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A Graça
e a Lei
ou ‘diante de Deus/do Senhor’ (Gn 6.8; Pv 3.4; cf. Lc 1.30; At 7.46). O
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sentido da expressão indica que Deus se manifestou gracioso para com
a pessoa. Normalmente trata-se de uma situação excepcional, algumas
A natureza da graça vezes diante de uma grande ameaça (como fica evidente no caso de Noé
– Gn 6 e de Moisés – Ex 33). O que chama a atenção é que Deus se mos-
tra gracioso para com alguém (a pessoa que ‘achou graça’ aos olhos de
Deus), no entanto esta graça acaba por trazer benefício a outras pesso-
as.” (LINDEN, Gerson Luis. Graça. (In) FILHO, Fernando Bortolleto (Org.).
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Dicionário Brasileiro de Teologia. São Paulo: ASTE, 2008, p. 461)
Uma ilustração: “Se você já foi a Londres, talvez tenha visto a realeza.
Se já foi até lá, você deve ter notado a afetação, a indiferença, o distan-
ciamento. Em algum momento, a realeza da Inglaterra vai virar notícia
porque um dos nobres vai parar, ajoelhar-se e tocar ou abençoar um
plebeu. Isso é graça. Não há nada no plebeu que o torne merecedor de
ser notado, tocado ou abençoado pela família real. Contudo, por causa
da graça no coração da pessoa da realeza, existe naquele momento uma
vontade de parar, curvar-se, tocar e até mesmo abençoar.” (SWINDOLL,
Charles R. O Despertar da Graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2009, p. 23)
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podemos clamar, quem recebe a glória? Aquele que foi para a cruz. Ago-
ra, a grande pergunta: Você consegue entender por que os assassinos da
A salvação pela graça graça vão atacar essa grande verdade? É claro sim! Porque ela atinge o
cerne da religião que prega que você deve fazer as coisas por si mesmo
e receber toda a glória. (...) Esqueça! Em sua graça, Deus lhe oferece o
dom gratuito do perdão. Tudo o que você precisa fazer é aceitá-lo. Assim
que o aceitar, você receberá poder para abandonar, deixar de lado, sair,
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desistir, começar – seja o que for. Mas não confunda a salvação. Ela é sua
com base unicamente no dom gratuito de Deus. (...) a ênfase não está
naquilo que fazemos para Deus; em vez disso, está naquilo que Deus fez
A base da salvação: “O sentido básico de graça em Paulo é favor, ou por nós.” (SWINDOLL, Charles R. O Despertar da Graça. São Paulo: Mun-
seja, atitude e ação realizadas para o benefício de alguém. No caso da do Cristão, 2009, p. 48)
graça divina, trata-se sempre do favor imerecido, por parte do receptor.
Para o apóstolo, a graça de Deus está na base da salvação dada por Deus A justificação: “A humanidade tem um duplo problema conseqüente
ao ser humano, através de Jesus Cristo. Há um vínculo estreito, em Paulo, do pecado e da queda. Por um lado, existe a corrupção básica da nature-
do conceito da graça de Deus com outros temas que lhe são centrais, za humana; nosso caráter moral foi maculado pelo pecado. Esse aspecto
como salvação (Ef 2.5; 2 Tm 1.9; Tt 2.11), justificação (Rm 3.24; 5.16,18; Tt da maldição é anulado pela regeneração, que reverte a direção e as ten-
3.7), fé (Rm 4.16; Fp 1.29; 1 Tm 1.14).” (LINDEN, Gerson Luis. Graça. (In) dências gerais da natureza humana. O outro problema, no entanto, per-
FILHO, Fernando Bortolleto (Org.). Dicionário Brasileiro de Teologia. São manece: nossa culpa ou possibilidade de punição por não termos cum-
Paulo: ASTE, 2008, p. 462) prido as expectativas de Deus. É desse problema que trata a justificação.
A justificação é o ato de Deus declarar que, aos seus olhos, os pecadores
Romanos 5:1: “Analise cuidadosamente essas palavras. Sendo justifi- são justos.” (ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. São
cados pela fé, e não pelas obras, temos aquilo que tanto desejamos: paz Paulo: Vida Nova, 1997, p. 408)
com Deus. É por meio de nossos méritos? De modo algum. O versículo
afirma que fomos justificados pela fé. É por meio de Jesus Cristo, nosso
Senhor, que pagou o preço absoluto e final pelo pecado quando morreu
em nosso lugar na cruz. O pecado contra Deus exigiu o pagamento feito
com a morte. Jesus Cristo, o substituto perfeito, fez o pagamento derra-
deiro e definitivo em nosso favor. Isso lhe custou a vida. Como resultado,
Deus concede o dom gratuito da salvação a todo aquele que crê em seu
Filho.” (SWINDOLL, Charles R. O Despertar da Graça. São Paulo: Mundo
Cristão, 2009, p. 41)
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esse ‘Cristo’, ao dizer Deus nos reconciliou consigo mesmo ‘mediante a
morte de seu Filho’. Antes disso Deus havia enviado profetas, e às vezes
O Preço da Graça até anjos. Agora, porém, enviou o seu único Filho, e ao dar o seu Filho ele
estava dando a si mesmo.” (STOTT, John R. W. A mensagem de Romanos.
São Paulo: ABU, 2000, p.167)
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debaixo da mesma dominação por mais tempo?” (SWINDOLL, Charles R.
O Despertar da Graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2009, p. 129).
Os efeitos da graça Vítimas indefesas: “‘Sim, mestre. Sim, mestre. Não me bata, mada-
me... serei um bom escravo’. Palavras assim fariam uma pessoa adoecer,
especialmente ex-escravos. Você diz: ‘Eu jamais diria tal coisa!’. Oh, sim,
você diria! Fazemos isso toda vez que nos vemos como vítimas indefesas
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de nossos desejos e tentadores pensamentos pecaminosos. Chamo isso
de correr amedrontado de um mestre que não tem mais direitos sobre
nós. Quão melhor seria dizer ‘eu me recuso a viver assim por mais tempo.
Fé e obras: “A justificação se dá pela graça de Deus, por meio da fé, Pela graça de Cristo, viverei, não mais como vítima’. Sim, você pode vi-
não de obras. (...) Então, as obras não tem mais valor no cristianismo de ver dessa maneira. A maioria, porém, foi programada para viver daquele
hoje? Em caso afirmativo, o cristianismo pode estar promovendo uma outro jeito.” (Idem).
conduta imoral. Por outro lado, se elas ainda têm vez, será que o sacri-
fício de Cristo pode não ter sido o bastante para salvar-nos? (...) Nós, os Uma ética da graça: “Assim sendo, a ética do Novo Testamento é, por
protestantes, respondemos – ou deveríamos responder – que somos jus- assim dizer, uma ética da graça. Nenhum dos imperativos éticos sugere
tificados pela fé em Cristo, e que as obras devem, necessariamente, exis- que a pessoa tenha capacidade em si mesma, ou mérito próprio. Também
tir, se fomos verdadeiramente justificados. (...) [Então] fé = justificação aí a graça de Deus se manifesta, capacitando a pessoa a realizar aquilo
+ obras.” (BOICE, James Montgomery. Fundamentos da fé cristã: uma de que é da vontade de Deus para a sua vida (1 Co 15.10; 2 Co 4.15; 8:4; Ef
teologia ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2011, p. 368) 3.8; etc.).” (LINDEN, Gerson Luis. Graça. (In) FILHO, Fernando Bortolleto
(Org.). Dicionário Brasileiro de Teologia. São Paulo: ASTE, 2008, p. 463).
Imperativos éticos: “Uma das questões que se poderia colocar é
como entender a centralidade da graça de Deus no Novo Testamento,
sendo que há tão grande ocorrência de imperativos éticos. Não estaria
aí, uma afirmação, ainda que indireta, da responsabilidade humana em
realizar o que Deus ordena e, portanto, o aspecto do merecimento por
parte daquele que age em conformidade com o padrão ético estabe-
lecido? O fato é que estes imperativos jamais são apresentados como
requisitos para a entrada no reino. São, antes, normas para aqueles que
já estão no reino, tendo recebido o chamado do Senhor, um chamado
que é feito pela graça (Jo 1:17; At 18.27; Rm 11.5; Gl 1.15; 2 Tm 1:9; etc.).”
(LINDEN, Gerson Luis. Graça. (In) FILHO, Fernando Bortolleto (Org.). Di-
cionário Brasileiro de Teologia. São Paulo: ASTE, 2008, p. 463)
Viva como uma pessoa livre! “Imagine ser lançado numa prisão,
apensas suspeito de uma acusação, deixado ali, praticamente esqueci-
do, enquanto o sistema, sempre tão lento, o mantêm encarcerado. Você
fica doente. É tratado com crueldade. Sofre abuso, apanha. Você não
começaria a ter sentimentos de perdição e desespero? [Agora pense na
pergunta:] ‘Nós, os que morremos para o pecado, como podemos con-
tinuar vivendo nele?’. Quem se oferecia para ser jogado numa prisão por
outra série de meses, já tendo estado ali e sofrido as consequências de
tal situação? A idéia dele [Paulo, em Rm 6:2] é: então, por que escravos
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de Deus para o ser humano.” (Idem, p. 567)
A natureza da lei Três tipos de leis: “(a) A Lei Civil tinha a finalidade de regular a so-
ciedade civil do estado teocrático de Israel. Como tal, não é aplicável
normativamente em nossa sociedade (...). (b) A Lei Religiosa tinha a fi-
nalidade de imprimir nos homens a santidade de Deus e apontar para o
Messias, Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal, foi cumprida
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com sua vinda (...). (c) A Lei Moral tem a finalidade de deixar bem claro
ao homem os seus deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a
discernir entre o bem e o mal. Como tal, é aplicável em todas as épocas
O conceito de lei na Bíblia: “Há variações tanto na utilidade do Anti- e ocasiões.” (MEISTER, Mauro. Lei e graça. São Paulo: Cultura Cristã, 2003)
go Testamento como nas aplicações com distinções diferentes do Novo
Testamento. No Antigo Testamento, a utilização mais simples e mais limi- Lei para quê? “O principal meio escolhido por Deus para revelar a
tada da palavra Lei é para o Livro da lei, identificado com o livro de Deu- pecado e o pecador é a Sua Lei, registrada nas Escrituras, e a revelação
teronômio, e, de forma mais específica, com o Decálogo ou Dez Man- é propósito primário da Lei. Uma visão comum da Lei é que o seu pro-
damentos, que são o cerne da Lei judaica (...). Mais tarde, a Lei passou a pósito é ensinar-nos como sermos bons. Todavia, essa não é a ênfase da
abranger os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, o Pentateuco, Bíblia. É verdade que a Lei instrui os ímpios para que se abstenham de
também chamado de Torá. Logo, o conceito se expandiu bastante. A fra- praticar o mal, e ela ensina também aos cristãos a expressão da vontade
se a lei e os profetas, que aparece com freqüência no Novo Testamento, e do caráter de Deus, para que possam firmar-se na vida cristã. Contudo,
(...) sugere que a Lei é a totalidade do Antigo Testamento com exceção o objetivo principal da Lei é convencer-nos de que somos pecadores e
dos livros proféticos.” (BOICE, James Montgomery. Fundamentos da fé precisamos de um salvador. E de conduzir-nos a ele.” (BOICE, James Mon-
cristã: uma de teologia ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gos- tgomery. Fundamentos da fé cristã: uma de teologia ao alcance de todos.
pel, 2011, p. 192) Rio de Janeiro: Central Gospel, 2011, p. 191)
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distintas. 1) Cívica ou civil, imposta sobre Israel como nação teocrática. 2)
Cerimonial, tratando dos ordens divinas para o culto das ordens divinas
A vigência da lei para o culto até a vinda de Jesus. Era para Ele que os ritos apontavam. Foi
nEle que se cumpriram. 3) A lei moral reflete a natureza santa de Deus.
Essa lei nunca foi abolida, nem podia ser. A lei, neste sentido, é santa (
Rm 7:12,14).” (SHEDD, Russell P. Lei, Graça e Santificação. 2 ed. São Paulo:
Vida Nova, 1998, p. 24)
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Jesus não aboliu a lei: “Jesus não cancelou a lei de maneira alguma:
‘Não cuideis que vim revogar a lei ou os profetas... Até que o céu e a
terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se
cumpra’ (Mt 5:17,18). Pelo contrário, por estas palavras, Jesus estabelece
a lei de maneira absoluta. A forma como Jesus interpretou a lei dá-nos
a base para entendermos o que Deus quer de todos os que reivindicam
ser seus filhos. Neste sermão, o mais notável dentre os milhões profe-
ridos ao longo dos séculos, Deus nos confronta com majestade de Sua
perfeição moral.” (Idem)
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poder do evangelho (Rm 1:16), e Deus lhe havia confiado o ministério do
evangelho (1 Ts 2:4). A Lei e o evangelho andam juntos, pois a Lei sem o
Os propósitos da lei evangelho é como um diagnóstico sem remédio; mas o evangelho sem a
Lei é como boas-novas de salvação para pessoas que não acreditam que
precisam ser salvas, pois nunca ouviram as más notícias do julgamento.
A Lei não é o evangelho, mas o evangelho não é desprovido de lei (Rm
3:20-31).” (WIERSBE, Warren. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Tes-
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tamento. Vol. 2. Santo André: Geográfica, 2006, p.275)
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amor a Cristo não transforma nossa submissão a ele em algo opcional.
Cristo ainda é nosso Mestre, e nosso relacionamento com ele acarreta
A obediência à lei uma grande responsabilidade. Devemos servi-lo como servos devotados
e amorosos.” (Idem, p. 42)
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guardareis os meus mandamentos’.” (SPROUL, R. C. Crer e Observar. São
Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 18)
A lei foi dada a um povo já salvo: “O pacto da lei não teve a in-
tenção de ser meio de salvação. Foi celebrado com Israel depois de sua
redenção alcançada mediante poder e sangue. Deus já havia restaurado
Israel à justa relação com ele, mediante a graça. Israel já era povo. O Se-
nhor desejava dar-lhe algo que o ajudasse a continuar sendo seu povo e
a ter uma relação mais íntima com ele. O motivo que levasse a cumprir a
lei haveria de ser o amor e a gratidão a Deus por havê-los redimido e fei-
to filhos seus.” (HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Vida, 2007, p. 131)
Deus se revela na lei: “O Deus que revelou essa lei também revelou
a si mesmo. ‘Eu sou o Senhor, teu Deus.’ Primeira pessoa de intimidade.
Primeira pessoa de autoridade. Ele usa seu nome revelado ‘EU SOU’. Essa
é a Palavra pessoal e salvífica, identificada por Deus, que situa sua pró-
pria lei em seu propósito redentor. Leia a passagem com atenção: ‘Eu sou
o Senhor, teu Deus’. Que Deus? Quem é esse Deus? ‘Que te tirei da terra
do Egito, da casa da servidão’ (Êx 20:2).” (MOHLER Jr., R. Albert. Palavras
de fogo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 32)
Quem ama a lei, ama o legislador: “Amavam a lei porque eles com-
preendiam que a lei revelava o Senhor a quem ela pertencia. Se nós o
amamos, então obviamente desejamos viver uma vida que o agrade. De-
sejamos compreender que aquilo que ele diz é virtuosos. Amamos a lei
por que é a sua lei, porque amamos o Legislador. Como é possível amar
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mado em vão. Uma das definições do termo profano fala de ‘aviltar ou
desonrar aquele que é santo ou digno de respeito’. É um ataque sobre
A lei e a adoração algo sagrado. Uma tentativa de tirar do pedestal algo que é exaltado ou
respeitado. Quando profano alguma coisa, tento fazê-la descer ao meu
nível, de modo a reduzi-la ao meu tamanho.” (MEHL, Ron. A ternura dos
Dez Mandamentos: reflexões sobre o amor do Pai. 2 ed. São Paulo: Qua-
drangular, 2006, p.75)
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Os ídolos são ofensivos: “A razão que Deus dá para não nos curvarmos
aos ídolos é que ‘ele é o que é’, e ele não quer que tenhamos a pretensão
de achar que ele é o que desejamos que seja. Isso seria profundamente
ofensivo. Essa é a mensagem que nossa cultura pós-moderna precisa ou-
vir. Deus não é qualquer coisa que queremos que seja. Não é uma projeção
das últimas tendências ou aspirações. Não pode ser refeito de acordo com
as conveniências ou conforto. Deus é o que é, por isso não devemos fazer
ídolos que projetem nossas próprias idéias e desejos em relação a ele.”
(SMITH, Colin S. As maiores lutas de sua vida. São Paulo: Vida, 2007, p.33)
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ção do descanso com todos que fazem parte do nosso campo de influ-
ência [...]. Descansar parece, geralmente, ser privilégio daqueles que dis-
A lei e o sábado põem de recursos. O empresário pode passar muito tempo em seu clube
de campo enquanto o salário mínimo de um trabalhador imigrante indica
que ele tem de trabalhar sem parar a fim de conseguir o suficiente para
sobreviver. No mundo é assim, mas Deus chama o seu povo para formar
um conjunto diferente de valores, deixando claro que todos, em sua área
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de influência, são capazes de desfrutar do dia de descanso.” (SMITH, Colin
S. As maiores lutas de sua vida. São Paulo: Editora Vida, 2007, p.61)
Descansar é necessário: “Imagine só! Êxodo 20:11 diz que em seis Sábado: evite profaná-lo: “Em Isaías 58:13, 14 o profeta explica
dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar, e tudo o que neles há, des- como reverenciar o dia do Senhor. Primeiro ele aponta o lado negativo,
cansando no sétimo dia. Você acha que o Senhor pode ter algum discer- aquilo que não se deve fazer nesse dia: profanar o nome do Senhor,
nimento quanto à sua própria criação? Acha que pode saber algo sobre cuidar dos próprios interesses, pretender fazer a própria vontade, falar
você e eu que tendemos a esquecer? O Senhor nos conhece muito bem, palavras inúteis. Depois, o profeta salienta a versão construtiva, aquilo
não é? E no seu profundo amor por nós sabe quando precisamos des- que deve ser feito: considerar este dia como dia do Senhor, honrá-Lo e
cansar. Deitar. Refletir. Nos comunicarmos de novo com Ele, o Autor da deleitar-se em Deus. Novamente percebe-se que o objeto da reverência
vida. Ele embutiu em nós esta carência tão seguramente quanto nossa solene não é o dia em si, mas o Senhor do dia.” (REIFLER, Ulrich Hans. A
necessidade de água, alimento e oxigênio.” (MEHL, Ron. A ternura dos ética dos dez mandamentos: um modelo de ética para os nossos dias. São
Dez Mandamentos: reflexões sobre o amor do Pai. 2 ed. São Paulo: Editora Paulo: Vida Nova, 1992, p.89)
Quadrangular, 2006, p.96)
Sábado, um tempo para Deus: “No seu amor, creio que o Senhor está
dizendo: ‘Você trabalha noite e dia. Quando não esta trabalhando, está
fazendo tantas outras coisas que acaba exausto. Está ocupado, ocupado,
ocupado, sem tempo para Deus, sem tempo para avaliar seu coração e
sua vida. Você pensa que correndo desse jeito vai prosperar. Pensa que se
não encher todas as horas extra com trabalho ou diversão, era perder o
melhor da vida’. Mas o princípio do sábado é o exato oposto! O fato é que
o tempo separado para o Senhor nunca é perdido.” (Idem, p.101)
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um homem e uma mulher – atinge o cerne da confiança e fé, do amor e
do sentimento. Abala o relacionamento entre o marido e a esposa, bem
A lei e a família como a própria família. O adultério dá início a um colapso que ameaça
toda a sociedade, pois como podemos confiar um no outro se não
podemos confiar um no outro em nosso compromisso mais íntimo? Se
não conseguimos manter a confiança e fidelidade dentro do pequeno e
inerente universo significativo do casamento, como podemos confiar um
17 dez 2011 no outro no comércio, na política, nos negócios, na cultura, na vida?” (Idem)
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Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 119)
A lei e o próximo Mentiras, não: O nono mandamento: “Uma mentira pode acabar
com uma vida, ou destruir uma reputação. (...) Todos os dias, os israelitas
davam testemunho por meio de processo legal. Numa cultura íntegra,
em que a reputação significava tudo e na qual a vida e a morte estavam
em jogo, o falso testemunho podia levar à morte. A lei de Israel incluía
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um sistema detalhado de como a evidência ou o testemunho deveria
ser dado contra alguém, especialmente em relação àqueles acusados de
crimes muito graves. Não é de admirar, entretanto, que o Antigo Testa-
A santidade da vida: “‘Não matarás.’ No contexto original, aqueles mento proíba, repetidamente, o falso testemunho. A verdade sobre o
que faziam parte da aliança com o povo de Deus não podiam assassinar próximo tinha que ser dita sempre, pois mesmo um incidente de falsa
um companheiro israelita. Ainda, devido à imago Dei, a imagem de Deus, acusação poderia danificar a estrutura social de toda uma comunidade.
segundo a qual a humanidade é criada, esse mandamento é universali- As mentiras subvertem a exigência fundamental da civilização.” (MOH-
zado para todos os seres humanos. Os seres humanos não tem o direito LER Jr., R. Albert. Palavras de fogo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 132)
de matar. (...) esse respeito é pela vida criada a imagem de Deus, com a
dignidade e o valor da vida fundamentada no Criador e não na criatura. Sobre mentira: “Essencialmente, mentir é dizer algo para alcançar
(...) A palavra hebraica para matar é utilizada treze vezes na Bíblia, e aqui determinado resultado, sem considerar se o que foi dito é verdade. Há
se refere claramente ao fato de sermos proibidos de matar um ao outro, muitas maneiras de tornar isso possível. A bajulação, por exemplo: al-
matar sem autorização ou matar por maldade. Entretanto, o verbo pode guém a definiu como ‘dizer a alguém pela frente o que você jamais diria
estender-se também à carnificina, ou ao homicídio sem intenção, que é pelas costas!’. (...) é uma estação da linha da mentira. Exagero é outra
negligente quanto à sua forma.” (MOHLER Jr., R. Albert. Palavras de fogo. estação nessa linha. Na tentativa de dar boa impressão, você exagera
São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 91) quanto algo que disse, fez ou executou, tomando para si créditos que, de
fato, pertencem também a outros (...). Mexerico é outra estação na linha
A singularidade da vida humana: “A vida humana é criada a imagem da mentira. Significa fazer comentários verdadeiros ou falsos a respeito
de Deus, e isso a torna sagrada. Tirá-la é um insulto e implica destruição de alguém com a intenção de prejudicá-lo.” (SMITH, C. S. As maiores lutas
da imagem de Deus. Por isso, nós lutamos para respeitá-la e viver em paz da vida. Tradução de Jair A. Rechia. São Paulo: Vida, 2007, p. 118-119)
com os outros (...). A imagem de Deus no homem faz a diferença entre
outras formas de vida no planeta. Ele dá vida às arvores, aos peixes, às
plantas e aos animais, mas nenhum deles traz a sua semelhança. (...) exis-
te intransponível abismo entre a vida de peixes, plantas e animais e a vida
de um homem ou uma mulher feitos à sua imagem [isto é, a imagem de
Deus].” (SMITH, C. S. As maiores lutas da vida. Tradução de Jair A. Rechia.
São Paulo: Vida, 2007, p. 79)
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pequena fatia do mesmo. E grande parte do que vejo nesta pequena
fatia da realidade é colorida pelo ‘eu’.” (MEHL, Ron. A ternura dos Dez
A lei e a cobiça Mandamentos. 2 ed., São Paulo: Editara Quadrangular, 2006, p. 206)