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Marcio Baptista Marcia Lara Fundamentos de Engenharia Hidraulica 3? edicdo revista e ampliada 2? reimpresséo BELO HORIZONTE | EDITORA UFMG | 2014 B222t © 2002, Marcia Maria Lara Pinto Coelho; Marcio Benecito Baptista © 2002, Editora UFMG © 2003, 2. ed. revista © 2006, 2. ed. revista — © 2010, 3. ed, rev. e amp. © 2012, 3. ed, rev. e ampl. — 1" reimpr. reimpr. Este livro ou parte dele nao pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorizacao escrita do Editor Baptista, Marcio Benedito Fundamentos de Engenharia Hidraulica / Marcio Benedito Baptista, Marcia Maria Lara Pinto Coelho. ~ 3. ed. rev. e ampl. ~ Belo Horizonte Editora UFMG, 2010, 473 p.— (Ingenium) Inclui bibliograt ISBN: 978-85-7041-828-9, 1. Engenharia hidraulica |. Coelho, Marcia Maria Lara Pinto I Titulo Mi, Série DD: 627, COU: 627.01 Flaborada pela CCQC — Central de Controle de Qualidade da Catalogacao Biblioteca Universitaria da UFMG COORDENACAO EDITORIAL: Danivia Wolt ASSISTENCIA EDITORIAL: Eliane Sousa e Eucicia Macedo COORDENACAO DE TEXTOS: Maria do Carmo Leite Ribeiro REVISAO E NORMALIZACAO: Isadora Rodrigues REVISAO DE PROVAS: Angel de Castro, Arquiolinda Machado, Claudia Campos Renata Passos COORDENACAO GRAFICA: Cassio Ribeiro PROJETO GRAFICO E CAPA: Paulo Schmict FORMATACAO: Thiago Campos FOTOGRAFIAS: dos autores, exceto quando indicado PRODUGAO GRAFICA: Diégo Diveira EDITORA UFMG ‘Ay, Antonio Carlos, 6.627 ~ CAD I 8loco Campus Pampulha 31270-901 ~ Belo Horizonte/MG Te: 455 31 2409-4650 Fax: +55 31 3409-4768 we.editra.ufing,br -editore@utmg be Escola de Engenharia da UFMG ‘Av. Ant6nio Carls, 6.627 Campus Pampulha - 31270-901 ~ Belo Hor Tel: #55 31 3403-1890 ~ Fax +55 31 ‘ween ufing br ~ dir@adm.eng.uimg.br (..) impelir mangas de chuva que inundavam tudo e desciam do Curral, do Cruzeiro, escachando Afonso Pena abaixo, improvisando araguaias, pratas, amazonas, inventando niégaras, iguacus, urubupungés @ os trombolhées, e baques das setequedas.(..) Quando 2 chuva parou e pararam as lufadas, as faiscas e os «estronds, continuou aquele gemido de dguas correndo dentro da noite e descendo para encher o Arrudas, ‘0110 das Velhas, 0 Sao Francisco eo Mar Oceana com cascalhos de diamante, ouro e ferro arrancado do flanco das Gerais.) Pedro Nava 7 23 25 a 30 a 35 35 35 37 38 43 47 | 47 48 49 54 56 61 64 SUMARIO Lista de simbolos Apresentagao Capitulo 1 A Engenharia Hidraulica 1.1 Evolucao histérica da Engenharia Hidraulica 1.2.0 panorama e escopo atual da Engenharia Hidréulica 1.3 Desafios e perspectives Capitulo 2 A mecAnica dos fluidos na Hidraulica 2.1 Introducao 2.1.1 Sistemas de unidades 2.1.2 Principio da homogeneidade dimensional 2.2 Propriedades fisicas dos fluidos 2.3 Classificagéo dos escoamentos 2.4 Equacées fundamentais do escoamento 2.4.1 Equacéo da continuidade 2.4.2 Equacdo da quantidade de movimento 2.4.3 Equacdo de energia - Bernoulli 2.5 Equacdo fundamental da Hidrostatica 2.5.1 Medidas de presséo 2.5.2 Forgas exercidas sobre superficies planas submersas Problemas 67 67 68 ae 78 85 85 87 | hh 94 96 99 99 99 101 104 104 106 112 a ee 122 Escoamento em condutos forcados simples 3.1 Perda de carga 3.1.1 Perda de carga continua 3.1.2 Perda de carga com distribuicao de gua ao longo do percurso 3.1.3 Perda de carga localizada 3.2 Velocidades recomendadas 3.3 Pré-dimensionamento de canalizagées 3.4 Tracado dos condutos 3.5 Separacao da coluna Ifquida e cavitacao 3.6 Introducao aos transientes hidrdulicos Problemas Capitulo 4 Escoamento em sistemas de condutos forcados 4.1 Condutos equivalentes | 4.1.1 Condutos em série 4.1.2 Condutos em paralelo | 4.2 Condutos interligando reservatérios 4.2.1 Problema dos trés reservatorios 4.2.2 Método do balanco das vazées 4.3 Rede de distribuicao de agua 4.3.1 Calculo das redes ramificadas 4.3.2 Calculo das redes malhadas Problemas 125 125 125 128 130 131 133 135 138 143 144 148 151 151 153 156 158 169 170 170 Capitulo 5 Maquinas hidraulicas 5.1 Introducao 5.2 Descricéo e condigoes gerais de instalacao das turbinas 5.2.1 Arranjo das instalagdes hidrelétricas 5.2.2 Potencial hidraulico 5.3 Descricéo e condicées gerais de instalacdo das bombas 5.3.1 Instalaco elevatoria tipica 5.3.2 Parametros hidraulicos de uma instalacao de recalque 5,3.3 Dimensionamento econdmico da tubulacao 5.4 Semelhanca mecanica 5.5 Velocidade especifica Problemas Capitulo 6 Andlise dos sistemas de recalque 6.1 Curvas caracteristicas das bombas 6.1.1 Influéncia da rotacéo na curva caracteristica da bomba 6.1.2 Influéncia do diémetro do rotor na curva caracteristica da bomba 6.2 Curva da bomba versus curva do sistema de tubulagao 6.3 Operacao de multiples bombas centrifugas 6.3.1 Bornbas em paralelo 6.3.2 Bombas em série 171 172 | 175, 176 | 182 187 187 189 193 198 202 205 205 208 211 213 216 216 218 222 222 | 6.4 Cavitacéo 6.4.1 Avaliacdo das condicées de cavitagao 6.4.2 Margem de seguranca 6.4.3 Inconvenientes da cavitacdo Problemas Capitulo 7 Caracteristicas basicas dos escoamentos livres 7.1 Escoamentos livres e forcados 7.2 Parametros geométricos e hidraulicos caracteristicos 7.3 Variacdo da pressdo 7.4 Variacao da velocidade Problemas. Capitulo 8 Energia e controle hidraulico 8.1 Regimes de escoamento 8.2 O ntimero de Froude 8.3 Caracterizacao do escoamento critico 8.4 Ocorréncia do regime critico — controle hidraulico 8.5 Transicdes 8.5.1 Transigées verticais 8.5.2 Transicées horizontais 8.5.3 Combinacdo de transicoes horizontais e verticais Problemas Capitulo 9 225 | Escoamento uniforme 225 9.1 Caracterizagao do escoamento uniforme 226 | 9.2 Resisténcia ao escoamento - formula de Manning 229 9.3 CAlculo do escoamento uniforme 230 9.3.1 Verificacao do funcionamento hidréulico 232 9.3.2 Dimensionamento hidraulico 236 9.3.3 Seces circulares 238 | 9.40 coeficiente de rugosidade de Manning 238 9.4.1 Determinacao direta do coeficiente de rugosidade 238 9.4.2 Estimativa do coeficiente de rugosidade 242 9.4.3 Coeficientes de rugosidade para secées simples com rugosidade variavel 244 9.4.4 Coeficiente de rugosidade para secdes compostas 246 Problemas Capitulo 10 249 | Escoamento gradualmente variado 249 10.1 Introdugao 250 10.2 Caracterizacéo do escoarnento | gradualmente variado Piers | 10.3 Andlise das linhas d’égua 255 10.3.1 Canais com declividade fraca 256 10.3.2 Canais com declividade forte 257 | 10.3.3 Canais com declividade critica 258 10.3.4 Canais com declividade nula 258 259 261 267 270 273 273 274 275 281 283 285 289 289 290 292 292 on 296 297 300 10.3.5 Canais em aclive 10.3.6 Conclusées 10.4 Célculo da linha d’égua no escoamento gradualmente vatiado 10.5 Calculo em condicées de vaz&o nao definida Problemas Capitulo 11 Escoamento bruscamente variado 11.1 Caracterizacao do escoamento bruscamente variado 11.2 O ressalto hidraulico 11.2.1 Ressalto em canais retangulares horizontals 11.2.2 Ressalto em canais com geometria nao retangular 11.2.3 Ressalto em canais inclinados 11.3 Forca especifica Problemas Capitulo 12 Principios de hidraulica fluvial 12.1 Introducdo 12.2 Escalas e dinamica da configuracaéo dos sistemas fluviais 12.3 Processos de formacao do canal fluvial 12.3.1 Transporte de sedimentos ~ Ciclo hidrosse- dimentolégico 12.3.2 Caracteristicas do leito fluvial 12.3.3 Resisténcia ao escoamento 12.3.4. Tensao de arraste 12.3.5 Principio do movimento ~ Abaco de Shields 303 304 306 309 309 310 310 311 314 318 318 319 323 326 327 327 328 329 332 ae 345 351 aan 353 12.4 Quantificacao do transporte de sedimentos 12.4.1 Transporte de sedimentos por arraste 12.4.2 Transporte de sedimentos em suspensdo 12.4.3 Carga total de sedimentos 12.4.4 Quantificacdo por meio de dados monitorados e regionalizados 12.5 Morfologia do leito e do canal fluvial em escala local 125.1 Secdo transversal 12.5.2 Leito fluvial 12.5.3 Conformagées topogréficas localizadas 12.6 Morfologia dos sistemas fluviais 12.6.1 Classificagéo dos canais 12.6.2 Rios com canais anicos 12.6.3 Rios com canais multiplos Problemas Capitulo 13 | Estruturas hidraulicas de conducao 13.1 Objetivos e tipos de estruturas hidrdulicas 13.2 Canais 13.2.1 Dimensionamento de canais revestidos — secdes de maxima eficiéncia hidraulica 13.2.2 Dimensionamento de canais em materiais erodiveis 13.2.3 Verificagdes hidraulicas e indicagdes para projeto de canais 13.2.4 Definicao das secées e revestimentos 13.3 Pontes 13.3.1 Estudos prévios 13.3.2 Determinacao da cota da cheia de projeto € concepcao geométrica da ponte 355 357 358 359 361 366 368 371 371 ae 373 374 375 377 381 384 385 386 387 391 395 396 400 402 13.3.3 Estudo do efeito de obstrucées devido aos pilares e aterros de encontro 13.3.4 Verificacoes complementares 13.4 Bueiros 13.4.1 Classificacao e notacado dos bueiros 13.4.2 Dimensionamento hidraulico 13.4.3 Consideracées relativas ao projeto de bueiros Problemas Capitulo 14 Estruturas hidraulicas de reservacao e controle 14.1 Introdugéo 14.2 Barragens 14.2.1 Concepcdo, tipos e drgaos integrates 14.2.2 Niveis e volumes operativos das barragens 14.2.3 Forcas atuantes nas barragens 14.2.4 Barragens de concreto 14.2.5 Barragens de terra e enrocarnento 14.2.6 Barragens mistas 14.2.7 Desvio dos rios para a construcao de barragens 14.3 Vertedores 14.3.1 Tipos de vertedores 14.3.2 Dimensionamento hidraulico de vertedores simples 14.4 Dissipadores de energia 14.4.1 Bacias de dissipagao 14.4.2 Dissipadores de jato 14.4.3 Dissipadores de impacto 403 406 407 409 409 410 411 415 4i7 418 419 424 424 | 425 426 431 432 440 441 444 446 447 449 449 14.4.4 Dissipadores continuos 14.4.5 Escoamento em degraus Problemas Capitulo 15 Instalagées hidraulicas prediais 15.1 Introducao 15,2 Instalages de égua fria 15.2.1 Critérios de dimensionamento 15,2.2 Dimensionamento das tubulacoes 15.2.3 Dimensionamento da capacidade dos reservatorios 15.2.4 Verificacao das condicdes de funcionamento 15.2.5 Retrossifonagem 15.3 InstalacOes de agua quente 15.3.1 Critérios de dimensionamento 15.3.2 Dimensionamento das tubulacoes 15.3.3 Dimensionamento dos aquecedores 15.4 Instalacées de esgoto sanitario 15.4.1 Critérios de dimensionamento das tubulacées, 15.5 Instalagées de éguas pluviais 15.5.1 Critérios de dimensionamento 15.5.2 Dimensionamento das calhas 5.5.3 Dimensionamento dos condutores verticais 15.5.4 Dimensionamento dos condutores horizontais 15.6 Instalacdes de combate a incéndios 15.6.1 Caracteristicas gerais 451 451 453 456 459 463 15.6.2 Critério de dimensionamento dos hidrantes 15.6.3 Critérios de dimensionamento das tubulacdes 15.6.4 Critério de dimensionamento dos reservatorios Problemas Bibliogratia Respostas dos problemas propostos o> > db & qaannaaan a mm Lista de simbolos rea; seco ou érea molhada (m?) rea de contribuicao (m?) amplitude meandrica aceleracao (m/s?) largura superficial (m) coeficiente de deflivio. coeficiente de perda de carga de Hazen-Williams coeficiente de perda de carga fator de resisténda coeficiente de descarga coeficiente de perda de carga na entrada coeficiente de velocidade centro de gravidade celeridade (rn/s) diametro (m ou mm) diametro médio das particulas do leito diametro de recalque (m ou mm) dimenséo geométrica caracteristica (m ou mm) nimero de queda diametro nominal (mm) diametro do sedimento (rm) para o qual 90 % da mistura (em peso) é mais fina energia espectfica (m) energia critica (rm) rugosidade (rm) eficiéncia do fluxo de sedirentos eficiéncia do transporte de sedimentos " Fundamentos de Engenharia dren Fr Set ee 7 x =x = = ae > RARARA forca ou empuxo (N ou kgf) forca de atrito numero de Froude coeficiente de perda de carga Gradiente hidraulico aceleracao da gravidade (m/s?) queda util (m) altura energia (m) queda bruta (m) altura geométrica (rm) energia aplicada ou retirada por alguma maquina (m) altura manométrica (m) altura manométrica de recalque (m) altura manométrica de succao (m) altura (m) profundidade (m) distancia vertical da superficie livre a0 C.G. da area A (m) altura geométrica de recalque (m) altura geométrica de succao (rm) intensidade pluviométrica (rnrr/h) declividade (rn/m ou %) declividade critica declividade limite (rm/m) momento de inércia de superficie plana em relacao ao eixo que passa pelo C.G indice de sinuosidade perda de carga unitaria, gradiente energético (rn/m) coeficiente de perda de carga localizada coeficiente de contracio fator da formula de Bresse fator de conducao médulo de elasticidade volunétrico (Pa ou kgf! m*) fator de correcdo para determinacdo da tensao permissivel nos taludes B Ar Oo . = m sta de Sinbotoe rugosidade equivalente coeficiente de perda de carga de Scobey comprimento (m) comprimento ao longo do talvegue (rm) comprimento ao longo do vale (m) comprimento da queda (rm) largura efetiva (m) comprimento do ressalto hidraulico (rm) linha de carga linha piezométrica forca especifica (N) expoente de D na expresséo geral de perda de carga massa (kg ou kgf. sm) nivel d’&gua (rm) carga de succao requerida pela bomba (m) carga de succo disponivel na instalagao de bombeamento (m) ndimero de pilares coeficiente de rugosidade de Manning rotacao (rpm) expoente de Q na expresso geral de perda de carga velocidade especifica (rpm) coeficiente de rugosidade de Manning devido aos sedimentos coeficiente de rugosidade de Manning devido as formas do leito fluvial perimetro molhado (mn) pressao (Pa ou kgf/m?) poténcia absorvida pelo conjunto motabomba (W ou cv) poténcia absorvida pela bomba (W ou cv) poténcia hidrdulica (W ou cv) plano de carga estatico poténcia hidréulica bruta (W) poténcia hidraulica disponivel (W) poténcia hidraulica efetiva (W) pressao de vapor absoluta (Pa ou kgf/ m:) presséo resultante, pressdo pseudo-hidrostatica (Pa ou kaf/m?) 19 Funduietos de Engents vazao (m/s ou /s) vazaio dominante (m*/s) vvaz8o ficticia (m*/s ou Vs) vazao de jusante (m°/s ou V5) vazao de montante (m/s ou Vs) vaz8o a seco plena (mils ou Vis) de tempo descarga do material s6lido, em volume por unidade vvazio especifica (m*/s.m) vazao de distribuicdo em marcha (m*/s.m ou s.r) descarga solida em suspensao por unidade de largura (em peso: kgfi/s.m; em massa: kg/s.m) forca resultante (N) raio de curvatura raio hidraulico (rm) ntimero de Reynolds numero de Reynolds de arraste raio de curvatura (m) secao de controle ‘temperatura (C) ‘tempo (5) velacidade média do escoamento (m/s) velocidade a seco plena (m/s ou Ws) velocidade de escoamento (rv/5) velocidade média da carga em suspensio (rn/s) velocidade de arraste (rr/s) peso (N ou kgf) largura da faixa de meandros profundidade (m) profundidade critica (rm) profundidade hidréulica (m) profundidade normal (m) profundidade inicial (rm) distancia do C.G. da superficie plana a superficie livre, 20 wock Una de simbolos segundo o plano da superficie (rm) profundidade na parte anterior da queda (rm) distancia da linha de aco da forca resultante & superficie livre, segundo o plano da superficie (m) profundidade conjugada montante (m) profundidade conjugada jusante (m) energia ou carga de posicao (rn) inclinacao do talude cota do fundo (m) perda de carga (m) perda de carga continua (m) perda de carga localizada (m) perda de carga em curva (rm) perda de carga na succao (rm) perda de carga no recalque, perda de carga no ressaito (rn) perda de carga na transi¢ao (m) distancia entre duas sec6es, passo de célculo (m) perda de carga (rm) coeficiente da energia cinética ou de Coriolis coeficiente da quantidade de movimento ou de Boussinesq Coeficiente da expressao geral de perda de carga densidade relativa relacdo entre velocidade maxima e média peso especttico da agua (kgf/m’) peso especitico dos sedimentos (kgf/m*) diametro do rotor Angulo de repouso do material peso espectfico (Nm? ou kgf/m*) comprimento do meandro rendimento da turbina rendimento do conjunto motobornba rendimento da boriba rendimento do motor viscosidade dindmica (kg/m.s ou kaf.s/m?) viscosidade cinemética (m/s) Angulo do talude com a horizontal massa espectfica (kg/m? ou kgf.s*/m*) nu Fundamantos do Engenharia Hiden massa especifica do solido (ka/m*) dispersao granulométrica tensdo de arraste (kgf/m?) tensdo de arraste critica (kgf/m*) tensao de arraste_no leito (kgf/m’) tensdo de arraste no talude (kgf/m?) tensdo de arraste no talude (kgf/m?) tensao de arraste adimensional velocidade média de queda do sedimento (m/s) volume do fluido (m?) a Apresentacgao livro Fundamentos de Engenharia Hidrdulica teve sua origem na constataco da auséncia de um texto abrangente e atual em Hidrdulica, que atendesse as necessidades do aluno de graduacao em Engenharia Civil da UFMG. Quando da sua primeira edico, em 2002, vislumbrou-se a possibilidade de atingir um objetivo mais ambicioso: um livro de Hidraulica, que possibilitasse ao estudante de graduaco em engenharia, aos estudantes de pés-graducao lato sensu e aos profissionais atuantes nas 4reas de recursos hidricos ¢ saneamento um texto basico de Engenharia Hidraulica, com uma abordagem simples, pratica e moderna. Na presente edicao procurou-se uma ampliacdo desse escopo, de forma a atender também os estudantes de Engenharia Ambiental. Assim, foi introduzido um novo capitulo com tépicos relativos a Hidraulica Fluvial e Transporte de Sedimentos. Na presente edicao, portanto, o livro esta estruturado em 15 capitulos, agrupados, informalmente, em trés partes. Os dois primeiros capitulos tém um carater introdutério, sendo apresentados, no Capitulo 1, de forma bastante sucinta, alguns aspectos historicos da evolucdo da Engenharia Hidraulica, buscando-se também situar 0 contexto atual, as perspectivas e as tendéncias de desenvolvimento. No Capitulo 2 sao revistos topicos gerais de Mecanica de Fluidos essenciais aos estudos que serao desenvolvidos ulteriormente. A segunda parte do livro, capitulos 3 a 6, corresponde ao estudo do escoamento perma- nente em condutos forcados, enfocando os sistemas de condutos, maquinas hidraulicas e instalac6es de recalque. Na terceira parte, capftulos 7 a 12, efetua-se o estudo dos escoamentos livres em regime permanente, contemplando-se aspectos de fundamentaco tedrica e conceitual, permitindo 0 tratamento de algumas aplicacées praticas, objeto da quarta parte do livro, capitulos 13 a 15. Em um contexto bastante pragmatico, nos capitulos 13 e 14 sdo estudadas algumas estruturas hidrdulicas de uso frequente em Engenharia e, no décimo quinto capitulo, sao tratadas as instalacdes hidraulicas prediais. Cabe ressaltar que parte do material aqui apresentado, com as alteracées pertinen- tes, integrou um livro editado pela Associacdo Brasileira de Recursos Hidricos, Hidréulica Aplicada, publicado em novembro de 2001. Da mesma forma, o Capitulo 12, introduzido na presente edicao, foi embasado em um capitulo, redigido pelos autores, integrante do livro Estudos e modelagem da qualidade da agua de rios (von Sperling, 2007). Na 1° reimpressao da 3* edic3o foram efetuadas algumas pequenas correcées e adequacées de forma ao longo do texto. Os capitulos sao estruturados de modo a ilustrar a apresentacéo de cada novo tépico ‘ou conceito introduzido com um exemplo de aplicacao, resolvido no texto. Procurou-se, sempre que possivel, colocar os problemas de forma encadeada, possibilitando uma viso construtivista, mais abrangente e realista da forma de abordagem dos problemas de Engenharia Hidraulica. Ao final de cada capitulo é proposta uma série de problemas, sendo suas respostas apresentadas ao final do livro.

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