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Resumo: A tarefa do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas criar condições para o
educando realizar a sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias,
segundo as dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Quanto mais freqüente a prática da leitura,
mais o leitor torna-se eficiente. Para que a leitura seja eficiente é necessário também que proporcione ao
aluno a ampliação de horizonte e a realização de novas aprendizagens. No ensino de geografia são usados
alguns gêneros textuais como tabelas, gráficos, figuras, mapas, textos técnicos, textos informativos, etc.
Foram escolhidos para análise nesse artigo mapas e texto. Os procedimentos metodológicos para realização
deste trabalho constituíram-se em pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo de um texto e de dois mapas
selecionados. No caso do texto o professor pode estimular o aluno, a partir do título, a descobrir o que vem
em seguida, partindo de inferências que o leitor faz através do conhecimento prévio, possibilitando-o deduzir
que o autor vai discorrer. Quanto aos mapas infere-se que estes possibilitam uma relação com acontecimentos
vividos por cada um (professor/aluno) usando o conhecimento de mundo tornando o ensino de geografia
mais satisfatório e a aula mais interativa. Neste trabalho a leitura se mostrou como um desafio, pois esta não
aparece apenas como um simples ato de ler, mas de saber interpretar, decifrar e conhecer o assunto proposto.
INTRODUÇÃO
Ensinar não é fácil. Resumindo em poucas palavras o professor tem como função
no seu dia-a-dia: planejar e ministrar aulas, elaborar e corrigir provas. Mas será que são
apenas essas tarefas do educador?
Antes de qualquer coisa é necessário que o professor demonstre aos seus alunos que
pode haver interação entre texto e leitor. Não apenas como é usualmente relacionado o ato
de ler apenas com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra. Segundo Martins
(2003, p.7) “bastará, porém apenas decifrar palavras para acontecer à leitura? Como
explicaríamos as expressões de uso corrente “fazer leitura’’ de um gesto, de uma situação;
(...), indicando que o ato de ler vai além da escrita?”
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Para que a leitura seja eficiente é necessário também que proporcione ao aluno a
ampliação de horizonte e a realização de novas aprendizagens. No ensino de geografia é
procedimento que não requer muito esforço, pois poderão ser utilizados diversos gêneros
textuais tais como tabelas, gráficos, figuras, mapas e textos para se atingir o resultado
esperado.
1. LEITURA E GEOGRAFIA
A geografia é um dos saberes mais antigos que existem. Ela estuda a superfície da
Terra, sua área física e política, além da relação da sociedade com o meio. Seu início
coincide com o advento dos primeiros mapas na Antiguidade. No passado os mapas eram
empregados para mostrar o caminho para um lugar, localizar um objeto ou fenômeno numa
determinada região, etc. Nos dias atuais eles assumiram novas finalidades, além dessas já
citadas, sendo muito utilizada em escolas como forma de aprofundar o conhecimento dos
alunos sobre o espaço criado pelos seres humanos, identificar aspectos importantes do
modo de vida e da história da sociedade.
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Saber identificar símbolos, entender a legenda entre outros códigos existentes nos
mapas é um fator decisivo para sua compreensão, para isso faz-se uso de níveis de
conhecimento. De acordo com Kleiman (2007 p, 13.) “é mediante a interação de diversos
níveis de conhecimento como o conhecimento lingüístico, o textual, o conhecimento de
mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto”.
No emprego deste texto então, primeiramente faz-se uma leitura do texto para
classe para que os alunos familiarizem com o mesmo. Posteriormente a partir do título,
Oceano Degradado, o professor pode estimular a curiosidade do aluno, questionando a
descobrir o que vem em seguida, partindo do conhecimento prévio, até que o aluno possa
deduzir que o autor vai falar de poluição dos oceanos, suas causas e efeitos.
oceanos. Isso pode servir como estímulo para que a leitura do texto se torne uma atividade
motivadora.
Como já foi dito, a leitura é uma interação entre o autor e o leitor, e é necessário a
este que construa significados no texto. Para o texto do recorte é necessário ao leitor que
esteja em busca de informações concretas, informar-se sobre o fato, confirmar ou refutar
seu conhecimento prévio ou mesmo apenas abstrair suas significações.
O leitor pode se guiar na leitura desse texto também através do método da auto-
regulação, que consiste na ponte que o leitor faz entre o que supõe e as respostas que vai
obtendo através do texto.
O outro gênero textual selecionado constou de dois mapas que representam dois
municípios brasileiros e suas respectivas áreas urbanas e rurais.
Assim, realizar uma leitura por imposição do professor torna-se uma tarefa
enfadonha, pois como afirma Kleiman (2007, p, 35.)
Cabe notar que uma leitura que não surge de uma necessidade para chegar a um
propósito não é propriamente leitura; quando lemos porque outra pessoa nos
manda ler, como acontece frequentemente na escola, estamos apenas exercendo
atividades mecânicas que pouco tem a ver com significado e sentido.
(KLEIMAN, 2007, p 35.)
Neste caso, concordando com Martins (2003, p. 33), pode-se inferir que
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como pôde ser visto o ensino de geografia se desenvolve, de forma geral, mediante
aulas expositivas ou leituras, através de gêneros textuais diversos como mapas e textos.
Entretanto, vale destacar que o professor como educador deve planejar situações
considerando os conhecimentos da turma, fazendo da aula uma atividade de interação e
satisfação entre aluno/professor e facilitando o processo de ensino-aprendizagem dos
conteúdos em geografia ou em qualquer área do conhecimento.
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Caio. Oceano Degradado. Revista Discutindo Geografia, ano 4, n. 19, 2008.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 10. ed. Campinas:
Pontes, 2007.
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GOULART, Francisco Barros. Trança criança: uma proposta construtivista. São Paulo:
FTD, 2005.
MOURA, Maria José de. Leitura: usos e funções. Linguagem e Educação: Revista do
Mestrado em Educação – UFPI, Teresina v. 1, n. 1, p. 69 – 73, 1996.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos de. Geografia geral e do Brasil: espaço
geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.