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NOÇÕES SOBRE ESTABILIDADE DOS S E P

Estabilidade é a propriedade de um SEP em se manter em um


estado de equilíbrio de operação, sob condições normais e, de se
recuperar para um novo estado equilibrado, aceitável, depois de ser
submetido a um distúrbio.

I)-Estabilidade Angular é a habilidade das máquinas síncronas de


um SEP em se manterem em sincronismo. O estudo da estabilidade
envolve a determinação das oscilações mecânicas das máquinas após
um distúrbio. Depois de um certo limite, um aumento entre a
separação angular das diversas máquinas é acompanhado por uma
diminuição das transferências de potência para o SEP. Isto aumenta
mais ainda as separações angulares (sobre e sub-velocidade),
levando à Instabilidade.
-A perda de Sincronismo pode ocorrer entre uma máquina e o SEP,
ou entre grupo de máquinas e o SEP, ou ainda entre SEPs diferentes
ligados por interlinks.

O sincronismo pode ser mantido dentro de cada grupo, após a


separação dos outros em ilhas?.
Pequenas e Grandes Perturbações:
• Caracterização 1 - Pequenas Perturbações: é a habilidade de
um SEP em manter a estabilidade sob pequenas perturbações
angulares.
• -Instabilidade não-oscilatória: conjugado de sincronização
insatisfatória;
• -Instabilidade oscilatória: conjugado de amortização
insatisfatório; ação de controle instável

• Caracterização 2 - Grandes Perturbações.


• (Transient Stability, Mid-term Stability, Long-term Stability): é a
habilidade de um SEP em manter a estabilidade, quando
submetido a um distúrbio transitório severo. Supõe grandes
excursões angulares, dependendo das condições iniciais e do
distúrbio
Estabilidade Transitória, Meio e Longo-Termo:
Transient Stability:
• - Grandes distúrbios: faltas, desligamentos, religamentos; etc.;
• - 1ª oscilação aperiódica;
• - Período de estudo até 10 s... ?

Mid-term Stability:
• -Excursões acentuadas de tensão e frequência;
• -Dinâmica rápida e lenta;
• -Período de estudo até vários minutos...

Long-term Stability:
• -Frequência do sistema uniforme;
• -Dinâmica lenta;
• -Período de estudo de dezenas de minutos...
EFEITOS DAS PERDAS DE SINCRONISMO:

• -Oscilações severas de tensão;


• -Desligamento de cargas e de parte da geração;
• -Atuação falsa da proteção;
• -Separação do sistema interligado;
• -Separação do SEP em subsistemas (ilhas);
• -Parada sequencial de usinas, ou mesmo, parada total
(“black out”);
• -Degradação de partes mecânicas e do isolamento elétrico;
• -Corte de consumidores e interrupção total ou parcial do
faturamento; etc.
CARACTERÍSTICAS ANGULARES DAS M. SÍNCRONAS:
F
jXs
A Ef Vt
I

Ef

 jXs I 

 Vt

|V | . | I | .|E | .sen |V | .|E | .sen


Pe  |V | . | I | .cos
t f t f
 
t
X .| I |
s X s

|V | . | I | . [|E | .cos  |V |] t |V | . [|E | .cos  |V |]


Qe  |V | . | I | .sen
t f t f t
 
t
X .| I |
s X s
PEQUENA VARIAÇÃO Pm, ROTOR CILÍNDRICO

|V | . | E | .sen
f
Pe Pmax
Pe  t
P . sen 
X s
max

Pmo

0
0 o o+ 90 º 180 º 

pequenas oscilações em torno de o + 

Pm /  > 0, pequenas oscilações em torno de o + , se Pm pequeno


Máquinas Síncronas de Pólos Salientes: (ver
deduções), regime permanente

Pmax

Pmo

0 90o 180o 

|E
2

Pe  f
| . |V t
|
. sen  
|V | . ( X
t d
 X q
)
. sen 2 
X d 2 X d
. X q
A CURVA P X  DEPENDE DE Ef:

• A maior potência que um gerador pode liberar depende do


valor da tensão de excitação Ef. A excitação depende das
condições de operação do SEP. Em geral, os geradores terão
seu valor de corrente de excitação ajustado, manualmente ou
automaticamente, para manter a sua tensão terminal em um
valor pré determinado, dentro de uma faixa de + 5 % da
tensão nominal.

• Com um aumento de carga, um aumento na excitação ocorre,


mudando a sua curva P x . Se a carga varia lentamente, então
a tensão de excitação também mudará lentamente, mantendo a
tensão terminal.
EXEMPLO DA VARIAÇÃO DE Pmax COM Ef :

E1, Xs Xe E2

Para carga inicial 0 e Xs = 1,0; Xe = 1,0; Ef = Vt = 1,0

1,0 x 1,0
P  sen   0,5 sen 
1,0  1,0

0,85
Curva c Pmo = 0,85 Pmax = 0,85
0,62
Curva b Pmo = 0,50 Pmax = 0,62
0,50
Curva a Pmo = 0,00 Pmax = 0,50

o 90 º 180 º 
................... Lugar dos pontos de operação iniciais
CONDIÇÃO DE ESTABILIDADE

Se uma carga > que 0,85 é solicitada, na condição Curva


c, Pmo = 0,85 Pmax = 0,85, então o ângulo inicial é maior
que 90º e dP/d < 0. O gerador não tem mais a
possibilidade de aumentar a potência fornecida, sem
correção na excitação.

Condição de estabilidade: dP/d > 0.

-dP/d é chamado de coeficiente de potência de


sincronização.

- com perdas resistivas, cargas intermediárias, etc. o


critério é + complicado. Mas, o conceito do sinal de
dP/d pode ser considerado em muitas aplicações.
ESTABILIDADE ANGULAR TRANSITÓRIA (grandes perturbações)
Para a estabilidade angular transitória, uma das modelagens
mais simples para a máquina síncrona supõe a tensão constante,
atrás da reatância transitória X´d. Esta modelagem para grandes
distúrbios será aqui considerada para a análise básica (critério de
áreas iguais, sem controle do sistema de excitação, sem
amortecimento, sem perdas nas resistências, sem ação dos
reguladores de velocidade, tc.)
Ocorrências Básicas:

- Grande variação de cargas em geradores e motores síncronos;

- Abertura de circuitos, manobras;

- Mudanças de configuração das redes;

- Faltas equilibradas 3 e assimétricas, religamento;

- Ângulo crítico de abertura dos disjuntores, tempo crítico de abertura.


CONCEITOS BÁSICOS, ESTABILIDADE TRANSITÓRIA
Em uma análise de estabilidade estática, as tensões nas máquinas Ef se
referem às tensões atrás das reatâncias síncronas (Xs  1,0; Xd  1,2 p.u e Xd
 0,7 p.u) e na análise de estabilidade transitória, as tensões E´ se referem às
tensões atrás das reatâncias transitórias (X ´d  0,35 p.u). Uma análise
conceitual pode ser abordada pelo Critério das Áreas Iguais
1) - Variação da carga em um motor síncrono: Pm0  Pm1

Vt I E´ E´ = Vt – jX´d :  e  (ângulos)

P é a potência solicitada da barra infinita:


Vt
´ ´
-j X´d. I |Vt | .| E | |Vt | .| E |
I Pe  sen  P 
X
´ max
E´ X d
s

-Para motores os ângulos  são atrasados em relação a V t .


ÁREA IGUAIS: PERTURBAÇÃO EM MOTOR, de Pmo a Pm1:

Pe

Pe
max
A2
A1
Pm1

Pmo

0o o  f max 90o 180o  Estável

A2 = A1 ??, 1ª. Oscilação, até max


Oscilações em torno de  f no tempo
t
ÁREAS IGUAIS:
Energia   C . d  ; como : P  w . C 

 P . d  Energia
 Então, A1 é uma área proporcional à energia perdida na
frenagem do motor. A2 é uma área proporcional à energia
recuperada, na 1ª oscilação. (ÁREAS IGUAIS)

O motor oscilará em torno de f, na 1ª oscilação, se ele for


estável para a perturbação P = Pm1 – Pmo. Mas, deve-se
lembrar que se ele passar pelo teste da primeira oscilação, ele
oscilará durante um certo tempo. No regime permanente final, ele
trabalhará em uma curva Px de regime permanente (utilização de
Ef, atrás de Xs para uma máquina de rotor cilíndrico, ou de Xd e
Xq, para uma máquina de pólos salientes), para as condições de
regime permanente, dadas pelo novo ponto de funcionamento.
MSRC e MSPS
Para M.S. Rotor Cilíndrico:

Pe

Transitória X ´d, E´

Permanente X s, Ef


Para M.S. de Polos Salientes:

Pe
Transitória X´d , E´

Permanente X d, Xq, Ef


2)-PARA UMA PERTURBAÇÃO NO MOTOR >> QUE A
ANTERIOR: MSRC
A1
Pe max
A2
Pm1

Pm0
0,0
0 o f  max 180o
Oscilações em torno de  f
 limite

-O ângulo de excursão  ultrapassou 90º, mas Pe, ainda é > Pm1,


isto é, o rotor pode voltar para o ângulo final de equilíbrio f. O
ângulo  =  máx de excursão não pode ultrapassar o ângulo limite
limite =  -  f. Naturalmente, as excursões angulares
dependerão da perturbação P = Pm1 – Pmo. Ultrapassado o ângulo
 limite não há como retornar. O ângulo crescerá indefinidamente e
isto é um sinal de instabilidade angular.
3) - VARIAÇÃO DE P ÚTIL NA TURBINA DE UM GERADOR
SÍNCRONO, Pm0  Pm1
E´ I Vt E´

 + jX´d . I

I Vt
E´ = Vt + j X´d. I

-A análise é idêntica à do motor. Agora, para geradores, os ângulos  são adiantados em


relação a Vt. Quando se aumenta a Potência mecânica Pm, o gerador tende a aumentar a
sua velocidade, aumentando o seu ângulo . Quando ele passa do ângulo f ele sofre
uma frenagem, pois Pe > Pm1, na figura.
Pe
Pe max
A1 A2

Pm1

Pm0

0
0oo f max 90o 180o  Estável
Curva de oscilação  x t:

max
f ou 1

0

t0 t
4) - DIFERENTES SITUAÇÕES P X  PARA GERADORES
SÍNCRONOS:
Ef V

Pm0 1 2

Falta ??

1 1- Antes da falta

2 2- Desligamento da LT em falta

3 3- Falta fase-terra

4 4- Falta fase-fase

5 5- Falta fase-fase-terra Durante a falta

6 6- Falta trifásica


5) Abertura dos disjuntores 1 e 2: 2 LTs para 1 LT
Pe
2 LT Variação da impedância de transmissão

Pmo

90º 1LT

0 o f max 180o 

1ª. Oscilação
Oscilações em torno de f
6) - FALTA TRIFÁSICA EQUILIBRADA, NA SAÍDA DO
DISJUNTOR 1, JUNTO AO BARRAMENTO

Ef V

Pmo 1 Falta (3) 2

Pe -  ch: chaveamento
- (velocidade do chaveamento ???)
2 LT -  l (ângulo limite de excursão)

-durante a duração da falta


1 LT
supõe-se Pe = 0
Pmo

0 o f ch max l 180º 


7) - FALTAS ASSIMÉTRICAS

Curva antes da Falta


Pe

Pmo A1 e A2

Curva depois do isolamento da Falta


Curva de Pe durante a Falta Assimétrica


limite
0o o ch max 180º 
8)- FALTA (QUANDO PmO X O) + CHAVEAMENTO
(ch) + RELIGAMENTO (rel) BEM SUCEDIDO.

-A1
Pe
-A2 e A3
-2LT e 1LT
-ch
Pmo
- rel, max e  lim

0o o ch rel max 180º


 lim

-Com o religamento bem sucedido, cria-se uma nova área de frenagem do gerador
síncrono, A3, aumentando-se a possibilidade de manter-se a estabilidade. Se o
religamento for mal sucedido, a situação piora.
-Existem ângulos críticos para o desligamento, ou para o desligamento (ch) +
religamento (rel). À esses ângulos estarão associados tempos críticos (tch e trel),
quando os ângulos de excursão chegam próximos ao ângulo limite limite - lim.
ÂNGULO E TEMPO CRÍTICOS DE ABERTURA,
excursões de :
-Relacionado ao ângulo crítico de abertura, existe um tempo crítico de abertura, variável
procurada para ajuste dos tempos de proteção, sem perda de estabilidade.
Caso Simples (Stevenson, W. D., Elementos de Análise de Potência, Mc Graw-Hill, SP, 1986, cap. 14:
exemplo 14.7, pág. 422). Ângulo e tempo crítico de abertura.

Barra 
Pe

Pm
o

0o o 90o cr l 

Oscilações em torno de o
CÁLCULO DE CR e tCR:
 cr
A1   P m
d  P m (  cr
 0 )
o

 )  P max ( cos   cos  )  P m ( 


A2   ( P max . sen   P )
max

m cr max max cr
cr

 P 
 cos    m  (   0 )  cos 
 
cr
 P max 
max max

Como :  max
   o
( radianos elétr .) P m
 P max
. sen  o

  cos [(   2  o ) sen  o  cos  o ]


1
cr

w .P 4 H (   o)
 
2
 s m
t  t  cr
cr
4H cr o cr
wP s m

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