You are on page 1of 16
inalidade. (0 trecho ¢ de um romance policial satanista, 70 th il, a Daughter (Uma filha para o diabo, 1956}, de Dennis Weatley.) Parece, contudo, que a primeira deixa para situd-lo na categoria adultos iatividade; 0 motivo basico para situé-lo na legoria “para crianga” era a textura de cliché e controle. © con: ito de que os adultos devem necessariamente controlar os textos Siio essas, portanto, algumas das questdes que precisario ser ideradas. Mas, para comecar, o leitor ter notado que até agora i os termos “livros para crianca” e “literatura infantil” de modo reambidvel. Precisamos agora definir mais precisamente “litera~ a infantil” ~e, j4 que ela é as vezes vista como uma contradi¢ao termos, definir ambas as suas partes, bem como o todo. Embora ndo haja nor ides intr saa hora nao hgia normas ou restridesintrinsecas deter 08 DA DEFINIGAO rando como devers ler iteratura, assim que comesamos a [ is e000 im ler 0 texto, algum tipo de norma e res rare , fenormae restric entraréem aga eu : striga ado, mo a maioria das perguntas sugere suas respostas, assi id que ca propria atvidade da leitura ni phi sal nownsrenliahiaenineth 1m as definigdes sto controladas por seu propésito. Dessa ma- merino Git daa {nllo pode haver uma definigio eratura infantil’ a intrinsecas & prépria existéncia do discurso literdrio, ' para educacio, aquisicao de linguagem, socializacao/acul- (0 ou para o entretenimento de uma determinada crianga ou de criancas em circunstincias especificas; ou “bom” em al- ‘oso ou politico; ou ainda em um sentido ico. “Bom”, como uma aplicacdo abstrata,.¢.“bom. para”, Ima aplicaedo pratica, estao em constante conilito nas rese- K.M. NEWTON Cada vex mais sou da opiniao de também, uma tensao entre a aceitagao intelectual da plur gue ndo existem livros para sentidos da palavra “literatura” e, nfo obstante, uma supo crianga. Bles séo um conceito inventado por motives comer- ciais ¢ mantido pela tendéncia humana de classificar e ro: ‘ular. O autor honesto [..] escreve 0 que esté dentro de sie recisa sair. As vezes o que ele escreve terd ressondncia nas Jnclinagdes ¢interesses dos jvens, outras veces nda.) Se precisa haveruma classificagae, éde livros bons ruins. um conceito Bisonho de A. A. Milne e Hamlet de Shakespeare nao so, fetiva ¢ universalmente, melhor que 0 outro, mas por dizo sistema. se formos desenredar 0 emaranhado de julgamentos, deve- sderar maneiras de definir. Como vimos, embora haja certas isticas que parecem tornar dbvia a leitura de um “livro para ‘os aspectos textuais nao sao confidveis. Quando W. H. Auden ‘existem bons livros que sto apenas para adultos (...] nao que sejam apenas para criangas”,! ou C. S. Lewis “Sou MARCUS CROUCH adult, Podemos contrastara opiniao de Rebecea Lukens, para quem “allteratura para crianca difere da literatura para adulto em grau, nao emespécie[..]e escrever para criancas deve ser avaliado pelo mesmo Padro que eserever para adultos. Nao aplicar a mesma norma er tica a literatura infantil é, de fat adulta’,* com a de James Steele Smith: “Podemos ainda nos enredar ‘na coneepedo equivocada de que a literatura infantil envolve os mes- ‘mos critérios de exceléncia literdria que Isabelle Jan desconsidera, com impaciéncia, a “norma acadé- mica” que distribu juizos de valor: Oseriticos, sempre prontos a distribuir notas boas e més esto Preparados para avaliar esse "subproduto” por padrées académic cose declarar que uma de suas produgbesé ou nao ¢ “literatura”, ou no é “bem eserita” e que ela tem ou nao chance de tomar. se um “clissico”, Discusses escolisticas dessa ordem apenas disfarcam a ver- dade de que tais obras existem por si mesmas e ndo como de- ‘graus de uma escada até a leitura adulta, 0 importante_... ndo ése ea ¢ ou no literatura, mas que ela ‘love ser para eriancas; seu interesse e importineia dependem dessa caractertstica especifica. Houve, também, uma certa confustio quanto a literatura ser uma riagto diferente, bem como sobre 0 modo como ela deve ser tra- tada, Sheila Egoff, Gordon Stubbs e Ralph Ashley, na introdugio Ale Only Connect: Readings on Children’s Literature Apenas conecte, leituras sobre literatura infant ’o endossam a opiniaode adotar uma eseala especi ido, andamos para trés; conforme realea Lance # ocupou, em grande parte, da literatura infantil i liscussio critica [.] éculo x1x [..]. Em muitos aspectos, a ae livros para os jovens perteneiam a0 literatura e escrever sobre eles ndo se restringia a perié- 08 especializados” : j ono consequéncia, temos a perspectiva de Nicholas Tucker: Ao contratio de alguns que escreveram sobre essa: guest, a dito que ha diferengas intrinsecas entre os melhores livros nadosa eriangas eas escritos para adultos, e que nenhuma 7 infantil soderia ser uma obra de arte no mesmo nivel pacar jot ou Dickens, por exemplo. Se oes ertor ester volado a um pablicojovem deve necessriamente restringit-sea certas éreas da experiéncia e do vocabulirio. ra lidos por adultos, e com um dinica eomentéri de il Paton Walsh (acimiravelmente sensa plemas da escrita de livros para crianga sugere que: foblema livro infantil apresenta um pr ’ * interessante ~ o de fazer uma declaragho adulta.

You might also like