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RESUMO
Entende-se por processo de fabricação todo e qualquer processo que dá forma aos
mais diversos tipos de materiais de construção mecânica. Podendo esta forma refletir um
produto acabado ou não, podendo ser obtido através de um único processo ou operação de
fabricação. Sendo assim a fabricação de um produto, de uma forma genérica, englobam os
processos de: processos de conformação mecânica alteram a geometria do material
através de forças aplicadas por ferramentas adequadas. Onde a obtenção das peças ocorre
no estado sólido, com características controladas, em corpos metálicos que mantêm o seu
volume constante. Dentre os objetivos estão a obtenção de produtos finais com
especificação de: dimensão e forma, propriedades mecânicas e condições superficiais. A
metalurgia do pó é a técnica metalúrgica que consiste em transformar pós de metais, de
ligas metálicas e substâncias não-metálicas, em peças resistentes, sem ocorrer a fusão, mas
apenas pelo emprego de pressão e calor (sinterização). O processo de fundição consiste
em vazar metal líquido num molde contendo uma cavidade na geometria desejada para a
peça final, eles podem ser classificados pelo tipo de molde e modelo e/ou pela força ou
pressão usada par preencher o molde com o metal líquido. O processo de soldagem como
operação visa a união de duas ou mais peças , assegurando na junta, a continuidade das
propriedades físicas e químicas. O termo continuidade significa que as propriedades nas
juntas devem ser constantes ou variáveis continuamente, isto é, sem saltos. Os
tratamentos de superfície abrangem a alteração da superfície através de transformação
química ou aplicação de revestimentos, inclusive eliminação de camadas não
desejadas. Os métodos utilizados usam recursos químicos, mecânicos, e elétricos
separados ou em combinações. E o processo de usinagem uma quantidade de material é
removido com auxílio de uma ferramenta de corte produzindo o cavaco, obtendo-se assim
uma peça com formas e dimensões desejadas. As principais operações de usinagem podem
ser classificadas em: torneamento, aplainamento, fresamento, furação, brochamento e
retificação.
ii
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 1
iii
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- 1: Carroceria do Subaru Impreza. ............................................................................................3
Figura 1- 2: Classificação dos produtos de conformação plástica............................................... 7
Figura 1- 3: Peças obtidas pelo do processo de metalurgia do pó............................................... 8
Figura 1- 4: Etapas do processo de metalurgia do pó...................................................................... 8
Figura 1- 5: Motor boxer do Subaru Impreza 2.0 WRX Turbo...........................................................11
Figura 1- 6: Válvula Kennedy ULFM-AWWA............................................................................................11
Figura 1- 7: Representação do Processo de Lingotamento Contínuo - SMS........................... 12
Figura 1- 8: Sarcófago em Ouro de Tutâncamon............................................................................... 12
Figura 1- 9: Próteses metálicas — articulações de joelhos............................................................ 12
Figura 1- 10: Soldagem manual ao arco elétrico. ................................................................................17
Figura 1- 11: Soldagem por feixe eletrônico...........................................................................................18
Figura 1- 12: Processo de decapagem.................................................................................................... 19
Figura 1- 13: Cinzeiro de alumínio fundido com partes cromadas. .............................................. 22
Figura 1- 14: Linha de Galvanização por Imersão a Quente — GalvaSud. ................................. 22
Figura 1- 15: Torno mecânico....................................................................................................................23
iv
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- 1: Classificação dos Processos de Conformação Mecânica. ........................................ 6
Tabela 1- 2: Comparação entre os processos de fundição............................................................. 14
v
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
I- INTRODUÇÃO
Entende-se por processo de fabricação todo e qualquer processo que dá forma aos
mais diversos tipos de materiais de construção mecânica. Podendo esta forma refletir um
produto acabado ou não, e a mesma pode ser obtida através de uma único processo ou
operação de fabricação, como o corte, por exemplo, ou até mesmo pela composição de
vários processos ou operações de fabricação, como por exemplo a confecção de um tubo
com costura.
Os processos de conformação podem ser divididos em dois grupos: processos
mecânicos e processos metalúrgicos. Os processos mecânicos, também conhecidos como
processos de conformação mecânica, são constituídos pelos processos de conformação
plástica, onde as tensões aplicadas geralmente são inferiores as tensões de resistência a
ruptura do material, e pelos processos de conformação por usinagem, onde as tensões
aplicadas são superiores ao limite mencionado, sendo a forma final obtida por retirada de
material. Já os processos metalúrgicos subdividem-se em conformação por solidificação,
onde a temperatura adotada é superior ao ponto de fusão do metal e a forma final é obtida
pela transformação líquido-sólido, e conformação por sinterização, em que a temperatura
de processamento é inferior ao ponto de fusão do metal (metalurgia do pó).
Sendo assim a fabricação de um produto acabado ou não, de uma forma bastante
genérica, englobam os seguintes processos:
1. Conformação Mecânica
2. Fundição
3. Soldagem
4. Tratamentos Superficiais
5. Usinagem
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Por ser um processo que requer uma baixa energia de transformação e também por
ter um aproveitamento de matéria prima superior a 99%, o sinterizado é também
economicamente vantajoso frente a outros processos como usinagem, microfusão e
fundição.
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Modelo: É a ferramenta indispensável para a execução de uma encomenda, toda vez que
for prevista a produção dos moldes na própria oficina de fundição. É ele quem
imprime, no molde a forma e as características da peça metálica a ser fundida.
Molde: É a forma onde se irá vazar o metal líquido, que ao se solidificar tomará as formas
e características do molde (que será igual ao modelo).
Fundição: É o processo que consiste em se obter peças, acabadas ou não, pelo
preenchimento de um molde por um metal líquido.
1. Desenho da Peça;
2. Projeto do Modelo;
3. Confecção do Modelo (modelagem);
4. Confecção do Molde (molde);
5. Fusão do Metal;
6. Vazamento no Molde;
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VANTAGENS
− Vantagem econômica – em geral baixo custo;
− Peças obtidas com diversas formos, simples ou complexas, satisfazendo as exigências
de produção e reduzindo ao mínimo o número de operações subseqüentes de
acabamento;
− Peças de diversos tamanhos;
− Possibilidade de se reproduzir uma grande quantidade de peças (produção seriada);
− Peças com padrões variados de tolerância e acabamento;
− Peças com propriedades mecânicas mais homogêneas.
OBS.: O processo de fundição proporciona o caminho mais curto entre a matéria prima e
a peça acabada.
DESVANTAGENS
− Limitada quanto ao grau de acabamento;
− Peças com menores limites de resistência mecânica quando comparadas com peças
obtidas por outros processos de fabricação;
− Necessidade de sempre se possuir um molde;
− Grande dimensão dos equipamentos utilizados (equipamentos de grande porte).
A fundição na maior parte das vezes é o primeiro passo nas etapas de fabricação de
uma peça qualquer, sendo assim ela é amplamente utilizada na fabricação dos mais
diversos produtos, tais como:
− Industria automobilística: Blocos e pistões de motores; Carburadores; Carcaças de
bombas; Tambores de freio; Caixas de engrenagens.
Conforme pode ser observado na Figura 1- 5, a seguir.
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− Industria jóias
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De forma a compreender a melhor utilização dos processos de fundição, nós podemos compará-los sob vários aspectos, como por
exemplo quanto as suas principais características de aplicação, conforme pode ser observado na Tabela 1- 2, a seguir:
Peso Fund. CO2 e Cura Química ILIMITADO 100 lb 75 lb oz – 100 lb Casca (oz – 250lb)
Espessura Mínima 1/10” 1/8” 1/32” 1/16” 1/10”
Acabamento Superficial Relativo RAZOÁVEL-
BOM MELHOR BOM-V BOM-CASCA
CO2 – razoável BOM
Facilidade de Fundição de Peça RAZOÁVEL-
RAZOÁVEL BOM MELHOR BOM
de Projeto Complexo BOM
Facil. de Alt. de Proj. na Fund. MELHOR RUIM PIOR RAZOÁVEL RAZOÁVEL
Pref. a base de Al Preferencialmente
Ligas que Podem ser Fundidas ILIMITADA ILIMITADA ILIMITADA
e a base de Cu a base de Al
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b.2 Eletrodo Metálico: neste caso faz-se uso tanto de eletrodos consumíveis quanto não
consumíveis.
− Eletrodos Consumíveis: neste caso o eletrodo é o próprio metal de adição, além
de permitir a abertura do arco (fonte de calor), conforme pode ser observado na
Figura 1- 10.
− Eletrodos Não Consumíveis (Arco-pressão ou Corrente Prévia - Flash
Welding): o eletrodo permiti apenas a abertura do arco (fonte de calor).
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V- TRATAMENTO DE SUPERFICIAIS
− Aumentar a resistência aos agentes atmosféricos – umidade, luz solar, calor, frio;
− Aumentar a resistência aos agentes químicos – ácidos, bases, soluções orgânicas e
inorgânicas;
− Aumentar a resistência a efeitos mecânicos – desgaste, riscamento, deformação;
− Obter propriedades físicas especiais – isolamento ou condutividade térmica e/ou
elétrica, coeficiente de radiação;
− Obter um efeito estético de acabamento – brilho, cor, textura.
Seja qual for a finalidade do tratamento, a superfície sofre o que se chama de
beneficiamento. Para tratamentos estéticos utiliza-se o termo embelezamento da superfície
que deve ser diferenciado dos demais tratamentos, denominados proteção da superfície.
Pois, um tratamento de embelezamento, como por exemplo a cromagem, pode
resultar num desempenho mais eficiente ao desgaste e riscamento. Isto significa que o
embelezamento poderá também se constituir um fator de proteção da superfície.
Para um eficiente tratamento de superfícies é necessário cumprir as etapas:
1. Estabelecer as finalidades desejadas do tratamento de acordo com as condições
de serviço da peça a ser tratada, considerando o ambiente de uso da peça, a
temperatura, as substâncias químicas, o custo do tratamento, etc..
2. Executar o tratamento preliminar de limpeza e remoção de outras
impurezas. Nesta etapa é fundamental garantir que todos os elementos
depositados ou incrustados na superfície da peça a tratar sejam removidos, de
forma a garantir a eficiência do tratamento de proteção e sua durabilidade.
3. Aplicar o tratamento desejado.
Em virtude das etapas já descritas, podemos dividir o Tratamento de Superfícies
em: Tratamentos Preliminares e Tratamentos de Revestimento.
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a) Desengraxamento
A eliminação da graxa e da sujeira menos aderida é uma operação denominada na
indústria como desengraxamento. O desengraxamento pode ser efetuado por meios
químicos , utilizando diferentes tipos de solventes – orgânicos e inorgânicos, banhos
eletrolíticos e técnicas de ultrassom.
b) Decapagem
Porém a eliminação dos componentes não metálicos ligados quimicamente,
principalmente carepas e óxidos é conhecida como decapagem. A decapagem pode ser
efetuada por meios mecânicos e térmicos. Nesta operação são removidas as carepas de
laminação e de recozimento, as camadas de ferrugem e óxidos, a escória de soldagem, os
resíduos salinos e frequentemente também a casca de fundição.
Existem ainda outros procedimentos que não são exatamente métodos de limpeza,
mas também relevantes como tratamentos de superfícies. São eles:
c) Processos de Acabamento Fino
São eles: retificação, polimento mecânico e polimento eletrolítico (rebarbação e
lutração)
d) Processos Especiais
Existem alguns procedimentos especiais que se destinam não só à limpeza, mas a
outros objetivos específicos. Estes procedimentos são: gravura profunda, remoção da
ferrugem através de pastas, remoção das incrustações de caldeiras e outras máquians e
remoção de revestimentos velhos por decapagem.
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VI- USINAGEM
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BIBLIOGRAFIA
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UERJ
CAMPUS REGIONAL DE RESENDE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ÊNFASE EM PRODUÇÃO MECÂNICA
DEPARTAMENTO DE MECÂNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA IV
PROF. ALEXANDRE ALVARENGA PALMEIRA
SUMÁRIO
2- FABRICAÇÃO DO AÇO................................................................................... 5
AAP 2-2
Materiais de Construção Mecânica IV
ÍNDICE DE FIGURAS
AAP 2-3
Materiais de Construção Mecânica IV
ÍNDICE DE TABELAS
AAP 2-4
Materiais de Construção Mecânica IV
2- FABRICAÇÃO DO AÇO
2.1 Introdução)
A Siderurgia pode ser definida como o ramo da engenharia metalúrgica que trata da
obtenção dos produtos ferrosos. Etimalogicamente, a palavra "Siderurgia", de uso corrente
nos países de origem 1atina, é ainda objeto de discussão dada a coexistência dos radicais
"SIDEROS", grego, significando "céu" e "SIDUS, SIDERIS", latino, significando "ferro".
AAP 2-5
Materiais de Construção Mecânica IV
− Stückofen (Baixo Reno): surgem em 1.400 os primeiros altos fornos com produção
diária em torno de 1.500 Kg.
AAP 2-6
Materiais de Construção Mecânica IV
BRASIL
AAP 2-7
Materiais de Construção Mecânica IV
A crosta terrestre é formada por rochas, observa-se três tipos de rochas de acordo
com sua gênese: rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Proporção
aproximada das rochas que ocorrem na crosta terrestre, segundo A. Poldervaart é:
Sedimentos 6,2%
Granodioritos, granitos, gnaisses 38,3 %
Andesito 0,1 %
Diorito 9,5%
Basaltos 45,8%
AAP 2-8
Materiais de Construção Mecânica IV
DEFINIÇÕES:
− Mineral: elemento (Au, Ag, Pt, Cu, Hg, etc.) ou composto ( SiO2, CaCO3, CaF2,
Fe2O3, etc) resultante de processo inorgânicos naturais, usualmente com
composição química definida, estrutura atômica característica e com outras
propriedades físicas bem definidas.
− Minério: todo mineral ou rocha do qual se pode extrair, economicamente, um metal.
AAP 2-9
Materiais de Construção Mecânica IV
BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO
(a) Facilitar as operações de extração do metal, que, em geral têm lugar a muitos
quilômetros de distância;
AAP 2-10
Materiais de Construção Mecânica IV
a) SINTERIZAÇÃO
Ar Deslocamento
Ignição
Zona
Sínter
Úmida
Secagem e
Fusão
Pré-aquecimento
Combustão:
Calcinação
Queima do Combustível
Fase líquida
Redução parcial
Figura 2-3: Esboço de forno Catalão ou rústico.
Figura 2-4: Unidade Dwight-Lloyd para sinterização de minério de ferro.(Erro! Indicador não
definido.)
AAP 2-12
Materiais de Construção Mecânica IV
b) PELOTIZAÇÃO
Neste caso o aglomerado possui a forma esférica, obtida pelo rolamento (em
tambores, cones ou discos), de óxidos de ferro ricos, finamente moídos e umedecidos e
depois submetidos à queima, a temperaturas entre 1.250º - 1320ºC, quando então a pelota é
consolidada pelo inter-crescimento dos grãos e reforçada pela fase escória, resultante das
impurezas do minério e dos aglomerantes eventualmente adicionados (bentonita ou
cal). Ou seja consiste na fabricação de bolas ou pelotas cruas de finos de minério de alto
teor ou de minério concentrado, cujo diâmetro varia entre 10 a 18 mm.
AAP 2-13
Materiais de Construção Mecânica IV
CARVÃO VEGETAL
AAP 2-15
Materiais de Construção Mecânica IV
Brasil e no mundo apresenta uma capacidade diária (24 horas) de 1.200 t. Quanto aos altos
fornos a coque apresentam uma capacidade pouco superior a 10.000 t/dia.
COQUE
i) Carvão Metalúrgico
A composição química do carvão, bem como a sua constituição petrográfica*,
exercem notável influência sobre as propriedades do coque e no decorrer do próprio
processo de coqueificação. Sendo assim um carvão dito metalúrgico (carvão
coqueificável) deve apresentar as seguintes características:
*
A constituição petrográfica de um carvão coqueificável, é definida pela identificação microscópica e a
avaliação da maior ou menor participação de cada um de seus constituintes: VITRÊNIO (aspecto
homogêneo e vítreo), DURÊNIO (duro e fosco), CALARÊNIO (translúcido) E FUSÊNIO (poroso e friável).
AAP 2-16
Materiais de Construção Mecânica IV
ii) Coqueificação
No aquecimento às temperaturas de coqueificação e na ausência de ar, as moléculas
orgânicas complexas que constituem o carvão mineral se dividem, produzindo gases e
compostos orgânicos sólidos e líquidos de peso molecular baixo e um resíduo carbonáceo
relativamente não-volátil. Esse resíduo resultante, pois, da destilação do carvão, é o
"coque", que se apresenta como uma substância porosa, celular, heterogênea, sob os pontos
de vista químico e físico.
b) PROCESSO DE COQUEIFICAÇÃO
AAP 2-17
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-18
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-19
Materiais de Construção Mecânica IV
2.2.3 Fundente
i) Ácidos
São constituídos de sílica (SiO2), empregada na forma de quartzito, cascalho
quartzo ou areia. A alumina (Al2O3), em pequenas concentrações e associada à sílica.
ii) Básico
Os principais fundentes básicos utilizados na fusão primária são o carbonato de
cálcio, conhecido como calcita ou calcário (CaCO3), o carbonato de magnésio ou
magnesita (MgCO3) e o carbonato duplo de cálcio e magnésio ou dolomita
(CaCO3•MgCO3).
iii) Neutro
Estes fundentes são empregados quando se deseja aumentar a fluidez de uma
escória sem alterar o caráter da mesma (ácido ou básico). O exemplo típico de um
fundente neutro é a fluorita ou fluoreto de cálcio (CaF2).
AAP 2-20
Materiais de Construção Mecânica IV
2.2.4 Manganês
O ferro gusa é obtido pela fusão primária* do minério de ferro, ou seja pela redução
dos óxidos de minério de ferro, mediante o emprego de um redutor, em um equipamento
chamado é Alto-Forno.
*
Fusão primária ou fusão com reação (smelting): operação piro metalúrgica destinada a separar um metal de
seu mineral metalúrgico.
AAP 2-21
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-22
Materiais de Construção Mecânica IV
SISTEMA DE CARREGAMENTO
AAP 2-23
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-24
Materiais de Construção Mecânica IV
SISTEMA DE SOPRO
AAP 2-26
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-27
Materiais de Construção Mecânica IV
SISTEMA DE RESFRIAMENTO
SISTEMA DE VAZAMENTO
AAP 2-28
Materiais de Construção Mecânica IV
com características diversas, sujeitas a severas condições de trabalho, na maioria dos casos
em operação continua. Do numeroso elenco de propriedades que, teoricamente, deverão
ser plenamente satisfeitas por qualquer refratário siderúrgico, são apontadas as mais
significativas:
(a) Elevadas temperaturas de amolecimento e fusão;
(b) Elevada resistência à esfoliação térmica ("spalling");
(c) Baixa condutibilidade térmica;
(d) Baixo coeficiente de expansão;
(e) Elevada resistência à corrosão por ataque químico (liga, escória, gases, etc.);
(f) Permeabilidade mínima;
(g) Elevadas propriedades mecânicas;
(h) Custo razoavelmente baixo.
PARTIDA DO ALTO-FORNO
AAP 2-29
Materiais de Construção Mecânica IV
São carregados, alternadamente, pelo topo: minério de ferro (ou pelotas ou sínter),
coque (combustível e redutor) e fundente. Num Alto-Forno, existem duas correntes de
materiais responsáveis pelas reações que se verificam: uma corrente sólida, representada
pela carga que desce paulatinamente e uma corrente gasosa que se origina pela reação do
carbono do carvão com o oxigênio do ar soprado pelas ventaneiras, que sobe em
contracorrente (Figura 2-14).
AAP 2-30
Materiais de Construção Mecânica IV
Uma parte do óxido de ferro chega à zona de fusão sem sofrer redução,
incorporando-se à escória. Até atingir a zona de fusão, o ferro, em grande parte já
reduzido, ainda está no estado sólido em forma esponjosa. Na região que corresponde ao
topo da rampa, inicia-se a formação da escória, pela combinação da cal (CaO) com a ganga
(impurezas do minério de ferro) e uma certa quantidade de óxido de ferro e manganês.
Essa escória formada, juntamente com o ferro, começa a gotejar através dos
interstícios da carga ainda sólida, para depositar-se no cadinho. Logo acima das
ventaneiras, em contato com o coque incandescente, ocorrem as reações que podem ser
observadas na Figura 2-14, numa faixa de temperatura que vai de 1.200°C a
1.500°C. Finalmente, as últimas reações fundamentais são representadas pelas equações:
3Fe + C → Fe3C
3Fe + 2CO → Fe3C + CO2
AAP 2-31
Materiais de Construção Mecânica IV
PRODUTOS DE ALTO-FORNO
O principal produto do AltoForno é o ferro gusa, cuja utilização é feita nas aciarias,
para onde é encaminhado no estado líquido e transformado em aço; o ferro gusa é ainda
utilizado no estado sólido ou líquido como principal matéria prima das fundições de ferro
fundido.
− Ferro Gusa: ou gusa é uma liga de ferro-carbono não maleável, com teor de carbono
compreendido entre 3,5 e 4,5%, obtido pela redução do minério de ferro
em temperatura elevada (superior à 1.300°C).
De um modo geral, a maioria dos ferros gusas possíveis de serem obtidos em alto-
forno está compreendida na seguinte faixa de composição:
Carbono (C) 3,0 a 4,5%;
Silício (Si) 0,5 a 4,0%;
Manganês (Mn) 0,5 a 2,5%;
Fósforo (P) 0,05 a 2,0%;
Enxofre (S) até 0,2%.
AAP 2-32
Materiais de Construção Mecânica IV
SUB-PRODUTOS DE ALTO-FORNO
i) Escória
As escórias são produtos não-metálicos resultantes das reações entre a ganga de um
minério ou combustível e o fundente constituindo soluções homogêneas no estado igneo e
que ocorrem nos processos de fusão primária e de refino.
SiO2 29 a 38%;
Al2O3 10 a 22%;
CaO + MgO 44 a 48%;
AAP 2-33
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-34
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 2-35
Materiais de Construção Mecânica IV
2.5 Bibliografia
AAP 2-36
UERJ
CAMPUS REGIONAL DE RESENDE
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
Ê NFASE EM PRODUÇ ÃO MECÂNICA
SUMÁRIO
I- INTRODUÇ ÃO..................................................................................................................1
II- DESCRIÇ ÃO DO PROCESSO DE LAMINAÇ ÃO.................................................. 2
II.1 LAMINAÇ ÃO À QUENTE ....................................................................................... 4
II.2 LAMINAÇ ÃO À FRIO........................................................................................... 5
III- EQUIPAMENTOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE LAMINAÇ ÃO................7
III.1 GAIOLA OU QUADRO(1) .........................................................................................7
III.2 MANCAIS(1) ..............................................................................................................8
III.3 CILINDROS DE LAMINAÇ ÃO(1) ......................................................................... 9
III.3.1 Forma dos Cilindros.......................................................................................... 9
III.3.2 Processo de Fabricação e Material do Cilindro ................................... 9
III.4 REFRIGERAÇ ÃO .................................................................................................13
III.5 CONDIÇ Õ ES DE TRABALHO ...........................................................................14
III.6 CUIDADOS DURANTE O USO...........................................................................15
III.7 DEFEITOS EM CILINDROS ................................................................................15
III.8 DEMAIS EQUIPAMENTOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE
LAMINAÇ ÃO.................................................................................................................... 17
IV- CLASSISFICAÇ ÃO DOS LAMINADORES....................................................... 18
IV.1 QUANTO A DIREÇ ÃO ........................................................................................ 18
IV.2 QUANTO ÀS CADEIRAS................................................................................... 18
IV.2.1 Cadeiras Duo.................................................................................................... 20
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PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3- 1: Produtos típicos de laminação de barras e perfis. ........................ 2
Figura 3- 2: Representação esquemática do processo de Laminação. ......... 3
Figura 3- 3: Processo de Laminação à Quente de chapas. ................................ 4
Figura 3- 4: Processo de Laminação à Frio de chapas........................................6
Figura 3- 5: Laminador Duo com cilindro regulável durante a operação........8
Figura 3- 6: Vista lateral de quadros fechados e abertos de um laminador
duo....................................................................................................................................8
Figura 3- 7: Partes principais de um cilindro de laminação. ............................... 9
Figura 3- 8: Arranjos típicos de cilindros de laminação: (a) laminador duo;
(b) laminador duo reversível; (c) laminador trio; (d) laminador quádruo, (e)
laminador Sendzimir ..................................................................................................19
Figura 3- 9: Laminador universal .............................................................................. 20
Figura 3- 10: Laminador duplo duo .............................................................................21
Figura 3- 11: Laminação de chapas grossas. ........................................................ 28
Figura 3- 12: Laminação de trias a quente............................................................ 29
Figura 3- 13: Laminação tiras a frio. ....................................................................... 30
Figura 3- 14: Laminação de barra de seção quadrado e perfil U......................31
Figura 3- 15: Processamento termomecânico..... Erro! Indicador não definido.
v
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3- 1: Efeito dos elementos de liga nos cilindros........................................10
Tabela 3- 2: Aplicação dos cilindros aços fundido ...............................................12
Tabela 3- 3: Aplicação dos cilindros aços forjado................................................13
Tabela 3-4: Valores de no processo de laminação à quente. .................... 33
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RESUMO
Laminação é o processo de conformação mecânica que consiste em modificar a
seção transversal de um metal na forma de barra, lingote, placa, fio, ou tira, etc., pela
passagem entre dois cilindros com geratriz retilínea (laminação de produtos planos) ou
contendo canais entalhados de forma mais ou menos complexa (laminação de produtos não
planos), sendo que a distância entre os dois cilindros deve ser menor que a espessura
inicial da peça metálica. É o processo de transformação mecânica de metais mais utilizado
pois, apresenta alta produtividade e um controle dimensional do produto acabado que pode
ser bastante preciso.
Na laminação o material é submetido a tensões compressivas elevadas, resultantes
da ação de prensagem dos rolos e a tensões cisalhantes superficiais, resultantes do atrito
entre os rolos e o material. As forças de atrito são também responsáveis pelo ato de
“puxar” o metal para dentro dos cilindros. A redução ou desbaste inicial dos lingotes em
blocos, tarugos ou placas é realizada normalmente por laminação a quente. Depois dessa
fase segue-se uma nova etapa de laminação a quente para transformar o produto em chapas
grossas, tiras a quente, vergalhões, barras, tubos, trilhos ou perfis estruturais. A laminação
a frio que ocorre após a laminação de tiras a quente produz tiras a frio de excelente
acabamento superficial, com boas propriedades mecânicas e controle dimensional do
produto final bastante rigoroso.
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I- INTRODUÇ ÃO
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laminação terá, então, a finalidade também de melhorar esta estrutura e eliminar ou atenuar
estes defeitos.
A laminação é o processo de transformação mecânica mais importante para o caso
dos aços, além de elaborar maior quantidade de aço que qualquer outro processo de
transformação. Atualmente cerca de 90% do aço produzido passa pelo processo de
laminação porque este é quase sempre antecessor dos outros processos, como por exemplo;
as barras a serem forjadas, os tarugos a serem extrudados, o fio-máquina a ser trefilado e a
chapa a ser estampada. Todos eles devem antes ser laminados.
A laminação consiste na passagem de uma peça entre dois cilindros que giram em
sentidos opostos e a mesma velocidade, que através da força de laminação terão sua seção
modificada, ou seja, é a deformação plástica dos metais entre os cilindros obtendo-se como
resultado uma forma desejada ou propriedades definidas no material laminado.
A laminação pode ser à quente ou à frio. A diferença entre elas está nos efeitos do
endurecimento e amolecimento térmico e nas espessuras dos laminados. É necessário
destacar que o coeficiente de atrito externo será maior para o metal laminado à quente do
que o laminado à frio, o que se refletiria na força de laminação e no torque. Na Figura 3-
2é apresentado uma representação esquemática do processo de Laminação
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ser utilizados na melhoria do controle dimensional das tiras ou folhas laminadas, entre
estes estão o aplainamento por rolos e o desempeno por tração.
O processo de produção de chapas ou bobinas laminadas a frio compreende
inicialmente na deformação do aço a temperaturas a abaixo do ponto crítico, ou da
temperatura de recristalização. Este ponto varia como o tipo de aço: 627ºC para o ciclo de
resfriamento e 727°C para o ciclo de aquecimento são temperaturas bastante
representativas. Na laminação à frio fazemos uso de trens de laminadores quádruos de alta
velocidade com três a cinco cadeiras são utilizados para a laminação a frio do aço,
alumínio e ligas de cobre.
Normalmente esses trens de laminação são concebidos para terem tração avante e a
ré. A laminação contínua tem alta capacidade de produção, o que resulta num custo de
produção baixo, porém se usarmos um ritmo de deformação muito baixo, o material poderá
apresentar características de laminação à quente em temperaturas relativamente baixas. Na
Figura 3- 4 é apresentado um “trem de laminação”† de tiras a frio.
†
Conjunto de cadeiras de laminação e demais órgãos acessórios.
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III.2 MANCAIS
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Os cilindros de laminação são compostos por de três partes principais, que são
trevo (garfo ou castelo), pescoço e mesa (corpo ou face), conforme pode ser visto na
Figura 3- 7.
– Trevo: é a parte do cilindro que recebe a transmissão.
– Pescoço: é a parte intermediária que se apoia ou é abraçada pelos mancais, ou seja,
onde se encaixam os mancais.
– Mesa: região central em contato com o material laminado, ou com os cilindros de
trabalho, onde se realiza a laminação, e pode ser lisa ou com canais;; os trevos
ou garfos de acionamento.
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A) CILINDROS DE AÇ O FUNDIDO
Abrangem os vazados em: aço carbono entre 0,50 e 1,0% e aço liga, com teores de
carbono entre 0,50 e 2,60%, com porcentagens diversas de cromo, níquel, molibdênio,
vanadio, etc. Na Tabela 3- 2, são apresentados os diferentes tipos de cilindros de aço
fundido e suas aplicações.
DUREZA SHORE C
TIPO USO
CASCA - NÚCLEO
Ao carbono 28-36 1. Desbastadores
2. Preparados de perfis
estruturais
B) CILINDROS DE AÇ O FORJADO
A maioria deste tipo de cilindro é feita com aços ao Cromo, (1 a 2%), contendo de
0,8 a 1,1 % de Carbono, do tipo usado para fabricação de rolamentos. No forjamento,
procura-se ter uma redução de seção da ordem de 4:1, para se obter um bom refinamento e
bomogeneidade da estrutura. O resfriamento deve ser lento e bem controlado, de
preferência fazendo-se o recozimento logo em seguida ao trabalho de forja. Depois deste
recozimento de homogeneização, o cilindro é usinado e, em muitos casos, faz-se uma ou
mais têmperas (para uniformizar e melhorar a estrutura interna), objetivando colocar o
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DUREZA SHORE C
TIPO USO
CASCA – NÚCLEO
Aços forjados ao Carbono 24-30 Desbastadores em trens para
perfis pesados
III.4 REFRIGERAÇ ÃO
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A) LAMINADORES DESBASTADORES:
A exposição às temperaturas elevadas durante o contato entre o cilindro e o lingote
é o fator mais importante, pois o desgaste é relativamente pequeno e as suas dimensões
bastante robustas garantem uma baixa solicitação mecanica. Os cilindros dos
desbastadores são, em geral, em aço ligado ou em ferro fundido nodular.
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A) FENDAS
Quando em torno da parte central, ou longitudinais, podem ser causadas por
sobrecargas extremas, defeitos internos ou tratamento térmico eficiente. As fendas junto
ao pescoço do mancal, frequentemente são causadas pelo raio muito pequeno na mudança
de secção, resultando em trincas de fadiga.
B) LASCAS
Ocorrem quando o cilindro permanece sob carga, em contato com o materialquente,
durante uma parada do laminador, ou fica exposto ao calor excessivo durante o
esmerilhamento da superfície, ou ainda, quando se faz reduções muito fortes por
passe. Deve-se procurar manter o melhor contato possível entre os cilindros de trabalho e
os de encosto.
C) TRINCAS TÉ RMICAS
“Pele de Crocodilo”: São devidas ao aquecimento localizado da superfície do
cilindro. O aparecimento deste defeito pode ser atenuado por meio de uma refrigeração
eficiente.
D) PONTOS MOLES
Resultam de um super aquecimento local durante a preparação (pelo
esmerilhamento) ou em serviço, má refrigeração do cilindro.
E) MOSSAS
Devido às pontas mais frias das chapas ou partículas estranhas, causando
deformações locais em parte da superfície do cilindro.
F) ESTRIAMENTO (BANDING):
São faixas ou estrias circunferenciais na superfície do cilindro, causadas pelo atrito
da carepa, ocorrendo caldeamento seguido de desprendimento entre o material laminado e
a matriz do cilindro.
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Figura 3- 8: Arranjos típicos de cilindros de laminação: (a) laminador duo; (b) laminador
duo reversível; (c) laminador trio; (d) laminador quádruo, (e) laminador Sendzimir
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São as que possuem 3 cilindros (Figura 3- 8c). A posição dos cilindros é sempre
horizontal e nunca são reversíveis. O produto é introduzido de um lado, entre o cilindro do
meio e o inferior e devolvido do outro lado entre o cilindro do meio e o superior. Ou seja,
no laminador trio, os cilindros sempre giram no mesmo sentido. Porém, o material pode
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ser laminado nos dois sentidos, passando-o alternadamente entre o cilindro superior e o
intermediário e entre o intermediário e o inferior. Dentre as suas aplicações, destacam-se:
– trens desbastadores para lingotes pequenos;
– trens de perfis grandes, médios e pequenos;
– cadeiras acabadoras de trens de fio-máquina abertos.
No caso de cadeiras acabadoras de trens de fio-máquina abertos, porém, apenas
dois cilindros em cada cadeira são utilizados para laminação. O terceiro cilindro é
substituído por um eixo que transmite o movimento da cadeira anterior para a seguinte. Na
cadeira 1 são utilizados os cilindros do meio e de cima; na 2 o do meio e o de baixo; na 3 o
do meio e o de cima e assim sucessivamente. Neste caso, esta disposição é chamada de
duo alternados.
Como seu nome indica, compreende dois duos incorporados nas mesmas colunas,
ou seja, são constituídas de 2 duos montados numa mesma cadeira (Figura 3- 10). Essas
cadeiras têm, como as trio, facilidade de permitir passes de ida e volta na mesma cadeira,
mas elas apresentam, em relação à trio, a vantagem de dar uma precisão de regulagem bem
melhor, idêntica à de um duo. Enfim, elas permitem engajar uma barra simultaneamente
no duo de baixo e no duo de cima, sem que haja interferência entre os dois passes, como
seria o caso com o trio.
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Quando os cilindros de trabalho são muito finos, podem fletir tanto na direção
vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em ambas as direções; um laminador
que permite estes apoios é o Sendzimir, contendo 20 cilindros, representado na Figura 3-
8e. Este laminador é utilizado na laminação à frio de chapas finíssimas.
Destas, a forma, a disposição e o número de cilindros é bastante variada. Entre as
cadeiras ditas especiais podemos destacar a cadeira planetária, usada na laminação de tiras
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São aqueles que produzem semi produtos (blocos, placas, tarugos, platinas)
destinados aos trens acabadores. Entre os laminadores primários podemos distinguir os
laminadores desbastadores e os de tarugos ou platinas.
Os desbastadores também conhecidos pelo nome de blooming, operam sempre a
partir de lingotes. No caso de lingotes grandes os seus produtos serão os blocos (blooms)
ou as placas e no caso de lingotes pequenas produzem diretamente tarugos ou platinas. Já
os laminadores de tarugos ou platinas operam sempre a partir de blocos ou de placas
transformando-os em tarugos ou platinas.
São aqueles que transformam os semi produtos (blocos, placas, tarugos, platinas)
em produtos acabados, permitindo a obtenção de produtos tais como: laminadores de
perfis pesados (vigas, trilhos, etc), laminadores de perfis médios, laminadores comerciais
ou de perfis pequenos, laminadores de fio-máquina, laminadores de tubos e laminadores de
chapas.
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São constituídos de diversas cadeiras colocadas lado a lado. Estas cadeiras podem
ser trio ou duos alternados. Em geral, todas as cadeiras são acionadas pelo mesmo
motor. São usadas em trens de perfis, trens de fio-máquina de pequena produção e trens
comerciais.
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Nos trens contínuos as cadeiras são colocadas uma após a outra. Dá-se apenas uma
passagem em cada cadeira. Em geral o produto é laminado simultaneamente em várias
cadeiras sendo necessário um controle perfeito de velocidade de cada cadeira.
São usados em trens de tarugos, de fio-máquina, de perfis pequenos e de tiras à
quente e à frio.
Muitas vezes os trens de laminação são designados também pelo diâmetro primitivo
dos cilindros ou pela distância entre os centros dos eixos da caixa de pinhões. Nos
laminadores de produtos planos, porém, usa-se geralmente, a largura da mesa em lugar de
diâmetro.
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Estes laminadores são destinados à laminação de tiras e de chapas finas, que são
cortadas e bobinadas na saída do trem. Uma boa parte das chapas laminadas são utilizadas
na espessura com que sai do laminador e outra grande parte é destinada à laminação à frio
para a produção das chapas finas á frio e das folhas. A seqüência de operações nos trens
de tiras á quente é a seguinte:
1. Preparação das placas;
2. Reaquecimento das placas;
3. Descarepação;
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4. Laminação;
5. Bobinamento ou corte;
6. Decapagem;
7. Acabamento.
A laminação pode ser efetuada em 4 tipos de laminadores: contínuos, semi
contínuos, reversível ou planetário. O laminador reversível é usado em programas de
pequenas produções. Na pode Figura 3- 12 ser observada a laminação de tiras a quente da
COSIPA.
As tiras produzidas pelo laminador de tiras à quente vão para o laminador de tiras à
frio onde são reduzidas para uma espessura de até 0,60 mm. Os laminados dentro dessa
especificação são comercializados em forma de bobinas ou de chapas, atendendo às
indústrias automobilística, de eletrodomésticos, de tubos, de móveis, além da construção
civil.
A espessura mínima que se pode alcançar no laminador contínuo de tiras à quente é
da ordem de 1,5mm. Este limite é imposto pelo decréscimo de resistência da tira, o que
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VI.1 AGARRAMENTO
Uma vez que o objetivo principal da laminação consiste em reduzir a área da seção
transversal da barra a ser laminada, segue-se que a espessura inicial e1 desta barra é maior
que a distância e entre os 2 cilindros. Surge então o problema do agarramento da barra
pelos cilindros. Para que o agarramento se efetue, é necessário que sejam satisfeitas
determinadas condições. Sabe-se que o agarramento depende dos seguintes fatores:
– Coeficiente de atrito da superfície dos cilindros;
– Diâmetro dos cilindros;
– Redução de espessura;
– Velocidade dos cilindros;
– Temperatura da barra;
– Impulso da barra.
Material do Temperatura de
Material Laminado Coeficiente de atrito
Cilindro Laminação
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Quanto maior o diâmetro dos cilindros, melhor o agarramento, pois quanto maior a
área de contato, maior será o atrito entre as áreas.
A velocidade dos cilindros influi diretamente no atrito, pois quanto menor for a
velocidade relativa entre duas superfícies que se tocam, maior será o atrito entre elas,
facilitando assim o agarramento. Esta é uma grande vantagem dos laminadores com
reguladores de velocidade, pois podemos através desta regulagem, aumentar ou diminuir o
agarramento.
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OBS: O agarramento deve ser imediato, evitando deslizamento, pois este além de gerar
um decréscimo na produção por perda de tempo, também gera um desgaste mais
pronunciado nos cilindros.
Quando uma barra, num passe de laminação, sofre uma redução de espessura, o
metal é deslocado principalmente na posição longitudinal (direção de laminação), mas
também há deslocamento na direção transversal (perpendicular à direção de laminação),
originando assim, um alongamento e um alargamento simultaneamente.
Como o que se busca em laminação é o alongamento da barra, o alargamento é
visto como um desperdício, devendo ser reduzido à um mínimo possível. Somente em
alguns casos, tal como laminação de perfis, procura-se tirar proveito do alargamento para
se obter uma determinada seção transversal.
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Quando se introduz uma barra entre os cilindros, aparece a força de laminação que
comprime os cilindros contra seus mancais, alonga as colunas da cadeira e flexiona os
cilindros, além de desaparecerem as folgas do conjunto. A força de laminação aparece
entre os dois cilindros tendendo separá-los. A separação de fato não acontece porque é
contida pelos mancais e pela cadeira, mas ela é necessária para vencer a resistência do
metal e o atrito deste contra os cilindros. O motor deve fornecer além da força para vencer
a resistência do metal quando este é introduzido, uma força suplementar para vencer a
resistência oferecida pelo atrito dos cilindros contra os mancais, pelo atrito entre as
engrenagens da caixa de pinhões ou do redutor, pelas perdas do próprio motor, entre
outras.
A força de laminação é medida pelas células de pressão e é também conhecida
como carga de laminação ou pressão de laminação. A força de laminação é afetada por
alguns fatores, mas antes de citá-los, explicaremos um pouco sobre a espessura limite.
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Onde:
H –espessura da chapa em pol.
D –diâmetro do cilindro de trabalho.
µ – coeficiente de atrito entre chapa e cilindro.
σo – produto de 1,55 = 2 / 31/2 . σe (limite de escoamento) pelo esforço de
deformação em solicitação simples em lb /pol2
σ – tensão exercida sobre a chapa (50% de tensão de entrada e 50% de saída) em
lb/pol2
E – módulo de elasticidade em lb /pol2
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– Superfície dos cilindros, que quanto mais rugosas, maior será a força de laminação
exigida
– Largura; a força de laminação é sensivelmente proporcional à largura das chapas.
Fórmula de Ekelund:
H1 − H 2
1,6µ R.(H 1 − H 2) − 1,2.(H 1 − H 2) 2 .v.ε . K .
P = b. R.(H 1 − H 2).1 + R
σ + (3.2)
H1 + H 2 H1 + H 2
Onde:
P – força de laminação em lb
b – largura de contato entre o aço e o cilindro em pol
R – raio do cilindro em pol
H1 – espessura de entrada em pol
H2 – espessura de saída em pol
µ – coeficiente de atrito
σ – resistência à compressão em lb/pol2
ε – viscosidade do aço em lb.seg/pol2
v – velocidade periférica do cilindro em pol/seg
K – coeficiente de velocidade
H1 − H 2
α = arccos.1 − (3.3)
D
Onde, D é o diâmetro do cilindro.
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P.N . R(H 1 − H 2 )
HP = (3.4)
63000
Onde:
P – libras
N – rpm dos cilindros de trabalho
H1 e H2 – espessuras de entrada e saída em pol.
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Com relação a laminação à frio, temos que levar em conta também outros fatores
que afetam uma seleção adequada do diâmetro dos cilindros de trabalho. Sabemos que a
medida que reduzimos a espessura entre passagens, o material vai ficando mais encruado,
isto é, cresce sua resistência a deformação e conseqüentemente aumenta a força de
laminação. Como a força é função direta do arco de contato, para uma determinada
redução ela varia na razão da raiz quadrada do raio do cilindro de trabalho. Tal variação
determina que os cilindros de trabalho usados na laminação à frio, sejam de pequeno
diâmetro.
Outro fator que surge, atuando na mesma direção, é que os cilindros de trabalho
não sendo rígidos, além de fletirem também se achatam. Assim, além de certos limites de
espessura não conseguiremos reduzir mais a espessura do material, pois todo esforço extra
de laminação aplicado através dos parafusos de pressão, é diluído através do aumento da
área de contato causada pelo achatamento maior dos cilindros, e consumido pelo aumento
das forças de atrito que crescem devido a mesma razão.
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O controle de qualidade dos produtos laminados em uma usina varia de acordo com
a capacidade de produção, natureza do material laminado, variedade de produtos, e de
usina para usina.
Existem alguns defeitos nos materiais laminados que não necesariamente são
provenientes da laminação, mas também existem os que são provenientes dela. Podemos
dizer que os defeitos são advindos de vários fatores, que são: da fabricação do metal ou
liga, do lingotamento, do aquecimento, da própria laminação, de ações superficiais, da
forma e da estrutura. Como estamos falando sobre laminação, citaremos apenas os
defeitos provenientes deste processo.
Os defeitos gerados a partir deste processo serão citados e explicados como segue.
A) Bolsas: também chamadas de rechupe é um defeito remanescente da bolsa de
contração não totalmente eliminada pelo corte na tesoura do desbastador.
B) Fendas: provenientes de trincas ou fendas no lingote, que se abriram pela laminação.
C) Aresta quebrada: quando o esponjoso ocorre nas arestas, o alongamento sofrido pelo
material provoca quebras nas arestas.
D) Sobreposto: defeito mecânico provocado pela dobra de barbatana ou crosta dupla no
lingote. Toma às vezes, aparência de fenda. Um leve passe de recalque
pode provocar um sobreposto no passe seguinte.
E) Carepa incrustada: pedaços de carepa não removidos que se incrustam na superfície
da peça, permanecendo aderente à mesma.
F) Marca de guia: defeito causado pelas guias mal aparelhadas. Consta de riscos ou
sulcos retos no sentido do comprimento da peça.
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UERJ
CAMPUS REGIONAL DE RESENDE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ÊNFASE EM PRODUÇÃO MECÂNICA
RESUMO
No processo de conformação por extrusão o material é forçado através de uma matriz,
de forma similar ao aperto de um tubo de pasta de dentes. Neste processo,
praticamente qualquer forma de seção transversal, vazada ou cheia, pode ser
produzida. Como a geometria da matriz permanece inalterada, os produtos
extrudados tem seção transversal constante. Dependo da ductilidade do material a
extrudar o processo pode ser feito a frio ou a quente, em altas temperaturas. Cada
tarugo é extrudado individualmente, caracterizando a extrusão como um processo
semi-contínuo. O produto é essencialmente uma peça semi- acabada. A extrusão
pode ser combinada com operações de forjamento, sendo neste caso denominada
extrusão fria. Ao realizar a extrusão em operação combinada com forjamento pode-se
gerar componentes para automóveis, bicicletas, motocicletas, maquinário pesado e
equipamento de transporte, vários materiais, como o Alumínio, o cobre, o aço, o
magnésio e o chumbo, podem ser extrudados. Sendo que, os produtos extrudados
podem ser cortados nos tamanhos desejados para gerarem peças, como maçanetas,
trancas e engrenagens. Sendo assim, os produtos mais comuns obtidos por extrusão
são: quadros de janelas e portas, trilhos para portas deslizantes, tubos de várias seções
transversais e formas arquitetônicas, etc..
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1
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iii
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 4- 1: Produtos obtidos pelo seccionamento do perfil extrudado...................................2
Figura 4- 13: Processo de extrusão direta a frio tipo Hooker (a) e tipo ironing (b)..........20
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Figura 4- 29: Retirada da casca do tarugo com avanço do punção usando o disco de
raspagem. ............................................................................................................................................38
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 4- 1: Faixa de temperatura de extrusão para alguns metais....................................... 14
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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GLOSSÁRIO
Lingote = Produto metálico de forma geralmente cilíndrica obtido pela laminação de
um lingote.
Tarugo = Produto de forma geralmente cilíndrica obtido por fundição.
Fundição = Processo metalúrgico que consiste em obter um produto sólido a partir do
metal em estado líquido, mediante sua solidificação em um molde.
Matriz = Bloco de aço que tem um ou mais orifícios de contorno adequado, pelos
quais o tarugo de extrusão é forçado a passar.
Recristalização = Formação de uma nova estrutura de granulação pelo aquecimento
de material trabalhado a frio.
Granulação = Tamanho dos grãos do metal.
Prensa = Termo geral usado para a máquina que emprega a pressão para deformar ou
cisalhar o material.
Prensa hidráulica = Prensa cujo aríete é acionado por um cilindro e êmbolo
hidráulico cuja pressão se obtém de uma bomba hidráulica.
Tratamento térmico = Aquecimento e resfriamento de um metal de forma a se obter
condições ou propriedades desejadas.
Esticamento = Processo metalúrgico que consiste na deformação plástica por tração a
frio, com o objetivo de endireitar ou dar planicidade ao material.
Esferoidização = Tipo de recozimento, que tem por objetivo melhorar a
usinabilidade e a trabalhabilidade a frio dos aços. O tratamento consiste num
aquecimento a uma temperatura logo acima da linha inferior de transformação,
seguido de esfriamento lento; aquecimento prolongado a uma temperatura logo abaixo
da linha inferior da zona crítica; e por fim aquecimento e resfriamento alternados
entre temperaturas que estão logo acima e logo abaixo da linha inferior de
transformação. Produzindo uma forma globular ou esferoidal de carboneto no aço.
vii
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I- INTRODUÇÃO
1
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2
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Perfil do
Extrudado
*
Liga ASTM 6061 T6, contendo Si, Re, Cu, Mn, Mg, Cr, Zn e Ti; de alta resistência e flexibilidade. O
sulfixo T6 indica que o material foi temperado (solubilizado e envelhecido artificialmente). Este
tratamento aplica-se aos produtos que não sofrem deformação plástica depois do tratamento térmico de
solubilização, ou nos quais o efeito de encruamento devido ao aplainamento ou endireitamento pode
ser desprezado ao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas. Fonte Guia Técnico do
Alumínio: Extrusão, Editado pela ABAL, São Paulo, 1990. pp 33, 38.
3
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Câmara
Fixador de Matriz
Punção Tarugo
Matriz
Disco de Pressão
Figura 4- 3: Representação esquemática da extrusão direta.
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FLUXO DO METAL
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A pressão de extrusão requerida é bem menor que a extrusão direta, pois não
há atrito entre as superfícies do lingote e do recipiente. Não havendo atrito, ocorre um
fluxo adicional de metal na secção transversal total do lingote durante a
extrusão. Esse tipo de fluxo diminui grandemente a formação de vazios centrais na
parte posterior do produto extrudado e também reduz a quantidade de descarte da
extremidade. Uma desvantagem da extrusão inversa é a má qualidade superficial do
produto.
Apesar deste processo exigir menor esforço de deformação e permitir a
obtenção de um produto mais homogêneo que na extrusão direta, esta têm uma
utilização maior devido a maior simplicidade do equipamento, não exigindo o uso de
um pistão oco que possui um resistência limitada à flambagem, principalmente para
extrusão de grandes componentes.
Como na extrusão inversa o pistão se mantém fixo, com a ferramenta colocada
na sua extremidade, e a câmara com o tarugo avança em sua direção, o atrito torna-se
inexistente entre o tarugo e a câmara. Entre o bloco e o metal a ser extrudado,
9
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VANTAGENS
1. Não há atrito entre o tarugo e a câmara, permitindo que tarugos longos sejam
extrudados sem um aumento correspondente na pressão de extrusão.
2. Como é baixo atrito entre a matriz e o tarugo, podem-se usar ângulos pequenos na
matriz, reduzindo a deformação redundante e a pressão de extrusão, possibilitando
a extrusão de materiais de alta resistência.
3. Dentro de certos limites, os tarugos não precisam ser cilíndricos ou ter dimensões
estreitamente controladas.
4. É possível revestir com metais grandes comprimentos de arames metálicos.
11
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5. A matriz pode ser apoiada pelo liquido sob alta pressão, podendo obter produtos
de seção complexa com matrizes de paredes finas.
6. O processo é versátil, a fácil substituição das matrizes possibilita a extrusão de
tarugos de seção variada, e até de seção escalonada.
7. A resistência do produto é freqüentemente mais alta que a obtida por extrusão
convencional, devido à ausência de vazios e poros, pois a mesma é realizada sob
grandes tensões compressivas.
DESVANTAGENS
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Vários tipos de metais e ligas podem ser extrudados, o processo pode ser
realizado acima ou abaixo da temperatura de recristalização. Sendo assim, de acordo
com a temperatura de trabalho podemos classificar a extrusão em: extrusão a quente
ou extrusão a frio.
A extrusão é, na maioria das vezes, realizado com a temperatura do metal
acima de sua temperatura de recristalização, principalmente para metais duros, como
o aço. Dependendo da ductilidade do metal o processo pode ser realizado a
frio. Porém, independente da temperatura utilizada no processo os materiais a serem
extrudados devem suportar rigorosas condições de atrito e temperatura.
Neste caso o trabalho é realizado a uma temperatura TQ, onde TQ = 0,5 Tf*
para as ligas que não possuem ductilidade suficiente a temperatura ambiente, de forma
a reduzir as forças necessárias. Na Tabela 4- 1, são relacionados alguns materiais
metálicos e suas respectivas faixas de temperatura de extrusão.
O trabalho a quente traz problemas de oxidação do bloco de metal e das
ferramentas de extrusão, sendo assim, a temperatura de trabalho deve ser a mínima
necessária para fornecer ao metal o grau de plasticidade adequado. A deformação
produzida durante a extrusão, pode levar ao aquecimento do metal, portanto, a
temperatura máxima do processo deve ser seguramente inferior à temperatura de
liquação†.
A temperatura do material na zona de deformação depende da velocidade de
deformação e do grau de compressão, logo, um aumento nestes parâmetros leva a um
*
Temperatura de fusão do material.
†
Temperatura em que acontece a fusão do contorno dos grãos.
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VANTAGENS
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(a)
(
b)
Figura 4- 13: Processo de extrusão direta a frio tipo Hooker (a) e tipo ironing (b).
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(a) (b)
Figura 4- 15: Êmbolo (a) e matriz (b) utilizados na extrusão por impacto.
A maioria dos metais não ferrosos podem ser extudados por impacto, usando-
se prensas verticais e com taxas de produção de até duas peças por segundo. Tubos de
pastas dental e assemelhados, que são peças descartáveis, podem-se obtidos com
diâmetros de até 150 mm. O processo permite produzir, ainda, seções tubulares de
paredes muito finas (relações de diâmetro/espessura da ordem de 0,005). Sendo
assim, a simetria da peça e concentricidade do punção são fatores importantes.
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IV- EQUIPAMENTOS
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V- FERRAMENTA DE EXTRUSÃO
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1. Para metais tenazes (como o cobre e as ligas de cobre- níquel e níquel cobre),
extrudados em diâmetros de cerca de 25 mm, utiliza-se raios de 2 a 5 mm para o
cobre, 4 a 8 mm para a liga cobre-níquel e 10 a 15 mm para a liga níquel-cobre;
2. Para o alumínio e suas ligas, os raios são de 1 a 2 mm, ou seja, praticamente com
canto vivo; além disso, para essas ligas, a parte cilíndrica é pequena e a abertura
de saída é feita em ângulo grande para facilitar o movimento do extrudado, pois o
alumínio tem uma tendência para aderir à superfície da ferramenta
(eventualmente, pode-se evitar a aderência cromando-se a superfície da mesma);
3. Uma parte cilíndrica grande eleva a resistência e a vida da ferramenta mas
restringe o fluxo do metal; esta deve ter portanto um comprimento de 5 a 12 mm
para os diâmetros de 25 mm e maior para os diâmetros maiores e para os metais
mais dúcteis.
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(
Pm = σ 0 (1 + B ) / B 1 − R B )
B = µ cot gα
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A0
R=
A
onde:
σ 0 - limite de escoamento do material na temperatura de extrusão
Pr = 4τ f L / D
onde:
τ f - tensão de cisalhamento na interface tarugo revestimento interno do recipiente
L - comprimento do recipiente
D - diâmetro do recipiente
- Temperatura do tarugo
- Velocidade de deslocamento do pistão
- Tipo de lubrificante
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a) b)
c) d)
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5º- Fim da extrusão: o pistão recua e a câmara se afasta para a retirada do disco e da
parte restante do tarugo, conforme Figura 4- 27, a seguir.
6º- Remoção dos resíduos de óxido com o auxílio de disco raspador acionado pelo
pistão, conforme Figura 4- 28, a seguir.
Figura 4- 28: Retirada da casca do tarugo com avanço do punção usando o disco de
raspagem.
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casca), cria um motivo a mais para se deixar um resto de tarugo sem extrudar, que é o
de se evitar que o disco atinja a ferramenta de extrudar.
Após o pistão ter completado o curso de extrusão, o recipiente se afasta para a
retirada do disco e dos resto de tarugo, que será cortado do extrudado, e o pistão, por
sua vez, será recuado. Antes da colocação de um novo tarugo para a extrusão,
procede-se a remoção dos resíduos de óxido na camisa com auxílio de outro disco
raspador acionado pelo pistão. Mesmo para prensas relativamente grandes (cerca de
2.000 t) o tempo (cerca de 60 segundos) para o ciclo completo de extrusão é pequeno.
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1ª) O tarugo (ou lingote) é cortado longitudinalmente e é usada, nos seus planos
diametrais, uma quadrangular de sulcos;
2ª) Após essa inscrição, as duas partes são reunidas colocando-se no meio uma
substância refratária (argila ou grafita) para facilitar a separação posterior à
extrusão;
3ª) As partes reunidas e presas por grampos são aquecidas à temperatura de extrusão e
colocadas justapostas, sem grampos, no recipiente da máquina de extrusão,
cuidando-se para manter um ajuste preciso entre as partes;
4ª) Executa-se a extrusão parcial ou totalmente, e as partes extrudadas conjuntamente
são depois separadas – é analisada então a deformação da rede de sulcos.
Essa análise é das mais completas e pode ser secundada por análises
macrográficas qualitativas através da observação da “fibração” formada pelas
inclusões e segundas fases (de natureza mecânica) ou pela orientação dos grãos
(cristalográfica).
A análise da deformação pode ser ainda realizada com o emprego de materiais
plásticos transparentes contendo esferas pequenas e coloridas, que, após a
deformação, transformam-se em elipsóides. Nesse caso, no entanto, a transposição
dos resultados para o material metálico exige o uso da teoria da simulação.
Associado à análise da deformação, estão as determinações das condições de
operação da máquina, em que se tornam necessárias as medições da força ou pressão
de extrusão, da velocidade de extrusão (regularidade de intensidade) e da temperatura
do tarugo (ou lingote), do recipiente de extrusão e do perfil da ferramenta.
As condições de operação dos tratamentos prévios também precisam ser
controladas: na preparação da matéria-prima (por fundição ou laminação) no
tratamento de recozimento (com controle de tempo, temperatura e atmosfera do forno
de tratamento).
O objetivo da análise dos fatores de influência é encontrar as condições de
trabalho mais favoráveis e que conduzem à obtenção de um produto de qualidade e
custo especificados. De uma forma geral, procura-se obter as seguintes condições:
i. matéria-prima de composição e estrutura homogênea e com propriedades
mecânicas elevadas;
ii. temperatura de trabalho baixa para poupar energia, evitar o desgaste acentuado
dos componente da máquina (recipiente e ferramenta principalmente) e reduzir
o ataque corrosivo do tarugo;
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iii. pressão de trabalho baixa para poupar energia, reduzir a robustez e o custo de
aquisição da máquina e evitar o desgaste acentuado dos componentes da
mesma;
iv. velocidade de trabalho elevada para aumentar a produtividade e reduzir o
resfriamento do tarugo no recipiente;
v. extrudado de qualidade mecânica e metalúrgica suficientemente elevada para
atender aos requisitos de uso especificados.
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BIBLIOGRAFIA
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YOSHIDA, A. Nova Mecânica Industrial: Metais, Ligas e Tratamento
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46
UERJ
CAMPUS REGIONAL DE RESENDE
ENGENHARIA DE PRODUÇ Ã O
Ê NFASE EM PRODUÇ Ã O MECÂ NICA
RESUMO
A trefilação é uma operação em que a matéria-prima é estirada através de uma
matriz em forma de canal convergente (FIEIRA ou TREFILA) por meio de uma força
trativa aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é produzido
principalmente pelas forças compressivas provenientes da reação da matriz sobre o
material, onde normalmente este trabalho é realizado a frio. A simetria circular é muito
comum em peças trefiladas, mas não obrigatória. Os produtos mais comuns obtidos pela
trefilação são:
Dentre as vantagens do processo de trefilação podemos destacar: o material pode
ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qualquer outro processo; a
precisão dimensional obtenível é maior do que em qualquer outro processo exceto a
laminação a frio, que não é aplicável às bitolas comuns de arames; a superfície produzida é
uniformemente limpa e polida; o processo influi nas propriedades mecânicas do material,
permitindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma
gama variada de propriedades com a mesma composição química
i
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SUMÁ RIO
I INTRODUÇ ÃO .................................................................................................................................................... 1
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Í NDICE DE FIGURAS
Figura 5 - 1: Esforços predominant es na t refilação ............................................................. 2
Figura 5 - 2: Máquina de t refilar sem deslizament o. .............................................................. 6
Figura 5 - 3: Máquina de t refilar com deslizament o. .............................................................. 6
Figura 5 - 4: Máquina de t refilar com deslizament o. ............................................................... 7
Figura 5 - 5: Represent ação esquemát ica da at uação da ferrament a de t refilação — fieira
......................................................................................................................................... 9
Figura 5 - 6 : Ferrament a de t refilação — fieira. ..................................................................... 9
Figura 5 - 7: Ferrament a de t refilação — angulos de t rabalho. ............................................ 10
Figura 5 - 8: Tipos mais comuns de perfis de fieiras. .......................................................... 10
Figura 5 - 8: Efeit o da cont ra-t ração do fio na t refilação .................................................. 13
Figura 5 - 8: Rolo de fio t refilado. .......................................................................................... 20
Figura 5 - 8: Defeit os t ípicos de produt os t refilados. ....................................................... 28
Figura 5 - 8: Rupt ura t ipo est ricção................................................................................... 28
Figura 5 - 8: Rupt ura t ipo borra. ............................................................................................ 29
Figura 5 - 8: Rupt ura t ipo come. ............................................................................................ 29
Figura 5 - 8: Rupt ura t ipo palha.............................................................................................30
iii
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I INTRODUÇ Ã O
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II ESFORÇ OS ENVOLVIDOS
2
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Pt = σ O
1+ B
[1 − (1− R) ]
B
B
com:
B = µ cot gα
e
A
R =1−
AO
onde:
α = semi-ângulo da fieira
R = relação de trefilação
Ao = área da secção transversal da barra a trefilar
A = área da secção transversal da barra trefilada
1
• sem atrito P t = σ O ln
1− R
• então 1
=1 e R = 63%
1− R
Uma gama de fieiras para a trefilação de aço, pode ser calculada de maneira
simplificada utilizando as seguintes fórmulas:
D n2 Dn2
R =n e R= 2 = C te
Do2 Dn−1
3
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Exemplo: Calcular os diâmetros em cada cabeça de uma gama para trefilar um fio para o
Ø1,30mm, com o diâmetro na primeira cabeça sendo Ø4,80mm com 10 fieiras:
Sendo assim temos : n=10, Do=4,80 mm e Dn=1,30 mm
2
1.30 = 0.770088
R = 10
4.80 2
Dn = Dn−1 * R
2
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pequenas. Além do controle da velocidade variável para cada camada, no entanto, deve-se
ainda controlar a colocação do fio em cada camada com um movimento de velocidade
lateral constante, de acordo com cada diâmetro de fio trefilado a ser bobinado.
Mantém-se o passo constante quando o movimento de distribuição está ligado ao
movimento do carretel, de modo que o primeiro diminui à medida que o segundo também
diminui. O passo diminui, porém, à medida que aumenta o diâmetro de bobina, se a
velocidade de distribuição for constante e independente da crescente velocidade tangencial
do carretel para cada camada. Na operação de recozimento, quando necessário, a parte
mais externa da bobina tende a comprimir a parte mais interna, e o fato do passo interno ser
maior permite uma melhor acomodação das pressões, sem o perigo de danificar as camadas
internas.
8
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Onde:
a – Cone de entrada
b – Cone de trabalho
c – Cilindro de calibração
d – Cone de saída
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γ - Semi-ângulo de saída
Hc – Altura do cilindro de
calibração
Dc – Diâmetro do cilindro de
calibração
10
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material trabalhado) obedece, até a primeira recalibração, a uma lei logarítmica (Paparoni,
n'13, p. 12, fig. 6; catálogo da Philips do Brasil - Fieiras de Diamante, pp. 3-5). A vida
média é estimada para condições de trabalho normais de montagem e colocação da fieira
na máquina de trefilar, de temperatura de trabalho, de lubrificação, de homogeneidade do
material do fio e de limpeza do meio ambiente de trabalho.
A manutenção e o controle dimensional das fieiras são comumente realizados com
microscópio monocular para diâmetros pequenos de furos da fieira, com aumentos de 50 a
80 vezes. Para essas operações, a fieira é cuidadosa e previamente limpa com solventes e
ar comprimido. Além da verificação do perfil, do diâmetro e da ovalização do furo da
fieira, podem ser observados os eventuais defeitos no fio (para especificação dos materiais
para as fieiras ver Metais Handbook, vol. 3,9' ed., pp. 521-525).
1. Máquina:
• Cabrestantes
– Excentricidade
– Superfície
– Rugosidade
– Jogo no eixo
• Alinhamento das fieiras
• Montagem do fio
– Lubrificação
– Número de voltas nos cabrestantes
• Tensão mecânica de desenrolagem e enrolagem
• Vibrações transmitidas ao fio
• Velocidade de trefilação
12
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2. Lubrificação
• Úmida
– Estabilidade do banho
– Temperatura do banho
– Contaminação
• Seca
– Concentração de Bórax sobre o fio
– Retirada de sabão queimado da caixa de sabão
F=f.eρ∝
Onde:
F= força de tração
f= força de contra-tração
ρ= Arco de enrolamento
∝= Coeficiente de atrito
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VI LUBRIFICAÇ Ã O NA TREFILAÇ Ã O
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de 8,5 a 9,6; evita-se o uso de água dura, que produz uma saponificação indesejável do
fluido, pois obstrui a entrada da fieira e os condutos de fluido; os teores recomendados
de substância graxa na emulsão são de 17% para fios de 2,5 mm, 14% para 0,18 mm e
1,5% para 0,015 mm.
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Os defeitos relacionados à fieira que podem provocar marcas nos fios são:
– Anéis de trefilação (marcas circunferenciais e transversais) decorrentes do desgaste na
região do cone de trabalho, provocado pela operação com fios de metais moles;
– Marcas de trefilação (marcas longitudinais) decorrentes do desgaste na região do cone
de trabalho, provocado pela operação com fios de metais duros;
– Trincas, que variam desde quebras de parte da ferramenta até fissuramentos
superficiais, provocadas por diversos fatores como impurezas do material do fio e do
lubrificante, defeito de fiação do núcleo da fieira em seu montante e redução excessiva;
26
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Esses defeitos são transmitidos ao fio trefilado de forma mais ou menos intensa,
conforme a sua natureza e as condições de trefilação, e podem ser revelados, muitas vezes,
através do ensaio de torção (principalmente para casos em que se manifestam na superfície
do fio, antes e após a trefilação):
a) Diâmetro escalonado (causa: partículas duras retidas na fieira que depois se
desprendem);
b) Fratura irregular com estrangulamento (causas: esforço excessivo devido a
lubrificação deficiente, excesso de espiras no anel tirante, anel tirante rugoso, anel
tirante com diâmetro incorreto, redução excessiva);
c) Fratura com risco lateral ao redor da marca de inclusão (causa: partícula dura inclusa
no fio inicial proveniente da laminação ou extrusão);
d) Fratura com trinca aberta em duas partes (causas: trincas provenientes da laminação);
e) Marcas na forma de V ou fratura em ângulo (causas: redução grande e parte cilíndrica
pequena com inclinação do fio na saída, ruptura de parte da fieira com inclusão de
partícula no contato fio-fieira, inclusão de partículas duras estranhas);
27
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
f) Ruptura taça-cone (causas: redução pequena e ângulo de fieira muito grande com
acentuada deformação da parte central).
28
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Causas: O cone de trabalho de fieira apresenta um ângulo vivo que raspa o fio. Verificar
se a fieira está bem posicionada em seu suporte. Um depósito de impurezas entre
a face da fieira e o porta-fieira pode modificar o alinhamento. Limpá-lo
corretamente.
29
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Causas:
– Problemas ligados a matéria-prima tais como (segregações, inclusões,
rectitudes)
– Problemas ligados ao processo, como:
– Tratamento térmico irregular, trefilação a seco em temperatura elevada, banho
de trefilação sem lubrificação.
30
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
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VIII CONCLUSÃ O
31
ENGENHARIA DE PRODUÇ ÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇ ÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Estudos sobre atrito têm início com Leonardo da Vinci, no século XV dando
continuidade com Parent, Hire, Belidor, mas principalmente Amontons, no século
dezessete, que estudou detalhadamente a influência da rugosidade. Coulomb, 100 anos
após Amontons, dá sua importante contribuição explicando a diferença entre atrito
dinâmico e estático. Finalmente, 250 anos após Amontons, Holm (1946) e Bowden-Tabor
(1950) encerram a visão do fenômeno do atrito pela hipótese da rugosidade e dão início ao
estudo da hipótese da aderência interfacial associada à deformação plástica. Como pode-se
verificar, o estudo do atrito é antigo, mas muitos dos seus aspectos fundamentais ainda não
estão totalmente esclarecidos.
Define-se atrito como a resistência ao movimento relativo de dois corpos em
contato direto. Em processos por conformação, esse movimento ocasiona deformações
plásticas, aquecimento e desgaste, o que resulta em perda de eficiência e solicitação de
maior potência. Isto deve-se ao fato que as superfícies, ainda que cuidadosamente
trabalhadas, quando examinadas ao microscópio, apresentam-se constituídas de saliências e
reentrâncias que ocasionam interação e intertravamento superficial.
32
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ÊNFASE EM PRODUÇÃO MECÂNICA
CAPÍTULO 7: METALOGRAFIA
DEPARTAMENTO DE MECÂNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA IV
PROF. ALEXANDRE ALVARENGA PALMEIRA
SUMÁRIO
AAP 7-2
Materiais de Construção Mecânica IV
ÍNDICE DE FIGURAS
AAP 7-3
Materiais de Construção Mecânica IV
ÍNDICE DE TABELAS
AAP 7-4
Materiais de Construção Mecânica IV
7- EXAMES METALOGRÁFICOS
7.1 Macrografia
Na apreciação dos sinais encontrados, é preciso muita atenção para não confundir
aqueles que possivelmente já existiam na peça, antes do evento que deu motivo ao estudo,
e que podem conduzir a alguma pista para as investigações, com os que possam ter sido
ocasionados pela aplicação de ferramentas para retirar a peça de onde estava instalada, ou,
então, ocasionados por quedas, ou durante o transporte.
AAP 7-5
Materiais de Construção Mecânica IV
Aí intervém o critério da operador, que será guiado em sua escolha pela forma da
peça, pelos dados que ele quer colher e por outras considerações. A posição do corte
depende naturalmente da peça e do que se deseja verificar. Far-se-á de preferência um
corte transversal, se o objetivo é verificar :
− a natureza do material: aço, ferro pudlado;
− se a seção é inteiramente homogênea ou não;
− a forma e intensidade da segregação;
− a posição, forma e dimensões das bolhas;
− a forma e dimensões das dendritas;
− a existência de restos do vazio;
− se a peça sofreu cementação, a profundidade e regularidade desta;
− a profundidade da têmpera;
− se um tubo é inteiriço, caldeado ou soldado;
− certos detalhes de soldas de chapas (seção transversal à solda) ;
− no caso de ferramentas de corte, calçadas, a espessura e regularidade das camadas
caldeadas (seção perpendicular ao gume), etc.
AAP 7-6
Materiais de Construção Mecânica IV
O corte é feito com serra ou com cortador de disco abrasivo ("cut-off") e localiza a
superfície a examinar; quando esse meio não é viável, recorre-se ao desbaste que é
praticado com o esmeril comum ou com auxílio da plaina até atingir a região que interessa.
Por meio de uma lima fina, ou, então, uma lixadeira mecânica, termina-se esta primeira
etapa, finda a qual, ter-se-á conseguido uma superfície plana bem retificada e com a
orientação desejada.
Todas essas operações deverão ser levadas a cabo com a devida cautela, de modo a
evitar não só encruamentos locais excessivos, bem como aquecimentos a mais de 100ºC
em peças temperadas, fenômenos que seriam mais tarde postos em evidência pelo ataque,
perturbando a interpretação da imagem.
b.2 Polimento.
O polimento é iniciado com uma lixa, na direção normal aos riscos da lima ou da
lixa grossa já existentes, e é levado até o completo desaparecimento destes. Depois se
passa para a lixa mais fina seguinte, mudando de 90º a direção de polimento e
continuando-o igualmente até terem desaparecido os riscos da lixa anterior, e assim por
diante até papel de lixa metalográfica 0.
AAP 7-7
Materiais de Construção Mecânica IV
− Ataques lentos: visam obter uma corrosão profunda do metal, com relevo
acentuado. Empregam-se em alguns casos em que o reativo rápido não dá contraste
suficiente como em certas estruturas fibrosas.
− Ataque rápido: com reativos próprios para esse fim, obtém-se o resultado desejado em
poucos minutos. Embora a corrosão seja apenas superficial, produz, entretanto,
imagens suficientemente visíveis.
− Reativo de iodo
Iodo sublimado 10 g;
Iodeto de potássio 20 g;
Água 100 g;
AAP 7-8
Materiais de Construção Mecânica IV
Método de Baumann
AAP 7-9
Materiais de Construção Mecânica IV
comum de hiposulfito de sódio, durante uns dez minutos e em seguida lavado em água
corrente durante uma hora. Todas essas operações podem ser feitas à luz do dia.
d) Precauções
AAP 7-10
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 7-11
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 7-12
Materiais de Construção Mecânica IV
− Impressão de Baumann;
− Técnica Fotográfica.
AAP 7-13
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 7-14
Materiais de Construção Mecânica IV
7.2 Micrografia
A técnica de um ensaio micrográfico corrente pode ser dividida nas seguintes fases:
AAP 7-15
Materiais de Construção Mecânica IV
Após o corte à serra, lixada com papéis de lixa comuns de oficina mecânica. O
polimento prossegue então em lixas mais finas. O polimento pode ser feito à mão,
deslizando a peça suavemente sobre a lixa apoiada numa superfície plana, de vidro por
exemplo, ou então a lixa é aplicada sobre, um disco animado de movimento giratório e o
operador apenas comprime o corpo de prova suavemente contra a lixa em movimento.
AAP 7-16
Materiais de Construção Mecânica IV
Além dos cuidados citados acima devem ser tomadas as seguintes precauções:
− Quando se mudar de uma lixa para outra lavar a amostra para evitar carregar impurezas
para lixas mais finas;
AAP 7-17
Materiais de Construção Mecânica IV
− Apenas mudar de lixa quando todos os riscos de uma lixa anterior terem desaparecido;
− Após o lixamento da amostra a mesma deve ficar cerca de 1 minuto no parelho de
ultra-som com solução de álcool para retirar todas as impurezas provenientes da ultima
lixa.
− Passar pelo ultra som toda vez que se for mudar de feltro;
− O feltro deve estar bem umedecido para promover um melhor polimento;
AAP 7-18
Materiais de Construção Mecânica IV
falta deste, pode-se ultimar a secagem passando sobre a superfície um pequeno chumaço
de algodão umedecido com éter.
AAP 7-19
Materiais de Construção Mecânica IV
AAP 7-20
Materiais de Construção Mecânica IV
explicado acima, é possível ver-se o campo, inteiro em foco, pois a superfície a examinar
fica normal ao eixo do aparelho.
− Inclinada, quando provém de um prisma de reflexão total ficando neste caso metade da
objetiva reservada para projetar a luz sobre o corpo de prova e a outra metade para
receber a parte que volta por reflexão;
− Paralela ao eixo do microscópio, no caso de porvir de um vidro plano inclinado de 45º
sobre o referido eixo nesta hipótese é aproveitada toda a abertura da objetiva.
AAP 7-21
Materiais de Construção Mecânica IV
7.3 Bibliografia
AAP 7-22
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ÊNFASE EM PRODUÇÃO MECÂNICA
RESUMO
O presente trabalho apresenta aspectos gerais acerca dos principais processos de
estampagem. Como estão intimamente ligados, outros processos de conformação
mecânica, grupo ao qual pertence a estampagem, também são citados, especialmente o
processo de dobramento.
O objetivo do texto que se segue é descrever, em linhas gerais, os principais
aspectos pertinentes aos processos de estampagem, quais sejam: descrição e características
e metalurgia do processo, equipamentos envolvidos, cálculos dos esforços básicos,
principais falhas e defeitos decorrentes do processo, mecanismos de controle de qualidade,
exemplos de empresas que se utilizam do processo de estampagem, exemplo de
fluxograma de processo e novas tendências e tecnologias.
A extensa bibliografia pode trazer ao leitor bem mais informações do que as que
estão colocadas a seguir, especialmente no que se refere às especificações técnicas.
Finalmente, intenciona-se esclarecer o leitor acerca de algumas das novas técnicas
utilizadas no mundo científico e industrial de ponta, a partir de extensa pesquisa em
trabalhos científicos.
i
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 1
II- DESCRIÇÃO DO PROCESSO ..................................................................................................................3
II.1 CORTE DE CHAPAS............................................................................................................................3
II.2 CONFORMAÇÃO EM GERAL: ......................................................................................................4
II.3 ESTAMPAGEM PROFUNDA: ...................................................................................................... 6
III- CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO................................................................................................... 8
III.1 CARACTERÍSTICAS DO DOBRAMENTO:................................................................................. 8
III.2 CARACTERÍSTICAS DA ESTAMPAGEM: ................................................................................9
III.2.1 Uniformidade de tensões......................................................................................................9
III.2.2 Propriedades dos produtos estampados.......................................................................9
III.3 MATERIAIS ENVOLVIDOS...........................................................................................................10
IV- METALURGIA DO PROCESSO...............................................................................................................11
IV.1 CONFORMAÇÃO EM GERAL .......................................................................................................11
IV.2 DOBRAMENTO: .............................................................................................................................. 13
IV.3 ESTAMPAGEM PROFUNDA ...................................................................................................... 15
V- EQUIPAMENTOS ENVOLVIDOS E SEUS DESDOBRAMENTOS................................................ 19
V.1 MÁQUINAS DE ESTAMPAGEM ............................................................................................... 19
V.2 FERRAMENTAS DE ESTAMPAGEM ...................................................................................... 21
V.2.1 Ferramentas de Corte......................................................................................................... 21
V.2.2 Ferramentas de Dobramento ..........................................................................................23
V.2.3 Ferramentas de Estampagem Profunda ..................................................................... 24
V.3 MATERIAIS PARA FERRAMENTAS DE ESTAMPAGEM ................................................ 25
V.3.1 Aços USIMINAS ...................................................................................................................26
VI- NÍVEL DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE DO PROCESSO ..............................................................28
VII-CÁLCULO BÁSICOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO.....................................................................30
VII.1 CÁLCULO PARA DETERMINAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA ..............30
VII.2 CÁLCULO DO ESFORÇO NECESSÁRIO AO CORTE: ........................................................... 31
ii
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
iii
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. 5
Figura 2. 6
Figura 3. 7
Figura 4. 8
Figura 5. 8
Figura 6. 9
Figura 7. 11
Figura 8. 12
Figura 9. 13
Figura 10. 14
Figura 11. 15
Figura 12. 16
Figura 13. 16
Figura 14. 17
Figura 15. 17
Figura 16. 18
Figura 17. 19
Figura 18. 20
Figura 19. 21
Figura 20. 22
Figura 21. 22
Figura 22. 23
Figura 23. 24
Figura 24. 27
Figura 25. 28
Figura 26. 28
Figura 27. 29
Figura 28. 31
Figura 29. 32
Figura 30. 33
Figura 31. 34
Figura 32. 35
Figura 33. 36
iv
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 8- 1: Aços USI-STAR............................................................................................. 27
Tabela 8- 2: Aços USI-R-COR........................................................................................... 27
Tabela 8- 3: Defeitos em processos industriais. ................................................................. 42
Tabela 8- 4: Defeitos de estampagem profunda. ................................................................ 43
v
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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I- INTRODUÇÃO
1
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2
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Figura 1.
3
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Figura 2.
4
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Figura 3.
5
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Figura 4.
Figura 5.
6
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7
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Figura 6.
A Figura 6 mostra as fases de operações simples do dobramento, em que se procura
manter a espessura da chapa ou evitar qualquer outra alteração dimensional.
Em operações mais simples, para obtenção de elementos curtos, usam-se matrizes,
montadas em prensas de estampagem.
No dobramento, dois fatores são importantes: o raio de curvatura e a elasticidade do
material.
8
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Devem-se sempre evitar cantos vivos; para isso, devem-se usar raios de curvatura
que correspondem a 1 a 2 vezes a espessura da chapa, tratando-se de materiais moles, e 3 a
4 vezes, para materiais duros.
As chapas desses materiais mais duros comumente, depois de realizado o esforço
do dobramento, tendem a voltar às suas formas primitivas, de modo que é recomendada a
construção de matrizes com ângulos de dobramento mais acentuados, além da realização
da operação em várias etapas.
9
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Quanto aos materiais envolvidos, os de uso mais comum nas chapas são os aços de
baixo carbono que, para as operações de estampagem profunda, devem possuir
características de elevada conformabilidade.
A conformabilidade é baseada, primeiramente, na ruptura: um material com boa
conformabilidade não deve romper durante a conformação; e, em segundo lugar, na rigidez
de forma e na ocorrência de rugas.
O latão 70-30 é o material que apresenta um dos maiores índices de
estampabilidade, e por isso é empregado em peças cujos requisitos justificam a seleção de
material de custo elevado. O cobre, o alumínio, o zinco e outros metais não-ferrosos e suas
ligas podem ser também submetidos, com relativa facilidade, aos processos de
conformação mecânica.
10
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Figura 7.
11
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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denominado ponto neutro. Linha neutra é a linha de união de todos os pontos neutros ao
longo da chapa, num corte feito pelo plano transversal, que contém as forças e o raio o de
curvatura.
A linha neutra é utilizada como referência, pois seu comprimento não varia na
conformação, servindo para verificação do desenvolvimento da peça conformada, ou seja,
para determinação das dimensões do esboço inicial que atingirá as dimensões da peça
desejada. Após a conformação, a linha neutra se desloca em direção à superfície
interna. A determinação da linha neutra pode ser feita mediante um cálculo bem simples,
conforme será explanado posteriormente.
Como pôde-se notar, a chapa diminui de diâmetro, dobra-se no raio de curvatura da
matriz e se move para dentro dessa, formando a parede lateral; nessa situação, o material se
deforma somente segunda a direção radial e na direção da espessura (esse modo de
deformação é chamado encolhimento).
Eventualmente, se a resistência à compressão for muito grande, o material da chapa
(ou flange) parará de fluir, para dentro da matriz e, com o aumento da força no punção,
toda a deformação ocorrerá apenas na região da cabeça desse; a conseqüência é a redução
gradativa de espessura do material na região da cabeça do punção e o posterior
estiramento.
Qualquer processo de conformação pode ser descrito em termos dessas
deformações: dobramento, estiramento e encolhimento (Figura 8). Por exemplo, a
estampagem profunda, é uma combinação de encolhimento com dobramento.
Figura 8.
12
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IV.2 DOBRAMENTO:
No dobramento de uma peça inicial na forma de uma tira, os esforços são aplicados
em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica conseqüente,
mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, e
formando, na junção, um raio de concordância (Figura 9). Na parte interna da região de
concordância, surgem esforços de compressão e, na externa, de tração. A eventual fratura
de peça ocorre na parte externa e o possível enrugamento na parte interna.
Figura 9.
13
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Figura 10.
14
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Figura 11.
Figura 12.
Ainda na aba, atuam os esforços de tração, que trazem essa parte para a região
central, denominados tensões de estiramento radial, e também os esforços de atrito que
dependem do nível da tensão de sujeição, dos estados das superfícies e do tipo de
lubrificante empregado (Figura 12).
Nas chapas finas, a tensão de sujeição é maior do que para as chapas mais espessas,
e, para as chapas grossas, não há necessidade de se utilizar sujeitador, pois não ocorre o
enrugamento da aba.
A deformação plástica que ocorre não é decorrente somente da ação de estiramento,
mas também da extrusão causada pela compressão do sujeitador e pela compressão
circunferencial. A ação dessa tensão tende a aumentar a espessura da chapa nessa região,
mas isso ocorre apenas em pequena intensidade diante da ação restritiva da pressão do
sujeitador.
Nas regiões de dobramento na matriz e no punção, agem tensões de tração na
superfície externa das regiões dobradas e tensões de compressão na superfície interna
(Figura 13).
Figura 13.
Figura 14.
Figura 15.
No fundo do copo, o esforço predominante é a tensão de compressão exercida pela
extremidade do punção, que é transmitida através de tensões de tração radiais (Figura 15).
O esforço total exercido pelo punção, ou seja, o esforço de estampagem, é igual à
soma dos esforços atuantes em todas a partes do copo. Se o esforço de estampagem
provocar em qualquer parte do copo uma tensão superior ao limite de resistência do
material da chapa, ocorrerá a fissura desta nessa parte.
Pode-se observar, pela Figura 16, que a máxima força ocorre logo no início da
operação para, cair visivelmente de intensidade logo a seguir, assim que o punção começa
a penetrar na matriz; portanto, a condição de tensão máxima ocorre no início do processo
de conformação, e aí devem surgir os efeito de enrugamento da aba ou de fissuramento da
lateral em formação, que dificilmente ocorrem nos estágios finais da operação.
17
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Figura 16.
18
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19
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Figura 17.
As prensas de duplo efeito (ou dupla ação) possuem dois carros, em duas mesas
superiores, uma correndo dentro da outra, para permitir a combinação das operações de
forma sucessiva. As prensas mecânicas de duplo efeito são utilizadas para as operações de
corte, dobramento e estampagem rasa.
As prensas hidráulicas, mais usadas para estampagem profunda, podem ser de
duplo ou triplo efeito (Figura 18). São acionadas por sistemas hidráulicos constituídos de
bomba, cilindros e válvulas reguladoras arranjadas de forma a ser possível o controle de
deslocamento, da pressão e da velocidade de operação. Como conseqüência, essas prensas
apresentam uma melhor condição de controle das variáveis mecânicas do processo do que
as prensas mecânicas excêntricas, apesar de operarem a velocidades menores.
20
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Figura 18.
21
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Figura 19.
22
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Figura 20.
Figura 21.
23
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Figura 22.
24
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A fabricação de uma peça pode exigir várias etapas de embutimento, o que torna
necessária a utilização de um série de ferramentas com diâmetros da matriz e do punção
decrescentes. O número de etapas depende do material da chapa e das relações entre o
disco inicial e os diâmetros das peças estampadas (Figura 23).
Figura 23.
25
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A título de exemplo, pode-se citar as aços desenvolvidos pela USIMINAS para suas
aplicações em estampagem. Os aços da USIMINAS dividem-se em duas grandes
categorias: USI-STAR e USI-R-COR. Esses são aços desenvolvidos junto à indústria
automobilística, visando a atender às necessidades de maior resistência mecânica e à
corrosão atmosférica.
Aços USI-STAR
São aços de baixa liga, com 400 e 450 N/mm2 de resistência, para aplicação em
peças estruturais de veículos automotores, visando a diminuição do peso e,
conseqüentemente, a redução do consumo de combustíveis.
26
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Aços USI-R-COR:
São aços laminados a frio, resistentes à corrosão atmosférica, que após fosfatização
e pintura, apresentam maior resistência à corrosão que os aços carbono comuns em
condições idênticas. A aplicação principal é na indústria automobilística coma fabricação
de peças críticas à corrosão e na de eletrodomésticos.
OBS.: Para ambas as tabelas, as curvas de embutimento são como as da norma NBR5915.
27
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Figura 24.
28
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29
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Uma tira de chapa correspondente ao material que vai ser dobrado é submetida a
um dobramento preliminar. Seu comprimento é c e sua espessura e; dobrada a tira,
medem-se os comprimentos a e b e o raio r (Figura 25). Admitindo-se que o valor y
corresponda à distância da linha neutra, tem-se:
Figura 25.
30
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Figura 26.
Em vista dos resultados práticos obtidos, conclui-se que linha neutra está sempre
situada na metade da secção quando a espessura da chapa é, no máximo, de 1
milímetro. Em espessuras superiores, admite-se que a linha neutra se situe a 1/3 da curva
interna, aproximadamente. Se a chapa dobrada apresenta contracurvas, admite-se que, em
cada caso, a linha neutra se localize em direção à curva interna.
Localizada a posição da linha neutra, pode-se facilmente calcular o comprimento do
elemento dobrado. A Figura 26 representa uma chapa dobrada em U, cujo
desenvolvimento, representado pela linha neutra, pode ser obtido, haja vista que o desenho
dá todas as dimensões necessárias e um ensaio prévio de dobramento permite localizar a
linha neutra.
onde:
Q esforço de corte ou cisalhamento (kgf)
p perímetro da chapa (mm)
e espessura da chapa (mm)
σc resistência ao cisalhamento do material (kgf/mm2)
31
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO IV
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Suponha-se uma chapa metálica colocada sobre uma matriz de dobramento e sujeita
ao esforço de dobramento (Figura 27). Admitindo-se que a chapa se comporte como um
sólido apoiado nas extremidades e carregado no centro, a determinação do esforço de
dobramento é relativamente simples.
Sejam, dessa forma:
P força necessária para o dobramento (kgf)
b largura da chapa (mm)
l distância entre os apoios (mm)
e espessura da chapa (mm)
Mf momento fletor (kgf.mm)
σt limite de resistência à tração (kgf/mm2)
σf tensão de flexão necessária à deformação permanente
momento de inércia da secção, em relação ao eixo neutro
I
(mm4)
z distância máxima das fibras ao eixo neutro (mm)
I/z módulo de resistência (mm3)
Figura 27.
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onde σf = 2. σt (aproximadamente)
Altura h
Área da Base S
Logo:
π.D2 / 4 = π.d2 / 4 + π.d.h
ou:
D2 = d2 + 4.d.h ⇒ D = (d2 + 4.d.h)1/2
Admitindo-se h = 2d, tem-se:
D = d + h = 3d .
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Figura 28.
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Figura 29.
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Figura 30.
A Usiminas Mecânica S.A. foi fundada pela Usiminas em 1970, com o objetivo de
promover a utilização do aço na construção civil e mecânica no Brasil. A empresa, que já
nasceu de grande porte, instalada no Vale do Aço, em Ipatinga, Minas Gerais, é uma
fábrica moderna e capaz de atender as necessidades de um país em pleno desenvolvimento
(Figura 30).
Após um período sob controle e administração do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, voltou a ser controlada pela
Usiminas. Hoje, considerada uma das maiores empresas do setor de bens de capital do
País, já inclui entre as certificações internacionais adquiridas as ISO 9001, ISO 9002 e ISO
14001, esta última referente à gestão ambiental.
A empresa se subdivide em três sub-empresas, de acordo com o negócio praticado,
quais sejam:
- Usistamp (estampagem de peças automotivas seriadas);
- Usiblanks (cortes padronizados para indústrias automotiva, ferroviária e naval);
- Usicorte (cortes em chapas e conformação de peças) para a indústria
automotiva.
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Figura 31.
A primeira etapa do fluxo, uma vez estabelecido o projeto do carro a ser fabricado,
é o projeto do processo de produção., que engloba o projeto das peças e dos protótipos a
serem utilizados. Logo após a produção e aprovação de um protótipo, segue o projeto do
ferramental de produção e a confecção desse ferramental. Após testes e simulações
diversas com os protótipos, havendo aprovação, é hora dos testes de produção.
Como a seqüência à direita mostra, o objetivo da indústria de estampagem
automobilística é reduzir o tempo entre o começo do projeto e o início da produção, através
do desenvolvimento de confiáveis técnicas de simulação, capazes de prever todos os
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defeitos e prover dados consistentes para a produção, sendo possível, assim, eliminar todas
as fases dos protótipos.
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Figura 32.
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Figura 33.
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Esse método consiste na marcação por sobre a superfície do esboço, de uma rede de
círculos cujos diâmetros sejam conhecidos e, em seguida, ensaia-se o material até a
fratura. Os círculos transformam-se em elipses e os diâmetros máximos e mínimos
fornecem as direções das deformações principais. As duas técnicas mais usadas
atualmente para a determinação das curvas limite de conformação são o método IRSID
(utiliza corpos de prova de tração com entalhe e ensaios de embutimento conhecidos) e o
método Nakajima (que utiliza uma única ferramenta, variando-se as dimensões do esboço.
Efetuada a curva limite de conformação para um material, podemos efetuar o
mesmo sistema de marcação e testar o material em escala industrial, verificando o grau de
severidade (distância da região mais deformada na peça industrial à curva limite) e obtendo
dados para decidir como proceder em caso de recusa do material por ruptura.
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XII.1 SIMULAÇÃO
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