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1 O som produzido pela oitava, que é obtido por um som que vibra exatamente o dobro da
frequência do outro, gera dois sons tão semelhantes que praticamente se confundem, gerando uma
fusão sonora. Poderíamos dizer que as duas ondas sonoras se encaixam perfeitamente. Mais adiante
no curso, estudaremos a série harmônica, que apresentará por sua vez algumas propriedades físicas
do som. Procure no You Tube uma vídeo sobre ressonâncias. http://www.youtube.com/watch?
v=UitcHO8PYt8
2Voz aqui representa uma outra melodia, de altura diferente à melodia cantada, e não a voz física de
uma pessoa cantando. Por exemplo, em um coral, geralmente, canta-se à quatro vozes, com várias
pessoas cantando a voz mais aguda, as sopranos, e assim por diante. É então uma linha melódica.
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Figura 2. Melodia em quintas paralelas
Muito tempo cantando em quintas/quartas paralelas provocou por sua vez o advento
de um objeto sonoro da mais alta importância para a música ocidental, o acorde. O Acorde
é uma evolução da ideia da oitava dividida em duas partes, um elemento “perfeito” (a oitava)
dividido em duas partes diferentes, mas coerentes, próximas do perfeito 3, que são os
intervalos de quarta justa e quinta justa, que somados resultam na oitava. De uma forma
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semelhante, a quinta pode ser dividida em duas partes que também não são iguais mas bem
próximas obedecendo a proporção divina, gerando dois intervalos que chamamos de terças,
uma maior (dois tons) e uma menor (um tom e meio).
A B C D E F G
lá si dó ré mi fá sol
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Os acordes maiores são identificados apenas pela letra maiúscula (teoria do óbvio).
O acorde menor, formado por uma terça menor + uma terça maior, é também
largamente utilizado na música e soa bem a nossos ouvidos. Repare que o intervalo
resultante de quinta justa permanece, mudando apenas o estado do acorde. O acorde é
cifrado empregando a letra seguida de um ´m´ minúsculo, alguns livros usam o sinal ´-´
Há ainda outros dois tipos de acordes, não muito comuns, mas possíveis, o diminuto
e o aumentado. Um acorde diminuto é um acorde formando por duas terças menores, é
portanto, um acorde menor com a quinta diminuta (três tons). Ele é cifrado de diversas
formas: dim, m(5-), m(b5) e as vezes com ´o´. Vamos convencionar cifrá-lo com dim ou
m(b5).
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Exercício 6: Escreva acordes diminutos a partir da base dada e cifre-os.
O acorde diminuto pode ser alcançado a partir do menor, diminuindo-se sua quinta
em um semitom:
Exercício 7. Escreva acordes maiores, menores e diminutos a partir da base dada e cifre-os.
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O acorde aumentado, cifrado com um ´aum´, um ´+´ ou um ´#5´ ou ainda ´5+´ é um
acorde maior com a sua quinta aumentada em um semitom, formado então por duas terças
maiores:
Exercício. Escreva acordes aumentados a partir de acordes maiores sobre as bases e cifre-os:
Essa estrutura chamada acorde pode aparecer nas músicas de diversas formas, uma
delas é em posições diversificadas sem que a estrutura se altere, em outras palavras, o
acorde se mantêm independente de sua posição/disposição, veja alguns exemplos:
Há uma série de truques para identificar acordes quando não estejam na posição
fundamental, mas não é nosso objetivo agora adentrar nesta questão. Queremos apenas
mostrar que se trata de uma estrutura viva e dinâmica na música ocidental. Por hora, basta
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identificar um intervalo de quarta para que fique claro que o acorde não está em sua
posição fundamental, certinha, bonitinha...
4Quando o acorde é tocado, mas cada nota de uma vez, dizemos que o acorde está sendo
arpejado, recurso muito utilizado em prelúdios.
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Figura #2, All Of Me, compassos 1-8
Brasileirinho
B Bm
Waldir Azevedo
B F7 B
1.
F7 B F7
2.
8