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2-Correlações Neurais da Produção da Música (Tocar)

Na 1a. parte do texto foram descritos os processos neurais relacionados com a ação
ainda na fase da percepção da música. Agora falaremos mais sobre o tocar especificamente.
O texto de Maidhof e Koelsch descreve e relaciona vários estudos que investigam as
relações Neurais do tocar uma música, ou seja, incluindo agora também a execução da ação
de tocar.

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Nesse texto o autor se limita a estudos recentes que utilizaram:

Eletroencefalograma (EEG) e Magnetoencefalograma (MEG)

......porque são aparelhos que:

 Podem medir as respostas elétricas do cérebro e

 permitem estudar vários processos corticais

 com resolução de milissegundos.

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Quando tocamos, solo ou num grupo, nós músicos estabelecemos continuamente:

 Objetivo de ação,

 Correspondente programa motor para executar o movimento correto, no tempo e na


força corretos,

 Monitoramos os movimentos comparando o movimento atual com o movimento


planejado

 Iniciamos movimentos de correção, quando necessário. (((movimentos de correção


são muito utilizados quando estamos sincronizando nossos movimentos com os de
outros músicos.)

 Enquanto tocamos essas correções são memorizadas e integradas aos movimentos


simultâneos.

 A percepção dos efeitos da ação completa a ação e essa pode: modificar, programar,
executar e controlar a nova ação.

E todos esses processos se sobrepõem no tempo, não são sucessivos,


O que torna o estudo deles bastante desafiador

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Outra característica dos estudos descritos foi a utilização de erros provocados.

Essa é uma maneira de investigar esses processos na produção da música, examinando as


correlações neurais nos processos relacionados ao erro.

Mesmo dezenas de milhares de horas de estudo não garantiria um músico de


cometer erros, e esses podem ter várias razões:

 Lapso de atenção

 Ou de memoria

 Erro na leitura,

 Excesso de velocidade (estimulo mais Utilizado)

 etc...

Esses erros são boas oportunidades para estudar os mecanismos desses processos
que ocorrem durante a performance musical e o processamento dos erros em geral.

ESTUDO: Muitas dúvidas surgem sobre qual ponto no tempo os erros são realmente
detectados pelo sistema sensório motor, por exemplo:

 se são percebidos antes da execução

 e em que ponto é ainda possível corrigir esse erro.

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Nesse estudo, para identificar se os erros são detectados ainda antes do movimento
totalmente executado, Maidhof, e outros (2009), investigaram pianistas experientes
tocando escalas e padrões de escalas, com as duas mãos, em tempos relativamente rápidos
(69 e 144 bpm fig. 2), para provoca-los a cometerem os erros, para comparar os potenciais
elétricos do cérebro das notas erradas com os das notas certas.

FIG 2 – mostrar escalas ,69 e 144 bpm, foram utilizadas tonalidades diferentes no estimulo.

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Os resultados foram que: geralmente, pianistas pressionam as teclas incorretas mais


lentamente que:
 as corretas, comparando com a mesma passagem tocada corretamente,

 Que as simultâneas corretas, e a velocidade dessas simultâneas corretas não foi


influenciada pela velocidade mais lenta das notas erradas da outra mão.

Mais ainda, notas incorretas diminuem a velocidade da nota correta imediatamente


anterior e posterior, (chamada de desaceleração pós-erro (Herrojo-Ruiz et al. 2009)),
alterando o intervalo de tempo dessas tb, mas nesse estudo foi detectado que a sincronia
das mãos é mantida.

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Detalhando o Estudo de Maidhof et al. (2009) mostrou-se que comparado com as


notas corretas, as notas incorretas provocaram o aumento da negatividade dos impulsos
elétricos antes da nota ser pressionada em por volta de 100 ms e do aumento da
positividade dos impulsos cerca de 280 ms após.

FIG 3- eletro e magneto

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Esses mesmos resultados foram encontrados nos estudos de Herrojo-Ruiz et al. (2009).

Nesse estudo foram utilizados experimentos tirando o feedback auditivo dos


participantes. Isso resultou numa diminuição considerável no reflexo posterior ou na
desaceleração pós erro. O aumento da negatividade anterior da nota foi idêntico ao estudo
que tinha o feedback auditivo.

VOLTAR na FIG 3

Isso mostra que após aprender bem uma passagem, o feedback auditivo é
irrelevante na monitoração do erro. E ainda mostraram que mesmo com a completa
ausência do som do piano, ainda foi possível a performance com quase nenhum prejuízo.

Entretanto, o estudo utiliza o exato ponto que a nota soou, informado pelo sinal
MIDI, ignorando o momento em que a tecla foi encostada pelo dedo. Por causa do tempo
que leva para encostar a tecla e toca-la levar algumas dezenas de milissegundos, um
feedback tátil pode já ter contribuído para a antecipação do erro.

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Ainda no estudo de Maidhof, erros da mão esquerda e da mão direita foram também
analisados separadamente. A análise dos sinais dos erros provocados mostrou que não há
diferenças de tempo entre as mãos e que os ajustes ocorrem bimanualmente
sincronizados.

(((Ressaltar q outros estudos foram citados)))

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O fato dos sinais provocados pelos movimentos incorretos acontecerem antes da


tecla ser pressionada, indica que os erros são detectados antes de serem cometidos. Esse
tipo processo de detecção de erro é provavelmente baseado em modelos internos de
antecipação:

(efference copy): provavelmente durante a formação de um programa motor, o


modelo de antecipação já está preparado e inclui uma cópia interna. A formação de um
programa motor conta com o objetivo da ação, bem como as condições iniciais do
movimento, como as localização e movimentos do corpo, braço, mãos e o objetivo, a tecla
do piano (target).

FIG. Efference copy (LER!)

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(((Ler Primeiro)))

A formação de um programa motor parece envolver várias áreas do cérebro,


incluindo a: pré-Área motora suplementar (pre-SMA), a Área Motora Suplementar (SMA)
propriamente, a pré-campo visual suplementar (OVAL), o córtex premotor(azul claro), o
córtex motor primário (azul escuro), gânglio basal, e áreas parietais.

FIG.4- áreas do cérebro

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Além dos experimentos já mencionados, o estudo de Maidhof adicionou


aleatoriamente, mais ou menos entre 40 e 60 notas produzidas, sons falsos para notas
tocadas corretamente. O som do piano digital foi manipulado para soar meio tom a baixo
nessas notas aleatórias. Isso foi feito para investigar o tempo dos mecanismos neurais e do
processamento do feedback auditivo da performance. Isso foi feito com pianistas tocando e
ouvindo!

((mostrar na FIG))

-Os sinais das notas tocadas corretamente, com ou sem manipulação do som .
-As notas manipuladas provocaram uma negatividade por volta de 200 ms e teve uma
distribuição fronto-central no crânio.

FIG. 5 - resultados 2

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Entre Outras Conclusões já apresentadas:

Outros estudos também confirmaram que o sinal do erro pode levar ás modulações
corretivas dos comandos motores.

Entretanto é importante notar que as vezes a execução de movimentos é mais rápida


do que a propagação da informação sensorial para o córtex, então o feedback sensório não
pode ser utilizado sempre para corrigir movimentos. (estimulo aqui utilizado por Maidhof
para levar ao erro)

Nesse texto muitos estudos mostram consistentemente um maior entrelaçamento (ou


acoplamento) entre sistemas auditivo e motor em indivíduos com treinamento musical.
(pq se tratavam de estudos com não-músicos tb)

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Referências

OBRIGADO!!!

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