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i ; Congresso acu aaa TRABALHO E MOVIMENTO OPERARIO A Cidade como suporte fisico da actividade humana. O caso da expansao urbana desenvolvida pela CUF, no Barreiro. A cidade é 0 suporte fisico da a para os desafios sociais, econémicos € politicos. Ao longo da evolucao da civilizacional varias tipologias de espacos, equipamentos e habitacdes foram transformando 0 territorio e adaptando-o a novas solicitagdes € necessidades. idade humana, de uma forma organica ou planeada encontra solucdes Como se carateriza 0 suporte fisico do periodo da industrializacao? A cidade, de acordo com Max Weber, surge no momento em que 0 conceito original de lugar é substituido pelo ‘lugar de intercambio', de mercado, onde as vantagens impdem uma vida comunitaria, e onde, de acordo com 0 autor, se instauram formas de poder ilegitimo. Em 1979, o Scientific American definiu a cidade como uma comunidade cuja magnitude resulta quer da sua densidade populacional quer da presenca de trabalhadores especializados que contribuem para a existéncia de uma elite cultural e intelectual. A definicao de cidade nao é consensual, existem inumeras definicdes. Mas entdo, 0 que define a cidade? ‘Ao falamos em cidade, podemos dividir o conceito em duas realidades distintas: a sociocultural e a fisica. A sociocultural traduz-se na producao social de territérios, ou seja, uma construgao social de espacos de exclusdo e segregacao e/ou de integracdo e valoriza¢ao de espacos piblicos e privados, de elementos que promovam a diferenca, a diversidade, a igualdade/desigualdade, modos de vida; de espacos de contacto e simbélicos; e de lugares de relacdes socials, onde tém lugar atividades de diferentes naturezas. A realidade fisica corresponde as aglomeracdes de paisagens, de espacos organizados e de vida urbana, de deslocamentos espaciais, de modos de vida e de espacos simbélicos. Numa analise integrada podemos ainda dividir a cidade em trés dimensées (Borja, 2003): Cidade Urbs (dimensao fisica) sendo definida através da aglomeracao humana, num territério definido pela densidade demogréfica e pela diversidade funcional e social. Cidade Civitas (dimensao social) onde a cidade assume 0 lugar de cidadania por exceléncia, tendo por base a igualdade de cidadaos que constituem uma sociedade urbana heterogénea, baseada na convivéncia e tolerancia, com valores e elementos de identidade com referéncias fisicas € simbdlicas. Cidade Polis (dimensao politica) o lugar da politica, da participacdo e representacdo da identidade coletiva da sociedade urbana, expresso da mobilizacdo social e mudanca nas relacdes de poder. Falar em cidade é ainda falar em espaco piiblico, é nas pracas e ruas da cidade que se estabelece, materializa e expressa a relacdo entre os seus cidadaos e 0 poder politico. O espaco publico representa a cidade, tanto fisica como simbolicamente. E 0 espaco mediador, ou espaco democratico entre o terri sociedade e politica. Projetar o espaco publico pressupée a existéncia de um coletivo que compartilha a identidade e dignidade, nos seus direitos e deveres (Sola-Morales, 2002). ‘A comunicacao centra-se na resposta urbana as novas necessidades que a industrializacao do Barreiro impés a transformacao do seu territério, analisando 0 caso das urbanizacées promovidas pela CUF. A organizacao espacial decorrente do desenho urbano permite através dos principais elementos (espacos rio, edificios) que o ambiente urbano seja expressdo das aspiracées e valores. Anélise morfolégica permite a compreensao de interacdes sociais. Que valor simbélico tem o espaco puiblico no Bairro Operarios de Santa Barbara? Existiu espaco PUblico? Como estdo distribuidas as habitacdes? 26 £29 DE NOVEMBRO 2013 AUDITORIO MUNICIPAL AUGUSTO CABRITA | PARQUE DA CIDADE | BARREIRO Congresso TRABALHO E MOVIMENTO OPERARIO wv Luis Pedro Cerqueira Mestre em Planeamento Regional e Urbano pela UTL, dissertacao final "O Desenho Urbano no Planeamento ; Licenciado em Arquitectura, pela Faculdade de Arquitectura da UTL. Desenvolve a sua actividade profissional na Administracao Publica e como profissional liberal 1990): Na Camara Municipal da Moita (1990/1998); No Conselho Superior de Obras Piblicas e Transportes (1998/2001); No Instituto Politécnico de Setibal - Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, é docente nas Licenciatura em Engenharia Civil e Gestao da Construcdo da cadeira de Planeamento Regional e Urbano (inicio 2000/2001); Eleito Vereador da Camara Municipal do Barreiro de 2002/2005, exerceu o Pelouro de Planeamento e Desenvolvimento; A partir de Marco de 2003 acumulou as funcdes de Vice-Presidente; Nos Servicos Municipalizados dos Transportes Colectivos do Barreiro foi Vogal do CA (2002/2005); Eleito membro do Conselho Nacional de Delegados da Ordem dos Arquitectos no triénio 2002/200 Eleito Vereador da Camara Municipal do Barreiro no mandato 2006/2009, renunciou ao mandato Julho de 2007; Eleito para 0 CA e para a Comissao Executiva da Invesfer SA (Marco 2006 a Abril 2009); Eleito para o Conselho de Administracdo Ifervisa SA (Empresa detida pela Invesfer e Visabeira) de Setembro de 2006 a Abril de 2009, eleito Presidente do Conselho de Administraco em Maio de 2008; Nomeado para exercer as funcdes de Assessor do Gabinete da Secretaria de Estado dos Transportes (Abril 2009 a Outubro 2009); Nomeado, na Camara Municipal do Montijo, Diretor de Departamento de Administracdo Urbanistica, em Abril de 2010 e posteriormente do Departamento de Ordenamento do Territério e Urbanismo, em Dezembro de 2010; Cooptado para Conselheiro do Conselho de Representantes da EST Barreiro do IPS para o quadriénio 2010/2014; Eleito membro do Conselho Disciplinar da Associacao de Urbanistas Portugueses para 0 Triénio 2012/2014. Loc: inicio em 28 E29 DE NOVEMBRO 2013 AUDITORIO MUNICIPAL AUGUSTO CABRITA | PARQUE DA CIDADE | BARREIRO

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