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TV Globo/Reprodução
"O cemitério era enorme, este aqui é um pedacinho, mas gente descobriu onde
está o nível das covas. Agora o que deve acontecer é que tanto o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), quanto o Departamento do
Patrimônio Histórico (DPH) vão exigir pesquisa arqueológica sempre que uma
obra acontecer aqui nesta região, que é comprovadamente um sítio", afirma
Lúcia Juliani, diretora da empresa A Lasca, contratada pela proprietária do
terreno para a consultoria arqueológica.
A área de 400 m² localizada entre as ruas Galvão Bueno e dos Aflitos, atrás da
Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, é uma propriedade particular e até o início
deste ano abrigava um prédio. A proprietária do espaço decidiu demolir o edifício
por causa de problemas estruturais e construir um novo empreendimento
comercial no local.
Terreno particular passava por obras, quando foi orientado por órgãos do patrimônio a buscar acompanhamento
arqueológico por ser vizinho a capela tombada — Foto: Marcelo Brandt/G1
“É provável que tenham mais esqueletos sob os imóveis da região. Eles não
estão no meio do sedimento, o que é muito positivo. Há prédios no entorno com
subsolos já escavados, mas alguns não foram afundados ainda", acredita a
arqueóloga Sônia Cunha, que coordena o trabalho em campo.
Mapa mostra Cemitério dos Aflitos e outros pontos no bairro da Liberdade, onde os escravos viviam e eram
mortos — Foto: Arte/G1