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Itabira
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – CAMPUS ITABIRA
Itabira
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, responsável por todas as conquistas da minha vida até
o momento, por me conduzir, me capacitar e fazer escolhas por mim que não teria sido capaz
sozinha.
Aos meus avós, Constantino Moreira e Salvadora Moreira, por sempre terem tido
orgulho de mim e terem sido grandes incentivadores, seja com palavras ou com orações, essa
conquista é dedicada especialmente a eles.
Ao meu pai, Humberto Ferreira, por esses últimos seis anos de convivência diária, por
ter sido o meu maior incentivador, por sua amizade e por sempre estar presente quando precisei.
À minha mãe, Magda Moreira por ter sido a base de minha educação e por junto com o
Vanderlei Barbieri estar sempre ao meu lado, mesmo em circunstâncias delicadas.
A todos os amigos que fiz durante essa caminhada, que mais que amigos foram
parceiros, conselheiros e família uns para os outros.
Aos professores João Carlos Guimarães e Rafael Emílio Lopes, que me auxiliaram no
desenvolvimento deste trabalho, cada qual com sua parcela de conhecimento.
The recovery of degraded areas by mining is still a major challenge for companies that
explore and counties which holds the exploration consequences. Because of the degree of
degradation that this activity causes to the environment, it is essential to plan the future use of
the degraded area when the mining activities ceases, aiming not only the recovery of the
physical environment, but also the economic and social factors. There are some acceptable
forms of recovery of degraded areas, been rehabilitation perhaps the most common, as
ecological restoration in some mining environments is considered impractical due to the high
stress that the activity caused to the environment. The rehabilitation of a degraded area must
give a new use to that ecosystem, or give new functions to an environment that had virtually
lost all its functions. This study aims to analyze the feasibility of a new use in three exhausted
mining areas in the county of Itabira. The proposed new use would be the implementation of a
solar photovoltaic power generation plant in order to mitigate some impacts caused by the end
of mining activities and develop new functions to these areas. The use of a renewable energy
generation will contribute to the diversification of Brazil's energy matrix and development of a
new market niche in the city. The locational alternatives of the project were analyzed with the
technological alternatives and the estimated amount of energy that can be generated in each
area taking into account the analysis of economic viability. Given the current market conditions
and due to the high degree of degradation of the areas studied, it was observed that the
installation of a photovoltaic solar power generation plant is presented as an impractible
alternative both as an area rehabilitation tool, as for the financial return on investment, but it is
still a viable alternative that can be further explored, due to its high potential for future
possibilities.
Keywords: Mining. Mine Closure Plan. Energy. Photovoltaic. Degraded areas recovery.
Economic Feasibility Analysis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 7 - Insolação média diária anual em horas, para Minas Gerais. .................................... 41
Figura 12 - Curva de corrente versus tensão de células de silício conectadas em série. .......... 49
Figura 17 - Delimitação hipotética e curvas de nível da mina da área degrada do Pico do Cauê.
.................................................................................................................................................. 58
Figura 21 - Delimitação da área com menor declividade dentro da área da Mina da Conceição,
onde será proposto o estudo. .................................................................................................... 62
Figura 22 - Delimitação da área com menor declividade dentro da área da Mina do Areal
Família Bragança, onde será proposto o estudo. ...................................................................... 63
Figura 23 - Radiação solar direta normal diária média anual de Minas Gerais........................ 66
Figura 24 – Distância em km entre as áreas onde está sendo proposto o estudo. .................... 77
Figura 25 - Irradiação solar no plano horizontal para localidades próximas à região estudada.
.................................................................................................................................................. 78
Tabela 2 - Eficiência das melhores células fotovoltaicas fabricadas em laboratório até 2012. 48
Tabela 4 - Locais sugeridos pela Secretária de Meio Ambiente de Itabira, Minas Gerais, para a
possível instalação de uma usina solar fotovoltaica ................................................................. 55
Tabela 6 - Parâmetros de estimativa de custos com nivelamento para cada área de estudo. ... 65
Tabela 9 – Relação de potência de geração nominal (CA) e custo (R$) das alternativas
tecnológicas para módulos de 260 Wp e 320 Wp, para as três áreas estudadas. ...................... 82
Tabela 13 - Fluxo de caixa e parâmetros de análise de viabilidade econômica dos três sistemas
estudados. ................................................................................................................................. 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 22
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 24
3. 1 MINERAÇÃO ............................................................................................................... 25
4 METODOLOGIA.................................................................................................................. 54
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 92
22
1 INTRODUÇÃO
22
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A mineração é uma atividade antrópica que pode ser considerada como recente no
Brasil, como evidência o caso da companhia Vale do Rio Doce (atual Vale) que iniciou suas
atividades em 1942 no país e desde então vem explorando as jazidas nacionais. Minas Gerais
tem um importante papel no desenvolvimento da mineração no país, uma vez que se apresenta
como berço da atividade e também como o estado que contém a maior concentração de riquezas
minerais (IBRAM, 2014).
O município de Itabira, localizado em Minas Gerais está introduzido no contexto
estratégico da história da mineração do Brasil, tendo sido um dos primeiros locais a serem
explorados, devido não só a sua riqueza, mas também a sua localização privilegiada com relação
a logística da exploração, possibilitando que fosse criada a ferrovia Minas-Espírito Santo.
Ainda não existem estudos publicados que tratam sobre a reabilitação de áreas
degradadas utilizando a construção de usinas de geração de energia solar fotovoltaica como
alternativa para reabilitação, sendo que outras minerações já adotaram para recuperação a
construção de aterros sanitários e lixões, ou áreas de lazer. Um estudo voltado para a produção
de energia, trata-se de um avanço na visão sistêmica do problema, pois de um lado propõe uma
solução para a recuperação de uma área extremamente degradada e de complexa recuperação e
de outro propõe-se a diversificação da matriz energética com uso da energia fotovoltaica, um
problema extremamente atual e que está fomentando o mercado da energia.
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DA LITERATURA
3. 1 MINERAÇÃO
Já nesta época, o estudo apresentado por Orville Derby mostrava que a região mais
favorecida em termos de concentração do mineral era o Vale do Rio Doce, localizado em Minas
Gerais, com uma estimativa de 538 milhões de toneladas, acentuada no município de Itabira do
Mato Dentro (atual Itabira), local onde também já se percebia a possibilidade de criação de uma
estrada de ferro que ligasse Minas Gerais ao Espírito Santo, onde posteriormente o minério de
ferro seria transportado a esses países pelo porto de Vitória, sendo considerada a rota mais
eficiente (PELAEZ, 1970).
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Como pode ser observado na Tabela 1, com relação as reservas atuais de minério e o
mercado atual, sabe-se que o Brasil possui aproximadamente 8% das jazidas de minério do
mundo, o equivalente a 17 bilhões de toneladas, sendo que as reservas do Brasil e da Austrália
apresentam o maior teor de ferro contido, cerca de 60% (BNDES, 2002).
Com relação a produção mundial, o Brasil está na segunda posição, com 18% da
produção total, o equivalente a 183 milhões de toneladas, atrás apenas da China. No entanto
quando se considera o conteúdo do minério de ferro, ou seja, a pureza do material, a produção
do Brasil é superior à da China (BNDES, 2002).
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Segundo dados estatísticos minerais sobre Minas Gerais, o estado é responsável por
mais de 50% da produção brasileira de minerais metálicos e a atividade está presente em mais
de 250 municípios, o equivalente a 30% dos municípios do estado. Dos dez maiores municípios
mineradores do Brasil, sete estão em Minas Gerais, sendo o município de Itabira o maior do
país. Mais de 300 minas estão atualmente em operação no Brasil, dentre as 100 maiores, 40
estão no estado e 67% destas minas são de classe A, ou seja, produzem mais de três milhões de
toneladas de minério por ano (IBRAM, 2014).
A Constituição Federal dispõe em seu art. 20, § 1º, que: "É assegurada, nos termos da
lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da
administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou
gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou
zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração"
(BRASIL, 1988).
A Lei nº 8.001, de 1990, define que a CFEM será de 3%, sobre o valor do faturamento
líquido resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de
beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.
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DNPM, que destinará 2% (dois por cento) à proteção ambiental nas regiões
mineradoras, por intermédio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA, ou de outro órgão federal competente, que o
substituir" (BRASIL, 1990).
Desta forma, percebe-se que apesar da exploração intensa, tanto União, quanto Estado,
quanto Municípios tem direito sobre parte da produção das mineradoras. Tal percentual (2%) é
bastante discutido devido ao fato de por muitas vezes autoridades o avaliarem como ineficientes
para seu propósito, que é o de compensar os danos ambientais e mudanças na dinâmica de
população dos territórios que abrangem.
Um outro aspecto que precisa ser destacado quando se fala sobre mineração é o Novo
Código da Mineração que tramita pela Câmara dos Deputados desde 2013 e tem previsão de
ser finalizado em 2016. No Novo Código vem com intuito de melhorar a forma com que se
explora e a valoração da mineração no país, mas há muitas controvérsias a respeito. Dentre os
assuntos a serem analisados sobre o Novo Marco Regulatório tem-se a questão de que é
autorizado que a mineração seja realizada em Unidades de Conservação (UCs) e a previsão de
um aumento no ritmo de exploração por meio de garantias legais visando crescimento
econômico (PEREIRA, 2013).
Um estudo realizado em 2012, denominado “Novo Marco Legal: Para quê? E para
quem? ” Levanta uma outra problemática relativa ao desenvolvimento do Novo Código da
Mineração: a falta de transparência com as questões sociais e a preocupação em atender os
interesses de empresas mineradoras. A autora chegou nesta conclusão devido à dificuldade de
se encontrar informações oficiais sobre as discussões sobre as mudanças (MALERBA, 2012).
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A mineração de ferro, objeto deste estudo, causa diversos impactos ao meio ambiente,
identificado como meios físico (biótico e abiótico), social e econômico que são muitas vezes
irreversíveis ou no mínimo difíceis de lidar. Com relação aos impactos ambientais eles são por
muitas vezes mitigados e/ou compensados pelas empresas mineradoras, porém na maioria das
vezes, são ineficientes para resiliência da área degradada ou simplesmente ignorados por tais
empresas.
Por último, mas não menos importante, tem-se os impactos sociais, muitas vezes não
lembrados, principalmente no que se trata da operação, fechamento e pós fechamento da mina,
pois além da geração de poeira e ruídos, ainda existe uma dependência econômica que reflete
na situação de empregos do local, podendo ser muito positiva ou muito negativa para
trabalhadores, causando desemprego em massa em cidades na qual a economia é dependente
da mineração.
A recuperação dessas áreas vai depender, dentre outros fatores, de uma microbiota ativa,
já que esta é uma componente chave na manutenção de um ecossistema em equilíbrio, em
virtude de sua participação na ciclagem de nutrientes e de mudanças físico-químicas necessárias
para a formação de uma camada propícia ao enraizamento e crescimento das plantas. A
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O fechamento de uma mina é composto por basicamente três etapas (IBRAM, 2013):
O fechamento de uma mina pode ser programado, ou seja, quando ele se dá como
previsto em um plano de fechamento; ou prematuro, quando ele ocorre antes do previsto pelo
plano de fechamento, precedido por suspensão temporária onde ele pode ou não voltar a
produção ou resultar em fechamento prematuro.
1. A abertura de uma mina pode significar uma mudança radical para a comunidade
anfitriã. O fechamento da mina pode também representar impactos
socioeconômicos adversos da maior importância para a comunidade, com perda
de empregos, fechamento de pequenos negócios, redução da arrecadação tributária
municipal e queda do nível de serviços públicos.
2. Toda mina modifica o ambiente de forma significativa e, muitas vezes,
permanente. A mineração é uma forma temporária de uso do solo. Ao ser
encerrada a atividade, novas formas de uso das áreas ocupadas pela mina devem
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Sanchez (2006) define que a degradação ambiental ocorre quando há perda de capital
natural (solos, vegetação ou biodiversidade), perda de funções ambientais (ex. regulação do
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regime hídrico), alteração da paisagem (relevo, resíduos, excesso de publicidade) e/ou existe
risco à saúde e segurança das pessoas (taludes instáveis, barragens, solos contaminados). Ele
define também que áreas degradadas são áreas onde os processos naturais se encontram em
desequilíbrio, onde há supressão de componentes essenciais para que sejam mantidas as funções
ecológicas, onde há presença de substâncias perigosas e/ou áreas que sofrem qualquer
perturbação percebida que seja danosa ou indesejável (SANCHÉZ, 2006).
Rudolfs de Groot, 2002, define que funções ambientais são bem e serviços ambientais
que norteiam o bem-estar humano e garantem benefícios ecológicos e sociais. É um conceito
unificador entre economistas e conservacionistas. As funções ambientais se subdividem
basicamente em funções de regulação (clima, inundação e erosão), funções de suporte (cultivos
e recreação), funções de produção (água e oxigênio) e funções de informação (valor estético e
cultural) (GROOT, 2002).
A Figura 1 apresenta a esquerda o antigo Pico do Cauê em 1942 (início das atividades
da Vale no Brasil), e a direita o que resta do Pico do Cauê - mais conhecido atualmente como
Mina do Cauê, em 2007, um ambiente que claramente foi degradado, perdeu funções ambientais
e causa perturbação local.
Sabe-se se que a mineração implica em impactos diretos indiretos, alguns deles mais
simples de mitigar e outros não, no entanto um dos aspectos mais afetados pela mineração é o
solo. Um resumo das funções do solo é dizer que ele é a matriz física, química e biológica dos
ecossistemas, ele controla a distribuição de água e a ciclagem de nutrientes, atua como filtro,
armazena carbono e é fonte de ar e nutrientes para as plantas. Perder o solo implica diretamente
na perda de funções vitais de um ecossistema, e recuperar um solo é um dos maiores desafios
da mineração (SÁNCHEZ, 2006).
Desta forma, o objeto de estudo deste trabalho está relacionado a uma forma de
recuperação de área degradada do tipo reabilitação, com o intuito de recuperar parte das funções
ambientais sejam elas diretas ou indiretas, conferindo um novo uso ao ecossistema. Vários são
os novos tipos de usos dados a um ecossistema degradado, podendo ser recreação, depósito de
resíduos, áreas comerciais, conservação e educação ambiental.
Como exemplo da reabilitação de uma área degradada por mineração, tem-se o Aterro
de Itaquera em São Paulo (Figura 2), que em 1957 iniciou a exploração como pedreira, que
durou cerca de 50 anos. Após o fim da exploração adequou-se seu uso como aterro de materiais
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inertes com a condicionante de que após a conclusão e ao fim da vida útil do aterro, o mesmo
estivesse preparado para receber edificações, ou seja, todo o processo de preenchimento da cava
haveria de ser planejado para que não comprometesse o uso futuro. Assim, a partir de 2006,
quando a cava foi completamente preenchida por materiais inertes, iniciou-se a ocupação
urbana da região, dando então uma nova função e um novo uso para a área degradada
(SUZUMURA, 2007).
O Brasil é um país com pouco mais de 200 milhões de habitantes, segundo estimativas
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e se destaca como a quinta nação mais
populosa do mundo. Em 2008, cerca de 95% da população tinha acesso à rede elétrica. (IBGE,
2016). No entanto, em termos de geração de energia elétrica, a matriz energética brasileira é
composta de 45% da energia advinda de fontes renováveis, sendo a principal a energia
hidráulica (BEN, 2014), e diante da crise hídrica que o país vem vivendo, que se aguçou
principalmente no ano de 2012 e persiste, as discussões sobre a diversificação da matriz,
geração distribuída de energia e incentivos econômicos aumentaram, fazendo com que o uso de
novas tecnologias e alternativas se tornasse mais interessante (ANA, 2014)
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, quase todas as fontes
de energia – hidráulica, biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia dos oceanos – são
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formas indiretas de energia solar. O calor do sol aquece o planeta e promove a formação de
padrões climáticos, o aquecimento dos mares, a formação de correntes oceânicas e o movimento
da atmosfera (MACHADO, 2015). No caso da geração de energia fotovoltaica, ela ocorre por
meio do contato da radiação solar com determinados materiais, que convertem essa radiação
em energia elétrica. (ANEEL, 2012). A energia solar além de renovável, em seu processo de
aproveitamento não existem emissões de poluentes atmosféricos (gases); resíduos sólidos
(lixo), emissões de efluentes (águas contaminadas e esgotos) e nem tão pouco há consumo de
outros bens naturais, como a água. O único processo existente durante a operação é de
transformação da irradiação solar, em energia elétrica.
A Eletrosul destaca que a geração fotovoltaica nos próximos anos deverá ganhar seu
devido espaço no Brasil como uma fonte que trará complementaridade a matriz energética,
aumentando também sua eficiência energética. Embora os custos de implantação de plantas de
energia fotovoltaica vêm caindo ano a ano no mundo, atualmente o custo desta energia ainda é
visto como uma barreira para a expansão do setor no país, que possui uma matriz já bastante
limpa baseada na energia hidráulica. Por esta razão, o incentivo a projetos que contribuam ao
desenvolvimento deste novo mercado é bem-vindo, inclusive a inserção desta fonte em Leilões
de Energia de Fontes Alternativas, mostra-se como um grande avanço para a tecnologia e sua
aceitação pelo mercado (ELETROSUL, 2011).
Um estudo realizado pela empresa MPX (2011), indicou que o consumo anual global
de energia elétrica até 2011 ano era de cerca de 12,5 TW, sendo previsto um aumento de
aproximadamente 36% até 2030 sendo que o potencial de energia solar que pode ser utilizado
para geração de energia elétrica no mundo pode ser estimado em 580 TW, considerando-se
apenas as áreas viáveis de implementação, ou seja, o aproveitamento integral do potencial de
energia solar fotovoltaica supriria 34 vezes o consumo global de energia elétrica (MPX, 2011).
Salienta-se que a associação de dados é apenas para enfatizar um comparativo, mas que tal
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Outro estudo denominado Global Market Outlook for Photovoltaics, aponta algumas
estratégias políticas brasileiras que visam o aumento da exploração do potencial fotovoltaico
do país, concluindo que o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no Brasil é apenas uma
questão de regulação e sensibilização política adequada, estimando que até o fim do ano de
2016 o mercado brasileiro pode chegar à geração de 1GW de energia elétrica oriunda desta
fonte (EPIA, 2013).
Estima que se toda a área alagada para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu
(1.350 km²) fosse coberta por placas solares fotovoltaicas, a usina fotovoltaica geraria cerca de
94 TWh/ano de energia a mais que a usina hidrelétrica, suprindo 40% de toda a necessidade de
energia que é consumida no Brasil, o que equivale a 20% a mais do que Itaipu fornece
(RUTHER, 2000). Salienta-se que tal estimativa é apenas um comparativo de potenciais de
exploração, pois neste caso, cobrindo Itaipu com placas de geração de energia, seriam causados
outros impactos ambientais de efeitos adversos que não entram em questão, mas é preciso
entender que apesar de ainda em desenvolvimento, a tecnologia solar tem potencial competidor
e deve ser continuamente estudada.
frias (próximas do azul) com menor. É intuitivo raciocinar que os locais onde exista maior
incidência de radiação, haverá certamente um maior retorno com relação à eficiência do
sistema, no entanto a orientação do sol e possíveis sombreamentos artificiais são uma influência
direta no funcionamento do sistema (CEPEL, 2004).
variando entre 4,5 e 6,5 kWh/m²/dia, fato que pode ser observado na Figura 7 (CEMIG, 2012).
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Segundo Pereira et al. (2006), a menor irradiação global no Brasil é de 4,25 kWh.m-2
(no litoral norte de Santa Catarina) e a maior é de 6,5 kWh.m-2 (norte da Bahia). Em virtude
disso, a irradiação solar global incidente em qualquer região do território brasileiro varia de
4.200 a 6.700 kWh.m-2.ano-1, superior às verificadas em outros países que hoje são expoentes
do uso da energia solar: 900 a 1.250 kWh/m²/ano na Alemanha; 900 a 1.650 kWh.m-2.ano-1 na
França; e 1.200 a 1.850 kWh.m-2.ano-1 na Espanha (PEREIRA et al, 2006).
Sendo assim, temos a energia solar como uma energia limpa, sustentável, renovável,
inesgotável e com um potencial de exploração no Brasil muito maior que o apresentado pelos
países que são atualmente líderes de utilização desta fonte e suas tecnologias. E apesar de todo
este potencial, o recurso não está sendo aproveitado na mesma proporção.
Em 1997, o governo federal deu um primeiro passo criando a Lei nº 9.478, que dispõe
sobre a política energética nacional e aborda o aproveitamento racional das fontes de energia
que visarão, dentre outros aspectos, buscar soluções adequadas e/ou alternativas para suprir as
demandas de energia nas diversas regiões do país, visando o aproveitamento de insumos e
tecnologias aplicáveis, além de fomentar pesquisas para o desenvolvimento de fontes
renováveis (BRASIL, 1997).
Ainda neste sentido, no mesmo ano foi promulgada no Estado de Minas Gerais a Lei
Estadual 20.849, conhecida como “Lei Solar", que institui a política estadual de incentivo ao
uso da energia solar e tem como objetivo incentivar o uso de energia solar, aumentando sua
participação na matriz energética, estimulando seu uso em áreas urbanas e rurais, contribuir
com a redução da emissão de gases do efeito estufa (GEE), reduzir a necessidade de alagar
áreas para o aproveitamento hídrico na geração, estimular a implantação de indústrias de
equipamentos e materiais utilizados em sistemas de energia solar em Minas Gerais, entre outros
aspectos (MINAS GERAIS, 2013).
Assim, atualmente tem-se discutido cada vez mais sobre o uso da energia solar
fotovoltaica como não só uma alternativa renovável de geração de energia, mas também como
uma alternativa confiável para diversificação da matriz energética devido a seu elevado
potencial e altos índices de irradiação no Brasil. Além disso, a energia solar possibilita a geração
distribuída, ou seja, geração elétrica realizada junto ou próxima do consumidor, facilitando a
logística para atendimento de pequenas comunidades rurais ou até mesmo indústrias mais
distantes da rede de distribuição.
A radiação solar é a designação atribuída à energia emitida pelo sol, em particular aquela
que é transmitida sob a forma de radiação eletromagnética. Apenas uma parte da energia
emitida pelo sol atinge definitivamente a superfície do planeta. Esta atenuação está relacionada
com a reflexão e a absorção da radiação solar na atmosfera, nas nuvens e ainda devido à difusão
provocada por partículas de pó, vapor d’água e gases poluentes que se encontram presentes no
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ar. Naturalmente, a radiação solar na superfície do planeta será menor que no exterior da
atmosfera (SMA, 2008).
“Radiação solar” é um termo genérico que pode ser referenciado em termos do fluxo de
potência, onde é chamado de irradiância solar, ou em termos de energia por unidade de área,
onde é chamado de irradiação solar (GRASSI, 2015).
Um outro termo muito importante e utilizado quando se fala de energia solar é o termo
“Horas de Sol Pleno”, que corresponde ao número equivalente de horas com radiação constante
e igual a 1 kW.m-2. Horas de Sol Pleno ou Horas de Sol de Pico (HSP) é a unidade responsável
pela medição da radiação solar, é uma unidade hipotética onde converte-se a quantidade de
radiação solar em horas de sol, a uma constante de 1 kW.m-2 (BARRETO & SCARDUA, 2016).
Sendo assim, é essencial saber captar de forma adequada a cada tipo de sistema essa
energia, e também saber armazená-la. Desta forma será abordada a geração energia solar, bem
como tipos de sistemas e tecnologias que podem ser aplicadas, com direcionamento para o tipo
de geração deste estudo: as Usinas Fotovoltaicas – UF.
BLOCO DE
BLOCO DE
BLOCO GERADOR ARMAZENAMENTO
CONDICIONAMENTO
(opcional)
Conversores cc-cc
Módulos em diferentes
associações Ponto de proteção
máxima (SPPM)
Inversores Baterias
Em 1839, Becquerel, um cientista francês, observou que ao iluminar uma solução ácida
surgia uma diferença de potencial entre os eletrodos imersos nessa solução, esta foi a primeira
constatação cientificamente comprovada sobre diferença de potencial. Em 1883 surgiram os
primeiros dispositivos fabricados em selênio que puderam ser denominados células solares u
fotovoltaicas, mas só a partir de 1950 essas células começaram a ser comercializadas, e já
naquela época atingiram eficiências de conversão relativamente altas, em torno de 6% e com
potência de 5 mW em uma área de 2 cm² (CEPEL, 2014).
A célula fotovoltaica é composta por uma camada de material tipo P justaposta a uma
camada de material tipo N que, ao serem unidas, forma-se um campo elétrico próximo a junção.
Quando ela é exposta à luz, a energia dos fótons da luz do sol permite que elétrons presentes na
camada P consigam passar para a camada N, criando uma diferença de potencial nas
extremidades do semicondutor. Se forem conectados fios às extremidades e estes forem ligados
a uma carga, haverá um fluxo de corrente elétrica, fazendo os elétrons retornarem para a camada
P, reiniciando o processo. Em resumo, a luz do Sol fornece energia para impulsionar os elétrons
em um só sentido, estabelecendo assim, a corrente elétrica. Tal processo está demonstrado na
Figura 11 (ELETROSUL, 2005).
Green et al. (2013), apresentaram um estudo que considerou a eficiência das células
fotovoltaicas com diferentes materiais e tecnologias (Tabela 2). Observa-se que os materiais
mais comercializados apontam uma maior eficiência, ou seja, os de primeira geração onde
destaca-se os de Silício Monocristalino, com 25%. Ressalta-se que as demais tecnologias,
apesar de não se apresentarem com eficiência tal qual as tecnologias de primeira geração,
devem estar continuamente sendo estudadas, visando sempre o aprimoramento e
desenvolvimento afim de buscar as melhores alternativas.
Tabela 2 - Eficiência das melhores células fotovoltaicas fabricadas em laboratório até 2012.
Tecnologia Eficiência
1ª Geração Monocristalino 25,0%
Policristalino 20,5%
2ª Geração (Filmes CIGS 19,5%
finos) CdTe 18,5%
Silício Amorfo 10,0%
3ª Geração Multijunção 13,4%
Outro aspecto importante a ser considerado na escolha das placas é a área ocupada pelas
mesmas, uma vez que em muitos projetos fotovoltaicos a área disponível para instalação do
painel é um fator restritivo. A Tabela 3 apresenta uma relação entre tecnologias e área ocupada
(CEPEL, 2014).
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Nas associações em série as tensões são somadas e a corrente e igual entre os dispositivos,
Figura 12. Se os dispositivos são iguais e estão expostos às mesmas condições ambientais, então
as correntes individuais serão iguais. Caso as correntes dos dispositivos sejam diferentes, o
sistema fica limitado pela menor corrente (CEPEL, 2014).
3.3.3 Inversores
proteção adequado ao tipo de instalação e garantia de fábrica (CEPEL, 2014). A maioria dos
inversores comercializados atualmente possuem display incorporado onde é possível monitorar
as funções e os dados do sistema e, de um modo geral, a garantia do fabricante para este
equipamento é de cerca de 10 anos.
Assim, temos que tomados os devidos cuidados quanto à escolha dos equipamentos,
arranjos, tecnologias e considerando-se dados reais com relação às características locais do
empreendimento, torna-se interessante o estudo de análise de viabilidade de implantação de
uma usina fotovoltaica em substituição das atividades minerárias.
4 METODOLOGIA
As áreas iniciais deste estudo foram levantadas pela Fundação Estadual do Meio
Ambiente de Minas Gerais – FEAM-MG, juntamente com a Secretária Municipal do Meio
Ambiente de Itabira – SMMA. Os dois órgãos estão em conjunto realizando um estudo paralelo
sobre o potencial de implantação de um sistema fotovoltaico em consórcio com a reabilitação
de áreas degradadas. Assim, a SMMA forneceu uma lista das possíveis localizações do
empreendimento; desta lista, retirou-se três áreas que se localizam em área de mineração de
propriedade da empresa Vale. A Tabela 4 apresenta a localização geográfica das áreas de
estudo.
Tabela 4 - Locais sugeridos pela Secretária de Meio Ambiente de Itabira, Minas Gerais, para
a possível instalação de uma usina solar fotovoltaica
planialtímetrico da macrorregião estudada, ou seja, uma visão geral das três áreas: Mina do
Cauê, Mina Conceição e Areal Família Bragança.
Assim, diante do apresentado, foi realizada uma análise das opções afim de dar subsídios
técnicos à escolha ou não desses locais para instalação do empreendimento, a partir da
viabilidade dos locais, principalmente em termos de potencial energético e econômicos. Os
critérios estudados foram baseados nas caracterizações físicas das áreas, levando-se em conta a
disponibilidade de área para implantação da Usina Fotovoltaica, a declividade do terreno e a
radiação incidente sobre cada área.
(disponibilizada pela Vale) com a degradação visual, obtendo-se então uma delimitação
hipotética da área, afim de focar o estudo nas áreas degradadas.
Figura 17 - Delimitação hipotética e curvas de nível da mina da área degrada do Pico do Cauê.
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Figura 20 - Delimitação da área com menor declividade dentro da área da Mina do Cauê, onde será proposto o estudo.
62
Figura 211 - Delimitação da área com menor declividade dentro da área da Mina da Conceição, onde será proposto o estudo.
63
Figura 22 - Delimitação da área com menor declividade dentro da área da Mina do Areal Família Bragança, onde será proposto o estudo.
64
Onde:
Distância (m)
Mina Área (m²) Horizontal Vertical Declividade
Cauê 9.000 250 40 16.00%
Conceição 9.300 420 60 14.29%
Areal 230 150 40 26.67%
Fonte (Elaborado pelo autor)
Desta forma tem-se a área disponível para realização do estudo e a declividade das
mesmas, a partir desses dados serão iniciadas as discussões relativas à viabilidade de
implantação do empreendimento. Salienta-se que os valores encontrados para declividade são
superiores aos valores indicados para implantação de sistemas de geração fotovoltaica (cerca
de 3%), desta forma, em caso de implantação do empreendimento em qualquer das três áreas,
64
65
será necessária a realização de intervenções civis com relação a terraplanagem com fins de
nivelamento, para que seja possível a geração fotovoltaica.
Tabela 6 - Parâmetros de estimativa de custos com nivelamento para cada área de estudo.
Com relação a irradiação no plano inclinado, o sistema do Cresesb oferece 3 resultados que
variam com a inclinação e são sugeridos como inclinação a ser utilizada no projeto do sistema
fotovoltaico, sendo eles:
A escolha entre as inclinações varia conforme a atividade final do projeto. Neste trabalho
consideraremos o ângulo com maior média diária anual de irradiação, utilizada no caso de
aplicações de sistema solares conectados à rede de distribuição dentro do Sistema Nacional
interligado, definido pela Resolução Normativa da Aneel nº 482/12.
Figura 233 - Radiação solar direta normal diária média anual de Minas Gerais.
a) Potência máxima;
b) Eficiência do módulo;
c) Tensão máxima;
d) Corrente máxima;
68
e) Área do módulo;
f) Material;
g) Custo unitário.
Dos critérios citados, considerou-se como decisivos para escolha da tecnologia do módulo
a área do módulo, o custo unitário, a potência máxima e por fim a eficiência. Selecionou-se
uma placa com potência de 260 Wp e uma de 320 Wp. Fez-se a analise de geração de energia
e análise econômica para as duas peças, e por final apontou-se qual delas apresentava-se como
alternativa mais viável economicamente.
4.3.2. Inversores
O inversor é um dos principais elementos de um sistema fotovoltaico, sua importância é
tão grande que muitos fabricantes se referem a ele como o coração do sistema fotovoltaico,
sendo ele o responsável pela conversão da energia do sistema de corrente contínua (CC) para
corrente alternada (CA). Além de converter a energia, o inversor também garante a segurança
do sistema e gera dados de monitoramento do desempenho por meio de um display (IHM).
Neste tipo de instalação os inversores estão instalados em locais abertos e expostos ao calor
do sol, assim recomenda-se a escolha de um inversor com potencial igual ou superior ao
potencial do gerador, no entanto, considera-se o fato de que o sistema não irá produzir 100%
do seu potencial. Segundo informações do Portal Solar (2016), o dimensionamento do inversor
pode ser até 20% menor em termos de potencial, do que a potência nominal do gerador.
Neste estudo o sistema estará conectado à rede, ou seja, considerou-se inversores do tipo
grid-tie, e, para assegurar que a tecnologia de inversor escolhida seja de confiança, considerou-
se os seguintes critérios mínimos:
a) Inversor solar com transformador: critério exigido pela distribuidora Cemig, para
este tipo de sistema;
b) Grau de proteção IP 55: recomendação da NBR IEC 60529, para sistemas
instalados em locais abertos;
c) Garantia do inversor: garantia de fábrica de pelo menos 5 anos.
a) Potência nominal;
b) Tensão de saída;
69
Escolhido o gerador adequado para cada área, calcula-se então o fator de dimensionamento
do inversor – FDI conforme equação 2. O FDI é a relação entre a potência máxima do inversor
e a potência nominal máxima do gerador fotovoltaico. Recomenda-se um FDI superior a 0,6,
afim de não se perder produtividade do sistema. O FDI indica a capacidade do inversor com
relação a potência máxima do gerador (PEREIRA & GONÇALVES, 2008).
𝑃𝑁𝑐𝑎 (𝑊)
𝐹𝐷𝐼 = (2)
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝)
Onde:
FDI: Fator de dimensionamento do inversor;
PNca: Potencia nominal em corrente alternada do inversor;
PFV: Potencia de pico do painel fotovoltaico.
Assim, a escolha do inversor atendeu o FDI.
𝐴 𝑥 80% [𝑚2 ]
𝑁= (3)
𝑎 [𝑚²]
Onde:
N: número de placas solares a serem usadas.
A: área de proposta do estudo com declividade menos acentuada (m²).
a: área unitária da placa solar escolhida (m²).
70
Desta forma, tem-se o número de painéis possíveis de instalar em cada área. Assim, estima-
se a potência que será instalada em cada uma das três áreas estudadas.
𝑃𝑖 = 𝑁 𝑥 𝑃𝑢[𝑊𝑝] (4)
Onde:
Pi: potência nominal instalada (Wp).
N: número de placas solares utilizadas.
Pu: potência nominal das placas escolhidas (Wp)
Neste estudo optou-se por utilizar o menor número de inversores que atendam a no
mínimo 85% da potência de geração e apresentem FDI superior a 0,6.
Onde:
Onde:
Onde:
Onde:
PCC: Potência corrigida (Wp)
PCC,STC: Potência em corrente contínua pela composição dos módulos (Wp)
FTA: Fator de conversão
Onde:
EC: Eficiência de conversão CC/CA.
PCA: Potência CA à saída do inversor.
PCC,STC: Potência em corrente contínua pela composição dos módulos (Wp).
FTA: Fator de conversão em função da temperatura dos módulos.
FDM: Fator de conversão em função do descascamento (0,97).
FTF: Fator de conversão em função das tolerâncias de fabricação (0,98).
FSM: Fator de conversão em função da sujeira dos módulos (0,96).
72
𝐸 = 𝐼𝑑 𝑥 𝐴 𝑥 η𝑚 (10)
Onde:
E: Energia diária (kWh/dia).
Id: Energia por m²/dia.
A: Área do painel FV (m²).
ηm: Eficiência média total do sistema ao longo do dia.
Onde:
η1-Sol: Eficiência de conversão a 1-Sol.
1-Sol é referente a irradiância de 1000 (kWh/m².dia) ao sol do meio dia.
Onde:
E: Energia gerada por ano [kWh/ano].
PCA: Potência CA à saída do inversor [kWp].
FC: Fator de capacidade.
8670: Quantidade de horas por ano [h]
(ℎ/𝑑𝑖𝑎_𝑑𝑒_𝑝𝑖𝑐𝑜_𝑑𝑒_𝑠𝑜𝑙)
𝐹𝐶 = (14)
24 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
No Brasil os valores de FC variam entre 0,18 a 0,23, com ângulo fixo de inclinação
(L+15°), voltado para o norte.
Nesta fase do projeto, utiliza-se como base de cálculos e métodos o livro Principles os
Corporate Finance de Matthew Will (WILL, 2011).
Nesta etapa do trabalho já se tem o valor do investimento para cada projeto analisado,
considera-se que o custo total do empreendimento é a soma do custo com nivelamento, com o
valor do investimento (módulos + inversores) e o custo com manutenção, que é estimado em
20% do valor do investimento ao longo da vida útil do sistema, que é de 25 anos segundo a
garantia dos fabricantes.
Sendo assim, para este trabalho adota-se a taxa de juros de incentivo do BNDES
composta da seguinte forma (BNDES, 2016):
Taxa de juros a longo prazo para o mês de Abril a Junho de 2016: 7,5%;
74
Como parâmetros de projeto temos o valor da tarifa vigente para o grupo B1 Residencial
Normal em 0,51 R$/kWh em junho de 2016 (CEMIG, 2016) e tem-se o Fator de Emissão de
Gás Carbonico – CO2 calculado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia em 0,1244
tCO2/MWh (MCT, 2015).
Onde:
C: Custo total do investimento
nM: Número dos módulos
R$M: Valor unitário do módulo
nI: Número de inversores
R$I: Valor unitário dos inversores
m: Percentual de manutenção
(1+𝑘)𝑛 𝑥 𝑘
𝐹𝑅𝐶 = (16)
(1+𝑘)𝑛 − 1
Onde:
FRC: Fator de Recuperação de Capital
k: Taxa de Juros ao ano (a.a.) SELIC vigente
n: vida útil dos módulos
𝐵𝐴 = 𝐸𝑃 𝑥 𝑡 (17)
Onde:
BA: Benefício Anual (R$/ano)
EP: Energia produzida pelo sistema por ano (kWh/ano)
t: Tarifa de energia vigente (R$/kWh)
Onde:
BAL: Benefício Líquido Anual (R$/ano)
cM: Custo dos módulos (R$)
cI: Custo dos inversores (R$)
I: Investimento (R$)
FRC: Fator de recuperação de capital
M: Custo com manutenção (R$)
O VPL total do projeto foi estimado considerando a taxa de juros, o fluxo de caixa total,
menos o valor do investimento. Este valor refere-se ao lucro total do investimento ao longo de
todo o projeto, ou seja, dos 25 anos.
Por último fez-se a análise de sensibilidade das variáveis econômicas estimando qual
seria o impacto da alteração em -40%, -20%, 20% e 40% no benefício, dos parâmetros de taxa
de juros, custo do investimento e valor da tarifa.
77
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Descrição das minas estudadas
Segundo informações da Vale (2016), as minas do Cauê e Conceição estão com suas
atividades minerárias já finalizadas, ou seja, suas áreas de mineração estão exauridas. Já a área
do Areal Família Bragança é uma área particular onde havia mineração de areia, atividade que
também já foi finalizada. Apesar de não ser de posse da Vale, a empresa detém a propriedade
do subsolo local, ou seja, o direito de exploração segundo as normas do DNPM (Vale, 2016).
Figura 244 – Distância em km entre as áreas onde está sendo proposto o estudo.
Estando situada entre as latitudes 19° e 20° Sul e meridianos 43° e 44° Oeste, esta
posição confere a região Sudeste uma forte radiação solar. Local de clima Tropical de Altitude
Cwa, segundo classificação climática de Koppen, a região Sudeste possui temperatura média
máxima de 25°C e a mínima de 15°C (ALVARES et al., 2013).
Com relação à irradiação, como os pontos estudados estão próximos entre si, a uma
distância máxima de 11,5km (Ponto da Mina Conceição até o ponto da Mina do Cauê), utilizou-
se os mesmos dados de irradiação para as três áreas de estudo.
Figura 25 - Irradiação solar no plano horizontal para localidades próximas à região estudada.
A análise em plano inclinado apresenta a irradiação que foi utilizada para os cálculos de
geração de energia, indicando que a média de irradiação foi de 4,78 kWh/m².dia. Os maiores
picos ocorreram nos meses de março (5,42 kWh/m².dia) e julho (5,30 kWh/m².dia), e os
menores picos ocorreram nos meses de junho (4,35 kWh/m².dia) e outubro (4,36 kWh/m².dia).
Os resultados discutidos estão expostos na Figura 26.
79
Percebe-se então há uma variação entre os resultados, assim admite-se neste estudo o
menor valor de irradiação, o fornecido pelo Cresesb, com valor de 4,35 kW/m².dia no plano
inclinado, afim de tornar o estudo mais confiável.
a Mina do Cauê, aproximadamente 9% para a Mina Conceição e 35% para a área do Areal,
sendo este último o maior aproveitamento.
Este é um fato importante a ser levado em conta quando o estudo trata-se de uma
alternativa para reabilitação de área degradada, ou seja, esperava-se que a área a ser
reaproveitada devesse ser um pouco maior, afim de haver uma maior recuperação. No entanto,
81
ainda assim a pequena parcela possui características físicas consideradas aproveitáveis para a
geração de energia elétrica.
O levantamento se deu com quatro marcas que atendiam os quesitos mínimos: Canadian
Solar (origem no Canadá), Globo Brasil (origem brasileira), Komaes (China), Kyocera (Japão)
e Solar Word (origem alemã). Todas as opções em Sílicio Policristalino, material com maior de
índice de comercialização e que possui uma eficiência um pouco menor porém com custo mais
atrativo. A relação está expressa na Tabela 8.
Outra alternativa que se destacou foi a da Globo Brasil de 320 Wp, devido ao sua
potência nominal elevada e à sua elevada eficiência.
82
Assim, o estudo de viabilidade foi realizado para ambas as alternativas, afim de ser
verificado qual apresentaria os melhores resultados ao longo do estudo.
A primeira análise foi composta dos resultados sobre custos do investimento e potência
nominal de geração. De acordo com a Tabela 9, observa-se que a alternativa de 260 Wp
apresenta custo com módulos aproximadamente 34% menos onerosos do que os custos da
alternativa de 320 Wp. Em contrapartida, a alternativa de 320 Wp apresenta cerca de 3,5% mais
potência de geração do que a alternativa de 260 Wp.
Tabela 9 – Relação de potência de geração nominal (CA) e custo (R$) das alternativas
tecnológicas para módulos de 260 Wp e 320 Wp, para as três áreas estudadas.
Potência Máxima
Marca Modelo Eficiência Custo
de saída
[kW] [%] [R$]
Kaco 72.0TL3PARK 72 98,3 R$ 52.033,00
Fronius Symo 20.0-3-M light 20 98,0 R$ 31.390,00
Fronius Symo 12.5-3-M 12.5 98,0 R$ 23.690,00
Fonte (Elaborado pelo autor)
Assim, sabendo-se que o inversor pode ser dimensionado de modo a atender entre 15%
e 20% a menos do que o potencial nominal de geração, tem-se que:
83
Desta forma, foi possível estimar o custo total de investimento inicial no sistema para
cada área de estudo (Tabela 11), levando-se em conta o custo dos módulos e inversores, o custo
de manutenção (2% a.a.) e o valor do nivelamento do terreno. Os custos foram estimados para
ambas as tecnologias de módulos (260 Wp e 320 Wp).
Custos [R$]
Mina Total
Módulos Inversor Manutenção Nivelamento
260 Wp 253,067.48 6,102.01 319,864.99
Cauê 52,033.00 8,662.50
320 Wp 339,015.46 6,780.31 345,795.77
260 Wp 377,300.61 9,688.27 515,781.87
Conceição 107,113.00 21,679.98
320 Wp 505,441.24 10,108.82 515,550.06
260 Wp 36,809.82 1,210.00 62,465.81
Areal 23,690.00 756.00
320 Wp 49,311.34 986.23 50,297.57
Fonte (Elaborado pelo autor)
Selecionou-se então para cada área, aquela que demandou de um menor custo de
investimento total de um modo geral. Estruturou-se o projeto então da seguinte forma:
Menezes (2008) diz que as células fotovoltaicas operam em temperaturas cerca de 35°C
acima da temperatura ambiente, o que condiz com o resultado encontrado de 65°C. Este fator
influência diretamente na eficiência da conversão CA/CC do sistema, que foi calculada em
54%.
O fator de capacidade calculado nos sistemas foi de 0,18 em todas as áreas, tal parâmetro
também foi estimado com base na irradiação incidente, o que justifica ser igual nos três
sistemas. O valor encontrado para o fator de capacidade está dentro do estimado para o Brasil,
que varia entre 0,18 a 0,23, com módulos com ângulo de inclinação fixo (L+15°C), voltado
para o Norte (MENEZES, 2008).
85
Por último temos o Payback, que refere-se ao período em que os retornos financeiros
do investimento, descontado a taxa de juros fixa de 10%, equivale ao valor investido. Sabe-se
que quanto maior o Payback, maiores são as incertezas de retorno do projeto. Assim, temos que
os projetos Mina do Cauê e Mina Conceição retornaram um Payback de 17 anos e o Areal
retornou um Payback de 14 anos.
Desta forma, em uma análise de risco de viabilidade obtemos que o projeto com menor
risco de investimento de um modo geral, mesmo retornando um VPL menor, é a área da Mina
do Areal.
É natural pensar que uma área maior tem maior potencial de geração de energia e
consequentemente pode trazer um maior retorno acumulado ao longo da vida útil do projeto.
Tal resultado pode ser observado no Gráfico 1. Onde observa-se que a Mina Conceição traz um
maior retorno financeiro ao longo da vida útil do projeto, da ordem de R$897.310,92 ao fim
dos 25 anos; seguido do projeto do Cauê que traz um retorno financeiro da ordem de
R$741.067,17; e por fim a Mina do Areal que traz um retorno bem menor, da ordem de
R$86.365,62.
87
R$800,000.00 R$86,365.62
R$600,000.00
R$400,000.00
R$200,000.00
R$0.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
(R$200,000.00)
(R$400,000.00)
(R$600,000.00)
(R$800,000.00)
Vida útil do projeto (ano)
R$ 100,000.00
R$ 80,000.00
R$ 60,000.00
R$ 40,000.00
R$ 20,000.00
R$ 0.00
-40 -20 0 20
R$ 8,000.00
R$ 6,000.00
R$ 4,000.00
R$ 2,000.00
R$ 0.00
-40 -20 0 20
É curioso observar que o custo dos equipamentos e o valor da taxa de juros pouco
influenciam os resultados de benefício.
89
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto que a proposta do estudo seria a reabilitação de uma área degradada
com a implantação de sistema fotovoltaico, percebe-se que tal objetivo apresenta-se como não
sendo a melhor alternativa de reabilitação na área. Tal fato deve-se principalmente à acentuada
declividade do terreno e sua irregularidade, o que não é indicado para este tipo de instalação,
devido ao fato de que a inclinação adequada do painel é um dos fatores que garante a eficiência
energética do sistema.
Ressalta-se que o tratamento do terreno é um fator a ser considerado para este tipo de
empreendimento, visto que a área degradada possui uma grande extensão e seu aproveitamento
pode ser continuamente estudado, inclusive para a implantação de usina fotovoltaica em toda
área disponível, o que aumentaria consideravelmente a quantidade de energia gerada e mudaria
completamente os resultados da análise econômica.
Com relação aos parâmetros econômicos, observou-se que a tarifa de energia é o fator
que mais influenciou os resultados. Sabe-se que em tempos de crise hídrica no Brasil, é
necessário o acionamento de energia por termelétricas, o que faz com que a tarifa de energia
elétrica aumente de valor. Neste cenário a utilização de sistemas solares como proposto neste
estudo aumentam significativamente o benefício do projeto.
De um modo geral, nas atuais condições fiscais e econômicas apresentadas, bem como
nas condições físicas discutidas, temos que o projeto proposto não deve ser considerado como
forma de reabilitação ideal por não cumprir seus dois principais objetivos:
Assim, conclui-se que devem ser continuamente estudadas opções tanto para a
recuperação por áreas degradadas por mineração, quanto opções para a diversificação da matriz
energética, pois são dois gargalos delicados para o Brasil. Os incentivos fiscais, atrelados a
novas pesquisas podem vir a futuramente tornar economicamente e ambientalmente viável a
instalação deste projeto, mas no cenário atual observa-se que o investimento é inviável e não
tem potencial para cumprir seus objetivos.
91
Busca por tecnologias aplicáveis em áreas com declive mais acentuado, como
placas solares móveis, que recebem uma maior quantidade de radiação direta e
possuem menores perdas, onde seria possível ter um maior aproveitamento da
área degradada e a proposta ser válida como alternativa de reabilitação de área
minerada.
Análise sobre a possibilidade de tratamento dos terrenos, afim de amenizar a
declividade local e propiciar um maior aproveitamento da área.
Análise da viabilidade de implantação de outros sistemas de recuperação de área
degradada para as áreas mineradas em questão, como aterros sanitários,
loteamentos, áreas de lazer ou a instalação de algum outro tipo de
empreendimento.
Pesquisas relacionadas ao encarecimento das tecnologias importadas devido aos
elevados impostos aplicados nas tecnologias. Além da possibilidade estudo
sobre um aumento no incentivo de fabricação nacional das peças de energia solar
fotovoltaica, afim de criar novos nichos de mercado e diminuir os custos fiscais
que são aplicados à importação das tecnologias.
Realização de um estudo sobre os impactos ambientais reais das áreas
mineradas, afim de intensificar os questionamentos acerca da importância do
planejamento do fechamento de mina.
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