O grupo como
instituicao e Oo
grupo nas instituicGes
“Tels de fs cola jin
Ane Blecmn
td. ratios foures (48Conferéncia pronunciada na V Jornada Sul-Riograndense de Psi-
quiatria Dinamica de Porto Alegre, de 1 ¢ 2 de Maio de 1970, a
convite dos organizadores./ Meu propésito é contribuir com uma certa experiéncia, um certo
conhecimento e uma boa dose de reflexdo para repensar 0 concei-
to generalizado do que € um grupo ¢ o que é um grupo numa insti-
do. Naconcep¢do generalizada do que é um grupo incluo aquela
‘definigéo que o Postula como “um conjunto de individuos que
interagem entre si compartilhando certas normas m fa”.
Ocupei-me desta questo em outras oportunidades tomando
como ponto de partida o problema dalsimbiose ¢ do sincretis
Entendo por isso os_estratos da personalidade que permanecem
em estado de nao discriminacdo e que existem em toda constitui-
40, organizacao ¢ funcionamento de grupo, baseados numa comu-
nicacdo pré-verbal, subelinica, dificil de detectar e conceitualmente
dificil de caracterizar. Em fungo disso temos que formular fend-
menos com um tipo de pensamento ¢ categorizacdo, cuja estrutura
estd muito distante deles.
Minhas postulacées nesse sentido me levam a considerar, em
todo grupo, um tipo de relagdo que é, paradoxalmente, uma néo-
stelagéo no sentido de uma ndo-individualizagao que se impée co-
mo matriz ou como estrutura basica de todo grupo e que persiste,
de maneira varidvel, durante toda a vida deste. Chamarei esta rela-
do de ociabilidade sincrética) para diferencié-la da sociabilidade
por interagdo, com a qual se estruturou nosso conhecimento atual
de psicologia grupal.
A existéncia ou a identidade de uma pessoa ou de um grupo
sio dadas na ordem do cotidiano e manifesto pela estrutura e
integracao que alcanca o ego individual e grupal em cada caso; con-
siderando como ego grupal o grau de organizacao, amplitude e
integracao do conjunto daquelas manifestagées incluidas no que
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