Capítulo 2

Capı́tulo 1
MOVIMENTAÇÃO DEPENDENTE
DA DENSIDADE LOCAL DOS
INDIVÍDUOS
As equações de movimentação estudadas no Capı́tulo 1 (taxa de movimentação

µ constante) pressupõe que os indivı́duos se movimentam aleatoriamente, sem nenhuma
direção preferencial. Deste modo, os indivı́duos se distribuirão equitativamente nos sı́tios
da vizinhança. No entanto, para muitas espécies de herbı́voros, os indivı́duos respondem
uns aos outros ou até mesmo, à qualidade do ambiente.
Os indivı́duos podem procurar agregar-se para melhorar sua eficiência em se ali-
mentar ou em proteger-se contra predadores. Em alguns casos, ao contrário, os indivı́duos
procuram afastar-se de seus coespecı́ficos para evitar a competição intraespecı́fica. Nestes
casos, a sua movimentação depende da densidade e a fração de indivı́duos que abandona
cada sı́tio não deve ser tomada com constante.
Neste capı́tulo, analisamos os efeitos da área da cultura com antibiose disposta em
listras entre a cultura principal quando os herbı́voros movimentam-se tanto por agregação
como por anti-agregação. Vamos considerar que as espécies em questão têm percepção
de curto alcance, isto é, são capazes de perceber a densidade dos coespecı́ficos no sı́tio
em que se encontram mas não percebem sua densidade nos sı́tios vizinhos. Assim, a
fração de indivı́duos que abandona o sı́tio x depende da densidade local hx,t e não da
densidade nos sı́tios vizinhos. Além disso, os indivı́duos que deixam um sı́tio, se distribuem
equitativamente entre os sı́tios da vizinhança, independente da densidade nestes sı́tios.
2
1.1 ANTIAGREGAÇÃO
Consideramos aqui que em sı́tios com altas densidades de indivı́duos a fração que
abandona o sı́tio é grande e em sı́tios que apresentam baixas densidades populacionais
a fração de indivı́duos que deixa o sı́tio é pequena. Para incluir essa movimentação no
modelo utilizaremos a função descrita por
µ ∗ (hx,t )q
µ(hx,t ) = (1.1)
Aq + (hx,t )q
onde µ representa a fração migratória máxima, hx,t é a densidade de indivı́duos no sı́tio
x = (i, j) no tempo t, q (q ∈ Z e q > 1 ) é o parâmetro que modela a função µ e A é
densidade populacional para o qual a função assume metade do seu valor máximo.
A figura 1.1 ilustra o comportamento da função µ(hx,t ) para alguns valores de q.
Observamos que ao aumentarmos o valor de q a quantidade de indivı́duos que migra de
um sı́tio para o outro se aproxima da fração migratória máxima de maneira mais abrupta.
Figura 1.1: Função µ(hx,t ) para λ = 0, 1 , A = λ2 , q = 5, µ = 0, 6 e valores de q igual a 5,

10, 20 e 50.
Fonte: Elaborado pelo autor

3
1.2 SIMULAÇÕES
Nas simulações dos experimentos I e II - B são considerados os seguintes
parâmetros λ = 0, 1, A = λ2 , q = 5 e para µ consideramos dois valores µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
De tal forma que para µ = 0, 6 a função µ(hx,t ) se comporte conforme ilustra a figura
1.1. O comportamento da função µ(hx,t ) para µ = 0, 1 é muito semelhante e por isso será
omitido.
1.2.1 I: Dinâmica Sem o Consórcio de Culturas
A figura 1.2 apresenta a densidade total dos indivı́duos presentes no domı́nio ho-
mogêneo para os dois valores de µ.
Figura 1.2: Densidade total de indivı́duos presentes na cultura principal sem a presença
da cultura secundária. Considerando µ = 0, 6 (preto) e µ = 0, 1 (cinza). (a) Indivı́duos
liberados no centro do domı́nio e (b) indivı́duos liberados de forma aleatória no domı́nio.
(a) (b)

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1.2.2 II-(B) Efeitos da Área da Cultura Com Antibiose - Cul-

tura Secundária Disposta na Forma de Listras
(a) Indivı́duos Inicialmente Liberados no Centro do Domı́nio
• Resultados obtidos para λ2 = 0, 01 e os parâmetros de movimentação µ = 0, 1 e

µ = 0, 6.
As figuras 1.3 e 1.4 ilustram a distribuição espacial dos indivı́duos num domı́nio
com dimensões que variam de acordo com o número de fileiras da cultura secundária que
são inseridas para λ2 = 0, 01 e µ = 0, 1 (figuras 1.3) e λ2 = 0, 01 e µ = 0, 6 (figuras 1.4).
5
Figura 1.3: Distribuição espacial dos indivı́duos em diferentes etapas de tempo e para
diferentes distribuições espaciais da cultura secundária no domı́nio com a cultura principal.
(a) - (c) Arranjo 1, (d) - (f) arranjo 2, (g) - (i) arranjo 3, (j) - (l) arranjo 4. Parâmetros
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

6
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

7
A figura 1.5 ilustra a densidade total dos indivı́duos na cultura principal, para
diferentes arranjos das fileiras da cultura com antibiose na cultura principal. O percentual
de decrescimento é mostrado na figura 1.6.
Figura 1.5: População total de indivı́duos na cultura principal. Sem antibiose (linha
contı́nua), 4 fileiras de antibiose (pontilhado), 9 fileiras de antibiose (tracejado pequeno),
19 fileiras de antibiose (tracejado), 39 fileiras de antibiose (tracejado grande). Parâmetro
λ2 = 0, 01.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Figura 1.6: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λx = 0, 01
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Através das simulações observamos que a densidade dos insetos diminui à medida
que inserimos as fileiras da cultura secundária. Isto é, quanto maior for a área da cultura
secundária maior será a eficiência, com resultados semelhantes para µ = 0, 1 e µ = 0, 1
(figura 1.6).
• Fixando o parâmetro λ2 = −1 e variando os parâmetros de movimentação µ =

0, 1 e µ = 0, 6.
8
As figuras 1.7 e 1.8 mostram as distribuições espaciais dos indivı́duos no domı́nio

composto pelas duas culturas, considerando µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
λ2 = −1 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

9
λ2 = −1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

10
A densidade total dos indivı́duos na cultura principal é mostrada na figura 1.9.
λ2 = −1.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
A figura 1.10 mostra o percentual de decrescimento E da população de insetos.
Figura 1.10: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λ2 = −1
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Podemos perceber que a densidade populacional de insetos diminui significativa-

mente tanto para µ = 0.1 quanto para µ = 0.6. Como os indivı́duos deixam sı́tios com
altas densidades, migram para os sı́tios desfavoráveis onde, em razão de λ2 ser negativo, os
indivı́duos morrem e a densidade permanece baixa nestes sı́tios. Dessa forma, indivı́duos
dos sı́tios da cultura principal adjacentes aos sı́tios da cultura secundária, sempre migram
para sı́tios desfavoráveis. Este fenômeno fica mais notável à medida que mais fileiras da
cultura secundária são inseridas.
• Comparando os resultados obtidos quando variamos λ2 = 0, 01 e λ2 = −1 para

11
µ = 0, 1 (figura 1.11 (a)) e para µ = 0, 6 (1.11 (b)).
Figura 1.11: Percentual de decrescimento da população. Parâmetros: λ2 = 0, 01 (cinza)

e λ2 = −1 (preto).
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Notamos que os dois valores de λ2 causam diminuição na densidade dos insetos.

Mas, para λ2 = −1 esta diminuição é maior quando comparado a λ2 = 0, 01.

(b) Indivı́duos Inicialmente Liberados de Forma Aleatória no Domı́nio
• Fixando o parâmetro λ2 = 0, 01 e variando os parâmetros de movimentação

µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
As figuras 1.12 e 1.13 mostram a distribuição espacial dos indivı́duos num domı́nio
com dimensões que variam conforme o número de fileiras da cultura secundária que são
inseridas. Nestas simulações considerando os indivı́duos inicialmente distribuı́dos aleato-
riamente no domı́nio.
12
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

13
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

14
A figura 1.14 mostra a densidade total dos indivı́duos na cultura principal conside-
rando 600 gerações e a figura 1.15 apresenta o percentual de decrescimento da população
de insetos na cultura principal.
λ2 = 0, 01.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Figura 1.15: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λ2 = 0, 01
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Notamos que o percentual de decrescimento apresenta um comportamento seme-

lhante tanto para µ = 0, 1 quanto para µ = 0, 6.
• Deixando fixo o parâmetro λx = −1 e variando os parâmetros de movimentação

µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
As figuras 1.16 e 1.17 ilustram a distribuição espacial dos indivı́duos no domı́nio

composto pelas duas culturas para diferentes etapas de tempo.
15
λ2 = −1 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

16
λ2 = −1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600
A figura 1.18 mostra a densidade total dos indivı́duos considerando 600 gerações.
17
λ2 = −1.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
O percentual de decrescimento E está ilustrado na figura 1.19. Com λ2 = −1

podemos observar uma maior redução da densidade dos indivı́duos para µ = 0, 6 quando
comparado a µ = 0, 1. Além disso, a redução cresce com a área da cultura secundária.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6

18
• Comparando os resultados obtidos quando variamos λ2 = 0, 01 e λ2 = −1 para

µ = 0, 1 (figura 1.11 (a)) e para µ = 0, 6 (1.11 (b)).
Figura 1.20: Percentual de decrescimento da população. Parâmetros: λx = −1 (preto) e

λx = 0, 01 (cinza)
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Através dos resultados apresentados na figura 1.20, podemos concluir que tanto
para µ = 0, 1 quanto para µ = 0, 6, o parâmetro λx = −1 causa maiores reduções na
densidade populacional dos insetos quando comprado a λx = 0, 01.
1.3 AGREGAÇÃO
Neste tipo de movimentação a fração de indivı́duos que deixa cada sı́tio decresce
com a densidade local. Isto é, em sı́tios que apresentam baixas densidades a fração que
abandona cada sı́tio é alta e sı́tios com altas densidades de indivı́duos, a fração que
abandona o sı́tio é baixa. Incluiremos este tipo de movimentação no modelo tomando µ
dependente da densidade, da forma
µ ∗ (hx,t )q µ ∗ Aq
µ(hx,t ) = µ − = (1.2)
Aq + (hx,t )q Aq + (hx,t )q
onde µ representa a fração migratória máxima, hx,t é a densidade de indivı́duos no sı́tio
x = (i, j) no tempo t, q (q ∈ Z e q > 1 ) é o parâmetro que modela a função µ e A é
densidade populacional para a qual a função assume metade do seu valor máximo.
19
1.4 SIMULAÇÕES
Para as simulações dos experimentos (I) e (II) - (B) consideramos os seguintes
parâmetros: λ = 0, 1, A = λ2 , q = 5 e para µ assumimos dois valores µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
De modo que, a função µ(hx,t ) se comporte conforme ilustrado na figura 1.21.
λ
Figura 1.21: Função µ(hx,t ) para λ = 0, 1 , A = 2
, q = 5, µ = 0, 6 (preto) e µ = 0, 1
(cinza).
1.4.1 I: Dinâmica Sem o Consórcio de Culturas
As figuras 1.22 e 1.23 mostram as distribuições espaciais dos indivı́duos no domı́nio

para diferentes etapas de tempo com os indivı́duos sendo liberados no centro do domı́nio
e de forma aleatória, respectivamente. Considerando a fração migratória máxima µ = 0, 1
e µ = 0, 6.
20
Figura 1.22: Distribuição espacial dos indivı́duos no domı́nio composto somente pela
cultura principal e com os indivı́duos liberados no centro do domı́nio. Parâmetros: (a -
c) λ = 0, 1 e µ = 0, 1 e (d - f) λ = 0, 1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
Na figura 1.22 para o parâmetro µ = 0, 6 notamos a formação de um quadricu-

lado que não se altera com o passar das gerações a partir de t ≈ 190 e neste aparecem
alternadamente sı́tios com alta densidade de indivı́duos e sı́tios com baixa densidade. Por
outro lado, para µ = 0, 1,a densidade de indivı́duos em cada sı́tio é a mesma depois dos
transientes.
21
Figura 1.23: Distribuição espacial dos indivı́duos no domı́nio composto somente pela
cultura principal e com os indivı́duos liberados de forma aleatória no domı́nio. Parâmetros:
(a - c) λ = 0, 1 e µ = 0, 1 e (d - f) λ = 0, 1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
Observamos na figura 1.23 que os indivı́duos ocupam quase todo o domı́nio de

forma homogênea para µ = 0, 1, já para µ = 0, 6, percebemos uma distribuição hete-
rogênea estável.
A figura 1.24 mostra a densidade total dos indivı́duos presentes no domı́nio ho-
mogêneo para os dois valores de µ. Podemos ver que a densidade populacional assintótica
é significativamente menor para µ = 0, 6 quando comparada a µ = 0, 1 tanto no caso onde
os indivı́duos são liberados no centro do domı́nio (figura 1.24 (a)) quanto no caso em que
os mesmos são liberados de forma aleatória no domı́nio (figura 1.24 (b)). Este resultado
decorre da distribuição heterogênea obtida pa µ = 0, 6 pois, como há células desocupadas,
a densidade total é menor.
22
Figura 1.24: Densidade total de indivı́duos presentes na cultura principal sem a presença
da cultura secundária. Considerando µ = 0, 6 (preto) e µ = 0, 1 (cinza). (a) Indivı́duos
liberados no centro do domı́nio e (b) indivı́duos liberados de forma aleatória no domı́nio.
(a) (b)

(a) Indivı́duos Inicialmente Liberados no Centro Domı́nio
• Resultados obtidos para λ2 = 0, 01 fixado e os parâmetros de movimentação µ = 0, 1 e

µ = 0, 6.
As figuras 1.25 e 1.26 ilustram a distribuição espacial dos indivı́duos considerando
os casos µ = 0, 1 (figura 1.25) e µ = 0, 6 (figura 1.26)
23
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

24
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

25
Observamos através da distribuição espacial dos indivı́duos que para o parâmetro

µ = 0, 1 (figura 1.25) não ocorre a formação de um quadriculado como observado para
µ = 0, 6. Além disso, para os diferentes arranjos da cultura secundária produzem padrões
quadriculados diferentes.
A figura 1.27 ilustra a densidade total de insetos na cultura principal, conside-
rando os diferentes arranjos da cultura secundária e a figura 1.28 mostra o percentual de
decrescimento da população de indivı́duos.
λ2 = 0, 01.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Podemos notar através da análise das figuras 1.27 e 1.28 que o parâmetro µ = 0, 1
causa maior redução na densidade dos insetos quando comparado a µ = 0, 6, além disso
para µ = 0, 1, quanto maior for a área ocupada pela cultura secundária, menor será a
26
densidade dos insetos na cultura principal. Para µ = 0, 6, observamos que, apesar do

percentual de decrescimento ser positivo, a densidade total de indivı́duos assintótica é
maior do que a correspondente ao caso homogêneo quando são inseridas 19 fileiras e 39
fileiras da cultura secundária.
• Fixando λ2 = −1 e considerando os parâmetros de movimentação µ = 0, 1 e

µ = 0, 6.
A distribuição espacial dos indivı́duos é mostrada nas figuras 1.29 e 1.30 para
µ = 0, 1 e µ = 0, 6, respectivamente.
27
λ2 = −1 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

28
λ2 = −1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

29
A figura 1.31 mostra a população total de indivı́duos presentes na cultura principal

enquanto o percentual de decrescimento E dos insetos é apresentado na figura 1.32.
λ2 = −1.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Figura 1.32: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λ2 = −1
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Analisando a figura 1.32 percebemos que, ao contrário do que aconteceu anterior-

mente, o parâmetro µ = 0, 6 resulta em uma maior redução da população de indivı́duos
quando comparado a µ = 0, 1.
30
• Comparação dos resultados obtidos fixando o parâmetro µ = 0, 1 na figura 1.33

(a) e fixando µ = 0, 6 na figura 1.33 (b) e os parâmetros λ2 = 0, 01 e λ2 = −1.

e λ2 = −1 (preto).
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Observamos que λ2 = −1 é mais eficiente na redução dos insetos quando comparado

a λ2 = 0, 01. Ainda, notamos que quanto maior for a área ocupada pela cultura secundária
maior é o percentual de decrescimento E dos indivı́duos.

(b) Indivı́duos Inicialmente Liberados de Forma Aleatória no Domı́nio
• Fixando o parâmetro λ2 = 0, 01 e considerando os parâmetros de movimentação

µ = 0, 1 e µ = 0, 6.
As figuras 1.34 e 1.35 a seguir, ilustram a distribuição espacial dos indivı́duos no
domı́nio composto por ambas as culturas para os casos µ = 0, 1 (figura 1.34) e µ = 0, 6
(figura 1.35).
31
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

32
λ2 = 0, 01 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

33
Na figura 1.36 mostramos a densidade total de insetos na cultura principal, para

os diferentes arranjos da cultura secundária e na figura 1.37 é ilustrado o percentual de
decrescimento da população de indivı́duos.
λ2 = 0, 01.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Analisando as figuras 1.36 e 1.37 podemos perceber que o percentual de decresci-

mento da população é muito baixo para o parâmetro µ = 0, 1 e para µ = 0, 6 notamos
que a população de insetos aumenta à medida que a área da cultura secundária aumenta,
um fato que não havia acontecido até agora para todos os casos anteriores que foram
analisados.
• Fixando o parâmetro λ2 = −1 e considerando µ = 0, 1 e µ = 0, 6 como parâmetros

de movimentação.
34
Distribuição espacial dos indivı́duos é mostrada nas figuras 1.38 e 1.39 para µ = 0, 1
e µ = 0, 6, respectivamente.
λ2 = −1 e µ = 0, 1.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

35
λ2 = −1 e µ = 0, 6.
(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600
(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600
(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600
(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

36
Na figura 1.40 está ilustrada densidade total de insetos presentes na cultura prin-
cipal. O percentual de decrescimento E dos insetos é mostrada na figura 1.41.
λ2 = −1.
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Figura 1.41: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λx = 0, 01
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Notamos que a fração migratória máxima (µ) altera de forma significativa a den-
sidade total dos insetos na cultura principal (figura 1.40). Observamos ainda pela figura
1.41, que para µ = 0, 6 a redução na densidade de insetos é consideravelmente maior
quando comparada a µ = 0, 1.
37
• Comparação dos resultados obtidos fixando o parâmetro µ = 0, 1 na figura 1.42

(a) e fixando µ = 0, 6 na figura 1.42 (b) e os parâmetros λ2 = 0, 01 e λ2 = −1.

e λ2 = −1 (preto).
(a) µ = 0, 1 (b) µ = 0, 6
Através dos resultados apresentados na figura 1.42 notamos que a redução na

densidade de insetos é maior para λ2 = −1 tanto com µ = 0, 1 quanto com µ = 0, 6
fixados.

Capítulo 2

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Capítulo 2

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Capı́tulo 1

As equações de movimentação estudadas no Capı́tulo 1 (taxa de movimentação

Figura 1.1: Função µ(hx,t ) para λ = 0, 1 , A = λ2 , q = 5, µ = 0, 6 e valores de q igual a 5,

Fonte: Elaborado pelo autor

1.2.1 I: Dinâmica Sem o Consórcio de Culturas

Fonte: Elaborado pelo autor

1.2.2 II-(B) Efeitos da Área da Cultura Com Antibiose - Cul-

(a) Indivı́duos Inicialmente Liberados no Centro do Domı́nio

• Resultados obtidos para λ2 = 0, 01 e os parâmetros de movimentação µ = 0, 1 e

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 1.6: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λx = 0, 01

Fonte: Elaborado pelo autor

• Fixando o parâmetro λ2 = −1 e variando os parâmetros de movimentação µ =

As figuras 1.7 e 1.8 mostram as distribuições espaciais dos indivı́duos no domı́nio

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

A densidade total dos indivı́duos na cultura principal é mostrada na figura 1.9.

Fonte: Elaborado pelo autor

A figura 1.10 mostra o percentual de decrescimento E da população de insetos.

Figura 1.10: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λ2 = −1

Fonte: Elaborado pelo autor

Podemos perceber que a densidade populacional de insetos diminui significativa-

• Comparando os resultados obtidos quando variamos λ2 = 0, 01 e λ2 = −1 para

µ = 0, 1 (figura 1.11 (a)) e para µ = 0, 6 (1.11 (b)).

Figura 1.11: Percentual de decrescimento da população. Parâmetros: λ2 = 0, 01 (cinza)

Fonte: Elaborado pelo autor

Notamos que os dois valores de λ2 causam diminuição na densidade dos insetos.

1.2.3 II-(B) Efeitos da Área da Cultura Com Antibiose - Cul-

(b) Indivı́duos Inicialmente Liberados de Forma Aleatória no Domı́nio

• Fixando o parâmetro λ2 = 0, 01 e variando os parâmetros de movimentação

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

(a) t = 50 (b) t = 100 (c) t = 600

(d) t = 50 (e) t = 100 (f ) t = 600

(g) t = 50 (h) t = 100 (i) t = 600

(j) t = 50 (k) t = 100 (l) t = 600

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 1.15: Percentual de decrescimento da população. Parâmetro λ2 = 0, 01

Fonte: Elaborado pelo autor

Notamos que o percentual de decrescimento apresenta um comportamento seme-

• Deixando fixo o parâmetro λx = −1 e variando os parâmetros de movimentação