You are on page 1of 56

PAVIMENTAÇÃO

Profa. Clauândria Neris


REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS

• Camada destinada a receber a carga dos


veículos e mais diretamente a ação
climática;
• Devem ser:
 Impermeável;

 Resistente aos esforços de contato pneu-


pavimento em movimento – que são
variados, conforme a carga e velocidade.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 2


REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS

O revestimento pode ser classificado pela


fabricação:
• Usina específica (misturas usinadas);
 Usina fixa;

 Usina móvel;

• Preparado na própria pista (tratamentos


superficiais).

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 3


REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS

Podem ser identificado quanto ao tipo de


ligante:
 A quente com o uso de CAP;
 A frio com o uso de EAP (emulsão asfáltica).

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 4


REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS

Em caso de recomposição da capacidade


estrutural ou funcional, além dos tipos citados, é
possível utilizar outros tipos de misturas
asfálticas: Lama Asfáltica e Microrrevestimento.
São processados em usinas móveis especiais
que misturam o agregado e ligante
imediatamente antes da colocação no
pavimento.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 5


MISTURAS USINADAS

A mistura de agregados e ligante é


realizada em usina estacionária (fixa);
Transportada posteriormente por
caminhão para a pista;
Onde é lançada por
equipamento apropriado;
E então, é compactada
até atingir o grau de estipulado em projeto.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 6
MISTURAS USINADAS

A mistura usinada mais empregada no Brasil


é o concreto asfáltico, também denominado
Concreto Betuminoso Usinado a Quente
(CBUQ).
Trata-se do produto da mistura de agregados
de vários tamanhos (de forma conveniente)
com o cimento asfáltico (CAP), ambos
aquecidos a uma temperatura escolhida de
acordo com as características desejadas.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 7
MISTURAS USINADAS

Um segundo grupo de misturas, feitas em


usinas estacionárias próprias, são os pré-
misturados a frio.
As quais se empregam as emulsões
asfálticas como ligante para envolver os
agregados. Neste caso, não há o aquecimento
dos agregados, o ligante até pode sofrer um
pequeno aquecimento, mas em geral é
utilizado em temperatura ambiente.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 8
MISTURAS A QUENTE

As misturas asfálticas a quente também


podem ser separadas em grupos específicos
em função da granulometria dos agregados.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 9


MISTURAS A QUENTE

• Graduação densa: curva granulométrica


contínua e bem-graduada de forma a
proporcionar um esqueleto mineral com
poucos vazios visto que os agregados de
dimensões menores preenchem os vazios
dos maiores. Ex.: concreto asfáltico (CA)

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 10


MISTURAS A QUENTE

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 11


MISTURAS A QUENTE

• Graduação aberta: curva granulométrica


uniforme com agregados de um mesmo
tamanho, de forma a proporcionar muitos
vazios no seu interior, com insuficiência de
material fino para preenchê-los. Tem o
objetivo de tonar a mistura com elevado
volume de vazios de ar e, portanto,
drenante, possibilitando a percolação da
água no interior da mistura asfáltica.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 12
MISTURAS A QUENTE
Exemplo: Mistura asfáltica drenante, conhecida por
camada porosa de atrito (CPA).

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 13


MISTURAS A QUENTE

• Graduação descontínua: curva


granulométrica com proporcionamento dos
grãos de maiores dimensões em quantidade
dominante em relação aos grãos de
dimensões intermediárias, completados por
certa quantidade de finos. Ex.: Matriz pétrea
asfáltica (SMA) e Mistura sem agregados de
certa graduação (gap-graded).

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 14


MISTURAS A QUENTE

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 15


MISTURAS A QUENTE

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 16


MISTURAS A QUENTE

Aeroporto Santos Dumont – RJ: Camada Porosa de Atrito CPA.


6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 17
MISTURAS A QUENTE

Composições granulométricas comparativas entre SMA e CA.


6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 18
MISTURAS A QUENTE

Aspecto de uma camada de SMA executada em pista.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 19


MISTURAS A FRIO

Os pré-misturados a frio (PMF) consistem em


misturas usinadas de agregados graúdos,
miúdos e de enchimento, misturados com
emulsão asfáltica (EA) à temperatura ambiente.
O PMF pode ser usado como revestimento de
ruas e estradas de baixo volume de tráfego ou
como camada intermediária (com CA
superposto) em operações de conservação e
manutenção.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 20
MISTURAS A FRIO
Podem ser:
• Aberto (PMFA): com pequena ou nenhuma
quantidade de agregado miúdo e com pouco
ou nenhum fíler, ficando após a compactação,
com volume de vazios (VV) elevado, 22 < VV ≤
34%;
• Semidenso: com quantidade intermediária de
agregado miúdo e pouco fíler, ficando após a
compactação com um volume de vazios
intermediário, 15 < VV ≤ 22%;
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 21
MISTURAS A FRIO
Podem ser:
• Denso (PMFD): com agregados graúdo,
miúdo e de enchimento, ficando após a
compactação com volume de vazios
relativamente baixo, 9 < VV ≤ 15%.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 22


MISTURAS A FRIO
No que refere à permeabilidade, pode-se
observar:
• Vazios ≤ 12%: apresenta baixa permeabilidade
podendo ser usado como revestimento;

• Vazios > 12%: apresenta alta permeabilidade,


necessitando uma capa selante caso seja
usado como única camada de revestimento.
Quando >20% pode ser usado como camada
drenante.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 23


MISTURAS A FRIO
• Os PMFs podem ser usados em camada de
30 a 70 mm de espessura compactada.
• Espessuras maiores devem ser compactadas
em duas camadas.
• As camadas devem ser espalhadas e
compactadas à temperatura ambiente.
• O espalhamento pode ser feito com
vibroacabadora ou motoniveladora, mais
conveniente para pavimentação urbana.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 24
MISTURAS A FRIO
O uso de emulsões de ruptura lenta e mistura
densa pode levar o pré-misturado a frio (PMF) a
apresentar resistências mecânicas maiores e
mais adequadas para o uso como
revestimento.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 25


MISTURAS A FRIO
Vantagens:
• Uso de equipamentos simples;
• Trabalhabilidade à temperatura ambiente;
• Boa adesividade com quase todos os tipos
de agregados britados;
• Possibilidade de estocagem;
• Flexibilidade elevada.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 26


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
Em casos de selagem e restauração, além
dos tipos de misturas citados, é possível usar
outros tipos de misturas asfálticas que se
processam em usinas móveis especiais, que
promovem a mistura agregado-ligante
imediatamente antes da colocação no
pavimento.
São misturas relativamente fluidas, como a
Lama Asfáltica e o Microrrevestimento.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 27
MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
LAMA ASFÁLTICA
Associação, em consistência fluida, de:
Agregados + Materiais de enchimento ou
fíler + emulsão asfáltica + água
Uniformemente misturados e espalhados no
local da obra, à temperatura ambiente.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 28


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
LAMA ASFÁLTICA
Aplicação principal:
• Manutenção de pavimentos – especialmente
nos revestimentos com desgaste superficial e
pequeno grau de trincamento, sendo, neste
caso, um elemento de impermeabilização e
rejuvenescimento da condição funcional do
pavimento.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 29


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
LAMA ASFÁLTICA
Aplicação principal:
• Capa selante – Aplicada sobre tratamentos
superficiais envelhecidos. No entanto, não
corrige irregularidades acentuadas e nem
capacidade estrutural.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 30


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
LAMA ASFÁLTICA
É processada em usinas móveis que têm um
silo de agregado e um de emulsão, um
depósito de água e um de fíler, que se
misturam imediatamente antes de serem
espalhadas através de barra de distribuição de
fluxo contínuo e homogêneo, sem
compactação posterior.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 31


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
LAMA ASFÁLTICA

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 32


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO
Considerada uma evolução das lamas
asfálticas, pois usa o mesmo princípio e
concepção, porém utiliza emulsões
modificadas com polímero para aumentar a
sua vida útil.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 33


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO
É uma mistura a frio processada em usina
móvel especial, de agregados, fíler, água e
emulsão com polímero, e eventualmente
adição de fibras.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 34


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 35


MISTURAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS
MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO
Como vantagem, a emulsão asfáltica de
ruptura controlada modificada por polímero
permite sua mistura aos agregados como se
fosse lenta e em seguida sua ruptura torna-se
rápida para permitir a liberação do tráfego em
pouco tempo, por exemplo, duas horas.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 36


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

• Consiste em aplicação de ligantes asfálticos


e agregados sem mistura prévia.
• São aplicados diretamente na pista;
• Posteriormente são compactados, o que
promove o recobrimento parcial e a adesão
entre agregados e ligantes.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 37


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

• Consiste em aplicação de ligantes asfálticos


e agregados sem mistura prévia.
• São aplicados diretamente na pista;
• Posteriormente são compactados, o que
promove o recobrimento parcial e a adesão
entre agregados e ligantes.
• É classificado de acordo com o número de
camadas sucessivas de ligantes e
agregados.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 38
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Tratamento simples:
• Inicia-se, obrigatoriamente, pela aplicação
única do ligante, que é coberto em seguida
por única camada de agregado.
• O ligante penetra de baixo para cima
(penetração “invertida”).

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 39


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Tratamento múltiplo:
• Inicia-se em todos os casos pela aplicação
do ligante, que penetra de baixo para cima
na primeira camada de agregado, enquanto
a penetração das seguintes camadas de
ligante é tanto “invertida” como “direta”.
• A espessura acabada é da ordem de 5 a 20
mm.
• Podem ser duplo ou triplo.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 40
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Nos tratamentos
múltiplos em geral a
primeira camada é
de agregados de
tamanhos maiores e
vão diminuindo à
medida que
constituem nova
camada.
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 41
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

As principais funções do tratamento


superficial são:
• Proporcionar uma camada de rolamento
de pequena espessura, porém, de alta
resistência ao desgaste;
• Impermeabilizar o pavimento e proteger a
infraestrutura do pavimento;
• Proporcionar um revestimento
antiderrapante;
6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 42
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

As principais funções do tratamento


superficial são:
• Proporcionar um revestimento de alta
flexibilidade que possa acompanhar
deformações relativamente grandes da
infraestrutura.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 43


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Devido à sua pequena espessura, o


tratamento superficial:
• Não aumenta substancialmente a
resistência estrutural do pavimento;
• Não corrige irregularidades da pista caso
seja aplicado em superfícies com esses
defeitos.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 44


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
1. Aplicação do ligante asfáltico: sobre a
base imprimada, curada e isenta de
material solto, aplica-se um banho de
ligante com carro-tanque provido de
barra espargidora;

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 45


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
1. Aplicação do ligante asfáltico:

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 46


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
2. Espalhamento do agregado: após a
aplicação do ligante, efetua-se o
espalhamento do agregado, de
preferência com caminhões basculantes
dotados de distribuidores;

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 47


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
2. Espalhamento do agregado:

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 48


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
3. Compactação: após o espalhamento do
agregado, é iniciada a compressão do
mesmo sobre o ligante, com rolo liso ou
pneumático;

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 49


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
3. Compactação:

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 50


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:

Aspecto superficial

Vista geral

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 51


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Etapas de aplicação:
Equipamento espargidor
e distribuidor de agregados
combinados.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 52


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Capa Selante:
Permite a selagem de um revestimento
betuminoso por espalhamento do ligante
betuminoso, com ou sem cobertura de
agregado miúdo.
Frequentemente usada como última
camada em tratamento superficial múltiplo.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 53


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Macadame betuminoso:
É obtido por penetração direta: espalha-se
primeiro o agregado e depois o ligante
betuminoso. Inicia-se pela aplicação do
agregado graúdo.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 54


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Tratamento superficial primário (TAP) - Antipó:


• É utilizado em estradas de terra ou de
revestimento primário.
• Alternativa de baixo custo para locais de
baixíssimo volume de tráfego
• Obtida por espalhamento de ligante de
baixa viscosidade com cobertura de
agregado miúdo.

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 55


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

Tratamento superficial primário (TAP) - Antipó:

6617 Pavimentação Profa. Clauândria Neris 56

You might also like