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1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contexto de elaboração da agenda para a comunidade

Essa é uma agenda comunitária para desenvolvimento quem tem o efeito exclusivo para
a comunidade de Magandafuta que localiza se na localidade de Mutua no posto
administrativo de Mafambisse, documento constitui um guião de orientação para a
preparação social das comunidades beneficiárias de fundos da Iniciativa para Terras
Comunitárias, O guião deve ser usado pelos técnicos e pelos provedores de serviço.
Podendo também ser usada por outros intervenientes ligados ao processo de
desenvolvimento comunitário.

O documento não esgota todos os aspectos relativos à preparação social e aspectos


ligados ao desenvolvimento comunitários e deve beneficiar de actualização sistemática
à medida que lições práticas relevantes sejam colhidas. A preparação social surgiu em
resposta às seguintes constatações práticas das suas intervenções: Fraca apropriação de
projectos pelas comunidades; Fraca integração de aspectos de gestão sustentável da
terra e outros recursos naturais na planificação distrital; Ausência de ferramentas de
planificação para o uso e aproveitamento de recursos naturais comunitários; Fraca
noção comunitária sobre suas necessidades de desenvolvimento; Optimismo que existia
sobre a capacidade de Provedores de Serviço Locais em prover serviços às comunidades
nos aspectos de gestão de recursos naturais.

1.2 Objectivos

Objectivo geral:

 Elaborar um documento para servir de orientação dos moradores na solução dos


problemas identificados na comunidade;

Objectivos específicos:

 Incentivar à participação dos moradores na solução dos problemas identificados na


comunidade;
 Subsidiar para a formulação de políticas públicas;
 Orientar o fortalecimento da acção cidadã na fiscalização destas políticas e para
elaboração de políticas alternativas.
 Instruir a comunidade em matéria de associações comunitárias;
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 Democratização da informação, contribuindo para uma cultura crítica e para a acção


directa dos cidadãos servindo como suporte de desenvolvimento;

Instituições e pessoas envolvidas

Instituições:

 Governo Distrital: A liderança política em todos estes níveis é designada pelo


Governo Distrital tem financiamento para o seu próprio pessoal, manutenção e infra-
estrutura, mas as maiores despesas do governo em educação, saúde, protecção social,
etc. são directamente canalizadas através dos ministérios sectoriais. De facto, as
Administrações Distritais sublinham quão pequeno é o espaço que actualmente têm para
responder às necessidades e questões nas comunidades que devem servir.

 As Organizações Não Governamentais (ONGs) : também se encontram de algum


modo na interface entre tradição, sociedade civil e estado. São normalmente financiadas
por governos estrangeiros; estão mais directamente envolvidas com as comunidades
locais do que as organizações de ajuda bilaterais; e geralmente preenchem as „lacunas‟
na provisão de serviços pelo governo. Apesar de uma forte presença global de ONGs.
Em Sofala há algumas ONGs principalmente a trabalhar no apoio a actividades
agrícolas (FORASC, FHI, PROMER). A maioria delas trabalha na área da boa
governação e na construção da capacidade dos cidadãos para monitorar o desempenho
do governo local.

Pessoas envolvidas:

 Régulos : as raízes e influência tradicionais variam entre os diferentes líderes, mas estes
partilham as opiniões sobre qual é o seu papel: olhar pela sua comunidade; alocar terra;
executar rituais; e relacionar-se com o governo e visitantes. Os régulos desempenham
assim papéis que estão no coração da vida e bem-estar tanto dos agregados familiares
individuais como da comunidade em geral. A posição é hereditária dentro de clans,
linhagens e famílias alargadas específicos. Os régulos que não exerçam devidamente os
seus papéis ou que adoeçam são substituídos por familiares chegados, frequentemente
tios maternos ou irmãos e irmãs mais novos, mas nunca por descendentes directos.
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 Conselheiros: Os régulos são assistidos por conselheiros a fim de serem capazes de


desempenhar os seus deveres ao nível da aldeia/comunidade individual. Os conselheiros
são muitas vezes familiares chegados (irmãos de irmãs) do régulo, são seleccionados em
famílias específicas com raízes profundas na comunidade em questão. Os conselheiros
são frequentemente chefes dos tribunais comunitários, que são supostos “resolver a
maioria dos conflitos que temos”. estão relacionados com questões menos importantes
na sua comunidade, incluindo a cobrança do imposto pessoal, mas remeterão para o
régulo os casos mais sérios/controversos.

 Os chefes de povoação, como nível mais baixo da autoridade tradicional, são vistos
como tendo perdido parte da sua influência e dos seus papéis, mas a situação pode
mudar dado que foram recentemente reconhecidos pelo Estado.

 As autoridades tradicionais e religiosas têm longas raízes históricas e representam a


continuidade para as pessoas em contextos onde as representações políticas formais se
alteraram e onde o governo apenas está parcialmente presente na vida diária das
pessoas. A importância da tradição é também ilustrada pelo facto de dos agregados
familiares praticarem „cultos ancestrais‟
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2. CAPITULO II: CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

2.1 Localização geográfica

Segundo MAE (2014) o povoado de Magandafuta localiza se na localidade de Mutua no


posto administrativo de Mafambisse, distrito de Dondo província de Sofala. Dondo é
um distrito que se localiza em Moçambique, especificamente no “Centro-Leste da
província de Sofala, limitando-se ao Norte com o Distrito de Muanza, a Oeste com o
Distrito de Nhamatanda, a Sul com o Distrito de Búzi e Cidade da Beira e a Este pelo
Oceano Indico” , A superfície do distrito1 é de 2.315 km2 e a sua população está
estimada em 162 mil habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional
aproximada de 69,9 hab/km2.

O posto administrativo de Mafambisse Distrito de Dondo Província de Sofala. No


corredor da Beira que lhe proporciona ligações rodoviárias e ferroviárias, com acessos
a estrada nacional EN6 que liga com os distritos de Nhamatanda e cidade da Beira
possibilitando o acesso ao pais vizinho Zimbabwe, importa salientar que o estado geral
de manutenção de infra estruturas nos últimos anos é favorável destacando o projecto de
asfaltagem e ampliação da estrada nacional EN6 de Beira a Machipanda. (MAE,2014)

À proximidade da cidade da Beira, e a interligação pela estrada EN6 faz com que o
complexo tenha uma localização favorável e de fácil acesso porque esta mesmo enfrente
da EN6 possibilitando a integração do corredor da Beira e acesso fácil a província
vizinha e mesmo a Zimbabwe, possibilita ao distrito uma boa integração a rede de
mercado. Dondo é um distrito onde as comunidades contam com vantagens no sentido
de agregarem as suas actividades. O turismo visto que a região possui atributos
potenciais que favorecem a integração no turismo ao conjunto de actividade
tradicionalmente praticada pelas comunidades, além de apresentar uma localização
favorável para a implementação de um modelo de desenvolvimento de turismo de base
local. (MAE,2014)

2.2 Dados da população

Segundo INE (2010), Mutua tem uma população total de 15.593, o distrito do Dondo
tinha um total de 141.003 habitantes, dos quais 69.620 eram de sexo feminino e 71.383
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de sexo masculino com uma densidade de 59.9 hab/km2. O peso da população do


distrito em relação a população total da Província, era cerca de 8.5%. As projecções do
crescimento no período de (1997 – 2007), indicam que a população total do distrito
aumentou para um total de 23.284 hab correspondente a 19.7%. mostram que ao nível
do distrito, há maior predominância da população do sexo masculino em relação ao
feminino, isto é, em todos os censos realizados, tanto em 1997, 2007 e as projecções de
2012. Em termos percentuais notou – se que no período de 1997 à 2007 houve um
crescimento na ordem de 19.7%. Em relação 2007 à 2012 cresceu em 14.7%

2.3 Estrutura organizativa da comunidade

Os diferentes líderes, mas estes partilham as opiniões sobre qual é o seu papel: „olhar
pela‟ sua comunidade; alocar terra; executar rituais; e relacionar-se com o governo e
visitantes. Os régulos desempenham assim papéis que estão no coração da vida e bem-
estar tanto dos agregados familiares individuais como da comunidade em geral. A
posição é hereditária dentro de clans, linhagens e famílias alargadas específicos. Os
régulos que não exerçam devidamente os seus papéis ou que adoeçam são substituídos
por familiares chegados, frequentemente tios maternos ou irmãos e irmãs mais novos,
mas nunca por descendentes directos.

As crianças ajudam as mães nas tarefas domestica è o caso de manter a casa limpa, e
também na sua maioria vão a escola, sendo um progresso muito importante na luta
contra o alfabetismo. As senhoras na sua maioria são domesticas dedicam se em cuidar
da casa e cuidar das crianças e também exercendo certas actividades como ir a
machamba e cuidar da hortaliça no quintal, algumas senhoras trabalham ao amanhecer
fazem tarefas de casa e preparam para os seus postos de trabalho. Os homens são na sua
maioria empregado e a sua maior tarefa e manter o sustento familiar, ele e tido também
como detentor de poder nas suas famílias ou como chefe de família. alguns homens
dedicam se ao comercio informar como geração de renda familiar.

As comunidades locais têm uma identidade própria, que as leva a tomarem iniciativa
s visando assegurar o seu desenvolvimento. Em suma, o desenvolvimento endógeno po
de ser visto como um processo de crescimento econômico e de mudança estrutural, lide
rado pela comunidade local ao utilizar seu potencial de desenvolvimento, que leva à me
lhoria do nível de vida da população, onde o social se integra ao económico.
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A família patrilinear desempenha um papel decisivo na ordenação das suas vidas. A


sucessão da liderança política e ritual era em geral decidida pelos mais velhos do clan e
o sistema patrilinear definia em grande parte os parceiros elegíveis para casar, onde se
estabeleciam depois do casamento, a „posse‟ dos filhos, opções de separação e divórcio,
etc. Com o tempo, o „sistema cultural‟ ficou sob pressão dos encontros com outras
populações, a religião, a guerra e – não de menor importância – a „objectificação‟ das
relações sociais em que o acesso ao dinheiro se tornou crescentemente importante.
Como será relatado abaixo, a „tradição‟ e a „modernidade‟ estão ambas ainda muito
presentes nos esforços das pessoas para levar a cabo as suas estratégias de
sobrevivência. Para os agregados familiares e indivíduos, o sistema de parentesco
patrilinear ainda define as pessoas mais importantes na vida de uma pessoa.

2.4 Historial da comunidade

O nome de povoado de Magandafuta surgiu aquando da chegada dos portugueses, já


que o seu nome anterior era zona de insectos que existia com abundancia nas matas do
povoado de mútua , que significa mata densa. Sabe-se, também, que o surgimento do do
povoado de Magandafuta , está, historicamente Por outro lado, os relatos históricos
dão-nos conta que a primeira povoação sedentária deste local surgiu graças à construção
da linha férrea acima referida e, particularmente, à construção da estação do Dondo,
finais do século XVIII e início do século XIX, pela (The Beira Railway), sociedade
fundada com capitais britânicos (The British South Africa Company) que construiu o
Caminho-de-Ferro Beira-Macequesse, conforme o acordo de fronteiras celebrado a 11
de Junho de 1891.

2.5 Caracterização sócio cultural e económica da comunidade

Cultura

Segundo MAE (2014) A manifestação cultural é caracterizada por diversas expressões


artísticas entre elas a arte cénicas, distinguindo-se pelas músicas e danças tradicionais
típicas como (Utsi, varimba), artesanato (cesto e esteiras), gastronomia (xima com peixe
fresco-nsomba, xima com folhas piladas de mandioqueira- ntxocobwe, xima com peixe
seco, xima com carne secaxincuio), traje típico capulana e lenço na cabeça para as
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senhoras e calças e camisas para os homens. Os principais grupos étnicos são Senas e
Ndaus.

A população do Dondo é de origem Sena (grupo bhangue) como resultado de


cruzamento entre Machangas/Matewes com Phodzo do baixo Zambeze. E a língua
predominante é o Sena e o Ndau, sendo o útsi e a varimba as danças mais praticadas. As
principais cerimónias incluem: o reconhecimento aos mortos (Nsembe); pósnascimento
(Mazuade); casamento (FungulaMulomo-primeiro contacto oficial com a noiva; Mussa
– consulta do lobolo; Semba – pagamento do lobolo; e Massesseto – casamento); pós-
falecimentos (Pita-Cufa), pós-queimadas-casa e machamba (Pita-Moto); e ritos de
iniciação. (MAE, 2014)

O Distrito possui locais considerados patrimónios culturais nomeadamente a Sub Base


de Milha 8 e Maguacua por estas terem sido usados no período da luta de libertação
nacional e floresta sagrada de Nhamainga. O distrito tem considerável potencial cultural
ainda inexplorável como fonte de interesse turístico. As actividades culturais são
praticadas por grupos de danças tradicionais, totalizando 30 grupos culturais cujo Utsi é
a principal dança praticada. (MAE, 2014)

Aspectos sociais

A Agricultura é a fonte mais importante de subsistência e rendimento tendo todos os


agregados acesso a pelo menos um campo agrícola ou machamba. agregados familiares
vendem parte da sua produção agrícola, sem variações significativas entre os três locais
de estudo. A maioria das machambas está localizada no interior e é alimentada pela
água das chuvas, mas há também um sistema de terra mais valiosa que é inundada pela
água dos rios. Na estação agrícola as mulheres e as crianças (e os homens quando toca a
limpar terras ou outras tarefas „masculinas‟) tendem a sair cedo pela manhã, cerca das
4-5 horas e ficam até o sol se tornar insuportável entre as 09.00 e as 10.00 horas –
voltando novamente pela tarde e ficando até se tornar escuro. Os principais produtos são
(de acordo com a proporção de agregados familiares que os produzem) milho ,mandioca
,e batata doce As culturas adicionais produzidas (ainda por ordem de importância) são
abóbora, arroz, tomate, amendoim, feijão, banana e gergelim. A característica mais
saliente da agricultura é a baixa produção e a muito baixa proporção de agregados
familiares que usam algum tipo de tecnologias agrícolas melhoradas ou fertilizantes
com excepção da rotação de culturas.
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Economia:

A maioria dos agregados familiares tem pequenos animais doméstico como galinhas ,
alguns têm patos ,e cabras ,só sacrificadas para cerimónias), enquanto apenas têm gado
que é muito mais valioso economicamente. Embora a agricultura domine a produção de
subsistência e rendimento, há também diversas outras actividades económicas
informais. incluindo comerciantes de pequena escala (vendendo principalmente
produtos agrícolas ao longo das estradas e fora das habitações); comerciantes
(geralmente vendendo em bancas bens de consumo básicos como farinha, açúcar, óleo
de cozinha e sabão); comerciantes com lojas que têm uma maior variedade de bens e
mercadorias

Produção e venda de lenha ou (muito mais raramente) carvão; produtores de tijolos, que
são o material de construção mais comum; carpinteiros (normalmente em pequena
escala, produzindo portas, caixilhos de janelas e ferramentas agrícolas como enxadas,
machados e charruas); alfaiates (que tendem mais a consertar roupas velhas do que a
produzir roupas novas); pessoas que produzem utensílios básicos como esteiras, potes e
panelas; pessoas que exercem medicina tradicional (curandeiros); e, finalmente, o
trabalho à peça (ganho ganho) nos campos ou nas casas dos outros. As pessoas
argumentam que os agregados familiares que não têm fontes de rendimento alternativas,
fora da agricultura, são muitas vezes os mais pobres e mais vulneráveis –
particularmente durante os meses antes da colheita ou, o que as pessoas chamam
„bolsos de fome‟, quando as provisões da anterior estação agrícola se estão a esgotar.

2.6 Lista de potencialidades

 Terra apropriada para prática da agricultura;


 Cobertura vegetal compostos por arbórea e arbustiva
 Rio Pungue com enorme recurso pesqueiro;
 Existência de bambu;
 Potencial agrícola;

Ecossistemas naturais e seminaturais

No que diz respeito aos ecossistemas naturais e seminaturais será de destacar o conjunto
de bens e serviços produzidos e englobados nas quatro funções: suporte, regulação,
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aprovisionamento e culturais. Nas funções de suporte e regulação destaca-se a protecção


das bacias hidrográficas, o controlo de cheias, a redução de erosão dos solos, a
regulação do ciclo da água e dos nutrientes, a purificação e a oferta de água e a
reciclagem e degradação de resíduos. É de sublinhar o essencial papel de abrigo e
viveiro para as espécies silvestres da fauna e da flora importante para preservar a
biodiversidade no território e manter populações com dimensão suficiente para suportar
a sua posterior captura através da apanha, da caça e da pesca.

A maioria dos bens e serviços produzidos pela função de suporte e regulação não tem
valor económico de uso directo no presente, mas essencialmente um valor ecológico
e/ou de legado e uma natureza económica pública ou comum, ou seja, com reduzida
exclusão e rivalidade. Isto significa que não possuem valor de mercado e que são
usufruídos pelas comunidades, pelo que a sua gestão actual deve ser criteriosa, pois a
sua oferta tem impacto, não só no bem-estar presente, mas também no bem-estar futuro
das comunidades rurais.

Bens culturais

A contribuição dos bens culturais para as constituintes do bem-estar faz-se da seguinte


forma: segurança pelo fornecimento de abrigo e protecção às populações e guerrilheiros
durante a ocupação indonésia; boas relações sociais nos bens ligados à identidade das
comunidades; materiais básicos para uma vida boa pelas receitas do ecoturismo; e saúde
pela utilização das águas termais espalhadas pelo território.

Culturas potenciais

As culturas vegetais são produzidas pela grande maioria das famílias e as mais
importantes do ponto vista alimentar são milho, arroz, mandioca, feijão, amendoim,
frutícolas (banana, papaia, laranja, manga, tangerina, anona), hortícolas (batata doce,
inhame, tomate, cebola, abóbora, chu-chu), e na perspectiva do rendimento, o café, o
arroz e ocasionalmente as hortícolas e as frutícolas.

2.7 Descrição de ocupação de terra


O uso das terras para fins habitacionais contribui para a componente do bem-estar,
materiais básicos para uma vida boa, através da disponibilização de espaço para os
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diferentes tipos de habitações. A habitação está intimamente ligada às componentes de


segurança e materiais básicos para uma vida boa. Em relação à segurança, é de notar
que todo o ser humano tem direito a uma habitação adequada, “direito de todos a um
lugar seguro para viver em paz e dignidade"
Os direitos à terra são governados essencialmente pelos sistemas tradicionais de gestão
e posse, com base no direito consuetudinário, sendo que apenas uma pequena
percentagem de terras tem reconhecido o seu estatuto formalmente sob lei de terra.

Nos sistemas costumeiros de posse e gestão da terra são:

Os direitos à terra são detidos pela comunidade e os chefes locais são os curadores da
terra em nome do povo;

 Aos chefes, geralmente acompanhados por um “conselho consultivo” de anciães, é


confiada, em maior ou menor grau (não homogéneo), a gestão da terra no seu território,
as decisões relativas à atribuição de terras (e seus usos) e a resolução de conflitos;
 Uma vez adquirido, o direito à terra pode ser transferido aos herdeiros de um modo
quase permanente, havendo assim uma espécie de ‘direito de quase propriedade’;
 A segurança da posse reside nas redes sociais, ou seja, na pertença ao grupo.
 A herança e as transferências intervivos (doações) são, ainda hoje, os principais
mecanismos de acesso à terra. Há a referir que em Timor-Leste coexistem dois sistemas
de herança, sistema patrilinear e sistema patrilinear.
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3. CAPITULO III: ESTRATEGIAS E PRIORIDADES DE


DESENVOLVIMENTO

3.1 Os Resultados da Analise FOFA da comunidade

Pontos fortes: os principais pontos forte é a localização estratégica da área que


possuem terras fértil de produção de hortícolas em relação ao mercado de
comercialização e fornecimento o que vai facilitar a redução de custos de transporte e
armazenamento pelo incremento de agricultura ira facilitar a comercialização de
produtos fresco e recentemente colhido.

Oportunidade: Uso das novas técnicas de produção de agricultura sustentável que a


empresa implementará vai fazer com os produtos produzido seja de extrema qualidade
exigida no mercado actual, Também em termo de preferência será um orgulho nacional
a produção e consumo de produto nacional.

Pontos Fraco: constituem os principais pontos fraco Acesso a recursos e factores de


produção (terras, crédito, mercado, tecnologias), Desequilíbrio de género,
Marginalização dos pequenos agricultores na tomada de decisões e políticas, Ausência
de serviços de comercialização, extensão, informação, capacitação, crédito, finanças.

Ameaça: constitui ameaça a pressão sobre o mau o uso de recursos naturais ou a pratica
de agricultura que possam prejudicar o ambiente estamos a falar a pratica de queimadas
para pratica da agricultura, a não rotação de cultura, falta de insumo para a pratica de
agricultura.

3.2 Listas de prioridade e desenvolvimento

Três dimensões podem ser destacadas dentro do desenvolvimento da comunidade


Magandafuta:

 Económica, caracterizada por um sistema específico de produção capaz de assegurar


aos empresários locais o uso eficiente dos fatores produtivos e a melhoria dos níveis de
produtividade que lhes garantem competitividade;
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 Sociocultural, na qual os atores económicos e sociais se integram às instituições loca


is e formam um denso sistema de relações, que incorpora os valores da sociedade
ao processo de desenvolvimento;
 Política e se materializa em iniciativas locais, possibilitando a criação de um entorno
local que incentiva a produção e favorece o desenvolvimento sustentável.

Devem servir como ferramenta de monitoramento e avaliação dos processos de


desenvolvimento local, visto que muitos dos processos desencadeados localmente
esgotam-se pela incapacidade dos atores locais de avaliarem claramente os seus efeitos
concretos. Neste trabalho retratamos a qualidade de vida ,através de indicadores
representativos das peculiaridades locais. Desse esforço surge o desafio de construir
séries históricas que mostrem a evolução, ao longo do tempo, do impacto da ação
comunitária. Para tanto faz-se necessário, ainda, que estes estudos sejam publicados de
forma contínua (anualmente), permitindo a realização de avaliações periódicas. este
monitoramento periódico tem se mostrado um valioso instrumento de desenvolvimento
comunitário.

Prioridades para se alcançar no povoado de Magandafuta

1. Educação: inclui educação adulta e infantil, especialmente a situação da criança e do


adolescente. É composta pelos indicadores de taxa de analfabetismo e o índice de
crianças que não frequentam a escola.

2. Emprego e Renda: este elemento está relacionado com o nível de vida dos
residentes. Inclui o bem estar económico individual e a saúde económica da
comunidade. Renda mensal bruta por domicílio, contemplação ao benefício INSS,
número de pessoas que trabalham na família, tempo gasto diariamente para chegar ao
trabalho e bens domiciliares.

3. Habitação: esse elemento refere-se às condições das moradias na favela, aos


recursos das moradias e a quantidade de cómodos.

4. Segurança Pública: Este elemento inclui a percepção da segurança pessoal e a


qualidade da aplicação da lei. Inclui os indicadores de opinião das famílias entrevistadas
sobre ter medo de andar a noite na favela e seus arredores e de ter sido vítima de crime
neste ano ou no ano passado.
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5. Cultura e Lazer: Envolve os indicadores da frequência aos espaços culturais


oferecidos, a utilização de outros espaços de lazer fora da preferia, a participação em
curso de formação cultural.

6. Meio Ambiente: inclui o cuidado com os resíduos e a preocupação com a natureza,


incluindo a qualidade e quantidade de ar, água, plantas, inclusive do ponto de vista
estético. São indicadores o lixo e sua colecta pública e o cultivo de plantas na favela
pelos moradores.

7. Saúde: este elemento se refere à boa forma física e à saúde mental dos residentes na
comunidade, bem como ao acesso ao serviço ambulatória. Oferecido. São os
indicadores de saúde: a presença de vício na família e problemas relacionados,
alimentação, doença ocorrida pela poluição do córrego, utilização do dentista associação
e a qualidade do serviço ambulatória analisado pelos usuários.

8. Cidadania: o elemento envolve o acesso aos serviços da ACOMA, filantropia,


voluntariado e serviços humanos.

9. Perfil socioeconómico: refere-se à situação socioeconómica das famílias


entrevistadas. É composto pelos indicadores de ocupação, idade e escolaridade dos pais,
estado civil, prática religiosa, número de adultos e crianças na família e Estado
brasileiro de origem.

3.3 A visão de desenvolvimento da comunidade

Para o desenvolvimento sustentável, segundo SACHS (2002) são o cumprimento


dasatisfação das necessidades básicas; solidariedade com as gerações futuras; parti
cipação da população envolvida; preservação dos recursos naturais e do meio am
biente; elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social e respeit
o a outras culturas; e, programas de educação. O que culminará com o conceito de dese
nvolvimento sustentável sendo aquele desenvolvimento que atende as necessidade
das gerações atuais, sem comprometer o sustento das gerações futuras.

A agricultura e a pesca têm sido as fontes principais de emprego e rendimento, com


opções limitadas para a produção de excedentes. As autoridades tradicionais têm tido
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uma forte posição, com muito poucas instituições públicas presentes e com fraca
educação e instalações sanitárias.

O sector agrícola comercial (incluindo a silvicultura) caracteriza-se pela


imprevisibilidade e variação da retribuição do trabalho. As iniciativas do sector privado
deviam realçar a importância de rendimentos seguros e previsíveis para os agricultores
pobres. A diversificação do emprego e das oportunidades de rendimento são
fundamentais para o desenvolvimento e redução da pobreza. Os jovens – muitas vezes
com instrução e desempregados – estão numa posição particularmente vulnerável. As
fontes tradicionais de emprego na economia informal estão frequentemente saturadas e
devem ser feitos esforços para identificar e apoiar fontes novas e alternativas para os
jovens.

Infra-estrutura Física. está ainda relativamente isolado do resto de Moçambique e


ainda há comunidades na província que estão marginalizadas. As estradas são fulcrais
para o desenvolvimento, tanto no que respeita a actividades económicas e comércio
como para o acesso a serviços sociais chave como a saúde e educação. Todavia, o efeito
do desenvolvimento dependerá da presença de actividades económicas que podem ser
expandidas e comercializadas – incluindo actividades agrícolas e não agrícolas.

A electricidade é fundamental para o desenvolvimento e têm sido feitos no Niassa


consideráveis investimentos na rede eléctrica – embora dois dos três locais de estudo
ainda não tenham ligação eléctrica. Embora fundamental para o desenvolvimento das
empresas económicas e instituições sociais, a electricidade é dispendiosa e tem uma
prioridade relativamente baixa entre os agregados familiares pobres. Devem ser
consideradas fontes alternativas de energia.

A existência de diferentes padrões de utilização da terra em um determinado território


pode ser vista com base na importância dos bens e serviços que são produzidos para
satisfazer as necessidades humanas, quer em termos de produtos quer em termos de
serviços básicos ou de luxo. Cada um dos padrões observados corresponde não só a
diferentes utilizações dadas pela população, mas também a diferentes intensidades de
manipulação humana dos ecossistemas originais. Combinando todos os aspectos
mencionados e as peculiaridades
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A terra ocupada pela habitação é essencial porque fornece abrigo às famílias, e as


condições de habitação influenciam fortemente o nível de bem-estar. Aqui são de
salientar as habitações tradicionais timorenses, que ainda dominam a paisagem rural de
Timor-Leste, construídas com materiais tradicionais e que também fornecem um meio
de expressão cultural.
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4. Conclusão
Esta agenda comunitária depois da sua elaboração importa dizer que será A devolvido
ou o retorno à comunidade, é a etapa final de consulta e validação do trabalho realizado
durante o processo de preparação social. Nesta fase, os facilitadores comunitários
(homens e mulheres) treinados e envolvidos na preparação social, apresentam eles
próprios, todo o trabalho realizado aos restantes membros da comunidade, aos
parceiros existentes na zona, as autoridades tradicionais, da localidade, do posto
administrativo e do distrito, o resultado do trabalho realizado, coma finalidade de
corrigir eventuais erros e omissões e colher subsídios adicionais das pessoas
importante aos vários níveis.
Portanto A existência de diferentes padrões de utilização da terra em um determinado
território pode ser vista com base na importância dos bens e serviços que são
produzidos para satisfazer as necessidades humanas, quer em termos de produtos quer
em termos de serviços básicos ou de luxo. Cada um dos padrões observados
corresponde não só a diferentes utilizações dadas pela população, mas também a
diferentes intensidades de manipulação humana dos ecossistemas originais.
Combinando todos os aspectos mencionados e as peculiaridades
A terra ocupada pela habitação é essencial porque fornece abrigo às famílias, e as
condições de habitação influenciam fortemente o nível de bem-estar. Aqui são de
salientar as habitações tradicionais timorenses, que ainda dominam a paisagem rural de
Timor-Leste, construídas com materiais tradicionais e que também fornecem um meio
de expressão cultural.
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5. Referência bibliográfica

1. GOVERNO DO DISTRITO DO DONDO. Plano distrital do uso do solo do


Dondo. 2012

2. MAE. Perfil do distrito de Dondo.2014 disponível em


www.portaldegoverno.mz.co acesso no dia 18.10.2018

3. SACHS, I. Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993.

4. INE. Estatística do distrito de Dondo. 2008


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Índice
1. CAPITULO I: Introdução ......................................................................................... 1

1.1 Contexto de elaboração da agenda para a comunidade ......................................... 1

1.2 Objectivos .............................................................................................................. 1

1.3 Instituições e pessoas envolvidas ............................................................................... 2

2. CAPITULO II: CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE .................................. 4

2.1 Localização geográfica .......................................................................................... 4

2.2 Dados da população ............................................................................................... 4

2.3 Estrutura organizativa da comunidade .................................................................. 5

2.4 Historial da comunidade ........................................................................................ 6

2.5 Caracterização sócio cultural e económica da comunidade ....................................... 6

2.5 Lista de potencialidades......................................................................................... 8

2.6 Descrição de ocupação de terra ............................................................................. 9

CAPITULO III: ESTRATEGIAS E PRIORIDADES DE DESENVOLVIMENTO ..... 11

3.1 Os Resultados da Analise FOFA da comunidade................................................ 11

3.2 Listas de prioridade e desenvolvimento .............................................................. 11

3.3 A visão de desenvolvimento da comunidade ...................................................... 13

4. Conclusão ................................................................................................................... 16

3. Referência bibliográfica .......................................................................................... 17

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