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Rio de Janeiro
Setembro de 2012
MODELAGEM ACÚSTICA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA ATRAVÉS DO
EMPREGO DE DIFERENTES ESQUEMAS DE DIFERENÇAS FINITAS
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Luiz Landau, D.Sc.
________________________________________________
Dr. Josias José da Silva, D.Sc.
________________________________________________
Dr. Djalma Manoel Soares Filho, D.Sc.
________________________________________________
Dr. Cleberson Dors, D.Sc.
iii
“Dedico este trabalho à minha mãe Valéria de Souza Duarte e ao meu pai Ubiracy
Duarte, por serem exemplos de luta e superação.”
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por todo amor, apoio e dedicação que deram ao longo
da minha vida, aos meus irmãos Bruno de S. Duarte, Júlio de S. Duarte e Laura de S.
Duarte pelo suporte e amizade.
Agradeço aos geofísicos Josias José da Silva, Wilson Souza Duarte, Márcio A.
Martins e Matheus Lara pelas discussões e contribuições neste trabalho.
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
September/2012
vii
Índice
Página de Assinaturas ii
Dedicatória iv
Agradecimentos v
Resumo vi
Abstract vii
Capítulo 1 Introdução 1
viii
2.5 Esquema Compacto de Diferenças Finitas de 25 pontos 33
2.8.2 Lapack 48
2.9.1 Teoria 49
ix
4.1 Resultados 101
4.2 Trabalhos Futuros 103
x
Capítulo 1
Introdução
1
Figura 1.1 − Esquema para exemplificar como as ondas sísmicas se propagam nas
camadas da subsuperfície. Aquisição terrestre (onshore) e marítima (offshore). Extraído
de SILVA (2009).
2
A exigência da Indústria do Petróleo da crescente otimização de investimentos
tem conduzido cientistas ligados a essa área a desenvolverem técnicas de exploração
que utilizam cada vez mais estudos detalhados sobre modelos, os quais tentam
aproximar ao máximo as características do problema real. Assim o uso destas técnicas
tornou-se comum tanto na indústria quanto nos centros de pesquisa (SILVA, 2009).
3
Existem diferentes modelos matemáticos que podem ser adotados na modelagem
sísmica, tal como a equação acústica da onda, a equação elástica da onda e a equação
visco-elástica da onda. Logicamente, quanto mais refinado for o modelo considerado,
melhor será descrita a propagação da onda e mais complexas serão as equações que
regem o fenômeno, além de em geral serem mais dispendiosas computacionalmente (DI
BARTOLO, 2010).
4
frequência (Frequency-Domain Finite-Difference) estão sendo cada vez mais utilizadas
por pesquisadores interessados em inversão sísmica usando a equação completa da onda
(Full Waveform Inversion) (PRATT & WORTHIGTON, 1990; ŠTEKL & PRATT,
1998; AMINI & JAVAHERIAN, 2011), e na modelagem precisa do comportamento do
campo de ondas em meios viscoelásticos.
5
discreto da fonte utilizada). O principal problema é minimizar a quantidade de memória
necessária para armazenar a matriz de coeficientes. Na resolução de tal equação
matricial, um parâmetro fundamental é a largura de banda numérica, a qual é o valor da
distribuição dos elementos não nulos da matriz através da medida da distância destes à
diagonal principal. O uso de operadores de diferenças finitas no processo de
discretização e esquemas de ordenamento sequencial na etapa de construção do sistema
linear de equações algébricas conduzem a matrizes com elementos não nulos confinados
a uma banda diagonal bem-estruturada. Os elementos que estão fora da estrutura em
banda diagonal não necessitam ser armazenados, porque eles permanecem nulos durante
o processo de resolução do sistema linear (PRESS et al., 1992). Esquemas de resolução
mais complexos buscam minimizar a largura de banda numérica através da reordenação
dos elementos da matriz. A largura de banda numérica é finalmente controlada pela
extensão espacial dos operadores de diferenças finitas, os quais devem ser mantidos tão
pequenos e tão precisos quanto possível (ŠTEKL & PRATT, 1998).
6
diferenças finitas de 5 pontos utilizado inicialmente por PRATT & WORTHIGTON
(1990).
7
1.1 Estrutura da Dissertação
8
Capítulo 2
9
Neste trabalho são utilizados três esquemas de diferenças finitas no domínio da
frequência para encontrar a solução aproximada da equação acústica da onda: esquema
convencional de 5 pontos (PRATT & WORTHIGTON, 1990); esquema compacto de 9
pontos (JO et al., 1996); e o esquema compacto de 25 pontos desenvolvido por SHIN &
SOHN (1998). Todos esses esquemas são implícitos, de forma que a solução para um
dado passo de frequência é função apenas da frequência considerada neste mesmo
passo. Diante desse fato, torna-se necessária a resolução de sistemas de equações
lineares para cada passo de frequência. A independência entre os passos de frequência
facilita a paralelização do código de modelagem, que pode ser feita através da
distribuição de tarefas entre os processadores computacionais.
10
para problemas contendo matrizes esparsas do tipo banda com coeficientes não nulos
complexos. A primeira sub-rotina, designada por CGBTRF, fatora a matriz de
coeficientes do sistema em L (matriz triangular inferior) e U (matriz triangular superior)
como operação preliminar para a segunda, designada por CGBTRS, que então, resolve o
sistema para um vetor fonte (termo independente) ou para múltiplos vetores fonte
(múltiplos termos independentes).
onde 𝑝(𝑥, 𝑧, 𝑡) é o campo de pressão no ponto (𝑥, 𝑧) num dado tempo 𝑡, 𝑉(𝑥, 𝑧) é a
velocidade de propagação da onda no meio, 𝑓(𝑡) é o termo fonte no domínio do tempo,
𝛿 é o operador Delta de Dirac e 𝑥𝑓 e 𝑧𝑓 são coordenadas espaciais do ponto de
colocação da fonte.
11
2.1.1 Condições de Contorno e Condições iniciais
Para que uma equação diferencial parcial apresente uma solução única em um
determinado domínio é necessário considerar-se as condições de contorno e as
condições iniciais do problema. Tal problema matemático é conhecido com o nome de
problema de valor inicial e de valor de contorno (DI BARTOLO, 2010). Destaca-se que
no caso da geofísica, as condições iniciais para a propagação de ondas sísmicas são
dadas por (DUARTE, 2011):
𝑝(𝑥, 𝑧, 𝑡 = 0) = 0 (2.2)
𝜕𝑝
(𝑥, 𝑧, 𝑡 = 0) = 0. (2.3)
𝜕𝑡
𝑝(𝑥, 𝑧, 𝑡) = 𝑝̅ 𝑒𝑚 Γ𝑝 , (2.4)
𝜕𝑝
(𝑥, 𝑧, 𝑡) = 𝑞� 𝑒𝑚 Γ𝑞 . (2.5)
𝜕𝒏
12
2.1.2 Fonte Sísmica
2√𝜋
𝑡𝑓 = , (2.7)
𝑓𝑐
13
Figura 2.1: Função fonte dada pela segunda derivada da Gaussiana (CUNHA, 1997)
para 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 = 30𝐻𝑧.
14
2.2 Representação no Domínio Espaço-Frequência
para a Equação Acústica da Onda
𝜕 2 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) 𝜕 2 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) 𝜔2
+ + 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) = 𝐹(𝜔)𝛿�𝒙 − 𝒙𝒇 �, (2.9)
𝜕𝑥 2 𝜕𝑧 2 𝑉 2 (𝑥, 𝑧)
onde 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) é o campo de pressão no ponto (𝑥, 𝑧) numa dada frequência angular 𝜔,
𝐹(𝜔) é o termo fonte no domínio da frequência e 𝒙𝒇 é o vetor posição da fonte. A
frequência angular é relacionada com a frequência dada em Hertz, de acordo com:
𝜔 = 2𝜋𝑓. (2.10)
2𝑓 2 −𝑓 2
|𝐹(𝑓)| = 2 3 𝑒𝑥𝑝 � 2 �. (2.11)
𝜋 𝑓𝑐 𝜋𝑓𝑐
15
Figura 2.2: Espectro de frequência da função fonte dada pela segunda derivada da
Gaussiana (CUNHA, 1997) para 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 = 30𝐻𝑧.
𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) = 𝑃� = 0 𝑒𝑚 Γ𝑃 , (2.12)
𝜕𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔)
= 𝑄� = 0 𝑒𝑚 Γ𝑄 , (2.13)
𝜕𝒏
16
onde 𝑃� e 𝑄� são os valores do campo de ondas no domínio da frequência e de sua
derivada em relação à 𝒏 (vetor unitário perpendicular ao contorno) prescritos,
respectivamente, nos contornos Γ𝑃 e Γ𝑄 .
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃 𝜔2
� �+ � � + 2 𝑃 = 𝐹(𝜔)𝛿(𝒙 − 𝒙𝒔 ), (2.14)
𝜉𝑥 (𝑥) 𝜕𝑥 𝜉𝑥 (𝑥) 𝜕𝑥 𝜉𝑧 (𝑧) 𝜕𝑧 𝜉𝑧 (𝑧) 𝜕𝑧 𝑉
onde,
𝜉𝑥 (𝑥) = 1 + 𝑖𝛾𝑥 ⁄𝜔 , 𝜉𝑧 (𝑥) = 1 + 𝑖𝛾𝑧 ⁄𝜔, (2.15)
17
sendo 𝛾𝑥 (𝑥) e 𝛾𝑧 (𝑧), funções unidimensionais que definem o comportamento atenuante
nas camadas PML. Uma camada que atenua ondas que se propagam apenas na direção
𝑥, é implementada tomando-se 𝛾𝑥 > 0 e 𝛾𝑧 = 0 em toda camada. Para atenuar ondas que
propagam apenas na direção 𝑧, toma-se 𝛾𝑥 = 0 e 𝛾𝑧 > 0 em toda camada. Destaca-se
que a Equação (2.14) se reduz a Equação (2.9) quando 𝛾𝑥 = 𝛾𝑧 = 0. Para conseguir o
acoplamento perfeito de impedância acústica os valores de 𝛾 devem aumentar
continuamente, a partir de zero no início da região de absorção até a fronteira da camada
PML (SILVA NETO, 2004). Destaca-se que as funções 𝛾𝑥 e 𝛾𝑧 não são aplicadas no
termo ao lado direto da Equação (2.14), porque a fonte estará sempre localizada no
domínio de interesse, onde essas funções possuem valores nulos.
onde 𝐿𝑥 é a distância entre um ponto na região de absorção e o inicio dessa região, 𝐿𝑃𝑀𝐿
é a largura da região de absorção, e 𝐶𝑃𝑀𝐿 é o poder de absorção da camada PML.
A absorção nas camadas PML para eventos de incidência rasa pode ser
melhorada utilizando o método PML convolucional (C-PML) (KUZUOGLU &
MITTRA, 1996; RODEN & GEDNEY, 2000; KOMATITSCH & MARTIN, 2007). Nas
camadas C-PML, a função amortecimento 𝜉𝑥 (𝑥) é dada como segue:
𝑑𝑥
𝜉𝑥 (𝑥) = 𝜅𝑥 + 𝑖 , (2.17)
𝛼𝑥 + 𝑖𝜔
18
de ondas em um domínio continuo com uma camada de absorção de espessura pequena
(CHEW & WEEDON, 1994). Porém, isso não é verdade em um domínio discreto, onde
a absorção tem que ser aplicada em pontos do domínio separados de uma distância não
infinitesimal. Como o domínio é discreto e 𝛾 varia com a posição dentro da camada,
surgem diferenças de impedância acústica entre os pontos vizinhos da camada e entre a
camada e o domínio de interesse (𝛾𝑥 = 𝛾𝑧 = 0), fazendo com que haja reflexão quando
a onda passa de um ponto para outro. Essas diferenças de impedância aumentam com a
intensidade com que a absorção é aplicada. Assim, fica claro que deve existir um
equilíbrio entre o poder de absorção da camada e as reflexões que sua presença causa
(KASSUGA, 2011).
Uma vez que a relação entre o campo de onda e o termo fonte é linear na
equação de segunda ordem da onda, a Equação (2.17) pode formulada no seguinte
formato matricial (BROSSIER et al., 2010):
𝑨𝑿 = 𝑩, (2.18)
19
A migração (ou inversão) sísmica na geofísica do petróleo e gás requer a
utilização da modelagem sísmica para um grande número de fontes, tipicamente, de até
poucos milhares para uma aquisição 3D. Portanto, o motivo do emprego do solver
direto na modelagem no domínio da frequência é o de calcular de forma eficiente as
soluções da Equação (2.18) para múltiplas fontes. A fatoração LU da matriz impedância
é uma tarefa que demanda tempo e memória computacional, mas é independente da
fonte, e, por esse motivo é realizada somente uma vez, enquanto que a etapa de
substituições fornece a solução para múltiplas fontes eficientemente. Uma dificuldade
da resolução via solver direto é a necessidade de memória para os fatores LU resultantes
do processo de preenchimento, isto é, da criação de coeficientes não nulos adicionais
durante a fatoração matricial. Esse preenchimento pode ser minimizado utilizando
operadores compactos de diferenças finitas que permitam a redução da largura de banda
da matriz impedância (BROSSIER et al., 2010).
20
É importante ressaltar que todos os cálculos de discretização realizados neste
trabalho fazem uso de uma malha com espaçamento regular entre os pontos em ambas
as direções 𝑥 e 𝑧, ou seja, ∆𝑥 = ∆𝑧 = ℎ, e as referências locais dos pontos da malha são
feitas através dos subscritos 𝑚 e 𝑛, onde 𝑚 varia na direção 𝑥 e 𝑛 em 𝑧.
𝜕 1 𝜕𝑃 1 1 1
� � ≈ 2� �𝑃𝑚+1,𝑛 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚−1,𝑛 ��, (2.19a)
𝜕𝑥 𝜉𝑥 (𝑥) 𝜕𝑥 ℎ 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝑚,𝑛
2 2
𝜕 1 𝜕𝑃 1 1 1
� � ≈ 2� �𝑃𝑚,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚,𝑛−1 ��, (2.19b)
𝜕𝑧 𝜉𝑧 (𝑧) 𝜕𝑧 ℎ 𝜉𝑛+1 𝜉𝑛−1 𝑚,𝑛
2 2
sendo:
21
1
𝜉𝑚±1 = (𝜉𝑚 + 𝜉𝑚±1 ); (2.20a)
2 2
1
𝜉𝑛±1 = (𝜉𝑛 + 𝜉𝑛±1 ); (2.20b)
2 2
𝑖
𝜉𝑚 = 1 + 𝛾 , (2.20c)
𝜔 𝑚
𝑖
𝜉𝑛 = 1 + 𝛾, (2.20𝑑)
𝜔 𝑛
𝑚 4
𝛾𝑚 = 𝐶𝑃𝑀𝐿 � � , (2.20e)
𝑁𝑎
𝑛 4
𝛾𝑛 = 𝐶𝑃𝑀𝐿 � � , (2.20f)
𝑁𝑎
1 1 1
� �𝑃𝑚+1,𝑛 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚−1,𝑛 ��
2
𝜉𝑚 ℎ 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝑚,𝑛
2 2
1 1 1 𝜔2 (2.21)
+ � �𝑃 − 𝑃 � − �𝑃 − 𝑃 �� + 𝑃
𝜉𝑛 ℎ2 𝜉𝑛+1 𝑚,𝑛+1 𝑚,𝑛
𝜉𝑛−1 𝑚,𝑛 𝑚,𝑛−1
𝑉 2 𝑚,𝑛
2 2
= 𝑆𝑚,𝑛 .
onde (𝑚𝑓 ,𝑛𝑓 ) é o ponto de colocação da função fonte 𝐹(𝜔) sobre a malha regular.
WORTHIGTON (1990).
22
Rearranjando a Equação (2.21), obtém-se:
onde os coeficientes não nulos 𝐶1 , 𝐶2 , 𝐶3 , 𝐶4 e 𝐶5 , para cada ponto (𝑚, 𝑛) da malha, são
expressos por:
1 1
𝐶1 = , (2.24a)
𝜉𝑚 ℎ2 𝜉𝑚−1
2
1 1
𝐶2 = , (2.24b)
𝜉𝑛 ℎ2 𝜉𝑛−1
2
𝜔2 1 1 1 1 1 1
𝐶3 = 2
− 2
� + �− 2
� + �, (2.24c)
𝑉 𝜉𝑚 ℎ 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝜉𝑛 ℎ 𝜉𝑛+1 𝜉𝑛−1
2 2 2 2
1 1
𝐶4 = 2
, (2.24d)
𝜉𝑚 ℎ 𝜉𝑚+1
2
1 1
𝐶5 = . (2.24e)
𝜉𝑛 ℎ2 𝜉𝑛+1
2
A forma discreta da equação da onda expressa pela Equação (2.23), sem o termo
fonte (𝑆𝑚,𝑛 = 0) e na ausência de camadas PML (𝜉𝑚 = 𝜉𝑛 = 1), é uma aproximação
para a equação exata da onda e sua solução consequentemente conterá erros. As
23
magnitudes destes erros dependem dos intervalos de discretização ∆𝑥 e ∆𝑧 (∆𝑥 = ∆𝑧 =
ℎ) e podem ser interpretados em termos das velocidades de fase e de grupo
(PALERMO, 2002). Nesta seção, os erros numéricos serão investigados através do
emprego da expressão discreta da propagação de ondas planas em um meio homogêneo
e infinito:
sendo 𝑘 o módulo do vetor número de onda e 𝜃 ângulo entre a direção vertical (eixo 𝑧)
e a direção da propagação da onda, conforme ilustra a Figura 2.5.
seguinte expressão para a velocidade de fase normalizada (para mais detalhes sobre o
processo de dedução, vide o Apêndice A do artigo de JO et al., 1996):
𝑉𝑓𝑎𝑠𝑒 𝐺 𝜋 𝜋 1/2
= �sin2 � sin 𝜃� + sin2 � cos 𝜃�� , (2.27)
𝑉 𝜋 𝐺 𝐺
24
𝐺 = 𝜆/ℎ. (2.28)
25
Figura 2.5: Comportamento dispersivo da velocidade de fase normalizada para o
esquema convencional de diferenças finitas de 5 pontos aplicado à equação acústica 2-D
da onda no domínio da frequência.
26
o desenvolvimento de um operador de diferenças compacto e preciso em termos de
dispersão e anisotropia numéricas.
27
𝜔2
𝑎1 [∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔)] + 𝑎2 [∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥45 , 𝑧45 , 𝜔)] + 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) = 𝑆(𝑥, 𝑧, 𝜔) , (2.29)
𝑐2
onde:
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) = � �+ � �, (2.30)
𝜉𝑥 𝜕𝑥 𝜉𝑥 𝜕𝑥 𝜉𝑧 𝜕𝑧 𝜉𝑧 𝜕𝑧
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥45 , 𝑧45 , 𝜔) = � �+ � �, (2.31)
𝜉𝑥45 𝜕𝑥45 𝜉𝑥45 𝜕𝑥45 𝜉𝑧45 𝜕𝑧45 𝜉𝑧45 𝜕𝑧45
𝑎1 + 𝑎2 = 1 . (2.32)
1 1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(0,ℎ) = � �𝑃𝑚+1,𝑛 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚−1,𝑛 ��
𝜉𝑚 ℎ2 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝑚,𝑛
2 2
(2.33)
1 1 1 1
+ � �𝑃𝑚,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚,𝑛−1 �� ,
2
𝜉𝑛 ℎ 𝜉𝑛+1 𝜉𝑛−1 𝑚,𝑛
2 2
1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(45,√2ℎ) = 2� �𝑃𝑚+1,𝑛−1 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚,𝑛 �√2ℎ� 𝜉𝑚+1,𝑛−1
2 2
1 1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛+1 � + �𝑃𝑚+1,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � (2.34)
𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛+1
2 2 2 2
1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛−1 �� ,
𝜉𝑚−1,𝑛−1
2 2
onde:
1
𝜉𝑚±1,𝑛∓1 = �𝜉𝑚,𝑛 + 𝜉𝑚±1,𝑛∓1 � ; (2.35a)
2 2 2
28
𝑖
𝜉𝑚,𝑛 = 1 + (𝛾 + 𝛾𝑛 ) . (2.35b)
𝜔 𝑚
𝜔2 𝜔2
𝑃 = �𝑏 𝑃� + 𝑏2 𝑃�(0°,ℎ) + 𝑏3 𝑃�(45°,√2ℎ) � (2.37)
𝑉 2 𝑚,𝑛 𝑉 2 1 (0°,0)
29
𝑃�(0°,0) = 𝑃𝑚,𝑛 , (2.39a)
𝜔2
𝑎1 �∇𝑃𝑀𝐿 𝑃(0,ℎ) � + 𝑎2 �∇𝑃𝑀𝐿 𝑃(45,√2ℎ) � + 2 �𝑏1 𝑃�(0°,0) + 𝑏2 𝑃�(0°,ℎ) + 𝑏3 𝑃�(45°,√2ℎ) �
2 2
𝑉 (2.40)
= 𝑆𝑚,𝑛
onde os coeficientes não nulos 𝐶1 , 𝐶2 , ... 𝐶9 , para cada ponto (𝑚, 𝑛) da malha, são
expressos por:
𝑎2 1 𝜔2
𝐶1 = + 𝑏2 , (2.41a)
2𝜉𝑚,𝑛 ℎ2 𝜉𝑚−1,𝑛−1 𝑉2
2 2
𝑎1 1 𝜔2
𝐶2 = + 𝑏1 , (2.41b)
𝜉𝑚 ℎ2 𝜉𝑚−1 𝑉2
2
𝑎2 1 𝜔2
𝐶3 = + 𝑏2 , (2.41c)
2𝜉𝑚,𝑛 ℎ2 𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝑉2
2 2
𝑎1 1 𝜔2
𝐶4 = + 𝑏1 , (2.41d)
𝜉𝑛 ℎ2 𝜉𝑛−1 𝑉2
2
30
𝜔2 𝑎1 1 1 𝑎1 1 1
𝐶5 = 𝑏0 2
− 2
� + �− 2
� + �
𝑉 𝜉𝑚 ℎ 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝜉𝑛 ℎ 𝜉𝑛+1 𝜉𝑛−1
2 2 2 2
(2.41e)
𝑎2 1 1 1 1
− � + + + �,
2𝜉𝑚,𝑛 ℎ2 𝜉𝑚−1,𝑛−1 𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛−1 𝜉𝑚+1,𝑛+1
2 2 2 2 2 2 2 2
𝑎1 1 𝜔2
𝐶6 = + 𝑏1 2 , (4.41f)
𝜉𝑛 ℎ2 𝜉𝑛+1 𝑉
2
𝑎2 1 𝜔2
𝐶7 = + 𝑏2 , (2.41g)
2𝜉𝑚,𝑛 ℎ2 𝜉𝑚+1,𝑛−1 𝑉2
2 2
𝑎1 1 𝜔2
𝐶8 = + 𝑏1 , (2.41h)
𝜉𝑚 ℎ2 𝜉𝑚+1 𝑉2
2
𝑎2 1 𝜔2
𝐶9 = + 𝑏2 . (2.41i)
2𝜉𝑚,𝑛 ℎ2 𝜉𝑚+1,𝑛+1 𝑉2
2 2
31
minimização dos erros da velocidade de fase. Segundo JO et al. (1996), os coeficientes
ponderados que otimizam o esquema compacto de diferenças finitas de 9 pontos são:
𝑉𝑓𝑎𝑠𝑒 𝐺 𝑎1 𝐴 + 𝑎2 (1 − 𝐵)⁄2
= � , (2.43)
𝑉 𝜋 𝑏1 + 2𝑏2 𝐶 + 4𝑏3 𝐵
onde:
𝜋 cos 𝜃 𝜋 sin 𝜃
𝐴 = 𝑠𝑖𝑛2 � � + 𝑠𝑖𝑛2 � �; (2.44a)
𝐺 𝐺
2𝜋 cos 𝜃 2𝜋 sin 𝜃
𝐵 = cos � � cos � �; (2.44b)
𝐺 𝐺
2𝜋 cos 𝜃 2𝜋 sin 𝜃
𝐶 = cos � � + cos � �. (2.44c)
𝐺 𝐺
32
de 𝐺𝑚𝑖𝑛 = 13, enquanto que o método explícito de diferenças finitas de 2ª ordem no
domínio do tempo requer 𝐺𝑚𝑖𝑛 = 10 (JO et al., 1996).
33
A seguir serão apresentadas as etapas para a construção do esquema compacto
desenvolvido por SHIN & SOHN (1998). Após a construção, será feita a análise de
dispersão do método visando obter o menor número de pontos do grid por comprimento
de onda.
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥, 𝑧, 𝜔) = � �+ � �,
𝜉𝑥 𝜕𝑥 𝜉𝑥 𝜕𝑥 𝜉𝑧 𝜕𝑧 𝜉𝑧 𝜕𝑧
34
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥26.6 , 𝑧26.6 , 𝜔) = � �+ � �,
𝜉𝑥26.6 𝜕𝑥26.6 𝜉𝑥26.6 𝜕𝑥26.6 𝜉𝑧26.6 𝜕𝑧26.6 𝜉𝑧26.6 𝜕𝑧26.6
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥45 , 𝑧45 , 𝜔) = � �+ � �,
𝜉𝑥45 𝜕𝑥45 𝜉𝑥45 𝜕𝑥45 𝜉𝑧45 𝜕𝑧45 𝜉𝑧45 𝜕𝑧45
1 𝜕 1 𝜕𝑃 1 𝜕 1 𝜕𝑃
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(𝑥63.4 , 𝑧63.4 , 𝜔) = � �+ � � , (2.45)
𝜉𝑥63.4 𝜕𝑥63.4 𝜉𝑥63.4 𝜕𝑥63.4 𝜉𝑧63.4 𝜕𝑧63.4 𝜉𝑧63.4 𝜕𝑧63.4
1 1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(0,ℎ) = � �𝑃𝑚+1,𝑛 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚−1,𝑛 ��
𝜉𝑚 ℎ2 𝜉𝑚+1 𝜉𝑚−1 𝑚,𝑛
2 2
(2.46)
1 1 1 1
+ � �𝑃𝑚,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚,𝑛−1 �� ,
2
𝜉𝑛 ℎ 𝜉𝑛+1 𝜉𝑛−1 𝑚,𝑛
2 2
1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(45,√2ℎ) = 2� �𝑃𝑚+1,𝑛−1 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚,𝑛 �√2ℎ� 𝜉𝑚+1,𝑛−1
2 2
1 1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛+1 � + �𝑃𝑚+1,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � (2.47)
𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛+1
2 2 2 2
1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛−1 �� .
𝜉𝑚−1,𝑛−1
2 2
35
1 1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(0,2ℎ) = � �𝑃𝑚+2,𝑛 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚−2,𝑛 ��
𝜉𝑚 (2ℎ) 𝜉𝑚+1
2 𝜉𝑚−1 𝑚,𝑛
(2.48)
1 1 1 1
+ � �𝑃𝑚,𝑛+2 − 𝑃𝑚,𝑛 � − �𝑃 − 𝑃𝑚,𝑛−2 �� ,
𝜉𝑛 (2ℎ) 𝜉𝑛+1
2 𝜉𝑛−1 𝑚,𝑛
1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(45,2√2ℎ) = 2� �𝑃𝑚+2,𝑛−2 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚,𝑛 �2√2ℎ� 𝜉𝑚+1,𝑛−1
1 1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−2,𝑛+2 � + �𝑃𝑚+2,𝑛+2 − 𝑃𝑚,𝑛 � (2.49)
𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛+1
1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−2,𝑛−2 �� ,
𝜉𝑚−1,𝑛−1
1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(26.6,√5ℎ) = 2� �𝑃𝑚+2,𝑛−1 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚,𝑛 �√5ℎ� 𝜉𝑚+1,𝑛−1
2
1 1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−2,𝑛+1 � + �𝑃𝑚+1,𝑛+2 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛+1 (2.50)
2 2
1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛−2 �� ,
𝜉𝑚−1,𝑛−1
2
1 1 1
∇2𝑃𝑀𝐿 𝑃(63.4,√5ℎ) = 2 �𝜉 �𝑃𝑚+1,𝑛−2 − 𝑃𝑚,𝑛 �
𝜉𝑚,𝑛 �√5ℎ� 1
𝑚+ ,𝑛−1
2
1 1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−1,𝑛+2 � + �𝑃𝑚+2,𝑛+1 − 𝑃𝑚,𝑛 � (2.51)
𝜉𝑚−1,𝑛+1 𝜉𝑚+1,𝑛+1
2 2
1
− �𝑃𝑚,𝑛 − 𝑃𝑚−2,𝑛−1 �� .
𝜉𝑚−1,𝑛−1
2
onde:
36
𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + 𝑎4 + 𝑎5 + 𝑎6 = 1. (2.53)
37
(A) (B)
(E) (F)
38
2.5.2 Aproximação do Termo de Aceleração de Massa
𝜔2 𝜔2
𝑃 = �𝑏 𝑃� + 𝑏1 𝑃�(0°,ℎ) + 𝑏2 𝑃�(45°,√2ℎ) + 𝑏3 𝑃�(0°,2ℎ) + 𝑏4 𝑃�(45°,2√2ℎ)
𝑉 2 𝑚,𝑛 𝑉 2 0 (0°,0) (2.54)
+ 𝑏5 𝑃�(26.6°,√5ℎ) + 𝑏6 𝑃�(63.4°,√5ℎ) � ,
onde:
𝑏0 + 4 � 𝑏𝑖 = 1 . (2.57)
𝑖=1
39
Para tornar o esquema compacto de diferenças finitas de 25 pontos otimizado,
SHIN & SOHN (1998) determinaram os coeficientes ponderados, presentes na Equação
(2.63), através de uma técnica de otimização que teve como objetivo minimizar os erros
numéricos na função velocidade de fase. Tais coeficientes encontram-se na tabela
apresentada a seguir.
𝑎1 = 0.0949098 𝑏0 = 0.363276000
𝑎2 = 0.2472530 𝑏1 = 0.108598000
𝑎3 = 0.2806770 𝑏2 = 0.042480100
𝑎4 = 0.0297441 𝑏3 = 0.004148700
𝑎5 = 0.1737080 𝑏4 = 0.000206312
𝑎6 = 0.1737080 𝑏5 = 0.001877650
𝑏6 = 0.001883420
𝑉𝑓𝑎𝑠𝑒 𝐺
= �𝐿⁄𝑀. (2.58)
𝑉 2𝜋
40
onde:
𝐿 = 𝑎1 (4 − 2cos(2𝜋(sin 𝜃)⁄𝐺 ) − 2 cos(2𝜋(cos 𝜃)⁄𝐺 ))
+ 𝑎2 (1 − 0.5 cos(4𝜋(cos 𝜃)⁄𝐺 ) − 0.5 cos(4𝜋(sin 𝜃)/𝐺))
+ 𝑎3 (2 − 2 cos(2𝜋(cos 𝜃)/𝐺) cos(2𝜋(sin 𝜃)/𝐺))
+ 𝑎4 (0.5 − 0.5 cos(4𝜋(cos 𝜃)/𝐺) cos(4𝜋(sin 𝜃)/𝐺))
+ 𝑎5 (0.8
− 0.4 cos(4𝜋(sin 𝜃)⁄𝐺 + 2𝜋(cos 𝜃)/𝐺)
− 0.4 cos(2𝜋(sin 𝜃)⁄𝐺 − 4𝜋(cos 𝜃)/𝐺))
+ 𝑎6 (0.8
− 0.4 cos(2𝜋(sin 𝜃)⁄𝐺 + 4𝜋(cos 𝜃)/𝐺)
− 0.4 cos(4𝜋(sin 𝜃)⁄𝐺 − 2𝜋(cos 𝜃)/𝐺));
41
Figura 2.10: Comportamento dispersivo da velocidade de fase normalizada para o
esquema compacto de diferenças finitas de 25 pontos aplicado à equação acústica 2-D
da onda no domínio da frequência.
𝑉𝑚𝑖𝑛
ℎ≤ , (2.58)
𝐺𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
onde 𝐺𝑚𝑖𝑛 representa o número de pontos discretos por comprimento de onda, onde se
considera o menor comprimento de onda, referente à menor velocidade presente no
meio. O valor ótimo encontrado para o esquema convencional de 5 pontos foi 13. Já
para os esquemas compactos de 9 pontos e 25 pontos foram encontrados 𝐺𝑚𝑖𝑛 = 4,0 e
𝐺𝑚𝑖𝑛 = 2,5, respectivamente.
42
2.7 Montagem das Equações Matriciais
𝑙 = (𝑚 − 1)𝑁𝑧 + 𝑛 , 𝑚 = 1, ⋯ , 𝑁𝑥 , 𝑛 = 1, ⋯ , 𝑁𝑧 . (2.59)
𝑨𝑿 = 𝑩 , (2.60)
43
diferenças finitas da equação acústica da onda no domínio da frequência com PML. A
Figura 2.11 mostra a estrutura da matriz impedância para cada estencil de diferenças
finitas abordado nesta dissertação.
44
A
45
2.8 Resolução da Equação Matricial
46
2.8.1 Método de Fatoração LU
i) Faz-se 𝑼𝑿 = 𝒀, logo 𝑳𝒀 = 𝑩;
ii) Resolve-se o sistema triangular inferior 𝑳𝒀 = 𝑩 (Substituição progressiva);
iii) Resolve-se o sistema triangular superior 𝑼𝑿 = 𝒀 (Substituição regressiva),
obtendo-se, finalmente, a solução do sistema de equações lineares 𝑨𝑿 = 𝑩.
47
que um grande número de soluções diretas para fontes reais e fontes virtuais será
necessário em cada iteração (PRATT, 1990).
2.8.2 Lapack
48
discreta de Fourier (DFT), e sua implementação otimizada, a transformada rápida de
Fourier (FFT). A transformada de Fourier é frequentemente utilizada no processamento
sísmico para converter dados no domínio do tempo para o domínio da frequência, a fim
de aplicar um filtro particular, em seguida, é aplicada a transformada inversa de Fourier
para trazer os dados filtrados para o domínio do tempo. Porém, na modelagem no
domínio da frequência, o primeiro passo não é necessário. As componentes da DFT são
geradas diretamente através da modelagem; se resultados numéricos no domínio do
tempo são requisitados é utilizada a DFT inversa para tal fim, neste caso, uma
amostragem suficiente no domínio da frequência é necessária. Quando se resolve o
problema inverso não há necessidade de dados no domínio do tempo, e também não há
preocupação com o critério de amostragem (ŠTEKL, 1997). Nas subseções que seguem
serão mostradas as propriedades da transformada de Fourier e serão explicadas as
implicações para a modelagem no domínio da frequência.
2.9.1 Teoria
𝑁−1
𝐻𝑘 = � ℎ𝑟 𝑒 𝑖2𝜋𝑘𝑟⁄𝑁 , (2.62)
𝑟=0
𝑁−1
1
ℎ𝑟 = � 𝐻𝑘 𝑒 −𝑖2𝜋𝑘𝑟⁄𝑁 , (2.63)
𝑁
𝑘=0
49
para 𝑟 = 0, 1, . . . , 𝑁 − 1, onde 𝑟 é o índice do passo de tempo ∆𝑡, 𝑘 é o índice de
intervalo de frequência ∆𝑓, 𝐻𝑘 é o 𝑘-ésimo coeficiente da transformada de Fourier, ℎ𝑟 é
o sinal discretizado no domínio do tempo. Cada sinal amostrado pode ser
completamente recuperado a partir do outro, usando as fórmulas mencionadas acima.
1
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 ≤ 𝑓𝑁 = (2.64)
2∆𝑡
50
2.9.3 Critério para o Intervalo de Frequência
onde 𝑡𝑚á𝑥 representa o tempo total necessário para a construção de sinais discretizados
em tempo, sendo que, neste trabalho, tal variável corresponde ao tempo total de
aquisição.
De acordo com ŠTKEL (1997), a fórmula descrita pela Equação (2.65) assume
que o sinal amostrado em tempo é completamente causal, isto é, que o tempo deste sinal
é igual à zero para todos os valores negativos de tempo. Se o critério de amostragem em
frequência for atendido, o sinal no domínio do tempo pode ser reconstruído com
qualquer amostragem em tempo desejada, desde que varie de ∆𝑡 até o tempo máximo,
𝑡𝑚𝑎𝑥 .
51
2.10 Metodologia: Geração de Sismogramas
Sintéticos no Domínio do Tempo
52
6. Construção da matriz impedância no formato de armazenamento em banda
exigido pela sub-rotina CGBTRF de fatoração LU;
9. Registros dos 𝑛𝑡𝑖 campos de ondas complexos nas estações receptoras pré-
definidas;
53
INÍCIO
FFT DA FONTE
FALSO
𝒇 ≤ 𝒇𝒄𝒐𝒓𝒕𝒆
VERDADEIRO
FATORAÇÃO LU
RESOLUÇÃO DO SISTEMA
FIM
54
Capítulo 3
Aplicações Numéricas
Por fim, foram feitas comparações entre resultados numéricos obtidos no modelo
Marmousi utilizando o método explicito de diferenças finitas no domínio do tempo com
55
precisão de quarta ordem (estencil convencional de 9 pontos) e o método no domínio da
frequência baseado no estencil compacto de 9 pontos. O modelo de velocidades
utilizado em ambas as simulações, trata-se de um dado acústico 2-D de estrutura
complexa que foi desenvolvido pelo Instituto Francês de Petróleo baseando-se na
geologia real da bacia de Cuanza, em Angola (PINHEIRO, 2007).
56
81 matrizes impedância e 26 s foram gastos na resolução dos sistemas lineares para uma
única fonte.
A Figura 3.1 mostra o comportamento da parte real do campo de pressão no
domínio da frequência para uma fonte situada no centro do modelo homogêneo.
Lembrando que cada campo de pressão no domínio da frequência é obtido através da
resolução do sistema de equações lineares, na frequência considerada, pelo solver direto
de fatoração LU que, neste trabalho, é composto por duas sub-rotinas específicas da
biblioteca Lapack (ver subseção 2.8.2).
57
(A) (B)
(C) (D)
(E) (F)
Figura 3.1 – Parte real do campo pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada no centro do modelo homogêneo. (A) 0,4883Hz; (B) 4,883Hz; (C) 9,766 Hz;
(D) 19,532Hz; (E) 29,786Hz; (F) 39,552Hz.
58
Após a obtenção do campo de pressão no domínio da frequência para todos os
componentes de frequência, foram gerados snapshots da propagação do campo de ondas
no modelo homogêneo, através da aplicação da transformada inversa de Fourier do
registro do campo de ondas complexo realizado por receptores localizados em todos os
pontos do modelo. No total, foram aplicados 250 mil transformadas inversas. Na Figura
3.2 podem ser vistos dois snapshots da propagação do campo de pressão no domínio
espaço-tempo, adquiridos a partir da modelagem acústica no domínio da frequência
baseada no estencil convencional de 5 pontos.
(A)
(B)
59
Fazendo a análise da Figura 3.2, nota-se que a modelagem baseada no estencil
convencional de 5 pontos conseguiu reproduzir, de maneira satisfatória, o resultado
simples e intuitivo, que é o da propagação do campo de ondas sobre um modelo
homogêneo. Além disso, o método PML, utilizado nesta simulação, mostrou-se
eficiente na redução das reflexões indesejadas que ocorrem devido ao truncamento do
modelo numérico.
60
Tabela 3.1 – Parâmetros da modelagem acústica via esquema compacto 9 pontos para o
modelo homogêneo.
61
(A) (B)
(C) (D)
(E) (F)
Figura 3.3 – Parte real do campo pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada no centro do modelo homogêneo. (A) 0,4883Hz; (B) 4,883Hz; (C) 9,766 Hz;
(D) 19,532Hz; (E) 29,786Hz; (F) 39,552Hz.
62
Na Figura 3.4 podem ser vistos dois snapshots da propagação do campo pressão
no domínio espaço-tempo gerados a partir da modelagem acústica fundamentada no
método de discretização proposto por JO et al. (1996).
(A)
(B)
63
3.1.3 Validação do Código Baseado no Estencil
Compacto de 25 Pontos
64
O tempo de execução do código de modelagem baseado no estencil compacto de
25 pontos foi de 1h 20 min e 21 s, sendo que, 1h 2 min e 20 s foram gastos na fatoração
das 110 matrizes impedância e 2 min e 5s foram consumidos na resolução dos sistemas
lineares.
65
(A)
(B)
Figura 3.5 – Parte real do campo pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada no centro do modelo homogêneo. (A) 4,7021 Hz; (B) 9,7659 Hz.
66
Na Figura 3.6 podem ser vistos dois snapshots da propagação do campo de
ondas no domínio espaço-tempo gerados a partir da modelagem acústica no domínio
espaço-frequência baseada no esquema otimizado de 25 pontos.
(A)
(B)
67
A análise da Figura 3.6 permite dizer que a modelagem acústica no domínio da
frequência − baseada no estencil compacto de 25 pontos − conseguiu gerar resultados
satisfatórios da propagação do campo de pressão no domínio espaço-tempo. Além disso,
é possível ver que as camadas PML se mostraram eficientes na redução das reflexões
indesejadas.
68
A
69
3.2 Modelo Onshore
70
Distância (m)
Profundidade (m)
71
(A)
(B)
(C)
Figura 3.9 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (1177,6 m, 𝑧 = 165,6 m) do modelo Onshore. (A)
0,4883 Hz; (B) 4,883 Hz; (C) 9,766 Hz.
72
(D)
(E)
(F)
Figura 3.10 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (1177,6 m, 𝑧 = 165,6 m) do modelo Onshore. (D)
19,532 Hz; (E) 29,786 Hz; (F) 39,552 Hz.
73
Após calcular o campo de pressão no domínio da frequência para todos os
componentes de frequência do espectro discreto de frequência da função fonte, foi
gerado um sismograma sintético no domínio do tempo através da aplicação da
transformada inversa de Fourier do registro do campo de pressão no domínio da
frequência realizado por 512 receptores distribuídos regularmente ao longo do datum
𝑧 = 165,6 m. O sismograma sintético resultante pode ser visto na Figura 3.11.
74
(A) (B)
(C) (D)
75
(E) (F)
(G) (H)
76
(I) (J)
2001 m; (J ) 2208 m.
77
Tabela 3.3 – Quantidades de tiros independentes, localização dos mesmos e tempo de
execução de cada simulação.
Profundidade (m)
79
Assim como na subseção anterior, foi realizada uma simulação da propagação
do campo de pressão no domínio da frequência para uma única fonte localizada na
posição 𝑥 = 2400 m no horizonte 𝑧 = 328,125 m do modelo ilustrado na Figura 3.15.
As Figuras 3.16 e 3.17 mostram a parte real do resultado da simulação para seis
frequências, às quais estão contidas no espectro de frequência da função fonte.
80
(A)
(B)
(C)
Figura 3.16 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (2400 m, 𝑧 = 328,125 m) do modelo Onshore. (A)
0,2441 Hz; (B) 4,882 Hz; (C) 9,764 Hz.
81
(D)
(E)
(F)
Figura 3.17 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (2400 m, 𝑧 = 328,125 m) do modelo Onshore. (D)
19,532 Hz; (E) 29,780 Hz; (F) 39,788 Hz.
82
Após calcular o campo de ondas no domínio da frequência para todos os
componentes de frequência do espectro discreto de frequência da função fonte, foi
gerado um sismograma sintético no domínio do tempo através da aplicação da
transformada inversa de Fourier do registro do campo de ondas no domínio da
frequência realizado por 512 receptores distribuídos regularmente ao longo do datum
𝑧 = 328,125 m. O sismograma sintético resultante pode ser visto na Figura 3.18.
Em seguida, foi realizada uma simulação com dez tiros independentes para a
obtenção simultânea de dez sismogramas sintéticos no domínio do tempo. Os tiros
independentes foram dados ao longo do datum 𝑧 = 325,125 m entre as coordenadas
horizontais 𝑥 = 703,125 𝑚 e 𝑥 = 4500 𝑚, com espaçamento regular de 421,875 m. Os
sismogramas sintéticos correspondentes aos dez tiros dados no modelo Onshore estão
ilustrados nas Figuras 3.19, 3.20 e 3.21.
83
(A) (B)
(C) (D)
84
(E) (F)
(G) (H)
85
(I) (J)
86
Tabela 3.5 – Quantidades de tiros independentes, localização dos mesmos e tempo de
execução de cada simulação.
Tempo de
N° de tiros Posição do 1ª Intervalo Posição do
execução
tiro entre tiros último tiro
(min)
1 2400 m 0 2400 m 13,8
87
Distância (Km)
Profundidade (Km)
88
Primeiramente foi realizada uma simulação da propagação do campo de ondas
no domínio da frequência para uma única fonte localizada na posição 𝑥 = 5888 m no
horizonte 𝑧 = 805 m do modelo. Nas Figuras 3.23 e 3.24 podem-se observar a parte
real do campo de pressão gerado para diferentes frequências (snapshots em frequência).
89
(A)
(B)
(C)
Figura 3.23 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (5888 𝑚, 805 m) do modelo Onshore: (A) 0,1221 Hz;
(B) 4,884 Hz; (C) 9,8903 Hz.
90
(D)
(E)
(F)
Figura 3.24 – Parte real do campo de pressão no domínio da frequência para uma fonte
situada na coordenada (𝑥, 𝑧) = (5888 𝑚, 805 m) do modelo Onshore: (D) 19,9032 Hz;
(E) 29,9145 Hz; (F) 39,9267 Hz.
91
A Figura 3.25 mostra um sismograma no domínio do tempo que foi gerado
tomando-se a transformada inversa de Fourier do registro do campo de pressão no
domínio da frequência realizado por 512 receptores distribuídos regularmente ao longo
do datum 𝑧 = 805 m.
92
(A) (B)
(C) (D)
93
(E) (F)
(G) (H)
94
(I) (J)
95
Tabela 3.7 – Quantidades de tiros independentes, localização dos mesmos e tempo de
execução de cada simulação.
97
Tabela 3.8 – Parâmetros da modelagem acústica no domínio do tempo e da modelagem
no domínio da frequência para o modelo Marmousi.
98
A
99
O sismograma no domínio do tempo gerado pelo método no domínio da
frequência proposto por JO et al. (1996) apresentou um resultado semelhante ao
determinado com o método explícito no domínio do tempo com precisão de 4ª ordem
(Figura 3.30).
100
Capítulo 4
Conclusão
4.1 Resultados
101
No que diz respeito às simulações realizadas no modelo homogêneo, os métodos
de discretização aplicados à equação acústica da onda no domínio da frequência
conseguiram reproduzir, de maneira satisfatória, o resultado simples e intuitivo, que é o
da propagação do campo de pressão no domínio espaço-tempo sobre um modelo
homogêneo. Além disso, pode-se inferir a partir dos resultados de ambas as simulações,
a eficiência do método PML na redução das reflexões indesejadas provocadas pelo
truncamento da malha nas bordas.
Com relação ao tempo de execução dos códigos de modelagem para geração das
soluções no domínio da frequência, a fatoração LU das matrizes impedância demandou,
em média, cerca de 80% do tempo total de processamento para as simulações realizadas
no modelo homogêneo da seção 3.1, enquanto que, as substituições progressivas e
regressivas consumiram, em média, cerca de 3% do tempo total considerando-se uma
única fonte nas simulações. Esse resultado mostra que o maior custo da modelagem no
domínio da frequência está na fatoração matricial.
102
4.2 Trabalhos Futuros
103
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