível de
quedas dos fertilidade do planeta e à sua afinidade
planetas com uma determinada estação do ano.
O Sol tem exaltação em Áries, pois quando
entra neste signo inicia-se a Primavera, os
dias tornam-se maiores e o calor aumenta.
Além disso, a sua natureza Quente e Seca
é idêntica à de Áries e à de Marte, seu
regente. A sua queda dá-se em Balança,
signo que marca a diminuição de luz e a
entrada do Outono.
A Lua exalta-se no Touro, signo feminino e
primaveril, adjacente a Áries, signo de
exaltação do Sol. Qual rainha dos céus, fica
Como se posicionada ao lado do seu rei. Além disso,
atribuem as se o Sol estivesse em Carneiro, a Lua ao
sair dos seus raios seria visível pela
exaltações e primeira vez em Touro. Escorpião, oposto a
quedas dos Touro, é o signo da sua queda.
Saturno tem a sua exaltação em Balança,
planetas (2) signo oposto à exaltação do Sol, mantendo
assim em relação ao astro-rei a mesma
posição que tem nas regências. Libra
marca o início do Outono, estação em que
o frio começa a aumentar e os dias a
diminuir; torna-se assim o signo ideal para
a exaltação do planeta mais Frio, Saturno.
Pela mesma ordem de ideias, a sua queda
é em Áries, o primeiro signo da Primavera.
Júpiter, planeta da fertilidade e abundância,
Como se tem a sua exaltação em Câncer, signo do Verão
e do amadurecimento das colheitas. A sua
atribuem as queda dá-se em Capricórnio.
exaltações e Marte tem a sua exaltação em Capricórnio
onde o seu calor extremo fica temperado pela
quedas dos frieza do Inverno. A sua queda ocorre em
Câncer.
planetas (3) Vênus, planeta feminino e Úmido, exalta-se em
Peixes, signo de umidade, que prepara a
fertilidade da Primavera. A sua queda dá-se em
Virgem, signo em que marca a passagem para o
Outono e o domínio do Seco.
Mercúrio, de natureza Seca, tem exaltação em
Virgem, signo Frio e Seco (do qual também é
regente), e queda em Peixes, signo Frio e
Úmido.
Os autores da tradição assinalam também
Os graus de graus específicos para a exaltação dos planetas.
exaltação Assim, o Sol teria a sua exaltação no grau 19 de
Áries, a Lua no grau 3 de Touro, Júpiter no grau
15 de Câncer, Mercúrio no grau 15 de Virgem,
Saturno no grau 21 de Balança, Marte no grau
28 de Capricórnio e Vênus no grau 27 de
Peixes. A queda ocorre no mesmo grau do
signo oposto.
Em termos práticos, a exaltação é considerada
em toda a extensão do signo. Estes graus
parecem indicar apenas os pontos de maior
força. Alguns investigadores pensam tratar-se
de posicionamentos simbólicos ou o que resta
de um sistema de posicionamentos
astronômicos de grande importância para os
antigos.
Dignidades O trono, a exaltação, o exílio e a queda são
as dignidades e debilidades fundamentais
Secundárias (também chamadas "completas") do
sistema astrológico.
É possível fazer a interpretação básica de
um horóscopo contando apenas com estes
quatro fatores de pesagem.
No entanto, o sistema de debilidades é
mais complexo.
Para além da regência e exaltação existem
ainda mais três níveis de dignidade:
a triplicidade, o termo e a face.
Estas dignidades adicionais para além de
terem aplicações técnicas específicas
permitem uma melhor avaliação do
Dignidades potencial de expressão de cada planeta
nos vários graus do Zodíaco.
Secundárias
Utilizando o sistema completo podemos
(2) compreender como, em determinados
horóscopos, planetas aparentemente
debilitados conseguem ter uma expressão
mais coerente com a sua natureza.
Refira-se ainda que, ao contrário do trono
e da exaltação, as triplicidades, termos e
faces não têm uma debilidade
complementar.
Por esse motivo são também designadas
por dignidades incompletas.
Triplicidades As triplicidades são dignidades atribuídas
de acordo com o elemento de cada signo.
A cada elemento são atribuídos três
planetas:
• um chamado diurno,
• outro noturno e ainda
• um terceiro, chamado participante ou
comum.
Estes três planetas são comuns aos signos
do mesmo elemento.
Triplicidades O elemento Fogo tem como triplicidade
diurna o Sol; a sua triplicidade noturna é
(2) Júpiter e Saturno é a triplicidade
participante.
O Ar tem Saturno como triplicidade
diurna, Mercúrio como triplicidade
noturna e Júpiter como participante.
No elemento Terra a triplicidade diurna é
Vênus, a noturna a Lua e o participante é
Marte.
A Água tem também Vênus como
triplicidade diurna, mas Marte é a
triplicidade noturna e a Lua é participante.
Triplicidades Como se pode constatar, a atribuição das
triplicidades a cada elemento segue a
(3) facção dos planetas: aos elementos
diurnos são atribuídos planetas diurnos, e
aos noturnos planetas noturnos.

Tabela das triplicidades


Na prática, um planeta em triplicidade está
literalmente "em família" pois encontra-se
num elemento da sua facção.
Triplicidades Não está no seu reino (como na regência),
nem é primeiro-ministro (como na
(4) exaltação), mas faz parte da "família real"
e goza, portanto, de algum poder. Também
se considera que um planeta em
triplicidade está "entre amigos".
Alguns autores afirmam que num mapa
diurno a triplicidade diurna será mais
forte, e que a noturna terá maior impacto
num mapa noturno.
A triplicidade participante terá sempre
uma força moderada. De qualquer modo,
um planeta posicionado num signo em que
possua triplicidade está em estado de
dignidade, independentemente do mapa
ser noturno ou diurno.
Triplicidades Os regentes das triplicidades são
geralmente considerados em sequência,
(5) recebendo a denominação de primeira,
segunda e terceira triplicidade.
Esta sequência depende se o mapa é
diurno ou noturno (recordamos que nos
mapas diurnos o Sol está acima do
horizonte, estando abaixo deste nos
noturnos).
Nos diurnos, dá-se precedência à
triplicidade diurna, seguida da noturna e
da participante; nos noturnos, a
precedência vai para a triplicidade
noturna, seguindo-se a diurna e a
participante.
Triplicidades
(6)

Triplicidades: sequência diurna

Triplicidades: sequência noturna


Triplicidades Em técnicas muito particulares de
interpretação, as triplicidades
(7) indicam sequências temporais.

É nestes casos que as sequências


diurnas e noturnas se tornam mais
relevantes, pois a ordem dos planetas
é determinante.
Termos Os termos são divisões dos signos em
cinco partes desiguais.
A cada parte (ou termo) é atribuída a
regência de um dos cinco planetas
tradicionais: Júpiter, Vênus, Mercúrio,
Marte e Saturno.
A Lua e o Sol não regem termos.
Termos (2) A maior peculiaridade dos termos é a sua
irregularidade.
Cada divisão incorpora partes desiguais do
mesmo signo e cada signo é dividido de
forma diferente; além disso, também a
sequência dos regentes difere de signo
para signo, ou seja, não há dois signos
iguais no que diz respeito aos termos.
Por exemplo, no signo de Áries a primeira
divisão tem 6°; a segunda, 6°; a terceira,
8°; e a quarta e a quinta, 5°.
No signo seguinte, Touro, as divisões têm
respectivamente, 8°, 6°, 8°, 5° e 3°.
Também a sequência de planetas é
completamente diferente nestes dois
signos.
Em Áries o primeiro termo é de Júpiter, o
Termos (3) segundo de Vénus, o terceiro de Mercúrio,
o quarto de Marte e o último de Saturno.
Quanto ao Touro, a sequência dos
regentes dos termos é a seguinte: Vénus,
Júpiter, Mercúrio, Saturno e Marte.
A razão destas atribuições perdeu-se no
tempo.
Os autores mais antigos, nomeadamente
Ptolomeu, sugerem que a distribuição dos
planetas depende do nível de dignidade
que cada um tem no signo, dando
prioridade ora à regência, ora à exaltação,
ora à triplicidade. Marte e Saturno, por
serem maléficos, tendem a reger os dois
últimos termos, enquanto os benéficos,
Júpiter e Vênus, são preferencialmente
colocados nos termos iniciais.
Termos (4) Os termos mais utilizado pelos
autores são os "termos
egípcios".
São estes os que adotamos e
que utilizamos na nossa prática
astrológica.
Esta sequência aparece nos
autores mais antigos e mantém-
se coerente ao longo dos
milênios.
Termos (5)

Tabela dos termos egípcios


Podemos comparar o termo de um planeta
ao seu "feudo" dentro do signo. Um
planeta no seu próprio termo está no seu
Termos (6) território privado, mesmo que o signo
onde se encontra não lhe seja
particularmente favorável. Pode, portanto,
agir de acordo com as suas próprias regras
(literalmente, "nos seus termos").
O termo tem também algum efeito sobre a
qualidade de expressão dos planetas. Por
exemplo, um planeta num termo de
Saturno terá uma expressão mais
ponderada e reservada, enquanto um
planeta num termo de Júpiter terá uma
expressão mais jovial.
Alguns autores utilizam para esta
dignidade as designações de limites,
fronteiras ou fins.
As faces ou decanatos são divisões
regulares de 10° cada; como um signo tem
Faces 30°, há três faces em cada signo.
A cada face é atribuído um planeta
regente, segundo a ordem caldaica.
À primeira face de Áries atribui-se a
regência de Marte, o planeta regente de
Áries; seguem-se, ainda neste signo, as
faces do Sol e a de Vênus.
O planeta seguinte na ordem caldaica,
Mercúrio, é atribuído à primeira face de
Touro; seguindo-se a Lua e Saturno.
Júpiter, o planeta seguinte na sequência, é
atribuído à primeira face de Gêmeos,
seguindo-se Marte e o Sol.
A ordem caldaica mantém-se ao longo de
todo o Zodíaco.
Faces (2)

As faces
Faces (3) As faces são dignidades relativamente
mais fracas, pois apenas reforçam
ligeiramente a natureza do planeta.
Para além de fazer parte do sistema de
pesagem de dignidades e debilidades
essenciais são aplicadas em sistemas
interpretativos específicos, nos quais
servem para particularizar "diferenças
comportamentais" dentro dos signos.
Nesta perspectiva são utilizadas na
interpretação detalhada do Ascendente e
do Sol.

You might also like