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DE FUNDAMENTOS DA
TERMODINÂMICA
“Memento mori”
Tertuliano (Quintus Septimius Florens Tertullianus) – Apologeticus, capítulo 33
O soldado que não acredita na vitória não é capaz de lutar por ela.
IMPORTANTE
Esta apostila abrange a totalidade do conteúdo da disciplina “Fundamentos da Termodinâmica”, tal como
ministrada nos cursos de engenharia ligados ao Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de
Taubaté, UNITAU.
A apostila é baseada em notas de aula, as quais apresentam resumidamente o conteúdo do livro texto
indicado ao aluno para o acompanhamento da disciplina, Fundamentos da Termodinâmica, de Richard E.
Sonntag, Claus Borgnakke e Gordon J. Van Wylen, Editora Edgard Blücher Ltda.
Em momento algum o aluno deve supor que a apostila se sobrepõe ou transforma em desnecessário
o uso do livro texto. Ao contrário, a função desta é somente facilitar ao aluno o uso do referido livro,
continuando seu emprego imprescindível a uma compreensão equilibrada e abrangente da disciplina.
Fundamentos da
TERMODINÂMICA
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO
1.1 Definição
A partir de uma visão macroscópica para o estudo do sistema, que não requer o conhecimento do
comportamento individual destas partículas, desenvolveu-se a chamada termodinâmica clássica.
Ela permite abordar de uma maneira fácil e direta a solução de problemas.
Desta forma, o domínio da termodinâmica é essencial para que o engenheiro possa projetar estes
equipamentos e sistemas com o objetivo de construí-los dentro do menor custo razoável e obter
destes, em operação, a maior eficiência energética possível.
Ex.: Considere o gás contido no cilindro mostrado na figura abaixo como sistema. Se o conjunto é
aquecido, a temperatura do gás aumentará e o êmbolo se elevará. Quando o êmbolo se eleva, a
fronteira do sistema move. O calor e trabalho cruzam a fronteira do sistema durante esse
processo, mas não a matéria que compõe o sistema.
Sistema isolado: é aquele que não é influenciado, de forma alguma, pela vizinhança (ou seja,
calor e trabalho não cruzam a fronteira do sistema).
Volume de controle: (sistema aberto) é um volume que permite um fluxo de massa através de
uma fronteira, assim como o calor e o trabalho.
Assim, um sistema é definido quando se trata de uma quantidade fixa de massa e um volume de
controle é especificado quando a análise envolve fluxos de massa.
Meio contínuo: Sob o ponto de vista macroscópico, nós sempre consideraremos volumes muito
maiores que os moleculares e, desta forma, trataremos com sistemas que contém uma
enormidade de moléculas. Uma vez que não estamos interessados nos comportamentos
individuais das moléculas, desconsideraremos a ação de cada molécula e trataremos a
substância como contínua.
Fase: definida como uma quantidade de matéria totalmente homogênea (fase líquida, sólida ou
gasosa). Quando mais de uma fase coexistem, estas se separam, entre si, por meio das
fronteiras das fases.
Estado: Em cada fase a substância pode existir a várias pressões e temperaturas. O estado de
uma fase pode ser identificado ou descrito por certas propriedades macroscópicas observáveis;
algumas das mais familiares são: temperatura, pressão e massa específica.
Propriedades: Cada uma das propriedades (temperatura, pressão, massa) de uma substância,
num dado estado, apresenta somente um determinado valor e essas propriedades tem sempre o
mesmo valor para um dado estado, independente da forma pela qual a substância chegou a ele,
isto é, independente do caminho (história) pelo qual o sistema chegou à condição (estado)
considerada. As propriedades termodinâmicas podem ser divididas em duas classes gerais, as
intensivas e as extensivas.
Propriedade extensiva: seu valor varia diretamente com a massa. Ex.: massa, volume.
Assim, se uma quantidade de matéria, num dado estado, é dividida em duas partes iguais, cada
parte apresentará o mesmo valor das propriedades intensivas e a metade do valor das
propriedades extensivas da massa original.
Processo: Quando o valor de pelo menos uma propriedade de um sistema é alterado, dizemos
que ocorreu uma mudança de estado. O caminho definido pela sucessão de estados através dos
quais o sistema percorre é chamado de processo.
Uma vez que as propriedades descrevem o estado de um sistema apenas quando ele está em
equilíbrio, como poderemos descrever os estados de um sistema durante um processo, se o
processo real só ocorre quando não existe equilíbrio?
Muitos dos processos reais podem ser modelados, com boa precisão, como processos de quase-
equilíbrio. Se os pesos sobre o pistão são pequenos, e forem retirados um a um, o processo pode
ser considerado como de quase-equilíbrio.
Prefixo ISO: é usado para caracterizar um processo que ocorre mantendo uma propriedade
constante:
Ciclo termodinâmico: é quando um sistema, num dado estado inicial, passa por vários
processos e retorna ao estado inicial.
Dessa forma, no final de um ciclo, todas as propriedades apresentam os mesmos valores iniciais.
A água que circula numa instalação termoelétrica a vapor executa um ciclo.
ATENÇÃO:
Ciclo mecânico: um motor de combustão interna de quatro tempos executa um ciclo mecânico a
cada duas rotações. Entretanto, o fluido de trabalho não percorre um ciclo termodinâmico no
motor, uma vez que o ar e o combustível reagem e, transformados em produtos de combustão,
são descarregados na atmosfera.
Neste curso, o termo ciclo se referirá a um ciclo térmico (termodinâmico) a menos que se designe
o contrário.
Força: O conceito de força resulta da segunda lei de Newton, que estabelece que a força que
atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa do corpo pela aceleração na direção da
força. No SI, a unidade de força é definida a partir da segunda lei de Newton, não sendo portanto
um conceito independente:
F = m×a
A unidade de força é o newton (N), que, por definição, é a força necessária para acelerar uma
massa de 1 quilograma à razão de 1 metro por segundo, por segundo, ou seja, 1N = 1 kg.m/s 2.
Deve-se observar que as unidades SI, que derivam de nomes próprios são representadas por
letras maiúsculas; as outras são representadas por letras minúsculas.
Tempo: A unidade básica de tempo é o segundo (s). O segundo era definido como 1/86.400 do
dia solar médio. Em 1967, a Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) definiu o segundo
como o tempo necessário para a ocorrência de 9.192.631.770 ciclos do ressonador de feixe de
átomos de césio-133.
Comprimento: A unidade básica de comprimento é o metro (m), e por muitos anos (1889 a 1960)
o padrão adotado foi o "Protótipo Internacional do Metro" que é a distância, sob certas condições
preestabelecidas, entre duas marcas usinadas numa barra de platina-irídio, guardada no
Escritório Internacional de Pesos e Medidas, em Sevres, França, equivalentes a 1/10.000.000 da
distância entre o equador e o pólo norte, no meridiano de Paris. Em 1983, a CGPM adotou uma
definição mais precisa do metro: o metro seria o comprimento da trajetória percorrida pela luz no
vácuo em 1/299.792.458 do segundo.
Mol: O mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares
quanto são os átomos contidos em 12 g de carbono-12. Logo, 1 mol é a quantidade de matéria
que existe em 6,02 × 1023 entidades. Ao utilizar o termo mol, deve-se especificar quais são as
entidades elementares em questão (átomos, moléculas, íons, etc). O conceito de mol está
intimamente ligado à Constante de Avogadro (valor aproximado de 6,022 × 1023). Assim, 1 mol de
moléculas de qualquer gás possui 6,022 × 1023 moléculas deste gás, 1 mol de íons equivale a
6,022 × 1023 íons e 1 mol de grãos de areia equivale a 6,022 × 1023 grãos de areia. Um mol de
átomos de qualquer elemento tem a massa de x gramas, onde x é a massa molar da substância,
sendo que a massa molar e a massa atômica do elemento são numericamente iguais. A massa
atômica do cloro é 35,453 u, e a massa molar do cloro, de 35,453 g/mol. Nós utilizaremos o
quilomol (kmol), que corresponde à quantidade da substância, em quilogramas, numericamente
igual ao peso molecular.
com massa. A palavra peso é usada corretamente apenas quando está associada a força.
Quando dizemos que um corpo pesa um certo valor, isto significa que esta é a força com que o
corpo é atraído pela Terra (ou por algum outro corpo), ou seja, o peso é igual ao produto da
massa do corpo pela aceleração local da gravidade. A massa de uma substância permanece
constante variando-se a sua altitude porém o seu peso varia com a altitude.
2.6 Energia
O volume específico de uma substância é definido como o volume ocupado pela unidade de
massa e é designado pelo símbolo v. A massa específica de uma substância é definida como a
massa associada à unidade de volume. Desta forma, a massa específica é igual ao inverso do
volume específico. A massa específica é designada pelo símbolo ρ . Observe que estas duas
propriedades são intensivas. Um traço sobre o símbolo (letra minúscula) será usado para
designar a propriedade na base molar. Assim
v designará o volume específico molar e ρ a massa específica molar.
2.8 Pressão
Considere o gás contido em um sistema. A pressão exercida pelo gás em todas as fronteiras do
sistema é a mesma desde que o gás esteja num estado de equilíbrio.
A pressão absoluta é utilizada na maioria das análises termodinâmicas. Entretanto, a maioria dos
manômetros de pressão e de vácuo indica a diferença entre a pressão absoluta e a atmosférica,
diferença esta chamada de pressão manométrica ou efetiva. As pressões, abaixo da
atmosférica e ligeiramente acima, e as diferenças de pressão (por exemplo, através de um orifício
em um tubo) são medidas freqüentemente com um manômetro que utiliza água, mercúrio, álcool
Considere a coluna de fluido com altura L, medida acima do ponto B, mostrada na figura a seguir.
∆p = p − patm = ρ.L.g
Consideremos dois blocos de cobre, um quente e outro frio, cada um em contato com um
termômetro de mercúrio. Se esses dois blocos de cobre são colocados em contato térmico,
observamos que a resistência elétrica do bloco quente decresce com o tempo e que a do bloco
frio cresce com o tempo. Após um certo período, nenhuma mudança na resistência é observada.
De forma semelhante, o comprimento de um dos lados do bloco quente decresce com o tempo,
enquanto que o do bloco frio cresce com o tempo. Após certo período, nenhuma mudança nos
comprimentos dos blocos é observada. A coluna de mercúrio do termômetro no corpo quente cai
e no corpo frio se eleva, mas após certo tempo nenhuma mudança nas alturas das colunas de
mercúrio é observada. Podemos dizer, portanto, que dois corpos possuem igualdade de
temperatura se não apresentarem alterações, em qualquer propriedade mensurável, quando
colocados em contato térmico.
A lei zero da termodinâmica estabelece que, quando dois corpos têm igualdade de temperatura
com um terceiro corpo, eles terão igualdade de temperatura entre si. Isso parece bastante óbvio
para nós porque estamos familiarizados com essa experiência. Entretanto, essa afirmação não é
dedutível de outras leis e precede as formalizações da primeira e da segunda lei da
termodinâmica.
Esta lei constitui a base para a medição da temperatura, porque podemos colocar números no
termômetro de mercúrio e sempre que um corpo tiver igualdade de temperatura com o
termômetro poderemos dizer que o corpo apresenta a temperatura lida no termômetro. O
problema permanece, entretanto, em relacionar as temperaturas lidas em diferentes termômetros
de mercúrio ou as obtidas através de diferentes aparelhos de medida de temperatura, tais como
pares termoelétricos e termômetros de resistência. Isso sugere a necessidade de uma escala
padrão para as medidas de temperatura.
Nós consideramos, no capítulo anterior, três propriedades familiares de uma substância: volume
específico, pressão e temperatura. Agora voltaremos nossa atenção para as substâncias puras e
consideraremos algumas das fases em que uma substância pura pode existir, o número de
propriedades independentes que pode ter e os métodos utilizados na apresentação das
propriedades termodinâmicas.
Uma substância pura é aquela que tem composição química invariável e homogênea. Pode existir
em mais de uma fase, mas a composição química é a mesma em todas as fases. Assim, água
líquida, uma mistura de água líquida e vapor d'água ou uma mistura de gelo e água líquida são
todas substâncias puras, pois cada fase apresenta a mesma composição química. Por outro lado,
uma mistura de ar líquido e gasoso não é uma substância pura porque a composição da fase
líquida é diferente daquela da fase gasosa. Às vezes, uma mistura de gases, tal como o ar, é
considerada como uma substância pura desde que não haja mudança de fase.
Figura 3.1: Mudança da fase líquida para vapor de uma substância pura a pressão constante
Suponhamos que a massa de água seja igual a 1 kg, que o êmbolo e o peso imponham a pressão
de 0,1 MPa no sistema e que a temperatura inicial seja igual a 20oC. A medida que é transferido
calor à água, a temperatura aumenta consideravelmente, o volume específico aumenta
ligeiramente e a pressão permanece constante. Quando a temperatura atinge 99,6 °C, uma
transferência adicional de calor implica numa mudança de fase, como indica o item b da figura.
Isto é, uma parte do líquido se transforma em vapor e, durante este processo, a pressão e a
temperatura permanecem constantes mas o volume específico aumenta consideravelmente.
Quando a última gota de líquido tiver vaporizado, uma transferência adicional de calor resulta num
aumento da temperatura e do volume específico do vapor, como mostra o item b e a Figura 3.3.
Se uma substância existe como líquido na temperatura e pressão de saturação, ela é chamada de
líquido saturado. Se a temperatura do líquido é mais baixa do que a temperatura de saturação
para a pressão existente, a substância é chamada de líquido comprimido (significando que a
pressão é maior do que àquela de saturação para a dada temperatura).
Título: Quando uma substância é composta por uma parcela na fase líquida e outra na fase
vapor, na temperatura de saturação, seu título é definido como a razão entre a massa de vapor
e a massa total. Assim, na Fig. 3.1, se a massa do vapor for 0,2 kg , a massa do líquido será
igual a 0,8 kg e o título será 0,2 ou 20%. O título pode ser considerado como uma propriedade
intensiva e seu símbolo é x.
Se uma substância existe como vapor na temperatura de saturação, ela é chamada de vapor
saturado (título é 100%). Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de
saturação, é chamado de vapor superaquecido.
Ponto crítico: É um ponto de inflexão com inclinação nula onde os estados líquido saturado e
vapor saturado são idênticos. A temperatura, pressão e volume específico do ponto crítico são
chamados temperatura crítica, pressão crítica e volume crítico. Para a água, a temperatura crítica
é de 374,14oC, a pressão crítica, 22,09 MPa e o volume específico crítico, 0,003155 m 3/kg.
Um motivo importante para a introdução do conceito de substância pura é que o estado de uma
substância pura simples compressível (isto é, uma substância pura na ausência de movimento,
ação da gravidade e efeitos de superfície, magnéticos ou elétricos) é sempre definido por duas
propriedades independentes. Isso significa que, se por exemplo, o volume específico e a
temperatura do vapor superaquecido forem especificados, o estado do vapor estará determinado.
Um processo a pressão constante, numa pressão maior do que a crítica, é representado pela
linha PQ (figura 3.3). Se a água a 40 MPa e 20 °C for aquecida num processo a pressão
constante, dentro de um cilindro como o da Fig. 3.1, nunca haverá duas fases presentes. Haverá
uma variação contínua da massa específica e haverá sempre uma só fase presente. A questão
que surge é: quando teremos líquido e quando teremos vapor? A resposta é que essa não é uma
questão válida para pressões super-críticas. Usaremos, nesse caso, simplesmente a designação
de fluido.
No caso da água, estas tabelas normalmente são conhecidas como tabelas de vapor.
Tabelas de vapor saturado: São duas, uma relacionando as propriedades do vapor saturado em
função da temperatura de saturação, e outra relacionando-as com a pressão de saturação.
Ambas as tabelas fornecem o volume específico do líquido saturado (vl ) e o volume específico do
vapor saturado (vv). A diferença entre vl e vv representa o acréscimo de volume específico quando
a substância passa de liquido saturado para vapor saturado. O volume específico da região de
saturação (volume específico médio, v) é determinado através do título:
v = (1 − x ).vl + x.vv
Para facilitar os cálculos, foi criada a variável vlv representando a diferença entre vv e vl :
v = vl + x.vlv
Exemplo 1. Vapor d’água saturado a 260oC e título de 70%. Calcular o volume específico médio.
Da tabela B.1.1:
T Ps vl vv
260 4,688 0,001276 0,04221
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Exemplo 2. Vapor d’água saturado a 0,5 MPa e título de 70%. Calcular o volume específico
médio.
Da tabela B.1.2:
P Ts vl vv
0,5 151,86 0,001093 0,3749
interpolando:
T Ps vl vv
23 0,61789 0,000759 0,028424
interpolando:
T Ps vl vv
0,7 0,000769 0,025118
As tabelas de vapor saturado também podem ser usadas para determinar o estado
termodinâmico de uma substância pura.
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Exemplo 5. Seja água a 60oC e a 25kPa. Determine o estado.
Da tabela de vapor saturado (B.1.1), temos para 60oC a pressão Ps de 19,940kPa. Como P > Ps
Interpolando:
T v
320 0,10324
_____________________________________________________________________________
Exemplo 10. Água a 400oC e pressão de 2,7 MPa. Calcular o volume específico médio.
Da tabela B.1.1, verifica-se que a temperatura máxima para estado saturado é de 374,14oC.
Como T < Ts , o estado é de vapor superaquecido. Interpolando na tabela de vapor superaquecido
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Exemplo 11. Água a 100oC e pressão de 5 MPa. Calcular o volume específico médio.
Da tabela B.1.1, para 100oC tem-se Ps = 0,101 MPa. Como P > Ps , o estado é de líquido
comprimido. Como não há tabela de líquido comprimido, utiliza-se a de vapor saturado (B.3.1):
Para 10oC, v = vl = 0,000733 m3 /kg.
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Uma das formas de acumulação de energia a nível molecular é a energia potencial intermolecular.
Esta forma de acumulação está relacionada com as forças que atuam entre as moléculas.
Quando a massa específica é baixa, e portanto a distância média entre as moléculas é grande,
considera-se que a energia potencial intermolecular pode ser desprezada. Nesta condição, o
fluido é denominado gás perfeito. A partir de observações experimentais estabeleceu-se que o
comportamento P- V- T dos gases a baixa massa específica é dado, com boa precisão, pela
seguinte equação de estado:
m kg
P.V = n.R .T ⇒ P.v = n.R .T onde n= =
M kg / kmol
N .m kN.m kJ
R = 8314,5 = 8,3145 = 8,3145
kmol.K kmol.K kmol.K
A escala de temperatura que deve ser utilizada é a absoluta (escala de gás perfeito). Combinando
as equações e reordenando, obtemos
R
P.V = m.R.T ⇒ P.v = R.T onde R =
M
sendo R a constante para um gás particular. A tabela A.5 do Apêndice fornece o valor de R para
algumas substâncias
Exemplo 13. Determine a massa de ar contida numa sala de 6m ×10m × 4m quando a pressão e
a temperatura forem iguais a 100 kPa e 25°C. Admita que o ar se comporta como um gás perfeito.
Da Tabela A.5, tem-se R = 0,287 kNm/kgK . Deste modo,
P.V 100kN / m2 × 240m3
m= = = 280,5kg
R.T 0,287kNm / kgK × 298, 2K
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Exemplo 14. Um tanque com capacidade de 0,5m 3 contém 10 kg de um gás perfeito que
apresenta peso molecular igual a 24. A temperatura no gás é 25°C. Qual é a pressão no gás?
Primeiramente determina-se a constante do gás:
R 8,3145kNm / kmolK
R= = = 0,34644kNm / kgK
M 24kg / kmol
O valor de P pode então ser calculado:
m.R.T 10kg × 0,34644 kNm / kgK × 298,2 K
P= = = 2066kPa
V 0,5m3
Em física, trabalho (aqui normalmente representado por W, do inglês work) é uma medida da
energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento. O trabalho de uma
força F pode calcular-se de forma geral através da seguinte integral de linha:
2
W = ∫ F .dx
1
O trabalho é um número real, que pode ser positivo ou negativo. Quando a força atua na direção
do deslocamento, o trabalho é positivo, isto, é existe energia sendo acrescentada ao corpo ou
sistema. O contrário também é verdadeiro. Uma força na direção oposta ao deslocamento retira
energia do corpo ou sistema. Qual tipo de energia, se energia cinética ou energia potencial,
depende do sistema em consideração.
Como mostra a equação acima, a existência de uma força não é sinônima de realização de
trabalho. Para que tal aconteça, é necessário que haja deslocamento do ponto de aplicação da
força e que haja uma componente não nula da força na direção do deslocamento. É por esta
razão que aparece um produto interno entre F e x.
Esta definição é válida para qualquer tipo de força independentemente da sua origem. Assim,
pode tratar-se de uma força de atrito, gravítica (gravitacional), elétrica, magnética, etc.
Exemplo ilustrativo
Existe trabalho sendo desenvolvido em (a)? Se existe, o trabalho cruza a fronteira? Substituindo
as pás por um sistema de roldana e peso (b), ao ser acionado o motor, o peso (se instalado
convenientemente) será elevado. Com isto, pode-se afirmar, baseando-se na definição de
trabalho, que existe trabalho e que este está atravessando a fronteira do sistema.
E em (c), com a mudança da fronteira do sistema, existe trabalho cruzando a fronteira? Em outras
palavras, o fluxo de energia elétrica é uma forma de trabalho? Se trabalho é uma forma de
energia, então a resposta é sim, em (c) o sistema também realiza trabalho.
1J = 1N.m
J
1W = 1
s
F = P.A
Trabalho:
dL δW = P. A.dL
Processo
Considerando
quase
estático ∫ δW = W
2
Pressão W = ∫ P.A.dL
1
W1−2 = ∫ δW = ∫ P.dV
1 1
P
2
b a V
a) Pressão Constante 2
W1−2 = ∫ P.dV
1
W1−2 = P ∫ dV
1
W1−2 = P(V2 − V1 )
___________________________________________________________________________
b) Produto P.V constante 2
W1−2 = ∫ P.dV
1
Ex.: Balões
cte
P.V = cte ⇒ P =
V
2
1
W1−2 = cte∫ .dV
1
V
V
W1−2 = cte.ln 2
V1
cte = P1 .V1 ou cte = P1 .V1
V
W1−2 = P1 .V1 . ln 2
V1
P1.V1n
2 2 2
1
W1−2 = ∫ P.dV = ∫ n .dV =P1 .V1 ∫ n .dV
n
1 1
V 1
V
2
V ( − n +1 )
2
W1−2 = P1 .V .
n
(− n + 1) 1
1
V ( −n +1 ) V
( − n+1 )
W1−2 = P1 .V1 n . 2 − 1
(− n + 1) (− n + 1)
W1−2 =
P1.V1n
(
. V2(1−n ) − V1(1−n ) )
(1 − n)
P .V n .V (1−n ) P .V n .V (1−n )
W1−2 = 1 1 2 − 1 1 1
(1 − n ) (1 − n )
como P1 .V1n = P2 .V2n
P .V n .V (1−n ) P .V n .V (1− n )
W1−2 = 2 2 2 − 1 1 1
(1 − n ) (1 − n)
P2 .V2 − P1 .V1
W1−2 =
(1 − n )
F F
L ∆L
A força que realiza o trabalho vem “de fora” da barra (além da fronteira do sistema), portanto o
sistema recebe trabalho (sinal negativo) :
δW = − F.dL
2
W1−2 = −∫ F.dL
1
F σ
σ = A F
⇒ E.ε = ⇒ F = A.E.ε
E = σ A
ε
2
W1−2 = −∫ A.E.ε.L.dε
1 θ
∫ ∂Q = ∫ ∂W
integral cíclica do calor = integral cíclica do trabalho
P
A
B 2
C
1
2A 1B 2A 1B
Ciclo A / B ∫ ∂W + ∫ ∂W = ∫ ∂Q + ∫ ∂Q
1A 2B 1A 2B
2A 1C 2A 1C
Ciclo A / C ∫ ∂W + ∫ ∂W = ∫ ∂Q + ∫ ∂Q
1A 2C 1A 2C
2B 1C 2B 1C
Ciclo A / B – Ciclo A / C ∫ ∂W − ∫ ∂W = ∫ ∂Q − ∫ ∂Q
1B 2C 1B 2C
1B 1C
• A quantidade (∂W − ∂Q ) é igual para qualquer caminho, depende somente dos estado
inicial e do final.
• Não é função de linha, é função de ponto.
Quando a diferencial de uma função independe do caminho percorrido, dizemos por definição que
é uma diferencial de uma propriedade do sistema.
∂Q − ∂W = ∂E
onde E é energia do sistema
∂Q = ∂E + ∂W
Q1−2 = E2 − E1 + W1− 2
calor transferido para o sistema = diferença entre valor inicial e final da energia do sistema + trabalho realizado pelo sistema.
Onde
E = EC + EP + U
dE = dEC + dEP + dU
A energia interna é associada com a agitação (movimento) das moléculas e outras formas de
energia e molecular ou atômica (emissão de fótons, reações químicas, etc). No caso de
substâncias puras isoladas, é associada principalmente com a agitação das moléculas, e é
tabelada:
m.u = ml .ul + mv .u v
ml .ul mv .uv
u= +
m m
u = (1 − x ).ul + x.uv ou u = ul + x.ulv
5.5 Entalpia
A entalpia é uma relação conveniente entre pressão, volume específico e energia interna de uma
substância em uma determinada condição ou estado. Assim como o volume específico e energia
interna, também a entalpia é tabelada em função da temperatura e pressão.
h = u + P.v [J/kg]
h = (1 − x ).hl + x.hv ou h = hl + x.hlv
• Basicamente, a entalpia é uma propriedade extensiva (...) conveniente criada para facilitar
o equacionamento e racionalização de problemas termodinâmicos. Trata-se portanto de
uma referência indicativa do estado do sistema.
• Embora o raciocínio para comprovar a validade do conceito da entalpia se utilize de um
processo a pressão constante, a entalpia (assim como as propriedades que a formam) é
uma propriedade termodinâmica e portanto uma função de ponto. Em outras palavras, seu
valor independe do processo, e sim do estado do sistema no instante considerado.
∂u ∂h
Cv ≡ CP ≡
∂T v ∂T P
Calor específico: calor necessário para elevar a temperatura de uma substância em 1 grau
centígrado ou Kelvin.
h2 − h1
⇒ CP = [cal/kg°C]
T2 − T1
a)
P.V = m.R.T ou P.v = R.T
h = u + P.v
h = u + R.T
dh = du + R.dT
sabendo que dh = C P .dT du = Cv .dT
C P − Cv = R ou seja, constante.
b)
∂h
CP ≡
∂T P
2
∂h = CP .∂T ⇒ h2 − h1 = ∫ CP dT
1
K
onde CP = C0 + C1 .θ + C 2 .θ 2 + C3 .θ 3 θ=
1000
tabela 6 em kJ/kg.K
∂Q = ∆U + ∆EC + ∆EP + ∂W
∂Q ∆U ∆EC ∆EP ∂W
Dividindo pelo tempo ∂t = + + +
∂t ∂t ∂t ∂t ∂t
∂Q ∆U ∆EC ∆EP ∂ W
= + + +
∂t ∂t ∂t ∂t ∂t
Serão vistas equações adequadas para a descrição de fenômenos com a utilização de volume de
controle, uma abordagem adequada para os casos onde existem escoamentos na fronteira do
volume de controle.
O volume de controle é um volume no espaço que nos interessa para a análise de um processo.
A superfície envolvente é uma superfície fechada denominada de superfície de controle. Massa,
calor e trabalho podem atravessar a superfície de controle, e as propriedades da massa contida
podem variar com o tempo.
A taxa de variação da massa no volume de controle pode ser diferente de zero se a vazão de
entrada em massa for diferente da vazão de saída:
O escoamento através de uma superfície de controle pode ser representado por um escoamento
que apresenta uma velocidade média ou por um escoamento que apresenta uma distribuição de
velocidades na seção transversal de escoamento.
V& V. A V
Vazão em massa: m& = ρmédio.V& = = = ∫ local dA
νmédio νmédio ν
Observe que na figura 6.4, calor, trabalho e fluxos de massa atravessam a superfície de controle.
A variação de energia no sistema é causada pelas taxas de transferência de energia nesta
superfície.
O fluido que atravessa a superfície de controle transporta uma energia por unidade de massa
(energia específica):
1 2
e= u+ V + g.Z
2
1 2
ou e + p.ν = h + V + g .Z ao lembrar que u = h − p.ν
2
Exemplo 2: Água líquida (600 kPa e 10°C) escoa numa tubulação de grande porte. Qual o
trabalho para injetar 1 kg de água na tubulação?
Para injetar a água na tubulação, é necessário sustentar uma pressão de injeção ao menos igual
à da tubulação (600 kPa). Assim
1
Definindo o conceito de entalpia total como htotal = h + V 2 + g.Z temos
2
dEv .c . &
= Qv .c. − W&v .c . + ∑ m
& e .htot, e − ∑ m& s .htot, s
dt
Assim:
dEv .c .
∑ m& = ∑ m&
e s e
dt
=0
portanto
TROCADOR DE CALOR
Exemplo 6.3: Considere um condensador resfriado à água de um sistema de refrigeração de
grande porte que utiliza R-134a como fluido refrigerante. O refrigerante entra no condensador a
60°C e 1 MPa e o deixa como líquido a 0,95 MPa a 35°C. A água de resfriamento entra no
condensador a 10°C e sai a 20°C. Sabendo-se que a vazão de refrigerante é igual a 0,2 kg/s,
determine a vazão de água de resfriamento neste condensador.
(h − hs )r (441,89 − 249,10)
m& a = m& r e = 0, 2 = 0,919 kg/s
(he − hs )a (83,95 − 42,00)
BOCAIS
Exemplo 6.4: Vapor d’água a 0,6 MPa e 200°C entra num bocal isolado termicamente com
velocidade de 50 m/s e sai com velocidade de 600 m/s, a pressão de 0,15 MPa. Determine, no
estado final, a temperatura do vapor.
RESTRIÇÕES
Exemplo 6.5: Consideremos o processo de estrangulamento em uma válvula de expansão, ou
através do tubo capilar, num ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Neste processo, a
pressão do refrigerante cai da alta pressão no condensador para a baixa pressão no evaporador
e, durante este processo, uma parte do líquido vaporiza. Suponha que o refrigerante seja amônia,
entrando na válvula de expansão com 1,5 MPa a 35°C e que a pressão de saída seja de 291 kPa.
Considerando que o processo seja adiabático, estime o título do refrigerante ao entrar no
evaporador.
1 2 1
he + Ve = hs + Vs2 ⇒ he = hs
2 2
Da tabela da amônia, h e = 346,8 kJ/kg. Verificando a entalpia da amônia a 291 kPa, encontra-se
que
he = (1 − x )hls + x.hvs
346,8 = (1 − x ).134,41 + x.1430,8 ⇒ x = 0,1638 = 16,38%
TURBINAS
Exemplo 6.6: A vazão em massa de vapor de água na seção de alimentação de uma turbina é
1,5 kg/s e o calor transferido na turbina, 8,5 kW. São conhecidos os seguintes dados:
Entrada Saída
Pressão 2 MPa 0,1 MPa
Temperatura 350°C -
Título - 100%
Velocidade 50 m/s 100 m/s
Cota de referência 6m 3m
Q& v. c. + ∑ m& e . he + Ve2 + g .Z e = W& v. c. + ∑ m& s . hs + Vs2 + g.Z s sendo Q& v. c. = −8,5 kW
1 1
2 2
Das tabelas de vapor, h e = 3137,0 kJ/kg e h s = 2675,5 kJ/kg
1 2 1× 502 1 2 1×100 2
Ve = = 1, 25kJ / kg Vs = = 5,0kJ / kg
2 2 2 2
g .Z e = 9,80665 × 6 = 0,059 kJ / kg g .Z s = 9,80665 × 3 = 0,029kJ / kg
− 8,5 + 1,5 × (3137 + 1,25 + 0,059) = 1,5 × (2675,5 + 5,0 + 0,029) + W&v .c . ⇒ W& v. c. = 678,2kW
Observações:
• As variações de energia potencial são normalmente desprezíveis.
• Para velocidades menores que 20 m/s, a energia cinética também é normalmente desprezível.
COMPRESSORES ROTATIVOS
Exemplo 6.7: O compressor utilizado em uma indústria química é alimentado com dióxido de
carbono a 100kPa a 280 K. A velocidade do escoamento na seção de alimentação é baixa. A
pressão e a temperatura na seção de descarga do compressor são iguais a 1100 kPa e 500 K. O
dióxido de carbono deixa o compressor a 25 m/s e escoa para um pós-resfriador (aftercooler) que
é um trocador de calor. O dióxido de carbono deixa o trocador de calor a 1100 kPa e 350 K.
Sabendo-se que a potência utilizada no acionamento do compressor é 50 kW, determine a taxa
de transferência de calor no pós-resfriador.
CENTRAIS DE POTÊNCIA
Exemplo 6.9: Considere a central de potência mostrada a seguir. O fluido de trabalho utilizado no
ciclo é água e são conhecidos os dados abaixo relacionados:
Temperatura
Localização Pressão
ou título
Saída do gerador de vapor 2,0 MPa 300°C
Entrada da turbina 1,9 MPa 290°C
Saída da turbina, entrada do condensador 15,0 MPa 90%
Saída do condensador, entrada da bomba 14,0 MPa 45°C
Trabalho da bomba = 4 kJ/kg
Das tabelas:
h1 = 3023,5 kJ/kg
h2 = 3002,5 kJ/kg
h3 = 2361,8 kJ/kg
h4 = 188,5 kJ/kg
Determine:
• Calor transferido na linha de vapor entre o gerador de vapor e a turbina.
• Trabalho da turbina.
• Calor transferido no condensador.
• Calor transferido no gerador de vapor.
Resolvendo:
• Calor transferido na linha de vapor entre o gerador de vapor e a turbina: Volume de controle
envolvendo a tubulação entre o gerador de vapor e turbina.
1 2 1
q1 −2 + h1 + V1 + g .Z1 = w1− 2 + h2 + V22 + g.Z 2
2 2
q1−2 = h2 − h1 ⇒ q1−2 = 3002,5 − 3023,5 ⇒ q1−2 = −21,0 kJ/kg
1 1
q3 −4 + h3 + V32 + g .Z3 = w3 −4 + h4 + V42 + g.Z 4
2 2
q3 −4 + h3 = h4 ⇒ q3 −4 = 188,5 − 2361,8 ⇒ q3 −4 = −2173,3 kJ/kg
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Exemplo 6.10: Considere o sistema de refrigeração mostrado a seguir.
Este sistema emprega o refrigerante R-134a como fluido de trabalho. A vazão em massa do
refrigerante no ciclo é de 0,1 kg/s e a potência consumida no compressor é igual a 5,0 kW. As
características operacionais do ciclo são:
P1 = 100 kPa; T1 = −20 oC; P2 = 800 kPa; T2 = 50 oC; T3 = 30 oC; x3 = 0,0 %; T4 = −25 oC
Determine:
• O título do refrigerante na seção de descarga do evaporador.
• A taxa de transferência de calor no evaporador.
Sabendo-se que h = xhv + (1 − x )hl , e com o auxílio dos dados da tabela, pode-se determinar o
título:
x = 0,345 ou 34,5%
São processos que envolvem escoamento variável com o tempo, tais como o enchimento de
tanques como líquido ou gás e esvaziamento dos mesmos.
A primeira lei da termodinâmica estabelece que, para um sistema que efetua um ciclo, a integral
cíclica do calor é igual à integral cíclica do trabalho. Entretanto, baseado em nossas experiências,
sabemos que se um dado ciclo não viola a 1a lei, não está assegurado que este ciclo possa
realmente ocorrer. Um ciclo somente ocorrerá se tanto a 1a lei como a 2a forem satisfeitas.
Observe a figura abaixo. Com a liberação do peso, as aletas giram e o gás se agita, elevando a
temperatura; em pouco tempo o calor gerado é transferido para o meio ambiente. Em outras
palavras, realizou-se trabalho sobre o sistema e foi gerado calor do sistema para o meio
circundante. Entretanto, sabemos que este ciclo não pode ser invertido; se aquecermos o gás, o
peso não subirá. A 1a lei não é violada, e mesmo assim o ciclo não se completa.
Gás Gás
Q
W
alimentação da caldeira).
• QL calor é transferido para um sistema em um ponto de baixa temperatura (ex.: calor
retirado no condensador / trocador de calor em um sistema de geração de potência por
vapor).
QH
Caldeira
W
Bomba Turbina
Condensador
QL
Eficiência Térmica ou Rendimento Térmico: Em geral, eficiência é definida como uma razão
entre a energia pretendida de se obter (ou energia produzida, ou trabalho gerado) e o que a
energia consumida pelo sistema para se manter em ciclo (calor transferido da fonte de alta
temperatura):
W Q − QL
ηtermico = = H
QH QH
Normalmente sistemas de geração de potência de grande porte tem eficiência térmica entre 35 a
50%, motores a gasolina, entre 30 a 35%, diesel, 35 a 40%, e motores de pequeno porte, ≈ 20%.
condensador, onde pressão e temperatura são altas. A queda de pressão ocorre quando o fluido
escoa pela válvula de expansão (estrangulamento brusco).
QH
Condensador
Válvula de W
expansão ou Compressor
tubo capilar
Evaporador
QL
Eficiência de Refrigerador: Definida como a razão entre a energia pretendida de se obter (neste
caso, energia absorvida pelo sistema) e o que a energia consumida pelo sistema para se manter
em ciclo (neste caso, trabalho consumido):
QL
β=
QH − QL
• Este enunciado estabelece que é impossível construir um motor térmico que opere
segundo um ciclo que receba uma determinada quantidade de calor de um corpo em alta
temperatura e produza uma igual quantidade de trabalho.
• Um ciclo somente pode produzir trabalho se estiverem envolvidos dois níveis de
temperatura e o calor for transferido do corpo a alta temperatura para o motor térmico e
também do motor térmico para o corpo de baixa temperatura.
• Isto significa que é impossível construir um motor térmico que apresente eficiência térmica
de 100%.
• Este enunciado está envolvido com o refrigerador ou bomba de calor, e estabelece que é
impossível construir um refrigerador que opera sem receber trabalho.
• Isso também significa que o coeficiente de desempenho é sempre menor do que infinito.
Processo Irreversível: Seja o sistema da figura 7.12. Considere o gás como sistema.
Inicialmente, a pressão no gás é alta e o pistão está imobilizado com um pino. Quando o pino é
removido, o pistão sobe e se choca com os esbarros. Algum trabalho é realizado pelo sistema,
pois o pistão foi levantado. Admitindo-se então restabelecer o estado inicial. Exerce-se uma
pressão sobre o êmbolo até que o pino possa ser colocado de volta. A pressão deve,
naturalmente, ser maior que a interna, para que o êmbolo retorne. Deste modo, o trabalho
realizado sobre o êmbolo será maior que o realizado pelo êmbolo! Assim, uma certa quantidade
de calor deve ser perdida para o ambiente para que o gás retorne à condição inicial de energia
interna, o que muda o meio circundante. Este processo portanto é irreversível pois ele não pode
ser invertido sem provocar uma mudança no meio.
Trabalho
Gás
-Q
Processo Reversível: É definido como aquele que, tendo ocorrido, pode ser invertido e depois
de realizada a inversão, não se notará vestígio no sistema ou no meio.
• Atrito • Histerese
• Expansão não resistida • etc.
• Transferência de calor
Se não é possível obter um motor com 100% de eficiência, qual é a máxima eficiência que pode
ser alcançada?
Seja um motor térmico reversível que recebe calor de um reservatório térmico a alta
temperatura e rejeita calor para um de baixa temperatura (figura a seguir), utilizando uma
substância termodinamicamente pura tal como a água.
QH
Caldeira
W
Bomba Turbina
Condensador
QL
Reservatório a baixa temperatura
Equação de Kelvin
QH TH
=
QL TL
Capítulo 8 - ENTROPIA
Uma vez estabelecida a 1a lei da termodinâmica para ciclos, foi então definida uma propriedade, a
energia interna, que possibilita usar quantitativamente a 1a lei em processos. Analogamente, foi
estabelecida uma 2a lei para um ciclo, e neste capítulo será verificado que a 2a lei leva a uma
outra propriedade, a entropia, a qual possibilita aplicar quantitativamente a 2a lei em processos.
Energia e entropia são conceitos abstratos que foram idealizados para auxiliar a descrição de
determinadas observações experimentais.
δQ < 0 → irreversíveis
∫T ≤0
= 0 → reversíveis
A desigualdade de Clausius é uma conseqüência da 2a lei da termodinâmica, válida para todos os
ciclos térmicos, incluindo os motores térmicos e os refrigeradores reversíveis e irreversíveis.
Exemplo:
QH
• ‚
Caldeira
W
Bomba Turbina
Condensador
ƒ
„
QL
Figura 8.3 – Instalação a vapor simples utilizada para demonstrar a desigualdade de Clausius.
δQ 2 δQ 4 δQ Q Q
∫ T ∫1 T ∫3 T = T11−2 + T33−4
= +
δQ 2066,5 − 1898, 4
∫ = +
T 164,97 + 273,15 53,97 + 273,15
= −1,087 kJ/kg.K
8.2 Entropia
QH
• ‚
Caldeira
W
Bomba Turbina
ƒ
„ Condensador
QL
Uma das principais conclusões apresentadas aqui, é a de que a variação da entropia num
processo irreversível é maior do que aquela referente a um processo reversível similar (mesmo
δQ e T), de modo que se pode escrever:
δQ
dS = + δS ger
T
Outra observação importante é a de que, para um processo irreversível, trabalho não é mais ∫p.dV
e o calor transferido não é igual a ∫T.dS. Portanto, as áreas abaixo das curvas que representam
estes processos nos diagramas p – V e T – S não representam trabalho e calor transferido para
processos irreversíveis.
δW
Sistema,
temperatura = T
δQ
Meio, temperatura = T0
δQ
Variação da entropia do sistema: dS ≥
T
δQ
Variação da entropia da vizinhança: dS meio = −
T0
δQ δQ 1 1
Variação total de entropia será: dS sist + dS meio ≥ − = δQ −
T T0 T T0
Para T0 > T ⇒ δS sist + δSmeio ≥ 0
Quando um sistema é isolado, como δS sist + δS meio ≥ 0 mas δS meio = 0 então δS sist ≥ 0
• dh = c p 0 .dT
p R v R
• p.v = R.T ⇒ = ⇒ =
T v T p
T2 v2
s2 − s1 = cv 0 . ln + R. ln
T1 v1
⇒
s2 − s1 = c p 0 .ln T2 − R. ln p2
T p
1 1
T p
⇒ c p 0 .ln 2 − R. ln 2 = 0
T1 p1
T p
c p 0 .ln 2 = R.ln 2
T1 p1
c p0
só que k= onde k é a razão entre calores específicos
cv0
assim
k −1
k
p2 v1 T2 p2 k
= e =
p1 v2 T1 p1
o que leva a
Esta equação é válida para processos adiabáticos (sem troca de calor com o meio) e reversíveis
que envolvam gases perfeitos com calor específico constante.
n
p2 = V1
p1 V2
⇒
(n −1 ) n −1
T2 p2 n V1
= =
T1 p1 V2
1
1
1
⇒ W1−2 = cte.∫ .dV
2
Vn
ƒ
Ciclo vapor ideal
WT
gerador turbina
de
Rendimento: vapor
QH „
W W − WB água de
η= G = T condensador resfriamento
QH QH
fria
aquecida
•
-WB
Exemplo 11.1: Qual o rendimento para um sistema vapor como o ilustrado acima, que trabalhe
com 2 MPa na região de alta pressão e 10 kPa na região de baixa pressão? Qual a potência
realmente gerada? Considere a ocorrência de vapor saturado na saída da caldeira com fluxo de
massa m
&.
h1
liq .saturado
na entrada: ⇒ v1
P = 10 kPa s
1
s2 = s1
na saída: ⇒ {h2
P = 2MPa
wB = h2 − h1 ⇒ WB = m& . wB
h2
na entrada:
P = 2MPa
vapor.saturado s3
na saída: ⇒
P = 2 MPa h3
q H = h3 − h2 ⇒ QH = m& . qH
h3
na entrada: s3
P = 2 MPa
s4 = s3
na saída: ⇒ {h4
P = 2 MPa
wT = h4 − h3 ⇒ WT = m
& . wT
∫
Como o fluido (vapor) não é incompressível, não podemos usar w = v.dP nesta etapa.
WG WT − WB wT − wB
Rendimento: η = = =
QH QH qH
Exemplo 11.2: Num ciclo de Rankine similar ao do exemplo 11.1, o vapor de água deixa a
caldeira a 4 MPa e 400°C. A pressão no condensador é de 10 kPa. Determine o rendimento do
ciclo.
Exemplo 11.4: Os seguintes dados são referentes à instalação motora a vapor mostrada abaixo.
„ … P [Pa] T [°C]
1 0,4 MPa
WT 2
gerador turbina 3
de 4
vapor
5 4 MPa 400
QS 6 10 kPa
ƒ água de 7
ˆ † resfriamento 8
22°C
condensador
27°C
Fluxo de massa no ponto 5: m& kg/s
‡
-WB1
-WB2 vapor
‚ líquido •
Aquecedor por
água de
alimentação
Exemplo 5: Os seguintes dados são referentes à instalação motora a vapor mostrada abaixo.
P [Pa] T [°C]
„ … 1 1,1 MPa
2
WT 3
gerador turbina 4 10 MPa 520
de 5 10 MPa 500
vapor 6 7,3837 kPa
7
QS
8
água de
ƒ ˆ † resfriamento
22°C
condensador Fluxo de massa no ponto 5: 10 kg/s
27°C
‡
-WB1
-WB2
‚ •
aquecedor
Estime:
Resolução:
P3 = P4 = P5 = 10 MPa
Pontos de mesma pressão: P1 = P2 = P8 = 1,1MPa
P = P = 7,3837 kPa
6 7
s5 = s8 = s 6
Pontos de mesma entropia: s7 = s1
s = s
2 3
A água de resfriamento (entrada e saída), ponto 7 e ponto 2 (em toda entrada de bomba o fluido está
SEMPRE na condição de líquido saturado).
Ponto 5:
T5 = 500o C h5 = 3373,6kJ/k g
Vapor superaquecido ⇒ leitura direta na tabela s5 = s6 = s8
P5 = 10 MPa s5 = 6,5965kJ/k g
x=
(s − sl ) h = (1 − x ).hl + x.hv
(sv − sl )
P8 = 1,1MPa
Ponto 8: Vp superaq ⇒ {h8 = 2800,8kJ/k g interpolação dados tabela B.1.3
s8 = s5 = 6,5965kJ/k g
Entropia Entalpia
1,0 MPa 1,1 MPa 1,2 MPa 1,0 MPa 1,1 MPa 1,2 MPa
6,5864 k1 6,5233 2778,1 k3 2784,8
6,5965 h8
6,6939 k2 6,5898 2827,9 k4 2815,9
k1 =
(6,5233 + 6,5864 ) k3 =
(2784,8 + 2778,1)
2 2
k2 =
(6,5898 + 6,6939) k4 =
(2815,9 + 2827,9)
2 2
Entropia Entalpia
k1 k3 h8 =
(6,5965 − k 2 ) × (k 3 − k 4 ) + k 4
6,5965 h8 (k1 − k 2)
k2 k4
h7 = 167,54kJ/kg
Ponto 7: Liq saturado P7 = 7,3837 kPa} ⇒ s 7 = 0,5724kJ/kg leitura direta na tabela s7 = s1
T7 = 40 C
o
m2 = 10kg / s
m2 = m8 + m1
Fluxo de massa: ⇒ m1 = 7,67kg / s
h2 × m2 = h8 × m8 + h1 × m1 m = 2,33kg / s
8
Rendimento: η=
(WT − (WB1 + WB 2 ))
QH
m1 × (h7 − h6 )
mR =
Fluxo água refrigeração:
(h27liqsat − h22liqsat)
Obs: a potência da turbina está estimada de modo aproximado. Seria mais correto estimar por
Vantagens:
• Menor custo
• Melhor transferência de calor
Tabela A1-2: Conversão de unidades inglesas ou usuais de área, para unidades SI correspondentes.
Para converter de para multiplique por
*
Obs.: Na tabela A1-3, o litro (l) é empregado como um nome especial para o decímetro cúbico, dm3.
Entretanto, o seu uso para medidas técnicas de precisão não é recomendável.
Tabelas de conversão de unidades A1-2
Tabela A1-5: Conversão de unidades inglesas ou usuais de força , para unidades SI correspondentes.†
Para converter de para multiplique por
Tabela A1-7: Conversão de unidades inglesas de trabalho, energia , calor , para unidades SI
correspondentes.
Para converter de para multiplique por
*
Todas as unidades derivadas inglesas são do sistema USCS; isto indica o uso da libra massa
avoirdupois e não o slug.
†
O quilograma não é uma unidade de força, mas muitas vezes é usado como tal. Um quilograma-força
significa que a massa de um quilograma sofre a força de 9,807 newtons sob a ação da gravidade
padrão (g = 9,807 m/s).
‡
O poundal é a denominação especial da libra massa × pé/segundo2 (lbm.pé/s2)
§
O pascal é a denominação especial do newton/metro2 (N/m2).
Tabelas de conversão de unidades A1-3
C o R o F − 32
o
K − 273 (A1-1)
= = =
5 4 9 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 LEE COMPANY. Technical Hydraulic Handbook. 7.ed. Connecticut, EUA: The Lee
Company Technical Center, 1987.
2 HALLIDAY, DAVID, RESNICK, ROBERT. Física. 4. Ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1984, v.1.
3 PROVENZA, FRANCESCO Projetista de Máquinas. 71.ed. São Paulo: Editora
Francesco Provenza, 1994.
4 RASE, HOWARD F. Piping Design for Process Plants. 1.ed. New York, EUA: John
Wiley & Sons, Inc., 1963.
5 SASS, F., BOUCHÉ, CH, LEITNER, A. DUBBEL: Manual da Construção de Máquinas
(Engenheiro Mecânico). 13.ed. São Paulo: Hemus Editora Limitada, 1974.
6 SHIGLEY, JOSEPH EDWARD. Elementos de Máquinas. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1984, v.1.
*
nó é a milha marítima (náutica) horária. 1 nó = 1 milha marítima/hora.
Anexo - Interpolação A2-1
Anexo 2 - INTERPOLAÇÃO
Exemplo 1: Seja um material hipotético que possua uma densidade de 1,72 g/cm3 a 80oC , e de
1,61 g/cm3 a 90oC. Qual seria sua densidade a 82,5oC ?
Procedimento:
a) Dispor os elementos da mesma espécie na mesma posição vertical (coluna).
Temperatura Densidade
80 ⇒ 1,72
82,5 x
90 ⇒ 1,61
82,5 - 90 x − 1,61
=
80 − 90 1,72 − 1,61
Procedimento:
Da tabela B.1.2
P [kPa] vl [m 3/kg]
40 0,001026
42 v
50 0,001030
Procedimento:
Da tabela B.1.3 temos
P = 6 MPa P = 6,8 MPa P = 7 MPa
600°C 0,06525 0,05565
620°C v1 v v2
700°C 0,07352 0,06283
6,8 − 7 v − v 2
=
6 −7 v1 − v2
Este memorial é baseado nos manuais das calculadoras científicas mais usadas nestes últimos
anos, as da família Casio fx-82 (Casio fx-83, 85, 270, 300 e 350) e similares (Kenko, etc).
Entretanto, é considerado como válido para uma ampla variedade de máquinas, com pequenas
mudanças.
Procedimento:
Da tabela B.1.2
P [kPa] vl [m 3/kg]
40 0,001026
42 v
50 0,001030
Utilize a tecla mode para selecionar o modo REG e entrar no modo de regressão linear:
mode 3 1
Irá aparecer uma pequena indicação REG no topo superior do display.
Obtenha o resultado:
42 Shift S-Var „ „ „ 2 = .
-3
Display: 1.0268 x 10
Programas prontos podem ser encontrados em diversos sites na internet. Sugere-se aqui os
endereços abaixo listados, com a ressalva de que o aluno utilizará os programas lá encontrados
por sua conta e risco.
http://www.hpcalc.org/
http://www.hpcalc.org/hp49/math/misc/
http://www.hpcalc.org/hp48/math/misc/
http://www.hpcalc.org/hp49/pc/emulators/
http://www.engenhariaecia.hpg.ig.com.br/hp.html
Disciplina Termodinâmica
1. Determine o volume específico da água nas condições de temperatura e pressão abaixo especifica-
das. No caso da água estar no estado saturado, considerar o título como sendo 60%.
∅15cm
B
3. Um gás (ar) é contido em 4 câmaras, denominadas de A, B,
C e D. Estas câmaras são ligadas por um êmbolo com diâme-
tros diferentes como mostra a figura ao lado. A massa do êmbo- ∅ 5cm
lo é de 20 kg, a pressão do gás na câmara A é 0,8 MPa, na câ- Ar
C
P=1MPa
mara D é 0,2 MPa e a pressão na região C é 1 MPa. Calcular a
pressão a ser mantida na câmara B para que o sistema perma-
neça em equilíbrio.
∅180 mm
4. O tanque A (figura abaixo) tem um volume de 20 dm3 e contém 2,4 kg de Refrigerante R-32 a 27oC,
e o tanque C contém um volume de 28 dm3 do mesmo gás a uma pressão de 1,6 MPa na mesma tem-
peratura. Enquanto isso o tanque B está evacuado. As válvulas são então abertas e, após um certo
tempo, os tanques ficam na mesma pressão, de 0,4 MPa. Durante o processo há uma transferência de
calor de modo que o refrigerante permanece a 27oC. Qual é o volume do tanque B?
válvulas
A B C
Disciplina Termodinâmica
2. O espaço de gás acima da água num tanque fechado contém metano a 27°C e 200 kPa. O
tanque tem um volume total de 4 m3 e contém 600 kg de água a 27°C. Uma quantidade adicio-
nal de 500 kg de água é lentamente forçada para dentro do tanque. Assumindo-se que a tem-
peratura permaneça constante, calcular a pressão final do metano e o trabalho realizado sobre
o mesmo durante o processo.
4. Um pequeno balão, esférico e construído com material elástico, contém 0,2 kg de refrige-
rante R-22 a –20°C e em título de 60%. Admita que a pressão interna neste balão é proporcio-
nal ao seu volume. O balão é deixado ao sol e passa a absorver 80 W de radiação solar e a
transferir 30 W para o ambiente. Após um certo tempo, a temperatura e a pressão no R-22
passam a ser iguais a 25°C e 450 kPa.
a) Calcule o tempo necessário para que este processo ocorra, e
b) determine a transferência de calor neste processo.
Disciplina Termodinâmica
Tanque A Tanque B
gás
Q1-3 Q1-2 gás
1→3 1→2
W
f g P T [°C] h [kJ/kg.K]
1 11 MPa
WT
2 10 MPa 60 259,47
gerador turbina
de 3 9 MPa 200
vapor 4 8 MPa 550 3521,0
QS 5 8 MPa 500 3398,3
h
água de 6 9,5934 kPa 45
e condensador resfriamento 7 7,3837 kPa 40 168,77
12°C
Ponto 6: Título de 95%
economizador
20°C
Ponto 6: Velocidade de 100 m/s
Fluxo de massa: 5 kg/s
i
QE
-WB
Diâmetro do tubo de 4 a 5: 120 mm
Diâmetro dos tubos de 7 a 3: 50 mm
d c
Disciplina Termodinâmica
i
-WB1
-WB2
d c
aquecedor
Calcule a entropia e a entalpia dos pontos abaixo relacionados (vale 0,2 pontos cada item):
P [Pa] T [°C] h [kJ/kg] s [kJ/kg.K]
1 1,1 MPa 40,03 168,63 0,5724
2 1,1 MPa 184,09 781,32 2,1791
3 10 MPa 185,43 791,39 2,1791
4 10 MPa 520 3424,39 6,6603
5 10 MPa 500 3373,6 6,5965
6 7,3837 kPa 40 2054,3 6,5965
7 7,3837 kPa 40 167,54 0,5724
8 1,1 MPa 191,67 2800,8 6,5965
Estime:
a) Potência produzida pela turbina (0,4 pontos) 11456 kW / 13193 kW
b) Vazão de água de resfriamento (0,4 pontos) 692 kg/s
c) Taxa de transferência de calor no gerador de vapor (0,4 pontos) 26331 kW
d) Rendimento do sistema (0,8 pontos) 43,1 % / 49,7 %
6 7
P [Pa] T [°C]
1
2
WT 3
gerador
de
Turbina 4
vapor 5
6 10 MPa 520
QS 8
7 10 MPa 500
10 água de
8 2,2 MPa
5 resfriamento
9 1,1 MPa
22°C
10 7,3837 kPa
condensador
11
27°C
9
11
Fluxo de massa no ponto 6:
-WB3
10 kg/s
2 1 -WB1
4 3 -WB2
Aquecedor 2 Aquecedor 1
Calcule a entropia e a entalpia dos pontos abaixo relacionados (vale 0,1 pontos cada item):
P [Pa] T [°C] h [kJ/kg] s [kJ/kg]
1 1100 40,03 168,63 0,5724
2 1100 184,09 781,32 2,1791
3 2200 184,30 782,88 2,1791
4 2200 217,24 930,94 2,4922
5 10000 218,75 940,26 2,4922
6 10000 520 3424,52 6,6603
7 10000 500 3373,60 6,5965
8 2200 273,38 2951,55 6,5965
9 1100 191,67 2800,79 6,5965
10 7,3837 40 2054,27 6,5965
11 7,3837 40 167,54 0,5724
Estime:
a) Potência produzida pela turbina (0,4 pontos) 10962 kW / 13193 kW
b) Taxa de transferência de calor no gerador de vapor (0,4 pontos) 24843 kW
c) Rendimento do sistema (1,0 pontos) 44,4% / 53,4%
d) Melhora no rendimento em relação à questão 1 (1,0 pontos) 1,3% / 3,7%