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RESUMO: O tema das possíveis relações entre as práticas educativas parentais, o desenvolvimento de
traços de personalidade e a emergência de perturbações psicopatológicas tem sido alvo de grande interesse
por parte de investigadores e clínicos; porém, muitos aspectos acerca das suas possíveis conseqüências ainda
não são suficientemente conhecidos. Neste estudo comparam-se duas amostras - adultos com e sem diagnós-
tico de depressão - em termos de suas memórias das práticas educativas dos pais na infância e adolescência.
Apesar de se tratar de um estudo exploratório, os resultados obtidos indicam uma relação significativa entre
determinadas atitudes dos pais (sobreprotecção, rejeição e suporte emocional) e o posterior ajustamento ou
perturbação emocional do adulto.
ABSTRACT: The issue of possible relationships between perceived parental rearing styles, the
development of personality characteristics and psychopathological disorders is a topic of great interest, as
many of its aspects remain insufficiently known. In this study we've compared two samples - depressed versus
non-depressed adult subjects - assessing their memories of parental rearing styles in childhood and adolescence.
Although this is an exploratory research, the results obtained indicate a significant relationship between a
number of parental attitudes (overprotection, rejection and emotional support) and adult adjustment or disturbance.
A formação das relações interpessoais é um abrangência necessários (Perris, 1994; Van de Vijver
dos aspectos mais significativos do desenvolvimento & Poortinga, 1994).
humano; porém, o conhecimento desses processos e O pressuposto de que as práticas educativas
dos mecanismos subjacentes ainda constitui um de- parentais podem exercer um impacto profundo no
safio à investigação, despertando o interesse de au- desenvolvimento psicossocial da criança vem sendo
tores de diversas orientações teóricas e metodológicas formulado desde há muito por diversos autores. Po-
(Gittleman, Klein, Smider& Essex, 1998; Perris, 1994; rém, este longo passado acaba por corresponder a
Waters & Cummings, 2000). Tem sido prestada par- uma curta história. O interesse sistemático pelas pos-
ticular atenção ao estudo de possíveis ligações entre síveis conseqüências das práticas parentais sobre os
as práticas parentais e características de personali- descendentes tem início no século XX, sendo nítido
dade ou níveis de psicopatologia nos filhos, embora tanto no desenvolvimento manifesto nas teorias psi-
nem sempre com o rigor m e t o d o l ó g i c o e a canalíticas (Freud, 1972; Schaffer, 1996), quanto na
ênfase colocada nos processos de aprendizagem pe-
' Artigo recebido para publicação em 03/2002; aceito em 09/2002
2
Endereço para correspondência: Anabela Fernandes Araújo,
las correntes behavioristas (Perris, 1994; Watson,
Consulta de Acompanhamento Psicológico, Maternidade Dr. Daniel 1928, 1929, 1930, apud Schultz & Schultz, 2000) e
de Matos, Rua Miguel Torga, 3000, Coimbra, Portugal. Email: pela Teoria da Aprendizagem Social (Bandura, 1986)
af_araujo@hotmail.com
2 1 6 Andbeia Fernandes Araújo
31
Vulnerabilidade Perturbação
j Psicológicos ftj- individual Psicopatológica
I
c Culturais | Evolução e efeitos
Dimensão temporal
Figura 1 :Modelo geral da ocorrência de psicopatologia e sua evolução, centrado no conceito de vulnerabilidade
individual (Perris, 1994, p. 15) i
Percepção dos Estilos Educativos 217
distribuição em relação à idade (t= -.152, g.l.=198, Uma análise mais detalhada da composição
p= .879), e eram também equivalentes em relação dos grupos, tendo em conta a sua distribuição por
2
ao estado civil (% =7.062, g.l.= 3, p=.070), grau de sexo, estado civil, grau de instrução, camada social e
2
instrução (% =.054, g.l.=3, p=.997) e camada sócio- idade encontra-se no quadro 1.
2
econômica (% =5.634, g.l.=3,p=.131).
Grupo
GPD - Perturbações Depressivas GC- Controle (n==100)
(n=100)
Sexo
Masculino Feminino Masculino Feminino
(B=50) (11=50) Total (n=50) (/1=50) Total
ESTADO CIVIL
Solteiro 11 16 27 13 20 33
Casado/união de Fato 33 27 60 36 28 64
Divorciado/Separado 5 5 10 1 1 2
Viúvo 1 2 3 0 1 1
ESCOLARIDADE
Básico 13 10 23 13 10 23
Obrigatório 7 8 15 8 8 15
Secundário 15 9 24 14 9 24
Superior 15 23 38 15 23 38
CAMADA SOCIO-
ECONÔMICA
Camada 1 1 3 4 0 0 0
Camada 2 16 23 39 14 19 33
Camada 3 31 21 52 32 27 59
Camada 4 2 3 5 4 4 8
IDADE - GRUPO
ETÁRIO
1 (20-29 anos) 10 18 28 10 18 28
2 (30-39 anos) 9 17 26 9 17 26
3 (40-49 anos) 16 8 24 16 8 24
4 (50-59 anos) 13 4 17 13 4 17
5 (60 - 65 anos) 2 3 5 2 3 5
M DP M DP
38.55 12.10 38.270 12.08
permitiram a extração de três fatores, para de uma pontuação superior a 53 no IACLIDE (nesta
o pai e a mãe: Apoio Emocional, Rejeição escala, valores superiores ao indicado indiciam um
e Superproteção (Canavarro, 1999). grau de depressão grave). Efetuada esta seleção o
GPD integrou um total de 100 sujeitos.
• IACLIDE - Inventário de Avaliação da
Depressão. Foi criado e desenvolvido por Na constituição do GC foram excluídos, numa
Vaz Serra (1994) uma escala de auto- primeira fase, os indivíduos que responderam
avaliação, de tipo Likert, para medir a positivamente à questão Atualmente está a fazer
intensidade dos quadros depressivos, sendo tratamento psiquiátrico ou psicológico?, ou que
constituído por 23 questões, que se referem referiram sofrer, ou ter sofrido dos nervos no
a quatro tipos distintos de sintomas presentes passado. Porém, optando por um critério mais
nos quadros das Perturbações Depressivas: cauteloso, numa fase seguinte excluíram-se também
biológicas, cognitivas, interpessoais e de todos os que obtiveram uma pontuação superior a 20
desempenho de tarefa. Segundo Vaz Serra no IACLIDE pois, de acordo com o autor da escala,
(1994), "significam a relação que o sujeito o grau de depressão leve situar-se-á entre os pontos
deprimido estabelece com o corpo, 20 e 34 (Vaz Serra, 1994), pelo que se poderá
consigo próprio, com os outros e com o considerar um resultado inferior a 20 indicador de
trabalho" (p. 11). A p r e s e n t a boas ausência de depressão.
características psicométricas. Neste estudo,
o instrumento foi utilizado para obter mais Excluíram-se também todos aqueles que na
um dado confirmatório do estado depressivo infância e adolescência não habitaram continuamente
dos sujeitos, para além das avaliações clínicas. com ambos os progenitores - a perda ou separação
Os resultados obtidos serviram de critério de de um ou ambos os progenitores é um fator
exclusão da amostra. considerado relevante no aumento da vulnerabilidade
dos indivíduos e na posterior manifestação de
Procedimento perturbações depressivas (Ainsworth, 1969, 1989;
Os sujeitos que fazem parte da amostra foram Bowlby, 1973; Lewinsohn & Rosenbaum, 1987;
avaliados individualmente através de um conjunto de Perris, Maaj, Perris & Eisemann, 1985; Perris &
questionários e de breve entrevista estruturada para Cols., 1986; Richter, 1994; Saranson, Pierce, Shearin,
coleta de variáveis sócio-demográficas, utilizando Saranson & Waltz, 1991), pelo que pretendemos deste
sempre os mesmos procedimentos. Em primeiro lugar, modo controlar o efeito de uma variável que não era
era dirigido ao indivíduo um pedido de colaboração objeto deste trabalho.
voluntária, sendo-lhe fornecidas explicações acerca
da natureza do estudo e do tipo de tratamento dos Resultados
dados, e garantindo a total confidencialidade das
respostas. Em seguida, obtido o seu consentimento, Estilos educativos parentais
procedia-se ao preenchimento dos questionários, com Começamos por estudar as diferenças entre
instruções padronizadas. o GPD (grupo das Perturbações Depressivas) e o
GC (grupo controle) relativamente à representação
Alguns dos casos recolhidos foram excluídos dos estilos educativos dos pais avaliados através do
da amostra, em conformidade com os seguintes EMBU. Fizemo-lo separadamente para o pai e
critérios: do ponto de vista do diagnóstico, ocorrência para a mãe, através de testes-t, cujos resultados se
concomitante de P e r t u r b a ç õ e s Psicóticas, encontram no quadro 2.
Perturbações Bipolares, Perturbações de
Personalidade e Perturbações Relacionadas com
Substâncias; dificuldades recorrentes na
compreensão dos questionários utilizados, e obtenção
220 Anabela Fernandes Araújo
GPD GC
Média DP Média DP teste-t
Pai
Apoio emocional 14.750 4.916 18.840 5.510 5.539 n.s.
Rejeição 13.860 5.224 11.170 4.035 -4.075 .000
Superproteção 15.060 3.640 13.560 2.983 -3.188 .002
Mãe
Apoio emocional 15.890 5.097 20.920 4.836 7.159 .000
Rejeição 17.150 6.423 12.810 3.637 -5.880 .000
Superproteção 17.560 4.081 14.190 2.740 -6.856 .000
Quadro 3: Comparação dos estilos educativos parentais em função do sexo Grupo das Perturbações
Depressivas (GPD)
Homens Mulheres
Média DP Média DP teste-t
Pai
Apoio emocional 13.820 4.750 15.680 4.950 -1.917 n.s.
Rejeição 14.280 5.240 14.280 5.230 .802 n.s.
Superproteção 14.900 3.600 15.220 3.710 -.438 n.s.
Mãe
Apoio emocional 16.120 5.290 15.660 4.930 .449 n.s.
Rejeição 16.120 6.360 18.180 6.380 -1.617 n.s:
Superproteção 16.880 4.320 18.240 3.750 -1.682 n.s.
Percepção dos Estilos Educativos 221
Quadro 4: Comparação dos estilos educativos parentais em função do sexo Grupo Controle (GC).
Homens Mulheres
Média DP Média DP teste-t
Pai
Apoio emocional 18.180 5.060 19.500 5.900 -1.201 n.s.
Rejeição 11.560 3.910 10.780 4.160 .966 n.s.
Superproteção 14.120 2.900 13.000 2.990 1.902 n.s.
Mãe
Apoio emocional 20.360 4.890 21.480 4.770 -1.160 n.s.
Rejeição 12.860 3.430 12.760 3.870 .137 n.s.
Superproteção 14.520 2.750 13.860 2.720 1.207 n.s.
a diferenciação dos grupos através dos valores do F renças entre os grupos. Assim, os indivíduos perten-
univariado e da significância estatística, verificando centes ao G P D , por comparação com o GC,
que todas contribuem significativamente para a dife- percepcionam que os estilos educativos dos progeni-
renciação entre eles. tores foram pautados por menor apoio emocional e
No quadro 5 podemos observar que o maior maior superproteção e rejeição; as diferenças são
contributo para a diferença entre os grupos é dado mais acentuadas relativamente às práticas educativas
pela representação das práticas educativas de apoio maternas.
emocional da mãe. As variáveis relacionadas com A análise de função discriminante foi também
os estilos educativos maternos, são, de resto, as que utilizada com o objetivo de avaliar a adequação da
mais contribuem para a distinção dos grupos. Os va- classificação dos sujeitos. O conjunto das variáveis
lores das médias das variáveis preditoras (quadro 2) permitiu uma classificação correta de 74% dos indi-
permitem verificar em que sentido ocorrem as dife- víduos, com 74% de acertos no GPD e 73% no GC
(quadro 6).
Quadro 6: Análise da função discriminante entre GPD vs. GC: eficácia da classificação.
Grupo predito
Grupo de Perturbações classificação
Controlo (GC) Depressivas (GPD) correta
Grupo observado
Total 99 101 74
Quadro7: - Análise da função discriminante entre indivíduos do sexo masculino do GPD vs. GC.
Variável F(l,98) P
Estilos educativos
Apoio emocional (pai) 19.762 .000
Rejeição (pai) 8.655 .004
Superproteção (pai) 1.425 .235
Quadro 8: Análise de função discriminante entre indivíduos do sexo masculino do GPD vs. GC - eficácia
da classificação.
Grupo predito
Grupo Controle Perturbações % classificação
(GC) Depressivas (GPD) correta
Grupo observado
Total 47 53 71
Os resultados obtidos para as mulheres do GPD comparado com o GC constam dos quadros 9 e 10.
Mais uma vez os resultados mostram que a análise de função discriminante é significativa como um todo,
apontando para a existência de diferenças significativas entre os grupos.
Quadro 9: Análise da função discriminante entre indivíduos do sexo feminino do GPD vs. GC.
Variável F(l,98) P
Estilos educativos
Apoio emocional (pai) 12.280 .001
Rejeição (pai) 7.927 .006
Superproteção (pai) 10.853 .001
representativas das práticas educativas da mãe as mais por maiores índices de superproteção e rejeição e
importantes na distinção de mulheres com e sem per- menores índices de apoio emocional do que as do GC.
turbação depressiva. Atendendo às médias obtidas e O quadro 10 mostra-nos a eficácia da classi-
atrás referidas, as mulheres do GPD percepcionam ficação dos grupos em função da análise realizada.
2 2 4 Anabela Fernandes Araújo
Quadro 10: Análise de função discriminante entre indivíduos do sexo feminino do GPD vs. GC - eficácia da
classificação.
Grupo predito
Grupo Controle Perturbações % classificação
(GC) Depressivas (GPD) correta
Grupo observado
Total 49 51 71
Tal como no grupo de indivíduos do sexo mas- Porém, quando se separa a amostra em fun-
culino, os sujeitos corretamente classificados são ção do gênero, verificam-se algumas diferenças - as
71%, com 72% de acertos no GPD e 70% de acer- mulheres parecem relatar mais comportamentos
tos no GC. disfuncionais por parte da sua mãe. Assim, quando
Destas análises é possível concluir que as di- comparados homens do GPD com os do GC, embo-
mensões dos estilos educativos parentais mais im- ra a dimensão de apoio emocional continue a ser a
portantes e significativos para distinguir indivíduos que melhor discrimina, trata-se aqui da percepção da
com e sem perturbação depressiva são distintos no sua falta por parte do progenitor do mesmo sexo (re-
sexo masculino e no feminino. sultados concordes com os Richter, 1994); os estilos
educativos maternos assumem também um papel
Discussão e Conclusão relevante.
Ao serem comparadas as mulheres do GPD
A análise da influência dos estilos educativos com as do GC, verifica-se que os estilos educativos
parentais na saúde mental dos filhos, quando adultos, maternos são os mais importantes para explicar a
revelou uma associação entre as práticas de ambos diferença entre grupos, mas a dimensão que melhor
os progenitores (caracterizadas por menor apoio emo- os discrimina é a superproteção por parte da mãe.
cional), e a depressão no adulto. Os indivíduos do De acordo com Crook, Raskin e Eliot (1981), a liga-
grupo de perturbações depressivas (GPD) parecem ção entre a percepção dos estilos educativos parentais
ter uma percepção dos comportamentos dos pais e a depressão pode ser afetada pelo gênero do indi-
como sendo mais disfuncionais do que os indivíduos víduo.
do grupo controle (GC). Estes resultados estão de Estes resultados parecem apontar para dife-
acordo com os encontrados por muitos estudos rentes papéis exercidos pelos progenitores no pro-
(Burbach & Borduin, 1986; Canavarro, 1999; Crook, cesso de desenvolvimento dos indivíduos, o que pode
Raskin & Eliot, 1981; Duggan, Sham, Minne, Lee & ser devido à influência das normas sociais nas práti-
Murray, 1998; Richter, 1994; Richter, Eisemann & cas tradicionais de socialização, salientando-se a im-
Perris, 1994). portância das experiências relacionais positivas na
Também à semelhança dos resultados de infância e adolescência com a mãe, mas também com
Canavarro (1999), Crook, Raskin e Eliot (1981) e o pai, enquanto fator significativo para os níveis de
Burbach e Borduin (1986), no todo da amostra os ajustamento e bem-estar do adulto.
estilos educativos maternos são percebidos como É importante enfatizar que este estudo não
mais intensos. As dimensões de falta de apoio emo- contemplou múltiplas variáveis que poderão contri-
cional e rejeição por parte da mãe são as que melhor buir para a complexa teia de interações subjacentes
discriminam os indivíduos que sofreram uma pertur- ao ajustamento psicológico e saúde mental do adulto.
bação depressiva e os que não registraram perturba- Desde logo, seria vantajoso estudar os indivíduos,
ções emocionais. sobretudo os do GPC, num período mais longo de
tempo.
Percepção dos Estilos Educativos 225
Outras dimensões que reconhecidamente se Antonucci, T.C. (1985). Attachment in adulthood and
associam à saúde mental, e que, dadas as caracterís- aging. In M.B. Sperling & W.H. Berman (Eds.),
ticas exploratórias deste estudo, não foram avalia- Attachment in adults - clinical and
das, ligam-se quer à história de psicopatologia nos developmental perspectives (pp. 256-272).
pais, quer à estrutura e funcionamento da rede de New York: Guilford Press.
apoio social, e da adequação das suas trocas, tal como
Antonucci, T.C. & Akyama, H. (1994). Convoys of
percebida pelos indivíduos; e ainda a qualidade das
attachment and social relations in children,
relações afetivas na idade adulta.
adolescents, and adults. In F. Nestman & K.
Importaria ainda explorar as diferenças no
Hurrelmann (Eds.), Social networks and so-
papel exercido pelos pais ao longo do desenvolvimen-
cial support in childhood and adolescence
to, e os fatores que influenciam a construção das re-
(pp. 37-52). Berlin: Walter de Gruyter.
presentações acerca do comportamento dos de mes-
mo sexo, e do sexo oposto, uma vez que o impacto Araújo, A.F. (2001). Relações com os pais na in-
dos estilos educativos parentais pareceu, neste estu- fância e adolescência e perturbação emoci-
do, estar associado ao gênero. onal no adulto. Dissertação de Mestrado, Uni-
Em síntese, os resultados indicam que indiví- versidade de Coimbra, Coimbra - Portugal.
duos que sofreram no seu percurso de vida uma per-
Arrindell, W.A., Perris, C , Eisemann, M., van der
turbação depressiva percebem de forma mais nega-
Ende & von Knorring, L. (1986). Cross-national
tiva as atitudes e comportamentos dos seus progeni-
generalizability of patterns of parental rearing
tores, ao longo da infância e adolescência, do que
styles b e h a v i o u r : i n v a r i a n c e of E M B U
aqueles que até ao momento do estudo não desen-
dimensional representations of healthy subjects
volveram qualquer perturbação psicopatológica. A
from Australia, Dennmark, Hungary, Italy and
magnitude dessas diferenças varia com o sexo do
The Netherlands. Personality and Individual
indivíduo e do progenitor, embora as dimensões rela-
Differences, 7, p. 103-112.
cionadas com os estilos educativos maternos sejam,
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