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MATERIAIS E IMATERIAIS
3ª EDIÇÃO, REVISADA E AMPLIADA
Fundarpe
PATRIMÔNIOS DE PERNAMBUCO:
MATERIAIS E IMATERIAIS
3ª EDIÇÃO, REVISADA E AMPLIADA
Recife
Fundarpe
2014
"Patrimônios de Pernambuco: Materiais e Imateriais Textos
© 2014 Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Augusto Paashaus
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida desde que citada a fonte."
Breno Albuquerque B. Borges
Celia Campos
Governo do Estado de Pernambuco
Eduardo Sarmento
Governador | João Lyra Neto
Ericka Rocha
Secretaria de Cultura Isabela de Oliveira Moraes
Secretário | Marcelo Canuto Mendes Maria de Lourdes Bezerra Cordeiro
Diretor de Gestão | Maria de Lourdes Mergulhão Nunes Renata Echeverria
Diretor de Políticas Culturais | André Brasileiro Roberta Jansen
Diretor de Projetos Especiais | Félix Farfan Rosa Virgínia Bomfim Vanderlei
Gestores de Comunicação | Michelle Assumpção e Tiago Montenegro Terezinha Silva
Ulisses Pernambucano de Melo Neto
Fundação do Patrimônio Histórico e Artísticode Pernambuco (Fundarpe)
Presidente | Severino Pessoa dos Santos
Diretora de Gestão | Sandra Simone dos Santos Bruno Ilustrações/Perspectivas
Diretor de Gestão do Funcultura | Thiago Rocha Leandro Ane Cleide dos Santos Silva
Diretor de Gestão de Equipamentos Culturais | Ascendina A. da Lapa Cyreno Cecília Barthel
Diretora de Preservação e Patrimônio Cultural | Celia Campos Fábio Pestana
Diretor de Produção | Luiz Cleodon Valença de Melo Mariana Aragão
Vanessa Teles
Equipe da Diretoria de Preservação Cultural - DPC
Anna Izabel Queiroz | Augusto Paashaus | Breno Borges Coordenação Técnica
Carla Vilella Mattos | Cristiane Feitosa |Daniela Esposito Renata Echeverría
Flavio Barbosa da Silva | Gabriel Navarro | Gustavo Bandeira
Izabel Paashaus | Jaqueline de Oliveira e Silva | Jeniffer Ferreira
Projeto Gráfico e Diagramação
José Sabino da Silva | Larissa Cisne | Lívia Tavares Froes
Flávio Barbosa da Silva
Maria José Ribeiro Agra |Mário Gouveia Júnior | Nazaré Reis
Neide Fernandes de Sousa | Nilson da Rocha Cordeiro
Fotos:
Raphaela Rezende | Reginaldo Silva Junior |Renata Echeverria
Roberto Carneiro da Silva | Rosa Wanderley Bomfim Acervo FUNDARPE
Tarcísio Paiva | Ulisses Pernambucano de Melo Neto Breno Borges
Vera Lucia Batista| Walter Zacarias de Souza Costa Neto
Eudes Santana
Flávio Barbosa
Roberta Guimarães
P314
Patrimônios de Pernambuco: materiais e imateriais / Fundação
Roberto Albuquerque
do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Recife:
Fundarpe, 2014.
140p.: Il.
ISBN
2. LEGISLAÇÃO 13
a. Constituição Federal 1988 13
b. Lei Nº. 9605/98 18
c. Decreto-Lei Nº. 25/1937 20
d. Decreto Nº. 3551/2000 29
e. Lei Nº. 7970/79 e Decretos Nº. 6239/80 e Nº. 6239 do Estado de Pernambuco 30
f. Constituição do Estado de Pernambuco 1989 43
g. Lei Nº. 12.196/2002 e Decreto Nº 27.503/2004 do Estado de Pernambuco 47
h. Lei Nº. 12.310/2002 do Estado de Pernambuco e alterações 53
i. Decreto Nº. 30.391/2007 do Estado de Pernambuco 55
j. Lei Nº. 4119/79 do Município de Olinda 55
k. Etapas para Tombamento Federal de Bem Cultural Material 57
l. Etapas para Registro Federal do Bem Cultural Imaterial 58
m. Etapas para Tombamento Estadual de Bem Cultural Material 59
n. Etapas para Tombamento de Bem Cultural Material de Olinda 60
o. Etapas para Registro de Bem Cultural Imaterial de Olinda 60
5
1 Para entender, refletir e preservar
o patrimônio cultural
Ao divulgar os patrimônios vivos e os bens materiais e os imateriais de Pernambuco,
verificam-se que o processo de preservação está associado à responsabilidade e iniciativa de
diversos atores e ao entendimento dos seguintes conceitos:
Cultura Identidade
A palavra cultura não tem apenas um Os antropólogos conceituam identidade
significado. Segundo a antropologia, é tudo como uma característica de um ser que se
aquilo construído pela humanidade, desde percebe como tal ao longo do tempo. Essa
objetos até ideias e crenças. É todo identidade pessoal passa para o plano
comportamento apreendido pelo indivíduo, cultural, que é a partilha de uma mesma
independente da herança biológica. Cultura, característica entre diferentes indivíduos.
portanto, é a forma pela qual o homem vive e Sabe-se que cada um possui várias
modifica o mundo ao seu redor, criando e peculiaridades e que elas estão relacionadas a
recriando formas de conviver. É essencialmente diferentes grupos sociais. Sabe-se também
o modo de fazer e de viver do homem.1 que, ao longo da vida, várias identidades são
criadas, como por exemplo, a identidade
materna, a de estudante, de profissional, a
identidade étnica, entre outras. Assim,
mesmo pertencendo a uma nação, várias
outras características definem a pessoa. Cada
País, Estado e Município também tem sua
própria identidade que vai se diferenciar de
outras e é essa identidade que vai formá-la
única e especial.2
1
Festival Pernambuco Nação Cultural. Educação Patrimonial para
o Sertão Central. Publicação da Diretoria de Preservação
Cultural. Fundarpe/2009.
2
Idem .1
6
Valor História
Segundo os sociólogos, valor é algo A arte ou a ciência da História procura interpretar
significativo, importante para o indivíduo ou e narrar uma série de acontecimentos escolhidos
para o grupo social. Esse valor pode estar dentre as ações humanas ao longo do tempo.
agregado a objetos como joias, roupas, Para os antigos a palavra história remetia ao
fotografias, livros e também as coisas histor, do grego, “aquele que vê”. O saber e o
imateriais como cantigas de ninar, receitas, poder de contar uma história estavam assim
histórias, etc. ligados à transmissão do testemunho
presencial de um fato memorável. A habilidade
A valorização pode acontecer de forma e as possibilidades de contar histórias, contudo,
coletiva. Existem bens que não são foram exercidas por muitos que testemunharam
importantes apenas para uma única pessoa, indiretamente vários fatos de “ouvir dizer” ou por
mas para todo um grupo. São de valor terem estudado os antigos documentos. Feitos e
coletivo, caracterizam um grupo e o diferencia personagens grandiosos, especialmente os
dos demais. chamados grandes homens ligados à religião, à
política e às guerras, foram privilegiados. No caso
Pode-se dizer que o valor das coisas, além do da História Brasileira, foi comum destacar as
aspecto monetário, é sempre uma construção heranças quinhentistas portuguesas em
subjetiva. É determinado pelas pessoas detrimento das indígenas, africanas e outras que
através do uso, da apreciação estética ou por constituíram a nação.
questões afetivas como é o caso da
identificação no objeto de parte da história da Atualmente, esboça-se uma nova história na
qual o passado pode ser contado de várias
sua vida, da identidade de sua comunidade.3
formas, interpretando e respeitando a
diversidade cultural dos povos. A história vem
contribuindo, significativamente, para a
compreensão dos elementos de identidade
individual e coletiva, integrando as histórias do
local com o nacional e o global através da
3
valorização, difusão e preservação do
Idem .1
4
Idem .1 patrimônio cultural.4
7
07
Memória Patrimônio
Sentimentos, atitudes e aprendizados A palavra patrimônio significa herança
assumidos em diferentes momentos da vida, paterna ou familiar. Bens de natureza
encontram na memória o lugar privilegiado de econômica herdados por alguém, ou
interações entre o cérebro, o corpo e o mundo acumulados durante a vida. Os bens que
em derredor. Em seu significado latino, o ato fazem parte do patrimônio cultural não
de lembrar, recordar, refere-se àquilo que interessam apenas a uma única pessoa, eles
“passa pelo coração”. Contudo, o que são uma herança coletiva, pois são
aconteceu passou, não volta mais, e, por isso, importantes ou representativos para a
entre esquecimentos e lembranças faz-se, no história e para a identidade da coletividade.
presente, as escolhas de um tempo vivido. Os Mas essa herança patrimonial é dinâmica,
registros das memórias podem ser então porque se modifica ao longo das gerações, de
considerados uma das principais ferramentas, acordo com o surgimento de novas
tanto da preservação, quanto da transmissão necessidades. O Patrimônio Cultural revela os
dos valores e da identidade cultural e da múltiplos aspectos da cultura de uma
história de um povo.5 comunidade. No Brasil, a busca pelo
reconhecimento do patrimônio nacional se
iniciou na década de 1920 e até hoje se procura
abranger a rica diversidade cultural do
território, tendo em vista o reconhecimento da
miscigenação entre as culturas étnicas para a
formação da identidade brasileira.6
5
Idem .1
6
Idem .1
8
Bens Culturais Bens Materiais
São o conjunto de bens materiais e imateriais Os bens materiais, de acordo com o Iphan e a
decorrentes da existência de um valor, elemento Unesco10, são bens de natureza concreta, ou
abstrato e incorpóreo, representativo, seja, monumentos, núcleos urbanos, sítios
evocativo, identificador e portador de arqueológicos e paisagísticos, coleções
referência à identidade, à ação e à memória arqueológicas, acervos musicológicos,
dos diferentes grupos formadores da documentais, bibliográficos, arquivísticos.
sociedade brasileira, sendo, portanto, objeto Dividem-se ainda em móveis, quando
de proteção e valorização a serem valorizados e podem ser deslocados do lugar original, ou
7
protegidos. imóveis, quando são fixos. Como exemplos
de bens materiais imóveis temos as igrejas, o
Bens Imateriais casario, a casa-grande de um engenho de
açucar, uma paisagem, como bens móveis
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico integrados, são exemplos, um altar-mor, um
Nacional – Iphan e a Organização das Nações painel de azulejos, etc., ocupando também
Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura – um lugar de destaque nesse universo.
Unesco consideram bens imateriais, as
práticas, as representações, as expressões, os Para a salvaguarda dos bens materiais, tem-se
conhecimentos e as técnicas – junto com os como principal instrumento o tombamento.
instrumentos, objetos, artefatos e lugares
culturais a eles associados. citam-se como
exemplos o caboclinho, as feiras, a quadrilha
junina, o frevo, as rezadeiras, as parteiras, as
8
feiras e mercados.
9
Tombamento
É o ato legal de reconhecimento do valor
cultural de um bem, que o transforma em
patrimônio oficial e institui regime jurídico
especial de propriedade, levando-se em conta Artesanato de
Tracunhaém
sua função social. É um ato administrativo,
cuja competência no Brasil é atribuída pelo
Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de Registro
1937. Pode ocorrer em nível federal, feito pelo Outro instrumento de que se dispõe para a
Iphan, ou ainda em esfera estadual ou preservação do patrimônio cultural é o
municipal, com o objetivo de preservar, por Registro de Bens Culturais de Natureza
intermédio da aplicação de legislação Imaterial, bens e expressões representativas
específica, bens de valor histórico, cultural, da diversidade cultural brasileira, através do
arquitetônico, ambiental e também de valor Registro, onde se reconhece que um
afetivo para a população, impedindo que determinado bem faz parte do Patrimônio
venham a ser destruídos ou descaracterizados. Cultural Brasileiro. Esse reconhecimento,
O nome tombamento advém do verbo tombar, significa mais do que a atribuição de um título a
isto é, registrar, inventariar, arrolar, visando um determinado bem cultural, representa,
proteger e conservar os bens culturais. principalmente, a produção e a divulgação de
conhecimento sobre esse bem com a
documentação de sua origem, trajetória e
transformações que sofreu ao longo do tempo;
seus modos de produção; quem são seus
produtores; como se deu seu consumo ou o
modo de circulação na sociedade, entre outros
aspectos. O Registro consiste na identificação
dos significados atribuídos ao bem e na
produção de vídeos ou material sonoro sobre
suas características e contexto cultural.11
11
Patrimônio Cultural Imaterial Para saber mais. Iphan/ Minc. 2007
10
Quando se fala em Preservação do Patrimônio sempre surgem algumas dúvidas.
As mais freqüentes são12:
12
Idem .11
13
Enquanto forma de acautelamento e proteção.
11
e) Qual a diferença entre Tombamento e Registro?
O tombamento aplica-se ao patrimônio material tangível, ou seja, objeto a que se busca
preservar sua matéria, forma e características. O registro considera manifestações
puramente simbólicas, não se presta a imobilizar ou impedir modificações nessa forma de
patrimônio. Seu propósito é inventariar e registrar as características dos bens intangíveis,
de modo a manter viva e acessível às tradições e suas referências culturais. No Brasil, o
registro em nível federal foi instituído pelo Decreto nº 3.551/2000.
Maracatu
12
2 Legislação
O Estado de Pernambuco vem protegendo seus bens materiais e imateriais com base em
extensa legislação que abrange desde a Constituição Federal até Leis, Decretos e
Resoluções Estaduais e Municipais. Abaixo seguem os principais dispositivos legais de
preservação do patrimônio no Estado.
Art. 5º. – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
13
Art. 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.
§1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-
brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os
diferentes segmentos étnicos nacionais.
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que
conduzem à:
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;
II - produção, promoção e difusão de bens culturais;
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas
múltiplas dimensões;
IV - democratização do acesso aos bens de cultura;
14
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira,
nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
§1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o
patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento
e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação
governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores
culturais.
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências
históricas dos antigos quilombos.
§ 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos
investimentos ou ações apoiados.
15
Por entender que a interpretação jurisprudencial do artigo 1º do Decreto-Lei nº 25/1937 –
que organiza a proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – está em
desconformidade com a Constituição Federal de 1988, a Procuradora Geral da República,
em exercício, Sandra Cureau, ajuizou em 11 de janeiro de 2010, no Supremo Tribunal
Federal - STF a Arguição do Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 206). Com a
ação, a PGR busca nova interpretação do dispositivo, no sentido de incluir no enunciado
da norma o conceito amplo de bem cultural, conforme os artigos 215 e 216 da Carta
Magna vigente.13
A novidade mais importante trazida em 1988, sem dúvida, foi alterar o conceito de bens
integrantes do patrimônio cultural passando a considerar que são aqueles “portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira”. Pela primeira vez no Brasil foi reconhecida em texto legal a
diversidade cultural brasileira, que em consequência passou a ser protegida e enaltecida,
passando a ter relevância jurídica os valores populares, indígenas e afro-brasileiros. A
tradição constitucional anterior, marcava como referência conceitual expressa a
monumentalidade, ao abandonar esta referência, o que a Constituição atual deseja proteger
não é o monumento, a grandiosidade de aparência, mais o íntimo valor da
representatividade nacional, a essência da nacionalidade, a razão de ser da cidadania.
13
Disponível em: http:stf.jus/portal/processo/verProcessoAndamento.asp e www.editoramagister.com/noticia_ler.php?id=41699
16
2 – cria formas novas de proteção, como o inventário, registro, vigilância e
3 – possibilita a inovação, pelo Poder Público, de outras formas, além do tradicional
tombamento e da desapropriação. Além disso, o texto constitucional, ele mesmo, declara
tombados bens que considera relevantes para o patrimônio cultural brasileiro, como os
documentos e sítios dos antigos quilombos. Porém, para que todos estes dispositivos
protecionistas sejam efetivamente aplicados, será necessário novo esforço legislativo.
Apesar das leis em vigor não se chocarem diretamente com o texto constitucional, estão
muito aquém de sua vontade e determinação. É necessário, por exemplo, regulamentar o
inventário, o registro e dá nova roupagem e dimensão ao tombamento que restou
acanhado na configuração que lhe deu o legislador em 1937.
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais.
17
b. Lei Nº. 9605/98
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor,
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o
preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Art. 4º. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
18
CAPÍTULO V
Dos Crimes Contra o Meio Ambiente
SEÇÃO IV
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por
lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico,
turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental,
sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pena reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim
considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico,
cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da
autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pena detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena detenção, de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do
seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de
detenção, e multa.
19
c. Decreto-Lei Nº. 25/1937
O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, usando da atribuição que lhe
confere o art. 180 da Constituição, decreta:
CAPÍTULO I
Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Art. 1º. Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e
imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua
vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor
arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
§1º Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte integrante do
patrimônio histórico e artístico nacional depois de inscritos separada ou agrupadamente
num dos quatro Livros do Tombo, de que trata o Art. 4º. desta Lei.
§2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a
tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe
conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela Natureza ou
agenciados pela indústria humana.
Art. 2º. A presente Lei se aplica às coisas pertencentes às pessoas naturais, bem como às
pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno.
20
4º) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou artísticos;
5º) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou comerciais;
6º) que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente para adorno dos
respectivos estabelecimentos.
Parágrafo único. As obras mencionadas nas alíneas 4 e 5 terão guia de licença para livre
trânsito, fornecida pelo serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
CAPÍTULO II
Do Tombamento
Art. 4º. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do
Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º. desta Lei, a saber:
1º) no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes
às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as
mencionadas no §2º. do citado art. 1º.;
2º) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de arte
histórica;
3º) no Livro do Tombo das Belas-Artes, as coisas de arte erudita nacional ou estrangeira;
4º) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das
artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.
§1º. Cada um dos Livros de Tombo poderá ter vários volumes.
§2º. Os bens, que se incluem nas categorias enumeradas nas alíneas 1, 2, 3 e 4 do presente
artigo, serão definidos e especificados no regulamento que for expedido para execução da
presente Lei.
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se
fará de ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, mas deverá ser notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja guarda
estiver a coisa tombada, afim de produzir os necessários efeitos.
21
Art. 7º Proceder-se-à ao tombamento voluntário sempre que o proprietário o pedir e a
coisa se revestir dos requisitos necessários para constituir parte integrante do patrimônio
histórico e artístico nacional, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, ou sempre que o mesmo proprietário anuir, por escrito, à
notificação, que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos Livros do Tombo.
Art. 10. O tombamento dos bens, a que se refere o art. 6º desta lei, será considerado
provisório ou definitivo, conforme esteja o respectivo processo iniciado pela notificação
ou concluído pela inscrição dos referidos bens no competente Livro do Tombo.
Parágrafo único. Para todas os efeitos, salvo a disposição do art. 13 desta lei, o
tombamento provisório se equiparará ao definitivo.
22
CAPÍTULO III
Dos Efeitos do Tombamento
Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos Municípios,
inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à outra das referidas
entidades.
Parágrafo único. Feita a transferência, dela deve o adquirente dar imediato conhecimento
ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de propriedade partcular será, por iniciativa do
órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, transcrito para
os devidos efeitos em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da
transcrição do domínio.
§ 1º No caso de transferência de propriedade dos bens de que trata êste artigo, deverá o
adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de multa de dez por cento sôbre o
respectivo valor, fazê-la constar do registro, ainda que se trate de transmissão judicial ou
causa mortis.
§ 2º Na hipótese de deslocação de tais bens, deverá o proprietário, dentro do mesmo
prazo e sob pena da mesma multa, inscrevê-los no registro do lugar para que tiverem
sido deslocados.
§ 3º A transferência deve ser comunicada pelo adquirente, e a deslocação pelo
proprietário, ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional, dentro do mesmo
prazo e sob a mesma pena.
Art. 14. A. coisa tombada não poderá saír do país, senão por curto prazo, sem
transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional.
23
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo anterior, a exportação, para fora do país,
da coisa tombada, será esta sequestrada pela União ou pelo Estado em que se encontrar.
§ 1º Apurada a responsábilidade do proprietário, ser-lhe-á imposta a multa de cincoenta
por cento do valor da coisa, que permanecerá sequestrada em garantia do pagamento, e
até que êste se faça.
§ 2º No caso de reincidência, a multa será elevada ao dôbro.
§ 3º A pessôa que tentar a exportação de coisa tombada, alem de incidir na multa a que se
referem os parágrafos anteriores, incorrerá, nas penas cominadas no Código Penal para o
crime de contrabando.
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruidas, demolidas ou
mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artistico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de
cincoenta por cento do dano causado.
Parágrafo único. Tratando-se de bens pertencentes á União, aos Estados ou aos
municípios, a autoridade responsável pela infração do presente artigo incorrerá
pessoalmente na multa.
Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou
reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada
destruir a obra ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de cinquenta por
cento do valor do mesmo objeto.
Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não dispuzer de recursos para proceder às
obras de conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do
24
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras,
sob pena de multa correspondente ao dobro da importância em que fôr avaliado o dano
sofrido pela mesma coisa.
§ 1º Recebida a comunicação, e consideradas necessárias as obras, o diretor do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará executá-las, a expensas da União,
devendo as mesmas ser iniciadas dentro do prazo de seis meses, ou providenciará para
que seja feita a desapropriação da coisa.
§ 2º À falta de qualquer das providências previstas no parágrafo anterior, poderá o
proprietário requerer que seja cancelado o tombamento da coisa.
§ 3º Uma vez que verifique haver urgência na realização de obras e conservação ou
reparação em qualquer coisa tombada, poderá o Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional tomar a iniciativa de projetá-las e executá-las, a expensas da União,
independentemente da comunicação a que alude êste artigo, por parte do proprietário.
Art. 21. Os atentados cometidos contra os bens de que trata o art. 1º desta lei são
equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional.
CAPÍTULO IV
Do Direito de Preferência
Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessôas naturais
ou a pessoas jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios terão, nesta
ordem, o direito de preferência.
§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que prèviamente sejam os bens oferecidos, pelo
mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao município em que se encontrarem. O
25
proprietário deverá notificar os titulares do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta
dias, sob pena de perdê-lo.
§ 2º É nula alienação realizada com violação do disposto no parágrafo anterior, ficando
qualquer dos titulares do direito de preferência habilitado a sequestrar a coisa e a impôr a
multa de vinte por cento do seu valor ao transmitente e ao adquirente, que serão por ela
solidariamente responsáveis. A nulidade será pronunciada, na forma da lei, pelo juiz que
conceder o sequestro, o qual só será levantado depois de paga a multa e se qualquer dos
titulares do direito de preferência não tiver adquirido a coisa no prazo de trinta dias.
§ 3º O direito de preferência não inibe o proprietário de gravar livremente a coisa
tombada, de penhor, anticrese ou hipoteca.
§ 4º Nenhuma venda judicial de bens tombados se poderá realizar sem que, prèviamente,
os titulares do direito de preferência sejam disso notificados judicialmente, não podendo
os editais de praça ser expedidos, sob pena de nulidade, antes de feita a notificação.
§ 5º Aos titulares do direito de preferência assistirá o direito de remissão, se dela não
lançarem mão, até a assinatura do auto de arrematação ou até a sentença de adjudicação,
as pessôas que, na forma da lei, tiverem a faculdade de remir.
§ 6º O direito de remissão por parte da União, bem como do Estado e do município em que
os bens se encontrarem, poderá ser exercido, dentro de cinco dias a partir da assinatura do
auto do arrematação ou da sentença de adjudicação, não se podendo extraír a carta,
enquanto não se esgotar êste prazo, salvo se o arrematante ou o adjudicante for qualquer
dos titulares do direito de preferência.
CAPÍTULO V
Disposições Gerais
26
Art. 24. A União manterá, para a conservação e a exposição de obras históricas e artísticas
de bsua propriedade, além do Museu Histórico Nacional e do Museu Nacional de Belas
Artes, tantos outros museus nacionais quantos se tornarem necessários, devendo
outrossim providênciar no sentido de favorecer a instituição de museus estaduais e
municipais, com finalidades similares.
Art. 27. Sempre que os agentes de leilões tiverem de vender objetos de natureza idêntica à
dos mencionados no artigo anterior, deverão apresentar a respectiva relação ao órgão
competente doServiço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob pena de incidirem
na multa de cincoenta por cento sôbre o valor dos objetos vendidos.
Art. 28. Nenhum objéto de natureza idêntica à dos referidos no art. 26 desta lei poderá ser
posto à venda pelos comerciantes ou agentes de leilões, sem que tenha sido préviamente
autenticado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou por perito em
que o mesmo se louvar, sob pena de multa de cincoenta por cento sôbre o valor
atribuido ao objéto.
Parágrafo único. A autenticação do mencionado objeto será feita mediante o
pagamento de uma taxa de peritagem de cinco por cento sôbre o valor da coisa, se êste
fôr inferior ou equivalente a um conto de réis, e de mais cinco mil réis por conto de réis
ou fração, que exceder.
27
Art. 29. O titular do direito de preferência gosa de privilégio especial sôbre o valor
produzido em praça por bens tombados, quanto ao pagamento de multas impostas em
virtude de infrações da presente lei.
Parágrafo único. Só terão prioridade sôbre o privilégio a que se refere êste artigo os
créditos inscritos no registro competente, antes do tombamento da coisa pelo Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
28
d. Decreto Nº. 3551/2000
Art.1º. Fica instituído o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem
patrimônio cultural brasileiro.
§1º Esse registro se fará em um dos seguintes livros:
I - Livro de Registro dos Saberes, onde serão inscritos conhecimentos e modos de fazer
enraizados no cotidiano das comunidades;
II - Livro de Registro das Celebrações, onde serão inscritos rituais e festas que marcam
a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras
práticas da vida social;
III - Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações
literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;
IV - Livro de Registro dos Lugares, onde serão inscritos mercados, feiras, santuários,
praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais
coletivas.
§2º. Inscrição num dos livros de registro terá sempre como referência a continuidade
histórica do bem e sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da
sociedade brasileira.
§3º Outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de
natureza imaterial que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos
livros definidos no parágrafo primeiro deste artigo.
Art. 2º. São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro:
I - o Ministro de Estado da Cultura;
II - instituições vinculadas ao Ministério da Cultura;
III - Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal;
IV - sociedades ou associações civis.
29
e. Lei Nº. 7970/79, Decreto Nº. 6239/80 do Estado de Pernambuco e
Decreto Nº 36.249, de 17 de fevereiro de 2011
Art. 1º. O Estado de Pernambuco procederá, nos termos desta Lei e de legislação federal
especifica, ao Tombamento total ou parcial de bens móveis ou imóveis, públicos ou
particulares, existentes em seu território e que, por seu valor arqueológico, etnográfico,
histórico, artístico, bibliográfico, folclórico ou paisagístico, devam ficar sob a proteção do
Poder Publico, segundo os artigos 180, parágrafo único, da Constituição da República e
144 da Constituição do Estado.
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15
Idem 14
30
§4º Se a iniciativa do Tombamento não partir do próprio dono do bem objeto da proposta,
notificá-lo-á a Fundarpe, para, no prazo de trinta dias, anuir à medida ou impugná-la.
§5º A abertura do processo de Tombamento, por despacho do Secretário de Educação16,
deferindo a proposta ou por decisão preliminar do Conselho Estadual de Cultura, agindo
de oficio, assegura ao bem em exame, até a resolução final, o mesmo regime de
preservação dos bens tombados.
Art. 3º. O tombamento de cidades, vilas e povoados, para lhes dar caráter de
monumentos, dependerá de autorização expressa de lei estadual, de iniciativa do
Governador do Estado, mediante proposta do Conselho Estadual de Cultura, dispensada a
notificação a que se refere o § 4º do artigo anterior.
Art. 5º. As restrições à livre disposição, uso e gozo dos bens tombados, bem como as
sanções ao seu desrespeito, é estabelecido na legislação federal, cabendo à FUNDARPE
providenciar a sua aplicação, em cada caso.
Art. 6º. O Conselho Estadual de Cultura manterá, para registro, os seguintes Livros de Tombo.
I - Livro de Tombo dos Bens Móveis de valor arqueológico, etnográfico, histórico,
artístico ou folclórico;
II - Livro de Tombo de Edifícios e Monumentos Isolados;
III - Livro de Tombo de Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos;
IV - Livro de Tombo de Monumentos, Sítios e Paisagens Naturais;
V - Livro de Tombo de Cidades, Vilas e Povoados.
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maioria de dois terços dos Conselheiros e homologada pelo Governador do Estado.
Parágrafo Único – Podem propor o destombamento previsto neste artigo:
I – os membros do Conselho Estadual de Cultura e as pessoas jurídicas de direito
público, a qualquer tempo;
II – o proprietário do bem tombado, na hipótese do art. 1º do Decreto - Lei Federal n.º
25, de 30 de novembro de 1937, se o Estado não adotar as providências ali
determinadas.
Art. 8º - Compete ao Conselho Estadual de Cultura, além das atribuições que foram
conferidas pela Lei nº 6003, de 27 de setembro de 1967:
I – tombar os bens de valor arqueológico, etnográfico, histórico, artístico,
bibliográfico, folclórico ou paisagístico existente no Estado de Pernambuco, e
destombá-los quando for o caso;
II - comunicar as resoluções sobre Tombamento ao oficial de registro de imóveis, para
as transcrições e averbações previstas no Decreto – Lei Federal 25, de 30 de novembro
de 1937, bem como ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;
III – adotar as medidas administrativas previstas na legislação federal para que se
produzam os efeitos do Tombamento;
IV – deliberar quando à adequação do uso proposto para o bem tombado, ouvida a
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE;
V – decidir, ouvida a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco –
FUNDARPE, sobre projetos de obras de conservação, reparação e restauração dos
bens tombados;
VI – supervisionar a fiscalização da preservação dos bens tombados;
VII – propor ao Secretário de Educação17, bem como às entidades interessadas,
medidas para preservação do patrimônio histórico e artístico de Pernambuco;
VIII – divulgar em publicação oficial, anualmente atualizada, a relação dos bens
tombados pelo Estado.
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Art. 9º - Cabe a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco –
FUNDARPE:
I – dar parecer técnico sobre as propostas de Tombamento de bens e seu eventual
cancelamento;
II – fiscalizar a observância do uso aprovado pelo Conselho para o bem tombado;
III – opinar sobre os projetos de conservação, reparação e restauração de bens
tombados;
IV – verificar, periodicamente, o estado dos bens tombados e fiscalizar as obras e
serviços de conservação dos mesmos;
V – atender às solicitações do Conselho Estadual de Cultura e opinar sobre matéria
que este lhe encaminhar;
VI – exercer, em relação aos bens tombados pelo Estado, os poderes que a Lei Federal
atribui ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional quanto aos bens
tombados da União.
Art. 10. O Governo do Estado regulamentará esta Lei, mediante Decreto, no prazo de
sessenta dias, contados de sua publicação.
Parágrafo Único – A Secretaria de Educação18, o Conselho Estadual de Cultura e a
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE, adaptar-se-
ão, em igual prazo às disposições da presente Lei.
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Decreto Nº. 6239, de 11 de janeiro de 1980
Regulamenta a Lei Nº. 7.970, de 18 de janeiro de 1979, que institui o tombamento de bens
pelo Estado, e dá outras providências.
DECRETA:
CAPÍTULO I
Do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco
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CAPÍTULO II
Do Sistema Estadual de Tombamento
CAPÍTULO III
Do Processo de Tombamento
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Idem 19
35
§ 1º Sendo o proponente proprietário do bem objeto da proposta, deverá o mesmo ser
instruído com documento hábil de comprovação de propriedade.
§ 2º Nos casos de emergência, caracterizada por iminente perigo de destruição,
demolição, mutilação ou alteração, assim como transferência do bem para fora do Estado,
a proposta de Tombamento poderá ser acolhida sem os requisitos constantes dos incisos I
a V deste artigo.
Art. 7º - Serão liminarmente indeferidas as propostas que não atenderem aos requisitos
do artigo 5º, ou, ainda, que tenham por objetivos bens insuscetíveis de Tombamento.
Art. 10º - A abertura do processo de Tombamento, na forma dos artigos 8º e 9º, assegura
ao bem em exame, até a Resolução final, o mesmo regime de preservação dos bens
tombados, e será anotada pela FUNDARPE em ficha própria, que conterá:
I – número do processo de mento e data de sua abertura;
II – nome e espécie do bem objeto do processo;
III – nome e endereço do proponente, e menção de sua qualidade de proprietário ou
não do bem objeto do processo;
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Idem 21
23
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IV – nome e endereço do proprietário do bem objeto do processo, se não for o
proponente;
V – elementos da notificação a que se refere o artigo 12;
VI – nome do jornal, número de página e data da edição que publicou o edital de
notificação a que se alude o artigo 11.
CAPITULO IV
Da Resolução de Tombamento
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sobre o mérito, decidindo pelo tombamento ou não do bem respectivo.
Parágrafo Único – Acolhendo o Conselho Estadual de Cultura, apenas parcialmente, a
sugestão de tombamento, ou resolvendo alterar aspectos técnicos da preservação
sugerida, retornará o processo, através da Secretaria de Educação25, a FUNDARPE, com as
recomendações que fizer, para novo exame.
Art. 16 – Decidido o Tombamento, por maioria absoluta dos seus membros, o Conselho
Estadual de Cultura baixará a resolução de tombamento, a qual será encaminhada através
da Secretaria de Educação26, ao Governador do Estado, para homologação, mediante
Decreto.
CAPITULO V
Da Inscrição do Tombamento
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Idem 19
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Idem 19
38
Parágrafo Único – Sempre que for móvel o bem tombado, far-se-á a idêntica comunicação
ao Oficial do Registro de Imóveis e ao Prefeito do respectivo Município.
CAPITULO VI
Das Disposições Gerais
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Art. 23 - O proprietário do bem tombado, que não dispuser de recursos para obras de
conservação e reparação, levará ao conhecimento da Secretaria de Educação29 a
necessidade das mencionadas obras.
§ 1º - Recebida à comunicação, a Secretaria de Educação30 remetê-la-á à FUNDARPE, para
que, sendo as obras necessárias, as faça executar.
§ 2º - Não sendo iniciadas as obras no prazo de seis meses, poderá o proprietário re-querer
o destombamento do bem.
§ 3º - Havendo urgência na realização de obras de conservação e reparos em qualquer
bem tombado, poderá a FUNDARPE, tomar iniciativa de projetá-las e executá-las às suas
expensas, independentemente de comunicação a que alude este artigo.
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Idem 29
40
Decreto Nº 36.249, de 17 de fevereiro de 2011
O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 37,
inciso IV, da Constituição Estadual,
DECRETA:
“Art. 14. Concluído o exame e instruído o processo com todos os elementos necessários à
decisão, inclusive registro gráfico e fotográfico do bem, a FUNDARPE encaminhá-lo-á ao
Conselho Estadual de Cultura, através da Secretaria de Cultura, com parecer conclusivo,
favorável ou não ao tombamento.
§ 1º Da sugestão de tombamento, emitida pela FUNDARPE, constará, de logo, a indicação
das medidas acessórias de preservação legal do bem e do seu entorno, se for o caso, as
41
quais integrarão, oportunamente, a inscrição do tombamento.
§ 2º Na hipótese de fundamentada necessidade inadiável da remoção de um bem
tombado ou em processo de tombamento pelo Estado, o Conselho Estadual de Cultura,
ouvida a FUNDARPE, tomará as precauções necessárias à sua preservação física,
responsabilizando-se pela desmontagem, transferência e remontagem em local adequado.
§ 3º Cessada a causa que originou a transferência, garantida a segurança e preservação do
bem, este retornará ao seu local de origem.”
42
f. Constituição do Estado de Pernambuco 1989
TÍTULO II
Da Organização do Estado e Seus Poderes
CAPÍTULO I
Da Competência do Estado
Art. 5º. O Estado exerce em seu Território todos os poderes que explicita ou
implicitamente não lhe sejam vedados pela Constituição da República.
Parágrafo único. E competência comum do Estado e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos e as paisagens naturais notáveis, os sítios arqueológicos, e
conservar o patrimônio público;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso a cultura, a educação e a Ciência;
VI - proteger o meio ambiente, combatendo a poluição em qualquer de suas formas;
TÍTULO III
Da Organização Municipal e Regional
CAPÍTULO I
Do Município
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
43
XII - implantar a Política Municipal de Proteção e de Gestão Ambiental, em colaboração
com a União e o Estado.
CAPÍTULO II
Das Regiões
SEÇÃO II
Do Distrito Estadual de Fernando de Noronha
TÍTULO VII
Da Ordem Social
CAPÍTULO II
Da Educação, da Cultura, do Desporto e do Lazer
SEÇÃO II
Da Cultura
Art. 197. O Estado tem o dever de garantir a todos a participação no processo social da
cultura.
§1º As ciências, as artes e as letras são livres.
§2º O Poder Público protegerá, em sua integridade e desenvolvimento, as manifestações
de cultura popular, de origem africana e de outros grupos participantes do processo da
civilização brasileira.
§3º As culturas indígenas devem ser respeitadas em seu caráter autônomo.
§4º Ficam sob a organização, guarda e gestão dos governos estadual e municipais a
documentação histórica e as medidas para franquear sua consulta, bem como a proteção
44
especial de obras, edifícios e locais de valor histórico ou artístico, os monumentos,
paisagens naturais e jazidas arqueológicas.
§5º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.
§6º O Estado e os Municípios promoverão instalação de espaços culturais com bibliotecas
e áreas de multimeios, nas sedes municipais e distritos, sendo obrigatória a sua
existência nos projetos habitacionais e de urbanização, segundo o módulo a ser
determinado por lei.
Art. 198. O Estado considerará como manifestação cultural de sua promoção a edição
semestral das revistas oficiais do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico
Pernambucano e da Academia Pernambucana de Letras, sem prejuízo de subvenções
financeiras que possam ser atribuídas a estas duas instituições.
Parágrafo único. Terão as duas entidades responsabilidade editorial integral,
respondendo o Estado, apenas, pelo financiamento das edições.
45
IX - tratamento da cultura em sua totalidade, considerando as expressões artísticas e
não artísticas;
X - integração das ações culturais e educacionais;
CAPÍTULO IV
Do Meio Ambiente
SEÇÃO I
Da Proteção ao Meio Ambiente
Art. 205. Compete ao Estado e aos Municípios, em consonância com a União, nos
termos da lei, proteger áreas de interesse cultural e ambiental, especialmente os
arrecifes, os mananciais de interesse público e suas bacias, os locais de pouso,
alimentação e/ou reprodução da fauna, bem como áreas de ocorrências de
endemismos e raros bancos genéticos e as habitadas por organismos raros, vulneráveis,
ameaçados ou em via de extinção.
46
g. Lei Nº. 12.196/2002 e Decreto Nº. 27.503/2004 do Estado de Pernambuco
CAPÍTULO I
Da Instituição do Registro de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco - RPV-PE e da
Definição de Patrimônio Vivo
CAPÍTULO II
Dos Requisitos para habilitação à inscrição no RPV-PE
Art. 2º. Considerar-se-á habilitado para pedido de inscrição no RPV-PE, na forma desta Lei,
os que, abrangidos na definição de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, atenderem
ainda os seguintes requisitos:
47
I - no caso de pessoa natural:
a) estar viva;
b) ser brasileira residente no Estado de Pernambuco há mais de 20 (vinte) anos,
contados da data do pedido de inscrição;
c) ter comprovada participação em atividades culturais há mais de 20 (vinte) anos,
contados da data do pedido de inscrição;
d) estar capacitada a transmitir seus conhecimentos ou suas técnicas a alunos ou
a aprendizes;
II - no caso dos grupos:
a) estar em atividade;
b) estar constituído sob qualquer forma associativa, sem fins lucrativos, dotado
ou não de personalidade jurídica na forma da lei civil, comprovadamente há mais
de 20 (vinte) anos contados da data do pedido de inscrição;
c) ter comprovada participação em atividades culturais há mais de 20 (vinte) anos,
contados da data do pedido de inscrição;
d) estar capacitado a transmitir seus conhecimentos ou suas técnicas a alunos ou
a aprendizes.
§1º O requisito da alínea "d" do inciso I do caput deste artigo poderá ser dispensado na
hipótese de verificação de condição de incapacidade física causada por doença grave cuja
ocorrência for comprovada mediante exame médico-pericial com base em laudo
conclusivo da medicina especializada, elaborado ou ratificado por junta médica do
Departamento de Perícias Médicas e Segurança do Trabalho da Secretaria de
Administração e Reforma do Estado.
§2º No caso dos grupos não dotados de personalidade jurídica, a concessão da inscrição
no RPV-PE fica condicionada à aquisição, pelo grupo, da personalidade jurídica na forma
da lei civil, mantidos a denominação tradicional do grupo, o objeto cultural e a finalidade
não lucrativa.
48
CAPÍTULO V
Do Processo de Registro no RPV-PE
Art. 7º. São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro no
RPV-PE:
I - o Secretário de Cultura do Estado;
II - o Conselho Estadual de Cultura;
III - a Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco;
IV - os Municípios do Estado de Pernambuco;
V - as entidades sem fins lucrativos, sediadas no Estado de Pernambuco, que estejam
constituídas há pelo menos 02 (dois) anos nos termos da lei civil e que incluam entre
as suas finalidades a proteção ao patrimônio cultural ou artístico estaduais.
Art. 8º. Formulado o requerimento de inscrição por parte legítima e instruído com a
anuência expressa do candidato ao registro no RPV-PE com os deveres previstos nesta Lei
para os inscritos no RVP, bem como com outros documentos que comprovem o
atendimento, pelo candidato, dos requisitos previstos nesta Lei para a sua inscrição no
RPV-PE, o Secretário de Cultura do Estado, considerando habilitado à inscrição o
candidato, mandará publicar edital no Diário Oficial do Estado e em jornais de ampla
circulação na capital do Estado, para conhecimento público das candidaturas e eventual
impugnação por qualquer do povo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação.
§1º De decisão do Secretário de Cultura que considerar candidato inabilitado para
inscrição no RPV-PE, por não atender qualquer dos requisitos para tanto previstos nesta
Lei, caberá recurso do interessado, com mero efeito devolutivo, ao Conselho Estadual de
Cultura que, apreciando-o, manterá ou reformará a decisão recorrida.
§2º Ultrapassado o prazo para conhecimento e impugnação de que trata o caput
deste artigo, uma Comissão Especial de 05 (cinco) membros, designados pelo Secretário
de Cultura do Estado entre pessoas de notório saber e reputação ilibada na área cultural
específica, elaborará relatório acerca da idoneidade da candidatura apresentada.
§3º Na elaboração do relatório de que trata o parágrafo anterior, a Comissão Especial,
também tratada no mesmo parágrafo assegurará aos candidatos à inscrição no RPV-PE o
49
direito de ampla defesa para esclarecimento, pelo prazo de 30 (trinta) dias, de qualquer
exigência ou impugnação relativa ao atendimento pelo candidato dos requisitos
previstos nesta Lei.
§4º Caso o número de candidatos apresentados considerados habilitados pela
Comissão Especial, de que trata o § 2º deste artigo, exceda o número máximo anual
permitido de novas inscrições no RPV-PE, a comissão, no seu relatório estabelecerá
recomendações de preferência na inscrição com base:
I - na relevância do trabalho desenvolvido pelo candidato em prol da cultura
pernambucana;
II - na idade do candidato, se pessoa natural, ou na antiguidade do grupo; e,
III - na avaliação da situação de carência social do candidato.
§5º O relatório, de que trata o § 2º deste artigo, contendo, se for o caso,
recomendações quanto à preferência na inscrição no RPV-PE na forma prevista no § 4º
deste artigo, será apresentado pela Comissão Especial que o elaborou em audiência
pública a ser realizada no Conselho Estadual de Cultura que emitirá resolução sobre a
idoneidade dos candidatos a registro no RPV-PE apresentados naquele ano e sobre quais
deles devem ter concedida sua inscrição no RPV-PE naquele ano.
§6º Tendo sido considerado o candidato ou candidatos aptos a registro no RPV-PE,
conforme disposto na Resolução do Conselho Estadual de Cultura, de que trata o
parágrafo anterior, o Secretário de Cultura do Estado, mediante ato próprio a ser
publicado no Diário Oficial do Estado, determinará a inscrição do candidato ou
candidatos no RPV-PE.
§7º A inscrição no RPV-PE produzirá efeitos financeiros a partir do primeiro dia do
segundo mês subseqüente à publicação do ato concessivo da inscrição.
50
Decreto Nº. 27.503, de 27 de dezembro de 2004
DECRETA:
CAPÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO DO RPV-PE
Art. 1º. Instituído pela Lei Nº. 12.196, de 02 de maio de 2002, o Registro do Patrimônio
Vivo do Estado de Pernambuco - RPV-PE, será desenvolvido mediante a inscrição de
pessoa natural ou jurídica, em livro próprio a cargo da Secretaria de Educação e Cultura do
Estado, que atendam as finalidades e requisitos previstos nos artigos 1º e 2º da
supracitada Lei, após resolução do Conselho Estadual de Cultura.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
51
II - grupos de pessoas naturais: as pessoas jurídicas de direito privado, com finalidades
culturais não-lucrativas expressamente previstas em Estatuto Social, em consonância
com o disposto no parágrafo único do artigo 1º da Lei Nº. 12.196, de 2002;
III - candidatos à inscrição no RPV-PE: as pessoas naturais ou grupo de pessoas
naturais e as pessoas jurídicas submetidas às instâncias do RPV-PE, segundo as
determinações da Lei Nº. 12.196, de 2002;
IV - entidade proponente: parte legítima que formula requerimento de inscrição de
candidatura no RPV-PE, nos termos do artigo 7º da Lei Nº. 12.196, de 2002;
V - inscritos no RPV-PE: as pessoas naturais ou jurídicas com atuação cultural que
tiverem suas candidaturas aprovadas e registradas pelas instâncias deliberativas do
RPV-PE;
VI - unidade gerencial do RPV-PE: grupo de agentes públicos da Secretaria Estadual de
Educação e Cultura e de suas unidades vinculadas, responsável pelo planejamento,
operacionalização e controle das ações, programas e projetos do Sistema de Registro
do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco;
VII - patrimônio vivo do Estado de Pernambuco: pessoa natural ou grupo de pessoas
naturais, que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a
produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular, de
comunidades localizadas no Estado de Pernambuco e em especial, os que sejam
capazes de transmitir seus conhecimentos, valores, técnicas e habilidades,
objetivando a proteção e a difusão da cultura tradicional ou popular pernambucana,
com prioridade para os artistas, criadores, personagens, símbolos e expressões
ameaçados de desaparecimento ou extinção, pela falta de apoio material ou incentivo
financeiro por parte do Poder Público ou da iniciativa privada;
VIII - cultura tradicional: aspectos e manifestações da vida cultural de um povo,
transmitidos ou legados a gerações presentes e futuras pela tradição enraizada no
cotidiano das comunidades;
IX - cultura popular: conhecimentos, modos de fazer, credos, rituais, festas,
indumentárias e culinária que caracterizam a vivência cultural, coletiva ou individual
de um povo, da religiosidade, das brincadeiras, do entretenimento e de outras
práticas de vida social.
52
h. Lei Nº. 12.310/2002 do Estado de Pernambuco e alterações (Leis Nº.
12.629, de 12 de julho de 2004 e Nº. 13.304, de 25 de setembro de 2007),
Decretos Nº. 25.343, de 31 de março de 2003, Nº. 26.321, de 21 de janeiro de
2004, Nº. 27.101, de 09 de setembro de 2004, Nº. 27.645, de 17 de fevereiro
de 2005, Nº. 28.352, de 13 de setembro de 2005 e Nº. 31.746, de 02 de maio de
2008, e Resolução 001/2009 da COMISSÃO DELIBERATIVA DO FUNCULTURA:
53
l. Programação de oficinas, fóruns e seminários, durante o Festival Pernambuco Nação
Cultural (para o valor limite a ação deverá ser realizada atendendo as 04
macrorregiões);
m. Estruturação de arquivos, museus e/ou bibliotecas, com garantia de acesso à
comunidade;
n. Programação de apresentações de grupos de pesquisa e valorização do patrimônio
cultural durante o Festival Pernambuco Nação Cultural (para o valor limite a ação
deverá ser realizada atendendo as 04 macrorregiões);
o. Livros, sites ou revistas especializadas.
IX – FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO
54
i. Decreto Nº. 30.391/2007 do Estado de Pernambuco
ANEXO I
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE E COMPETÊNCIA
CAPÍTULO I
DO CONSELHO DE PRESERVAÇÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DE OLINDA
Art. 1º. Fica instituído o Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda, órgão
colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Educação e Cultura.
55
Art. 2º. São atribuições do Conselho:
I - tombar bens, móveis e imóveis, de valor histórico, arqueológico, etnográfico,
paisagístico, paleográfico, bibliográfico, artístico ou arquitetônico, existentes em seu
território, ouvido o órgão de apoio técnico;
II - comunicar as resoluções sobre tombamento ao oficial de registro de imóveis, para
as transcrições e averbações previstas no Decreto-Lei Federal N.º 25, de 30/11/1937,
bem como ao órgão Estadual de Tombamento e ao Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional;
III - adotar as medidas administrativas previstas na Legislação Federal como
necessárias a que se produzam os efeitos do Tombamento;
IV - exercer em relação aos bens tombados pelo Município os poderes que a Lei
Federal atribui ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional quanto aos
bens tombados pela União;
V - formular diretrizes a serem obedecidas na política de preservação e valorização
dos bens culturais visando o binômio cultura e turismo;
VI - elaborar normas ordenadoras e disciplinadoras da preservação e manutenção dos
Sítios Históricos;
VII - promover a preservação e valorização da paisagem e formações naturais
características do Município;
VIII - orientar a formação de museus e casas de cultura;
IX - deliberar sobre convênios e contratos a serem celebrados entre o Centro de
Preservação dos Sítios Históricos de Olinda de que trata esta Lei e pessoas físicas ou
jurídicas de direito público ou direito privado;
X - opinar sobre questões de preservação e valorização de bens culturais existentes no
Município;
XI - ajuizar quanto à adequação do uso proposto para o bem tombado;
XII-opinar sobre projetos de conservação, reparação, restauração e aproveitamento
turístico dos bens tombados;
XIII - promover a fiscalização da preservação dos bens tombados;
XIV - deliberar sobre as propostas de cancelamento de tombamentos.
56
k. Etapas para Tombamento Federal de Bem Cultural Material
57
l. Etapas para Registro Federal do Bem Cultural Imaterial
7 REQUERENTE 13 RELATOR
Produz e sistematiza informações e Emite relatório do processo.
documentação sobre o bem cultural. Cede ao
Iphan gratuitamente os direitos de uso e 14 CONSELHO CONSULTIVO
reprodução, sem fins lucrativos, sob qualquer Decide pela realização ou não de audiência
forma dos produtos e subprodutos resultantes pública, caso tenham ocorrido manifestações
do trabalho de instrução técnica, resguardado em contrário ao registro, por parte da
o crédito sociedade.
58
15 AUDIÊNCIA PÚBLICA DO CONSELHO 17 AUDIÊNCIA PÚBLICA DO CONSELHO
CONSULTIVO DECISÃO FAVORÁVEL CONSULTIVO DECISÃO DESFAVORÁVEL
Decisão pelo registro emitida expressamente, Conselho emite parecer ao Iphan.
no ato, em documento declaratório próprio,
firmado por todos os Conselheiros Presentes. 18 IPHAN
O Conselho informa ao Iphan. Procede ao arquivamento do processo,
comunicando oficialmente o arquivamento ao
16 IPHAN requerente.
Realiza a inscrição do bem no livro de registro
correspondente.
59
n. Etapas para Tombamento de Bem Cultural Material de Olinda
1 REQUERENTE 5 CENTRO DE PRESERVAÇÃO
Redige por escrito proposta de tombamento Emite parecer sobre o processo de
justificada ao Conselho de Preservação dos tombamento e encaminha para o
Sítios Históricos de Olinda (CPSHO) Prefeito de Olinda;
3 PROPRIETÁRIO 7 CPSHO
Tem 30 dias para responder ao CPSHO Vota pelo deferimento do tombamento com
concordando ou oferecendo impugnação ao maioria absoluta dos votos, inscreve o bem no
processo de tombamento; respectivo livro de tombo, publica o
tombamento no Diário Oficial do Município e
4 CPSHO comunica a resolução sobre tombamento ao
Remete o processo de tombamento junto com oficial de registro de imóveis para as
a resposta do proprietário para o Centro de transcrições e averbações necessárias.
Preservação dos Sítios Históricos de Olinda.
61
Estações Ferroviárias
1º Tombamento Temático do Estado de Pernambuco
Carpina Bezerros
62
Pesqueira Sertânia Carnaíba
63
IDENTIDADES REGIONAIS
Este universo divide-se em bens móveis, quando podem ser deslocados a qualquer tempo
do lugar onde foram guardados como são os mobiliários, as esculturas ou os quadros, em
bens materiais imóveis como são as casas, os engenhos de açúcar ou as paisagens e em
bens móveis integrados como são os altares em madeira ou os painéis de azulejos.
Dessa forma, não apenas construções suntuosas ou de grande porte podem ser
consideradas patrimônio, mas também todas aquelas que tenham reconhecida
significância para determinada comunidade.
66
Para salvaguardar os bens materiais cuja permanência seja solicitada pela sociedade, o
poder público, federal e estadual, tem como principais instrumentos de proteção a
legislação do tombamento e os inventários.
É importante salientar que todo o patrimônio material surge a partir de uma idéia, de uma
vontade de fazer, de modo que se pode dizer que todo o universo abarcado pelo que se
costuma chamar de “patrimônio cultural” é, em princípio, intangível. Esta afirmativa
deve ser entendida na medida em que os bens materiais que integram este patrimônio
vêm a ser, tão somente, a parte que foi materializada em decorrência de uma forma
dada pelo homem.
Igreja em Mirandiba
67
4 Bens materiais protegidos no Estado de
Pernambuco por Região de Desenvolvimento
68
Bens com Tombamento Bens em Processo
Definitivo de Tombamento
RD Região Estado de Estado de Total
Iphan Iphan
Pernambuco Pernambuco
81 62 43 128
TOTAL 315
144 171
69
5 Quadro do patrimônio cultural de
natureza material de Pernambuco
RD02 RD01
Sertão do São Francisco Sertão de Itaparica
0 1 0 1
0 0 0 2
0 0 0 4
0 3 0 4
RD04
Sertão Central
RD03
Sertão do Araripe
70
RD05
Sertão do Pajeú RD09
Agreste Setentrional
RD11
Mata Norte
RD08
Agreste Central
12 3 3 11
0 1 1 10
1 0 0 4
67 40 32 32
0 1 1 6 0 8 1 17
1 4 2 26
RD12
0 1 3 7 Região Metropolitana
RD10
Mata Sul Bens Tombados pelo Iphan
71
6 Breve histórico dos bens tombados
pelo Estado de Pernambuco
Por ordem de tombamento
Itep
Val Lima/Fundarpe
Endereço: Rua Floriano Peixoto, s. nº - Santo Antônio. Endereço: Centro - Paudalho
Proprietário: União Federal (cedida ao Estado de Pernambuco). Proprietário: Prefeitura de Paudalho
Administração: Fundarpe Administração: Prefeitura de Paudalho
Processo de Tombamento: 1.001/80 Processo de Tombamento: Nº 1022/80
Decreto de Homologação: Nº: 6.687, de 03.09.80 Decreto de Homologação: Nº 6.862 de 08 de novembro de 1980
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Livro II, nº64, fl.5v Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 66, Livro do
Tombo II, fl. 06
A antiga Casa de Detenção do Recife, inaugurada em 1855, funcionou A ponte Itaíba é um exemplar remanescente do uso do ferro nas
ininterruptamente por quase 120 anos, até ser fechada em 15 de “obras d' arte” viária, construídas em Pernambuco no século XIX. A
março de 1973, com a transferência dos presos. obra, dirigida por engenheiros da antiga Repartição das Obras
O projeto original do edifício de 5.000m2 é de autoria do engenheiro Públicas do Estado, teve início em 1872 e foi concluída em 1876.
José Mamede Alves Ferreira, que obedeceu aos padrões tradicionais
Construída sob o rio Capibaribe, possui cinco vãos em estrutura
de segurança das penitenciárias, vigentes na época. Sua planta
treliçada em ferro, cujos elementos são unidos com cravos. A ponte
cruciforme permitia a concentração de guardas nos fundos do bloco
tem cerca de 133 metros de extensão por cinco de largura.
de administração sobre um balcão que avança sobre o salão central,
para assim vigiar todas as celas, situadas nos três pavimentos dos três
blocos radiais.
Os chamados “raios” (sul, leste e oeste) são construções de alvenaria,
com três ordens de celas de ambos os lados, servidas por estreitas
passarelas de madeira, apoiadas sobre “cachorros” de ferro fundido.
A cúpula hexagonal marca o encontro dos quatro blocos. Demolida
numa das alterações que o monumento sofreu, foi reconstruída em
alumínio, entre 1974 e 1977. O edifício atualmente funciona como Casa
da Cultura de Pernambuco, abrigando relevante mostra de arte popular.
72
Conjunto Arquitetônico de Nossa Senhora do Ó, Paulista Cinema Glória, São José - Recife
Itep
Endereço: Rua Direita, 127 , Praça Dom Vital, São José - Recife
Proprietário: Espólio de Maria José Ferreira Leite – Imóvel nº. 127
José Ferreira Barros – Imóvel nº. 123
Administração: Espólio de Maria José Ferreira Leite – Imóvel nº. 127
José Ferreira Barros – Imóvel nº. 123
Processo de Tombamento: Nº 1.475/81
Val Lima/Fundarpe Decreto de Homologação: Nº 8.443, de 28 de fevereiro de 1983,
Endereço: Av. Carlos Gueiros Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 68, Livro de
(Rodovia PE-1), Praia de Nossa Senhora do Ó – Paulista Tombo II, fl 06
Proprietário: Arquidiocese de Olinda e Recife
Administração: Paróquia de N. Senhora do Ó O Cinema Glória foi inaugurado em quatro de setembro de 1926,
Processo de Tombamento: Nº 1.047/80 no local onde funcionava o antigo Cinema Popular, na então Praça
Decreto de Homologação: Nº 8.302, de 22 de novembro de 1982
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 05, Livro do Tombo
do Mercado. Pertencia a Álvaro Leite e Luís Ferreira Leite. Composto
III, fl. 01 pelos imóveis de nºs. 123 e 127, sua fachada principal está voltada
para a Praça Dom Vital e a fachada posterior para Rua Direita.
A capela de Nossa Senhora do Ó, erigida no ano de 1811, em
substituição à antiga construção destruída pelo mar, apresenta Considerado um cinema pequeno, distinguia lugares para a 1ª e 2ª
características da arquitetura religiosa brasileira do século XVIII. classes. Com a extinção da última, a sala de projeção passou a contar
Compõem o seu antigo arraial as chamadas “casas de romeiros”, com um total de 351 cadeiras, substituídas por outras novas na
construções singelas, conjugadas, de duas águas, com uma porta e década de 1970, mais dois balcões ou camarotes laterais. O Cinema
uma janela, típicas do meio rural. Glória fez sua última exibição em agosto de 1984. A tela, a cabine
de projeção, os portões de ferro e os balcões ainda eram os
Extremamente bem proporcionada, é composta por torre única e mesmos da época de sua fundação.
três janelas à altura do coro, frontão recortado em volutas, uma
galeria à esquerda e um pequeno cemitério à direita.
73
Cine Teatro Recreios Benjamin, Timbaúba Casa de Câmara e Cadeia de Pesqueira, Pesqueira
Diomedes Neto/Fundarpe
74
Casa 157 da Rua Benfica, Madalena - Recife Capela de Nossa Senhora do Rosário, Altinho
Itep
Endereço: Rua Benfica, 157, Madalena - Recife
Proprietário: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
Administração: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
Processo de Tombamento: Nº 1.025/80
Decreto de Homologação: Nº 8.544, De 13 de Abril de 1983 Roberto Carneiro/Fundarpe
Inscrição do Tombamento No Conselho Estadual De Cultura: Nº 71 Livro de
Endereço: Rua 15 de Novembro, s/n, Centro – Altinho
Tombo II, Fl. 07
Proprietário: Diocese de Caruaru
Administração: Paróquia Nossa Senhora do Ó
A casa Nº 157 da Rua Benfica, é um importante remanescente das Processo de Tombamento: Nº 2.421/80
residências nobres que se implantaram no século XIX ao longo do Rio Decreto de Homologação: Nº 8.592, de 18 de maio de 1983
Capibaribe, geralmente em antigas chácaras que, com o tempo, Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 72 Livro de Tombo
II, fl. 07
vieram a desmembrar-se em lotes menores.
Na segunda metade do século XVIII, floresceu na margem direita do
Construção imponente, de gosto neoclássico, conserva ainda
rio Una, no agreste pernambucano, uma fazenda de criação
elementos originais de cantaria e estucaria da época. Em dois
denominada de Fazenda do Ó. Seu proprietário, José Vieira de Melo,
pavimentos, o superior assoalhado e o inferior ainda com alguns
mandou construir uma capela consagrada a Nossa Senhora do Ó
pisos em pedras de lioz, possui ampla “terrasse” lateral descoberta. A
numa pequena elevação de terreno, passando o local a ser
fachada frontal é ajanelada, sendo a entrada principal feita pelo lado
conhecido como Altinho.
direito, no pórtico.
Já em 1831, dado o desenvolvimento e povoamento do lugar teve
Atualmente serve à Diretoria de Extensão Cultural da Universidade
início à construção de um templo maior, que em 1837 passou a ser a
Federal de Pernambuco.
Igreja Matriz dedicada a Nossa Senhora do Ó, ficando a capela
primitiva sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário.
75
Casa Natal do Cardeal Arcoverde, Arcoverde Casa da Câmara e Cadeia de Brejo da Madre de Deus
e acervo, Brejo da Madre de Deus
Daniella Esposito/Fundarpe
Endereço: Rua Maestro Tomás de Aquino, s/n, Centro – Brejo da Madre de Deus
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Fundarpe
Processo De Tombamento: Nº 1.268/80
Roberto Carneiro/Fundarpe Decreto de Homologação: Nº 8.698, de 27 de julho de 1983
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 74 Livro do
Endereço: Estrada Rio Branco - Distrito de Rio Branco – Arcoverde Tombo II, fl. 07 v
Proprietário: Florípedes Pacheco Vaz
Administração: Florípedes Pacheco Vaz
Processo de Tombamento: Nº 1.229/80 A cidade de Brejo da Madre de Deus originou-se de uma fazenda de
Decreto de Homologação: Nº 8.636, de 17 de junho de 1983 criação de gado denominada Madre de Deus. Destaca-se no local,
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 73 Livro de Tombo como um representativo edifício de arquitetura oficial, a Casa de
II, fls. 07 e 07 v.
Câmara e Cadeia, de cuja construção já se tem registro em 1845.
Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, primeiro
cardeal do Brasil e da América Latina, nasceu em 1850 na casa grande A edificação é composta por dois volumes justapostos, com acessos
da antiga Fazenda Fundão, na área rural de Arcoverde. No Recife independentes. O corpo principal do edifício com coberta em 4
destacou-se como professor de filosofia, física e francês do Ginásio águas, possui dois pavimentos, tendo em anexo uma construção
Pernambucano, do qual foi diretor. Após a sua morte em 1928, a menor, térrea.
cidade em que nasceu, Rio Branco, teve seu nome modificado em sua
homenagem, passando a chamar-se Arcoverde. Merece destaque, em sua construção, a participação conjunta de
dois profissionais expoentes da arquitetura do século XIX em
A casa do Cardeal Arcoverde é um exemplar característico da Pernambuco: Louis Leger Vauthier e José Mamede Alves Ferreira.
arquitetura rural do Sertão do Moxotó, fruto do tipo de ocupação, de
pequenos latifúndios, que ali se instalou. O imóvel é um bloco único,
composto por terraço com quarto anexo, duas salas, três cômodos
para dormir, um oratório e uma despensa construída em taipa.
76
Cadeia Pública de Gravatá, Gravatá Torre de Atracação do Zepellin, Jiquiá - Recife
Roberto Carneiro/Fundarpe
77
Espaço Pasárgada - Casa de Manuel Bandeira, Casa do Conselheiro João Alfredo - Itamaracá
Boa Vista - Recife
Itep
Endereço: Engenho São João, PE-35, s/n - Itamaracá
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Secretaria de Ressocialização
Processo de Tombamento: Nº 1.964/79
Decreto de Homologação: Nº 8.828, de 26 de setembro de 1983
Val Lima/Fundarpe Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 76 Livro de
Tombo II, fl. 08
Endereço: Rua da União, 263, Boa Vista – Recife
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Fundarpe Na casa grande do Engenho São João nasceu, em 12 de dezembro de
Processo De Tombamento: Nº 1.326/82 1835, o Conselheiro João Alfredo Correa de Oliveira, depois Ministro
Decreto de Homologação: Nº 8.826, de 26 de setembro de 1983 do Império e redator da Lei Áurea.
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 77 Livro de
Tombo II, fl. 08. O antigo engenho São João já existia por volta de 1747. Do conjunto
Manuel Bandeira (1886-1968) nasceu no Recife, aqui vivendo primitivo constituído por casa grande, moita, capela e senzala,
restam apenas a moita e a casa grande, esta construída segundo a
provavelmente até 1896, quando terminou seus estudos primários.
tradição oral pelo mestre Pedro por sobre as ruínas da casa antiga. A
Morou, dos seis aos dez anos no imponente sobrado da Rua da
fachada principal da atual casa, datada de 1857 é coroada por dois
União, pertencente ao avô. Sobre ele escreveu em suas memórias:
frontões triangulares, com porta central e quatro janelas, todas com
“construiu-se a minha mitologia... A Rua da União, com os quatro
terminações em arco pleno. A capela teria sido demolida no início do
quarteirões adjacentes limitados pelas ruas da Aurora, da Saudade,
século XX e não se identifica no lugar, o local da antiga senzala.
Formosa e Princesa Isabel, foi a minha Troáda; a casa do meu avô, a
capital desse país fabuloso. Quando comparo esses quatro anos de
minha meninice a quaisquer outros anos de minha vida de adulto,
fico espantado do vazio destes últimos em cotejo com a densidade
daquela quadra distante”.
78
Igreja de Santo Amaro das Salinas, Santo Amaro - Recife Cemitério dos Ingleses, Santo Amaro - Recife
Roberto Carneiro/Fundarpe
O terreno para o Cemitério dos Ingleses foi cedido ao Cônsul Inglês
em Pernambuco no ano de 1814, época em que era proibido
Endereço: Avenida Cruz Cabugá, s/n, Santo Amaro - Recife
Proprietário: Arquidiocese de Olinda e Recife
sepultamentos de não católicos nos cemitérios junto às igrejas ou no
Administração: Paróquia de Santo Amaro interior delas. Daí a necessidade de se construir um cemitério para
Processo de Tombamento: Nº 747/81 os ingleses que residiam no Recife, cuja colônia aumentara depois
Decreto de Homologação: Nº 9.122, de 23 de janeiro de 1984 de 1808, data de abertura dos portos brasileiros ao comércio às
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 78 Livro de
Tombo II, fl. 8
nações amigas.
A construção da Igreja de Santo Amaro das Salinas, data, provavelmente, Supõe-se que nele tenha sido sepultado Henry Koster, que faleceu
do final do século XVII, no sítio então pertencente a Francisco do Rêgo em 1820 deixando suas impressões sobre Pernambuco no livro
Barros. Em 1774, além da igreja, existiam no local inúmeras casas de Viagem ao Nordeste do Brasil.
romeiros. Em 1800 os moradores das redondezas organizaram uma
Compõe-se de uma edificação em estilo neo-gótico, toda em
irmandade sob invocação do santo padroeiro, e adquiriram a Igreja e
alvenaria de tijolos, com cobertura em telha francesa; e das
seu patrimônio. Ao final do século XIX a Igreja já estava em ruínas e em
sepulturas de formas variadas, sem ostentações, construídas
1894 concluíram-se as obras de sua reconstrução.
também em alvenaria, algumas das quais apresentando grades e
A Igreja de Santo Amaro das Salinas é uma construção barroca com cruzes em ferro, possivelmente inglesas.
uma nave, capela-mor, sacristia ao lado esquerdo do altar-mor,
Uma sepultura desperta atenção por abrigar os restos mortais de
galerias térreas e superiores e uma dependência sobre a sacristia.
Abreu e Lima, cujo sepultamento no Cemitério Público fora negado
Existem dois altares laterais nas grossas paredes da nave principal. O
pelo então Bispo Cardoso Ayres.
piso é todo em mosaico e as paredes são rebocadas e pintadas de
branco na parte interna e externa.
79
Igreja N.Sra. da Boa Viagem do Pasmado, Igarassu Engenho Massangana, Cabo de Santo Agostinho
Roberto Carneiro/Fundarpe
Endereço: Rodovia BR-101 Norte, Km 48 - Igarassu
Proprietário: Usina São José
Administração: Usina São José
Processo de Tombamento: Nº 312/81
Decreto Estadual de Homologação: Nº 9.330 de 18 de maio de 1984
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 9, Livro de Tombo
III, fl. 01
Endereço: Rodovia PE-60, Km 10 – Cabo de Santo Agostinho
Pasmado originou-se de um aldeamento de índios, estando já no Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj (Comodato)
século XVIII consolidada como povoação subordinada à freguesia de
Processo de Tombamento: Nº 1.161/83
Itamaracá. Pereira da Costa registrou, em seus “Anais Decreto Estadual de Homologação: Nº. 9.904 de 22 de novembro de 1984.
Pernambucanos”, que em 1821 a capela foi erigida e desmembrada Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº. 83, Livro de
da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Itamaracá. Tombo II, fl.09
80
Estação Ferroviária de Petrolina, Petrolina Igreja N.Sra do Rosário dos Homens Pretos,
Vitória de Santo Antão
Itep
A edificação possui um bloco central, distribuído em dois A Igreja possui planta retangular, dividida em nave central, coro, dois
pavimentos, e duas alas laterais térreas, perfeitamente simétricas. A corredores laterais que se repetem no 1º pavimento, e capela mor
plataforma tem cobertura em telhas de chapa metálica sobre o ladeada por sacristias. O frontispício da igreja, em estilo neoclássico,
madeiramento arrematado por lambrequins de madeira. possui frontão triangular ladeado por duas torres de secção
quadrada com coroamento piramidal irregular. Segundo o Prof. José
Luiz da Mota Menezes: “Esta igreja corresponde à implantação da
arquitetura neoclássica na arquitetura religiosa em fins do século
XVIII e início do séc. XIX”.
81
Monumento Natural “Pedra”, Pedra Terreiro Oba Ogunté ou Sítio de Pai Adão, Água Fria - Recife
Endereço: Zona urbana do município de Pedra Endereço: Estrada Velha de Água Fria, 1644, Água Fria – Recife
Proprietário: Diocese de Pesqueira Proprietário: Herdeiros de Felipe Sabino da Costa (Fundador)
Administração: Prefeitura de Pedra Administração: Herdeiros de Felipe Sabino da Costa
Processo De Tombamento: Nº 1.022/85 Processo de Tombamento: Nº 103/84
Decreto de Homologação: Nº 10.654, de 19 de agosto de 1985 Decreto Estadual de Homologação: Nº 10.712, de 05 de setembro de 1985
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 01 Livro de Tombo Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 81, Livro de
IV, fl.01 Tombo II, fl. 09.
O povoamento da cidade de Pedra teve início em 1760, com a O Terreiro Obá Ogunté, também conhecido como “de Pai Adão”, é um dos
escritura pública de patrimônio da Capela de Nossa Senhora da mais respeitados e ortodoxos espaços destinados ao culto dos orixás da
Conceição, numa fazenda de criação de gado, de propriedade do Região Nordeste, conforme modelo litúrgico Nagô. Como invocação
Capitão-Mor Manuel Leite da Silva. principal, o terreiro é dedicado a Iemanjá.
A denominação de Conceição da Pedra, deriva da invocação da Igreja As edificações que formam o espaço ritual, assim como várias outras que
Matriz e da grande pedra que domina a paisagem. O monumento servem de moradia, são singelas, executadas em materiais como tijolos,
geográfico natural possui forma cônica, inscrita numa circunferência taipa de mão, telhas canal ou francesa, ladrilhos hidráulicos e também
com 3.822m de diâmetro e 183m de altura. Possui ainda uma capela piso cimentado. O tombamento, porém, visou preservar a tradição sócio-
e um cruzeiro em seu cume, atraindo muitos turistas para a região. religiosa-cultural que marcou profundamente a população, como uma
das forças formadoras da sociedade brasileira.
Por seu valor paisagístico e pela sua contribuição na formação da
localidade, a pedra foi considerada um importante monumento Objeto especial de preservação é o Iroco (ou gameleira), árvore de
natural. dimensões majestosas, que existe no meio do terreiro, onde são
realizados cultos ao ar livre. O fundador, Felipe Sabino da Costa, o “Pai
Adão”, foi em princípio do século o respeitado chefe do culto Nagô, e mais
que isso, conselheiro, juiz e até médico.
82
Conjunto Urbano da Rua da Aurora, Boa Vista-Santo Amaro - Recife
Eudes Santana
Endereço: Rua da Aurora, Boa Vista - Recife
Proprietário: Diversos Proprietários
Administração: Diversos Proprietários
Processo de Tombamento: Nº 3.522/83
Decreto Estadual de Homologação: Nº 10.714 de 09 de setembro de 1985.
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 09, Livros de
Tombo III, fl. 02
O Conjunto Urbano da Rua da Aurora está localizado no centro da O início de sua ocupação regular deu-se a partir do começo do século
cidade, entre as Ruas da Imperatriz e João Lyra. Possui uma XIX, abrigando moradores ilustres, tais como o Conde da Boa Vista,
situação privilegiada, voltado para o nascente e margeando o Rio Governante de Pernambuco entre 1837-1842.
Capibaribe.
O tombamento do conjunto urbano, abrangendo o trecho mais
A Rua da Aurora surgiu anos depois do chamado aterro de Boa Vista, importante da rua, desde a cabeceira da Ponte da Boa Vista, até a Rua
feito entre os anos de 1737 e 1746. As terras situadas entre os dois João Lira (após o Ginásio Pernambucano), objetivou proteger a
extremos dela – desde a Ponte da Boa Vista até a do Limoeiro – eram silhueta primitiva, pondo fim a descaracterização ou demolição de
cobertas por grandes mangues, ou simplesmente terrenos alagados. seus belos exemplares de sobrados oitocentistas.
83
Arquivo da antiga Casa de Detenção do Recife,
Igreja Matriz de São José dos Bezerros, Bezerros
Santo Antônio - Recife
Itep
Endereço: Rua Imperial, nº. 1069 , Bairro de São José - Recife
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano
Processo de Tombamento: Nº. 3.521/83
Decreto de Homologação: Nº. 10.924 de 06 novembro de 1985
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº. 01, Livro de
Tombo I, fl.01
84
Pavilhão Luís Nunes, Antigo Serviço para Verificação
Vila Real de Cimbres, Pesqueira
de Óbitos, Derby - Recife
Endereço: Pesqueira
Proprietário: Diversos proprietários Endereço: Rua Jenner de Souza, nº 130, Derby - Recife
Administração: Prefeitura de Pesqueira Proprietário: Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Processo de Tombamento: N º 0839/83 Administração: Instituto de Arquitetos do Brasil – PE
Decreto de Homologação: Nº 11.077, de 10 de dezembro de 1985 Processo de Tombamento: Nº 2.211/84
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: a ser inscrito no Livro Decreto de Homologação: Nº 11.193, de 18 de fevereiro de 1986
de Tombo Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 86 Livro de
Tombo II, fl. 10.
Localizada no município de Pesqueira, a Vila Real de Cimbres, é
povoada desde o séc. XVII, mas conta com a maioria das suas O Pavilhão de Verificação de Óbitos foi construído como anexo da
edificações do séc. XIX. Com construções predominantemente também antiga Escola de Medicina e destinava-se a abrigar serviços
residenciais, mantem seu singelo casario com padrão de unidade e do Laboratório de Anatomia Patológica. A obra foi uma das primeiras
estilo, estando em bom estado de preservação. Além do clima edificações construídas nos anos 30, sob influência de um
ameno, Cimbres ficou conhecida por ser uma das cinco cidades movimento renovador da arquitetura em todo o mundo –
confirmadas pela Igreja Católica como local de aparição de Nossa encabeçada por Le Corbusier. O projeto, de 1937, de autoria dos
Senhora das Graças, tornando-se centro de romaria cristã. arquiteto Luiz Nunes e Fernando Saturnino de Brito, é mais um dos
trabalhos da equipe da Diretoria de Arquitetura e Construção – DAC,
depois Diretoria de Arquitetura de Urbanismo – DAU.
85
Sítio Histórico do Monte das Tabocas, Trecho Ferroviário compreendido entre Recife e Gravatá
Jaboatão dos Guararapes Recife-Gravatá
86
Engenho Amparo, Itamaracá Antiga Escola de Medicina, Derby - Recife
87
Casa-Grande do Engenho Barbalho, Iputinga - Recife Casa-Grande do Engenho Camaragibe, Camaragibe
Endereço: Estrada do Barbalho, s/n, Iputinga - Recife Endereço: Av. Dr. Belmiro Correia (BR – 408), Camaragibe
Proprietário: Prefeitura da Cidade do Recife Proprietário: Herdeiros de Maria Anita Amazonas Mac Dowell
Administração: Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, da Prefeitura da Cidade Administração: Herdeiros de Maria Anita Amazonas Mac Dowel
do Recife Processo de Tombamento: Nº 42/83
Processo de Tombamento: Nº 995/85 Decreto de Homologação: Nº 12.550, de 7 de agosto de 1987
Decreto de Homologação: Nº 11.435, de 19 de maio de 1986 Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 11 Livro de Tombo
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 87, Livro de III, fl.03
Tombo II, fl. 10
O Engenho Camaragibe situa-se em uma elevação entre a BR- 408 e a
De arquitetura bastante sóbria, o Sobrado do Cordeiro, como é estrada que liga a cidade do Recife à região de Aldeia.
também conhecido, tem uma construção imponente, que se destaca
em meio a um descampado próximo ao rio Capibaribe. Foi O engenho, que remonta aos primórdios do século XVI, foi
executada em alvenaria de tijolos em dois pavimentos. O térreo destruído pelos índios em revolta no ano de 1555 e ocupado pelos
destinava-se às instalações de serviços e abrigos de animais holandeses em 1639. Reconstruído em época desconhecida, revela
domésticos, havendo até vestígios de uma vacaria e o primeiro marcas da época de maior esplendor do ciclo da cana-de-açúcar em
pavimento funcionava como casa de moradia, com amplas salas, Pernambuco.
quartos e demais dependências.
Embora descaracterizada, a casa mantém um porte majestoso,
O sobrado apresenta características neoclássicas e sua fachada presente nas suas fachadas de características neoclássicas dos fins do
principal possui dupla escadaria que leva a um terraço em arcadas no século XIX. Possui, em seu interior a pequena capela de São Tiago
primeiro pavimento. Referências históricas levam a crer que a casa Maior, de final do século XVI.
remonta à primeira metade do século XIX.
88
Antiga residência rural do ex-governador José Rufino,
Cabo de Santo Agostinho Cine Teatro Guarany, Triunfo
89
Igreja de N. Senhora da Conceição de Cabrobó, Cabrobó Igreja N. Sra. do Loreto, Jaboatão dos Guararapes
Endereço: Rua 13 de maio, 325 - Cabrobó Endereço: Rua Nossa Senhora do Loreto, 545, Piedade – Jaboatão dos Guararapes
Proprietário: Paróquia de Cabrobó Proprietário: Arquidiocese de Olinda e Recife
Administração: Paróquia de Cabrobó Administração: Paróquia de Nossa Senhora das Candeias
Processo de Tombamento: Nº 3.198/86 Processo de Tombamento: Nº. 40/86
Decreto de Homologação: Nº 14.967, de 15 de abril de 1991 Decreto Estadual de Homologação: Nº. 15.632 de 9 de março de 1992.
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº. 89 Livro de Tombo
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº. 91, Livro de
II, fls 10v
Tombo II, fl. 11.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída em 1838, A capela de Nossa Senhora do Loreto é uma edificação harmoniosa,
substituindo igreja sob a mesma invocação que se localizava na ilha datada de meados do século XVII, tendo sofrido transformações e
de Assunção e fora destruída por cheia em 1792. ampliações posteriores. O frontispício não tem torres, e as
envazaduras possuem cercaduras de pedra e vergas retas. Tr a t a - s e
Teve sua construção patrocinada por Dona Brígida Maria das Virgens,
de uma construção remanescente da época seiscentista, que na sua
grande proprietária de terras da região. Trata-se de igreja de porte
concepção original seguia uma linguagem maneirista, contudo,
robusto, apresentando frontispício com predomínio de linhas retas,
chegou aos nossos dias com características mais predominantemente
e duas torres sineiras com terminação piramidal. O frontispício é
barrocas. As transformações que sofreu ao longo do século XVIII,
amenizado pelo desenho de gosto rococó do seu frontão.
embora tenham modificado sua feição original, compatibilizou-se
Apresenta contraforte em seu lado direito foi construído em função com a construção original. A igreja apresenta os seguintes elementos
de outra enchente em 1919, que deslocou a população para local em pedra: o arco cruzeiro, uma pia batismal e uma pia de água benta.
mais elevado, tendo a igreja sobrevivida, sem maiores danos. É um exemplar único na arquitetura pernambucana, apresentando
Internamente possui três naves interligadas por arcada e capela mor como peculiaridade as galerias sobrepostas nas laterais do
também separada por arcos, dos cômodos laterais. monumento.
90
Parque Nilo Coelho de Esculturas Monumentais,
Hospital Ulisses Pernambucano, Tamarineira - Recife Brejo da Madre de Deus
91
Sítio Histórico do Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape
Sítio Histórico de Nossa Senhora dos Prazeres
(Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti)
de Maranguape, Paulista
Cabo de Santo Agostinho
Roberto Carneiro/Fundarpe
92
Prédio 463 da Rua do Imperador, Santo Antônio - Recife Palácio da Justiça, Santo Antônio - Recife
Itep
Endereço: Rua do Imperador Dom Pedro II, 463, Santo Antônio – Recife. Endereço: Praça da República, s/n, Santo Antônio – Recife
Proprietário: Estado de Pernambuco Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco - APEJE Administração: Poder Judiciário de Pernambuco
Processo de Tombamento: Nº 1.055/83 Processo De Tombamento: Nº 2.203/91
Decreto de Homologação: Nº 17.287, de 31 de janeiro de 1994 Decreto de Homologação: Nº 17.288, de 31 de janeiro de 1994
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 92 Livro de Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 93
Tombo II, fl. 11 e V. Livro de Tombo II, fl. 11
O sobrado do séc. XIX, com três pavimentos, faz parte do casario O Palácio da Justiça, construído entre 1924 e 1930, é um dos quatro
do lado nascente da Rua do Imperador, possuindo também fachada edifícios que compõem o conjunto monumental que delimita a Praça
para a Av. Martins de Barros, com o mesmo número. Guarda, ainda da República. Lá estão o Teatro de Santa Isabel, de 1850; o Palácio do
hoje, características típicas dos sobrados recifenses da sua época: Governo, de 1840 e; o Liceu de Artes e Ofícios, do final do século XIX.
estreito, com o telhado bastante inclinado e duas águas, cumeeira
paralela às ruas e graciosos guarda-corpos de ferro protegendo as O projeto em estilo neoclássico, do arquiteto italiano Giacomo
sacadas dos dois pavimentos. Forma com os demais exemplares da Palumbo, obedece às condições do terreno, com ambientes que se
mesma época existentes na rua, um conjunto bastante significativo. sucedem em três blocos, sendo dois laterais, simétricos ao bloco
central. Essa volumetria é coroada pela imensa cúpula e marcada por
imponente acesso através de uma escadaria em granito natural, onde
se destacam dois pares de colunas de capitéis coríntios, assentadas
numa base retangular de grandes proporções. Possuindo
originariamente quatro pavimentos, o edifício recebeu mais dois
pisos, abaixo da cúpula, assim como outras alterações internas,
devido à necessidade de aumento da área útil.
93
Escola Rural Alberto Torres, Tejipió - Recife Cine Teatro Apolo, Palmares
Itep
94
Liceu de Artes e Ofícios, Santo Antônio - Recife Igreja de São Lourenço de Tejucupapo, Goiana
Itep
Endereço: Praça da República, 281, Santo Antônio – Recife
Proprietário: Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP
Administração: Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP
Processo de Tombamento: Nº 2.202/91
Decreto de Homologação: Nº 17.348, de 28 de fevereiro de 1994
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 96 Livro de
Tombo II, fl.12
Costa Neto/Fundarpe
O Liceu de Artes e Ofícios integra o Sítio Histórico da Praça da Endereço: Povoado de Tejucupapo - Goiana
Proprietário: Diocese de Nazaré da Mata
República. O prédio foi inaugurado em 1880 para abrigar a Sociedade
Administração: Paróquia de Nossa Senhora do Rosário - Goiana
dos Artistas Mecânicos e Liberais de Pernambuco, que reunia Processo de Tombamento: Nº 3.248/87
profissionais ligados às artes. Dez anos mais tarde, essa sociedade Decreto de Homologação: Nº 17.563 de 02 de junho de 1994
havia ampliado seu campo de atuação, oferecendo aos interessados Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 97, Livro de
Tombo II, fl.12
aulas de geometria, desenho, arquitetura e letras.
A Igreja de São Lourenço de Tejucupapo está localizada no povoado
Sua arquitetura, de influência eclética, inspira-se no neoclassicismo de mesmo nome, no município de Goiana. A Vila foi palco da luta
francês, e seu autor é desconhecido, sendo o projeto atribuído à contra os holandeses e destaca-se pelo episódio conhecido como
própria sociedade. O Liceu possui dois pavimentos, com o térreo de “Heroínas de Tejucupapo”.
pé direito muito baixo, se assemelhando a um porão. As linhas
básicas da composição do edifício estão marcadas por pilastras que A igreja foi erguida em data incerta, provavelmente, em meados do
acompanham a platibanda e são arrematadas por pináculos de século XVI sendo uma das mais antigas do estado de Pernambuco.
cimento. A planta em forma de “U” é simétrica ao eixo transversal, Apresenta características da arquitetura jesuítica, comuns à sua
com dois grandes salões no pavimento superior, aos quais se tem época de construção. Não possui torres e apresenta em seu
acesso por escadaria externa, centralizada na fachada e trabalhada frontispício uma sineira do tipo “espadana” que comporta dois sinos.
em mármore, com guarda-corpo em ferro. O cruzeiro situado defronte ao templo é em alvenaria com cruz
esculpida em pedra.
95
Conjunto Ambiental e Paisagístico do Prata, Praça de Boa Viagem com Igreja de 1707 e
Dois Irmãos - Recife Obelisco de 1926, Boa Viagem - Recife
96
Mural Pictórico de Hélio Feijó, Madalena - Recife Quartel do Derby, Derby - Recife
Endereço: Av. Visconde de Albuquerque, 275, Madalena – Recife Endereço: Praça do Derby, s/n, Derby – Recife
Proprietário: Elsa Moura Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Elsa Moura Administração: Polícia Militar de Pernambuco / Secretaria de Defesa Social
Processo de Tombamento: Nº 1.602/93 Processo de Tombamento: 430/92
Decreto de Homologação: Nº 17.648 de julho de 1994 Decreto de Homologação: Nº 17.972, de 18 de outubro de 1994
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito no Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 98 Livro de
Livro de Tombo Tombo II, fl. 12
O mural é uma das mais expressivas obras do artista plástico recifense O Quartel da Polícia Militar de Pernambuco, conhecido como Quartel
Hélio Feijó (1913-1991). Modernista e discípulo de Cândido Portinari, do Derby, foi construído no governo de Sérgio Loreto (1922-26) e
criou em 1947 a Sociedade de Arte Moderna do Recife, com a inaugurado em 1925. Funcionava anteriormente no local o “Derby
participação de Abelardo da Hora, Ladjane Bandeira e Delson Lima. Club”, que encerrou suas atividades hípicas ao final do século XIX. Em
seu lugar, foi construído, em 1898, pelo rico empresário Delmiro
A obra, de 1940, feita sob encomendada para a residência do médico Gouveia um mercado público. Destruído o mercado em 1900 por um
Arthur Moura, representa uma mulher sentada, com uma criança nos incêndio, a área ficou abandonada até a década de 1920, quando foi
braços, tendo ao lado duas grandes jarras de barro, sobre as quais construído o quartel da Polícia Militar. A nova construção não
pendem folhagens. Tendo ao fundo uma base branca, as figuras foram aproveitou os elementos remanescentes da obra incendiada e
trabalhadas nas cores terra, azul e verde. As formas são volumosas e contribuiu para o definitivo assentamento do atual bairro do Derby.
arredondadas, denotando a clara influência modernista de Portinari.
A sua volumetria é composta por uma parte central mais alta, que se
destaca do plano da fachada, ladeado por dois corpos laterais de
grande extensão. Essa volumetria possui mais de um pavimento e é
encimada por um terraço com guarda-corpo em ameias e coroada
por uma cúpula octogonal em concreto armado.
97
Conjunto Fabril da Tacaruna, Campo Grande - Recife Prédio da Torre Malakoff, Bairro do Recife - Recife
Endereço: Av. Gov. Agamenon Magalhães, 5.091, Campo Grande – Recife Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, Recife Antigo - Recife
Proprietário: Estado Pernambuco Proprietário: Ministério da Marinha (cedida ao Estado de Pernambuco).
Administração: Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo Administração: Fundarpe
Processo de Tombamento: Nº 2.374/93 Processo de Tombamento: Nº. 431/92
Decreto de Homologação: Nº 18.229, de 16 de dezembro de 1994 Decreto Estadual de Homologação: Nº. 18.232 de 19 de outubro de 1994.
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 13 Livro de Tombo Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº. 99, Livro de
III, fl. 3v. Tombo II, fl.12 v.
98
Fortaleza de Santo Ignácio - Fortaleza de Tamandaré
Igreja Matriz N. Senhora Rainha dos Anjos, Petrolina
Tamandaré
Cristiane Feitosa/Fundarpe
99
Rádio Difusora de Caruaru, Caruaru Sobradinho de Vitória, Vitória de Santo Antão
Daniella Esposito/Fundarpe
A obra de autoria do arquiteto Jorge Martins, foi inaugurada em seis O edifício trata-se do único remanescente da antiga Povoação de
de setembro de 1951, e compõe um edifício de linhas sóbrias, com Santo Antão da Mata. Foi adquirido pelo engenheiro Ayrton de
características que definem o estilo proto-modernista “com desenho Almeida Carvalho em 1945, que reconheceu sua importância e
próprio brasileiro”. decidiu pela sua restauração, conservando fielmente as suas feições
internas e externas, garantindo sua conservação. A edificação
O prédio é marcado pela horizontalidade de suas envasaduras, que destaca-se arquitetonicamente, principalmente pelos seus balcões
por sua vez são ressaltadas e interligadas por frisos salientes. Em sua em muxarabí. Atualmente está sob a posse do Instituto Histórico e
composição volumétrica se distinguem três blocos justapostos que Geográfico do município, que nele mantém parte do seu arquivo e
se harmonizam elegantemente. zela pela sua conservação.
O prédio da antiga difusora foi recuperado e abriga atualmente o
auditório do Shopping Difusora construído no terreno por trás da
edificação.
100
Cruzeiro do Largo da Paz, Afogados - Recife Hospital Pedro II, Coelhos - Recife
Val Lima/Fundarpe
Endereço: Rua dos Coelhos, s/nº, Coelhos - Recife
Proprietário: Santa Casa da Misericórdia
Endereço: Praça do Largo da Paz, s/n, Afogados, Recife-PE Administração: Instituto Materno Infantil de Pernambuco - Imip
Proprietário: Arquidiocese de Olinda e Recife Processo de Tombamento: Nº 1045/98
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife/EMLURB-GOMP Decreto Estadual de Homologação: Nº 31.573, de 26 de março de 2008
Processo de Tombamento: 0171/2000 Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito no
Decreto de Homologação: Ato n° 2853 de 23.11.2004 Livro de Tombo
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Aguarda inscrição no
Livro de Tombo O Hospital Pedro II teve sua pedra fundamental lançada a 25 de março
de 1847, tendo sido inaugurado em 10 de março de 1861. Foi projetado
pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira. Segundo o Diário de
O Cruzeiro do Largo da Paz pertenceu ao Passo de Santa Cruz do
Pernambuco da época o hospital era referência, e, ao final do século
Giquiá que servia de recepção e depósito de materiais dos diversos
XIX, tinha 483 doentes e 146 empregados internos, três carros, grande
engenhos e povoados das imediações no século XVII. O grande lavanderia a vapor, salão de costura, sala de autópsias, quartos para
cruzeiro de mármore foi encontrado acidentalmente em 1868. observação de doentes atacados de moléstias suspeitas, quartos para
Depois de longos anos de total abandono, foi levado pela população criados, jardins, hortas, cocheiras para cavalos e grande estábulo para
para a povoação dos Afogados, e levantado sobre um pedestal em vacas. Ao longo das duas primeiras décadas do século XX foi sendo
frente a Igreja de Nossa Senhora da Paz, pelo missionário capuchinho ampliado, através da construção de novos pavilhões.
Frei Fidelis Maria de Fognamo, que nesse tempo estava em missão
naquele povoado. Desde 1920 o Hospital Pedro II vinha servindo ao ensino médico da
então Faculdade de Medicina do Recife.
101
Palácio do Campo das Princesas, Santo Antônio - Recife
Flavio Barbosa/Fundarpe
Endereço: Praça da República, s/n, Santo Antônio - Recife
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Governo do Estado de Pernambuco
Processo de Tombamento: Nº. 2201/91
Decreto Estadual de Homologação: Nº. 32.147 de 29 de julho de 2008.
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito no
Livro de Tombo
O Palácio do Campo das Princesas está localizado em local Em 1859 o palácio foi ricamente decorado para servir de Paço Imperial,
privilegiado, no extremo norte da Ilha de Santo Antônio, hospedando o Imperador Dom Pedro II e sua família. Foi nessa época
provavelmente no mesmo sítio onde em 1642 o Conde Maurício de que a praça em torno do palácio passou a ser conhecida como Campo
Nassau ergueu o seu Palácio de Friburgo. das Princesas, denominação que o prédio mantém até hoje.
Construído em 1841 por iniciativa do governador Francisco do Rêgo Mais tarde, por volta de 1918, o palácio passou por outra grande
Barros, o Conde da Boa Vista, em cuja administração foram feitos modificação com a ampliação do terceiro pavimento até a fachada
grandes melhoramentos na cidade do Recife. Em 1852 o edifício principal do imóvel, dando-lhe novo aspecto. A arquitetura do
passou por uma intervenção no trecho central com a inclusão de edifício passou basicamente por dois estilos, o neoclássico e o
mais um pavimento na parte posterior. eclético, acompanhando as tradições arquitetônicas das épocas.
102
Cinema São Luiz, Boa Vista - Recife
Priscilla Buhr/Fundarpe
Endereço: Rua da Aurora, nº 175, Edf. Duarte Coelho, Boa Vista - Recife
Proprietário: Estado de Pernambuco
Administração: Fundarpe
Processo de Tombamento: Nº 2.687/2006
Decreto de Homologação: Nº 33.465, de 01 de junho de 2009
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito no Livro
de Tombo
O Cinema São Luiz foi inaugurado em seis de setembro de 1952 e logo de exibição é decorada com pinturas e trabalhos em alto-relevo em
ficou conhecido como o “templo majestoso” da exibição de filmes tons dourados, vermelhos e esverdeados e possui, em cada lado da
em Pernambuco. Suas luxuosas instalações e equipamentos tela, um vitral iluminado. O vestíbulo externo conta com duas
modernos para a época vieram a consolidar a diversão dos recifenses bilheterias e pé direito duplo. No hall principal destaca-se o painel do
na década de 50. artista plástico pernambucano Lula Cardoso Ayres.
O primeiro filme a ser exibido foi “O Falcão dos Mares”, estrelado por O cinema funcionou desde a sua inauguração, em 1952, até janeiro
Gregory Peck. O cinema, que chegou a comportar 1.340 lugares, de 2007, quando fechou as suas portas. Em 2009 foi reinaugurado
possui dois andares, sendo um deles configurado como balcão. A sala pela Fundarpe após passar por uma obra de recuperação.
103
Igreja Nossa Senhora de Fátima do Colégio Nóbrega,
Lugares de origem e memória de Luiz Gonzaga em Exu, Exu
Boa Vista - Recife
Marcelo Lyra/Fundarpe
Endereços: Antiga casa de Januário, Vila do Araripe, s/n – Exu; Parque Aza
Branca, BR-122 – Exu
Proprietário: Maria do Amparo Aires de Alencar, Elenilde Maria Parente
de Alencar e Fazenda Araripe Val Lima/Fundarpe
Administração: ONG Aza Branca e outros
Processo de Tombamento: Nº. 18.875/2008. Endereço: Avenida Oliveira Lima, 824, Boa Vista – Recife
Decreto Estadual de Homologação: Nº. 33.716 de 31 de julho de 2009. Proprietário: Companhia de Jesus - Província do Nordeste
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito Administração: Companhia de Jesus - Província do Nordeste
no Livro de Tombo Processo de Tombamento: Nº. 161/2000
Decreto Estadual de Homologação: Nº. 35.033 de 24 de maio de 2010.
Nascido em 13 de dezembro de 1912, às margens do Riacho da Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: A ser inscrito no
Brígida em Exu, a 630 Km da capital pernambucana, Luiz Gonzaga, Livro de Tombo
segundo filho de Januário e Santana, aprendeu com seu pai a tocar e A Capela de Nossa Senhora de Fátima compõe o conjunto arquitetônico
venerar a sanfona. Ícone da musicalidade brasileira Luiz Gonzaga foi do antigo Colégio Nóbrega do Recife, formado pelo antigo Palácio da
eternizado como o “Rei do Baião”, ritmo popularizado por ele no final Soledade, imóvel remanescente do século XVIII e tombado em nível
da década de 1940. As músicas cantadas por “Lua”, como também federal, e demais edificações construídas em diversas épocas para
era chamado, exaltavam o Nordeste e os elementos que compunham atender às necessidades do tradicional colégio.
a vida sertaneja tais como: Asa Branca, Assum Preto, Respeita
Januário e Baião. Teve seu projeto elaborado por Georges Munier e sua pedra
fundamental lançada em 1933. A capela foi inaugurada em 1935, como
Depois de sua morte, em 2 de agosto de 1989, tornou-se figura o primeiro templo dedicado a Nossa Senhora de Fátima no mundo,
emblemática da cultura brasileira, sendo inclusive eleito pelo povo, relevância que trouxe para o seu interior os restos mortais do confessor
de seu Estado, como o “Pernambucano do Século”. das três crianças para quem Nossa Senhora de Fátima apareceu.
Considerando a obra de Luiz Gonzaga (1912-1989), foram Em sua construção ressalta-se o emprego de novas técnicas
tombados em Exu, município do Sertão do Araripe, a casa de construtivas, com lajes planas e elementos construtivos em concreto
Januário na Fazenda Araripe, onde Luiz viveu dos 11 aos 18 anos e o armado. A racionalização e economia das construções podem ser
Parque Aza Branca, onde o velho “Lua” construiu o centro de verificadas no interior sem ornamentação, na fachada e na torre com
memória da música nordestina, com todos os seus imóveis, bens detalhes geométricos em argamassa armada, preocupações típicas
integrados e objetos museológicos. Este Parque possui cerca de do modernismo. O edifício sobressai-se ainda pela planta em cruz
3,07 ha e equipamentos que servem aos mais variados programas latina, e, sobretudo, pela verticalidade evidenciada nas arcadas do
musicais, culturais e cívicos. interior da nave.
104
Casa e Jardim do Coronel, Paulista Basílica de Nossa Senhora da Penha, São José - Recife
105
Estação Ferroviária de Garanhuns,
Garanhuns
Daniella Esposito/Fundarpe
Endereço: Praça Tiradentes, s/n, Centro, Garanhuns-PE
Proprietário: Prefeitura de Garanhuns
Administração:Secretaria de Cultura de Garanhuns
Processo de Tombamento: 1.126/1995
Decreto de Homologação: Ato n° 3198 de 19.09.2012
Inscrição do Tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Aguarda
inscrição no Livro de Tombo
106
7 Bens materiais protegidos no Estado por
Região de Desenvolvimento
107
RD03. SERTÃO DO ARARIPE Iguaraci
1 Estação Ferroviária de Iguaraci - Sede
Exu Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
Ouricuri
Igreja Matriz de São Sebastião
São José do Egito
1
Administração: Paróquia de Ouricuri 1 Capela de São Pedro
1 Administração: Romero Augusto Vilar Dantas Filho
108
Custódia 2 Palácio Celso Galvão- Sede Oficial do Poder
1 Igreja de São Luiz Gonzaga Executivo de Garanhuns
Administração: Estado de Pernambuco Administração: Prefeitura de Garanhuns
Angelim
1 Estação Ferroviária de Angelim RD08. AGRESTE CENTRAL
Administração: Prefeitura de Angelim
Altinho
Buíque
1 Capela de Nossa Senhora do Rosário
1 Reserva Arqueológica do Vale do Catimbau Administração: Paróquia Nossa Senhora do Ó
Administração:
1 Estação Ferroviária de Belo Jardim
Administração: Prefeitura de Belo Jardim
Canhotinho
1 Conjunto Ferroviário de Canhotinho Bezerros
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
1 Igreja Matriz de São José dos Bezerros
2 Estação Ferroviária de Paquevira Administração: Paróquia São José
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
1 Estação Ferroviária de Bezerros
Administração: Prefeitura de Bezerros
Garanhuns
1 Estação Ferroviária de Garanhuns Brejo da Madre de Deus
Administração: Prefeitura de Garanhuns
1 Casa da Câmara e Cadeia de Brejo da Madre de Deus
1 Hotel Tavares Corrêia e acervo
Administração: Marília Magda Leite e Paulo José Tavares Correia Administração: Fundarpe
109
1 Parque Nilo Coelho de Esculturas Monumentais 2 Casario da Rua Cardeal Arcoverde
Administração: Empresa de Turismo de Pernambuco – Empetur Administração: Vários Proprietários
Gravatá
1 Cadeia Pública de Gravatá RD09. AGRESTE SETENTRIONAL
Administração: Prefeitura de Gravatá
Pesqueira Surubim
1 Casa de Câmara e Cadeia de Pesqueira 1 Casa-Grande da Fazenda Cachoeira de Taépe
Administração: Prefeitura de Pesqueira Administração: Antônio Paulino Filho, José Paulino Silva e Luiz
Carneiro Cavalcante
1 Vila Real de Cimbres
Administração: Prefeitura de Pesqueira Limoeiro
1 Antiga Fábrica Rosa 1 Estação Ferroviária de Campo Grande
Administração: Prefeitura de Pesqueira Administração: Prefeitura de Limoeiro
110
RD10. MATA SUL Joaquim Nabuco
1 Conjunto Ferroviário de Joaquim Nabuco - Sede
Água Preta Administração: Prefeitura de Joaquim Nabuco
Palmares
Amaraji
1 Cine Teatro Apolo
1 Estação Ferroviária de Aripibu Administração: Prefeitura Municipal de Palmares e FUNDARPE
Administração: Assentamento rural do Incra
1 Casa-grande do Engenho Verde
Barreiros Administração: Processo de desapropriação pelo Estado
Escada Ribeirão
1 Estação Ferroviária de Frexeiras 1 Estação Ferroviária de Linda Flor
Administração: Administração: Helena Santos da Silva
111
2 Estação Ferroviária RD11. MATA NORTE
Administração:
Aliança
São Benedito do Sul 1 Conjunto Ferroviário de Aliança
1 Estação Ferroviária de Igarapeba Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
Carpina
2 Estação Ferroviária de São Benedito do Sul - Sede
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU 1 Estação Ferroviária de Carpina
1 Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
Sirinhaém
Goiana
1 Antiga Casa de Câmara e Cadeia de Sirinhaém Igreja de São Lourenço de Tejucupapo
1
Administração: Prefeitura Municipal de Sirinhaém
Administração: Paróquia de Nossa Senhora do Rosário - Goiana
2 Capela de São Roque e sua Torre Sineira
1 Vila do Baldo do Rio Goiana
Administração:
Administração: Diversos Proprietários
1 Convento de Santo Antônio (Convento de
1 Capela do Engenho Novo de Santo Antônio
Sirinhaém - Residência de São Francisco)
Administração: Diocese de Nazaré da Mata
Administração: Província Franciscana de Santo Antônio da Bahia
2 Convento e Igreja de N. Sra. da Soledade
Tamandaré Administração: Diocese de Nazaré da Mata
1 Fortaleza de Sto. Ignácio - Fortaleza de Tamandaré 3 Convento e Igreja Santo Alberto de Sicília
Administração: Ministério da Marinha
Administração: Província Carmelitana de Pernambuco
1 Igreja de São José de Botas de Ouro
Administração: Família Accioly e outros 4 Igreja da Ordem Terceira de N. Sra. do Carmo
Administração: Diocese de Nazaré da Mata
112
2 Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e 2 Estação Ferroviária
Paisagístico da Cidade de Goiana Administração:
Administração: Diversos Proprietários
1 Tracunhaém - Igreja Matriz de Santo Antônio
Administração: Diocese de Nazaré da Mata
Lagoa do Carro
1 Estação Ferroviária de Lagoa do Carro Vicência
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
1 Casa-Grande e Capela do Engenho Poço Comprido
e seus pertences
Nazaré da Mata Administração: Associação dos Filhos e Amigos de Vicência-Afav
1 Estação Ferroviária de Nazaré da Mata
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
1 Capela de São Francisco Xavier do Engenho Bonito RD12. REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
Administração: João Antônio Gonçalves Guerra
Cabo de Santo Agostinho
Paudalho 1 Antiga residência rural do ex-governador José Rufino
Administração: Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho (Comodato)
1 Ponte do Itaíba
Administração: Prefeitura de Paudalho 2 Engenho Massangana
Conjunto Ferroviário de Paudalho Administração: Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj (Comodato)
1
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU
3 Sítio Histórico do Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape
2 Sítio Histórico de São Severino dos Ramos (Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti)
Administração: Jaime Toscano de Melo Administração: Fundação dos Economiários Federais - Funcef (Comodato)
113
2 Estação Ferroviária de Macacos 1 Igreja N.Sra. da Boa Viagem do Pasmado
Administração: Secretaria de Patrimônio da União - SPU Administração: Usina São José
Igarassu Itamaracá
1 Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem do Pasmado 11 Casa do Conselheiro João Alfredo
Administração: Usina São José Administração: Secretaria de Ressocialização
1 Engenho Monjope 22 Engenho Amparo
Administração: Fundarpe Administração: Jorge Xavier de Morais Filho
114
1 Campo das Batalhas dos Guararapes no Município 5 Edifício da Praça João Alfredo, 07 (antigo
de Jaboatão (P. H. N. G.) Pátio São Pedro)
Administração: União Federal e outros Administração: Francisco de Assis Pontual
2 Igreja de N. Sra. da Piedade do Hospício do Carmo 6 Edifício do Antigo Aljube (Museu de Arte
Administração: Província Carmelitana de Pernambuco Contemporânea - MAC)
Administração: Fundarpe
3 Igreja de N. Sra. dos Prazeres, nos Montes
Guararapes, erguida em Monumento Nacional 7 Forte do São Francisco ou do Queijo
pelo Decreto nº22.175, de 03.08.1948 Administração: União Federal
Administração: Ordem Beneditina (O.S.B.)
8 Igreja Abacial do Mosteiro de São Bento
1 Antigo Hospício Carmelitano (Casa de Piedade) Administração: Ordem Beneditina (O.S.B.)
Administração: Província Carmelitana de Pernambuco
9 Igreja da Misericórdia
Administração: Santa Casa de Misericórdia de Recife
Moreno
1 Engenho Moreno 10 Igreja de N. Sra. do Monte
Administração: Ricardo Souza Leão e outros Administração: Ordem Beneditina (O.S.B.)
115
6 Cemitério dos Ingleses, Santo Amaro
Paulista Administração: Cemitério dos Ingleses
1 Casa e Jardim do Coronel 7 Cinema Glória, São José
Administração: Companhia de Tecidos Paulista Administração: Espólio de Maria José Ferreira Leite – Imóvel nº. 127
Conjunto Arquitetônico de N. Sra do Ó José Ferreira Barros – Imóvel nº. 123
2
Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife 8 Cinema São Luiz, Boa Vista
Administração: Fundarpe
3 Sítio Histórico de Nossa Senhora dos Prazeres
de Maranguape 9 Conjunto Ambiental e Paisagístico do Prata, Dois Irmãos
Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife Administração: Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa
1 Chaminés das fábricas Aurora e Arthur 10 Conjunto Fabril da Tacaruna, Campo Grande
Administração: Prefeitura de Belo Jardim Administração: Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo
1 Arquivo da antiga Casa de Detenção do Recife, 17 Igreja de Santo Amaro das Salinas, Santo Amaro
Administração: Paróquia de Santo Amaro
Santo Antônio
Administração: Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano 18 Igreja Nossa Senhora de Fátima do Colégio Nóbrega,
Boa Vista
2 Antiga Escola de Medicina, Derby
Administração: Companhia de Jesus - Província do Nordeste
Administração: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
19 Liceu de Artes e Ofícios, Santo Antônio
3 Basílica de Nossa Senhora da Penha, São José Administração: Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP
Administração: Província Nossa Senhora da Penha do Nordeste do Brasil
da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos 20 Mural Pictórico de Hélio Feijó, Madalena
Administração: Elsa Moura
4 Casa-Grande do Engenho Barbalho, Iputinga
Administração: Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, da Prefeitura da 21 Palácio da Justiça, Santo Antônio
Cidade do Recife Administração: Poder Judiciário de Pernambuco
5 Casa 157 da Rua Benfica, Madalena 22 Palácio do Campo das Princesas, Santo Antônio
Administração: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Administração: Governo do Estado de Pernambuco
116
23 Pavilhão Luís Nunes, Antigo Serviço para 10 Estação do Brum, Bairro do Recife
Verificação de Óbitos, Derby Administração: Poder Judiciário
Administração: Instituto de Arquitetos do Brasil – PE Estação Ponte d’Uchoa, Av. Rui Barbosa, Graças
11
24 Praça de Boa Viagem com Igreja de 1707 e Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
Obelisco de 1926, Boa Viagem Hotel Central, Boa Vista
12
Administração: Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem Administração: Kerginaldo M. de Bastos e Kátia Coimbra Bastos
25 Prédio da Casa da Cultura de Pernambuco
13 Imóveis do Conjunto Habitacional do Antigo
(CCPE), Santo Antônio
Administração: Fundarpe
Parque Industrial da Torre
Administração: Vários Proprietários
26 Prédio da Torre Malakoff, Bairro do Recife
Administração: Fundarpe 14 Prédio da Antiga Casa de Câmara e Cadeia do
Recife, atual sede do Arquivo Público Estadual
27 Prédio 463 da Rua do Imperador, Santo Antônio
Administração: Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco - APEJE Jordão Emereciano - APEJE
Administração: Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco
28 Quartel do Derby, Derby
Administração: Polícia Militar de Pernambuco/Secretaria de Defesa Social 15 Prédio da Antiga Escola Manoel Borba
29 Terreiro Oba Ogunté ou Sítio de Pai Adão, Água Fria Administração: Masidalva Maria Menezes de Melo
Administração: Herdeiros de Felipe Sabino da Costa
16 Placa Indicativa do Clube do Cupim, Aflitos
30 Torre de Atracação do Zepellin, Jiquiá Administração: Luiz Inácio de Barros Lima Filho
Administração: Prefeitura do Recife
17 Mural intitulado Batalha dos Guararapes do artista
1 Acervo do Instituto Miguel Arraes - IMA plástico pernambucano Francisco Brennand, Santo Antônio
Administração: Instituto Miguel Arraes
Administração:
2 Antigo prédio da Escola Manuel Borba, Boa Vista Jardins de Burle Marx
18
Administração: Governo do Estado de Pernambuco
Jardim do Campo das Princesas, Santo Antônio
3 Casa de Badia, São José Praça da República, Santo Antônio
Administração: Maria Lúcia Soares Praça de Casa Forte, Casa Forte
4 Casas nº 47, 55, 61 e 73 da Rua da União, Boa Vista Praça Euclides da Cunha, Benfica
Administração: Diversos Proprietários Praça Faria Neves, Dois Irmãos
Praça Ministro Salgado Filho, Ibura
5 Casa 150 da Rua Benfica, Madalena Administração: Prefeitura do Recife
Administração: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia
do Estado de Pernambuco - FACEPE 19 Monumento da Polícia Militar - Monumento ao PM
6 Cruz do Patrão, Bairro do Recife Tombado em Cumprimento do Dever - Derby
Administração: Superintendência do Patrimônio da União Administração: Polícia Militar de Pernambuco
9 Estação Central do Recife, São José 22 Igreja Matriz de São José, Bairro de São José
Administração: Banco do Brasil / Fundarpe Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife
117
1 Acervo do Museu do Estado de Pernambuco 13 Fortaleza de São João Batista ou Forte do Brum,
(anexo a Biblioteca), Graças Bairro do Recife
Administração: Governo do Estado de Pernambuco / Fundarpe Administração: União Federal
2 Antigo Palácio da Soledade, Boa Vista 14 Fortaleza de São Tiago ou das Cinco Pontas, São José
Administração: Companhia de Jesus (S.J.) e Província do Norte Administração: Domínio da União (serventia do Ministério do Exército)
do Brasil da Bahia / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
15 Ginásio Pernambucano, Santo Amaro
3 Arraial Novo do Bom Jesus, Cordeiro Administração: Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
16 Igreja da Boa Vista, Boa Vista
4 Capela de Nossa Sra. da Conceição da Congregação Administração: Irmandade da Boa Vista
Mariana, seu acervo móvel e integrado, São José
17 Igreja da Madre de Deus, Bairro do Recife
Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife
Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife
5 Capela de Nossa Senhora da Conceição ou Capela 18 Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo,
da Jaqueira, Jaqueira
Santo Antônio
Administração: Dona Ana Isabel da Costa Brito
Administração: Venerável Ordem Terceira de N. Sra. do Carmo do Recife
6 Capela dos Noviços da Ordem Terceira de São Francisco
19 Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares
(Capela Dourada), Santo Antônio Administração:
Administração: Venerável Ordem Terceira do Seráfico São Francisco do Recife
20 Igreja de Nossa Senhora das Fronteiras, Boa Vista
7 Casa da Rua da Imperatriz, 147 (onde nasceu Administração: Cúria Metropolitana de Olinda e Recife
Joaquim Nabuco), Boa Vista
Administração: Idalina Leal Moreira, Antônio de Souza Soares e 21 Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Bairro do Recife
Maria da Conceição Moreira Soares Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife
8 Casa natal de Oliveira Lima, Boa Vista 22 Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos,
Administração: Maria do Carmo da Cunha Brandão, Beatriz da Santo Antônio
Cunha Brandão e Eunice da Cunha Brandão Administração: Arquidiocese de Olinda e Recife
9 Casa Paroquial, anexa à Igreja Matriz de 23 Igreja de Nossa Senhora do Terço, São José
Administração: Irmandade Nossa Senhora do Terço
Santo Antônio, Santo Antônio
Administração: Venerável Irmandade do Santíssimo da Matriz 24 Igreja de Santo Antônio, Santo Antônio
de Santo Antônio Administração: Irmandade da Nossa Senhora da
Conceição dos Militares
10 Conjunto Arquitetônico, Paisagístico e Urbanístico
do antigo Bairro do Recife, Bairro do Recife 25 Igreja de São Gonçalo, Boa Vista
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife e outros Administração: Irmandade de Caridade
11 Convento de Santo Antônio, Santo Antônio 26 Igreja de São José do Ribamar, com todos os
Administração: Província Franciscana de Santo Antônio da Bahia (OFM) seus pertences, São José
Administração: Irmandade de São José do Ribamar
12 Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo,
27 Igreja de São Pedro dos Clérigos, inclusive o Conjunto
Santo Antônio
Administração: Província Carmelitana de Pernambuco Arquitetônico do Pátio de São Pedro, São José
Administração: Venerável Irmandade de São Pedro dos Clérigos
118
27 Igreja do Divino Espírito Santo, Santo Antônio 1 Basílica de Nossa Senhora da Penha, São José
Administração: Irmandade do Divino Espírito Santo Administração: Província Nossa Senhora da Penha do Nordeste
do Brasil da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
28 Igreja Matriz de Santo Antônio ou do Santíssimo
2 Campo do Jiquiá, Jiquiá
Sacramento, Santo Antônio Administração: Polícia Militar de Pernambuco
Administração: Venerável Irmandade do Santíssimo da
Matriz de Santo Antônio 3 Capela Nossa Senhora dos Aflitos, Aflitos
Administração: Província Carmelitana Pernambucana
29 Marco Divisório da antiga Capitania de Itamaracá e
4 Casa onde morou Manuel Bandeira, Boa Vista
toda a coleção histórica e de valor artístico pertencente Administração: Fundarpe
ao Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico
de Pernambuco, Boa Vista 5 Casa da Cultura (Antiga Casa de Detenção)
Administração: Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Administração:
de Pernambuco 6 Casa Loja Maçônica Conciliação, Boa Vista
Administração:
30 Mercado de São José, São José
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife 7 Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça
31 Palacete da Rua Benfica, 251, jardins e demais da República, Santo Antônio
Administração: Poder Judiciário de Pernambuco
construções, grades e portas de ferro, Madalena
Administração: Dulce Cavalcante Von Sohsten, Frederika Christiana 8 Conjunto Arquitetônico da Rua Barão de
Elizabeth Bezerra Cavalcante e José Rufino Bezerra Cavalcante Neto
São Borja, Casas Nº 204, 209, 212, 218, 226,
32 Pavilhão Luiz Nunes, Antigo Pavilhão de 232, 240, 246, 279 e 320. Rua da Soledade:
Óbitos “Luiz Nunes”, Derby Casas Nº 13, 25, 27 e 35. Boa Vista
Administração: Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-PE Administração: Diversos Proprietários
33 Prédio da Av. Rui Barbosa, 1596 (Sede da 9 Duas Quadras da Rua da Aurora
Administração: Diversos Proprietários
Academia Pernambucana da Letras), Jaqueira
Administração: Academia Pernambucana de Letras 10 Estação do Brum, Bairro do Recife
Administração: Diversos Proprietários
34 Prédio da Faculdade de Direito do Recife, Boa Vista
Administração: União Federal - UFPE 11 Igreja de Nossa Senhora do Livramento,
Santo Antônio
35 Sítio da Trindade - Conjunto Paisagístico, Casa Amarela Administração: Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Soledade
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
12 Jardins de Burle Marx
36 Sobrado Grande da Madalena (Museu da Abolição),
Jardim do Campo das Princesas, Santo Antônio
Madalena
Praça da República, Santo Antônio
Administração: União Federal
Praça de Casa Forte, Casa Forte
37 Teatro de Santa Isabel, Santo Antônio Praça Euclides da Cunha, Benfica
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife Praça Faria Neves, Dois Irmãos
Praça Ministro Salgado Filho, Ibura
38 Vivenda Santo Antônio de Apipucos Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
(Casa de Gilberto Freyre) e Sítio paisagístico 13 Peças de Arte Sacra dos Bispados do Nordeste
Administração: Fundação Gilberto Freyre Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
119
14 Ponte da Boa Vista, Boa Vista São Lourenço da Mata
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife
Prédio do Liceu de Artes e Ofícios, Santo Antônio 1 Igreja de Nossa Senhora da Luz e de Nossa
15
Administração: Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP Senhora do Rosário dos Pretos
Administração: Paróquia de São Lourenço da Mata
16 Sinagoga - Kahal Zur Israel, Bairro do Recife
Administração: Federação Israelita de Pernambuco - FIPE 2 Conjunto Ferroviário de São Lourenço - Sede
Administração: Secretaria do Patrimônio da União - SPU
17 Teatro Apolo, Bairro do Recife
Administração: Prefeitura da Cidade do Recife 3 Estação Ferroviária Tiúma
Administração: Usina Tiúma
18 Terreiro Oba Ogunté ou Sítio de Pai Adão, Água Fria
Administração: Herdeiros de Felipe Sabino da Costa
120
8 Patrimônios vivos de Pernambuco
121
122
123
Ano de Registro: 2005 Maria Madalena Correia do Nascimento
Ana Leopoldina Santos (in memoriam) Nome Artístico: Lia de Itamaracá
Nome Artístico: Ana das Carrancas Atividade/expressão cultural: cirandeira
Atividade/expressão cultural: artesã ceramista Cidade: Itamaracá
Cidade: Petrolina
Reginaldo Alves Ferreira
Francisco Soares de Araújo (in memoriam) Nome Artístico: Camarão
Nome Artístico: Canhoto da Paraíba Atividade/expressão cultural: sanfoneiro
Atividade/expressão cultural: violonista Cidade: Recife
Cidade: Recife
Sociedade Musical Curica
José do Carmo Souza Atividade/expressão cultural: banda musical
Nome Artístico: Zé do Carmo Cidade: Goiana
Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
Cidade: Goiana
Ano de Registro: 2006
José Francisco Borges Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia Noite
Nome Artístico: J. Borges Atividade/expressão cultural: agremiação carnavalesca clube
Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e de frevo
xilogravura Cidade: Olinda
Cidade: Bezerros
José Costa Leite
José Soares da Silva Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e
Nome Artístico: Dila xilogravura
Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e Cidade: Condado
xilogravura
Cidade: Caruaru Margarida Pereira de Alcântara
Nome Artístico: Índia Morena
Manoel Borges da Silva Atividade/expressão cultural: circo
Nome Artístico: Mestre Nuca Cidade: Jaboatão
Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
Cidade: Tracunhaém
Ano de Registro: 2007
Manoel Salustiano Soares (in memoriam) Confraria do Rosário
Nome Artístico: Mestre Salustiano Atividade/expressão cultural: congo, rosário
Atividade/expressão cultural: mestre de folguedos Cidade: Floresta
populares, rabequeiro
Cidade: Olinda Fernando Spencer
Atividade/expressão cultural: cinema
Manuel Eudócio Rodrigues Cidade: Recife
Nome Artístico: Manoel Eudócio
Atividade/expressão cultural: artesão ceramista José Joaquim da Silva
Cidade: Caruaru Nome artístico: Zezinho de Tracunhaém
Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado Cidade: Tracunhaém
Atividade/expressão cultural: maracatu de baque virado
Cidade: Recife
124
Ano de Registro: 2008 Ano de Registro: 2011
Caboclinho Sete Flexas Maria Amélia da Silva
Atividade/expressão cultural: caboclinho Nome Artístico: Maria Amélia
Cidade: Recife Atividade/expressão cultural: artesã ceramista
Cidade: Tracunhaém
Selma Ferreira da Silva
Nome artístico: Selma do Coco Maracatu Estrela de Ouro de Aliança
Atividade/expressão cultural: coquista Atividade/expressão cultural: maracatu de baque solto
Cidade: Olinda Cidade: Recife
125
9 Patrimônio cultural imaterial
O que é um inventário?
Inventariar, como lembra a definição de dicionário, significa encontrar, tornar
conhecido, identificar e descrever de forma acurada cada bem considerado, de modo a
permitir a sua adequada classificação. No caso do patrimônio imaterial, o inventário é
um importante instrumento para produzir conhecimento e salvaguardar saberes,
artes, ofícios, formas de expressão, celebrações e modos de fazer que constituam
marcos e referências de identidade para determinado grupo social.
126
Como preservar o Patrimônio Imaterial? Quais são os instrumentos para a preservação?
Oriundos de processos culturais de construção de sociabilidades, de formas de
sobrevivência, de apropriação de recursos naturais e de relacionamento com o meio
ambiente, os bens culturais imateriais possuem uma dinâmica específica de
transmissão, atualização e transformação que não pode ser submetidos às formas
usuais de proteção. Assim, mais do que conservação, no mesmo sentido das noções
fundadoras da prática de preservação dos bens móveis e imóveis, o patrimônio
imaterial requer instrumentos voltados à identificação, valorização, reconhecimento,
registro etnográfico, acompanhamento periódico e apoio. Trata-se de identificar, na
dinâmica social em que se inserem bens e práticas culturais, sentidos e valores vivos,
marcos de vivências e experiências que conformam uma cultura para os sujeitos que
com ela se identificam.
128
10 Relação dos bens imateriais registrados
1. Feira de Caruaru
Inscrição: Livro de Registro dos Lugares / 2006
Roberta Guimarães/SecultPE
2. Frevo
Inscrição: Livro de Registro das Formas de Expressão / 2007
Val Lima
Costa Neto/SecultPE
129
b. Bens Imateriais em Processo de Registro pelo Iphan
1. Caboclinho
Proc. 01450.010229/2008-82
2. Cavalo-Marinho
Proc. 01450.010232/2008-04
3. Maracatu Nação
Proc. 0150.010230/2008-15
4. Maracatu Rural
Proc. 01450.010231/2008-51
130
Festa da Pitomba 13.759, de 30/04/09
Festa das Marocas 13.842, de 14/08/09
“Festa da Batalha do Reduto” 13.841, de 14/08/09
Carnaval de Olinda 13.778, de 27/05/09
Dança do Xaxado 13.776, de 27/05/09
Agremiação Carnavalesca Bloco das Flores 13.843, de 14/08/09
Bloco carnavalesco “A mulher da Sombrinha'' 13.840, de 14/08/09
São João de Caruaru 13.788, de 09/06/09
Carnaval de Vitória de Santo Antão 13.850, de 18/08/09
Sítio Histórico do Monte das Tabocas 13.849, de 18/08/09
Manguebeat 13.853, de 19/08/09
Festa das Dálias de Taquaritinga do Norte 13.851, de 18/08/09
Alto do Moura 13.789, de 09/06/09
Festival de Inverno de Garanhuns 13.878, de 25/09/09
Grupos de Maracatu Rural de Nazaré da Mata 14.163, de 17/09/10
Clube Carnavalesco misto das Pás 14.176, de 27/09/10
Missa do Poeta, (homenagem in memorian ao Poeta e Compositor Zé
Marcolino e demais poetas falecidos do Pajeú), celebrada todos os anos
na cidade de Tabira- PE 14.174, de 27/09/10
131
11 Conselhos municipais de preservação
do patrimônio
A proteção do patrimônio deve ser realizada nas três esferas de governo: nacional,
estadual e também municipal. Para que os Municípios possam tombar e registrar seus
bens materiais e imateriais é preciso que seja formado primeiro o CONSELHO
MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO.
A Lei Nº. 4119/79 criou o Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda -
CPSHO, órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Educação e Cultura,
que promove o funcionamento do Conselho, assegurando-lhe recursos humanos e
materiais necessários. Olinda foi a primeira cidade pernambucana a criar o Conselho
Municipal de Preservação.
Títulos de Olinda
A Olinda moderna ostenta quatro títulos, todos a ela atribuídos em virtude de sua
exuberante beleza natural e de seu valioso patrimônio em pedra e cal. São eles:
132
Patrimônio Cultural da Humanidade
O título de Patrimônio Cultural da Humanidade foi concedido pela Unesco em 1982,
depois de uma luta iniciada pela Prefeitura em 1978, com o apoio de personalidades
como o embaixador olindense Holanda Cavalcanti, o então ministro Eduardo Portela,
além de Aloísio Magalhães. Com esse título, Olinda inscreveu-se na lista de
monumentos mundiais e figura ao lado de bens da humanidade como a Catedral de
Notre-Dame, em Paris, o sítio arqueológico de Nemrut Dag, na Turquia, o Parque
Nacional do Serengeti, na África, e a Cidade do Vaticano, entre outros 400 monumentos
em todo o mundo.
133
Bens Materiais Tombados pelo 13. Fábrica de Doces Amorim Costa (Mercado Eufrásio
Barbosa) (Séc. XIX)
Conselho de Preservação dos Administração: Prefeitura de Olinda
Sítios Históricos de Olinda 14. Igreja de Nossa Senhora do Amparo (Séc. XVI)
Administração: Confraria de N.Sra do Amparo
1. Igreja de São Sebastião (Séc. XVII)
15. Capela de Santana do Engenho Fragoso (Séc. XIX)
Administração: Câmara Municipal de Olinda
Administração: Paróquia de São José
2. Forte do Buraco (Séc. XVII)
16. Igreja de N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos de
Administração: Ministério da Marinha
Olinda (Séc. XVII)
3. Casa da Pólvora (Séc. XVII) Administração: Irmandade de N.Sra do Rosário
Administração: Ministério do Exército
17. Igreja do Bom Jesus do Bonfim (Séc. XVIII)
4. Convento de Santo Amaro da Água Fria (Séc. XVII) Administração: Irmandade do Bom Jesus do Bonfim
Administração: Congregação da Mãe Três Vezes
18. Cine Duarte Coelho (Séc. XX)
Admirável
Administração: Prefeitura de Olinda
5. Capela de Santana de Rio Doce (Séc. XVIII)
19. Ed. Del Rio e demais exemplares da arquitetura
Administração: Ordem de São Francisco
proto-racionalista
6. Bica de São Pedro (Séc. XVI / XVII) Administração: Diversos Proprietários Privados e
Administração: Prefeitura Municipal Prefeitura de Olinda (Cine Duarte Coelho)
134
12 Missão das entidades de
preservação do patrimônio
MISSÃO DO IPHAN
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Iphan é uma autarquia
federal vinculada ao Ministério da Cultura, responsável por preservar a diversidade
das contribuições dos diferentes elementos que compõem a sociedade brasileira e
seus ecossistemas. Esta responsabilidade implica preservar, divulgar e fiscalizar os
bens culturais brasileiros, bem como assegurar a permanência e usufruto desses
bens para a atual e as futuras gerações.
MISSÃO DA FUNDARPE
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco Fundarpe é o órgão
que formula, implementa e executa a Política de Cultura do Estado de Pernambuco,
de forma estruturadora e sistêmica, focada na inclusão social, na universalização das
identidades e da multiculturalidade, na integração e no desenvolvimento partilhado
de políticas públicas.
135
13 Preservação do Patrimônio
Esfera Federal:
Iphan Fone: (81) 3228.3011/ 2248, Site: www.iphan.gov.br
Esfera Estadual:
Secretaria de Cultura de Pernambuco
Fone: (81) 3184.3003 | www.cultura.pe.gov.br
Fundarpe
Fone: (81) 3184.3000 | www.cultura.pe.gov.br
Condepe-Fidem
Fone: (81) 3182.4400 | www.condepefidem.pe.gov.br
Esfera Municipal:
Prefeituras Municipais
137
15 Referências e indicações de leitura
“Festival Pernambuco Nação Cultural - Educação Patrimonial para a Mata Norte” 1ª.
Edição
2009, Publicação da Diretoria de Preservação Cultural da Fundarpe.
“Festival Pernambuco Nação Cultural - Educação Patrimonial para o Sertão Central” 1ª.
Edição
2009, Publicação da Diretoria de Preservação Cultural da Fundarpe.
138
Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.
Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.
139
ISBN