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CAPITULO—§ Mercados de bens e mercados financeiros: o modelo /S-LM UR Rey) A Seco 5.1 examina 0 equilibrio do mercado de bens e deriva a relacdo IS. A Seco 5.2 examina © equilibrio dos mercados financeiros ¢ deriva a relagéo LM. As secées 5.3 e 5.4 combinam as rela- 662s IS Me uilizam 0 modelo IS-IM | resultante para estudar os efeitos das policas fiscal e monelaria — primeiro, separadamente; depois, em conjunto. Seco 5.5 introduz a dinémica e explo- | ra como © modelo IS-IM capia o que ‘corre na economia no curto praze. Jos mercados financeiros. Agora, examinaremos 0 mercado, [de bens ¢ os mercados financeiros em conjunto. Até o final deste capitulo, vocé jé teré uma estrutura para analisar como 0 produto ea taxa de juros sio determinados no curto prazo. Para desenvolver essa estrutura, seguimos um caminho tragado por dois economistas, John Hicks e Alvin Hansen, no final da década de 1930 e inicio da década de 1940. Quando John Maynard Keynes publicou sua Teoria geval, em 1936, houve consenso de que Seu livro era fundamental, porém, ao mesmo tempo, praticamente impenetravel. (Experimente ler e voce concordard.) Ocorreram muitas discussdes sobre o que Keynes “realmente quis dizer”. Em 1937, Hicks resumiu o que conside rava uma das principais contribuigdes de Keynes: a descrigao conjunta do mercado de bens e dos mercados financeiros. Sua andlise foi posteriormente ampliada por Alvin Hansen. Hicks e Hansen chamaram sua formalizagao de modelo IS-LM. A macroeconomia progrediu bastante desde o inicio da dé cada de 1940. E por isso que o modelo IS-LM é tratado no Capi- tulo 5 endo no Capitulo 27 deste livro. (Se voce tivesse feito este ‘curso hé 40 anos, ele jé estaria quase no final!) Entretanto, para ‘a maioria dos economistas 0 modelo IS-LM ainda representa tum fundamento essencial — que, apesar de sua simplicidade, capta grande parte do que ocorre na economia no curto prazo. E por isso que o modelo 1S~LM é ensinado e utilizado até hoje. EREL_ 0 mercado de hens e a relacio IS ‘Vamos primeiro resumir o que aprendemos no Capitulo 3: Ne 3 examinamos o mercado de bens. No Capitulo 4, = Descrevemos 0 equilibrio do mercado de bens como a condigdo de que a produclo, Y, seja igual a demanda por bens, Z. Chamamos essa condigdo de relacio IS. = Definimos a demanda como a soma de consumo, in- vestimento e gastos do governo, Supusemos que 0 consumo era funcao da renda disponivel (renda me- nos impostos) e tomamos gastos com investimento, ‘gastos do governo e impostos como dados: Z= WW -1+14+G ‘NoCapftulo3 supusemos, para simplificara lgebra, que a relagio entre consumo, C, e renda disponivel, Y ~ T, Carine 5 Necroosocans eneciosmencscs 0ncoso BUM | 77 fosse linear. Aqui nao faremos essa hipotese e, em vez disso, usaremos a forma mais geral, C=C(Y— 1), ‘Assim, a condigio de equilibrio era dada por: Y=c-1+1+G Usando essa condigdo de equilibrio, examinamos, entio, os fatores que movimen- taram o produto de equilibrio. Examinamos, em particular, os efeitos de mudancas nos gastos do governo e de deslocamentos da demanda por consumo. A principal simplificacao desse primeiro modelo foi a de que a taxa de juros nao afeta a demanda por bens. Nossa primeira tarefa neste capitulo é remover essa simplificacio " para introduzira taxa de juros em nosso modelo de equilfbrio do mercado de bens. Por en- uanto, nds nos concentramos apenas no efeito da taxa de juros sobre o investimento e dei- amos para depois a discussao de seus efeitos sobre os demais componentes da demanda, Investimento, vendas e taxa de juros No Capitulo 3, supusemos que o investimento era constante. Essa hipétese serviu para simplificar a andlise. O investimento esté, na verdade, longe de ser constante e depen- de basicamente de dois fatores: = Nivel de vendas. Considere uma empresa que se defronta com um aumento das vendas e precisa aumentar a producio. Para fazer isso, pode precisar comprar mé- quinas e construir uma fébrica adicional. Em outras palavras, ela precisa investir. Uma empresa que se cefronta com um baixo volume de vendas néo sentira essa necessidade e gastara pouco em investimento — se fizer. ‘= Taxa de ros. Considere uma empresa decicindo se compra ou nao uma nova ma-

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