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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E SERVIÇOS

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO


DISCIPLINA: ENFERMAGEM DO TRABALHO

PROFºANNE ARAÚJO
annearaujoenf@hotmail.com

ENFERMAGEM DO TRABALHO

Natal/RN
PLANO DE CURSO

EMENTA
A enfermagem do trabalho é uma área de conhecimentos e práticas
fundamentada na atenção á saúde em prol dos trabalhadores. Envolve desde
a compreensão das relações humanas até a função dos profissionais de
enfermagem.

OBJETIVO
Conhecer e dialogar sobre a enfermagem do trabalho, enfatizando o papel
do técnico de enfermagem do trabalho nas ações de saúde direcionadas aos
trabalhadores.

MÉTODO
Aula dialogada e expositiva.
Aula 01:
Processo e transformação
do trabalho.
O que é o trabalho?
Vamos analisar a imagem...

Fernand Léger
O trabalho
• Execução de tarefas que
exigem esforço mental e físico;

• Com o objetivo de produção


de bens e serviços para
atender as necessidades
humanas;

• Em todas as culturas o
trabalho é a base da economia.
PROCESSO E TRANSFORMAÇÃO DO TRABALHO

O que é Processo de Trabalho?

É um processo em que o homem, através de sua ação, gera,


conduz e controla sua relação material com a natureza,
apropriando-se desta e de seus recursos para alcançar e suprir as
necessidades humanas.

O processo de trabalho sofre


constante transformação da natureza por
meio dos instrumentos de trabalho para
alcançar os objetivos do homem, o
produto..
Portanto, o produto é fruto de:

Atividade humana (força de trabalho)

O objeto (matéria prima)

Os meios (ferramentas, instrumentos, máquinas)


O processo de trabalho engloba:

Condições objetivas (os instrumentos e materiais


utilizados);

Condições subjetivas (aspirações, desejos e possibilidades


de acordo com o significado e o sentido do trabalho na vida de
cada pessoa).
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Conjunto de práticas articuladoras de processos de trabalho


historicamente determinados, associados à força de trabalho ao
capital.

Na organização do processo de trabalho, estão envolvidos


3 elementos:

► O conteúdo do trabalho (o que se faz);

► O método do trabalho (como se faz);

► As relações interpessoais (relação de poder, hierarquia, controle,


competitividade e cooperação).
Modelos de Organização do
Trabalho
• Compreende a divisão do trabalho, a hierarquia e
as relações de poder. Essas relações implicam
numa divisão social entre trabalhadores para
obtenção do fruto do trabalho.

• Neste contexto, além do trabalho ser um caminho


para busca das necessidades humanas, passa a ser
um instrumento do capital.
Modelos Capitalistas de Organização do
Trabalho
Modelos Clássicos:
Taylorismo;
Fordismo.

Modelos Flexíveis: Toyotismo.


Dessa forma, o trabalho é uma constante evolução, pois se
transforma, transforma o trabalhador e a humanidade.

Adquiri novas habilidades e produz novos conhecimentos,


gerando satisfações.

Por isso o trabalho é bem mais


que um emprego, é uma atividade
vital do homem, envolvendo aspectos
culturais, sociais, emocionais,
afetivos...
PRODUÇÃO CAPITALISTA

No início o processo de trabalho era passado de pai para


filho e os trabalhadores detinham o conhecimento e as habilidades
para o desenvolvimento das atividades laborais, o que os conferia
uma certa liberdade para decidir o que produzir.

Os capitalistas reuniram os trabalhadores em um mesmo


espaço, fizeram uma jornada de trabalho, passaram a controlá-los,
discipliná-los e definir metas gerando uma manufatura. Cada um
fazia uma coisa diferente dos demais. Daí surgiu a Mais Valia.
A divisão do trabalho manual e
intelectual gerou a alienação do
trabalhador, pois ele não mais tem a
visão da totalidade e do controle da
atividade e nem tem acesso ao produto
final.

Esse modo de produção teve


início no Séc VII na Inglaterra e
culminou na I Revolução Industrial e
gerou duas classes opostas e
complementares: proletariado e
burguesia.
• Com a introdução da máquina, energia elétrica e
novas formas de gestão do trabalho, surgiu a II
Revolução Industrial iniciada nos EUA.
Taylorismo

• Organização do trabalho e maior


rentabilidade do processo produtivo
(Gerenciamento/Administração
Científica).

• Caracterizado pela fragmentação do


trabalho e a separação entre trabalho
físico e mental.

• *Aumento da mais-valia
Frederick Taylor
Fordismo
Incrementa ainda mais a
divisão de tarefas, inaugurando o
termo linha de montagem.
Acrescido de imposição de normas
rígidas, menor tempo de produção,
maior economia e menos custo.

O trabalho se torna cada vez


mais repetitivo e alienante, passando
o trabalhador a ser visto como mera
força de trabalho.
Toyotismo
Com o passar dos anos, os trabalhadores insatisfeitos, o
cansaço físico, as más condições de trabalho e de saúde trouxeram
consigo altos índices de abandono de emprego, absenteísmo,
rotatividade.

Isso aliado a um ritmo intenso de trabalho e inflexibilidade


no processo de produção estavam gerando produtos defeituosos
causando a crise no sistema.

Então novo modelo foi criado e surgiu no Japão


viabilizando produções com pequenos estoques com maior
flexibilidade e rapidez (acumulação flexível).
O Toyotismo impulsionou a III Revolução Industrial e
inaugurou os termos Mais-Valia Absoluta (mais trabalho/hora extra)
e Mais-Valia Relativa (mecanização).Nesse contexto também
surgem a globalização da economia e a implantação de novas
tecnologias.

Ao longo dos anos surgem movimentos sociais em prol dos


direitos dos trabalhadores – CLT, previdência, assistência médica,
etc.
IMPLICAÇÕES DO TRABALHO PARA A SAÚDE DO
TRABALHADOR

O acúmulo de capital gera: a intensificação da exploração


da força de trabalho por meio de novas tecnologias, novas formas
de organização do trabalho e nas relações de trabalho, o que
implica em condições precárias de trabalho, jornadas longas,
exploração do trabalho (até infantil), etc.
Consequência:
Interferência no processo saúde-doença dos
trabalhadores, pois aumenta as possibilidades de
acidentes, incapacidades, mortes, etc.
Hoje em dia...
• Promove uma melhor qualidade de vida ao empregador,
oferecendo boas condições de trabalho para que o mesmo
não venha a adoecer, trabalhe de forma satisfatória e alcance
os seus objetivos.
Referências:

Este módulo está utilizando como base o livro “Enfermagem e trabalho:


fundamentos para a atenção à saúde dos trabalhadores” de Maria Celeste
Soares Ribeiro, ed. Martinari, 2012.

Trabalho e vida econômica, Anthony Gidens, 2007;

RODRIGUES,L.M .Destino do sindicalismo, 2 ed. São Paulo, 2002.


Obrigado!!!

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