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1. Introdução e Objetivos.............................................................................. 4
5. Conclusão............................................................................................ 17
SISTEMAS DE TV DIGITAL
Figuras
Figura 1 - Diagrama simplificado de um sistema de TV Digital............................ 6
SISTEMAS DE TV DIGITAL
1. Introdução
e Objetivos
SISTEMAS DE TV DIGITAL
2. O que é um
Sistema de TV
Digital?
SISTEMAS DE TV DIGITAL
O que é um Sistema de TV Digital?
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Primeiramente, é interessante observar que todo A codificação visando a compressão de sinais é
o sistema depende da produção de conteúdo au- algo que pode ser realizado justamente em razão
diovisual, que traduz essencialmente a informação do processamento no domínio digital. Com isso,
que será transmitida. O transporte de informação uma redução de largura de banda ocupada pode
é feito através de sinais de TV Digital. No caso de ser alcançada possibilitando a combinação de di-
um sistema digital, novos processos surgem nesta ferentes sinais na composição dos serviços de TV
cadeia de transmissão e com eles, uma série de Digital. Na engenharia de telecomunicações, esta
vantagens. Note: a digitalização dos processos e combinação é chamada de multiplexação de sinais.
dos sinais é o que possibilita a realização de pro- Dessa forma, é tarefa do multiplexador consiste em
cessamento digital de sinais nestas várias etapas. entregar os serviços de TV Digital que serão trans-
Assim, os equipamentos utilizados no sistema da mitidos via radiodifusão. Finalmente um transmissor
Figura 1 são capazes de interpretar, processar e de TV Digital composto por um modulador é res-
gerar bits streams (fluxo de bits) que representam ponsável pela radiodifusão das informações atra-
todas as informações audiovisuais geradas na eta- vés de sinais de radiofrequência apropriados para
pa de produção de conteúdo. a transmissão canal de comunicação sem fio.
Camada de Multiplexação
Radiodifusão
Sistema de Modulação
Transmissão
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3. O que é um
Padrão de TV
Digital?
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O que é um Padrão de TV Digital?
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Com isso, podemos citar os principais padrões de TV Neste ponto, é fundamental destacar que a adoção de
Digital: um padrão por parte de um país é uma decisão de
extrema relevância, pois se associa e movimenta toda a
• Padrão de TV Digital Europeu: DVB-T – Digital indústria ligada diretamente e indiretamente ao setor de
Video Broadcast-Terrestrial radiodifusão. Com isso, há um processo de adoção em
• Padrão de TV Digital Japonês: ISDB-T – que uma série de testes, experimentações e avaliação
Integrated System Digital Broadcast- Terrestrial são realizadas para que a decisão de adoção, de fato,
• Padrão de TV Digital Americano: ATSC – seja tomada. Toda a evolução deste mapa também está
Advanced Television System Committee relacionada com o processo de ASO, visto que vários
• Padrão de TV Digital Chinês: DMB – Digital países, ao realizar a adoção, já o fazem traçando pers-
Terrestrial Multimedia Broadcast pectivas do desligamento do sinal analógico.
ISDB
DVB
ATSC
DMB
O mapa da Figura 2 mostra como a adoção dos pa- Neste contexto, o Brasil fez a adoção do padrão desen-
drões de TV Digital está distribuída em escala global. É volvido pelo Japão, denotado como ISDB e promoveu
possível visualizar uma divisão tecnológica nas Améri- modificações importantes no sistema para atender
cas através dos padrões ISDB e ATSC. A grande difu- necessidades específicas do país. Isso é de extrema
são do padrão Europeu DVB também é registrada no relevância, pois a operacionalidade destes padrões é
mapa enquanto a China possui uma solução tecnoló- afetada conforme as características de propagação de
gica de TV Digital própria. cada região. Por isso, a avaliação de desempenho dos
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O que é um Padrão de TV Digital?
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padrões através de indicadores eficientes é essencial que será transmitido. Esta codificação é necessária
para a tomada de decisão técnica a respeito da ado- em razão da alta largura de banda ocupada pelo si-
ção e da futura operacionalidade. nal SDI. Com isso, o codificador irá comprimir o SDI
de entrada a fim de gerar um sinal denotado como
O resultado do desenvolvimento Brasileiro levou ao TS (Transport Stream) que consiste em um fluxo de
padrão tecnológico ISDB-Tb (Integrated System Digi- transporte codificado que ocupa menor largura de
tal Broadcast- Terrestrial Brazil), que possui diferenças banda. Em seguida a possibilidade de multiplexação
em relação ao padrão japonês. A Figura 2 auxilia nes- de diversos TS para a formação do BTS (Broadcast
te entendimento mostrando o mesmo diagrama em Transport Stream) é uma característica específica do
blocos visto anteriormente, com a diferença de que, sistema ISDB-Tb que permite compor diversos tipos
agora, os sinais de TV Digital do sistema ISDB-Tb são de serviços de TV Digital. Finalmente, o sinal BTS será
evidenciados. Isso permite compreender as diferenças modulado através de uma técnica de transmissão por
do padrão Brasileiro em relação aos demais. Uma das múltiplas portadoras interna ao modulador. Isso possi-
principais diferenciações está na etapa de codifica- bilita a transmissão adequada dos sinais de TV Digital
ção voltada para compressão de sinais. O codifica- no canal de propagação sem fio, além de ser funda-
dor (i.e., equipamento que irá realizar a compressão) mental para implantação de redes de frequência única
irá processar o sinal SDI (Serial Digital Interface), que (i.e., SFN – Single Frequency Network).
transporta todo o conteúdo de vídeo e áudio digital
Produção de Conteúdo
Sinal SDI Sistema de Codificação
Geração SDI - Serial Digital Interface
Sinal TS
Camada de Multiplexação
Radiodifusão
Sinal BTS
Sistema de Modulação
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•
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Equador
Atualmente, a implantação do sistema ISDB-Tb por Ásia:
ser interpretada como um processo caracterizado por • Paraguai
• Japão
várias etapas, que iniciou em 2006 que é acompa- • Bolívia
• Filipinas
nhado, no momento, por um processo ASO. Neste • Venezuela
• Maldívias
contexto de transição, os dois sinais estarão sendo • Costa Rica
• Sri Lanka
transmitidos de forma simultânea para a população. • Nicarágua
Hoje, no ano de 2018 algumas grandes cidades do • Guatemala
Brasil já podem contar totalmente com transmissões Américas: • Honduras
digitais tal como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto • El Salvador
• Brasil
Alegre. Entretanto, os restantes das cidades brasilei- • Belize
• Uruguai
ras de pequeno e médio porte possuem ao menos
• Chile
uma emissora já transmitindo digitalmente o seu sinal. África:
• Peru
Quase todos os países da América latina adotarão o • Botswana
• Argentina
padrão de televisão digital nipo-brasileiro (ISDB-Tb)
exceto somente a Colômbia, no continente africano
existia uma expectativa grande que Angola também
adota-se porém foi optado pelo padrão europeu
(DVB-T). A lista de países com padrão ISDB-Tb esta
relacionada abaixo:
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4. Recomendações
ITU para planos
de transição de
Switch-off de TV Digital
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Recomendações ITU para planos de transição de Switch-off de TV Digital
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Nesta seção, nosso objetivo reside em fornecer infor- atividades e implementações aprovadas pelo WTDC
mações de referências da ITU (International Telecom- (World Telecommunication Development Conference).
munications Union) no sentido de apontar recomen- A estrutura destas recomendações é composta por
dações para a migração da televisão analógica para blocos funcionais, organizados da seguinte forma:
a televisão digital, contemplando também a TV Digital • Camada A – Políticas e regulamentação –
móvel (transmissão para dispositivos móveis). De for- Gestão Espectral
ma geral, tais informações cobrem áreas de política e • Camada B – Analougue Switch-off ASO –
gestão de espectro, questões econômicas e escolhas Completo desligamento do sistema analógico
tecnológicas que devem ser feitas e que impactam na • Camada C – Desenvolvimento de negócios e
relações de mercado
transição ASO. As recomendações são baseadas em
um conjunto de diretrizes e experiência dos projetos • Camada D – Redes de Televisão Digital
da ITU na aplicação de planos de transição na ana- • Camada E – Projeto/Mapeamento de
Desenvolvimento (Roadmap)
lógico-digital realizada nos países africanos com as
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Cada camada é composta por uma série de tópicos serviços de TV Digital, a agência reguladora pode
específicos que podem estar correlacionados. De for- planejar ações políticas junto ao governo na emissão
ma geral, as camadas A e C estão diretamente asso- de informações, recursos, direitos, licenças e autori-
ciadas às ações do governo e o funcionamento do zações para as partes qualificadas envolvidas nos di-
mercado. Também já se torna importante mencionar versos processos em andamento, mediante profunda
que há casos onde a gestão governamental é mais fiscalização das operações e em conformidade com a
ampla fazendo com que mais camadas sejam ligadas legislação pertinente.
fortemente aos governos dos países. As funções atri-
buídas a cada camada são o resultado de uma pesqui-
sa intensa da ITU nos vários casos de implantação e
4.2 Layer B – Switch-off
transição ASO analisados. A Figura 4 ilustra a estrutura Analógico
de camadas do plano de transição ASO. Vale ressaltar
que o entendimento deste modelo em camadas se Esta camada tem a função de coordenar, descrevendo
aplica de forma particular em cada localidade, devido todas as diretrizes de transição que devem ser obede-
às diferentes conexões que se fazem entre camadas cidas no desligamento do sistema analógico. Em um
de acordo com o país onde ocorrerá o processo ASO. âmbito maior, pode-se descrever que é necessário
mudar todo o sistema de televisão existente, com as
4.1 Política e redes de radiodifusão analógicas, substituindo-as por
Regulamentação um sistema digital de radiodifusão, com transmisso-
res digitais. O mesmo ocorre com os equipamentos
O núcleo de tratamento das informações nesta cama- de recepção dos usuários, sendo necessário que o
da se volta para as obrigatoriedades de regulamenta- telespectador tenha um dispositivo televisor capaz de
ção, sobretudo a gestão do principal recurso na área interpretar, processar e decodificar o sinal do sistema
de telecomunicações: o espectro eletromagnético. de TV Digital. Isso significa que, do ponto de vista de
Desta forma, tópicos específicos como o plano de transparência tecnológica, a TV Digital não é totalmen-
canalização espectro dos serviços e os mecanismos te transparente ao usuário, requerendo deste, a aqui-
de gestão para prover coexistência entre os serviços sição de um novo receptor capaz de receber os sinais
são os mais importantes desta camada. Além disso, de TV Digital. Neste sentido, o ASO é uma iniciativa de
os desafios se encontram em todo o embasamento gestão de processos de implantação, fundamentada
burocrático, necessário para que a gestão do cená- na busca pela melhoria de qualidade do sistema e
rio espectral seja feita de forma eficiente em países que traga, de forma efetiva, benefícios à população
com grande extensão territorial. Assim, na busca pela e indústrias ligadas diretamente ou indiretamente ao
aceleração da aceitação e implantação dos novos mercado de radiodifusão dos países.
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4.3 Layer C – caso, no modelo tecnológico destes agentes, há um
Desenvolvimento interesse em ampla cobertura de serviços, caracteri-
zando uma conexão direta com a camada D, explica-
de Negócios e Relações da a seguir.
de Mercado
A complexidade da camada C passa diretamente pela
4.4 Layer D – Redes
complexidade comercial dos negócios que envolvem de Televisão Digital
provedores de conteúdo (e.g., portais de geração de
conteúdo), operadores de rede de radiodifusão (i.e., A camada D trata de assuntos de caráter técnico,
emissoras) e diversos fabricantes que atuam com ligados principalmente a questões e escolhas dos
pesquisa, desenvolvimento e produção de soluções operadores de rede frente ao planejamento das redes
nas diversas etapas de implantação de um sistema de radiodifusão digital para o serviço de TVD. Nesta
de TV Digital em um país. Isso significa que a camada camada, as tomadas de decisão relacionadas com os
C lida diretamente com um conjunto de atividades de planejamentos de infraestrutura da rede de radiodifu-
negócios e ferramentas que possuem a capacidade são e das frequências de operação são o núcleo de
de definir novos serviços de TVD, associando-os aos estudo desta camada. O controle e a gestão destes
casos e planejamentos de negócios existentes. Os di- processos relacionados com a nova a tecnologia au-
ferentes agentes da camada e as relações de merca- xiliam na tomada de decisão do processo ASO. De
do caracterizam a relação direta desta camada com o forme técnica, o objetivo em longo prazo desta ca-
processo de transição ASO. mada é garantir um caráter sustentável ao modelo de
serviço tecnológico implantado e operado através de
Uma característica importante dos agentes desta ca- processos como práticas de solução de problemas
mada recai na dinâmica de interesse no retorno acei- (troubleshooting) e otimização (optimization) aplicadas
tável de investimentos, sobretudo porque há, neste de forma eficiente no modelo de serviço de TVD.
âmbito, uma mistura de interesses públicos e privados
que se iniciam desde a adoção, implantação e ope-
4.5 Layer E – Mapeamento
ração de um novo sistema de televisão. Os agentes
privados de radiodifusão procuram fazer com que os do Desenvolvimento
propósitos e os modelos de TVD atinjam as demandas
estudadas gerando retornos suficientes para a opera- Esta camada E está destinada a criar um conjunto
ção e a saúde financeira das empresas. Os agentes geral de mapeamentos (roadmap) que descreva todo
públicos de radiodifusão se voltam para os campos da o processo de transição, criando uma síntese bem
difusão da informação de interesse público. Em todo formulada do plano que foi executado no ASO. Um
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roadmap é um plano que está em conformidade com do processo de transição ASO contribui para
os objetivos a médio e longo prazos que indica as o aumento direto da inteligência espectral dos
principais ações para atingir tais objetivos. sistemas de radiodifusão digital. Especificamente,
a gestão e fiscalização do espectro e o sistema
• O plano ajudará a chegar a um consenso maior de radiodifusão são as ferramentas usadas neste
sobre os requisitos e soluções na transição ASO contexto.
de TV Digital.
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inclusão de novas possibilidades e modelos
de negócios ampliadores das relações
entre servidores e operadoras de rede
Broadcast, concessionárias e empresas de
telecomunicações, dando origem a novos
serviços e aplicações muito mais interativas e
customizadas.
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5. Conclusão
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www.inatel.br/ead
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