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Universo

Ao conjunto de todos os astros e do imenso espaço que os rodeia chamamos Universo.


A Ciência que estuda os astros é a Astronomia.

O que Existe no Universo

A Origem do Universo
O Universo não existiu sempre tal como é hoje. Acredita-se que teve origem num Big
Bang, há cerca de 14 mil milhões de anos.
No instante do «nascimento» do Universo, toda a sua matéria/energia estavam
condensadas num único ponto. Nesse instante formou-se o espaço e teve início o tempo.
Nos instantes seguintes, houve uma expansão do Universo muitíssimo rápida,
acompanhada de diminuição de temperatura. Posteriormente, formaram-se as diferentes
estruturas que se conhecem: estrelas, planetas e galáxias.
A partir do Big Bang o Universo tem estado estado em constante expansão.

Galáxias
O Universo é formado por mais de cem milhares de milhão de galáxias.
As galáxias são um enorme aglomerado de estrelas, entre as quais existem grandes
quantidades de gases e poeiras.
As galáxias são compostas por um disco, com uma saliência central. Podem ter diferentes
tamanhos e formas.
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Classificação de galáxias quanto à forma:


- Galáxias em espiral – têm um núcleo central brilhante do qual partem vários braços
com estrelas de diferentes idades.

- Galáxias elípticas – têm uma forma quase esférica e são formadas por estrelas mais
velhas.

- Galáxias irregulares – não têm uma forma definida e são formadas por estrelas muito
jovens e ricas em gases e poeiras.

No Universo, as galáxias não estão distribuídas ao acaso. Formam conjuntos chamados


enxames de galáxias.

Os enxames de galáxias, por sua vez, ainda se agrupam, formando conjuntos muito
maiores chamados superaglomerados ou superenxames de galáxias.

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O Lugar da Terra no Universo

Um dos muitos superenxames de galáxias é o Superenxame Local, também designado


por Superenxame da Virgem. Dele faz parte o enxame de galáxias chamado Grupo Local,
ao qual pertence a galáxia em que nos encontramos – a Via Láctea. O Grupo Local é um
aglomerado de 30 galáxias que inclui a Via Láctea, a Andrómeda, a Grande e a Pequena
Nuvem de Magalhães.
Nos últimos anos, os astrónomos descobriram objetos semelhantes a galáxias, muito
brilhantes e que parecem estrelas. A esses objetos chamaram quasares (o nome vem de
quase estelar).
A Via Láctea é uma galáxia em espiral, formada por cerca de cem mil milhões de
estrelas, gases e poeiras, tem num dos seus braços o Sol e todo o Sistema Solar.

O terceiro planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol é a Terra.

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A Evolução das Estrelas

Desde sempre, e através dos tempos, o Homem observou o céu, com imensa curiosidade
e admiração, tentando desvendar os seus mistérios.
À vista desarmada, podemos distinguir as estrelas que têm luz própria e por isso
parecem cintilar, dos planetas que, por serem iluminados por estrelas, têm uma luz fixa, que
não «pisca».
As estrelas são astros que emitem luz e calor. São corpos luminosos. (ex: Sol).

Nascimento das estrelas


As estrelas também nascem, vivem e morrem!
Nas galáxias, além de estrelas, há enormes quantidades de gases e poeiras que parecem
nuvens, umas escuras - nebulosas difusas -, outras brilhantes - nebulosas planetárias. O
gás existente nestas nuvens é praticamente o hidrogénio.
É das nebulosas difusas que nascem as estrelas.

Nebulosa de Oríon

O nascimento ocorre quando uma nuvem de hidrogénio e poeiras começa a contrair-se,


tornando-se cada vez mais quente, originando reações nucleares que libertam muita energia.
Forma-se assim uma densa bola rodopiante da qual nasce uma estrela.

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Vida das estrelas


Após o seu nascimento as estrelas fabricam a sua própria energia. São “ fábricas “ de
energia. No núcleo das estrelas ocorrem reações nucleares, com libertação de muita energia.
Assim:
𝐻𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔é𝑛𝑖𝑜 → 𝐻é𝑙𝑖𝑜 + 𝑬𝑵𝑬𝑹𝑮𝑰𝑨
Esta energia é irradiada para o espaço como calor e luz, por isso, as estrelas têm brilho.
Quanto maior for a estrela, maior o seu brilho e maior a sua temperatura.

Morte das estrelas


Quando uma estrela de pequenas dimensões, como o nosso Sol, começa a esgotar o seu
combustível, o núcleo contrai-se, ao passo que as camadas exteriores se expandem. Neste
caso, forma-se uma gigante vermelha.
As camadas exteriores afastam-se do núcleo formando uma nebulosa planetária. O
núcleo passa a chamar-se anã branca. A anã branca acaba por perder completamente a sua
energia.

Quando as estrelas de grandes dimensões começam a esgotar o seu combustível o


núcleo contrai-se, enquanto as camadas exteriores expandem-se. Formam-se
supergigantes. Posteriormente, ocorrem explosões gigantescas e as camadas exteriores
espalham-se no espaço. As estrelas em explosão chamam-se supernovas.
O núcleo das supernovas pode sobreviver como:
- Uma estrela de neutrões ou pulsar, se a estrela que a originou era cerca de 8 a 25
vezes maior do que o Sol;
- Um buraco negro, se a estrela que o originou era cerca de 25 vezes maior do que o Sol.

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Um buraco negro é um corpo celeste muito denso, pois é formado por muita matéria
concentrada num espaço muito pequeno. Um corpo assim atrai tudo o que está próximo. Por
isso, a região do espaço à volta de um buraco negro é um sugadouro de matéria e até de luz.

Esfera Celeste

Os astrónomos chamam Esfera Celeste a esse ecrã imaginário que


envolve a Terra e onde se projeta a luz das estrelas. O ponto mais alto da
Esfera Celeste, que fica acima da nossa cabeça no lugar onde nos
encontramos, chama-se zénite do lugar – Z.

Movimento Aparente do Sol

Todos os dias o Sol surge no horizonte, parece ir-se movendo no céu e, finalmente,
desaparece. Este movimento do Sol na Esfera Celeste, designa-se por movimento aparente
do Sol, realiza-se de este para oeste.

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O movimento aparente das estrelas durante a noite e do Sol durante o dia são
consequências do movimento de rotação da Terra.

Constelações

Quando olhamos o céu numa noite escura e sem nuvens, conseguimos ver algumas
estrelas a formar desenhos no céu. Esses grupos de estrelas são designados por
constelações.
As constelações são grupos de estrelas que parecem estar próximas umas das outras e
unidas por uma linha imaginária, que forma uma figura parecida com seres reais ou
mitológicos, donde lhes provém o nome.
Algumas das constelações visíveis no Algumas das constelações visíveis no
hemisfério norte. hemisfério sul.

Para um observador na Terra, todas as estrelas parecem estar à mesma distância, mas
isso é uma ilusão ótica.

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As estrelas da Ursa Maior parecem-nos estar projetadas num ecrã gigante.

Como localizar uma estrela no céu?


Para localizar um objeto celeste no céu, os astrónomos usam as coordenadas celestes:
- Altura – Indica a posição da estrela (ou de um astro) acima da linha do horizonte. É a
distância angular entre a linha do horizonte e a estrela. O seu valor varia entre 0 e 90, a
partir do horizonte.
- Azimute – É a distância angular entre o ponto cardeal sul e o ponto no horizonte por
baixo da estrela (ou astro). O seu valor varia entre 0 e 360, a partir do ponto cardeal sul, e
mede-se de este para oeste.

A constelação da Ursa Menor tem um significado importante para nós, habitantes do


hemisfério norte. A última estrela desta constelação chama-se Estrela Polar (ou Polaris). A
Estrela Polar encontra-se junto ao polo norte celeste; indica, por isso, o Norte. A Estrela Polar
parece ser uma estrela imóvel na Esfera Celeste, isto resulta do facto de se encontrar no
alinhamento do eixo de rotação da Terra.

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Como localizar no céu a Estrela Polar?

Vamos começar por localizar no céu a Ursa Maior.


Prolongando cinco vezes a distância entre as estrelas
“guardas” (as estrelas 6 e 7, na figura) da Ursa Maior, encontra-se
a última estrela da cauda da Ursa Menor – a Estrela Polar.

No hemisfério norte, podemo-nos orientar pela Estrela Polar ou Polaris.


No hemisfério sul, podemo-nos orientar pela constelação Cruzeiro do Sul ou Crux; o
seu braço maior aponta para o polo sul celeste.

Observação dos Astros

Os registos astronómicos mais antigos datam de 3000 a.C. e devem-se aos Chineses,
Babilónios e Egípcios. As pessoas não sabiam que o Universo era muito extenso, olhavam em
volta e pensavam que a Terra era o centro do Universo.

Modelo Geocêntrico (Ptolomeu, astrónomo do século II d.C.)


A Terra está imóvel no centro do Universo e todos os astros,
incluindo o Sol giravam à sua volta descrevendo órbitas
circulares.
Este modelo permaneceu inalterado durante 13 séculos,
embora não explicasse os movimentos planetários.

Modelo Heliocêntrico (Copérnico, século XVI)


O Sol imóvel no centro do Universo, à sua volta rodavam
todos os planetas e no seu limite encontrava-se a esfera móvel
das estrelas.
Galileu, nascido depois da morte de Copérnico, defendeu o
mesmo modelo heliocêntrico.
No século XVII, Kepler completou este modelo referindo que
as órbitas descritas são elípticas.

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Na atualidade
Sabe-se atualmente que o Universo não tem um centro em torno do qual todos os astros
se movam e pensa-se que será infinito.

Para o conhecimento atual do Universo contribuíram instrumentos de observação do


espaço cósmico, como:
- Telescópios Óticos – Observação indireta dos astros.
- Radiotelescópios – Observação indireta dos astros e deteta as radiações emitidas por
corpos celestes.
- Sondas Espaciais – são engenhos construídos com o objetivo de estudar determinados
astros no Sistema Solar.
- Estações Orbitais – Permitem a permanência dos astronautas no espaço.
- Telescópios Espaciais – são instalados em satélites artificiais que se encontram no
espaço e recolhem amostras e dados que enviam para a Terra. (exemplo: telescópio espacial
Hubble).

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