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Histórico:
CAPS (20) IAPS (30) INPS (67) INAMPS
Problemas Acesso restrito à saúde; Ênfase na cura; Medicina ditatorial;
Ministério da saúde enfraquecido.
Tentativas de resolver os problemas: Plano CONASP VII CNS/86 (“Saúde,
direito de todos, dever do Estado) SUDS (87) SUS (88)
Conferências de Saúde:
50% dos membros são usuários.
Se reúnem de 4 em 4 anos.
É convocada pela Executiva ou pelos Conselhos.
Cria Diretrizes da politica de Saúde.
Indicadores de saúde:
Absolutos: Traduz uma realidade pontual e não permite comparações. São úteis
para a administração de recursos.
A) Coeficiente de Prevalência:
o Significa a frequência absoluta de casos, ou seja, o total de casos
existentes de um agravo.
o Fórmula = Nº de casos conhecidos (novos e antigos) de uma doença
População exposta da área no mesmo período
B) Coeficiente de Incidência:
o Avalia somente os casos novos, traduzindo uma ideia de intensidade, de
RISCO. Permite avaliar o aumento ou diminuição de determinada
doença.
o Fórmula = Nº de casos NOVOS de uma doença
População exposta
2 – Coeficiente de Letalidade:
Determina a capacidade da doença de provocar a morte em indivíduos
acometidos por ela, ou seja, mede a GRAVIDADE da doença.
3 – Coeficiente de Mortalidade:
Mede o risco de QUALQUER INDIVÍDUO da população morrer.
Pode ser medido de forma geral, ou pode ser especifico (peso, idade, sexo,
causa).
O Coeficiente de mortalidade geral, por si só, não oferece muitos dados de
qualidade e condições de vida.
Fórmula = Nº total de óbitos
População da mesma área e período
O Coeficiente de Mortalidade por Causa mostra o risco de qualquer pessoa
morrer devido a determinada causa. Encontra limitações em agravos que são
subnotificados ou devido a elevada proporção de óbitos devido à péssima
assistência médica prestada.
Fórmula = Nº de óbitos por determinada causa
População exposta
o Grupos selecionados:
Menos de 1 ano
Entre 1 e 4 anos
Entre 5 e 19 anos
Entre 20 e 49 anos
Mais de 50 anos
Perfil de Mortalidade:
Queda constante da mortalidade infantil desde 1990.
Aumento da mortalidade por causas crônicas degenerativas.
Crescimento dos óbitos por causas externas, sobretudo em homens jovens.
Doenças do aparelho circulatório representam o principal grupo de causas de
óbito no Brasil, seguida das neoplasias e das causas externas.
A principal causa de óbito no período neonatal e pós-neonatal são as afecções do
período perinatal.
A doença cerebrovascular é a principal causa de óbito no Brasil, seguida pela
doença isquêmica do coração.
A principal causa de morte em homens e mulheres são as doenças do aparelho
circulatório, sendo a doença isquêmica do coração em homens e a doença
cérebro vascular em mulheres.
O câncer de pulmão é a principal neoplasia causadora de óbito nos homens,
seguida pelo câncer de próstata e de estomago.
O câncer de mama é a principal neoplasia causadora de óbito em mulheres,
seguida pelo câncer de pulmão e de colo de útero.
A neoplasia maligna mais incidente no mundo e no Brasil é o câncer de pele
não-melanoma.
Perfil de Morbidade:
A principal neoplasia maligna no homem é o câncer de próstata, enquanto que
na mulher é o câncer de mama.
A principal causa de internação no SUS são ligadas a gravidez, parto e
puerpério.
A principal causa de internação por causas externas são as quedas.
Estudos Epidemiológicos
Estudos Descritivos: investigam a frequência e distribuição de um agravo à saúde na
população segundo as características da própria população, tais como sexo, idade, raça,
estado civil... São exemplos desses estudos: relato de casos, serie de casos, estudos
transversais, estudos ecológicos.
Estudos Analíticos: são os estudos que testam hipóteses, investigam a associam entre
fatores de risco e um agravo à saúde. Permitem calcular medidas de associação como
risco relativo, odds ratio.. São exemplos: caso-controle, coorte, ensaios clínicos.
Transversal Ecológico
Observacional
Longitudinal Serie Temporal
Agregado Intervenção Longitudinal Ensaio Comunitário
Transversal Inquérito
Coorte (prospectivo)
Observacional
Longitudinal Caso-controle
Individuado
(retrospectivo)
Intervenção Longitudinal Ensaio clínico
1 - Estudos Ecológicos:
AGREGADO + OBSERVACIONAL + TRANSVERSAL
“Vê a fumaça mas não vê o fogo”
Doença e Fator de risco AO MESMO TEMPO
Aborda uma área geográfica bem delimitada (bairro, cidade)
Vantagens: Fácil execução, Rápido, Barato, Gera suspeitas
Desvantagens: Não confirma as suspeitas (baixo poder analítico)
o Pode induzir ao erro (falácia ecológica)
Determina apenas a PREVALÊNCIA.
2 - Coorte:
INDIVIDUADO + OBSERVACIONAL + LONGITUDINAL PROSPECTIVO
“Vou estar observando”
Fator de risco ANTES da doença
Grupos
o Fator de risco presente
Doentes
Não doentes
o Fator de risco ausente
Doentes
Não doentes
Vantagens: definem riscos, confirmam suspeitas. Melhor método para se
estudar a INCIDÊNCIA e a HISTORIA NATURAL DAS DOENÇAS. Pode
analisar varias doenças ao mesmo tempo. O FATOR DE RISCO pode ser
RARO. Bom para definir riscos.
Desvantagens: Caros, longos, vulneráveis a perdas, inapropriado para doenças
raras ou de longos períodos de incubação, são difíceis de serem reproduzidos.
*Coorte histórica: a seleção do grupo de estudo ocorreu no passado, antes do
inicio da pesquisa. Ainda parte do fator de risco para a doença!!
3 - Caso-controle:
INDIVIDUADO + OBSERVACIONAL + LONGITUDINAL RETROSPECTIVO
Doença ANTES do fator de risco
Grupos:
o Doentes (Casos)
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
o Não-doentes (Controles)
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
Vantagens: Rápidos, baratos, bom para doenças raras ou com longos períodos
de incubação, fáceis de serem reproduzidos, permite analisar vários fatores de
risco ao mesmo tempo. ESTIMA o risco.
Desvantagens: Vulnerável a erros; os fatores de risco não podem ser raros.
4 - Ensaio Clínico:
INDIVIDUADO + INTERVENCIONAL + LONGITUDINAL PROSPECTIVO
INTERFERE no fator, PREVENINDO a doença.
Grupos:
o Substância
Efeito presente
Efeito ausente
o Controle (Placebo)
Efeito presente
Efeito ausente
Estudo controlado (evita o erro de intervenção), randomizado (seleção
aleatória – evita o erro de seleção), com pareamento, estratificação e
mascaramento (simples, duplo, triplo-cego / evita o erro de aferição)
Efeito Hawthorne Mudança do comportamento devido ao fato de estar sendo
observado. “Escovar melhor os dentes antes de ir ao dentista”.
Efeito placebo Efeito causado devido à aplicação de uma intervenção
semelhante à droga terapêutica.
Validade Interna Indica se os resultados de uma pesquisa são verdadeiros
para o grupo de indivíduos que foi analisado no estudo. Situação IDEAL.
EFICÁCIA.
Validade Externa Avalia se os resultados encontrados no estudo se aplicam
a outros grupos de indivíduos que não participaram do estudo. Situação REAL.
EFETIVIDADE.
Vantagens: consegue controlar os fatores de confusão, é o melhor para testar
medicamentos, comprova uma relação causal.
Desvantagens: problemas sociais, éticos e legais; são complexos, caros,
demorados e pouco eficazes para doenças raras.
Análise
Frequência:
Incidência Casos novos / População exposta Estudos de coorte
Estatística:
Erro ao acaso (aleatório): é o erro presente em todos os estudos e observações.
o É medido com o valor “p” e os intervalos de confiança.
o Se tivermos um valor “p” menos que 0,05 (5/100) podemos dizer que o
estudo foi significativamente significante.
o Se tivermos um intervalo de confiança com pouca variação, podemos
dizer que o estudo foi mais preciso.
o Dentro de um intervalo de confiança, estudos que tenham o RR ora < 1,
ora = 1 e ora > 1, são estudos que não se pode confiar.
Erros:
o Tipo I ou Alfa Falsos-positivos
o Tipo II ou Beta Falso negativos
Tipos de Estudo e Medidas de associação
Estudo de Coorte:
Fator de risco Doença Sem doença Total
Sim A B A+B
Não C D C+D
Total A+C B+D A+B+C+D = N
Quem foi exposto tem quantas vezes mais risco de adquirir a doença em
relação a quem não foi exposto?
o RR = Risco Relativo = Ie/Ine = X
O grupos exposto tem um risco X vezes maior de ter a doença que
o grupo não-exposto.
Dos indivíduos expostos, quantos deles tiveram a doença somente por terem
sido expostos?
o RAF ou RA = Risco Atribuível ao Fator ou Risco Absoluto = Ie – Ine =
X
O fator de risco foi responsável por X% dos casos da doença nas
pessoas expostas a ele.
Estudo de Caso-Controle:
Fator de risco Doença Sem doença Total
Sim A B A+B
Não C D C+D
Total A+C B+D A+B+C+D = N
Quem foi exposto ao fator de risco, no passado, teve quantas vezes mais chances de
apresentar a doença em relação ao grupo dos não-expostos?
o Odds Ratio = OR = (AxD) / (BxC) = X
As pessoas expostas ao fator de risco tiveram um risco X vezes maior
de apresentar a doença que as pessoas não-expostas.
Estudo Transversal:
Fator de risco Doença Sem doença Total
Sim A B A+B
Não C D C+D
Total A+C B+D A+B+C+D = N
Quantos pacientes são necessários tratar coma nova droga para evitar uma morte?
o NNT = Número Necessário ao Tratamento = 1 / RAR = X
É necessário tratar X pessoas para evitar uma morte.
Resumindo:
Estudo Frequência Associação
Coorte Incidência RR,RA, RAP, OR
Caso-controle Prevalência OR
Transversal Prevalência RP
Ensaio clínico Incidência RR, RRR, RAR, NNT
Validação de Testes e Diagnósticos
Resumindo:
Sensibilidade A/A+C
Especificidade D/B+D
Valor preditivo positivo A/A+B
Valor preditivo negativo D/C+D
Acurácia A+D/N
Vigilância Epidemiológica
É o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
de doenças ou agravos.
Tem como funções básicas a prevenção e o controle das doenças através da coleta de
dados, da analise e interpretação desses dados, da recomendação de medidas de controle
apropriadas, promoção das ações de controle indicadas, divulgação de informações
pertinentes.
Transmissão:
Indireta: necessita de vetores ou hospedeiros intermediários.
Direta imediata: através do contato direto (beijar, tocar, morder) = DSTs
Direta mediata: necessita de um substrato vital par carrear o agente
(secreções oronasais, mãos) = Sarampo, resfriado ...
Prevenção:
Primordial: EVITAR a INSTALAÇÃO do fator de risco. Ex.: medidas
que evitem o estabelecimento de padrões de vida social, econômica ou
cultural que estão ligados a um elevado risco de doença (fumar, obesidade...)
Primária: ELIMINAR o fator de risco, evitar a instalação da doença. Visa
a diminuição da INCIDÊNCIA da doença. O indivíduo NÃO está doente
ainda. Ex.: vacinação, tratamento da agua, distribuição de preservativos).
Secundária: é o RASTREAMENTO, DETECÇÃO e TRATAMENTO,
visando ELIMINAR a doença, diminuindo sua PREVALÊNCIA. Ex:
rastreamento para Tuberculose.
Terciária: EVITA as complicações, REABILITA e reintegra o individuo.
Quaternária: prevenção da iatrogenia e a prevenção da prevenção
inapropriada (evitar pedir exames desnecessários).
Saúde do Trabalhador
PCMSO NR-7. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Visa à
implantação da prevenção da saúde do trabalhador por parte de todos os epregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, objetivando a prevenção, o
rastreamento e o diagnostico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
Acidente de trabalho É aquele que ocorre durante o trabalho, podendo levar á lesão
(temporária ou permanente), doença ou morte do trabalhador. Os acidentes ocorridos no trajeto
entre a residência e o trabalho (vice-versa) também serão considerados como acidente de
trabalho. Todo acidente de trabalho deve ser notificado.
Benefícios previdenciários:
Aposentadoria por idade: 65 anos para homens e 60 anos para mulheres.
Aposentadoria por invalidez: trabalhador que for considerado incapaz total e
definitivamente para o trabalho e não tiver condições de ser reabilitado para o exercício
da atividade que lhe garanta seu sustento. Receberá 100% do seu salario.
Aposentadoria por tempo de contribuição: 35 anos de contribuição para homens e 30
anos para mulheres.
Salário-Maternidade: São 120 dias, com inicio 28 dias antes do parto + dia do parto +
91 dias após o parto.
o Em casos de adoção:
120 dias Crianças de até um ano de idade
60 dias Crianças de 1 até 4 anos de idade
30 dias Crianças de 4 até 8 anos de idade
Declaração de Óbito
É um ato MÉDICO.
Quando emitir:
1. Em todos os óbitos (natural ou violento)
2. Quando a criança nascer viva ou morrer logo após o nascimento
3. No óbito fetal, se a gestação teve duração maior que 20 semanas, ou o feto pesou
mais que 500g.
Como preencher:
Parte I:
a) Causa que provocou a morte – Causa terminal
b) e c) Estados mórbidos que produziram a causa registrada na linha a –
Causas antecedentes ou consequenciais.
d) Causa básica
Exemplos (a b, c d):
o Peritonite (terminal) Perfuração intestinal Febre tifoide (básica)