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—y—~ unalng jon in Obras de Antonio Gramsci Editor: Carlos Nelson Coutinho Coveditores: Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira Cadernos do cércere (6 vols.) 1. Introdusao ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedetto Croce 2. Os intelectuais. O principio educativo, Jornalismo 3. Maquiavel. Notas sobre 0 Estado e a politica 4. Temas de cultura, Ago catélica. Americanismo e fordismo 5. O Risorgimento italiano. Notas sobre a histéria da Itdlia & Literatura. Folclore. Gramatica. Apéndices: variantes e indices Escritos politicos (2 vols.) | 1. Escritos politicos 1910-1920 | 2. Escritos politicos 1921-1926 Cartas do carcere (2 vols.) Antonio Gramsci Cadernos do carcere INTRODUCAO DE Carlos Nelson Coutinho Vous In TRADUGAO DE Carlos Nelson Cousinbo St edigao So CIVILIZAGAO BRASILEIRA Rio CADERNOS DO CARCERE tou redigir a “orelhé” do volume 1 desta edigdo brasileira, cabe lem- Cronologia da vida de Antonio Gramsci* brar também a interlocugio que tivemos com Guido Liguori, redator- cchefe de Critica Marxista e profundo conhecedot de Gramsci e de suas edits, Upson dees radial de “etgao Gerratana”, foi sempre contrario & nossa proposta, mas contribuiu decisivamente, com suas % criticas fraternas, para que a melhoréssemos. Também agradecemos a q Lea Durante ¢ a Fabio Frosini por suas oportunas sugestdes, 4 Luciana Villas-Boas, atual editora da Civilizagao Brasileira, acei- tou imediatamente nossa proposta de uma nova edicio de Gramsci ef} 4891, a 4 continua a defendé-la e a implementé-la, Sem o seu apoi digo : 22 de janeiro. Nasce em Ales (Cagliari, Sardenha),filho de Francesco seria invidvel. Para a execugdo prética da mesma, contamos =| ¢ Giuseppina Marcias, quarto de sete filhos (Gennaro, Grazietta, Emma, 3 ‘com o trabalho editorial de Fernanda Abreu, num. Primeiro momento, “ Antonio, Mario, Teresina, Carlo). O Pai, filho de um coronel da policia © agora, com o de Ana Paula Costa. Sio elas que fazem 0 milagre de nascera em Gaeta em 1860, descendente de uma familia de ori- transformar mudos disquetes em belos livros. gem albanesa, Concluido o gindsio, Francesco passa a trabalhar no carté- rio de Ghilarza, em 1881. Em 1883, casa-se com Giuseppina Marcias e, pouco tempo depois, transfere-se para Ales. A mie, nascida em Ghilarza em 1861, era sarda por parte de pai e mae ¢ tinha parentesco com fam{- lias ricas de sua cidade, CNG a 1894-96. Antonio tem saide frégil. Aos quatro anos, cai dos bragos de uma bab, fato que serd depois relacionado com seu defeito fisco (ele era cor= cunda). Pesquisas mais recentes atribuem esse defeito a doenga de Port ie de tuberculose éssea, diagnosticada somente mo cdrcere, mas que Antonio teria contrafdo desde a infancia, aa aaa, 1897-98. © pai € afastado do emprego e, depois, preso e condenado, acusado de ircegularidades administrativas. A mae, com os sete filhos, volta a * Esta cronologia € uma versio levemente abreviads, mas que introdu tambézn novas informagdes ites a0 leitor brasileiro, daquela contida em A. Gramsci, ‘Quadern det carcere, ed. critica de Valentino Gerratans, Tusim, Einaudi, 1975, p. XLIILLXVIN, CADERNOS DO cA ‘morar em Ghilarza. Antonio (cujo apelido familiar era “Nino”) freqiien- ta a escola priméria. 1903-05, Concluido © curso primétio, em 1902, & obrigado, pelas dificeis’ condigées econémicas da familia, a trabalhar por dois anos no carté: de Ghilarza. Estuda em casa, 1905.08. Gracas a ajuda da mie ¢ das irmas, retoma os estudos e freqiienta (8 tés Giltimos anos do ginésio em Santu Lussurgiu, a 15 quilémetros ded Ghilarza. Em torno de 1905, comega a ler a imprensa socialista, sobre- tudo 0 jornal Avantil, enviado pelo irmio mais velho, Gennaro, queg prestava servico militar em Turim, e ; 1908-11. Concluido © gindsio em Oristano, ingressa no curso colegial em Cagliari. Vive com 0 irmio Gennaro, que trabalhava numa fabrica de gel = € eza tesoureiro da Cimara do Trabalho local e, mais tarde, seeretitio de | serio do Partido Socialita Italiano (PS). Gramsci freqienta 0 movimento socialist e participa ativamente dos grupos jvenis que discutem os proble- cnceceeciaoree ae timento de rebeliéo contra 0s ricos, marcado pelo orgulho regionalista. Em 1910, publica em L’Unione Sarda o seu primeiro artigo. Remontam tam- bém a esses anos suas primeiras leituras de Marx, feitas — como ele dis depois — “por curiosdade intelectual”. Durante a fas, para ajudar nos # ‘gastos com a escola, faz trabalhos de contabilidade e dé lies particulares. 1911. No vero, conclui o segundo grau. Para poder inscrever-se na Uni- 4 decide concorrer a uma bolsa de estudos para alunos pobres © Reino da Sardenha, uma bolsa de baixo valor, concedida aps =z meses ao ano, Em outubro, parte para Turim, onde presta concurso (no qual também se inscreve Palmiro Togliatt) e obtém a bol sa. No més seguinte, inscreve-se na Faculdade de Letras. Mora durant cRONOLOGIA algum tempo com Angelo Tasca, companheiro de estudos e dirigente do movimento juvenil socialisca. § meses como estudante universititio, vive isolado, iMdades materiais e padecendo de um esgotamento particularmente pelos estudos de lingiifstica, reali- ca, conhece Togliatti, de quem se torna amigo. Pouco tempo depois, fazem juntos uma pesquisa sobre a estrutura social da Sardenha. propaganda antiprotecionista”, adesio registrada em La Voce, de 9 de ‘outubro. Assiste na Sardenha a campanha eleitoral para as prime 60s italianas realizadas com sufrdgio universal, Nos mes cestabelece seu primeiro contato com 0 movimento em particular com sua sesZo juvenil. E provavel que remonte a essa épo- 2. inscrigdo de Gramsci na segdo socialista de Turim, 1914. , et.) que formam em Turim jobre @ posigdo do PSI diante da guer- Grido del Popolo, 31 ca, que era favordvel 50 st

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