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Tarefa difícil,
não? Pois o autor do artigo abaixo, publicado no Le Petit Journal, da França, em
1897, realizou a façanha. Um dos textos sem verbos que a literatura tem notícia, foi
publicado em 1897, no periódico francês, Le Petit Journal, por ocasião da
inauguração da ponte Alexandre III. A tradução para o português foi feita pelo
escritor cearense Itamar de Santiago Espíndola.
Além disso, que lição maravilhosa para nós a ausência deles num grande
número de adágios da sabedoria humana!
Sim, o verbo eis o inimigo! Guerra contra ele! Morte aos indicativos, aos
subjuntivos, aos imperativos, aos infinitivos, enfim, a tudo em “ivo” e,
principalmente, ao terrível mais que perfeito do subjuntivo, triunfo
dos belosfalastrões do Sul, desde Avinhão até Caracole.
Novidade apreciável, certamente, para tais festas, notáveis pelas surpresas, pela
decoração das ruas, pelo engrinaldamento das fachadas, pela floração artificial
das árvores sem folhas, na praça central dos Campos Elíseos.
Uma saudação sem verbo, ao tsar, que maravilhosa resposta à invasão desta
estranha literatura do Norte, mas arrogante de seus sucessos ibsenianos entre
nós e de sua influência fantástica nos costumes do nosso teatro!
Que desafio ao mundo intelectual dos outros países! Que assombro no universo
inteiro: a supressão do verbo na literatura da França! Coragem e confiança no
progresso!